Filosofia como forma de vida: Escolas Helenísticas - Aula com Marcus Reis Pinheiro | Casa do Saber

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em geral eh Eu sempre tive muito interesse eh em como a filosofia era vivida na antiguidade e esse curso que a gente vai fazer tem tudo a ver com a minha formação ao longo de toda a minha carreira Eu me dediquei ao tema da filosofia como forma de vida eh na grado graduação eu estudei e fiz o meu TCC meu trabalho de de conclusão de curso sobre a morte de Sócrates sobre como que Sócrates enfrenta a morte de modo muito Altivo de muito muita integridade muita nobreza eh depois no mestrado eu fiz eh sobre Eros
em Platão sobre o amor em Platão e como que a filosofia ela é essencialmente um elemento erótico um elemento que impulsiona você a querer saber por um amor à sabedoria Aliás o próprio termo filosofia tem o o filos né o amor aí que é uma outra palavra para falar de amor além de Eros né e Platão coloca como Central o tema do Amor a filosofia eh impulsionando todo o o o o movimento filosófico depois no DR dado eu trabalhei esse mesmo tema filosofia como forma de vida em Platão como um todo né pensando como que
para Platão a Filosofia é um conjunto de exercícios que Visa o aprimoramento da pessoa né hoje em dia eu trabalho lá na uf num grupo de pesquisa interdisciplinar com professores de literatura professores de teologia e professores de filosofia trabalhando o tema da Mística eh é o grupo apof eh grupo interdisciplinar de pesquisa sobre a Mística pensando muito no nascimento do cristianismo como uma continuação da eh filosofia grega e desse impulso né de buscar essa comunhão com Deus né o nosso curso aqui de de hoje vai falar sobre esse tema sobre como que a filosofia antiga
e a filosofia helenística pode ser pensada como uma forma de vida a filosofia não tinha como objetivo simplesmente elocubrações teóricas e abstratas em que a o modo como você vive tá totalmente separado daquilo que você pensa pelo contrário ser um filósofo na antiguidade era buscar viver aquilo que se pensa e pensar como um modo de viver e é por isso que é necessário eh um conjunto de exercícios que estimule você a fazer com que você viva de determinada maneira né Eh o nosso objetivo nesse curso vai ser apresentar pelo menos de modo sumário de modo
aproximativo eh três escolas principais eh do que se chama de helenismo né da das escolas helenísticas que eu vou falar um pouco eh da temporalidade delas e de como que elas são ainda na aula de hoje né Mas queremos falar sobre os cínicos o os filósofos que vivem Como Cães especialmente Diógenes o cão vamos falar também sobre os estóicos né desses filósofos que que defendiam que a eh o mundo e a vida humana tá totalmente determinado por um destino inelutável e também vamos falar sobre Epicuro e Os epicuristas que colocam apesar de colocarem átomo e
vazio né como organizando todo o mundo cósmico colocam eh o prazer como eh o sumo bem como uma última aula eu pretendo apresentar também como que o próprio cristianismo foi absorvido como uma dessas escolas filosóficas que tinham como na forma de vida um objetivo fundamental né de moldar aquele que filosofa aquele que se volta pro pensamento moldar a alma daquela pessoa para viver da melhor forma possível então como eu disse essa nossa primeira aula aqui vai ser uma apresentação geral de como que que se entende exatamente por filosofia como forma de vida e depois a
gente passa primeiro pra escola cínica que é uma escola eh profundamente marcada por um retorno né a vida simples a vida da natureza eles querem viver Como Cães né a palavra kicos tem a ver com cachorro Então na verdade é uma escola canina e a gente vai entender como isso ISO acontece depois a gente vai vir para uma escola filosófica enorme que foi muito influente no ocidente né Eh especialmente no império romano que são chamados os estóicos e a gente vai ter duas aulas pra gente tratar sobre os estóicos eh com os estóicos a gente
vai tratar primeiro das bases do estoicismo que é uma escola marcada pela noção de destino né o destino e o determinismo cósmico estão profundamente eh marcadas eh e orientam a vida daqueles que se dizem estóicos e depois a gente vai ter uma outra aula sobre o estoicismo romano para falar talvez das figuras mais famosas dessas escolas aqui do helenismo como Marco Aurélio e cênica né autores muito importantes e também a gente vai falar do escravo epiteto né Eh todos os autores eh muito influentes na época Romana influentes mundialmente né Depois então a gente passa pro
pro epicurismo uma outra escola que foi muito importante na na na República Romana e que vai ser marcada pelo pelo tema do Prazer consumo bem né então depois dessa jornada toda e desse passeio por todas essas escolas a gente vai fazer um fechamento né numa última aula sobre como que o próprio cristianismo pode ser pensado também como uma filosofia como forma de vida né O cristianismo ele aparece como uma das das escolas filosóficas e e rivaliza e dialoga Com todas essas e a gente pode falar sem sombras de dúvidas não existiria o cristianismo do jeito
que ele é sem as escolas dos dos estóicos dos platonistas e dos aristotélicos também né Então esse é o panorama Geral do que a gente vai e trabalhar nas próximas escolas né mas e hoje hoje eu quero trabalhar com vocês esse tema esse tema de como que a filosofia é uma forma de viver né isso a princípio parece estranho porque eh a gente pode imaginar que a filosofia eh trabalha especialmente com questões teóricas né Eh e que na filosofia eh a pessoa se eh eh se debruça e se volta pro pensamento né e e até
se desapegando e se afastando da vida e do modo como como a pessoa vive o dia a dia mas eu acho que a gente tem que ter em mente aí a figura de Sócrates né Eh a figura de Sócrates ela é Central para todas essas escolas a gente pode chamar eh essas escolas também de escolas socráticas e Sócrates filosofava na Ágora na praça pública né em meio à pessoas e e e perguntando pras pessoas como que elas vivem a vida que elas vivem né encontrar com Sócrates era sempre encontrar com alguém que ia no final
das contas te perguntar mas por que que você leva a vida como você leva eh e e e e e pra gente falar de filosofia como forma de vida a gente tem que sempre relacionar dois temas né Eh que é a teoria e a prática né Tem até uma expressão eh em português que eu acho uma expressão genial que é uma expressão que fala eh na prática A Teoria é outra né Eu acho essa expressão interessante porque ela dialoga com dois temas que são fundamentais para para essas escolas né porque eh eu acho mais interessante
ainda essa expressão porque na prática você ainda não perde a teoria né na prática a Teoria é outra eh E na verdade a gente pode dizer que para essas escolas o que importa é o modo como a gente reage existencialmente o modo como a gente reage na nossa existência frente a desafios da vida frente a o às coisas que acontecem no mundo certo então ao acontecer alguma coisa no mundo o meu modo de reagir frente a isso indica Quais são os meus pressupostos que me determinam que me que me balizam que me orientam qual é
a minha minha Filosofia de vida essa expressão apesar de ser usada de modo muito superficial em alguns âmbitos encaixa muito bem para todas essas escolas né Eh a a a ideia toda é que você sempre tem algum tipo de juízo algum tipo de teoria de pensamento sobre o mundo que baliza o seu modo de reagir perante eh a vida então Eh na verdade a filosofia que ela é Ela é vista como uma forma de vida ela tá muito preocupada em fazer com que a teoria se torne uma prática né fazer com que a teoria seja
encarnada na vida daqueles que filosofam então não se trata de simplesmente defender Teoricamente não se trata de de ter uma grande argumentação abstrata sobre a vida mas se trata de viver como você acredita que o mundo é eh nesse sentido você tem diversos exercícios que você precisa fazer para transformar aquela Teoria em prática para transformar aquele pensamento em corpo né a gente pode dizer de um de uma de uma corporificação né daquele da daquelas ideias daqueles pensamentos um dos autores muito importantes pra gente aqui é o o helenista Pier adô ele é formado como um
classicista alguém que estuda o pensamento clássico né de um de de modo a a a a trazer de volta pra gente a a reatualizar aquele pensamento antigo né Eh o Pier rador ele percebeu eh certas certo padrão de crítica aos textos antigos aos filósofos antigos Quando você vai ler um texto eh de Platão ou um texto eh de de Marco Aurélio e um texto de filósofos antigos em geral uma coisa que você percebe é que os textos são muito pouco ou ou pelo menos falham em Serem sistemáticos como se Exige uma mentalidade filosófica como da
modernidade ou da contemporaneidade o texto parece que ele tem desvios e ele vai para assuntos e circula assuntos diferentes e os autores contemporâneos os intérpretes contemporâneos criticar esses autores antigos eh falando assim poxa por que que ele não apresenta o texto sistematicamente e o que ess helenista o Pierre ador pontua é que mais importante do que produzir um sistema abstrato esses textos eles visam exercitar aquelas pessoas que estão lendo e a própria pessoa que escrevia também né no no modo de ser daquela filosofia então eh a preocupação dos filósofos antigos é como introjetar na alma
e passar a viver a partir daquela sabedoria então o próprio ato de escrever e o próprio ato da Leitura é uma forma de buscar eh entender aquilo ali não apenas com a sua mente mas com com as suas emoções e o seu corpo e passar a viver a partir daquela mane né então o prad ele pega uma expressão de Inácio de Loiola que se que que ficou bastante conhecida nos estudos antigos que é que é a expressão de exercícios espirituais a filosofia então antiga ela é composta por um conjunto de exercícios espirituais que visavam a
transformação do sujeito que filosofa né mas como são esses exercícios ora ele eles variam desde um exercício eh físico propriamente até propriamente exercícios que a gente pode chamar de intelectuais né exercícios contemplativos os exercícios espirituais eles são formas talvez a expressão eh espiritual ela tenda a trazer elementos religiosos para o que a gente tá apresentando aqui como filosófico mas não se trata especificamente de espiritualidade quando o próprio perador demorou um tempo para tentar encontrar uma expressão boa para Que tipo de exercícios são esses feitos por essas escolas por uma época ele pensou em exercícios Morais
exercícios éticos mas não são exatamente só Morais e éticos porque implicam também eh um desenvolvimento abstrato então ele cunhou ele ele pegou emprestado de Inácio de Loiola essa expressão de exercícios espirituais o piador ele influenciou também profundamente na última eh etapa dos escritos de Michel Foucault Michel Foucault no final da vida eh se voltou pras escolas helenísticas e também cunhou a expressão dele que na verdade ele tira do próprio Platão do Diálogo Alcebiades de Platão que ele é é a expressão de cuidado de si esses exercícios espirituais são uma forma do próprio sujeito cuidar de
si mesmo e de praticar determinadas posturas e determinadas formas de conhecimento né que desenvolvem o modo de ser da vida da pessoa no mundo isso tudo porque a filosofia ela tem o seu princípio num espanto básico do ser humano né qual é o princípio da filosofia como que a gente começa a filosofar a gente começa a filosofar com com um tipo de olhar pro mundo que se espanta com o mundo né o princípio da filosofia já disse Platão e Aristóteles é o tauma tauma é uma palavra em grego que é uma forma de estar no
mundo uma forma de olhar pro mundo sem saber o que o mundo é né Eh o ser humano ele tem esse olho aberto pro mundo em que ele olha para as coisas e se pergunta mas por que tudo está aí do jeito que está né Eh são as perguntas mais profundas que são também perguntas de criança e que muitas vezes nós adultos eh nos sentimos meio embaraçados a responder para aquelas perguntas tão simples e tão inocentes num certo sentido mas tão impactant antes como por exemplo por que a gente faz as coisas que a gente
faz na vida e falando de uma das questões fundamentais das escolas helenísticas é por que a gente morre e o que que é exatamente a morte e o que que acontece da Morte né morte em grego é tanatos né e uma das áreas de pesquisa muito grandes eh das escolas helenísticas que começa com Sócrates é a gente pode chamar de tanatologia tanatologia seria então uma investigação do que que é a morte de como que a gente pode se relacionar com a morte de modo saudável de modo potente né como que a gente pode eliminar o
medo da morte então como eu disse a pergunta filosófica as questões filosóficas são questões de criança que fazem com que a gente se Volte pro mundo e pergunte as coisas mais simples e mais óbvias né com toda a nossa vida com todo o nosso o nosso eh instinto Tod as nossas emoções nesse sentido eh a a a filosofia quando vai para as questões essenciais da vida tá tocando a nossa vida como um todo né Eh então o filósofo grego ele filosofa com cerne da vida dele ele filosofa com eh com todas as suas emoções envolvido
né com todas as partes possíveis eh da própria da da eh da própria subjetividade né e tem um treinamento próprio pra gente aprender a eliminar esses medos da vida né então a ideia básica que a gente começa lá no fedon de Platão em que Sócrates encara a própria morte de um jeito alegre de um jeito jovial né aí ideia básica é se a vida ela é alguma coisa intrinsecamente conectada com a morte não há modo de você viver uma vida boa se você não faz de alguma maneira umas as pazes com a morte né se
você não lida de modo saudável com ela né então a morte é um desses grandes desafios do ser humano né e a gente pode eh é saber como que a gente se relaciona com a morte no momento em que a gente experimenta ela né de modo próximo de alguma maneira né Eh então a ideia toda é há há um conjunto de exercícios espirituais que a gente tem que realizar para que a filosofia eh incorpore na nossa vida né um dos temas eh também presentes assim como a morte é a atenção ao momento presente né o
momento presente Ele é o único momento que realmente importa na vida né já que se a gente parar para pensar sobre o tempo o momento do passado ele já não existe mais o momento do Futuro ele ainda vai chegar e o momento que a gente tem é o momento presente então a pergunta que esses filósofos helenísticos fazem é o que é o o como é que você está se relacionando com o momento presente Como que você reage ao momento presente eh você consegue usufruir né do momento presente de uma forma positiva leve e vigorosa né
Quanto mais momentos presentes positivos você tiver mais a sua vida vai tá boa então então eh a a a prática da meditação é um dos cernes né dos exercícios filosóficos típicos da eh da da antiguidade clássica e também do período helenístico né então Eh mas o que que é exatamente meditação a gente não tá falando aqui de meditação como a filosofia hindu né ou ou ou as práticas em hindus de ou as práticas budistas não se trata de uma de uma meditação eh em que você procura um vazio mas se trata de prestar atenção no
modo como você tá prestando atenção e a gente pode brincar um pouco com essa reflexividade da atenção né É você tá você tem que prestar atenção na atenção que você presta né então você tem aí uma uma reflexividade da atenção né e esse é um dos cernes de todos os exercícios espirituais dessas escolas né No que que você tá prestando atenção agora né Para onde que a sua alma vai quando você faz todas as coisas que você faz né Eh no que que você pensa quando você para para pensar né então eh a ideia de
de prestar atenção na própria atenção remete ao prefixo meta em grego em que a gente pode usar a expressão meta atenção o que que é a meta atenção como a gente tem por exemplo né a metalinguagem a meta linguagem é uma linguagem que fala sobre a própria linguagem o metacinema o metac cinema é um cinema que fala sobre o o próprio cinema então a meta atenção é você praticar uma atenção que se volta pra própria atenção né então é isso que é é ter ser vigilante né prestar atenção em Como que você se porta nas
diversas eh movimentos né NS diversas atividades que você faz e nesse sentido você faz filosofia o tempo todo certo o tempo todo você tá fazendo filosofia porque o tempo todo tá se demonstrando o modo como você reage ao mundo e é novamente eu digo né É no modo como a gente reage pro mundo que tá inscrito aquilo que a gente acredita a nossa Filosofia de vida então é ali no cotidiano que se apresenta se você é um sábio ou não se você faz parte da escola dos cães e você vive uma vida rojada igual um
cão se você faz parte da escola dos estóicos e você vive uma vida determinada pelo destino né ou se você faz parte da escola dos epicuristas em que coloca o prazer como sumo bem né então eh a nossa filosofia não se encontra em elocubrações abstratas e Racionais Mas a nossa filosofia se encontra no dia a dia né Eh então todas essas escolas como eu disse né são as escolas helenísticas elas estão preocupadas obviamente com as questões fundamentais da vida né que são essas questões de criança que nascem desse espanto primordial que o ser humano tem
com a vida mas elas estão elas têm o objetivo né Eh de alcançar a tranquilidade da alma e aí a gente tem um conceito fundamental em todas essas escolas que é o conceito de ataraxia a ataraxia ela vem ela tem uma uma primeira letra né esse a quer dizer é a nossa palavra é a palavra correspondente pro i ou pro não então e a tarato taraxia quer dizer com perturbação tem a ver com perturbação ataraxia a gente pode traduzir por imperturbabilidade da Alma o objetivo de todas essas escolas é alcançar então Uma tranquilidade uma imperturbabilidade
na aula em todos os momentos Eis o Nosso Herói filosófico O Nosso Herói filosófico é aquele que alcança a tranquilidade né do modo de ser na vida como um todo certo então Eh Com certeza Essa ataraxia ela é alcançada quando a gente supera um dos elementos mais difíceis da vida humana que é o medo e a gente vai ver na escola epicurista que é como que que superar o medo é um dos cernes da filosofia deles né Eh porque é o medo que faz com que toda a a nossa relação com todas as áreas de
nossa vida se tornem pesadas problemáticas eh e nos perturbam e impedem a gente de usufruir o momento presente né o medo pode ser pode est vinculado com esse esse ato essa emoção que tira a gente desse usufruto daquilo que é propriamente nosso o nosso momento presente e nos joga ou pro Futuro ou pro passado né para preocupações que nos retira daquilo que é propriamente nosso né então como eu disse todas essas escolas estão preocupadas com uma com uma com uma com movimento né de subjetivação da verdade como Como assim porque não se não interessa simplesmente
a gente alcançar uma verdade filosófica eh o que importa é a gente praticar cotidianamente né Por diversas modos que essa verdade se torne algo vivo dentro de nós né então esse momento esse movimento de subjetivação da Verdade é um é é um movimento de tornar a própria pessoa apta né para entender essa verdade profundamente a gente pode dar um exemplo do do do cristianismo né a gente pode entrar com um exemplo de como que eh o Cristão viveria né Eh tendo a verdade de que Cristo o salvou se Cristo realmente o salvou e ele compreendeu
eh a verdade de que depois da morte ele vai se encontrar com com Cristo ele o cristão não deveria ter medo da morte né o Cristão encara a morte como a aquela realidade que eh ele superou porque ele vai encontrar aquilo que ele mais deseja que é a proximidade de Cristo e de Deus então um cristão que no dia a dia tem medo da morte seria uma contradição de termos você pode fazer essa mesma transposição pros cínicos pros estóicos e pros epicuristas né claro que essa figura do sábio ela é uma figura que a gente
sempre se aproxima delas e pouquíssimos alcançaram perfeitamente essa figura do Herói filosófico né Eh mas a ideia é a gente conseguir cada vez mais através desses exercícios espirituais através dessa prática cotidiana de prestar atenção no momento presente de superar os medos medos né entender as emoções de como que elas surgem e e e quais são os eh os os paradigmas que estão por detrás Quais são os juízos que estão por detrás né das da das eh das opiniões e dos e das emoções que estão fundamentando a sua vida para alterar elas e para se sentir
tranquilo no momento em que você vive as escolas helenísticas elas são Marx assim chamadas por causa eh da palavra Grécia que quer dizer e em grego aparece eh eh ras né as escolas helenísticas são as escolas que imitam a Grécia a gente tem um evento histórico muito radical que é o Alexandre o Grande né Ah pra gente situar historicamente a gente tem aí eh eh sócrate que morre em 399 antes de. Cristo foi professor de Platão né Platão foi professor de Aristóteles tudo isso no século V e Século IV antes de Cristo Aristóteles então foi
professor dessa figura paradigmática e Central né foi professor de Alexandre o Grande e Alexandre o Grande dominou o mundo dominou o mediterrâneo e foi até e a Índia né com os textos de arist especialmente com a língua grega Alexandre o Grande ele não queria dominar o mundo somente militarmente Alexandre o Grande queria dominar o mundo com a língua grega então ele levava professores de grego e de Filosofia e de história grega e de mitologia grega professores que ensinavam a Ilíada e a odisseia né para todos esses povos que ele foi conquistando todo entorno do Mediterrâneo
todos eles falavam uma uma língua Franca que era o grego koiné o grego comum a todas essas então toda essa época né desde 322 quando morre Alexandre antes de Cristo né até o final do Império Romano toda essa época você pode chamar de época helenística né as escolas essas primeiras escolas eh socráticas as escolas helenísticas surgem logo depois de Alexandre o Grande por volta de 300 antes de Cristo os cínicos os céticos também e os epicuristas e os estóicos E especialmente a escola estóica vai marcar profundamente esses 600 anos que vem depois a gente até
pode eh dividir ainda esse período como é um período muito grande né de primeiro é época helenística propriamente em que o império romano ainda tá se se moldando e sendo construído até então no ano no na virada do século eh da eh de antes de Cristo para depois de Cristo em que você tem o estabelecimento propriamente do império romano e aí a gente fala né Eh da da época helenística marcadamente influenciada pela língua latina e por Roma mas a escola estóica e também o platonismo E também o aristotelismo vai ser profundamente importante em toda essa
época né Então aí a gente tá falando aí de 600 anos de influência da escola estóica que vai marcar profundamente o cristianismo que nasce né O cristianismo nasce pequenininho No primeiro século no segundo século ele já vai ter um crescimento muito maior mas todos os pensadores eh cristãos vão est em profundo diálogo com os platônicos com os aristotélicos e também com os estóicos né os históricos vão ser uma uma escola que vão influenciar muito todos esses autores que eh pensaram o cristianismo o cristianismo nasce como uma forma de filosofia entre todas essas outras escolas certo
então acho que a gente pode eh pensar no modo de fechar a aula de hoje e apontando pro que vem depois né a aula de hoje então a gente fez um grande Panorama geral né da da da desse tema da filosofia como forma de vida né Eh fazendo eh em dois núcleos de exercícios o exercício da atenção e o exercício de superar o medo da morte né mas pensando todas essas escolas não simplesmente como uma construção de uma filosofia eh abstrata de uma filosofia simplesmente teórica mas de uma teoria que que se remete a uma
eh forma de viver a partir de um conjunto de exercícios que treina você a alcançar a ataraxia a tranquilidade frente eh a todos os desafios que a vida te coloca né Então esse é o primeiro passo paraa gente pensar então Eh nas escolas helenísticas especialmente eh essas três que a gente vai ver né os cínicos os estóicos e os e na próxima aul a gente vai ver especialmente a escola dos cães dos filósofos que querem viver Como Cães né Depois então a gente explica melor o que isso quer dizer ficou comade de ver o curso
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