antes da gente entrar propriamente dito nos transtornos alimentares toda vez que a gente Analisa uma criança a gente tem que pensar em três coisas principais e isso para mim é [Música] fundamental Eu me chamo Thiago Castro eu sou médico pediatra especialista no Desenvolvimento Infantil e no autismo e também sou pai de uma criança autista primeiro a dor essa criança não uma dor psicológica de você não ver o seu filho comendo que dói demais mas a dor nessa criança nós sabemos que crianças autistas têm mais processos inflamatórios E como eu falei mais sensibilidades e alergias alimentares
Então essa criança ela não pode ter uma sensibilidade uma restrição ou uma alergia proteína do leite de vaca é muito comum quando bebê é pequenininho lógico bebê ficou aqui até um pleonasmo né mas quando o bebê ainda é muito jovenzinho Esse bebê é muito irritado muito choroso é um bebê que não dorme será que esse bebê não tem uma APV será que esse bebê não tem um refluxo nós temos que olhar muito bem isso quando a criança inicia a introdução alimentar e isso parar parte fundamental da evolução do seu filho você pode falar nossa thago
mas meu filho tem 6 anos porque você tá falando da introdução alimentar porque você pode ter outro filho porque você pode ser a luz na vida de outra pessoa e ajudar a falar olha não é interessante fazer dessa forma então a introdução alimentar ela não pode ser triturada ela não pode ser liquidificada ela tem que seguir ali um princípio básico de Opa eu tenho sustentação do tronco Eu tô sentando de forma adequada crianças prematuro prematuras nós devemos corrigir a idade para que essa criança Coma na hora que o corpo a fisiologia e a anatomia do
corpo dela permite então Fazemos uma introdução por volta dos 6 meses de idade e lógico evitem eh e sal evite desculpa processados criança Ela come comida natural quando inicia a introdução alimentar por volta dos 6 meses e a gente tem que ir olhando por exemplo a parte motora porque eu falei que a gente tem que olhar a dor tem crianças que tem dificuldade em comer porque tem dificuldade motora às vezes seja até mesmo de pegar o alimento e às vezes você vai percebendo padrões como Ah é tem que aceita mas a gente que tem que
dar comida para ela senão ela não come então talvez a barreira de alimentação dessa criança não seja necessariamente o alimento talvez a barreira de alimentação dessa criança seja a parte motora Será que eu não tenho o que olhar pra parte motora nós sabemos que muitas crianças têm dificuldades sensoriais para comer se seu filho não consegue tocar na geleca não consegue tocar na massinha não consegue tocar numa numa textura friável como é que você vai fazer ele comer gelatina ou purê então a gente sempre tem que olhar as dores que estão envolvidas antes de pensar necessariamente
na abordagem então dores físicas descartar alergias nós sabemos que o número significativo de crianças autistas Tem sim mais refluxo mais aele V mais constipação então o que que eu posso fazer com esta informação para mim na minha humilde opinião toda criança autista deve passar com gastropediatra mas um gastropediatra que tem um olhar sim para o autismo de identificar opa pera lá nós sabemos que crianças autistas podem ter mais sintomas reacionais ao glúten tem estudos que mostram que crianças autistas eu vou deixar referência depois ao final para vocês tá bom que mesmo não tendo marcadores de
dq2 e dq8 que são marcadores ali para avaliar a doença celíaca eles têm mais reatividade àquele alimento então preciso ter esse olhar Como dizia hipócrita né há mais de alguns milênios é toda a doença começa no intestino toda a doença começa na barriga fazendo uma analogia direta que o que nós comemos a forma que nós comemos vai influenciar diretamente na evolução dessa criança aí você vai falar Tiago mas comer é importante pensa o seguinte gente vamos imaginar uma criança que tenha apenas uma deficiência de Ferro apenas uma deficiência de ferro que você quer falar com
isso Tiago quando a gente não entende o que é importante qualquer caminho serve ou quando a gente não entende qual caminho a seguir qualquer caminho serve como dizia straw de al pa Alice nos País das Maravilhas pensa o ferro como eu falei para vocês sendo um coautor de desenvolvimento de coeficiente intelectual crianças que T uma boa absorção de Ferro uma boa exposição absorção de ferro tem um melhor coeficiente intelectual ao final do quinto ano de vida crianças que têm uma um bom suporte de Ferro ficam menos doente Ficando menos doente falta menos terapia faltando menos
terapia evolui mais se fica mais doente falta escola faltando escola evolui menos ao final do 5º ano esse processo a gente sabe que apenas o ferro além de ser coautor imunológico e também eh um direto marcador para coeficiente intelectual participa de síntese proteica entre tantos outros e fatores de de associação a sua a sua a sua eficácia e aí eu quero pensar com vocês por exemplo na hemoglobina eu não sei se vocês sabem a hemoglobina é aquela célula que dá cor vermelha pro sangue então nós temos aquela célula que ela é responsável por levar nutrientes
e oxigênio para cada Cantinho do nosso corpo inclusive pro neurônio E aí a minha pergunta é se esta hemoglobina ela pode estar num formato inadequado ou de um tamanho menor sendo mediado pelo ferro se eu tenho menos ferro nesse corpo e aí um dos marcadores seria Ferritina quando a gente fala de laboratório de exames laboratoriais se eu tenho menos ferro significa que eu tenho menos oxigênio e menos nutriente se eu tenho menos oxigênios e menos nutrientes chegando ao sistema nervoso central Qual que é o desfecho natural é que essa criança naturalmente terá um pior coeficiente
intelectual então quando eu estou dentro de um transtorno que faz com que eu consuma menos ferro e eu tenha menos hemoglobinas de qualidade um rdw para quem é profissional um rdw alto é o tamanho da hemoglobina e a cor volume baixo eu tenho que est muito atento porque isso impacta na vida daquela criança nós sabemos por exemplo que crianças que TM anemia megaloblásticas ou seja deficiência de vitaminas do complexo B desenvolvem mais seletividade alimentar E aí o seu filho talvez tenha uma dificuldade às vezes de absorção e às vezes é até interessante porque muitas famílias
trazem exames ali com a vitamina B12 em 10000 1300 e a criança não come bem a criança não come proteínas ela não se alimenta bem Nossa mas a vitamina B12 tá maravilhosa não vitamina B12 tá terrivelmente ruim essa criança não tá absorvendo essa vitamina B12 Ela Tá circulando no sangue e aí se eu tenho uma uma falha na vitamina B12 como um desencadeador para seletividade alimentar ou para recusa alimentar para eh fobia alimentar Será que não é importante olhar essa criança como um todo e se fala Tiago Então me ensina a olhar essa criança como
um todo ótimo começamos bem [Música]