eu não tô conseguindo configurar minha câmera vou pedir levar pro meu hora que você conseguir você abre dar uma arrumada nela Porque ele mexe com isso vou ver se ele consegue Boa tarde ou Boa noite não sei 6:30 boa noite já né Eh boa tarde ou boa noite para todo mundo vamos começar então trabalhar hoje a gente vai falar então sobre os três tempos do EDP e Lacan a gente fez o percurso em Freud e terminamos o percurso em Freud sobretudo terminamos vírgula porque a gente fez super rapidinho né gente merece um aprofundamento danado em
cada uma da daquelas Partes Tá mas a gente falou sobre eh a questão das consequências da distinção anatômica entre o sexo a as consequências das distinções fazem com que eh o processo primário seja a castração ou o édico em e como diz o o Freud né a diferença fundamental totalmente entre quem é efetivamente eh castrado e quem corre o risco de vir a ser né Eh Ou seja de quem sofre ameaça de castração e de quem tem que lidar com a castração efetivamente na sequência depois que a gente terminar esses três tempos do Édipo eu
vou colocar lá no grupo paraa gente votar qual a sequência que a gente vai porque assim daqui depois do épo qual a sequência que a gente pode ir A gente pode para a questão das perdas para além da castração que seria né Depois da castração vem frustração privação alienação separação enfim a gente também pode ir uma outra possibilidade é ir paraa questão da sexualidade masculina e sexualidade feminina masculinidade e feminidade que é um dos desdobramentos eh do Édipo né a gente temo para desdobramentos e outro desdobramento também eh tem a ver com as estruturas clínicas
né então a gente tem a Constituição do sujeito e os processos né a a de subjetivação que se dá aí com certo saber sobre as estruturas Então a gente tem pelo menos três caminhos teria mais um milhão de caminhos Tá mas pensando aqui três caminhos diferentes que a gente pode escolher qual que a gente vai na sequência eu vou jogar lá no grupo para votar pra gente decidir qual caminho que a gente vai primeiro se a gente vai na via da alienação separação frust privação castração seguindo as via da castração se a gente vai na
Via agora de eh a partir da distinção anatômica das consequências da gesti anatômica qual o resultado disso pra sexualidade masculina e pra sexualidade feminina que a gente começou a falar então mergulhar mais a masculinidade ou se a gente vai pra Via das estruturas Tudo bem então são as três vias que a gente pode decidir qual sequência que a gente vai fazer deixa eu projetar aqui só pra gente poder eh ver de onde a gente parou se vocês pisarem perguntar qualquer coisa vocês falam mas eu vou colocar aqui o resumo que eu mandei no grupo tá
deixa eu ver aqui se projetou aí pronto ol Só se vocês olharem aí eh vocês vão ver que a gente colocou aqui um certo uma certa organização do desenvolvimento psicossexual em Freud lembrando que em Freud ele fala de desenvolvimento psicossexual eh em Lacan esse termo desenvolvimento psicossexual não é o mesmo por isso que agora a gente vai falar de tempos o Lacan sai da ideia de desenvolvimento paraa ideia de tempos até para ser eh eh coerente com a lógica do sujeito atemporal se ele o o Lacan quer defender a lógica do sujeito temporal pautado no
inconsciente a temporal de Freud não é de se estranhar que ele te a palavra desenvolvimento da teoria dele percebem então o Freud trabalhava com a ideia de desenvolvimento psicosexual até porque o Freud também parte eh bastante mais do orgânico do corpo biológico e o lacam passa da primazia da linguagem então tem uma diferença teórica entre os dois é do ponto de partida no corpo em Freud orgânico mesmo da Necessidade e da primazia da linguagem Lacan por essas diferenças até a organização da teoria se pouco né então lá com Freud a gente tava estudando essa sequência
então com Freud a gente começou na pré-história do Édipo e veja se é pré-história do épo significa que a gente só sabe sobre a pré-história do Édipo depois do edpo por retroação por isso o nome chama pré-história do edpo a gente só sabe da pré-história depois da história tá gente não durante a pré-história a pré-história não se sabia como pré-história até que viesse a história e retroação falasse Olha lá a pré-história eh então só se sabe da pré-história do edpo por retroação depois que o edpo acontece lá aí você olha com se o épo é
aqui o que que veio antes do épo E aí sim eu faço uma marcação do que veio antes do édico na pré-história do édico então que a gente estudou no encontro passado na duas quartas para trás eh a os meninos e as meninas não tem uma distinção entre eles porque não há reconhecimento distinção anatômica Então se meninos e meninas não se percebem distintos não haverá consequência dessa distinção então meninos e meninas funcionam de um modo parecido e esse modo parecido significa um investimento na mãe como objeto original sem grandes rivalidades ao pai porque o pai
nem tá ali muito importando porque o investimento tá todo maciçamente feito na mãe então a a a o não se importar com o pai tem a ver com o quanto a criança está a emaranhada mãe tá é uma relação Dual Então se é uma relação Dual uma relação Dual uma relação a dois não cabe o pai ainda o pai vai ter que lutar para aparecer nessa relação tá então quando a gente fala que não há rivalidade com o pai é porque numa relação Dual não tem um terceiro é uma relação fusional uma relação doal uma
relação a dois ou seja uma relação entre mãe e criança o pai vai ter que se fazer existir uma diferença é que a pré-história do Édipo nos meninos é mais curta porque os meninos têm o Édipo como um processo primário ou seja eles entram no épo primeiro e saem do épo pela castração no caso das meninas a eh a história do edpo é mais longa mais complexa mais conflitante na relação da menina com a mãe dig de passagem porque ela vai ter que arrancar várias acusações na relação dela com a para conseguir se separar da
mãe e é mais longa porque a menina entra primeiro na castração então a castração no caso da menina faz parte da pré-história do épo perceberam então a pré-história do épo inclui a castração nas meninas mas não inclui a castração nos meninos a castração no caso dos meninos vai ser a saída do épo lá na frente vai ser a dissolução do complexo de épo e a dissolução do complexo de épo no caso das meninas não vai ha ver porque a castração participou da pré-história da do da pré-história do complexo di ético e não na dissolução então
voltando a atividade masturbatrix história mais longa porque a castração faz parte a menina vai abandonar a masturbação fálica ainda na pré-história do édico ela vai entrar no Édipo sem essa atividade masturbatrix de Lia como masculina o Freud Lia como masculina porque a teoria toma o falo como elemento central da teoria a a Afinal estamos falando de uma sociedade patriarcal de uma sociedade fálica de uma sociedade que o Universal é masculino a gente conversou sobre isso né o Freud eh e ainda hoje né Eh o tanto que a gente a gente fala de a gente até
conversou sobre isso a Renata trouxe um vídeo bacana sobre isso a gente vai falar sobre determinados referenciais a gente fala da ordem masculina tem um um livro Uma coletânia que eu tô participando eu gostei bastante de escrever espero que vocês gostem de ler que chama Cartas a uma jovem analista então cada uma cada psicanalista mais experiente foi convidada a escrever uma carta para uma jovem psicanalista em informação e aí é uma coletânia que faz parte de um grupo que chama mulherio na psicanálise né então é é um grupo de psicanalistas mulheres e aí o Curioso
quando eu fui pedir pro revisor revisar o revisor eh veio e trocou tudo pelo masculino aí eu fi para ele falei assim mas a coletan é feminina deixa no feminino el falou assim mas aí só as mulheres vão ler esse só as mulheres vão ler eu achei muito interessante eu falei engraçado eu pego história do subsolo do dostoevsky que o personagem é todo masculino não só leio como me identifico com o personagem eu consigo ultrapassar o gênero entende e ler no personagem algo do humano com o qual eu como ser humano me identifico Mas o
que o revisor tá falando e eu não acho que ele tá de todo errado Será que os homens ao pegar um livro Cartas a jovens analistas um analista homem vai ler essas cartas e entender que pode ser essado a ele também ou ele vai supor que essa carta é endereçada só às mulheres em formação vamos correr o risco de descobrir isso aos poucos mas a a as cartas foram todas escritas no feminino de propósito você sentiu isso em paixão segundo deh Diego Então veja a a paixão segundo GH agora a clariss Spector ela faz uma
coisa interessante os personagens eh da Clarice boa parte deles não tem um gênero ou até mudam de gênero ao longo do livro A Clarice faz isso de um modo muito interessante mas Diego é interessante isso Wesley fala a mesma coisa quando ele lê paixão segund GH ele fala eu não vejo ali um homem ou uma mulher eu vejo humano inclusive GH tem um é um crítico que fala que GH é abreviação de gênero humano entende eh óbvio que ele não tem provas disso porque a clarista nunca contou isso numa entrevista né ela deu pouquíssimas entrevistas
mas eu gosto dessa interpretação ele fala paixão segundo GH seria a paixão do gênero humano né a paixão segundo o humano então GH não seria abreviatura de um nome de um homem ou de uma mulher mas uma previatti de uma teoria fálica ele parte de uma teoria fálica e chama aquilo que ronda em torno do falo como masculino porque ele está inserido e nós também estamos inserido numa sociedade de base ainda patriarcal isso pode se modificar então voltando primeiro passo na entrada da fase fálica E aí eu vou voltar aqui nesse ponto pra gente lembrar
veja fase oral e fase anal são iguais nos meninos e nas meninas não há uma distinção essa linha de cima é das meninas essa linha de baixo aqui é dos meninos não há uma diferença na fase oral e na fase anal justamente porque não há o da distinção anatômica no último encontro a gente diz que o que vai demarcar a diferença é o surgimento é o reconhecimento da distinção anatômica Ou seja a descoberta da falta do pênis n meninas e a descoberta da presença do pênis nos meninos no caso das meninas ela já entra na
castração Então veja a pré-história do épo da menina é desse tamanhão aqui olha é todo esse tamanho história do éo no cas dos meninos olha como ela é mais curta ela acaba aqui ó na descoberta percebem então a pré-história dos meninos é curta ele descobre a presença e já quer se satisfazer dessa presença durante o edpo ele não vai ao edpo para encontrar o que falta ele vai ao edpo para poder usufruir do que ele tem a menina por outro lado como edipo ele ele vem depois da castração a menina entra no épo para tentar
encontrar o que lhe falta entende então o menino é motivado ao épo para usufruir do que tem a menina é eh lançada ao épo para buscar o que lhe falta então o motivo na entrada do Édipo é diferente também agora Vejam a saída no caso do menino O menino sai do Édipo para preservar o que tem pela castração E no caso da menina ela não tem nada que demarque a saída do épo o épo emenda na latência entende o épo ele emenda na latência e não há uma dissolução do complexo de épo no caso do
menino O menino nós temos aqui ó saída do épo na menina nós não temos uma saída do épo percebem ela simplesmente desliza do épo pra latência e da latência para fase genetal o menino ele não desliza ele tem uma quebra uma fratura ele tem uma ruptura entre o Édipo e a latência E isso tem lá as suas consequências E é disso que a gente vai tentar então entender a gente vai falar nos próximos encontros e porque essa consequência tem a ver com as outras perdas essa consequência tem a ver com a feminidade masculinidade e essa
consequência a gente vai percebê-la nas estruturas clínicas também então perceba que a gente tem três vias para pensar essas diferenças essas consequências perdão seguindo um pouquinho mais adiante eh então o complexo de castração no caso da Veja pegando aqui a nossa linha né meninos primeiro meninas depois então no caso da castração dos meninos é processo secundário eh e que vai ser só uma ameaça ele de fato não vai ter que lidar com uma perda mas o risco de perder e no caso das meninas é um processo primário porque lida com uma castração que foi executada
ela de fato tem que fazer o luto de uma perda tá eh a gente tava até conversando agora a pouco né Mariângela sobre o o luto e as etapas do Do Luto a menina vai ter que passar por todas essas e eh essas questões tanto que a menina ela vai ter as acusações que Ela dirige a mãe lembram disso ela vai ela vai ter todo um processo para elaborar esse luto que vai lhe permitir procurar no Édipo a sua falta a solução da menina eh de da castração vai ser procurar édico ou seja não mais
procurar na mãe porque a mãe não temar e procurar no outro do outro que é o que a gente vai conversar hoje a partir de Lacan então o complexo di édico no caso do menino é um processo primário em que ele mantém o amor primordial à mãe ele mantém-se numa posição de vantagem e ele entra no épo para poder usufruir ainda mais e melhor daquilo que ele já tem então ele vai entrar dando provas de que tem percebe então ele vai entrar subindo na falando alto tentando dar provas de que ele tem E no caso
da menina o processo é secundário então ela vai entrar no ético na expectativa de conquistar algo que lhe falta é diferente o motivo pelo qual cada um entra tá eh Ricardo você pergunta a consequência da saída do épo no menino e não é só uma suposta insegurança é interessante a gente pensar a relação eh dessa saída com funcionamento da neurose obsessiva Ricardo pense no neurótico obsessivo Não tô dizendo que a neurose obsessiva é exclusivamente masculina mas a neurose obsessiva ela se articula de um modo bem interessante com a dissolução do complexo di édico pensa um
pouco nesse campo depois a gente volta nele avançando então deu para entender a a o tamanho Então veja no caso das meninas a pré-história do Édipo é bem longa ocupa boa parte do desenvolvimento psicossexual no caso dos meninos a pré-história do Édipo é bem curta em compensação no caso dos meninos há uma barreira há uma metáfora há uma fratura que determina um certo a saída em da castração paraa latência entende e ou seja vai ter uma metáfora que opera aqui no caso da menina não tem uma barreira não tem uma fratura não tem uma quebra
o do Édipo para lá lência a um um deslizar esse deslizar a gente vai encontrar no funcionamento da feminilidade e da histeria e essa barreira esse corte a gente vai encontrá-lo com características da masculinidade da neurose obsessiva já vão guardando aí que é divertida essa essa diferença da barreira pro deslizar a gente vai ver as consequências da na no funcionamento inclusive por exemplo por que que na histeria a gente tem a a verborragia inclusive deixa eu pegar um eu já citei essa frase hoje um milhão de vezes mas é que eu gostei tanto ela e
eh é uma frase do livro que chama os três tempos da Lei eu posso colocar lá no no grupo se vocês quiserem ler do alander eh é um livro que fala justamente três tempos da Lei tá claro que são três tempos do édico né então é o livro todo sobre a teoria do do Lacan sobre o ético dividido em três tempos e ele começa o livro assim olha o que a palavra de tão amedrontador para que o homem frequentemente em vez de fazê-la falar em vez de fazer a palavra falar faça a palavra tagarelar há
uma certa prova a qual ele pode querer se subtrair através do tagarelar quem que vocês lembram do tagarelar ou seja eh o tagarelar que às vezes a gente acha que é Nossa é muito mais fácil atender na histeria porque a pessoa fala mais calma lá o tagarelar de acordo do É pode ser um se subtrair através do tagarelar percebe eu vou falando falando falando falando né esse CR esse trecho eh eu posso mandar para vocês no grupo tá é doand di esse livro aqui ó não sei se dá para ver os três tempos da lei
Mas eu mando no grupo PDF tá eh é um livro bem interessante e só para pegar o finalzinho dessa introdução dele que eu acho muito legal e olha como conversa com a as estruturas no final desse dessa apresentação sobre a palavra e sobre o encontro com a palavra e ele vai falar de alienação e separação também eh mas ele coloca assim assim a questão do Espanto do Espanto de encontrar com a palavra né me lembra que a fala não é um elã Vital que Brota de forma imediata na inocência de um movimento que subtrai o
regime da Lei eh é antes né então A fala é antes a manifestação de uma lei que pergunta a jeito o que que você fez da palavra que lhe foi dada Ó que coisa maravilhosa O que que você fez da palavra que lhe foi dada Ou seja a palavra foi dada para todos nós neuróticos psicóticos autistas perversos a palavra ou seja esse en chame de S1 mergulho na linguagem encontro da Libra de carne com a cadeia significante correto todos nós nascemos e nos deparamos com aquilo que já estava lá antes da gente nascer que é
o campo da linguagem a pergunta que se faz que a lei faz e quem é a lei aqui tem a ver com épo e castração lembram eh a pergunta que a lei faz então os três tempos do ético os três tempos da lei a pergunta que a lei faz é o que que você faz com a fala que lhe foi dada essa pergunta é a pergunta que a gente faz para saber sobre a estrutura o que você faz com a fala que lhe foi dada você a recalca você é a fora clui você é a
Elide você a denega O que você faz com a fala que lhe foi dada não é legal isso ou seja tributo que a gente paga pela pela fala que foi dada exatamente Então você percebe que a partir dessa diferença o tagarelar tem a ver com esse deslizamento entende esse deslizamento por outro lado aquela fala que pensa 10.000 vezes antes de falar cheia de silêncio cheia de lacunas tem a ver com essa que a saída do épo provoca com aquilo que eu faço com a fala que me foi dada então percebam que tem uma lógica entre
o deslizar e essa fratura causada pela saída do épo e a partir de um corte e de uma não saída do épo que desliza para latência conseguiram perceber isso na clínica é bem legal Av um pouquinho mais vamos então para os nossos três tempos do edpo eu fiz um resuminho para vocês a partir sobretudo do seminário C tá é óbvio que vocês e vale a pena aqui tem um pouquinho dos inscritos e do seminário C mas tá sobretudo no seminário CCO é claro que vale a pena ir lá no seminário CCO e se deliciar completamente
nele mas como a gente não tem tempo nessa nossa dinâmica de uma hora corridão da gente E eh entrar muito eu trouxe e alguns pontos que eu considero mais importantes aí então primeira coisa Por que que o lacam propõe dividir o épo em três tempos ao invés de manter a lógica do Freud que é aquela sequência que a gente falou né o pré a pré-história do Édipo depois o Édipo depois a castração ou o contrário se for meninos ou meninas né depois a saída do épo então o Freud propõe uma sequência de desenvolv o Lacan
ele vai abandonar a ideia da sequência de desenvolvimento porque ele não prioriza a questão orgânica do corpo e da Necessidade como o Lacan prioriza a linguagem e a ideia do sujeito atemporal ele vai sair dessa lógica do desenvolvimento para três tempos do Édipo os três tempos vocês vão se lembrar bem tá no texto dos escritos quando ele fala dos prisioneiros né Como é que os prisioneiros vão se resolver o enigma de como é que eles saem dali Descobrindo a senha aí vale a pena vocês lerem o enigma lá dos dos três prisioneiros de modo geral
vocês vão ver essa questão dos três tempos no lacam em vários outros lugares não só no edpo Mas vocês vão se lembrar que os três tempos são em resumo esquece o edpo um pouquinho instante de ver tempo de compreender e de concluir lembra Então a gente tem três tempos fundamentais que é um ver elaborar e concluir são os três tempos do lacam o Lacan ele pensa em relação aos tempos para várias outras partes da sua teoria não vou deixar isso de lado agora e vamos pensar nos três tempos do épo Então por que três tempos
do épo o Lacan vai dizer se o pré épo se dá por retroação eu só sei dele depois o Édipo para poder nomeá-lo como pré Édipo porque não nomeá-lo como primeiro tempo do épo ao invés de nomeá-lo como pré épo Deu para entender a lógica ou seja o primeiro tempo do épo é o pré épo eles são sinônimos aí praticamente então aquilo que o Freud chama de pré-história do épo é o que o lacam vai chamar de primeiro tempo do épo seguindo essa sequência Então qual que é a marcação fundamental eh do primeiro tempo alienação
o que que é alienação a gente vai aprofundar depois mas alienação é o primeiro encontro alienação é o primeiro encontro da Libra de carne com o campo da linguagem então na alienação Eu tenho um primeiro encontro e quando eu tenho esse encontro eu digo sim para esse encontro tanto que a palavra alienação veio da Ele bebeu na fonte ali de Freud de uma carta que o Freud escreve pro F Se não me engano em 1900 antes do n 18989 agora esqueci a data da carta o f enfim antes do do interpretação dos sonhos uma carta
antiga que o fre Freud escreveu pro f em que ele usa duas palavras e eh em alemão para afirmação e negação a palavra que se relaciona a alienação que o lac pegou emprestado veio dessa palavra em alemão que escreve de um modo grossir be Jung tá b e j essa palavra que significa afirmação e a palavra que o lacam vai pegar de empréstimo para falar de separação vem na palavra em alemão que o Freud usa de negação então o que que significa agora por que que o lac usou a palavra alienação em vez de afirmação
porque ele quis pegar uma palavra que conversasse também com um conceito marxista e e fazer o seu contrário em Marx alienação é o contrário de alienação na psicanálise na alienação em Marx estar alienado é estar separado a alienação na psicanálise alienação é encontrar Deu para entender que que significa alienação é encontrar alienação é o primeiro sim que você dá na vida a libra de carne encontra com o campo da linguagem com o campo eh aonde o grande outro está passando e diz sim e quando ele diz sim ele diz sim e se aliena no outro
então a alienação na linguagem Então não é alienação da entend a diferença no conceito marxista é alienação da Ou seja a linguagem estaria lá e eu estaria aqui separada o conceito do Lacan é alienação na Ou seja eu encontro com a linguagem e mergulho nela ou seja eu digo sim a ela Então é uma alienação na linguagem então o primeiro tempo é eh marcado por esse primeiro encontro no qual a criança encontra com o primeiro grande outro que é a mãe e diz sim então a mãe oferece o olhar e ela retorna a mãe oferece
o peito e ela mama a mãe oferece entende a a voz e ela escuta ou seja o primeiro tempo é marcado por esse dizer sim a tudo que o grande outro oferece o o grande outro primordial a mãe se ela diz sim a tudo que o grande outro oferece o que o bebê deseja ora ele deseja o desejo da mãe porque se ele tiver o próprio desejo ele já tem uma separação Vocês entenderam Então se é alienado na eu estou alienado ao desejo do outro eu estou alienado ao corpo do outro eu estou alienado à
língua do outro eu estou alienado a tudo que vem do outro Não Há Nada meu que não dependa do outro nesse primeiro tempo tudo meu depende do outro o meu olhar o meu sorriso a minha alimentação tudo depende do outro então de início que o Lacan diz aqui nos escritos eh o desejo do homem se aliena ao desejo do outro ele se aliena oo desejo do outro no sentido de que eu não tenho um desejo apartado do desejo da mãe o meu desejo é o desejo da mãe ou seja seu desejo se transporta para o
desejo do outro e esse transporte que busca o reconhecimento do outro do seu próprio desejo passa a ser mais importante do que é desejado Então qual que é o desejo do bebê ter o seu desejo reconhecido pelo outro e qual é o seu desejo o desejo do outro para entender a lógica então eu desejo o desejo do outro e desejo que meu desejo que é o desejo do outro seja reconhecido pelo outro ou seja uma relação Dual fusional não ten outra referência antes de passar para as perguntas Então veja o desejo alienado da Criança é
o desejo da mãe que é o falo do ponto de vista o que que é o falo aquilo que falta então para que a criança possa alienar-se na mãe é necessário que haja um buraquinho para ela entrar então se supõe que há um buraco perfeito no qual a criança se vê poder encaixar por isso que a mãe oferece o peito e ela Bocanha por isso que a mãe oferece o olhar e ela retorna porque ela tenta entrar nos buracos que a mãe oferece Deu para entender a lógica a mãe me oferece eu digo sim porque
eh o meu desejo é alienado se meu desejo alienado eu digo sim a tudo que a mãe me oferece então a criança busca satisfazer a mãe e a forma que ela encontra é desejar ser o falo ou seja ser aquilo que preenche a mãe então se a mãe me faz uma oferta ela me faz uma oferta porque ela espera de mim o sim como resposta o sim como resposta é preenchimento então a mãe deseja ter o falo a criança deseja ser o falo para a mãe tudo bem Então esse seria a característica fundamental do primeiro
tempo do complexo de edpo o primeiro tempo marcado pela alienação e alienação paraa alienação para estar alienado Eu ofereço corpo ofereço olhar ofereço todos os meus Sims basicamente é dizer sim sim e sim Silene Silene você abriu o microfone eu não tô te vendo Nati Ah não pera aí bom deixa eu avançar um pouquinho mais então é que tinha umas mãozinhas aqui não era mãozinha era para entrar na reunião e eu pensei que era mãozinha nem autorizei pessoa caiu Renata eu confundi mãozinha com entrada Olha só eh Renata aqui você tá dizendo então que o
bebê então ele entra nesse primeiro tempo né ele fica alienado então na linguagem e aí ele se coloca então eh eh correspondente a isso que a mãe deseja né então ele entra nesse lugar eh quando a gente fala do do bebê eh autista e o Psicótico né que que tem aquela diferenciação que é difícil para mim entender que que ele não o bebê então Psicótico ele não entra nessa alienação não não entra nessa alienação Então e e é interessante é importante lembrar uma coisa Renata alienação e separação não é um processo que vai acontecer só
uma única vez e ele vai se repetir quando a gente for estudar al nação e separação isso fica mais claro mas vou pegar especificamente o o o autista eh porque no no autismo a gente consegue ver as primeiras manifestações muito cedo ainda no bebê tanto que a gente tem o HD né o o inventário de risco do Desenvolvimento Infantil que avalia o bebê de 0 a 18 meses justamente apontando não já um diagnóstico que é proibido fazer diagnóstico até 3 anos tá mas apontando indícios que que são esses primeiros indícios eh o Se você pegar
o HD as primeiras perguntas do do zero aos seis aos quatro meses é o primeiro grupinho você vai perceber que as perguntas têm a ver com se a criança Responde sim ao que é ofertado eh você oferece o peito e a criança mama você fala com uma voz mamanhe e a criança olha Ou seja você oferece ela de sim em resumo é isso que tá perguntando se por outro lado você oferece ela nota que você ofereceu porque assim no caso do do da do autismo não é que ele não entra na alienação ele entra Mas
ele não passa então é uma alienação retida se é uma alienação retida significa que nota o olhar e desvia começa a mamar e solta entende ou seja há uma Elisão a há uma recusa há uma interrupção então eu começo a dizer sim e recuso tanto que eh você percebe que há uma alienação que não se conclui que se retém na metade isso inclusive causa um susto danado né Por que que ele começou a mamar e parou eu olhei para ele e ele desviou o olhar bem para eu desviar o olhar eu tenho que ter visto
que eu fui olhado percebe e isso que assusta né Por que que ele não diz sim a tudo que eu ofertei porque faz parte da alienação dizer sim quando o bebê não diz sim isso já causa um certo susto e a gente vai lá tentar entender por que que ele não tá dizendo esse sim entende mas não é ainda um não da Separação é É ou uma não alienação ou uma alienação retida Mas a gente pode pensar num bebê e aí a gente imaginando porque o o ird ele ele vai ver riscos para Autismo só
não para riscos pro Desenvolvimento Infantil não só autismo para qualquer tipo de Desenvolvimento Infantil então a gente consegue comparar por exemplo isso ele teve o olhar ele começou e desviou ele começou e parou e no caso de um bebê aí que tem um risco então pra Psicose ele não ele nem olha ele não pega tentando fazer essa diferenciação o é interessante essa coisa por exemplo a gente só sabe disso depois por retroação tá Por exemplo quando a gente vai atender lá na frente eh essa criança que começa a apresentar um quadro né que causa um
certo estranhamento que que esse menino tem eh e que no chega quando a gente vai conversar com os pais é bastante comum eh descrições assim eh eu não sei por que tá dando problema ele era uma criança tão boazinha ele nunca chorava ele nunca me pedia Leite ele nun ele a fralda tava cheia ele nem reclamava e a gente costuma falar mas esa aí criança tem que chorar criança tem que reclamar se não chorava De fome se não chorava e eh eh alguma coisa aí tá acontecendo Então você tem descrições de crianças que não paravam
de chorar nemum minuto ou de crianças que se sequer se queixavam mas nas duas circunstâncias o que que você tem Renata eh quando a criança ela varia ela às vezes chora às vezes não chora ela tá com fome chora ela tá com a fralda cheia e chora eh você percebe que o choro é um ato de convocação é uma primeira convocação é é uma resposta é uma resposta a dor é uma resposta ao xixi se a criança chora ininterruptamente ela tá respondendo a porcaria nenhuma Ela só está chorando se ela não chora de modo algum
ela também não está respondendo então a resposta Depende de um espaço entende de um tempo que não está chorando de um tempo que está chorando se a criança nunca chora ou só chora isso já não te causa um estranhamento como é que ela eu eu vou poder fazer uma pergunta e ela responder se ela está só chorando ou nunca chorando a gente vai definir depois alienação bem bem a gente vai mergulhar aí na alienação Diego eh Mas é interessante a gente perceber o seguinte a princípio tomem a alienação no sentido de alienação na linguagem ou
seja alienação como sinônimo de dizer sim eh então a criança no primeiro encontro com o campo da linguagem com o grande outro o grande outro propõe E ela diz sim tomem nesse momento alienação como sinônimo desse sim que a criança diz diante da proposta que o grande outro eh faz ele te oferece peito ele te oferece olhar ele te oferece os objetos pulsionais de modo geral e você diz sim a eles tudo bem pra gente avançar um pouquinho se não der tempo dos três tempos a gente na quarta-feira que vem termina eles também não precisamos
não estamos com pai na forca né Eh só paraar deixar aqui o primeiro tempo sem a gente passar por cima de coisas importantes eh veja alguns pontos importantes essa fase ou seja esse primeiro tempo ele tem uma organização imaginária que que é uma organização imaginária especular a mãe sorri E o bebê Sorri a mãe olha e o bebê olha então é uma relação mais imaginária especular ainda não simbólica então o próprio nome né dessa fase faz referência ao próximo que é Édipo e qual que é a característica Então se essa tem uma organização imaginária o
primeiro tempo é uma organização imaginária qual vai ser a característica do segundo tempo uma organização simbólica Então o que demarca a passagem do primeiro tempo para o segundo tempo é o surgimento o nascimento de uma articulação simbólica e como é que eu percebo o surgimento o nascimento de uma de uma organização simbólica ali aonde só se dizia Sim começa a se dizer não também ali aonde era só presença começa a se ter ausência então eu começo a ter uma variedade de respostas entende então quando eu começo a ter uma variedade de respostas eu tenho o
início Nascimento surgimento de uma organização simbólica que vai ser a característica do Édipo né Eh então seguindo um pouquinho mais adiante eh a outra característica também do primeiro tempo do edpo se a criança tem uma relação Dual uma relação fusional com a mãe cadê o pai velado certo o pai está velado porque a criança tá alienada ao primeiro grande outro que é a mãe então ela só vai dizer sim há um grande outro com o qual ela está fusionado no qual ela se relaciona exclusivamente Então ela diz sim só ao grande outro primordial que no
caso aqui carinhosamente a gente chama de mãe eh agora tem um ponto interessante que o lacam aponta que é muito importante paraa passagem pro segundo tempo do Édipo Veja a primeira passagem do segundo tempo do épo a organização imaginária começa a a ceder lugar para uma organização simbólica agora o Quais são as condições para uma organização simbólica a antecipação da Lei não tem como um grande outro que não existe vim e colocar a lei no meio do caminho é necessário que o de outro que existe que é a mãe permita que a lei entre antecipe
a lei e como é que a mãe antecipa a lei que vai ser a gente vai chamar depois carinhosamente aí como presença do pai que vai deixar de ser velada e vai passar a ter lugar e a relação que era Dual que era fusional vai se tornar Tríade lembra vai ser uma relação a três criança pai e mãe mas nesse momento O pai está do lado de fora se Se a gente fosse fazer um triângulo a gente colocaria o pai eh com tracinhos meio pontilhados e clarinhos sabe assim meio fantasmagórico ele tá ali mas ele
ainda é fantasmagórico eh nesse sentido o que que é antecipação da lei a lei já existe a mãe conhece a lei Afinal a mãe como grande outro primordial eh todo o conteúdo que forma o grande outro primordial já estava lá antes dela ser grande outro Afinal antes de ser o grande outro pro bebê ela foi o bebê para um outro grande outro lembram disso e assim sucessivamente ou seja todo o campo da linguagem já estava ali antes da mãe vira a ser o grande outro então ela sabe muito bem que o bebê não sabe que
existe um mundo para além da mãe mas o a mãe sabe que existe o mundo para além do bebê não sabe então o que que é antecipar a lei antecipar pro bebê que existe o mundo além dele como que ela faz isso o bebê chora e ela fala agora eu não posso ir o bebê chora e ela pede vai lá no meu lugar que eu tô cansada o bebê chora e ela tá no banheiro fazendo número dois for o caso e ela não pode ir lá atender Deu para entender ou seja eh ela dá notícias
de que o bebê não é a única coisa que existe no mundo dela Ela também tem um intestino que precisa funcionar Ela também tem uma vida ela tem que voltar a trabalhar Vocês conseguem entender então a mãe antecipar a lei eh não é difícil de entender bem simples que que é antecipar a lei antecipar paraa criança que ela não é é a única coisa que existe no mundo da Lei no mundo da da mãe perdão ela não é a única coisa que existe no mundo da da mãe Eh que a mãe então não pode portanto
que a criança não precisa ficar mais sujeita a todos os caprichos e desejos da mãe porque a mãe também deseja algo que está para além da criança Tudo bem então no primeiro tempo do épo ama-se a mãe né Eh a o desejo e a sua ident ação se dá em relação ao objeto de desejo da mãe que é o falo então essa seria uma das principais características do primeiro tempo do hpo vamos avançar um pouquinho pro segundo eh voltem lá no no resumo depois e Leiam tudo tá segundo tempo do épo se o primeiro tempo
do épo vamos voltar lá no título dele o primeiro tempo do Édipo é ser ou não ser o falo o que que significa ser ou não ser o falo a a criança ela só tem uma possibilidade no mundo ser o falo para mãe ou não ser o falo para mãe a dialética aqui da criança não é ter a dialética é ser é necessário que ela seja no segundo tempo como inseriu a ordem simbólica no lugar da ordem imaginária como houve uma antecipação da lei em que a mãe apontou que a criança não é tudo que
existe no campo da mãe existem outros interesses também a dialética deixou de ser ou não ser e passou a ter ou não ter Qual que é a diferença entre Ser ou não ser ter ou não ter ter é algo que está do lado de fora do meu corpo esta caneta eu posso tê-la ou não tê-la ela não compõe o meu corpo eu posso ter e eu posso dar PR zelha essa caneta Eh agora Ser ou não ser não é o que tá do lado do meu corpo Ser ou não ser eu não posso te dar
Zélia porque é é meu sou quem eu sou eu não posso arrancar de mim e pegar para você o ter ou não ter eu posso então a dialética muda se não se trata mais de ser ou não ser o falo da mãe e sim ter ou não ter o fala eu posso buscá-lo em outros lugares Deu para entender Ser ou não ser o fala eu posso buscar só na mãe não tem outro lugar para buscar porque se trata de ser e ser é só para a mãe Porque é o único que eu dizia sim que
é o grande outro primordial não existia outro outro quem que surge então e eu acho muito legal isso que o Lacan coloca aqui ó página 199 seminário 5 quem que surge o grande outro do grande outro ó Que bacana o grande outro do grande outro então o primeiro tempo do épo só tem um grande outro o segundo tempo do grande out do do do edpo o grande outro se duplica e é muito importante que ele se duplique entende porque se o grande outro se duplica eu não preciso mais buscar exclusivamente na mãe se o grande
outro se duplica eu posso buscar num outro grande outro no outro grande outro no grande no outro grande outro então não se trata mais de ser e sim de ter diga Érica Érica você sumiu vou continuar eh Então veja a entrada na fase fálica vocês viram lá naquela linhazinha do desenvolvimento porque que é na fase fálica porque na fase fálica h o reconhecimento da diferença anatômica e junto com o reconhecimento da diferença anatômica vem as consequências eh Quais são as consequências a posição que o sujeito vai tomar ou seja vai assumir diante do corpo que
ele tem o corpo marcado por uma falta o corpo marcado por uma presença no sentido de que o fala é a referência tudo bem eh Então qual a reação que o sujeito vai ter diante do sexo ou seja diante daquele corpo que se tem no segundo tempo do Édipo então a demanda E aí perceba agora a gente tem uma demanda que pode ser endereçada quando se era Ser ou não ser não tinha como endereçar porque é uma questão existencial ter ou não ter eu posso embalar colocar no correio escrever um destinatário chegar para mais de
um destinatário diferente então agora essa demanda da criança será endereçado ao outro do outro que a gente carinhosamente chama de pai função paterna Por que que a gente chama de função paterna é aquele terceiro elemento que vem romper a relação Dual da criança com a mãe que vai transformar Inclusive a possibilidade de metáfora que vai fazer com que a organização se torne simbólica então a relação que era imaginária que era especular que era dois mãe e bebê passa a ser a três agora a gente desenha o triângulo criança mãe bebê trata--se agora de uma Tríade
né Eh essa relação Então passa a ter uma organização tambémm simbólica porque agora eu tenho o outro do outro e eu posso já que eu tenho o outro do outro eu posso endereçar a minha demanda não mais só exclusivamente à mãe mas ao outro do outro porque o outro se duplicou tudo bem até aí então continuando nessa etapa diga Lidi eh eu ouvi uma uma explicação mas de uma forma bem simplificada para não tomar muito tempo pensando na nessa Constituição da Psicose na Constituição do autismo eh eu o que eu entendi também né que eu
posso ter entendido errada a explicação que eu ouvi e que posteriormente eu entendi Dá conta do seguinte que a Psicose poderia a gente poderia entender mais ou menos assim que seria uma falha nessa função paterna e a a o autismo já seria uma falha na função materna uma dificuldade que a mãe teve de eh transferir para essa criança eh a a sua condição o seu lugar é mais ou menos isso então eu tenho problemas com essa definição mas eu sei de onde ela vem a lasnik por exemplo trabalha com essa ideia e você tem vários
autores que trabalham com essa ideia nessa ideia a gente trabalharia inclusive não é a linha que eu sigo com Eu tenho um livro aqui por exemplo sobre pós autismo sobre saída do autismo E aí você teria então a proposta de de tratamentos em que o autismo seria um um uma uma posição de não subjetivação e o tratamento permitiria um processo de subjetivação entende eh se a gente parte do pressuposto o autismo como quarta estrutura aquela proposta de que o autismo vai do autismo para o autismo eh a gente vai aceitar a ideia de que essa
alienação é retida realmente na relação com a mãe mas não porque a mãe não deu conta de alguma coisa e aí a gente vai aceitar o acaso lid tem um ponto interessante que o Lacan coloca é que a gente pode até dizer quais são os mecanismos fundadores das estruturas forclusão eh eh paraa Psicose Elisão pro autismo recalque paraa neurose desmentido para para eh perversão mas eu não posso dizer completamente Quais foram os acontecimentos que levaram a esse mecanismo fundamental tem algo de que não pode ser colocado e só na psicanálise lid não você sabe que
uma vez eu tava no eh deserto Atacama tem um lago lá que ninguém pode entrar porque acontece o tempo todo eu fico pensando como é que descobriram isso é um negócio mágico eh o tempo todo fica acontecendo uma uma reação em que a a a substância passa do inorgânico pro orgânico do inorgânico pro orgânico então é como se naquele Lago ali no deserto da tacama a gente tivesse e eh a a criação da vida acontecendo aos seus olhos vírgula porque você não vê de Fato né você teria que ter um Ah tem que ter equipamentos
para ver então você vai você olha pro lago E você só vê um lago Mas aí tem a explicação da pessoa e você fica abismado com aquilo que seria essa passagem do inorgânico pro orgânico E aí é interessante porque eu fiz essa pergunta falei assim mas o que faz com que o o essa passagem aconteça do inorgânico para orgânico aí o biólogo falou assim tá aí a parte que a gente não sabe a gente sabe que faz a passagem a gente sabe como ela acontece mas a gente não sabe por que ela acontece falei ah
então igual a estrutura a gente sabe como ela acontece a gente sabe dar um nome para ela mas a gente não sabe porque que ela acontece então a gente aceita a ideia de que tem algo que é inapreensível não dá para saber tudo né Não dá para saber tudo fica sempre um um um um ponto um furo e isso é bacana E isso não é só na psicanálise tá por exemplo eh é outra tava conversando com uma neuropediatra e a teoria dela e não é só dela é que o autismo estaria associado a questão da
poda neural então Existem duas podas neurais que acontecem uma por volta dos 2 anos de idade outra por volta dos 18 anos e nessa teoria tô explicando de um modo muito simples o autismo seria a consequência da poda neural que acontece por volta dos 2 anos e a Psicose seria a consequência da poda neural que acontece por volta dos 18 anos aí eu perguntei para ela falei assim por que que essa poda sai desse jeito ela falou aí também a gente não sabe eu falei ah tá vendo a gente chega no mesmo ponto a gente
é bom saber que não sabemos às vezes né É eu falei tá vendo como a gente chega no mesmo ponto ela falou não mas é a poda falei tá bom Eu Tô aceitando que é a poda neural Mas por que que ela acontece desse jeito ela falou assim isso a gente não sabe explicar o dia que alguém souber explicar isso ela vai ganhar um Nobel falei então vou ficar esperando essa pessoa explicar por que essa poda acontece desse jeito em uma pessoa e do outro jeito na outra esse é o ponto lí que a gente
não sabe entende Qual que é a minha cautela não culpar ninguém sim entende diga Renata nesse eh eh dessa forma que a lid colocou então aí eh é aquela visão então de que a a a a Psicose ela ela passaria por esse primeiro tempo e o autismo não e é eh em relação a essa que você discorda é isso não não né porque assim essa coisa do do caso por exemplo da Psicose se a gente pegar o o o grafo do desejo você vai ler que você vai perceber que a linha do schreber tá antes
do encontro com grande outro então a for clusão seria a libra de carne se movimenta no campo eh do encontro com o grande outro e deste encontro Este encontro ocorre algo de insuportável de traumático esse encontro e ele desce de volta pra linha ali do do moá que é onde tá o schreber aqui a linha do estágio do espelho por isso a fora clusão ou seja ele em vez de atravessar o grande outro que seria alienação ele retorna antes e do encontro ele retorna por isso o grande outro fica fora clío eh a gente vai
ter que entrar nisso quando for falar das estruturas percebe quando a gente veja a gente ter que decidir a gente vai falar primeiro de alienação e separação ou de estrutura é difícil decidir qual a sequência melhor não é pra compreensão mas vamos tentar aqui só fechar aqui um pouquinho então o segundo tempo do edb queria pelo menos fechar Aos três mesmo que incompleto o segundo tempo do épo como a gente estava vendo Então não é mais de ser ou não ser é de ter ou não ter e se é ter eu posso ir buscá-lo em
outro que tem que é o outro do outro o grande outro do outro então a mãe não é mais o grande outro exclusivo da criança porque a mãe também tem outros interesses também direciona sua desejo e suas demandas para outro lugar que não só a criança a criança olha e fala minha mãe tá buscando ali no mercadinho eu vou buscar também ou seja eu posso buscar outros lugares que não só a mãe porque a própria mãe tá buscando em outros lugares Lembrando que mãe e pai aqui são alegorias tá não é a materialização exata do
pai e da mãe então nesse nessa etapa o objeto no qual a mãe é dependente Deixa de ser apenas objeto do seu desejo passa a ser um objeto que o outro tem ou não tem E aí a criança pode ir lá na prateleira e pegar para ela também então aqui o pai aparece menos velado do que na primeira etapa né Ele ainda não está completamente revelado ele é mediado em que sentido que ele é mediado perceba que o interesse da criança ainda tem a mãe aqui no horizonte eu quero e já que minha mãe não
tem né Eh buscar na minha mãe minha mãe buscando em outros lugares eu vou buscar em outros lugares porque a minha mãe também busca em outros lugares Deu para entender o mediado então a criança não é que ela tá buscando em outros lugares porque ela conseguiu se separar da mãe ela tá buscando em outros lugares porque ela percebeu que a mãe também busca em outros lugares mas a referência dela ainda tem no horizonte a mãe tá ou seja ela ainda tem aqui a mãe com um um lugar de muito interesse com o lugar de um
objeto de amor no caso dos meninos e um objeto de rivalidade no caso das meninas perceberam o objeto de amor e de rivalidade tem a ver inclusive com a questão do épo eh e com a questão da da castração como processo primário ou secundário tá continuando então aqui nessa sequência eh Então essa etapa ela é transitória e rápida Mas ela é fundamental para criar criança em caminho pro terceiro tempo do Édipo Então essa esse segundo tempo do Édipo em que a mãe apresenta a presença e a ausência e descobre-se que existe o grande outro do
grande outro nesse período eh que é rápido a criança então percebe que pode buscar em outros lugares eh começa o nascimento surgimento da ordem simbólica né e uma característica desse segundo é no caso da menina a castração E no caso do menino no segundo tempo do épo o épo propriamente dito então uma das características é que no segundo tempo a menina viu sabe que não tem e quer tê-lo que que acontece com ela complexo de castração e o menino O menino eu tenho e quero poder usufruir disso entro no épo então a marca do segundo
tempo é a entrada na castração da menina e a entrada no épo do menino agora vamos pro terceiro e último né o terceiro e último é não ter e desejar ter ou no caso do menino desejo de preservá-lo então a marca no caso da menina é não tenho e quero ter se eu não tenho e quero ter vou bu bucar onde no épo Deu para perceber Então qual que é a marca do terceiro tempo do épo na menina entrada no épo então vejam a marca do primeiro tempo do épo na menina é ser ou não
ser o falo da mãe ou seja uma posição alienada ao desejo do outro no caso da menina vou colocar menina e menina um do lado do outro no caso da menina o segundo tempo do édico é a castração então ela vai entrar numa posição de rivalidade com a mãe por rivalidade já que você foi buscar na prateleira do mercado eu vou buscar lá também porque você foi buscar Mas ela desistiu da mãe no segundo tempo não só que ao invés de buscar na mãe ela vai buscar no outro do outro deu para entender Aonde a
mãe busca também então ela vai buscar o que interessa a mãe e rivalizar com esses interesses da mãe tudo bem no terceiro tempo do éo por sua vez a menina vai perceber então que não adianta rivalizar com a mãe e buscar eh por a mãe busca eu tenho que buscar o meu próprio Então ela abandona a mãe ela sai dessa posição de rivalidade com a mãe para uma posição de abandonar a mãe deu para entender sai de uma posição de rivalidade para uma posição de identificação então na em vez dela rivalizar com a mãe ela
passa a se identificar com a mãe e por que se identificar com a mãe para que ela possa ter como ela supôs que a mãe tinha até então então ela nunca perde completamente a fantasia de que é possível vir a ter ou a fantasia de que a mãe em algum momento teve e não quis dar entende só que então ela primeiro passa de uma posição de ser o falo da mãe depois para uma posição de rivalizar com a mãe e buscar no grande outro do grande outro depois ela passa para uma posição de se identificar
a mãe no terceiro tempo do épo para desejar ter no épo então da castração ela entra no épo aonde ela vai buscar então ter né E no caso do menino então vamos lá nessa terceira etapa aquilo que foi anunciado pelo pai através do discurso da mãe que que é através do discurso da mãe da antecipação da Lei lembram que a criança não é a única coisa que a mãe tem na vida então o discurso da mãe antecipa a lei eu não posso ir tô no banheiro eu não posso ir eu tô cansada alguém vai por
favor que eu não posso ir agora ou seja ela antecipa que existem outras coisas acontecendo no mundo que não só o bebê Eh agora aquilo que foi anunciado vai ter que ser mantido e cumprido né então não é a mãe que tem e sim quem ocupa ali o lugar do pai o pai passa a ser aquele que tem se o pai passa a ter ser aquele que tem a menina vai buscar aonde vai buscar no pai E aí ela entra numa relação edípica que é tomar o pai como objeto de amor por que que o
pai é o objeto de amor porque ele tem e se ele me amar ele vai poder me dar e porque a mãe como objeto de identificação ele vai dar para mim ao invés de dar para minha mãe deu para entender a lógica Então ela entra no édico nesse processo de identificação e de objeto de amor e no caso do menino no caso do menino se é o pai que tem Vixe ele pode vir tirar de mim então no caso do menino O menino que tava navegando aqui no segundo tempo do épo usufruindo da relação de
amor com a mãe provando que tem para a mãe de repente ele percebe que o pai tem e ele pode perder e ele pode perder Porque quem realmente tem é o pai isso significa então que por desejo de preservar ele abre mão e aí o Lacan diz é por intervir no terceiro tempo do épo como aquele que tem o falo e não com o que é então o pai não é o falo o pai Ele tem E aí tem uma coisa muito interessante no seminário cinco do lacam é que ele fala que o falo ele
pode ser simbólico real e Imaginário a gente vai ver a diferença entre eles quando a gente coloca numa tabelinha o falo com a frustração a privação e a castração E aí a gente vai ver em cada um deles o falo como real como Imaginário ou como simbólico nesse sentido é por interv vir no terceiro tempo como aquele que tem o falo e não quem é o falo então o pai não é o falo a vai ser porque o pai é o falo da casa ele não é o falo ele tem ou seja ele pode perder
também tá porque se o falo ele é simbólico ele é Imaginário ele é real posso castrar o pai também óbvio que posso ó tranquilamente então o pai é aquele que tem não aquele que é e ele pode perder também e que se pode produzir na báscula que Restaura a Instância do falo como objeto desejado da mãe não apenas mais o objeto do qual pode o pai pode privar então o pai pode privar o pai pode frustrar o pai pode ofertar o pai pode retirar ou seja o falo entra numa dinâmica o o falo entra aí
portanto numa báscula num certo jogo dessa forma o pai pode dar a mãe o que ela deseja e pode dar porque possui eh a função então do Édipo no desenvolvimento tanto da menina quanto do menino de acordo com Lacan é a genitala o que que seria a genitala a genitala seria uma primeira convocação de assumir uma posição Feminina ou Masculina diante daquele corpo Então seria uma primeira convocação r a feminidade ou masculinidade que é um dos caminhos que a gente pode tomar lembra que a gente falou sobre isso um dos caminhos que a gente pode
tomar tem a ver com isso daqui o sexualidade masculina ou sexualidade feminina seria então instaurar a feminilidade ou instaurar a masculinidade e a gente tem esse campo então Eh o que que acontece no caso do menino aqui no terceiro tempo no caso do menino a gente tem a saída do épo a gente tem no terceiro tempo portanto eh a dissolução do complexo do de épo no menino e no caso da menina a basicamente isso não vai dar tempo de ler tudo mas deu para entender os três tempos né de eu tirar aqui bom então esses
são os três tempos do é no Lacan vocês percebem como é próximo do do Freud mas Vocês entenderam porque que ele sai da linha de desenvolvimento pro tempo a ideia de sair da linha de desenvolvimento pro tempo é colocar a primazia na linguagem enquanto Freud colocava a primazia no corpo tanto que o que demarca eh no Freud o desenvolvimento psicossexual são as fases fase oral fase anal fase fác etc no caso do lacam o que marca são as funções simbólicas vocês viram a função materna e a função paterna e os processos de alienação separação e
etc então a diferença é só a ênfase aonde que vai ser colocada no Freud no corpo vocês podem ver que é bem no corpo mesmo tanto que a gente vai falando de zonas erógenas e marcações no corpo e no caso lacana na linguagem Essa é a distinção fundamental bom a gente fica por aqui eu vou mandar então lá no grupo da travessia eh o Como é que chama gente esquece o nome enquete uma enquete pra gente decidir no que que a gente entra na próxima quarta-feira então as opções vão ser a gente entra nesses conceitos
que a gente falou rapidamente alienação separação castração frustração privação a gente entra na sexualidade masculina e feminina que a gente acabou de ver a pontinha ali ou a gente entra nas consequências de como é que você lida com essa palavra que lhe foi entregue ou seja se essa lei que lhe foi entregue você a recalca a for clui a Elide ou a que aí a gente entraria nas estruturas tudo bem vou colocar lá votem e a gente decide o que que a gente vai conversar na próxima quarta beijo tchau para todo mundo tau Oi amanhã
tem Pria tá amanhã a gente vai estudar também amanhã Muito obrigada amanhã então at amanhã muito