COMO EU SEI QUE ESTOU AMANDO | MARIA HOMEM

o que o contemporâneo complica tudo isso e aí seria o mais interessante para saber como eu sei que eu estou amando porque porque vamos dizer que na melhor das hipóteses A subjetividade analítica vai saber de tudo isso vai ter explorado essas Veredas e vai falar nossa eu quero alguém é ou eu não quero eu quero ser singu eu quero ser só eu não quero comprometimento como eu sei que eu tô amando Olha então eu já falei um pouco sobre isso na verdade era um trechinho de um programa para para Siena Érico Leandro karnal programa novo

dele que eu fiz um né uma participação mais longa e o episódio era sobre amor e aí eles editaram um trecho pequeno onde tinha essa pergunta e o início de uma resposta de uma forma um pouco provocativa E isso gerou com razão uma certa polêmica Então acho que merece a gente tem o tempo aqui no nosso canal e abrir um pouco essa discussão eu não sei se já tinha um qualquer coisa quando o programa todo for veiculado subir para o YouTube aí a equipe vai colocar o link aqui para vocês e vai né ampliar também

a conversa então tem essa referência já tô dando aqui logo no início mas a pergunta permanece e a questão ela é complexas assim eu estou completamente de acordo que ela é mais complexa do que a primeira resposta que foi trazida mesa né mas eu vou eu vou ordenar que vou retomar os termos quando você pergunta como eu sei que eu tô amando isso pressuponho não sei Oi e me Interroga é então será que é o cara será que a pessoa Será que né amo não amo amo isso mas por outro lado tem aquilo a gente

Interroga a relação O Elo o tanto de investimento nessa relação pelo tanto de benefício de custo a gente faz o que eu chamei tô retomando aqui um certo cálculo é estratégico e eventualmente utilitário é que é colocado aqui em termos do quanto eu invisto e quanto eu recebo isso é a subjetividade moderna por excelência o que sai de um paradigma do supremo bem Lembra paradigma Platônico greco-romano da antiguidade clássica de que haveria o bem haveria essa ideia daquilo que é o a ideia perfeita o bem a coisa harmônica e a coisa que ela é garantida

por uma força transcendental que me une a esse bem ou um Deus que sabe qual é o caminho que sabe qual seria a minha cara metade Vai me apresentar quem vai me trazer essa complementariedade ou vários deuses e de qualquer maneira é isso né remontaria a um pressuposto de que eu teria este Supremo bem do Qual foi afastado então quê que a gente tá só para organizar Aqui os termos da conversa né é muito importante essa virada moderna a virada do cálculo moderno que eu tô chamando uma certa lógica utilitarista ela é muito importante para

subjetividade a gente pode fazer a crítica dela hoje no contemporâneo e vamos fazer mas ela de alguma maneira ela liberta o sujeito Da Lógica transcendental de que haveria um bem absoluto tanto que isso foi levantado e muito o pintado na polêmica sobre o vídeo porque assim Ah tá então eu não posso pensar se eu amo não se eu penso é porque eu não amo então o amor é mágico e é bem colocado isso então vamos lá esse paradigma pré-moderno ele poderia supor exatamente isso que haveria em algum lugar a magia do encontro e Vamos retomar

o banquete de Platão e A gente também já debateu isso aqui no né em vídeo ou nos cursos sobre amor e no curso sobre masculino e feminino também como é que a gente vai imaginar alisar a ideia de completude a gente tem o banquete uma das narrativas Aristóteles que vai dizer que os humanos eles eram eles viviam dois a dois né E vocês lembram os deuses sempre esses seres invejosos teriam separado os humanos que então estarão sempre à procura da sua outra metade e essa ideia de Karametade ela é muito muito antiga ela tá aqui

ela tá nessa né e com detalhe interessante esses essas moradas esses seres de completude eram de três tipos homem homem mulher mulher homem mulher então você vê também como é que uma certa ocidentalização Cristã recalcou a homoafetividade e como a gente fez a lógica patriarcal de complementariedade e submissão do feminino e masculino feminino submissão e Recalque do feminino do corpo da mulher do desejo da mulher a misogenia ocidental e tudo que a gente já trabalhou também eu e contado no coisa de menina tá então a questão do gênero tá diretamente e não a um Imaginário

do amor então quando a gente fala esse sistema todo pré-moderno ele faria assim uma certa lógica transcendental tem algo que nos transcende a nós humanos que nós não entendemos e nunca iremos entender que é né justamente o alto poder das divindades que vai me trazer o meu destino por isso que a gente tinha na antiguidade ideia de destino e as moiras Que teciam destino ou então a ideia de Juízo Final onde você seria julgado e levado para lá ou para cá para o céu sou para os infernos de acordo com a sua são o cristianismo

ele traz uma ideia interessante de pelo menos você conseguir ter o livre arbítrio de você conseguir agir bem ou agir e para sua são condicionar o seu destino Ou seja subjetivamente a gente vai aos poucos ao longo de muitos séculos podendo se ver como aquele que arbitra aquele que escolhe e aquele que faz laço aquele que faz conexão como se fosse assim bom nós humanos é que traçamos o nosso destino Nossa que vivemos nós que temos escolhas conscientes ou não aí vai dizer Freud na virada por 20 né mas a gente tem sempre uma nostalgia

dessa lógica transcendental quando a gente diz por exemplo Nossa mas aí é o amor eu não posso nada me apaixonei eu tô numa relação tóxica para um relacionamento muito sado-masoquista muito difícil mas eu amo que eu posso fazer é mas é amor de verdade é paixão né ah ah tá ele me faz de gato e sapato me joga no ralo Ghost bem e tudo mais mas quando eu fico perto eu vou te falar arrepio é uma coisa assim não posso nada contra isso não tenho poder sobre o grande poder do amor o grande poder divino

o grande poder dos Deuses Estão escutando como é uma lógica transcendental onde o outro e o amor a paixão me captura foi capturado por isso né Então olha só que interessante como isso retorna hoje Século 21 a gente tem várias estratégias para reinstaurar o alto poder das estrelas dos astros mas é que Vênus em conjunção com Saturno e eu tô falando bobagem Me perdoe mas assim tá nessa casa que abriu aquilo porque a lua entrou entao casa aí foi aquele dia conheci ou a química você pode pensar que a química é super contemporânea né Ela

é física ela é objetiva ela é científica não a química é um significante que parece ciência que parece corporeidade e é metafísico porque é assim é a química Rolou ou não rolou e eu vou te falar que que é a química muitas vezes é linguagem a química discurso a química é aquilo que tinha dito no tom que te dito no jeito linguagem corporal verbal é aquilo que é o outro que captura ou não suas E inconscientes então você vê como a gente sempre quer colocar o amor como algo dessa transcendentalidade dessa potência quase onipotente em

relação ao eu para que você se veja tomado e que de alguma maneira a gente se dislike um pouco então a gente diz ó então tem essa montagem lógica Esse sistema de pensamento e tem a virada moderna que é essa que eu coloquei no início e que comentei nesse vídeozinho short né no shorts é esse trecho que tá Como é que a modernidade vai dar chance do sujeito poder pensar sobre o quê e mete sobre o que tá acontecendo sobre quem sou eu quem é o outro o que que eu quero para mim agora como

é que eu me sinto junto com esse junto com aquele enfim mas isso é muito interessante vocês objetivação isso é mais consciência isso é analítico é você poder fazer analítica de você da sua história do seu gozo nos seus afetos só que o contraponto disso vamos dizer o que vem junto com isso muitas vezes é o cálculo utilitário que é esse que tá ali na transição do supremo bem Platônico para estratégia utilitarista moderna que vai o tempo todo calcular quanto ganha e quanto perde e Tais sujeitos na junção com Tais objetos isso é o cálculo

que a gente pode chamar hoje de capitalista Esse é o cálculo financeiro se você compra tal televisão Portal preço em toda a isso vai ter um custo também tá o computador tá o telefone tal roupa você se apresenta você se valora tal afeto tal pessoa que você deu tanto para ela você apoiou na separação dela você cuida do filho dela da comida dela você dá apoio para os projetos dessa pessoa e essa pessoa não discuta e essa pessoa é folgada essa pessoa aproveita dura essa pessoa tóxica ela só te explora a gente usa roupa e

também né quanto cada um dá quanto cada um faz quanto cada um propõe Então somos parceiros talvez você esteja bem na equalização das tarefas E aí você diga não tá bom a gente vai fazer e essa é a família moderna normalmente nuclear burguesa que vai fazer uma instituição familiar produtiva Essa é a proposta da modernidade tanto que você tem pai e mãe e filho filha cachorro esse tudo vai dando certo um carrinho cada vez melhor um sitiozinho casinha na praia e aí o casinha na praia ou a casona no condomínio chique com campo de golfe

e com o vinho tá só sabe discutir com vizinho na marca tal que ele viajou e trouxe gutes e derivados tudo bem A A lógica é a unidade produtiva sistêmica que evolui olha lá o paradinho evolutivo que você vai ter um progresso de patrimônio isso inclusive tá na lei O que é uma união estável O que é uma família o que é um casamento né é uma unidade produtiva e familiar Confins a reprodução da vida e aumento do patrimônio Isso é uma família bem sucedida O ar é o cálculo utilitário é o cálculo moderno tá

que o detalhe e agora vou chegar no meu terceiro e último bloco aqui é que o contemporâneo complica tudo isso Oi e aí seria o mais interessante para saber como eu sei que eu estou amando porque porque vamos dizer que na melhor das hipóteses A subjetividade analítica vai saber de tudo isso vai ter explorado essas Veredas e vai falar nossa eu quero alguém ou eu não quero eu quero ser singu eu quero ser só eu não quero comprometimento a minha sexualidade o meu gozo minha fantasia erótica fundamental que o Halley para descobrir tem uma estrutura

three a dica eu só gozo se ficar fantasiando com outro ou trouxer outro seja homenagem físico seja homenagem partilhar no discurso seja nutrisal seja numa convivência ou eu gosto de casal eu gosto ou e pelo contrário eu sou eu gosto do amor e do afeto eu preciso só gozo quando eu tô na fé tu tem o nome para isso agora tem nome para tudo se você gosta de três mais um se você gosta de quatro mas sim que você gosta de 5 mais um animal uma criança colocou o gato sapato não tô com juízo de

valor nenhum mas a lógica do erotismo é muito complexa quando você conhece um pouco mais da sua sexualidade da sua sexuação que é um pouquinho diferente né uma posição de masculino de feminino mais ou menos binário mais ou menos trans mais ou menos Sis e todas essas complexidades que eu não vou entrar aqui no mérito mas quando você tá no eixo né da sua sexuação da sua "prefiro ter um sexuação mas identidade de gênero é identidade na medida e consegue ser idêntico Mas enfim quando você tá ali no teu ser no teu gozar eu tô

conexão com o objeto no que você quer ou não de comprometimento no que você gosta ou não no que te seduz Qual é o tipo de narrativa vamos lá uma palavra da moda de discurso de jeito aquele gesto de mexer no cabelo que ti lembra sei lá figuras fundamentais da sua história uma posição que você entra quando isso acontece bom e quando o se dá esse encontro com o outro que de preferência tá junto com você na fantasia do sexo do Eros da troca de linguagem tu discurso do projeto de vida e pega isso encontro

isso é amor isso é relativamente raro E é isso que não tem pergunta e não tem Será que que aí quando é assim ó é e se deixar capturar vai com coragem e é isso isso é isso é um amor já com uma um sobrevôo uma consciência mas a analítica nós vamos usar esse termo aí de quem é você e do que te interessa e como laço humano e é isso foi se você gostou desse vídeo eu te convido para se inscrever no canal e ativar o Sininho para receber as notificações em primeira mão e

acompanhar as várias ideias que circulam por aqui te convido também para acompanhar as outras redes que estão aqui na descrição a gente vai se vendo por aqui até a próxima