não tem tem uma tem uma piada que P faz o cara liga sobre um carro tal assim anunciado sim Liguei Para Dizer Que Não estou interessado como ass a você bem vez eu caí naa com é da central de relacionamento de onde de qu eu nem atendo já Ô Gabriel canta aí a pedra quando é que pode começar pode então Vamos lá gente e boa tarde a todas as pessoas que estão aqui sejam muito bem-vindas todas e esse verdade o nosso tópico de hoje é entendendo os estudos de cura do HIV e de reservatórios virais
mas o slide começa com introdução à pesquisa relacionada à cura do HIV porque e é especificamente do que a gente vai tentar falar um pouco porque é um assunto bastante complexo difícil e eh eu acho que a gente pode todo mundo pode ficar à vontade né para para se comunicar aqui durante a apresentação com qualquer questão que queira eh contribuir ou entender melhor meu nome é Sandra Wagner Cardoso eu sou médica infectologista pesquisadora do laboratório de pesquisa clínica em HIV aides aqui do Instituto Nacional de infectologia in Fiocruz e eh sou médica né e estou
como coordenadora do comitê de ética em pesquisa do do nesse nessa gestão aqui também da fundação eh recentemente eu fui Eleita como um dos membros do comitê de cura do HIV do actg o actg é uma rede de pesquisa clínica financiada pelos eh institutos nacionais de saúde dos Estados Unidos o ministério da saúde dos Estados Unidos assim para resumir para todo mundo entender antes de começar a falar específico sobre eh as nossas propostas de de discussão para pesquisa clínica em cura para quem não tá muito habituado com com a a proposta né com o tema
pesquisa clínica eu trouxe alguns slides introdutórios pra gente relembrar para quem precisa relembrar e e e explicar para quem não tá habituado com com essa linguagem Então a gente tem na pesquisa clínica vários estágios ela começa ali ela ainda não é necessariamente clínica porque a gente tá lidando com estudos de ciência básica né bancada estudos com culturas celulares estudos com modelos animais mas eh todas essas etapas são as etapas precursoras do que a gente faz na pesquisa clínica com seres humanos então estudos pré-clínicos que podem avaliar a segurança e depois a gente parte pros estudos
maiores avaliando Car segurança em prazo mais longo eh esse 1 2 3 4 que tá aí a gente pode relembrar que quando a gente já começa a fazer pesquisa clínica com seres humanos a gente lida basicamente com quatro estágios fazem um fase dois fase três fase quatro então a gente começa no fase um um número pequeno de voluntários saudáveis em geral não precisa ser muito mais do que algo perto de 20 pessoas para ver se a segurança de um produto que eu tô testando né se se Ah não não não vamos expor nenhuma pessoa com
nenhuma doença nesse momento e na fase dois a gente amplia isso um pouco mais eh já começa a testar o produto em pessoas que estão eh eh vivendo com uma determinada situação de saúde ou uma doença na fase três a gente e sempre segurança nesse primeiro momento também é segurança na fase três a gente amplia mais o número Coloca mais gente a gente continua olhando a segurança mas a gente começa a olhar a eficácia se o produto que eu tô testando é eficaz para aquela proposta que eu quero ter a intervenção e na fase quatro
já é uma fase em que eu já posso ter inclusive um produto já comercializado já aprovado já em uso mas que eu amplio o uso e posso olhar algumas estratégias diferentes da que eu tinha proposto proposta inicialmente então a pesquisa clínica eh na verdade ela a gente Fala em em em remédio em produto em vacina mas ela é muito mais Ampla do que só o desenvolvimento de novos medicamentos né ou dispositivos porque eh um marca-passos que é um dispositivo por exemplo ele precisa ser testado né se se for um novo dispositivo eh um dispositivo para
eh implantar e colocar uma injeção de insulina é um dispositivo que também tenho que testar nesse nesse contexto eh embora esse seja o carro chefe da pesquisa clínica mas ela é muito mais do que isso então ela também testa importantes estratégias então nós temos muitos estudos clínicos que vão olhar na verdade não necessariamente um produto novo mas uma estratégia de uso daquele produto ou para um grupo populacional específico ou com um um uma escala de de dose diferente da inicialmente proposta e vai por aí a fora alguns exemplos de pesquisa clínica que fogem da questão
de tô testando um novo medicamento ou um dispositivo por exemplo alimentos funcionais terapias com células tronco métodos diagnósticos também fazem parte desse processo da pesquisa clínica técnicas cirúrgicas intervenções sociocomportamentais que mais recentemente T sido muito incorporadas pela pesquisa clínica e todo esse conhecimento ele é produzido e e é feito para objetos muito especiais que somos nós os seres humanos né então Eh são seres humanos fazendo eh pesquisa comos seres humanos que que são em geral os Voluntários de pesquisa para gerar um conhecimento que vai mudar a vida de nós mesmos seres humanos então é uma
grande Cascata que precisa est interconectada nesse processo pra gente ter esse processo a gente precisa esse processo seja essencialmente ético eh não a gente não tem tempo aqui de falar especificamente sobre as questões éticas podemos tirar um dia só para falar isso mas não se pode fazer pesquisa clínica sem a avaliação de um comitê regulatório que avalia se a pesquisa que eu tô propondo é uma pesquisa ética O que é uma pesquisa ética essencialmente aqui a para resumir os os os dois principais eh pratos dessa balança eh a pesquisa precisa promover benefícios pro indivíduo idealmente
e para toda a sociedade ou seja para futuros pacientes ou para futuras pessoas e ela precisa proteger e respeitar o direito e o bem-estar dos participantes A Essência o coração dessa história fica nessa balança aqui eh a gente que avalia eh as questões éticas das pesquisas propostas às vezes encontra muita dificuldade porque é o comitê de ética que vai avaliar a questão de identificar os benefícios e os riscos e nem sempre a gente consegue fazer isso numa Proposta com antecedência por quê porque existem riscos que eu não consigo antecipar o que eu consegui antecipar ótimo
eu vou tentar antecipar os riscos eles são Nesse contexto essencialmente assumidos pela pessoa por aquele indivíduo que é o Voluntário da pesquisa se eu vou ser um voluntário para testar uma vacina o risco naquele momento tá recaindo sobre a minha pessoa eu tenho que entender quais são os riscos que eu vou correr quando eu me proponho a participar de um processo dessa natureza então o risco é assumido de um modo individual é o Voluntário da pesquisa que naquele momento é a pessoa que que vai eh decidir se ele quer ou não correr determinados riscos então
ele precisa conhecer muito bem conhecer profundamente quais são os riscos que ele tá correndo naquele momento a pesquisa idealmente deve trazer um benefício individual mas a gente sabe que na vida real nem sempre isso é possível nem sempre a gente consegue garantir que a sua participação num processo vai trazer um benefício para você então ser voluntário de pesquisa requer eh em Essência altruísmo porque eu posso participar de um processo no qual eu consigo eh compreender que eu não tenho nenhum benefício para mim como indivíduo e que eu posso correr risco como pessoa mas que pode
gerar conhecimento que vai trazer benefício paraa sociedade eh como um todo no momento futuro então nem sempre a gente consegue garantir isso mas eh o ideal é que a gente possa sempre ter né os benefícios eles devem ser então Eh ao final de todo esse processo aproveitados pela sociedade como um todo né a gente tá trazendo uma proposta que no final deve beneficiar todo mundo é claro que a gente pode lidar e existe uma questão por exemplo em pesquisa clínica com doença rara que é sempre um assunto polêmico e que tem muito debate que é
assim o quanto de recurso a gente vai investir numa doença que acomete um ou ou outro indivíduo né mas essas pessoas elas também têm direito ao ao que o conhecimento e que o que o final desse processo Gere algo que seja bom mesmo que seja para um grupo pequeno de pessoas então também passa eh por processos dessa natureza né em que a gente vai beneficiar um número de pessoas mas numa doença tão Rara e tão difícil de lidar que ela precisa ser incluída nessa agenda do que a gente quer pesquisar então essencialmente Por que que
a gente precisa da pesquisa clínica em geral porque a gente tem uma pergunta ou um problema para resolver que que eu vou fazer com uma determinada situação ou o que que é melhor eu fazer para um determinado cenário a gente pode citar aqui e vai citar aqui alguns exemplos eu preciso de uma ou mais resposta né Eh Vamos citar um exemplo Bem antigo no HIV que é o protocolo act a CTG 076 que foi o protocolo que testou a prevenção do HIV entre mulheres grávidas para prevenir a transmissão do vírus da mãe para o bebê
lá atrás né no final da década de 80 e em que se testou usar AZT pra mãe grávida AZT charope pro bebê e AZT venoso no momento do parto comparado com Placebo por quê naquela época a gente não tinha nenhuma estratégia para proteger o bebê da transmissão e o momento do parto era o momento mais arriscado então Eh e se testou inicialmente com Placebo porque o Placebo quando eu não sei o quanto um uma uma estratégia um agente vai trazer um real benefício ou quanto daquilo que tá acontecendo ali é só uma coincidência por isso
que existe a definição do efeito placebo né Quantas vezes a gente diz a minha dor de cabeça só toma se eu tomar o produto tal registrado lá Novalgina de pirona Gen Não serve E aí às vezes você dá lá um comprimido diz que é Novalgina a pessoa Toma dor de cabeça passa é claro que ali não tem só o efeito placebo porque a dipirona tem uma substância ativa mas eh muitas vezes num estudo Clínico pessoas que usam Placebo tem benefício sentem melhora por quê Porque existe esse contexto de achar né do do do do nosso
do nosso sistema todo achar e entender que a gente tá ali naquele processo que pode ter algum benefício então e em algumas situações a gente precisa realmente lançar mão dessa proposta a pesquisa clínica é um método científico é o padrão ouro para eu eh avaliar estratégias eh natureza dessa natureza de saúde e tratamento e ela sempre tem que ser norteada por evidências as evidências elas partem lá daquele processo que inicia lá atrás eh ou na bancada ou no modelo animal eh muitos medicamentos hoje com toda tecnologia que a gente tem eles são desenhados eh tridimensionalmente
numa estrutura química eh que eh sequer tem um precursor né eu desenho uma estrutura a engenharia Consegue hoje eh eh muitas vezes facilitar o trabalho que era um trabalho só de de teste lado químico hoje a gente tem eh uma modernidade que nos permite avançar nesse aspecto como a gente vai falar em estudo de cura para HIV precisamos ter alguns termos aqui bem definidos na nossa cabeça porque a gente vai falar coisas como supressão do vírus sem terapia antirretroviral O que que é isso é quando uma pessoa consegue controlar o vírus na ausência do tratamento
a gente chama de controle pós tratamento ou controle durável Sem tratamento e um exemplo clássico de pessoas que controlam um vírus Sem tratamento são os chamados eh portadores do HIV não progressor eh alguns levaram a etiqueta de controladores de Elite por porque eles são um grupo raro de pessoas por isso que eles foram assim chamados controladores de Elite que conseguem controlar o vírus sem nenhum tipo de tratamento ou seja eles mantém a sua carga viral de de de HIV no plasma no sangue indetectável latência é um é um temo importante paraa gente entender aqui é
a habilidade do vírus em permanecer como a gente tá ali entre aspas dormente ou inativo dentro da célula que que ele tá fazendo dentro da célula nada ele tá literalmente dormindo imagina um urso numa caverna hibernando o urso hiberna ninguém acorda pode fazer o barulho que fizer pode cair a pedra na porta da caverna O urso vai continuar dormindo mais ou menos para vocês entenderem isso é a latência do HIV dentro da célula ele tá lá dentro da célula mas ele não está se multiplicando nem saindo daquela célula para causar infecção em novas células provírus
é exatamente o material genético do vírus que foi integrado no DNA de uma célula então assim É como se eu tivesse aqui o DNA da minha célula azul e essa parte aqui em vermelho é o HIV integrado como ele é um vírus esperto o que que ele faz ele usa o meu DNA da minha célula fica lá quietinho nele quando a minha célula vai se multiplicar ou vai se reproduzir porque todas as nossas células Em algum momento elas se multiplicam elas se replicam algumas menos outras mais quando a minha célula vai se multiplicar o HIV
multiplica junto com ela nesse momento deixa a célula e vai infectar outra célula o HIV latente só vai então sair e daí se essa célula for se multiplicar o que a terapia antirretroviral faz É nesse momento porque o o tratamento antirretroviral ele tá atuando no vírus que Tá circulando no sangue ele não tá nem vendo esse vírus que tá dentro da célula isso é um conceito muito importante o vírus que tá latente ele não sofre nenhum impacto da terapia antirretroviral zero zero Impacto ele vai atuar quando quando a minha célula se multiplicar o HIV se
multiplicar junto e aí ele vai pegar o HIV que saiu da célula que Tá circulando por isso que de alguma forma a Terapi an retroviral está protegendo a pessoa que vive com HIV de infectar novas células no seu corpo não necessariamente vai impedir que isso aconteça em 100% das células porque se isso fosse uma verdade a máxima que a gente tinha lá no no meados da década de 90 que a Terapi antirretroviral tripla potente pudesse curar uma pessoa em 30 anos 40 anos ela de fato aconteceria e não é isso que acontece hoje a gente
sabe disso então reservatórios são as células e compartimentos do corpo onde o HIV pode se esconder e não ser encontrado nem mesmo na presença da terapia antirretroviral e ele não vai ser encontrado nem pelo remédio e nem pelo meu sistema de defesa a gente tem anticorpos e a gente tem toda a vigilância imunológica todo o nosso sistema de defesa não consegue enxergar o vírus que tá no reservatório por isso que a gente também conhece o reservatório como santuários virais é um santuário porque é um local em que ninguém entra né e o vírus não sai
se ele não quiser ou se ele não tiver uma oportunidade que interesse a ele para sair rebote viral é quando uma pessoa tem carga viral indetectável do HIV no sangue por um período após o tratamento ou durante o tratamento e eh e de repente ela passa a apresentar níveis detectáveis o nome disso é rebote viral tava indetectável por alguma razão em geral na maioria das vezes a razão para isso acontecer é eh eu parei de tomar meu remédio Essa é a principal causa de eu ter carga viral eh indetectável e de repente passar a ter
detectável porque eu tô eh não tô tomando o remédio que mantém o meu vírus suprimido a a gente vai tentar repassar por esses tópicos assim Eh vamos visitar esses tópicos que estão descritos aí pra gente eh entender esse passo a passo aqui do que a gente tá falando de cura né Eh e tem aí essa imagem né como se fosse um furacão porque real realmente no final é um furacão de informações a infecção pelo HIV ela é difícil de curar a gente até pouco tempo atrás achava que era impossível hoje a gente sabe que é
possível porque a gente já tem casos de cur a gente vai falar deles mas é muito muito muito difícil essencialmente por quê E essa imagem quer dizer para vocês entenderem que o HIV ele tá lá no no no interior da semente daa nós que vai fechar a casca nada vai entrar ali então você não consegue atingir aquele vírus que tá ali dentro daquela célula protegida a terapia antirretroviral não vai tirar ele dali ele vai sair dali vai quando se eu suspender a terapia antirretroviral Por quê ele de alguma forma quando a célula se replica ele
sai e infecta outra célula se a célula tiver replicando que a gente chama de célula Ativada a maioria dessas células são as células do nosso próprio sistema de defesa então eh aquele aquele Exército de soldados que foi feito para nos defender não consegue nos defender do HIV e isso é também uma grande dificuldade quando a gente pensa em cura da infecção mas o que que a cura significa a definição de cura é uma solução completa e definitiva que permite a recuperação permanente e a restauração total da Saúde isso é cura cura em relação ao HIV
a gente teria dois principais caminhos a cura completa clássica e essa é a mais difícil Onde eu consigo eliminar completamente o vírus não tem mais vírus e nenhuma célula em nenhum reservatório eu posso dizer que aquela pessoa está curada isso é definição de cura clássica como isso é ainda mais difícil da gente atingir eh a a a ciência começou a pensar ou a buscar uma alternativa em que pudesse então eh ter o que a gente chama de cura funcional o que que é cura funcional eu consigo manter o vírus suprimido com alguma estratégia que eu
tô né que que o mundo tá buscando que a ciência tá buscando sem a terapia antirretroviral então alguma coisa que permita que eu seja capaz de controlar o HIV Sem tratamento sem remédio isso seria eh a cura funcional ou supressão ou controle durável sem terapia ou na ausência de terapia antirretroviral isso seria uma coisa boa isso seria uma coisa boa é não vou chegar no ati calma Doutora Luciana mas eh isso isso seria um caminho que Eu segui que eu consegui atingir Eu fiz alguma coisa comigo que tem o HIV e que me que permitiu
manter o vírus controlado sem remédio a gente tem alguns caminhos para isso que é exatamente a proposta que a gente vai as propostas que a gente vai discutir hoje tá eh não necessariamente a gente tem essa resposta Ah isso isso é possível M mão com açúcar Beleza a gente vai conseguir em x anos não temos essa resposta Estamos aqui no caminho e esse slide aí o que queremos na verdade é quando as pessoas que vivem com HIV são pesquisadas entrevistadas e respondem questionários em relação assim o que que você acha você gostaria de ter a
cura do HIV o que que você pensa sobre a cura do HIV o que que você entende que você quer então obviamente todo mundo quer uma estratégia que seja Segura que seja simples né Isso é igual quando a gente fala do melhor antibiótico né o melhor antibiótico é aquele que a gente toma um comprimido só por dia não precisa ser injetável que tem zero efeito colateral e que é 100% eficaz contra uma infecção é mais ou menos essa a ideia Óbvio todo a gente quer todo mundo quer o melhor né que possa ser feito em
escala que possa ter um efeito completo que possa ser durável de ou ou idealmente permanente e que impeça a transmissão E aí até se fala de preferência nos dois sentidos mas isso talvez seja a coisa mais difícil né porque a gente pode por exemplo conseguir fazer que a a pessoa controle o HIV Então se ela tem carga viral indetectável hoje a gente sabe que essa pessoa não transmite mas essa estratégia não vai impedir que ela pegue a HIV de novo então ela vai ter que entrar em outra estratégia a estratégia mais conhecida e segura que
a gente tem hoje é a prep né Então faz parte aí desse desse processo do que que as pessoas querem e buscam eh um pouco do que do que a pessoa que vive obviamente isso é um interesse de toda a sociedade que que vive né com com com pessoas que vivem com a HIV não só paraas pessoas que vivem com HIV mas paraa sociedade como um todo e essa árvore ela foi produzida a partir das Folhas né que a gente chama de folhas porque na na aldeia global da conferência de 2016 na África do Sul
no no est eh do da comunidade na na aldeia global as pessoas passavam e preenchiam o que que que elas entendiam em relação a à cura do HIV o que que significava para elas então não ter vírus ter liberdade amor amor livre esperança e liberdade foi um uma palavra que apareceu com muita frequência né a Lívio eh não ter um futuro sem medo e vai por aí a fora então Eh essa árvore foi construída a partir de aí mais ou menos 250 pessoas que então as palavras se repetiam muito mas a gente vê que tem
pequeninin ali né e Paraíso sucesso não ter mais HIV o Mundo Livre da aides e vai por aí a fora só para ilustrar é porque é sempre importante é ilustrar que essa é uma busca da comunidade é uma busca muito importante é um é uma coisa muito importante que a gente precisa entender que é muito importante pras pessoas que vivem com HIV Por que que a gente precisa de cura ora a gente tem um tratamento hoje hoje muito eficaz né Eh se a gente lembrar em especial quem eh eh vive ou convive com HIV desde
a época em que os tratamentos eram longe do ideal se a gente olhar para hoje a gente tem um tratamento ótimo né é um tratamento Especialmente para quem tá começando um comprimido dois comprimidos no máximo três comprimidos uma uma dose única diária pouquíssimos efeitos colaterais mas eh essa essa estratégia e que protege o indivíduo em termos da sua própria saúde que impede que esse indivíduo transmita o HIV para outras pessoas Então traz também essa tranquilidade nos seus relacionamentos na sua vida sexual de que você não tá passando vírus para ninguém só que o HIV não
se elimina ele não é eliminado com a terapia antirretroviral então a infecção inicialmente ela é caracterizada por níveis Altos de vírus circulando no sangue isso acontece na fase aguda e vai acontecer esses níveis vão ser altos ou mais altos sempre que eu interromper a terapia antirretroviral quando eu uso a terapia antiretroviral O que eu faço é trazer o vírus circulando para cá pra linha do limite da detecção esse limite da detecção ele também progrediu né ele mudou a a gente tinha um limite de detecção de 400 cópias depois a gente tinha 80 cópias a gente
foi foi para 40 voltou para 50 e agora a gente tá em 20 em pesquisa a gente tem metodologias capazes de medir uma um único uma única partícula né a gente não usa isso na prática Clínica mas hoje a gente já chegou em 20 e às vezes eu atendo paciente essa semana mesmo atendi um menino e ele falou assim minha carga viral deu detectada eu falei mesmo vamos ver aí preocupada né detectada aí eram 24 cópias Eu ainda pensei quem é que solta um laudo com 24 cópias né porque o limite é 20 então a
máquina diz 24 cópias E aí você pensa assim pô o limite era 50 Então também não tem como eu ficar tão tenso porque eu tô com 24 cópias né mas esse limite é só para esclarecer que ele vai oscilar então a a a a terapia antirretroviral e ela veio lá atrás na década de 90 conhecida como rart hoje a gente não usa mais esse termo a gente fala em terapia antirretroviral combinada ela vai suprimir ela é capaz de suprimir o HIV até os níveis indetectáveis durante um um tempo longo a vida inteira da pessoa enquanto
ela tomar o remédio é muito difícil uma pessoa perder a capacidade se manter indetectável se ela tiver tomando remédio certinho se ela não tiver uma questão de intolerância interação com medicamento ela vai ficar indetectável a vida inteira Ah vai ficar resistente só vai ficar resistente se ela tomar o remédio mal se ela tomar o remédio direito ela não vai ficar resistente enquanto ela tiver carga viral indetectável a gente não espera que ela tenha resistência claro que podem acontecer alguns casos Mas essa não é a expectativa mas no entanto E se eu tirar a terapia antirretroviral
O Vírus vai fazer aquele rebote que a gente já definiu Ou seja a carga viral sai do indetectável e começa a subir em que nível ela vai ficar ela vai ficar num nível individual que é de acordo com que aquela pessoa consegue controlar do vírus a partir lá do início da infecção dela então também porque além disso a gente precisa dar cura Porque a terapia antirretroviral tem efeito colateral embora os esquemas de hoje sejam muito bem tolerados eles estão em longo prazo Associados a efeitos deletérios na nossa na nossa nossa saúde e que a gente
tem que lidar com eles porque por enquanto é o que a gente tem tem uma questão que é o acesso à terapia antirretroviral se a gente imaginar que a gente teria que tratar 38 milhões mais ou menos 38 bilhões de pessoas no mundo inteiro durante toda a vida né Qual é o grau de dificuldade que isso seria o ideal a gente tá tratando todo mundo a gente sabe que não tá né o acesso não é 100% tá longe de ser isso ainda melhorou muito mas é é isso isso é um fator para considerar Quando você
pensa vamos investir num caminho que nos leve a cura inflamação crônica porque ela continua existindo mesmo com vírus suprimido porque o vírus está no reservatório o porque o vírus sai dali e se replica e porque ele tá associado com eh inflamação crônica esse processo o impacto econômico e especialmente esse de tratar todo mundo pra vida inteira e estigma e criminalização que são pontos também não menos importantes do que todos esses que a gente falou anteriormente mais motivos pra gente tentar otimizar por quê quando a gente fala em controle viral sem terapia antirretroviral é claro que
a gente queria alguma coisa definitiva pro resto da vida a gente vai ter não sei vai ter vai quando não sei vamos ser otimista aqui não vai ter né mas a gente tem aqui uma luz no fim do túnel para entender que a gente está num processo em que parece que isso é bem possível e que Se isso for possível que seja por um ano por 3 anos né vale a pena eu usar essa estratégia então eu uso uma estratégia que me permite controlar o vírus por 2 anos eu fico 2 anos sem tomar remédio
e aí eu tenho que repetir essa estratégia eu tenho que voltar a tomar remédio um período porque pode ser que essa estratégia não seja segura para fazer repetidamente é é aqui a máxima é é a gente já tem muito conhecimento né parece até uma coisa herge eu eu dizer isso mas tudo que sei é que nada sei né porque é um caminho Eh aí ainda com muito para para entender e percorrer então considerar a viabilidade de de tratar 38 milhões de pessoas eu falei bilhões milhões depois corrigi Para Bilhões mas é milhões eh Os desafios
da Adesão porque você tem que tomar remédio a vida inteira e isso pode fazer parte da vida de todos nós mas assim não é o que a gente espera para uma pessoa de 20 anos 22 25 30 né Eu por exemplo fui tomar remédio agora eu tenho 60 Tom alguns anos já mas tomo só um hormônio tiroidiano não tomo remédio porque eu não tenho pressão alta não tenho colesterol alto não tenho nada assim mas a expectativa que a gente passe a tomar remédio à medida em que a gente envelheça você chega lá nos 65 60
e pouco você vai tomar uma estatina DR Nilo sabe disso né Vai tomar os remedinhos para baixar a pressão para baixar o didim Mocó colesterol trigliceride a glicose e tal é isso é esperado no processo de envelhecimento Mas não é isso que a gente quer pra vida da pessoa que vive com HIV que tem 20 Anos 30 anos 40 50 que seja não é isso que a gente quer os desafios de adesão a gente já falou atenção no Cuidado a negociação do Cuidado contínuo eh a preocupação de você manter a carga viral da pessoa indetectável
pra saúde dela e para que ela também não transmita eh eu vou falando vai dando um cansaço né vou passando essa sensação de que é um processo é um processo eh eh que consome Todos nós né a resistência o acúmulo de toxicidades o estigma que melhorou muito mas que tá longe de ser o ideal associado a esse uso crônico de medicamento aqui basicamente a questão que tá relacionada com a inflamação crônica então eh a gente passa a ter a presença de doenças que não são diretamente relacionadas ao HIV ou a imunodeficiência ou a ID mas
que estão associadas com a inflamação crônica eh e que o uso crônico de antiretroviral não nos protege disso ele melhora melhora Claro se eu não tomar nada eu vou f ficar mais inflamado Então eu tenho que tomar antirretroviral mas ainda que eu tome antirretroviral eu fico inflamado e mesmo o controlador de elito não progressor que tem carga viral indetectável sem remédio ele ainda é mais inflamado do que quem não tem HIV por isso hoje a gente recomenda inclusive que essas pessoas façam tratamento antirretroviral aí a gente acha que a cura é possível Por que que
a gente hoje acha isso tudo começou com com essa criatura Timo Brown paciente de Berlim que teve eh um câncer linfático que passou por uma etapa de tratamento quimioterápico radioterápico E aí um uma uma necessidade de Um transplante de medula que levou a ideia por é tudo o conhecimento que você vai adquirindo no no andar da Carruagem né a gente já sabia e já sabe que é o vírus usa uma chave para entrar na célula que se chama receptor ccr5 é essa é esse buraco da da fechadura que o vírus bota a chave dele para
entrar na célula e a gente já tinha estudos mostrando que uma alteração genética no receptor ccr5 Ou seja pessoas que não expressam esse receptor são resistentes à infecção pelo HIV não pega um HIV então surgiu na cabeça e aí parece uma ideia um tanto quanto maluca né a ciência tem um pouco disso né de médico e louco todo mundo tem um pouco e se todo pesquisador cientista é maluco ninguém é 100% normal pensou-se nessa já que ele tem que fazer um transplante de medula Por que não usar e porque o HIV essencialmente a célula da
medula é o grande alimentador de de reservatórios do vírus porque não tentar eh fazer um transplante de um doador com essa alteração genética a gente chama de deleção do Delta 32 ccr5 não tem receptor Acharam a agulha num palheiro porque isso é literalmente se isso fosse fácil minha gente a gente tava fazendo para todo mundo se isso fosse fácil e sem risco não tinha mais ninguém com HIV não é um processo né chupetinha mamão com açúcar não dá aí tiveram essa brilhante ideia de testar essa estratégia arrumaram um doador compatível ccr5 eh eh com Delta
32 homozigótico mantiveram a terapia antirretroviral fizeram todo lá o processo de que você tem que destruir todas as células da medula daquela pessoa antes de pôr a medula nossa tem que garantir que não não sobrou nenhuma célula é um processo Infernal e deu certo aí como é que iam saber que dava certo fizeram o que o que o que hoje porque assim eh a gente vai falar de ati que na verdade a interrupção estruturada a interrupção planejada da terapia antiretroviral numa situação muito específica que é exatamente o foco aqui que é o estudo da de
cura mas a gente passa a vida inteira com discurso não pode parar o remédio não pode pararar o remédio não pode parar o remédio você tá tomando remédio não pode parar o remédio nosso discurso a vida inteira foi esse e vai continuar sendo ninguém vai dizer né é a é a famosa Não tente fazer isso sozinho em casa não é para parar o remédio mas nessa situação a única forma da de se ter certeza de que não tinha mais HIV além de fazer as biópsias tirar tecido juntar célula porque a gente tá vendo o HIV
ali no sangue e pra gente olhar célula gente é um processo também trabalhoso você precisa de um grande volume de sangue de tirar daquela pessoa você precisa processar aquilo separar as células para olhar só a célula porque o vírus está dentro da célula então a única maneira de se ter certeza fazia biop não tem vírus nenhum aqui Olhava O pbmc não tem vírus nenhum aqui mas será que ele tá escondido em algum desses lugares do reservatório do Santuário só tem uma forma de saber qual é interromper a terapia antirretroviral Pararam a terapia antirretroviral e ele
continuou com carga viral indetectável procurava no linfonodo não achava na medula não achava no intestino não achava E aí esse foi o primeiro caso de cura cura cura cura clássica eh do HIV no mundo e na sequência a gente tem um segundo caso que é o Adam que é o paciente de Londres que passou pelo mesmo processo só que é isso não é um processo que vou fazer para todo mundo São pessoas que tinham uma indicação médica clínica formal de se submeter a Um transplante de medula não vou fazer um transplante de medula para curar
GV isso tem repercussões e o tipo de transplante e tá associado com alto risco de mortalidade ninguém faz um um um Ninguém Faz Um transplante de medula achando que tá isento de correr o risco máximo que é o risco inclusive de morrer né então isso não é uma tarefa fácil onde é que a gente tá nesse caminho bom a gente já caminhou bastante né os antecedentes que a gente tem para chegar nessa nessa ideia de que a gente pode ter propostas para para tentar eh controlar o vírus sem a terapia antirretroviral os estudos de prevenção
né em que a gente testou isso também se vocês lembram quando a gente começou era um assunto extremamente mente polêmico vocês vão dar ante retroviral para quem HIV negativo era como se a gente tivesse propondo a coisa mais absurda do mundo mas todas essas propostas Elas têm eh eh um bastidor baseado em evidência testaram macaquinho macaquinho não pegou HIV vamos testar em pessoas em seres humanos num pequeno grupo aí foi lá atrás surgiu estudo e prex hoje a gente dá prep para todo mundo as pessoas se est tapei porque querem prep quem não tem prep
quer prep tem pouco prep tem que ampliar o prep tudo tudo a favor é isso mesmo é o caminho mas é só para ilustrar como é que a ciência caminha né como é que às vezes uma coisa que parece temerosa e absurda à luz da ciência e no andamento de um protocolo Clínico que Visa monitoramento e cuidado com a pessoa tá participando também e pode dar certo e que pode não dar certo porque poderia simplesmente não ter dado certo né felizmente deu E aí a gente tem o nosso Conhecimento hoje do tratamento a gente hoje
consegue tratar pessoas na infecção aguda do HIV quando a gente consegue identificar essas pessoas a gente tem um tratamento crônico que é paraa vida inteira a gente tem esse objetivo que é atingir a carga viral indetectável e a gente sabe que quem tem carga viral indetectável não transmite então isso tudo são avanços a gente quer avançar mais Sim nós queremos avançar mais nós precisamos avançar mais então surge essa essa terceira seta aí da cura do HIV o objetivo é eu controlar o HIV ou até erradicar porque são várias estratégias Pode ser que uma de erradicação
que acabar com vírus de vez e ter a cura clássica Pode ser que a gente chegue nisso que isso dê certo esse é o caminho que a gente tá tentando trilhar então aqui um pouco para todo mundo ter ideia do que aconteceu né os primeiros casos lá em 81 a identificação do vírus em 83 aí tiveram que criar um kit para diagnóstico do HIV hoje tudo isso parece fácil né a gente espeta pontinha do dedo em 15 minutos a gente diz é o raspa lá bochecha e diz se tem HIV se não tem diz se
tem hepatite C se não tem diz se tem cifres e não tem tudo teste rápido autoteste isso tudo é Progresso progresso base em quê no trabalho que a pesquisa faz então precisa eh eh entender que isso é uma sequência que que existe na vida da gente né uma o sequenciamento do vírus o AZT aprovado em 1987 Se não fossem as pessoas dispostas a usar a testar o AZT a não teria tratamento antirretroviral hoje é claro que aquelas pessoas tinham um objetivo de de tentar se beneficiar com aquilo o que é o direito do participant de
pesquisa mas são processos e a pessoa tava correndo risco de dar certo ou de não dar certo então é sempre sempre vai ter risco não existe risco zero e eu sempre digo isso a gente tá correndo risco quando abre o olho de manhã mas já tava durante o sonho durante a noite quando vai deitar Ou seja a gente tá em risco 24 horas por dia e aqui por fim a gente chega na primeira cura Descobre como é que o HIV integra isso tudo isso tudo é conhecimento que foi colaborando para a gente entender que a
gente pode ter um processo para curar o HIV anticorpos neutralizantes né isso aqui também é a primeira cura né que foi o timot brown mas os anticorpos amplamente neutralizantes que também foram identificados Justamente a partir dessas pessoas que a gente identifica que controlam o HIV sem terapia antirretroviral O que que elas TM de diferente Aí você acha que ali tem anticorpos que são capazes de neutralizar o hi aí aquela pessoa Doa o anticorpo dela E aí eu produzo o anticorpo dela então isso foi a proposta Inicial e a gente chega aqui em 2016 no segundo
Eh caso de cura e a gente continua caminhando né a gente eh estava ali em 2019 naquele naquele tratamento né comprimido todo dia blá blá blá e sempre foi uma questão eu eu me lembro que eu ainda era assim bem jovem e às vezes o o representante do laboratório da indústria vinha me visitar Doutora também a senhora trabalha com HIV aí tantos anos eh e aí na conversa vai conversa vem que que a senhora acha que falta que precisa eu sempre tinha esse discurso falta uma injeção Eu sempre falava isso eu e e isso é
é também a a a cabeça do médico que tá na ponta você pode não gostar de injeção mas tem que tem quem precise é é é você justamente tentar identificar onde é que onde é que tem buraco para eu tapar né onde é que falta coisa para eu fazer e eu sempre falava isso porque a gente já tinha os anticoncepcionais de longa duração mulher toma lá um depoprovera fica três meses eh protegida de uma gravidez indesejada que ela não quer engravidar Eu sempre falei isso E aí surgiram os os longa ações os os remédios de
long long acting né os remédios de ação prolongada toma uma injeção da aqui um mês toma outro na prevenção injeção é feita a cada do meses Então tudo isso é progresso e progresso para o qual foi necessário que alguém se voluntari asse participar quando o cabotegravir começou paraa prevenção eu me lembro porque foi desenhado um estudo chamado hptn 077 em que a gente ia testar E aí era aquele fase dois lá eu vou testar a injeção em quem não tem risco para HIV porque eu já tinha pré oral não seria ético eu testar o alguma
coisa frente a a algo que era tão eficaz sem ter pelo menos um caminho de que aquilo era seguro e aí apareceram os voluntários quem eram os voluntários pessoas de baixo risco para HIV aí entra o altruísmo para tomar uma injeção no glúteo na nádega porque tem que ser na nádega uma injeção de 3 ml hoje né 3 ml e quando começou ainda ia testar ainda ia testar um de cada lado né dois aqui dois lá Eram quatro quando começou não me lembro direito bom para resumir a ópera eu recebi e eu eu recebia as
pessoas e fazia tipo uma palestrinha para contar essa história do prep né para chegar na injeção e para chegar na proposta PR as pessoas entenderem no que elas estavam entrando e assim eu tinha muito medo porque às vezes eu olhava assim e eu peguei um casalzinho 20 e Poucos Anos aí eu falei por que vocês estão querendo participar dessa proposta para eu entender o que motiva vocês né a se submeterem a um teste de uma substância que vai ficar dentro do teu corpo e que é uma injeção e a menina é um filezinho assim ó
ainda falava assim ai meu Deus injeção nesse glúteo né e eh eles me responderam ela me respondeu porque assim nesse dia o namorado nem tava com ela porque ele disse você é doida vai se lá ser cobaia destroça Aí eu expliquei que cobaia seres humanos não são são cobaias cobaias são animais de laboratório a gente não chama o ser humano de cobaia é ser humano assina termo de consentimento e é voluntário ele faz se ele quiser e aí ela me disse eu perdi um grande amigo morreu por causa do HIV então eu quero fazer alguma
coisa que impeça as pessoas de pegar esse troço Mas já tem já tem o pré prama mas Senor tá me falando aí que a injeção pode ser benéfica para aquelas pessoas que não tomam não querem esquecem T dificuldade para tomar o comprimido É isso aí foi o caminho aí o namorado que disse que ela era doida que era cobaia disse ela falou assim se ele escutar tudo isso aqui que a senhora me falou Pode ser que ele queira eu falei ele pode querer ou não querer porque essa decisão Não não é minha nem sua é
dele aí ele foi n conversou n também participou e todas as visitas certinhas era o casal nota 1000 uma gracinha os dois do início ao fim do protocolo então é um um pouco do altruísmo do participante de pesquisa para resumir que a gente chegou aqui no longa ação inclusive no longa ação para prevenção aí a gente entra na era dos anticorpos eh eh monoclonais neutralizantes que é o anticorpo o que que ele vai fazer ele vai tentar bloquear quando o vírus sai da célula Ele vai tentar impedir que o vírus infecte uma nova célula né
esse é o papel dele aqui para assim para tornar bem simples o que eu tô falando e aí vieram outras outras existem hoje outras propostas né vacina terapêutica combinação já viram que um anticorpo é igual o anticorpo sozinho é igual mandurinha sozinha não faz verão tem que ter uma combinação de anticorpos e vai por aí a fora então a gente tem aqui esses são os exemplos de eliminação completa e supressão do vírus sem terapia né o o paciente Berlim fez Um transplante essa coorte francesa visconte elas t ela tem várias pessoas que controlam o pós-tratamento
como é que eles chegaram nessa nessa nessa conclusão a pessoa usava antirretroviral e suspendia dentro dessa a pessoa se propunha a correr esse risco a fazer isso para ver se ela sustentava o vírus sem remédio ou não porque se a gente consegue estudar alguém que controla o vírus e tentar entender o que que essa pessoa tem de diferente do resto talvez a gente ache alguma resposta por aí né o paciente de Londres e por último essa mulher eh de São Francisco que também tem um controle eh Sem tratamento Aqui tá um pouco repetido a questão
dos paradigmas mas assim partindo da descoberta do HIV do tratamento com monoterapia depois dupla depois tripla porque a gente entendia que não era ideal depois a gente entra na era do inibidor da integrase entra na era dos das injeções de elação e agora a gente tá é na busca do controle viral livre de de terapia antirretroviral que a gente tá chamando aqui de cura a gente chama isso de cura funcional e o indetectável é intransmissível então a gente tem todas essas etapas com a participação da ciência básica a gente precisa eh isso é é pra
gente entender porque que que a gente coleta material Porque que a gente pede biópsia a gente recebe os infecção aguda eles assinam o tema a gente pede para fazer uma retossigmoidoscopia tirar de reto porque ali tem célula que é reservatório do vírus eh precisa de tecido precisa de amostra precisa de quantidade grande de sangue tudo isso faz parte do processo para gerar conhecimento nessa área estudos de intervenção começam com animais esses anticorpos monoclonais eles vários testados primeiro em animais tem vários estudos se você for olhar o que tem aí eh na literatura mostrando testes eh
nos modelos animais é que a gente não tem um modelo animal perfeito para HIV né o vírus símio Ele não é igual ao vírus humano mas a gente faz esse contraponto do que a gente testa no Animal para poder chegar no nos testes em pessoas Então a gente tem ali as propostas de terapia precosse terapia imunológica agentes que modificam a latência viral tratamento propostas de terapia gênica né ou genética e questões também que sempre são envolvidas dentro da ciência só comportamental que também é não é menos não são menos importantes do que o que a
gente tá falando em intervenção em 2019 o investimento Global em pesquisa para desenvolver a cura era de aproximadamente esse valor aí 324 Milhões de Dólares porque é difícil a gente eh Já falou um pouco mas assim para vocês terem uma ilustração você quando olha a primeira figura é porque ela tá bem ali na frente eu teria colocado vocês estão vendo a Rosinha com a cor mais clara eu teria colocado ela L atrás mais camuflada porque na verdade é o que é é tipo assim Onde está o olle sabe quando você olha pela primeira vez Onde
está o olle E você tem a sensação de que você nunca vai achar onde está o óleo é exatamente isso que acontece Então são poucas células que abrigam eh e eh o HIV em pessoas que tomam medicamento a quantidade dessa célula vai depender do o momento em que você tratou essa pessoa e de vários outros fatores individuais e pro nosso sistema de nosso sistema de vigilância de defesa não identifica essa célula ela tá ali no meio das outras o o meu sistema de defesa não é capaz de ver que tem uma um uma florzinha com
Rosinha mais clarinho ele Ele é cego para isso Ele não enxerga E aí onde é que estão os reservatórios aí distribuídos inclusive em vários órgãos eh muito nobres né cérebro gangos linfáticos uso o próprio sangue periférico a mucose intestinal a barreira intestinal é o maior reservatório de HIV que a gente tem que chama G né é o sistema linfático associado ao intestino delgado a medula óssea e o trato genital entre outros né Tem trabalho já mostrando até que a gordura pode ser as células Gordurosas podem ser um reservatório então eh eh algo que a gente
precisa também ter em mente e estudar a diferença eh do comportamento do reserv atório entre oos sexos eles estão eh maior ou menor grau na mesma anatomia as diferenças genéticas as diferenças em relação à à resposta do sistema imunológico das pessoas eh questões epigenéticas que passam por questões eh do ambiente que cerca né o o gene que eu vou ter ativado ou não e o em última instância O microbioma que é uma coisa que tá na moda que nada mais é do tipo de bactérias que moram né no nosso no nosso intestino basicamente no nosso
corpo de um modo geral porque o microbioma tá em todas as partes mas essencialmente o microbioma intestinal finalmente vamos chegar aqui nas estratégias que a gente já tem conhecimento que podem ser propostas e se relacionar com a cura do HIV a primeira que a gente testou e que a gente já sabe que funciona mas funciona também para um grupo muito pequeno de pessoas é a terapia antirretroviral precoce mas o que que a gente tá chamando de precoce aqui e a garrafa Rosa discreta não é igual a florzinha né todo mundo tá vendo a terapia precoce
aqui não é você começar o tratamento assim que você identifica que a pessoa tem HIV isso também é precoce Claro mas a ideia aqui é tratar o indivíduo assim que ele adquire o HIV na fase aguda da infecção pelo HIV e já tá demonstrado que na fase no tratamento ultra ultra precoce que aquela pessoa que acabou de ter exposição para HIV nos dias anteriores cinco dias uma semana ela ela ainda não tem anticorpo circulando ela ela ainda eu não consigo às vezes enxergar o antígeno viral e ela vai ter o PCR né do HIV a
carga viral eh às vezes eu nem enxergo isso eu passo a enxergar isso em média em torno de 7 a 10 dias mas se eu conseguir pegar essa pessoa entre 7 e 10 dias e der antirretroviral para essa pessoa que é o que a gente chama de ultra precoce eu consigo reduzir e limitar a formação do reservatório dela esse reservatório a gente mede em logaritmo igual a gente mede carga viral né a carga viral eh e a gente vê na infecção aguda pessoas com eh 30 milhões de cópias Às vezes você tem Até a metodologia
ela vai até um determinado limite quando você pega naquele limite você tem que ir diluindo para tentar entender Até quando isso vai às vezes vai lá até 30 milhões a gente já pegou caso de infecção aguda aqui nessa nessa faixa qual a importância de eu ter essa estratégia e aí a gente tem aqui no in acompanhamento uma coorte de pessoas que foram identificadas na fase aguda que a gente chama de corte Iva né infecção viral aguda a gente tem cento e poucas pessoas mas também com um número limitado de pessoas que a gente conseguiu identificar
numa fase Ultra precoce porque isso também é literalmente achar uma agulha num palheiro é exatamente a pessoa que às vezes vem aqui buscar PEP porque teve exposição dentro das últimas 72 horas ou vem buscar prep E aí relata uma exposição ali perto a gente a gente geralmente dentro de um mês a gente coleta a carga viral dessa pessoa e a gente Às vezes pega pessoas com teste rápido negativo e com carga viral positiva ou seja a pessoa ainda não desenvolveu anticorpo Esse é o mais precoce que eu consigo tratar isso é importante porque eu limito
o reservatório Por que que é importante eu limitar o reservatório Porque qualquer estratégia que eu use para eliminar um reservatório para tirar o vírus de reservatório vai me dar menos trabalho tenho menos vírus tenho menos reservatório tenho menos vírus escondido limitar a formação do do reservatório ou tornar as células eh resistentes ao HIV Ou seja a minha célula tem alguma forma de se defender e não permitir que o HIV incorpore ali o vermelhinho dele no meu DNA é impedir que isso aconteça tentar esgotar as células infectadas só que isso é complicado né porque assim também
depende do número de reservatório se eu consigo renovar isso ou não eu vou destruir as min as células para acabar com o reservatório que é mais ou menos o que a gente faz no transplante de medula a gente tá destruindo né só que a gente tá repondo com uma medula nova limpar os reservatórios latentes usar vacinas para controlar os reservatório aí entra nessa nessa proposta de controlar o vírus sem terapia antirretroviral vacina imunoterapia então é reverter a latência O que que significa isso até hoje a gente já tentou inúmeras tentativas nenhuma deu certo segue se
tentando que é aquele vírus que tá ali incorporado dormente ele não sai dali se tiver usando terapia antirretroviral O que que a ciência já tentou fazer usar algumas substâncias que tentem provocar a saída desse vírus mantendo o tratamento antirretroviral o bicho não sai parece que ele Adivinha que se ele sair ele vai encontrar um inibidor da integrase um inibidor nucleosídeo que ele vai se dar mal parece que ele sabe então não se conseguiu ainda algo que eu posso que seja seguro que eu possa dar para uma pessoa tirar agora tem umas propostas novas que a
gente tem assim um pouco mais de fé que é para isso chama reverter a latência qual é a vantagem disso eu tiro o vírus do reservatório ele sai da célula terapia an retroviral pega e mata ele aí dentro de um determinado ciclo vai chegar um momento em que eu vou esgotar esse reservatório né e e Talvez possa aí no futuro interromper a terapia terapia genética também para eliminar as células isso isso seria tem uma proposta chamada cart que é uma proposta em que eu faço um eu crio um linfócito t eu crio um soldado que
é capaz de enxergar isso aquela florzinha que ninguém enxerga ele vai lá enxerga ela e créu só que isso também é um processo e em construção o outro me ligando terapia genética para tornar as células resistentes vacinas imunoterapia aqui visando melhorar a resposta de defesa contra o vírus bloquear e trancar também é uma proposta que assim seria você já que não consigo tirar o vírus da latência será que eu consigo deixar ele ali para sempre porque ele não fica para sempre a gente já sabe disso né tanto que você vê ali carga viral detectável 24
cópias significa quee que tem vírus fora da latência né E será que a gente não conseguia trancar ele ali dentro tem até acho que um slide aqui que fala que é a bela adormecida uma delas aí que que o príncipe o príncipe pode morrer beijando ela que ela não vai acordar é mais ou menos essa a ideia então aqui Algumas propostas de terapia celular e genética né você fazer é carrear isso né junto com outro tipo de vírus que o teu corpo já conheça E aí tá ali o adenovírus que é o vírus associado a
infecção respiratória são os mesmos vetores que a gente usa paraa vacina né para para carrear levar o gen que vai fazer essa essa modificação que possa eh impedir depois a a a transcrição do vírus agentes que revertem a latência a gente já eh citou isso né tira tira ali o o vírus vermelhinho da célula integrada essa célula quando fic ativada ela vai se multiplicar eh e vai liberar outros vírus e eu tenho ali alguma coisa por exemplo uma vacina terapêutica ou um anticorpo monoclonal que seja capaz de pegar e aquele vírus e impedir que ela
que ele infecte uma célula nova Então são as formas da gente lidar eh como é que a gente vai evar tá esse rebote então a gente ainda não sabe muito bem porque a única maneira da gente estudar Isso é fazendo a tal da ATI é interrompendo a terapia antirretroviral diante de uma estratégia e essa proposta não é uma proposta que a gente vai fazer para milhares de pessoas são estudos muito pequenos eu vou mostrar alguns para vocês aqui mais adiante e essa proposta de de bloquear e trancar né você arruma uma forma de deixar ele
lá no Genoma da da célula e impedir que e ele saia dali forever que é por isso que tem aí a bela adormecida continua dormindo ela nunca acorda para o príncipe ela quer que o príncipe se dane fala é exatamente você fecha o buraco bota um concreto a sempre tem um cupim né para ir lá abrir o buraco mas a gente vai né seguindo um caminho que a gente vai são essas várias eh várias estratégias e pensadas e estudadas e que estão sendo e propostas né um pouco desse bloqueio aí é você também ele tá
lá mas de alguma forma ele não consegue expressar o DNA dele mesmo que a minha célula se replique pode acontecer da gente conseguir alguma coisa que vá lá naquele naquele material genético do vírus deixe ele bloqueado E impeça ele de sair junto com a multiplicação da célula o vírus não vai ser multiplicar só a nossa célula vai se multiplicar as imunoterapias então a gente tem um grande avanço com com as vacinas de DNA A as vacinas de covid inclusive vão ajudaram já né nessa nessa construção eh de vacinas genéticas baseadas no DNA a própria vacina
do do estudo mosaico tinha tinha um um adenovírus né Eh junto com partes que a gente chama de mosaico porque a gente tá fazendo um remendo de partes de vírus de partículas virais para tentar estimular ao sistema de defesa Então essa também é uma proposta e tem alguma a gente já entendeu hoje e os anticorpos neutralizante que vai lá eh eh a célula que produz o anticorpo produz um anticorpo que hoje a gente eh naturalmente não tem né nas pessoas que vivem com HIV que é capaz de bloquear eh de forma eficiente esse vírus para
que ele não infecte uma nova célula aqui é o exemplo do carter que falei que é você criar um super soldado isso não é só filme de infecção americana quando a gente cria um super soldado aqui eh Isso já é feito em terapia para câncer o Carter já é um um uma uma tecnologia que que tem sido utilizada em linfomas e em neoplasias hematológicas com algum sucesso então pode ser que seja um caminho pra HIV também E aí por fim que é o assunto que a Luciana tá ansiosa para discutir que é a interrupção da
terapia antirretroviral para avaliar essas intervenções de cura porque isso como a gente tem esse discurso de tome remédio não fique sem remédio não perca nenhuma dose do seu remédio e pra gente ter todo esse processo de identificar se a estratégia que a gente tá fazendo vai ser eficaz em controlar o vírus ou se aquilo é só uma coincidência porque veja bem dentro de um universo mesmo das pessoas tratadas na fase aguda eu não consigo saber Ali quem vai controlar o vírus a gente tem alguns casos nessa corote de infecção aguda que eh demoraram muito a
desenvolver anticorpo Porque como você bloqueou o vírus na fase Ultra precoce só tinha carga viral a gente tem alguns casos que nem anticorpo desenvolveram e que a gente não sabe não sabe se de fato essa pessoa tem ainda o HIV ou não como é que eu vou saber estilo Brown Só tem um jeito eu tenho que suspender a terapia antirretroviral ou eu tenho que arrumar alguma coisa que tire o vírus da latência sem suspender a terapia antir Ret viral nós ainda não temos isso então esse é o nosso único caminho então o que que significa
ati para avaliar estudos de cura é uma interrupção temporária ou uma pausa na terapia antirretroviral outros termos que a gente usa interrupção estruturada do tratamento a gente já fez isso já a gente já fez isso estudo start fez isso a gente fez por quê justamente tentando ver será que se a gente parar a terapia antirretroviral episodicamente essa pessoa vai ter menos toxicidade do antirretroviral só que nessas estratégias a gente não tinha nenhuma intervenção e agora a gente tem propostas de intervenção então a gente não tá simplesmente dizendo interrompa a terapia antirretroviral para eu ver o
que acontece com você que foi o que fez a coror de visconte para poder entender eh Então não é essa a proposta a proposta é eu vou testar essa estratégia eu vou interromper a terapia antiretroviral e vou ver nesse grupo Quem controla e quem não controla e essas estratégias elas ainda precisam ser comparadas com Placebo porque eu não tenho como garantir eu não tô propondo um tratamento novo o meu tratamento que eu sei que funciona é terapia antirretroviral ponto isso não vamos discutir isso é o tratamento que eu tenho só que se eu D aquela
estratégia para todo mundo como é que eu vou saber que quem controlou está controlando por causa da Estratégia não é simplesmente uma coincidência ou aquela pessoa é um controlador de Elite é um não progressor como é que eu vou demonstrar isso a única maneira de eu fazer isso é interrompendo a terapia antiretroviral então Eh o por quê né porque a gente não consegue medir facilmente o reservatório do HIV se ele não sair do reservatório não tem como eu medir eu posso medir mas ele vai continuar lá medir a gente mede né Soraia sabe disso o
trabalho de doutorado dela nos nos nos voluntários do da corte de infecção aguda a gente mede tira o sangue pega um monte de célula e e e contabiliza aquilo né Tem uma noção alguns TM mais célula com com com vírus outros tem menos mas a gente não consegue medir fácil eh a gente não tem uma estratégia a gente precisa dar um impulso no sistema imunológico porque essas propostas de intervenção elas envolvem sempre ou uma vacina terapêutica ou um anticorpo monoclonal ou um estímulo outro né da do sistema imunológico Então até para eu estimular o sistema
imunológico eu tenho que tirar o vírus do reservatório para quê pro meu sistema imunológico enxergar o vírus porque dentro do reservatório Ele não enxerga temos aí desafios éticos né em relação a essa questão de estudos de cura a linguagem da pesquisa eh relacionada à cura que é essa que eu tô tentando ter que numa linguagem que permita que quem não é envolvido com aquela metodologia científica consiga entender então a pessoa precisa entender Especialmente quando a gente fala em termo de consentimento livre esclarecido aquilo precisa est escrito numa linguagem que a pessoa compreenda o que tá
sendo proposto quando a gente senta para discutir a gente tem que esclarecer as dúvidas dessa pessoa vão ser pessoa tem que ter a participação de pessoas vivendo com HIV da comunidade na construção desse processo isso tem sido feito nada do que tá sendo proposto sendo proposto sem a participação da comunidade pessoas que vivem com Hi né É exatamente aquele né nada sem nós tudo sobre nós mas nada sem nós né então não tem como não ter a participação né representação pisa e a gente tem essa proposta o ideal é que todas todos os grupos sejam
representados homens mulheres pessoas não binárias pessoas trans todas as as pessoas possam ser representadas a questão da interrupção e a proteção dos parceiros Porque isso é uma questão muito discutida e tiveram agora vai ter Inclusive eu posso depois passar a data certinha para vocês vai ter um seminário da ias só sobre a ti acho que é na semana que vem se eu não tô enganar no no no dia do feriado meu feriadão já tá garantido que às 7 horas da manhã vou votar o despertador É porque tem uma diferença de horário do é Genebra mas
teve recentemente na África um encontro de consenso para discutir a ati em relação à questão dos parceiros porque é um número pequeno de pessoas mas se eu sei que eu tô indetectável Eu não transmito eu tenho que saber se eu ficar detectável eu vou transmitir o que que eu vou fazer para não transmitir eu vou ter que voltar a velha máxima né de que de que tipo de sexo eu vou fazer se eu vou fazer e eh sexo só com preservativo se o meu parceiro vai fazer prep a gente aqui ainda tem um pouco mais
de tranquilidade porque a gente tem acesso à prep Então como a gente vai tem uma proposta de incluir sei lá 10 pessoas 12 pessoas 15 pessoas num estudo desse ainda que a gente tenha que acompanhar alguns parceiros dessas pessoas em prep isso é viável isso é factível mas é uma preocupação que se precisa ter né Eh acesso e as desigualdades estruturais porque realmente o que se tá tentando pensar também é de uma alguma forma a gente ampliar o acesso para isso a gente vai ver aqui alguns exemplos agora pra gente acabar que hoje é sexta-feira
né É esse foi um workshop comunitário de cura do HIV que aconteceu antes do croi esse ano com o grupo de do do comitê de cura da CG que foi representada lá pela Kate vice vice eh eh diretora né vaer do do do comitê tentando discutir um pouco da Visão Geral das prioridades do comitê de cura e o comitê do actg ele tem participação Comunitária Porque todo o comitê do CG tem um membro da comunidade do keb que faz parte do time do protocolo colo Então tem alguém de regulatório Tem alguém de farmácia Tem alguém
de laboratório tem eh pesquisador de diferentes centros tem o representante da comunidade eh eh tem o representante dos participantes Então é assim tenta-se fazer eh uma uma abrangência de participação bastante Ampla temos estudos abertos e abrindo alguns inclusive acabando Eh vamos discutir aqui rapidamente alguns desafios a questão da inclusão ade os estudos de ati os estudos internacionais de ati eh especialmente nas áreas onde eu não tenho acesso fácil à prep isso tem sido eh uma questão né Eh e a gente vai tentar fazer um pouquinho de discussão eh e a gente tá falando aqui só
dos estudos da rede actg tá obviamente existe se se você entrar lá no site tem um site que chama Clinical trials né que é de estudos clínicos pon P goov né Eh e e digitar o termo C Ali você vai achar uma pregada de coisa sendo feita para além do que a gente tá mostrando aqui então a gente tem estudos de caracterização do reservatório então a gente já conhece um pouco de reservatório com base nesses estudos 5321 estudo de coort de pessoas que foram tratadas tanto precocemente quanto crônicos aqueles apresentando viremia baixa aqueles que soro
converteram em uso de cabotegravir esse esse é o o único grupo que ainda tá aberto paraa inclusão porque os outros já fecharam todos mas a gente submeteu para participar aqui porque a gente tem alguns voluntários quer dizer ainda tem eh pessoas usando cab aqui e a ideia é se alguém soro converter em uso de cab Porque isso é uma possibilidade né a gente sabe que isso acontece é cabot gravia é não eu falei cabot gravia não sei se já decoraram mas é é é é mas eh A ideia é incluir essas pessoas para avaliar o
reservatório dessas pessoas como ele se comporta porque também são pessoas tratadas e é o mais precoce que a gente consegue quando a gente consegue identificar pessoa chegando aqui esse estudo 5345 foi um estudo de ati Sem intervenção hoje a gente não tem mais proposta de estudo de aí sem intervenção Porque a gente já entende que não tem eh eh benefício mas assim essa proposta ajudou bastante a conhecer os reservatórios ela teve que ser feita faz parte do processo o 5354 a gente participou aqui que é início precoce de terapia antirretroviral nós fomos um centro aqui
no Brasil o Breno lá em Porto Alegre também e a gente incluiu acho que 16 pessoas Então nós encontramos 16 infecções agudas não previamente expostas à prep porque é um critério de exclusão em que a gente conseguiu tratar na nas fases precoces da infecção alguns Ultra precoces outros nem tão precoce mas eh a gente tem esse grupo eh eh eh é um grupo assim que a gente tem eh muito apreço e cuidado com com ele porque Inclusive é o grupo que a gente quando quando conseguiu participar dessa proposta a gente já tinha Cora então a
gente sabia que a gente era capaz de identificar infecção aguda mas fundamentalmente porque a gente sabia que iam vir propostas futuras que talvez beneficiem essas pessoas e que essas pessoas que T um reservatório reduzido porque começaram a tratar cedo são os grandes candidatos aos estudos de cura funcional tem Algumas propostas para para crônicos também mas essencialmente a gente vai começar pelo grupo que tem um reservatório menor a gente tem que começar por algum lugar que seja mais fácil depois a gente vai complicando eh e Estudos avaliando intervenções aptic para reduzir controlar ou eliminar os reservatórios
que é um pouco disso tudo que a gente falou aqui e sempre com colaboração com parceiros da comunidade as prioridades são condução ética e eficiente dos estudos né é sempre uma questão eh e as as implicações que que isso vai ter do ponto de vista sociocomportamentais inclusive todos esses estudos têm braço sociocomportamentais vai detalhar isso aqui mas é só eu posso até depois deixar esses slides para quem quiser aproveitar essas são as propostas que a gente tem né os estudos que envolvem tratar precocemente aí a gente olha aqui um estudo que eu gosto que eu
quero destacar que é o 5374 que é um estudo que a gente já submeteu ao comitê de ética e que tá sendo analisado pela conep em que a gente tem a intervenção para quem foi tratado precocemente com uma proposta de esgotar as células do reservatório infectadas com vacinas e anticorpos monoclonais então ele é um estudo com uma combinação de estratégias que a gente eh vai avaliar e é um número também como é um fase eh 1/2 número pequeno então tem aqui E esse aqui tá sendo discutido agora esse 5410 que é do vonin state vonin
state é um é um antineoplásico usado para câncer de pele nem é registrado no Brasil as pessoas que TM esse câncer que precisam tratar acabam Entrando lá com processo para conseguir o remédio mas ele ainda não tá registrado aqui mas é uma proposta para tirar o vírus do reservatório que parece promissora vamos ver então Eh o que a gente tem aí de Estudos em andamento ou planejados dentro da rede né aí envolvendo África América Latina a gente tem o peru o México mais recentemente tá envolvido também tando tentando se envolver em alguns algumas dessas propostas
e várias propostas paraa África porque a África tem um perfil epidemiológico diferente aonde vão ser incluídas as mulheres em sua maioria Como foi o caso do do estudo do cabotegravir para prevenção né que a África fez o estudo com as mulheres e eh os Estados Unidos e América Latina conduziram eh com com os homens que fazem sexo com homens essa é a proposta do 5374 só para vocês terem uma uma noção assim de números não tem como a gente detalhar isso mas obviamente depois quem quiser saber detalhes é só falar comigo eh porque ele propõe
vai pegar as pessoas que foram tratadas precocemente e ele ele propõe fazer aqui né Eh o o o binab no no no momento aqui da setinha do Triângulo laranja eh a vacina um estimulador da imunidade que vai ser comprimido e outra vacina ou dois minab e uma vacina comparado com Placebo de vacina Placebo disso tudo e são eh tem dois sites fora dos Estados Unidos os dois sites são no Brasil qual a importância da nossa participação nisso a gente ter a diversidade inclusive de subtipo viral subtipo eh que circula num lugar não é necessariamente igual
ao outro tem estudo parecido eh com outras estratégias sendo propostas para outros lugares e ele vai incluir um número pequeno de pessoas eu não sei se esse número tá em algum slide aqui mas é um número pequeno Marcela Você lembra de qual número a Marcela já foi é Então na verdade a maioria das pessoas é dois para um né A maioria das pessoas vai usar a intervenção ativa e apenas uma uma pequena parcela vai usar o Placebo isso é um cálculo feito né para usar o mínimo de Placebo possível mas eu preciso ter Placebo senão
não respondo a minha pergunta e o objetivo primário desse estudo é avaliar a segurança e a tolerabilidade de todos esses produtos aí que tá sendo que estão sendo propostos e é um estudo muito intensivo porque eu não sei se tá aqui não não tá aqui mas ele é um estudo em que a pessoa tem que vir aqui praticamente toda semana porque num determinado momento ali ela interrompe aqui a terapia antirretroviral e ela tem que vir aqui primeiro ela vem toda semana porque ela fez binab vacina n eu preciso garantir a segurança dela depois ela precisa
ver com vir com essa frequência porque eu preciso monitorar a carga viral dela então esse estudo tem uma proposta que quando eu paro a terapia essa pessoa se essa pessoa controlar o vírus eu tô acompanhando ela tá controlando o vírus já fiz o que eu precisava fazer vou seguir vou seguir vou seguir vou seguir se essa pessoa apresentar a carga viral acima de 1000 por quro semanas seguidas ela reinicia a terapia antirretroviral Então é só para ilustrar como é intensamente monitorado qualquer pessoa que numa medida de carga viral Apresente uma carga viral acima de 100.000
reinicia imediatamente a terapia antirretroviral se a pessoa tiver sintoma de síndrome retroviral aguda Porque isso pode acontecer né a pessoa tá suprimida Eu suspendo a terapia antirretroviral ela pode ter sintoma de replicação do HIV se essa pessoa apresentar sintomas eu reinicio imediatamente a terapia antirretroviral então ele é eh intensivo para todo mundo né pro pro participante e e pra equipe que tem que acompanhar o estudo e com todas as questões de que aí eu vou ter que tirar sangue abessa porque eu preciso de célula vai usar uma metodologia de leuca férias e que é você
passa teu sangue passa por uma máquina você extrai a quantidade de células que você precisa e ele é devolvido que é opcional a pessoa pode fazer esse processo se ela quiser ou não eh quem não quiser vai tirar um volume grande de sangue foi a experiência que a gente teve no estudo de tratar precocemente a gente tirava 310 ML é praticamente uma doação de sangue que você tá fazendo né para para em prol da ciência mas é isso aí essa E aí na na na sequência o que que se pensou que que a gente vai
fazer com as pessoas que controlaram o vírus durante o tempo todo na proposta do 5374 porque assim se a pessoa acabar o estudo e não quiser e tiver controlando o vírus a gente a recomendação que a gente vai dar se ela não quiser entrar nesse nessa nessa corte de observação onde a gente continua monitorando ela a recomendação que ela vai receber reiniciar a terapia antiretroviral Pode ser que dê na veneta dessa pessoa que ela não quer No final a decisão é dela mas a gente vai orientar a reiniciar E aí foi desenhada essa corte pós
intervenção que é justamente pra gente olhar o que que essas pessoas que controlam o vírus TM de diferente né como é que elas estão se comportando quanto tempo ainda mais elas vão controlar o vírus a nossa hipótese é que isso vai acontecer com um número pequeno de pessoas porque apesar da gente ter uma proposta de intervenção a gente não sabe se isso vai ser um negócio duradouro mas para quem for duradouro essa informação é muito valiosa eu entender quem é que consegue a partir daquela intervenção se manter sem terapia anat viral e ter carga viral
indetectável Então isso é é eh um um colar de pérolas que a gente vai guardar num estojinho de veludo preto bonitinho porque é realmente é um grupo muito especial essa é uma outra proposta de invenção usando dois anticorpos monoclonais aí aí essa aqui já é uma proposta um pouco diferente daquela que eu mostrei anteriormente essa pessoa aqui ela ainda não usa antirretroviral mas ela está na infecção aguda por por HIV Então eu peguei ela em Iva é aquele cara que eu tô pegando e que eu sei que há um mês atrás ele tinha um HIV
negativo há três semanas atrás tem um tem um prazo aí que vai ser que tá definido e ou que foi identificada só porque tem carga viral e não tem anticorpo ou seja uma pessoa com infecção aguda ou recente essa pessoa eu vou ter que começar a terapia antirretroviral para ela qual é a proposta do estudo para eh dois também acho que é dois para um para dois duas partes dos voluntários eu vou usar terapia antirretroviral com dois binab a outra parte vai fazer só terapia antirretroviral sem binab tá E depois eu vou parar a terapia
antirretroviral A ideia é será que quando eu trato uma pessoa na fase aguda que eu dou um Booster nessa imunidade com anticorpo monoclonal eu vou ter um maior número de pessoas que depois consegue controlar o vírus sem terapia antirretroviral essa é a pergunta que o estudo quer responder e por último 5389 vai fazer a mesma coisa com anticorpos monoclonais mas para quem já tá tratando então ele vai pegar essa pessoa não importa quanto tempo ela tá tratando mas que ela foi tratada também durante a infecção aguda e vai dar dois anticorpos monoclonais para para para
uma parte e Placebo paraa outra e vai suspender a terapia antirretroviral é a mesma proposta todas essas propostas envolvem A AT um pouco falando de que precisa ter inclusão né Essa união da ciência com a com a factibilidade ou a viabilidade do processo o comprometimento tem que ter um comprometimento muito intenso do voluntário do centro de pesquisa do pesquisador de toda a equipe que tá envolvido eh o sucesso requer Esse envolvimento né de Todos Nós precisa ter um conceito perfeito um desenho bem feito eh esforços no recrutamento todo o apoio aos participantes porque porque você
imagina que uma pessoa tendo que vir aqui toda semana a gente vai ter que ter estratégias porque uma pessoa que trabalha Pode ser que só possa vir ao sábado eu vou ter que funcionar no sábado é ou vou ter que não adianta você olhar com essa cara assim do do tipo Ai meu Deus vou me botar num plantão de sábado Yes we will mas e pode ser que eu tenha que receber essa pessoa Às 7 da manhã pode ser que eu tenha que receber essa pessoa Às 6 da tarde né E a gente vai ter
que lançar mão pode ser é que os voluntários que aceitem sejam aqueles que não t nenhum compromisso mais rigoroso com o trabalho ou que sejam trabalhem de uma forma autônoma se eu não trabalhar na quarta eu trabalho na quinta aí não sei a gente vai ter uma bolinha Qual é a bolinha comunidade não mas ela tá a na próxima em algum lugar aí lembrando isso também que pode haver desconexão entre os especialistas em ensaios clínicos e uma comunidade maior porque é isso você imagina tudo isso que eu tô falando aqui h não sei quantas horas
duas já deve ter quase na cabeça de uma pessoa que que eu tô fazendo aqui um um um uma um discurso explicativo né você imagina isso quando isso cai por exemplo na mídia né estão fazendo proposta de um estudo de cura para parar o tratamento do HIV isso Vai suar desconectado e absurdo essa inclusive foi a razão de eu pensar nesse webinar junto com a Luciana Pois é porque eu a gente a gente precisa quem ouviu e E é claro e a gente tem que ter cuidado com o telefone sem fio né com a com
a palavra que se esparrama porque eh eu falo aqui a flor é Rosinha que é diferente né chega lá na frente Alguém já tá dizendo que a flor é marrom Azul Sei lá eu o qu né mas é é existe esse risco dessa desconexão porque a comunidade é muito muito grande e e Mas isso é natural é um processo que a gente tá começando e como a gente já começou tantas outras coisas né como eu comecei lá atrás tentando convencer as pessoas que elas deviam tomar ZT que era bom para saúde e muitas diziam para
mim que não queriam aquilo que tinha medo etc a gente vai vencer mais essa também né galera aí que é mais antiga no processo tá aí para servir de testemunha que no final tudo tá certo alguns desafios aqui essa questão do gênero que eu já falei então só para vocês terem uma ideia por exemplo nesse estudo que foi feito em 2013 que é o 5340 15 participantes inscritos todos homens Sis nemhuma mulherzinha para contar eh até por uma característica da epid da epidemia no local você tá fazendo isso nos Estados Unidos agora que isso tá
ampliando Horizonte né e tem vários estudos pequenos feitos só nos Estados Unidos é com certeza porque essa é a proposta né você vê por exemplo 5386 em 2023 ele tinha uma meta de 30% de inclusão atualmente tem 10% mas ele ainda tá aberto então a gente pode ser que consiga então Eh Existem muitos obstáculos a participação do das mulheres ela é Ela é complexa a gente sabe disso não é de hoje que a representatividade de mulheres em ensaios clínicos de um modo geral é complexa tem questões de de reprodutividade de reprodução né questões de de
de eh exigência de uso de contraceptivo e e outras questões de vida das mulheres que realmente trazem Impacto e que a gente tem que tentar dar apoio a gente fez muito isso em alguns estudos nossos Tipo olha pode trazer as crianças que a gente arruma alguém aqui para cuidar isso aí tinha hora que virava um naquele estudo de do do 5300b quando era para ver havia a factibilidade incluir os contactantes de tbmr então vinham as crianças arrumando brinquedo pirulito era uma festa e aí agora a gente também tá incluindo criança nesse protocolo né então assim
a localização geográfica então só para vocês terem essa noção ó tem estudos acontecendo em diferentes eh locais da África da América do Sul eh alguns obstáculos e que a gente acha que na verdade é importante essa participação eh de multi geográfica porque eh o o clado viral não é o mesmo pros anticorpos a resposta não vai ser igual se a gente não testar em diferentes locais a gente não tá eh trazendo benefício Mais amplo né paraa população eh restrição de produtos exportação de produtos você vê essa vacina que a gente vai trazer do 5374 a
vacin os babes eh ela requer lá um freezer -80 tem que ter um freezer de backup -80 a a a transferência do produto é complexa tanto que eles falam assim Quantos você vai incluir eu digo 10 aí eles falam Como como é que vamos fazer com produto falei manda para cinco a gente inclui cinco é porque é um é um compromisso você tem que ter lógica V manda para cinco quando chegar no cinco a gente pede mais cinco você manda para mais cinco Vamos trabalhar com essa lógica com com essa tranquilidade então é são processos
eh sempre complexos E aí por alguns últimos desafios né Eu já falei isso eh a gente precisa fazer a ati a ati tem valor científico a gente não tem nenhum biomarcador alternativo se a gente tivesse Era óbvio que a gente não ia dizer para as pessoas que elas têm que parar a terapia para testar uma estratégia Mas se a gente não fizer isso a gente não vai caminhar a gente tá estagnado parado no mesmo lugar colado com cemento e cola quarzolite ó aqui fazendo propaganda sem ganhar nenhum Tostão porque não vai andar com o que
a gente tem agora não vai andar então ou a gente para e e se não tiver jeito né mas é essa Essas são as propostas né E aí eu já falei isso mas vou repetir porque realmente requer um imenso imenso comprometimento dos participantes imenso eh comunicação educação pro consentimento eh informado o apoio a proteção aos parceiros a inclusão da pesquisa sociocomportamentais também para melhorar os desenhos porque por exemplo uma preocupação que a gente tem é com a nossa própria capacidade de desenhar os nossos estudos locais isso é uma coisa que a gente não consegue a
gente não tem eh uma formação a gente faz parte do grupo a gente tá lá desde o início D Pitaco da palpite tenta entender a lógica mas a gente tem muito pouco no nosso meio de pessoas com essa capacidade de desenhar um ensaio Clínico a partir da sua concepção de uma ideia né então isso também é uma coisa que com a participação vai trazendo eh essas essas possibilidad como a gente conseguiu chegar nos nos desenhos de de de de estudos locais de coorte implementação de prep aí vai por aí a fora para encontrar essas outras
coisas aqui é um exemplo do que aconteceu com quem já participou do estudo o estudo Amp usou um anticorpo monoclonal paraa prevenção do HIV paraa prep algumas pessoas pegaram HIV soro converteram durante o estudo Amp fosse no Placebo fosse no anticorpo mas a ideia aqui é pegar Quem foi exposto ao anticorpo e avaliar qual foi o impacto do do anticorpo na na evolução do HIV no reservatório nas respostas imunológicas desta pessoa porque o anticorpo em teoria deve ter tido alguma influência nesse processo durante a soro conversão essa hipótese então Eh tá sendo desenvolvido já tá
sendo eh conduzido não mas assim o que eu tô trazendo aqui para mostrar que já que já tá proposto em andamento diferentes estudos em diferentes locais é só para ilustrar mostar também que a gente tem um processo muito dinâmico em que um estudo vai alimentando o outro eu tenho um resultado aqui que me diz para esse aqui não dá para continuar assim ó siga em frente o caminho é esse ó deu tudo certo aqui pode continuar aí além de todo o monitoramento que o próprio estudo tem do comitê Independente de segurança né das análises intermediárias
do dsmb da estatística dos resultados porque esses propósitos inicialmente a a a grande os três que a gente vai ter aqui nenhum estudo é de eficácia tudo estudo de segurança segurança e resposta eh eh de de resposta imuno ô Jesus a mesma coisa imunogenicidade como quando a gente faz vacina e anticorpo né a gente avalia imunogenicidade Então esse é um esse aqui é outro que é uma Cg G com htn hptn da África calma Lucian vou acabar não já já tem um já tem um plano b já sou uma mulher cheia de planos B já
Já acionei a minha retaguarda a minha retaguarda vai buscar a criança vai buscar os os bisavô os bisavó os velhos é tudo resolvido esse é é uma outra proposta que de anticorpo monoclonal também faz um na África Então nem sempre os tipos de an corpos são iguais podem ser anticorpos diferentes eles podem variar de acordo com com o subtipo viral que mais circula naquela área então também é uma proposta também tem ati ó pausando a terapia sobre avaliação estruturada o título curto do protocolo é pause tá malau e previsão de abertura meados de 2024 nove
sites África do Sul malau e botsuana 5417 também nab de elação do início da terapia na África é eu mostrei os três estudos já nossos né envolvendo a América Latina tem um estudo que que envolve o peru que e e e os outros que envolvem o Brasil que na verdade também porque incluiu naquele estudo de tratamento Ultra precoce porque a ideia original do estudo era pegar os participantes desse estudo depois eles ampliaram porque num dos encontros a gente foi lá pra frente dizer olha a gente tem uma coorte de pessoas com infecção aguda sendo acompanhadas
Por que que vocês vão limitar a inclusão nesse estudo de ex-participante de outro estudo a gente tem a população não precisa ser só quem foi participante do outro estudo então teve essa possibilidade de ampliar e da gente ter oportunidade de incluir outras pessoas que a gente identifica que tem o perfil para eh eh o projeto para o protocolo sim mas assim que que você tá falando não não não pode adequar é essa população ela tem que preencher os critérios de elegibilidade que eu quero dizer que a população que a gente tem fora dos ex-participantes do
estudo 53 54 também seriam elegíveis porque foram tratados na fase aguda sim sim sim nos outros centros também isso isso foi uma discussão que permitiu ampliar né E aí aqui um pouco dos objetivos do comitê de cura né iniciar e incluir nos estudos dar suporte pros estudos de interrupção ter grupo de trabalho de cura aproveitar eh esse esse comitê para incluir as partes interessadas e Inclusive a participação eh da comunidade aí é um pouco aqui uma mensagem né ser voluntário é muito mais do que apenas uma experiência quem já foi sabe disso eh eu já
tive voluntários na min na minha família e e a própria vacina da covid trouxe um pouco isso né porque a gente tava né ali doido para ter uma vacina sabendo ou não sabendo se aquilo ia dar certo a gente encarou né então é sempre um um processo então é um caminho também que muda a vida das pessoas né quem quem participa desses processos sabe bem disso né E aí eu eu tava lá no CRO conheci o Adam porque é uma figura sensacional ele eh fez uma apresentação na plenária assim muito linda e quando ele saiu
eu fui atrás dele falei ai eu quero falar com você me dá um abraço tal e e depois vamos tirar uma foto e eh me corrigiu porque eu disse que ele era eh um ativista ele disse não não eu sou Embaixador não sei das contas já não me lembro mais qual era o título mas tinha razão ele me corrigiu na boa né Eu não levei isso como uma questão porque eu queria falar com ele porque eu assim ass se eu tiver dinheiro vou levar você pro Brasil você conversa com a minha turma por lá aí
agora eu tenho que arrumar o dinheiro para trazer o Adam para falar para falar que gosto na tá fazendo um seminário ele vai ser a mesa de abertura É mas vai est na web vai ser híbrido e a apresentação dele foi muito boa assim primeiro porque Ele conta a história dele né o processo que Ele viveu para chegar na cura eu falo choro uma coisa horrível mas é isso aqui a fotinha do nosso tutinho é é parte dessa apresentação assim vários slides eu tirei da do site da currículum a currículum tem uma série de módulos
e ferramentas que infelizmente tá em inglês não sei se tem aí uma perspectiva disso eh não sei se já tem em espanhol mas eh é uma iniciativa da comunidade é que tem uma série de módulos que trata de então tem aí os seis módulos de introdução que foi esse que eu fiz hoje obviamente com as minhas adaptações né Eh um módulo só de ati módulo de persistência estratégias ética e envolvimento da comunidade eu eu procurei fazer uma coisa um pouco mais Ampla Mas quem quiser é só visitar eh esse esse site eu acho que negócio
aqui parou de andar ai ai ai deixa eu ver o que que tem mais aqui não tem mais nada né só o nosso nosso nosso antigo Hospital que virou hoje um centro de e covid longa e e mipox outras ists Hospital dia que a gente agora tem hospital lá embaixo tem o quê Ah podemos tentar responder vamos lá e esse é o nosso castelo que hoje tá de aniversário né F Cruz tá fazendo aniversário pela vida também tá de aniversário fui convidada já me justifiquei eu vi eu vi que você colocou no grupo ficou bonita
gostei Quais são as perguntas Lu Olha só Jé não é verdade que é porque você fez a ZT e DDI você tem um envelhecimento precoce de 15 anos a questão é é esse esse é um tópico polêmico né é envelhecer com HIV se a pessoa com HIV envelhece precocemente eh Na verdade o que a gente acaba observando e o que o que a gente tem eh eh de estudo mostrando é que para algumas comorbidades algumas comorbidades aparecem mais precocemente na pessoa que vive com HIV então tem tem dado mostrando que problemas renais podem acontecer numa
idade mais precoce pro HIV quando a gente compara com a população geral diabetes né mas por exemplo não necessariamente hipertensão arterial então assim esse Eh estamos todos envelhecendo e e assim mesmo na população geral algumas pessoas envelhecem do modo mais acelerado que outras e existe uma síndrome que é chamada fragilidade e que é exatamente aquela que a gente quando compara por exemplo uma pessoa de 80 anos que para sair de um carro precisa de ajuda ou que precisa pra de um andador para chegar num determinado local porque ela tem dificuldade de se locomover e a
gente compara uma outra pessoa de 80 anos que é o campeão Master de natação né um é frágil o outro não mas não é necessariamente porque ou AZT ou DDI é simplesmente porque tem convive vive com HIV há muito tempo né isso aquela inflamação é um processo que tá ali há mais tempo a pergunta que vem da Paraíba e do Otoniel Cavalcante sobre é sobre a a simplificação da terapia para pessoas multi experimentadas e a relação com a com a cura funcional assim a gente a simplificação para pessoas experimentadas ela ela até pode ser feita
mas ela tem algumas regras né assim o que que você tá chamando de experimentado porque não é necessariamente o fato de ter tomado diferentes esquemas e vários esquemas que significa que você não pode simplificar Então vamos dar um exemplo vou dar dois exemplos eh diferentes para pra gente ver se se se dá para para eh ficar mais Evidente eh eu tenho um paciente desde a década de 80 que fez pia dupla com AZT DDI Depois vieram os inibidores da protease ele foi tratado com inibidores da protease de primeira geração lá atrás saquinavir indinavir e até
que chegou o indinavir ele a gente também não tinha esse monitoramento que a gente tem agora de sempre carga viral indetectável etc mas lá no dado momento usou eh nevirapina usou virens só que ele sempre teve carga viral indetectável sempre sempre ele nunca falhou com resistência deu sorte porque vem da década de 80 então ele não tem resistência aos remédios então ele é hoje uma pessoa que toma terapia dupla com dolo terg gravil lamivudina porque ele tem 60 e poucos anos né e e e precisou fazer essa mudança por razões de melhorar a saúde dele
né tinha questão de disfunção renal então foi preciso fazer essa simplificação então a simplificação ela é possível mas ela tem que ser cuidadosamente avaliada pelo seu médico né Por quem tá te acompanhando porque ela tem que ser criteriosa e às vezes a gente faz uma simplificação mesmo numa pessoa que tem mais exposição e e já teve algum histórico de resistência revendo aquilo tudo né a gente conversou isso outro dia né vamos vamos vamos ter que sentar aqui e rever aquilo tudo que que foi feito para ver se dá para tirar pelo menos um então a
simplificação não necessariamente significa fazer terapia Dupla ela pode significar tirar um remédio que não é mais necessário ela pode significar que eu posso tirar um tenofovir para amenizar o efeito no osso e no rim é possível tirar os nús e deixar uma terapia com IP inibidor da integrase vai ser dupla do mesmo jeito mas não é o duplo naquela essência de de de tornar de de diminuir mas eh eh eu não sei se respondi a sua pergunta dá para fazer mas é caso a caso próximo pera aí veriano parabéns tenho duis Obrigada veriano os estudos
para vacina contribuem PR os estudos de cura não diretamente mas de alguma forma eles contribuem na medida em que a gente eh eh eh conseguiu entender melhor né a forma de de construir uma vacina de de mrna então de alguma forma é nessa medida que o que que o conhecimento da vacina contribui né ele ele traz essa possibilidade da gente desenhar novas propostas de vacina Esse estudo que a gente vai fazer por exemplo que envolve duas vacinas de mosaico e e e que tem o o vetor adenovírus ela foi construída pelo pessoal de Oxford que
é o mesmo pessoal que construiu a vacina da astrazenec inclusive um dos critérios de exclusão é ter sido vacinado para covid com a vacina da astrazenica porque eles entendem que isso pode interferir na resposta então a gente só vai poder incluir pessoas que não foram eh previamente expostas a essa vacina Eu acho que o papel da comunidade nesse momento nos estudos quer dizer é um papel que eu acho que tem que ser eh tipo Anistia Ampla geral e restrita eu acho que a porta tá aberta a comunidade a gente tem que chegar na comunidade eh
e e sentar para para discutir mas nesse nesse momento eu acho que um papel importante da comunidade é expressar eh o seu desejo por esse caminho porque eu entendo que a comunidade quer este caminho mas é necessário que a comunidade expresse isso porque eu não posso falar pela comunidade eu não posso falar pela pessoa vivendo com HIV eu posso falar por mim como pessoa ser humano e médica que quer ver a cura disso porque uma vez eu até lancei uma frase num bar com um grupo de de colegas nem eram colegas médicos tinha inclusive pessoa
vivendo com HIV eu disse tô doida para ter a cura desse troço que eu vou me aposentar vou curtir uma praia vou fazer não sei o quê a pessoa não vai nada tu vai arrumar outra desgraça para tratar Isso era no auge né Isso era no auge da década de 80 início da década de 90 foi muito antes da covid mas eu acho eh veriano que é um pouco sim eh dar a palavra para a comunidade O que que a comunidade entende disso tudo que tá sendo exposto O que que a comunidade espera eh O
que que a comunidade quer porque isso tudo são processos que passam por avaliações inclusive regulatórias né a gente precisa da aprovação ética para fazer então a a própria entidade regulatória precisa saber que esse e essa agenda está na agenda da comunidade porque ela está na agenda da comunidade a gente tá aqui só começando o processo porque a gente tá entrando nesse barco agora mas é fundamental que a comunidade se manifeste né seja contra seja a favor como tudo na vida vai ter gente contra vai ter gente a favor né não tem tem os antivacina tem
uso a favor de vacina a gente tá não gosta mas a gente tá numa democracia Então a gente tem que permitir que quem discorde da gente possa discordar né sim sim a participação da comunidade sempre foi fundamental pra gente tá nesse ponto que a gente tá que é um ponto de evolução a gente tá falando de estudo de cura a gente tem um país que dá antirretroviral para todo mundo que é o melhor tratamento que a gente pode oferecer paraa pessoa que vive com HIV hoje mas uma pequena parcela né Precisa eh querer se quer
se quer eu o que eu quero dizer é que também precisa passar pela autonomia de decisão do indivíduo eu a eu quero correr o risco de fazer a tal da ATI agora que eu entendi todos os riscos que eu corro a minha carga viral pode subir eu posso transmitir um vírus para um parceiro eu posso naquele período ficar mais inflamada ela é relativamente Segura Eu não mostrei os detalhes porque mas ela é relativamente segura dentro da proposta de monitoramento então é acho que a participação também da comunidade ela é fundamental para trazer a força da
Autonomia que a pessoa vivendo com HIV tem tem que ter é o direito dela e ela tem de se expressar e de decidir o que el Ela acha que é melhor para ela ou não microfone pera aí tem que falar no microfone porque tá ao vivo e a cores por favor mais velho primeiro eu tô falando isso porque eu tô vendo vários jovens aqui né E que talvez desconheçam todo esse histórico né das lutas Neste País né das lutas vitoriosas da comunidade nesse país né a história da Aid nesse país é a história da luta
da comunidade para conseguir tudo que nós conseguimos até hoje e continuaremos conseguindo aqui tem aqui eh jovens aqui tem gente antiga e aqui tem eh membros da comunidade que lutaram muito muito né isso a eh eu queria só adicionar eh com a questão do do não só do papel da comunidade mas também a questão do de como a essa informação e e o nó que já está provocando na cabeça de muita gente o anúncio do dos estudos de cura eh como como essas informações são veiculadas porque aquilo e eh não é que vá fazer não
já está fazendo eu ouvir coisa por ex uma discussão que eu participei em Natal eh no Rio Grande do Norte recentemente eh em que as pessoas eh da sociedade civil extremamente excitadas com com a com a questão como se aquilo Exatamente é não tipo assim não você eu quero fazer transplante de medula Aí eu tipo infectologia não é tão simples como você pensa entendeu então tipo todas essas informações eh tem que ser tem que ser veiculadas de uma forma adequada até em canais em canais adequados ou seja de De que forma a gente interpreta isso
pra imprensa para PR pra mídia e E qual é o papel da comunidade também nesse aspecto tamb é claro que é fundamental exatamente não mas foi isso é isso que que a gente fez na década de 90 né É É ajudar a construir e a melhor forma da da informação chegar de modo adequado e de forma que as pessoas compreendam porque a gente a gente do nosso lado pode fazer um folder em palavras mais simples que explique o processo a gente pode ter um canal de tirar dúvida né tem ali o meu e-mail quem quiser
me mandar e-mail meu meu minha caixa de e-mail um buraco sem fundo eu já aviso de antemão eu não não vou conseguir responder todo mundo 100% em tempo hábil mas é existe eu tô a gente tem um grupo que tá aberto e gente a moça do do nosso lanchinho precisa ir embora então a gente tem que ali fazer o nosso lanchinho e liberar a moça Obrigada uma foto de grupo podemos podemos vamos lá bra