Psicologia Hospitalar - Profª Drª Bellkiss Romano

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Fala Pra Psico
Entrevista com Profª Drª Bellkiss Romano. O que é o psicólogo clínico nos hospitais? O que ele faz?...
Video Transcript:
nosso encontro de hoje é pra sobre o papel do psicólogo que trabalha dentro de hospitais vão começar organizando um pouco o que significa isso o papel do psicólogo clínico que trabalha dentro dos hospitais essa primeira primeiro recorde que nós temos que fazer porque nós teremos do hospital que é uma instituição várias outras possibilidades de trabalho psicólogo primeiro delas é a primeira dessas possibilidades é trabalhar dentro dos recursos humanos então existe um saber específico que é a compreensão da organização o hospital com uma organização como supermercado escola enfim ela é uma organização banco é uma organização
então esse colega tem conhecimento só deverá ter conhecimentos em psicologia organizacional apesar de ele trabalhar dentro do hospital a outra possibilidade é o colega ser um psicólogo clínico mas que foi contratado para atender os funcionários da instituição enquanto pessoas enquanto pessoas que também o é se a pessoa que precisa o afastamento que tem no mundo na família que está tendo alguma dificuldade para trabalhar tá se organizar no trabalho por conta de questões pessoais esse psicólogo é clínico mas ele faz trabalha dentro do hospital mas ele faz uma clínica para os funcionários existe uma terceira possibilidade
que tem se tem despontado com mais freqüência por causa desses tópicos mais modernas que são os psicólogos que trabalham na instituição mas que discutem o clima institucional visando questões de qualidade de certificações certificações de excelência de padronização de trabalhos enfim este este psicólogo deverá ter conhecimentos em instituições e nunca ser clínico ele é mais organizacional mas com voltado para as instituições macro sucesso e por fim então não menos importante é o nosso tema de hoje é o psicólogo clínico trabalhando dentro de hospitais esse psicólogo tem para si a tarefa de atender os pacientes e seus
familiares sempre esta dupla paciente em família num processo de adoecimento que vai desde o diagnóstico do adoecer até todos os seus passos nas intervenções habitação a cronicidade de estabelecer a reinserção no mercado de trabalho ao acompanhamento por exemplo das dificuldades cognitivas de um adoecimento que esteja atrapalhando por exemplo a organização na organização dessa pessoa dentro da da escola ou da carreira que ela quer seguir enfim psicólogo clínico e hospitais atende paciente família no processo de adoecimento essa é a definição do que faz com que se cola porque como psicólogo clínico e o outro sendo uma
pessoa nós podemos identificar vários tópicos todos nós como psicólogos podemos ajudar vou dar um exemplo suponhamos que nós tenhamos uma uma criança que vai fazer uma cirurgia é que tem um processo crônico de adoecimento que é a síndrome casa enfim aí ela vem para o psicólogo clínico que trabalha no hospital e ela tem um problema de outra cidade de ser uma velocidade essa psicomotrocidade ela não será atendido no hospital há menos seja um hospital de reabilitação lógico mas ela não será atendida no hospital então o psicólogo clínico e identifica essa necessidade e faz o devido
encaminhamento não é para o seu atendimento porque o foco dele deve ser o processo de adoecimento em si uma criança que está com um problema urológico cardíaco até ortopédico enfim é isso que nós vamos atender então ua área de atuação é bem clara bem estrita ela não deve ser confundida com nenhuma das outras tarefas fica aqui o alerta porque muitos administradores hospitalares entendem que contratar um psicólogo é pra fazer tudo de cuidador a percepção dos orçamentos dos funcionários que estão na percepção até atendeu o paciente família é não aceite são saberes completamente diferentes e fica
praticamente impossível o mesmo profissional serviço com os vários papéis nelas velho chapéu só não tem sentido são conhecimentos completamente diferentes então vamos uma outra questão que é e é o que nós temos ouvido com muita freqüência que a gente ouve muita freqüência é que o psicólogo hospitalar não existe existe um psicólogo da saúde não gostaria de falar sobre isso a primeira abordagem é saúde dentro do nosso país em qualquer outra situação é internacionalmente continuar assim é um processo primeiro você tem a saúde preventiva que são aquelas de vacina para crianças recém nascidas acompanhamento de barco
de natal acompanhamento dessa mulher engravidou é daí você tem uma coisa mais complicada por exemplo hipertensão que exige um acompanhamento mas não uma internação tudo isso é feito em ambulatório de ser feito no posto de saúde lá perto da casa do sujeito a onde ele possa e com freqüência onde ele possa ter um acompanhamento ser conhecido por esta comunidade profissional enfim entradas nos anos dados epidemiológicos isto é um tratamento de saúde que agora fica um paradoxo porque o psicólogo hospitalar trabalha não é com a saúde ele trabalha com adoecer então nesse processo todo nós temos
uma atenção primária que é aquela primeira até a sua casa o atenção secundária que é aquela que vai exigir um pouco mais de acompanhamento já temos um adoecimento mas que pode ser curado é e depois temos um atendimento terciário aonde já precisa de uma informação de uma cirurgia que pode ser resolutiva ou não e um atendimento com a ter nário que são aquelas situações de maior complexidade por exemplo transplantes aquelas situações onde você tem crônicos aonde você tem até cirurgias que eu vou chamar o atendimento os acompanhamentos até de ordem é experimentar uma fase clínica
então deixa bem quando você fala que não existe um psicólogo da saúde você reduz tudo para o psicólogo tarde desculpe quando você fala que não existe psicólogo hospitalar e que você reduz tudo para psicólogo da saúde você está confundindo os locais onde essa esse atendimento onde é assim essa atenção profissional vai ser exercida o psicólogo que trabalha na unidade primária de saúde a unidade básica não tem os mesmos conhecimentos da do processo de conhecimento que tem um hospital um ciclo está trabalhando dentro do hospital d é trabalhando apesar de chamar saúde trabalha só com saúde
preventivas aquele outro do hospitalar trabalha agora como as saúdes né dentro do seu processo de conhecimento então o sujeito já não é mais saudável ele é adoecido faz parte né do do binômio saúde doença é um contínuo é se vocês entrarem na a associação por exemplo americana de psicologia vocês vão ver que existe lá um bloco chamado de psicologia da saúde e esse escolhido a saúde e curiosamente só trata de adoecimentos então ficou um pouco confuso essa tecnologia então eu respondo a essas pessoas que dizem que o psicólogo hospitalar não existe que elas estão profundamente
equivocada se existe porque nós estamos determinando o local de trabalho e que características têm esse local de trabalho que faz com que o atendimento clínico seja tão diferente ou seja diferente então se você tem um psicólogo clínico e ele está trabalhando dentro de um consultório a primeira grande diferença é que o paciente chega andando então ele vem da casa ele vem do escritório ele vem da comunidade andando e chega dentro do consultório o psicólogo está sentado esperando por ele em outra fala que tem que fazer a realidade é que ele traz é a realidade segundo
ele somente ele e vai embora quando você está dentro do hospital a primeira diferença é que você corre e está aonde as coisas estão acontecendo então se teve uma parada cardíaca no leitor o lado o seu paciente assistiu aquela parada cardíaca você tem que entender e o ambiente onde esse passeio está inserido então você é que vai até ele ea realidade da discussão desse processo de adoecimento e da relação toda que a equipe multiprofissional está à sua disposição você não precisa só colher os dados que esse paciente estava informando você pode você mesmo observar o
ambiente onde esse paciente está inserido e confrontar com a realidade que ele está trazendo a realidade interpretativo dele essa esse ponto é fundamental o outro ponto interessante é que dentro de um consultório mesmo que você retorna à informação o que esse paciente tinha sido encaminhado por um colega médico fisioterapeuta fim e você retorna para dar sua opinião ainda assim você tá nessa sala e outro na outra sala dentro do hospital você está junto com a equipe a equipe sofre igual a equipe tem as mesmas perguntas aí que tem os mesmo os mesmos acessos a todos
têm acesso ao prontuário acesso a um outro escreveu com o outro entendeu então esta conjunção de informações é muito mais dinâmica e muito mais necessária do que aquela que você tem dentro do hospital dentro do consultório então psicólogo hospitalar está imerso no ambiente junto com seu paciente com a família segundo dado por todos os membros da equipe profissional essa é a grande diferença do exercício clínico da produção dentro de um lugar com história dentro do outro lugar o hospital esse ponto me leva a uma outra reflexão muitos colegas dizem que é eu trabalhei em um
hospital é mas quando você vai verificar eles fizeram bons trabalhos acadêmicos para a titulação acadêmica para o doutorado mestrado ótimos trabalhos mas pontuar se eles foram lá e fizeram a coleta de dados e foram embora quando falam psicólogo hospitalar atendendo uma pessoa que esteja investida funcionalmente do seu papel dentro do hospital isso quer dizer um funcionário do hospital este é o psicólogo hospitalar não é aquele que entra faz o que tem que fazer embora e com isso a gente já fez um recorde na história da psicologia do dom da psicologia hospitalar no brasil é obviamente
tiveram trabalhos fantásticos mas quero proteger a população acadêmica a pessoa coletou os dados decidiu alguma coisa definiu alguma coisa que o conhecimento que se põe o psicólogo hospitalar é aquele que construiu junto àquele que esteve com a equipe que esteve com o paciente com a sua família que esteve aprender do adequar conceitos uma unidade de terapia intensiva sofreu os desafios por exemplo de implantar procedimentos novos tipo transplante seja ele do que for é de perceber como vamos fazer uma avaliação mais adequada das limitações físicas que aquele paciente tem desde um esforço para fazer o trabalho
durante uma hora desde um esforço por exemplo a movimentar os braços enfim nós temos que adaptar instrumentos esta é a produção da psicologia fala é e acredito que esse é o quadro seja fundamental para a gente entender quem é esse sujeito esse profissional que daí nós não cair no perfil o perfil é o que você precisa de conhecimento conhecimento de crime saber fazer uma boa entrevista saber perceber contingências tipo como eu vou usar é o tempo do paciente e o meu tempo o tempo do instrumento o tempo dada na entrevista por exemplo saber entender como
eu vou perguntar como eu vou conhecer o que a equipe multiprofissional faz para que eu possa comparar com aquilo que o paciente me traz para eu tentar perceber qual é a diferença que existe entre estes dois olhares e perguntar se isto é uma diferença do paciente se ele está tendo uma dificuldade de compreensão se a equipe não está sabendo transmitir enfim nós estamos lá no meio essa participação é que faz esse grande desafio outro ponto o grande desafio é que dentro do consultório tudo arrumadinho né você tem um paciente há umas duas três quatro de
terça ou quinta enfim tendo hospital você nunca sabe o que vai acontecer no dia de hoje você chega tem uma entrevista mais ou menos acertado aqui vai ver que seu paciente que está acamado e naquele dia o paciente faleceu ou odiar ou idade alta e aí você tem que ser resolutivo no encontro o mais resolutivo possível naquele encontro não dá para ficar fazendo segmentos de ano inteiro porque esse paciente embora aqui dentro do hospital das clínicas nós temos uma outra outro agravante que é atender o brasil inteiro então esse paciente começa um vínculo contínuo começa
uma boa produção interna que é isso que eu estou incentivando de repente ele volta para o acre então como é que nós vamos fazer essa pessoa sensível sensibilizada necessitada aproveitando essa a tarefa de se rever de rever os seus princípios junto do adoecimento como é que ela vai adaptar os seus limites e os hábitos e é interrompido porque ele vai para outro lugar distante então esse é o desafio eu acho que isso é particularmente a comunicativa e que tem cativado é você ser resolutivo você perceber que aquela sua intervenção naquele dia tem que ser total
e absoluta e aí você começa a rever alguns conceitos sobre o tempo de duração uma psicoterapia sobre o grau de intervenção que você pode fazer e de orientação que você vai dar pra essa família de contato com outro colega que você tem que transferir o caso enfim e também as características pessoais né porque não é fácil como pessoa com as perdas do outro também né eu tô vai ter que fazer um transplante ninguém sabe tá na fila de espera a gente não sabe se vai dar tempo então essas questões celeste remetem forçosamente a ser uma
pessoa melhor porque o tempo inteiro você vai ter que se definir o que eu faria como eu entendo como eu estou e sofrimento você vê o sofrimento do outro e não é só uma questão de identificação de idade de gênero é o até de proximidade por exemplo indentificando com uma pessoa da sua família não é como pessoa mesmo ressuscitá lo é possível o que é a morte que é a vida nós podemos fazer qualquer coisa vamos pagar qualquer preço qual é a minha relação com as máquinas por exemplo o ambiente de unidade de terapia intensiva
posso pôr a mão tenho que me sentar enfim o tempo inteiro você está sendo remetido ou um profissional uma pessoa o tempo todo isso daqui é bem instigante isso pra mim é emocionante de trabalhar com psicologia hospitalar outra questão que sempre vem à tona os colegas perguntam então qual é a abordagem que a gente usa a abordagem teórica que a gente usa dentro do hospital olha nós temos que entender primeira instituição porque é essa instituição essa instituição é um local de busca de uma certeza de busca de uma decisão nós vamos fazer para fazer nós
somos parâmetros e esses parâmetros são baseados em números são baseados em posições vamos fazer assim não vamos fazer assim isso deu resultado aqui não deu resultado então nós temos que dar foco neste tipo de instituição que que a instituição nos demanda ela nos demanda uma colaboração de ordem positiva o que você faria como você está entendendo é capitu curto sem dor você tem que se posicionar então dessa forma qualquer abordagem teórica que explodia é possível desde que a sua contribuição seja relevante do ponto de vista é da equipe então você pode ser psicanalista você pode
ser revista você pode ser aquilo que te dar mais conforto mas que você realmente saiba o que está fazendo de forma que você pode dar uma orientação por equipe esta é a linha teórica que você deve seguir qualquer um sabe o que está fazendo se aproveitar os conhecimentos de fato e contribua essa contribuição aí sim nós temos que adaptar um pouquinho instrumental teórico essa contribuição ela tem que ser de ordem da velocidade com que a equipe trabalha esse é o trabalho então se eu sou psicanalista e esse processo ele não pode ser o tradicional tipo
de um ano inteiro ou cinco vezes por semana por que por que este paciente não tem esse tempo aqui dentro conosco dentro do hospital ele não tem como eu disse ele pode ser sensibilizado aqui pra continuar lá fora mas aqui dentro você tem que ser de ordem resolutivo então se você me diz esse paciente hipertenso usando técnicas de terapia cognitivo-comportamental eu abaixo dos níveis de pressão faça porque para a equipe o que interessa é o nível de pressão reduzida se você diz esse fulano é fumante e eu vou fazer uma conjugação junto com adesivos junto
com intervenções grupais etc etc para fazer com que o ato seja modificado fácil porque a resposta é quarto tem que ser modificado se você vai ler por exemplo coronariano para oa equipe multiprofissional e você fala o stress é fundamental ana de sujeito você tá dando uma contribuição importa linha teórica que você tenha seguido não importa o instrumental que você usou para chegar a essa conclusão importante que você saiba o que está fazendo com que você tenha perfeito domínio do instrumental do conceito da linha teórica e que você contribua para a equipe multiprofissional portanto fiquem à
vontade com relação à abordagem teórica não existe melhor ou pior existe o resultado pragmático então vejo uma outra posição aqui dentro do hospital nós somos um hospital de ensino é um hospital de ordem quaternária portanto nós estamos lá no final daqueles grandes envolvimentos com o adoecimento as grandes intervenções e um sujeito vem para o ambulatório para fazer o acompanhamento conosco dentro do instituto do coração passa duas mil pessoas ora por dia por que então se o psicólogo vai fazer uma intervenção com um sujeito num dia ele deixou de atender 1999 ao final do mês faça
uma porta fica um número gigantesco então eu preciso identificar exatamente qual vai ser a minha atuação exatamente fazer proposta e que ela seja mesmo navio para mostrar o antes de mim e depois da minha intervenção né pra que possa perceber isso e eu tenho que otimizar esse meu atendimento tenho que otimizar isso não quer dizer diminuir a qualidade e diminuir a ansiedade significa ter foco e contribuição efetiva para isso obviamente você tem que conhecer os procedimentos que você fez você tem que conhecer o que sua equipe quer como é que você pode imaginar não é
porque todo mundo chora na sala do médico vai passar na psicóloga essa não é a definição da nossa atuação mas eu posso sem modificar hábito que é uma coisa muito complicada de fazer e fazer isso em grupo por exemplo plantar uma a cada hora minha são doze pessoas atendidas pelo menos com o resultado então nós estamos sempre buscando o resultado aquilo que a instituição vai olhar a instituição vai olhar preste bem atenção e vai dizer valeu é diferente quando estava no consultório eu estava com história é você eo cliente ao cliente saiu satisfeito que vão
pra ele resolver o problema dele é fantástico tempo a instituição você tem que resolver o problema dele mas a instituição precisa perceber este impacto da sua contribuição porque senão as portas vão ser fechadas você passa a ser um profissional presente mas com resultado inclusive se passa a ser presente mas com resultados que ninguém vive só você o cliente com o cliente os 1999 não perceber qual é o que você está fazendo lá e essa é uma uma uma informação importantíssima do ponto de vista administrativo quando eu chego e digo olha é são demais se colo
na uti ou então dentro de um programa de transplante está começando nós vamos ter um psicólogo aqui é tipo só vai perguntar por que então ele tem que ser capaz de mostrar os meus resultados a equipe tem que ser capaz de perceber e ela te defender não eu preciso do psicólogo junto comigo porque nessa ou naquela situação não se resolver e esse psicólogo vai me ajudar então ficam todos felizes você tem que se ver respeitado sente que tem uma contribuição que o outro porque realmente compartilha das informações que você tem pra dar pra melhor seguimento
desse desse paciente e da família mas que isso nunca disso sempre a família porque a família e paciente é uma balança não é então quando esse paciente sozinho pensa em ter na família dele vem e depois quando ele voltar pra casa é essa célula social que vai receber de volta então essas pessoas pessoa está completamente alinhados com aquilo que a equipe propõe e pode fazer outra pergunta que aparece pra mim aqui é como ingressar no ex-colégio calar como também primeiro lugar sendo bom clínico o que você tem que aprender na graduação em psicologia clínica os
conceitos você se achar aquela linha teórica onde você vai ficar mais confortável se aprofundar mais conceitos levar seriamente a linha teórica a carro não é para fazer qualquer coisa é prestar atenção estudar muito clínica sobretudo entrevista que as pessoas não sabem fazer entrevista é mais se vocês pegam não pequenas coisas da técnica juntar alinhados com o seu saber clínico a sua observação clínica feito isto a minha proposta é que você vai está dentro de uma especialidade reconhecida pelo conselho como uma especialidade então você precisa se especializar após a sua graduação então de conhecimento clínico você
traz aquilo que você tem na graduação depois você precisa se especializar entrar no curso fazer o curso hoje nós temos cursos é muito bem estruturados muito bons cursos de residência cursos de especialização curso de aprimoramento enfim pelo menos um ano você precisa ter esse curso para entender a transformação o transporte daquele conceito da graduação dá aquela teoria para a prática aqui nós temos outro problema prática então o estudante o estagiário o especializando o aprimorando é que faz a escolha do curso se eu tô falando de transporte teórico que você teve com a bagagem na na
gravação procure um curso que seja prático ele não seja tem agora se você pegar o porto gato como é que aquela teoria entra naquele lugar não faça os teóricos é um absurdo você fazer uma especialização está se especializando e não tem prática o hospital é sobretudo prática o que eu tenho assinado de volta cada dia uma surpresa você não vai ter essa surpresa sentado no banco da escola você tem que ter surpresa na vida na prática obviamente com um forte contingente de televisão então a outra proposta que eu faço é que xuxu pelo seu supervisor
não esteja sentado no lugar diferente que não seja o hospital então eu venho aqui coleta as minhas informações e leva para uma outra pessoa que tenha sentado no outro lugar na super solicitar junto contigo você tá lá juntos entender como é que funciona o hospital então ou estagiário o aprendiz é responsável pelo aprendizado que ele recebe o aprendizado é seu então escolha corretamente vá para dentro do hospital para fazer essa especialização passar deste ano pronto tô entendendo que minimamente você consegue conjugar a sua teoria com a sua prática e você está pronto para trabalhar no
hospital é pra isso é isso que precisa para fazer o trabalho dentro do hospital tem uma pergunta que chegou assim muito específica que é é como psicólogo faz uma avaliação para o transplante em primeiro lugar esse transplante vai ser feito dentro do hospital né certamente então você precisa conhecer o processo todo esse transplante como é que ele vem até do ponto de vista cirúrgico mesmo para o efeito porque por exemplo vou dizer pra você porque precisa aprender isso dentro da cirurgia cardíaca o passeio de trazer a você uma afirmação assim eu fiquei morto na cirurgia
e depois eu renasci e você se for menos avisados você não entender o processo vai entender que isso aí é simbólico demais mas não é há um momento físico mesmo aonde esse coração é retirar do peito do sujeito para entrar num outro coração a máquina está funcionando fazendo com que ele fique vivo aspas quer dizer que esse sangue circulando aquecido oxigenado enfim mas ele está sem órgão então durante um segundo estrito senso uma pessoa sem coração morreu ele morreu mesmo então esse paciente ele não tá só simbolizando a campanha ela tem um fato como esse
fato vai pensar na vida deles é seu trabalho ver mas quando ele carrega esta frase eu morri um instante é verdade ele morreu mesmo mais tarde todos nós sabemos que ele morreu e que daí ele nasceu quando ele diz nascimento está na mão do seu já que vai ser colocado dentro de novo ou quando você pega por exemplo um transplante de fígado em que são que é possível fazer um transplante com pedaços de fígado de alguém vivo por exemplo por que esse filho regenera que impacto têm isso porque você precisa saber dessas coisas porque você
precisa saber por exemplo o efeito da ciclosporina no processo de transplante a longo prazo problemas por exemplo as mulheres crescimento de pêlos no rosto uma certa masculinização dá uma cara redonda então nós vamos ter que trabalhar a autoestima desse sujeito nós vamos ter que trabalhar o esquema corporal do sujeito nós vamos ter que trabalhar a identidade de gênero com essa pessoa então preciso conhecer o processo inteiro então como se faz uma avaliação primeiro conheça o processo todo ela só para o transporte para surgir de toda ordem pra gestão crônica de medicamentos de toda ordem você
precisa conhecer o processo essa primeira característica do psicólogo para esse problema o segundo é entender o procedimento de transplante com em si e também fazer uma grande diferença então vamos lá o transplante de rim pode ser uma doação cadáver vivo pode ser uma atuação vivo e dentro dessa tipo de doação vivo vivo pode vir de um familiar seja compatível mas pode ver uma pessoa completamente estranha e aí nós vamos ter outras questões por exemplo no transplante de rim é familiares que sejam compatíveis com esse receptor mas que se recusou a doar tendo a mesma família
então como é que nós vamos trabalhar essa rejeição como é que nós vamos trabalhar o direito que o outro tem de dizer não como é que nós vamos trabalhar com o impacto deste receptor frente a uma recusa de um doador que para ele é próximo porque está dentro da mesma família isto vai fazer uma grande diferença nós vamos ter frases do tipo minha mãe me dou ruim então me deu à luz pela segunda vez enfim esse amor no coração por exemplo nós só temos doação cadáver divulgada por questões óbvias e aí é nós temos que
observar muita culpa do receptor porque alguém teve que morrer pra ele poder receber então na avaliação nós temos que incluir esse tema culpa incluir esse tema como é que ele percebe é esse desejo que o outro rumor mas também não desejam aplauso porque finalmente ele teve a vida são lances para quem está trabalhando diferentes transplantes que fazem muda um transplante de córnea por exemplo é completamente diferente não temos nada disso é então você precisa conhecer muito bem o processo pra entender o que você vai esperar como você vai encontrar seu sujeito nessa avaliação então nós
vamos ter algumas características o nosso paciente cardiopata ele vai ter que tomar a ciclosporina progresso da vida dele vai ter que voltar pro hospital para fazer biópsias para controle de rejeição então esse cliente do hospital depois do transplante vai continuar cliente do hospital não é magicamente uma nos aparece o processo de crescimento não desaparece a relação que ele vai ter uma equipe com o hospital e com procedimentos dolorosos ele vai voltar como é que ele entende transplante e continuar cliente do hospital ele não está doente mas ele precisa de um acompanhamento no processo de adoecer
como ele entende isso nós vamos entender por exemplo como é a aderência dele é uma pessoa disciplinada é uma pessoa que entende que vai ter que tomar esse método o dia todo não pode ser aquele é bom o fim de semana o bebê então não vou tomar remédio é que as negociações que a gente faz conosco mesmo né faça o regime de segunda a sexta porque não sabe no domingo eu vou comer pizza sorvete de doce enfim essa negociação quando você faz um transplante não existe ele entende essa negociação está disposto a ter essa negociação
num coração nós temos que ver também antecedentes psiquiátricos porque recebeu o coração de outro já provoca incômodo por si só não é aquela coisa que alguém morreu eu vivi é aquele outro pulsando dentro de mim por mais que a gente diga que é só um órgão as pessoas ainda mistura série de sentimentos com o órgão o tecido então é como é que essa pessoa se ela tem um distúrbio psiquiátrico anterior como é que fica incorporado este novo órgão a avaliação também outro ponto que as pessoas sempre me perguntam e isso tem a ver com a
relação trabalhista com o hospital como disse o psicólogo para ser considerado um psicólogo hospitalar ele tem que ser um clínico e tem que ser do quadro funcional do hospital é as pessoas me perguntam bom agora as relações trabalhistas estão mudando por exemplo se você é contratado clt então você tem uma carga horária bem estabelecido o salário férias enfim mas a nova regra é de mercado não só por um psicólogo mas para todos os profissionais de toda ordem em todas as instituições são aqueles que representam uma firma sozinho é o cnpj pessoal da pessoa é um
pj pj pessoa jurídica isso quer dizer o seguinte o hospital não contrata você mas ele contrata a empresa a empresa pode até ser você mesmo mas é o vínculo trabalhista do hospital com esta com esta pessoa jurídica é completamente diferente as férias décimo terceiro não tem a ver com o hospital mas tem a ver com a firma é aonde você está inserida a com isso eu não sou funcionária do hospital você é usuário da empresa aquela pessoa jurídica então mas você continua sendo porque existe um contrato entre a empresa e hospital há mais isso daí
é menor ou é diferente me senti segura enfim mas eu diria que as relações estão mudando hoje dentro do hospital você tem terceirizado a cozinha hoje de nos atentar ser terceirizado a limpeza e faz até sentido porque qual é a vocação do hospital é trabalhar com as pessoas um dos suicidas e não limpar o chão o hamas tem nuances para a limpeza do chão é verdade mas essa pessoa que está limpando pode ser orientada não quero que você o músico num sofá da sua casa não quero que você use água sanitária quero que nos seus
determinado produto você faz isso na sua casa o hospital está fazendo isso terceirizando e aí ele vai otimizando o seu foco de atenção isso é uma relação trabalhista e irreversível principalmente dentro do nosso nosso país os encargos trabalhistas são altíssimos é e o hospital enquanto instituição como todos os outros instituições está tentando rever essa otimização da essa relação trabalhista contratando pessoas jurídicas ainda assim eu digo que sim se você é uma pessoa jurídica contratada por um hospital para fazer uma tarefa de clínico essa é uma relação de funcionário é diferente daquela relação de titulação de
coleta de dados para a titulação acadêmica onde você não está vinculado você está autorizado uma coisa bem diferente outra pergunta é que me foi trazida é como conciliar a carreira profissional com a vida pessoal bom acho que isso é muito íntimo né depende só de você a carreira profissional do psicólogo implica em atualização um clique em reciclagem implica em conhecimento dos contínuos você vai ter que arrumar um lugar na sua agenda pessoal para se manter sempre atualizada participando de congressos é discutindo com os seus colegas enfim como é que você vai daí sua carreira com
a sua posição de mãe de de mulher de esposa de provedora da casa de filha enfim depende de como você prioriza as coisas às vezes você tem um espaço para priorizar maior mais a carreira profissional às vezes a demanda vai ser priorizar mais a parte pessoal e é desse equilíbrio que se faz não só o profissional mas eu chamava pra mim é que se faz também a mulher de hoje onde você tem todos os encargos da ordem pessoal em cima da mulher é e que está trabalhando fora é um desafio mas é um desafio bastante
recompensador na hora que você olhar para trás você vai ver aqui conseguiu fazer um bom trabalho
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