A BRUXA - RELATOS ASSUSTADORES SOBRE COVEIROS NO CEMITÉRIO

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Melhores Contos de Terror
Relatos Assustadores de Coveiros - A bruxa UM COVEIRO enterra uma bruxa que segundo as pessoas locai...
Video Transcript:
Olá pessoal sejam muito bem-vindos ao nosso canal onde as sombras da noite tomam forma através das histórias que vocês me enviam hoje trago mais um vídeo com relatos enviados diretamente para o nosso e-mail cada história que recebo é cuidadosamente editada por mim para garantir que a essência do terror seja preservada enquanto protegemos a privacidade daqueles que decidiram compartilhar seus momentos mais conosco embora eu acredite na realidade vivida por quem me manda esses e-mails devo lembrar que não tenho como comprovar a veracidade dos acontecimentos então resta a você acreditar ou não meu nome é Cloves e
por muitos anos fui coveiro no cemitério da Vila de São Bartolomeu uma vila esquecida no Alto das montanhas de Minas Gerais para a maioria o cemitério era um lugar de medo dono e histórias que ninguém queria lembrar para mim era casa não que eu morasse dentro dele Claro mas minha casinha ficava tão perto que dava para ouvir o vento assobiando entre as lápides durante a noite aquele cemitério era antigo quase tanto quanto a Vila diziam que os primeiros colonos o construíram por volta de 1800 mas hoje em 1972 era só um lugar esquecido o mato
crescia onde não devia a capela no centro estava em ruínas e o muro cheio de rachaduras parecia que ia cair a qualquer momento as autoridades já nem lembravam que o lugar existia e os poucos enterros que aconteciam por ali eram de famílias pobres gente sem opção eu cuidava dele sozinho limpava as folhas secas endit as Cruzes que o vento derrubava e colocava flores nas lápides abandonadas não era um trabalho fácil mas eu fazia com respeito sempre pensei que se ninguém vinha cuidar dos Mortos alguém tinha que fazer isso eles merecem mas eu não sou bobo
não sei muito bem que o cemitério carrega um peso diferente o povo da Vila dizia que ninguém devia subir à colina à noite as almas não descansam eles falavam Eu nunca dei ouvidos passei noites ali às vezes cavando uma cova até tarde outras vezes só ouvindo o silêncio e vou ser honesto silêncio demais às vezes incomoda mais que barulho Foi numa tarde cinzenta que tudo começou eu estava terminando de alinhar umas lápides quando ouvi o ronco de um carro subindo à estradinha de terra não era qualquer carro era um daqueles grandes pretos e lustrosos como
eu só tinha visto em enterros de gente importante parei O que estava fazendo e fiquei observando o carro parou bem na entrada e de lá saíram dois homens de terno preto carregavam um ar sério como se estivessem acostumados a tratar de coisas que ninguém queria saber atrás deles saiu um padre era um homem velho com o rosto cansado e um olhar pesado Boa tarde senhor disse um dos homens de terno seco como o vento do inverno trouxemos um corpo para ser enterrado é urgente corpo para ser enterrado até aí nada de estranho era meu trabalho
final mas tinha algo errado a pressa deles o jeito como olhavam ao redor como se estivessem com medo de alguma coisa era diferente olhei para o caixão que carregavam simples de madeira escura mas algo naquela cena não batia o senhor é o coveiro o padre Perguntou me encarando Como se quisesse saber mais do que a resposta sou sim senhor Mas quem é o falecido perguntei tentando parecer natural ele trocaram olhares não gostaram da pergunta dava para ver o homem de terno respondeu depois de limpar a garganta é uma mulher não temos permissão para divulgar os
detalhes só precisamos de um local discreto discreto Eu já tinha visto de tudo ali no cemitério Mas aquilo era estranho até para mim eles queriam um enterro rápido e sem registro e isso me incomodou mas por mais que minha curiosidade gritasse não era meu papel fazer perguntas certo vou preparar o local respondi apontando para um canto do cemitério mais afastado onde as lápides estavam quase escondidas pelo Mato enquanto eu cavava senti o olhar do padre sobre mim ele não tirava os olhos de mim nem do caixão como se Esperasse que algo saísse dali a qualquer
momento o senhor está bem padre perguntei limpando o suor da testa ele hesitou mas respondeu só and para que o mal não passe deste lugar Aquilo me deu um calafrio eu era um homem prático sabe nunca fui de acreditar em histórias de assombração mas o Tom na voz dele me deixou desconfortável depois que terminamos o enterro eles não perderam tempo o padre rezou uma oração rápida e os homens de terno jogaram a terra sobre o caixão como se quisessem acabar com aquilo o mais rápido possível quando terminaram o Padre me chamou de lado e me
entregou uma vela branca Senor Cloves mantenha isso acesa à noite é importante E por quê perguntei desconfiado ele só respondeu só para afastar o que não pertence ao mundo dos vivos naquela noite quando o silêncio Voltou ao cemitério fiquei com a vela ao meu lado não sei o que me incomodava mais o que o padre disse ou o que eu sentia como se algo estivesse fora do lugar e foi aí que os sussurros começaram depois daquela noite as coisas começaram a mudar no cemitério mas antes de eu contar o que aconteceu preciso explicar uma coisa
eu sempre fui um homem prático nunca fui de dar ouvidos a histórias de assombração ou de ver coisas onde não tinha nada cresci ouvindo os velhos da Vila falarem de almas penadas mas nunca tinha visto nada que provasse que era verdade pelo menos a até aquele enterro no dia seguinte voltei ao trabalho como de costume o cemitério parecia o mesmo de sempre velho esquecido e mais silencioso do que deveria ser comecei o dia limpando as folhas acumuladas perto da Capela Mas a sensação de que alguém me observava não me abandonava não era raro eu passar
horas ali sem ver uma Alma Viva mas dessa vez era diferente o silêncio parecia pesado como se tivesse alguma coisa escondida no ar foi quando percebi a vela que o padre me deu e que eu tinha deixado acesa na noite anterior estava apagada não dava para ser o vento porque eu tinha colocado ela dentro de uma lanterna de vidro e ainda assim na manhã seguinte ela estava completamente consumida eu ri sozinho achando que estava impressionado com o papo do padre mas lá no fundo algo não me deixava em paz enquanto eu varria os caminhos entre
os túmulos passei pelo canto onde havíamos enterrado a mulher não tinha nada fora do lugar pelo menos à primeira vista a terra ainda estava fresca mas era só isso o estranho era a presença que parecia rondar aquele canto do cemitério eu não era de rezar mas naquele momento fiz o sinal da cruz e murmurei algo como Deus me proteja achei que se fosse só coisa da minha cabeça aquilo me acalmaria noite porém a coisa foi outra minha casinha era simples com uma cama uma mesa e uma janela que dava para o cemitério era só o
suficiente para viver Depois do jantar me sentei à mesa com um copo de cachaça para relaxar estava tranquilo até que ouvi era baixo mas estava lá uma espécie de sussurro como se alguém estivesse falando em segredo mas eu não conseguia entender as palavras o som parecia vir do lado de fora no começo achei que fosse só o vento levantei peguei minha lanterna e fui até a janela olhei para fora para os túmulos espalhados pelo morro nada mas os sussurros continuaram fechei a janela e tentei ignorar mas a verdade é que meu coração estava disparado Por
que diabos eu estava ouvindo aquilo decidi sair e dar uma olhada peguei meu casaco a lanterna e a pá porque bem e nunca se sabe do lado de fora a noite estava fria e quieta silêncio absoluto exceto pelos meus passos sobre a grama molhada o som dos sussurros parecia se mover vindo de diferentes lugares como se algo ese brincando comigo segui até o canto onde a Muler tinha sido enterrada porque no fundo eu sabia que tinha algo errado com aquele túmulo quando cheguei lá meus pés congelaram não sei se foi o frio ou o medo
mas eu fiquei paralisado a terra do túmulo estava remexida como se alguém tivesse Cavado ali com as próprias mãos me abaixei para olhar de perto não parecia trabalho de animal era como se algo tivesse saído de dentro de repente senti um arrepio subir pela espinha a lanterna tremia na minha mão mas eu forcei a luz para a frente foi então que ouvi aquilo de novo os sussurros mas agora estavam mais altos vindo direto do túmulo E no meio deles eu podia jurar que ouvi meu nome Cloves naquele momento eu saí dali pode me chamar de
covarde mas eu sou apenas um homem e aquilo era mais do que eu podia aguentar fechei a porta da minha casa e tranquei tudo passei o resto da noite sentado na cama segurando a lanterna e a vela que o padre tinha me dado rezando como nunca tinha rezado antes no dia seguinte fiz o que qualquer pessoa sensata fui até a igreja queria saber quem era aquela mulher precisava entender o que tinham enterrado no meu cemitério o padre que tinha feito o enterro não estava mais lá mas o novo pároco um homem jovem chamado Padre Antônio
me recebeu contei o que tinha acontecido sem esconder nada ele ouviu tudo em silêncio e quando terminei ele só disse uma coisa você não deveria ter se aproximado daquele túmulo quando Padre Antônio me disse que eu não deveria ter me aproximado do túmulo senti o peso das palavras dele no peito era como se ele soubesse algo que não estava disposto a dizer o que o senhor quer dizer com isso Padre perguntei ele hesitou ajeitando os óculos enquanto olhava para o chão de madeira da igreja não era o mesmo tipo de padre que eu tinha visto
no enterro Antônio era jovem cheio de energia mas parecia desconfortável com o assunto às vezes os mortos carregam coisas que os vivos não conseguem entender e o que foi enterrado naquele cemitério não deveria estar lá o senhor está me dizendo que a mulher que enterraram engoli Seco não é só uma mulher ele suspirou não posso afirmar nada sem provas mas o padre que a trouxe ele mencionou que havia algo em comum no caso o corpo não deveria ter sido enterrado aqui então por que foi Antônio ficou em silêncio por um momento antes de responder porque
ninguém mais aceitaria essa frase ficou martelando na minha cabeça enquanto eu voltava para o cemitério eles trouxeram o corpo para lá porque ninguém mais queria aceitar e agora quem estava pagando o preço era eu que vivia e trabalhava ao lado daquele túmulo naquela noite tomei todas as precauções que pude reacendi a vela que o padre tinha me dado e coloquei um punhado de sal grosso ao redor da casa era coisa que minha avó me ensinou quando eu era menino e naquele momento não me importei se parecia superstição alguma coisa estava errada e eu precisava me
proteger só que proteção não parecia suficiente foi por volta da meia-noite que os ruídos começaram de novo não eram apenas sussurros dessa vez houvi Passos Passos leves como se alguém estivesse andando entre os túmulos mas toda vez que eu olhava pela janela não via nada eu tinha fechado as janelas e trancado a porta mas sentia que isso não fazia diferença de repente a luz da vela tremulou quase se apagando e foi então que ouvi não foi só o meu nome mas uma voz rouca e arrastada dizendo algo que fez o sangue gelar você abriu a
porta a porta rangeu mesmo estando trancada eu me lev plantei segurando a lanterna e a pá como se fossem armas minha mão tremia tanto que quase deixei a lanterna cair quem está aí gritei tentando soar firme mas minha voz saiu fraca o silêncio voltou mas só por um momento ouvi um som atrás de mim vindo do quarto quando me virei vi algo que nunca vou esquecer uma sombra alta e fina Projetada na parede só que não tinha ninguém ali para fazer aquela sombra ela se movia por conta própria como se tivesse vida antes que eu
pudesse fazer qualquer coisa a vela apagou completamente e tudo ficou escuro Cloves a voz sussurrou de novo agora mais próxima eu saí correndo não sou corajoso não sou herói abri a porta e corri para fora tropeçando na escuridão até alcançar a capela no meio do cemitério não sabia para onde mais ir mas naquele momento parecia o único lugar seguro fechei a porta da Capela atrás de mim e me ajoelhei diante do altar tentando recuperar o fôlego a capela estava em ruínas com bancos quebrados e velhas imagens de Santos cobertas de poeira mas ainda assim era
um lugar de fé peguei uma cruz que estava no altar e a segurei com força mas o silêncio não durou ouvi os passos do lado de fora da Capela cada vez mais altos mais próximos a porta rangeu como se algo estivesse empurrando tentando entrar eu não sabia o que fazer então comecei a rezar mesmo sem lembrar direito as palavras de repente o empurrão parou e o silêncio voltou mas não era um silêncio normal era como se o ar estivesse preso pesado difícil de respirar então Ouvi uma batida não na porta mas em algo dentro da
Capela Virei a lanterna iluminando os bancos e os cantos escuros nada até que a luz Parou em uma coisa que me fez quase largar a lanterna na parede ao lado do altar alguém tinha escrito com terra ou sangue eu não sei mas estava lá Ela nunca foi embora naquela noite eu não voltei para casa passei o resto do tempo sentado no chão da Capela segurando a cruz e esperando o amanhecer no dia seguinte fui direto à igreja contar ao padre Antônio o que tinha acontecido ele me ouviu em silêncio mas no final disse algo que
me deixou ainda mais inquieto Cloves acho que precisamos desenterrar aquele caixão eu sabia que não ia acabar bem naquela manhã quando o padre Antônio sugeriu desenterrar o caixão minha primeira reação foi negar não era apenas por medo e olha eu estava apavorado mas também porque mexer no descanso dos Mortos parcia errado mas ele insistiu Cloves Isso não é um corpo comum você sabe disso preciso da sua ajuda eu fiquei quieto a verdade é que ele estava certo desde o dia em que aquele caixão foi enterrado nada mais tinha sido normal Então por mais que meu
instinto dissesse para fugir sabia que tinha que fazer algo Certo Padre respondi depois de muito pensar mas quero saber o que Exatamente estamos enfrentando ele hesitou olhando pela janela da sacristia como se não quisesse dizer o que estava pensando não sei tudo mas a história sobre pessoas como ela mulheres que em vida lidaram com coisas sombrias pactos maldições quando morrem essas pessoas não descansam a palavra pactos fez meu estômago revirar não era raro ouvir histórias de Bruxas na região principalmente nas partes mais remotas de Minas diziam que elas faziam trabalhos para prejudicar os outros Mas
eu sempre achei que era só só que agora aquilo não parecia folklore então você acha que ela era uma bruxa perguntei tentando não gaguejar o padre respirou fundo não só uma bruxa Ela deve ter feito algo muito pior ele não explicou mais mas bastava olhar nos olhos dele para saber que ele não tinha certeza se estávamos prontos para o que íamos encontrar à noite quando o cemitério já estava envolto na escuridão nos preparamos para enterrar o túmulo só estávamos eu e ele não havia como envolver mais ninguém porque quem acreditaria o povo da Vila já
tinha medo suficiente daquele lugar peguei a pá e começamos a Cavar a terra estava mais pesada do que deveria como se algo ali embaixo quisesse nos impedir a cada camada que removível Noite de Verão de repente senti um cheiro estranho como algo podre misturado com ferro você está sentindo isso perguntei ao padre que cavava ao meu lado ele concordou mas não parou suas mãos tremiam mas ele continuou como se a vida dele dependesse daquilo e talvez dependesse mesmo quando finalmente alcançamos o caixão hesitei Ele estava coberto de marcas que não estavam lá no dia do
enterro Símbolos esculpidos na madeira como algo que eu nunca tinha visto antes eram figuras geométricas e linhas entrelaçadas mas havia algo sinistro neles como se tivessem sido feitos por mãos que não pertenciam a este mundo Cloves segure a lanterna o padre pediu limpando o suor da testa ele pegou um crucifixo e começou a murmurar uma oração eu não sabia se aquilo ajudaria mas só o som da voz dele era um consolo quando abrimos o caixão o mundo pareceu parar o corpo estava mas não estava do jeito que deveria estar não havia sinal de decomposição mesmo
depois de dias enterrado o rosto da mulher estava intacto pálido como cera mas os olhos eles estavam abertos fixos em nós eu Quase derrubei a lanterna mas o padre segurou meu braço não olhe diretamente ele disse apressado E agora o que fazemos minha voz Quase não saiu antes que eless algo aconteceu o ar ao nosso redor ficou pesado como se uma tempestade estivesse prestes a começar E então veio o som primeiro um murmúrio baixo e distante depois risadas risadas de várias vozes algumas graves outras agudas mas todas misturadas o padre começou a rezar mais alto
mas as vozes também aumentaram até que uma delas se destacou Clara e cheia de vocês não deveriam estar aqui a lanterna apagou eu me vi no escuro ouvindo o padre gritar algo em latim enquanto o caixão começava a tremer não sabia o que estava acontecendo mas senti que não podíamos ficar ali Padre temos que sair gritei tentando puxá-lo não ele respondeu temos que terminar o ritual o chão começou a vibrar e o cheiro de podridão ficou tão forte que eu mal conseguia respirar algo nos cercava algo que não podíamos ver mas que estava lá então
antes que pudesse reagir senti uma força me empurrar para trás caí no chão e quando consegui levantar vi o padre sendo arrastado para longe do túmulo ele segurava o crucifixo com força mas algo Invisível o puxava rápido em direção à capela corria atrás dele gritando o nome dele mas parecia que o próprio cemitério estava vi tentando me impedir de chegar até ele as lápides pareciam mudar de lugar bloqueando meu caminho enquanto sombras dançavam ao meu redor quando finalmente cheguei à capela a porta bateu na minha cara gritei bati na porta mas ela não abria lá
dentro podia ouvir o padre gritando rezando e chorando foi então que tudo ficou em silêncio a porta da Capela se abriu sozinha mas o padre não estava mais lá e na parede acima do altar havia mais uma mensagem escrita com sangue ela já está solta a mensagem na parede da Capela escrita com sangue ficou gravada nos meus olhos ela já está solta naquele momento fiquei paralisado não sabia se o padre estava vivo ou morto mas uma coisa era certa ele tinha sido levado por algo que eu não podia entender e o cemitério já não era
apenas um lugar de descanso para os mortos era um campo de batalha peguei o crucifixo que o padre tinha deixado cair e saí da Capela olhando ao redor com a lanterna na mão o cemitério parecia diferente as lápides estavam cobertas por uma névoa espessa e o ar estava gelado Como se o próprio lugar estivesse vivo eu não sabia o que fazer mas fugir não era uma opção não enquanto aquela coisa ainda estivesse ali voltei para minha casa mas a sensação de segurança que eu costumava ter havia desaparecido assim que fechei a porta ouvi um som
que nunca mais vou esquecer um choro fraco e arrastado vindo do lado de fora era o choro de uma mulher por um momento pensei em ignorar não queria saber o que era mas o som não parava peguei a lanterna e saí tremendo da cabeça aos pés o choro vinha de perto da Árvore Grande ao lado do Muro do cemitério quando cheguei lá a lanterna iluminou uma figura sentada no chão de costas para mim era uma mulher com cabelos longos e pretos usando um vestido branco rasgado e manchado de terra senhora perguntei tentando controlar o medo
na minha voz ela parou de chorar e virou a cabeça lentamente como se o movimento fosse mais difícil do que deveria quando ela me olhou senti meu corpo congelar o rosto dela era o mesmo da mulher que havíamos enterrado Por que você me acordou ela perguntou com a voz baixa mais cheia de raiva eu não consegui responder minhas mãos tremiam tanto que a lanterna caiu no chão apagando a luz o silêncio voltou e quando tentei pegar a lanterna ela desapareceu Foi então que senti algo atrás de mim uma presença virei devagar e vi uma sombra
alta mais alta do que qualquer pessoa que eu já tinha visto parada a poucos metros de mim não era humana era uma figura retorcida com braços longos demais e uma cabeça inclinada para o lado como se estivesse me estudando antes que eu pudesse correr ela se moveu e rápido demais senti uma força invisível me empurrar para trás me jogando no chão com tanta força que o ar escapou dos meus pulmões a figura ficou sobre mim e mesmo sem olhos eu sabia que estava me olhando você não devia ter mexido comigo ela disse com uma voz
que parecia vir de mil bocas ao mesmo tempo lutei Para me levantar segurando o crucifixo como se fosse minha última esperança quando a toquei com o crucifixo ela recuou gritando de dor mas o grito dela não era um grito normal era como o vidro se quebrando alto e insuportável Aproveitei a chance para correr tropeçando no caminho de volta para a casa dentro da minha casa tranquei a porta e me joguei no chão tentando entender o que estava acontecendo a mulher que enterramos ou o que quer que ela fosse não era apenas uma bruxa ela era
algo pior algo que eu não podia enfrentar sozinho foi quando eu lembrei do padre Ele disse que precisávamos terminar o ritual mas ele não explicou como peguei o crucifixo e a vela que ele tinha me dado E voltei para a Capela mesmo sabendo que era uma péssima ideia a capela estava escura e silenciosa mas senti que não estava sozinho as sombras nas paredes se moviam como se tivessem vida própria e o ar estava pesado difícil de respirar no Altar o livro de orações do Padre ainda estava lá aberto em uma página marcada aproximei-me e vi
que ele tinha anotado algo na margem da página purificar o local queimar a origem fé acima de tudo não entendi completamente Mas sabia que tinha que fazer algo com o caixão peguei tudo que encontrei na capela velas água benta fósforos e voltei ao túmulo a caminhada até o túmulo foi a mais longa da minha vida o cemitério estava tomado por vozes e sombras que dançavam ao meu redor quando cheguei lá o caixão estava aberto e o corpo havia desaparecido fiz o que pude derramei a água Benta no túmulo acendi as velas e comecei a rezar
em voz alta usando as palavras do livro as vozes ao meu redor aumentaram gritando xingando rindo mas continuei de repente senti uma mão gelada no meu ombro Quando Me virei ela estava lá com os olhos cheios de ódio mas agora havia algo diferente ela parecia mais fraca peguei a vela acesa e joguei no túmulo o fogo se espalhou rápido consum Terra as sombras e por um momento tudo ao meu redor o grito dela ecoou no cemitério até que o silêncio voltou caí de joelhos exausto olhando para as chamas que queimavam o que restava da maldição
Achei que tivesse acabado mas ao longe no silêncio da madrugada ouvi um último sussurro isso não é o fim quando o fogo apagou tudo ficou em silêncio não o silêncio comum do cemitério mas algo diferente quase sufocante senti como se o ar ao meu redor estivesse preso imóvel Por um momento achei que tinha terminado que o pesadelo finalmente tinha acabado Mas então lembrei daquele sussurro final isso não é o fim fiquei ajoelhado ao lado do túmulo por um tempo olhando para a terra queimada e para as velas derretidas o corpo da mulher não estava mais
lá e isso era o que mais me preocupava para onde onde ela foi será que realmente destruí o mal ou apenas o libertei essas perguntas me assombravam Mas eu sabia que não podia ficar ali voltei para a minha casa mas não consegui dormir meus olhos pesavam minha cabeça latejava e minha mão ainda tremia de segurar o crucifixo com tanta força tudo que eu queria era que aquilo acabasse mas algo no fundo do meu peito dizia que ainda tinha mais por vir na manhã seguinte fui até a igreja para procurar o padre Antônio mas ele não
estava lá a igreja estava vazia e o único sinal dele era o livro de orações que ele sempre carregava agora deixado aberto sobre o altar olhei o livro tentando encontrar Alguma pista mas não havia nada além daquelas mesmas anotações que eu já tinha visto purificar o local queimar a origem fé acima de tudo sentei no banco da igreja tentando entender o que fazer estava sozinho o padre tinha desaparecido e ninguém na Vila parecia sequer notar o que estava acontecendo quando voltei para o cemitério percebi algo estranho apesar de tudo que tinha acontecido na noite anterior
o lugar parecia calmo demais as sombras não dançavam mais entre os túmulos e as vozes haviam sumido por um momento pensei que talvez tivesse dado certo talvez a Entidade tivesse ido embora mas ao passar perto da Capela notei algo que me fez parar a porta estava entreaberta e dentro havia um som suave quase imperceptível Quando entrei senti o ar gelar no centro da Capela onde antes estava o altar agora havia algo que não deveria estar lá um espelho um espelho antigo com moldura Dourada manchado e cheio de rachaduras eu nunca tinha visto aquilo antes mas
ao me aproximar senti uma presença meu reflexo estava lá mas algo estava errado minha imagem não se movia como deveria enquanto eu ficava parado meu reflexo inclinava a cabeça como se estivesse me estudando Foi então que ouvi a voz dela novamente mas dessa vez vinha de dentro do espelho você não pode fugir de mim Cloves eu recuei quase tropeçando nos bancos quebrados a imagem no espelho mudou não era mais eu era ela a mulher ela estava lá me encarando com aqueles olhos vazios e sua boca se movia mas não havia som antes que eu pudesse
reagir o espelho começou a rachar e um som agudo tomou conta da Capela tapei os ouvidos mas não adiantava as rachaduras se espalharam até que o espelho inteiro explodiu me jogando contra a parede quando a poeira assentou olhei para onde o espelho estava não havia mais nada lá apenas o altar vazio eu não sabia mais o que fazer o fogo não tinha sido o suficiente ela ainda estava ali presa entre o mundo dos vivos e o dos mortos e eu era a conexão entre os dois voltei para casa exausto e desorientado peguei uma garrafa de
Cachaça e me sentei na mesa tentando organizar meus pensamentos o que ela queria por eu não era justo eu só era o coveiro não tinha pedido para me envolver com nada disso foi então que percebi sobre a mesa ao lado da garrafa estava o crucifixo que eu tinha levado para o túmulo na noite anterior mas havia algo diferente nele ele estava quente como se tivesse sido deixado ao sol peguei-o com cuidado e quando Toquei uma sensação estranha percorreu meu corpo não era dor mas também não era conforto era como se o crucifixo estivesse me dizendo
algo nesse momento tudo fez sentido o padre tinha razão eu precisava purificar o local por completo não só o túmulo dela a capela o cemitério minha própria casa tudo estava contaminado pela presença dela e se eu quisesse acabar com aquilo de uma vez por todas teria que enfrentar a Entidade Não havia mais como fugir olhei para o cemitério pela janela a névoa começava a se levantar de novo cobrindo as lápides as sombras estavam voltando peguei o crucifixo o livro de orações e tudo que pude carregar estava na hora de acabar com aquilo e eu sabia
que dessa vez seria tudo ou nada naquela noite saí de casa com o coração pesado e o crucifixo firme na mão Sabia que não podia voltar atrás o cemitério estava tomado por uma escuridão que parecia respirar pulsar As lápides pareciam mais altas as sombras mais longas cada passo que eu dava era como entrar ainda mais fundo na boca de um monstro minha primeira parada foi a capela aquele lugar era o coração do mal o ponto onde tudo parecia convergir o altar estava vazio mas eu sabia que ela estava ali você consegue sentir quando algo está
te observando mesmo que não consiga ver coloquei as velas ao redor do altar em forma de círculo e comecei a derramar a água benta enquanto rezava minhas palavras eram fracas no início Mas eu sabia que não podia parar Senhor proteja Este Lugar purifique Esta terra Afaste o mal daqui a capela tremeu o chão vibrou sob meus pés e um vento frio varreu o lugar apagando todas as velas de uma só vez antes que eu pudesse reacender ouvi a risada dela você acha que pode me mandar embora tão facilmente a voz dela ecoou pelas paredes eu
não respondi continuei rezando agora mais alto segurando o crucifixo em direção ao altar o som ao meu redor aumentava risadas gritos sussurros senti uma pressão no peito como se algo estivesse tentando me esmagar por dentro de repente ela apareceu a mulher ou o que quer que fosse estava parada na entrada da capela mas ela não parecia mais humana Seu corpo era retorcido e seu rosto era uma máscara de ódio com olhos negros como o vazio você está no meu território Cloves e eu vou purificá-lo gritei segurando o crucifixo com toda a força que me restava
ela avançou em minha direção mas eu me mantive firme rezando e derramando a água benta cada gota que caía no chão parecia queimá-la e ela gritava um som que fazia os ossos tremerem quando terminei a oração o altar pegou fogo um fogo que não era natural ele queimava Azul como se fosse feito de algo mais puro a mulher recuou mas não desapareceu você acha que isso é o suficiente ela disse com uma voz que parecia vir de todos os lados você não entende Cloves eu não sou apenas um espírito eu sou parte deste lugar antes
que eu pudesse reagir ela desapareceu na escuridão deixando aela em silêncio Mas eu sabia que aquilo era só o começo o fogo no altar continuava queimando iluminando o cemitério uma luz fraca saí da Capela com o crucifixo em uma mão e a lanterna na outra sabendo que a batalha ainda não tinha acabado a névoa que cobria o cemitério estava mais espessa e o vento trazia sussurros que pareciam me chamar pelo nome quando cheguei ao túmulo onde tudo começou vi que a terra estava se mexendo como se algo estivesse tentando sair de lá Lembrei das palavras
no livro queimar a origem aquilo era minha última chance peguei o combustível que tinha trazido e despejei em cima da Terra acendendo uma vela e jogando-a no meio o fogo se espalhou rapidamente Mas o que aconteceu depois me fez perder o fôlego do fogo surgiu a mulher novamente Mas desta vez ela não estava sozinha figuras sombrias emergiam ao redor dela todos com rostos deformados e olhos cheios de ódio você não pode destruir o que pertence a este lugar ela gritou enquanto as sombras avançavam em minha direção eu comecei a rezar novamente mas as palavras eram
difíceis de sair cada vez que uma sombra se aproximava eu sentia como se algo estivesse arrancando minha força mas continuei segurando o crucifixo como se minha vida dependesse disso quando uma das sombras tentou me alcançar toquei com o crucifixo e ela se desfez em um grito estridente era minha única arma as figuras continuaram vindo e eu sabia que não conseguiria enfrentá-las sozinho foi quando lembrei do Padre Antônio suas palavras ecoaram na minha mente fé acima de tudo gritei com toda a força que tinha senhor eu confio em ti purifique Este Lugar o fogo ao redor
do túmulo Aumentou e as sombras começaram a recuar mas a mulher não parava ela me encarou com aqueles olhos vazios e por um momento senti que ela ia vencer Mas então algo mudou o crucifixo que Eu segurava começou a brilhar uma luz tão forte que parecia vir diretamente do céu a mulher gritou recuando e as sombras desapareceram uma a uma Não isso não pode acabar assim ela gritou antes de ser consumida Pela Luz quando tudo terminou o cemitério estava em silêncio novamente o fogo tinha apagado e o túmulo estava vazio eu caí de joelhos exausto
Mas sabia que tinha acabado o mal tinha sido banido os dias que se seguiram foram estranhos o cemitério parecia diferente mais tranquilo quase como se tivesse voltado ao normal os moradores da Vila que antes evitavam o lugar começaram a aparecer de novo trazendo flores para os túmulos de seus entes queridos quanto a mim decidi que era a hora de deixar aquele trabalho depois de tudo que aconteceu eu sabia que não podia continuar ali não porque tinha medo mas porque sentia que minha missão tinha acabado Antes de Partir fui até a igreja uma última vez o
padre Antônio nunca foi encontrado mas o livro dele ainda estava lá peguei o livro e o deixei no Altar como uma lembrança do que ele tentou fazer naquela noite quando deixei o cemitério pela última vez olhei para trás e senti um alívio que nunca tinha sentido antes o lugar estava em paz mas lá no fundo uma pequena dúvida ainda me assombrava Será que ela realmente tinha ido embora para sempre anos depois ouvi histórias de que o cemitério tinha sido fechado as autoridades disseram que era por causa de reformas Mas algumas pessoas na Vila sussurravam que
coisas estranhas começaram a acontecer de novo não sei se era verdade mas para mim o importante é que fiz o que pude hoje vivo longe da Vila em um lugar tranquilo mas às vezes quando o vento sopra à noite ainda ouço sussurros ao longe como se ela estivesse me chamando e você acredita que os mortos podem carregar consigo Segredos sombrios o que faria no lugar de Cloves deixe sua opinião E compartilhe esta história se teve coragem de chegar até o final Afinal Às vezes o mal não se deixa enterrar tão facilmente obrigado
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