Pregação Seleta | Não faça como as virgens loucas: renuncie ao pecado!

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Padre Paulo Ricardo
Na parábola das dez virgens, cinco delas são elogiadas como previdentes porque “levaram vasilhas com...
Video Transcript:
[Música] Meus queridos irmãos e irmãs, o evangelho das 10 Virgens nos coloca diante da realidade de que nós precisamos estar sempre com os olhos fixos em Deus, preparados para aquilo que é a razão pela qual nós viemos a este mundo. Deixa eu explicar; vocês vejam: [Música] só está nos ensinando aqui que nós temos uma finalidade, nós temos um objetivo neste mundo. Isso é uma coisa que é muito difícil das pessoas perceberem.
Vejam só por quê: porque isso é próprio da alma. Somente os seres inteligentes, como o ser humano e os anjos, é que enxergam a finalidade das coisas. Aquilo que em filosofia a gente chama de causa final tem uma razão, tem um porquê: eu vim aqui nesse mundo, e tem uma razão, tem um porquê, e esse porquê é importante para nossa saúde espiritual.
Vamos olhar para o mundo dos animais para ficar mais claro. Veja, quando um animal alcança aquilo que ele deseja, ele tem tudo aquilo que ele quer. Se o seu cachorrinho está com fome e ele alcança comida, uma vez que ele tem o estômago saciado, ele tem tudo que ele queria.
Estamos de acordo? Ele está satisfeito, satisfeito. Mas nós, seres humanos, não somos assim.
Uma vez que nós alcançamos aquilo que nós queríamos, uma vez que nós saciamos o nosso corpo, você comeu o que você queria comer, você não está satisfeito, você não alcançou o que você queria. Por quê? Porque tem algo mais; tá faltando uma coisa.
Vejam isso que eu estou dizendo para você: você não precisa ter fé em mim, basta você observar. Você veja como é o fenômeno que é o ser humano; nós somos assim. Você alcança o que você queria, aí que vai vir a felicidade, a [Música] satisfação, mas aquilo lá é sempre uma coisa meio frustrante, né?
É meio frustrante porque você não alcança plenamente o que você queria. Essa é a miséria. Por quê?
Porque nós temos uma coisa que os animais não têm: nós temos uma busca de sentido, uma causa final, um negócio assim que é uma finalidade. Então, o animal tá com fome, comeu, tá satisfeito. O animal quer relações sexuais, acasalou, ele tá satisfeito.
O animal quer descansar, dormiu, ele está satisfeito. Uma vez que ele satisfez o corpo, ele realizou tudo que tinha para realizar, porque o animal é somente corpo. Mas você não é somente corpo; você tem um negocinho chamado alma.
E a alma, inteligente, ela tem uma meta, ela tem uma finalidade, ou seja, um sentido de vida, um sonho, um porquê, um para onde. É assim que nós somos. Os seres humanos precisam de um objetivo.
Esse objetivo pode ser neste mundo e ele pode ser e deve ser também no outro mundo; as duas coisas têm que funcionar juntas, tá? Não é assim: "ah, a minha finalidade é o céu e eu não tenho nada a fazer aqui na terra". Se assim você descobriu sua vocação, só pela metade.
A nossa vocação é o céu, mas a nossa vocação é que iremos alcançar o céu, que é a meta final, alcançando outras metas, outras coisas aqui neste mundo. Nós temos vocação, nós temos missão aqui neste mundo. Ou seja, para pegar um exemplo óbvio: qual é a minha vocação?
Eu, Padre Paulo Ricardo, bom, eu nasci para o céu, eu nasci para ser feliz com Deus no céu. Mas, enquanto isso, eu estou aqui na terra. E como é que eu vou chegar lá no céu?
Quais são os meios para eu chegar lá no céu? Então, existem outras metas, existem outras coisas que a gente tem que alcançar aqui na terra para chegar [Música] lá. Eu nasci para ser feliz no céu, e, enquanto isso, eu tenho que fazer coisas aqui na terra.
Qual é a primeira coisa que eu tenho que fazer aqui na terra? Bem concretamente, eu preciso me unir a [Música] Jesus. Ou seja, todos nós temos que ter uma meta, uma ambição, uma finalidade, um sentido, um sonho ainda aqui neste mundo.
Eu preciso me unir cada vez mais a Jesus. No céu, eu irei me unir plenamente. No céu, eu irei me unir até a saciedade, completamente, à felicidade perfeita, à felicidade eterna, à felicidade indescritível.
Mas, para chegar lá, eu tenho que ir me unindo a Jesus. Quais são os meios que nós temos de nos unirmos a Jesus aqui nesta terra? Ó virgens imprudentes!
Ou seja, que que qual é o óleo que a gente precisa pôr dentro das nossas lâmpadas para chegar lá quando vier o esposo? O que a gente precisa fazer? Bom, algumas coisas.
Primeiro, o batismo! Você precisa ser batizado e ser membro do único corpo de Cristo. Jesus não tem dois corpos; é o único corpo de Cristo, que é a Santa Igreja Católica.
Você precisa ser batizado e ser membro do corpo de Cristo, essa é a primeira forma de você estar unido a Ele. E, para isso, é necessário ser batizado e ter fé. Esta é a união mínima.
Ter fé significa que eu preciso crer em tudo o que crê e ensina a Santa Igreja Católica como verdade infalível, porque Deus mesmo foi quem revelou a ela essas verdades infalíveis. Então, você precisa crer assim, num papel em branco: eu, eu creio em tudo o que crê a Igreja, né? Tudo que a Igreja crê como verdade infalível.
Essas verdades infalíveis, elas já estão determinadas, muitas delas através de concílios ecumênicos, de declarações infalíveis. Você precisa crer nisso; você precisa crer naquilo que a Igreja sempre ensinou, não no que o Padre Paulo ensina. O Padre Paulo é: eu creio no que o Padre Paulo ensina se, e somente se, o Padre Paulo tiver ensinando aquilo que a Igreja sempre ensinou.
No dia que o Padre Paulo começar a ensinar novidade, coisa da cabeça dele, cai fora. Próprio São Paulo disse isso: se aparecer aqui um. .
. Anjo, e ensinar para vocês um evangelho diferente daquele que eu ensinei? Ó, cai fora, como diz o cuiabano: passa de banda, entendeu?
Cai fora! Por quê? Porque nós precisamos.
Esse é o valor primordial: nós precisamos manter a comunhão com a igreja, a única Igreja de Cristo, a igreja que, ao longo dos séculos, nos ensinou o caminho do céu. Para nos mantermos em sintonia, em comunhão, essa é a palavra com esta igreja de 2000 anos. Nós temos que estar dispostos a derramar o nosso sangue, os santos, para não perder a comunhão com a igreja de 2000 anos, dependendo de que data que viveu o santo.
Mas esta igreja de 2000 anos, os santos derramaram seu sangue, os mártires, para com a agora essa comunhão! Não é uma comunhão com a última novidade ensinada pelo último teólogo novidadeiro. Nós cremos.
Às vezes, as pessoas vêm no confessionário dizendo assim: "Padre, eu tô com dúvida de fé". Meu filho, a coisa mais fácil do mundo é resolver dúvida de fé: creia no que os santos creram! Você não precisa nem assim pestanejar.
A pessoa vê assim: "Não, mas é que eu li no artigo. Será que Jesus está presente na Eucaristia de verdade ou é somente um pão, um símbolo? ".
Cara, o que é que cria Santa Terezinha? Ela acreditava que era de verdade, era a fé dela. Sim, no que é que cria São Pio, o Padre Pio de Pietrelcina?
Santo Tomás de Aquino, Santo Agostinho, os santos mártires, os mártires da Eucaristia, como São Tarcísio, que deu a vida para não entregar Cristo. Por que São Tarcísio morreu abraçado com o Santíssimo Sacramento? Para não entregar Jesus no Santíssimo Sacramento!
É porque ele achava que aquilo lá era somente uma partilha, era somente um pão que simbolizava, hipoteticamente, metaforicamente, poeticamente, Jesus? Não. Ele cria de verdade que era Jesus!
Em que igreja você vai? Qual é a sua igreja? Qual é a sua igreja?
Muita gente vem com essa história: "Ah, Padre Paulo, eu não sei, mas agora qual é o ensinamento da moral sexual católica? ". Como você não sabe qual é o ensinamento da moral sexual católica?
Olhe os santos da castidade, os santos mártires que derramaram seu sangue para guardar a castidade. Eles preferiram morrer do que ter um ato sexual imoral e ilícito, sim ou não? Foram os santos que guardaram a castidade desde as santas virgens e mártires, como Santa Inês, Santa Luzia, Santa Ágata, etc.
, como santos mais recentes, como Santa Maria Goretti e outras santas, inclusive beatificados aqui no Brasil, mártires que, para não ter uma relação sexual imoral e ilícita, para não fornicar, para não cometer adultério, preferiram derramar o sangue. Essa é a moral católica! Você não precisa de catecismo, você precisa só olhar para a vida dos santos.
Essa é a igreja que você faz parte! Não, mas no mundo moderno a gente pode abrir uma exceção porque a pessoa ainda não está no ideal, etc. , etc.
, isso e aquilo. Não tem isso, gente! Vamos lá, pensa comigo!
Aguenta firme! Pensa comigo: que sentido tem eu falar dos mártires da castidade, canonizar e beatificar mártires da castidade e dizer que a gente pode negociar com a sexualidade? E dizer: "Ah, é que eu ainda não alcancei esse ideal, eu estou cometendo adultério, eu estou unido a uma mulher, a um homem que não é meu marido, não é minha esposa, estou tendo relação sexual constante com ele, mas eu sei qual é o ideal".
Essa é uma atitude. Mas isso é uma novidade, isso nunca existiu na Igreja Católica! Para não ter um ato sexual ilícito, as pessoas derramavam sangue, sim ou não?
Então não tem esse negócio! Sei lá os mártires que, para não cometer idolatria, para não adorar deuses falsos, derramavam o sangue. Ah, mas eu posso ir no terreiro ou eu posso ir sei lá em que outra religião para dar uma adoradinha de leve, sabendo que aquele lá não é o Deus ideal, mas a gente vai chegando!
Tá, agora você diz essa sua frase absurda e olha na cara dos santos mártires, milhares e milhares de mártires que derramaram o sangue para não dar uma adoradinha em César, para não ceder aos rogos do mundo moderno no qual eles viviam. Porque os antigos romanos, para eles, o mundo moderno era aquele. Não, mas a gente precisa se adaptar aos tempos!
Se os primeiros cristãos pensassem assim, eles teriam adorado o César! Se adaptava aos tempos, ninguém morria, estava de boa! Portanto, tem alguma coisa profundamente errada: não somente pastoralmente errada, moralmente errada, doutrinalmente errada no fato de você ensinar que a gente… não é o ideal.
Pastoral, digamos assim, a gente precisava chegar naquele ideal, mas a gente vai dando uma flertada com o pecado. A gente vai dando uma bobada enquanto a gente peca mortalmente até que a gente chegue ao ideal um dia. Tá, agora você que tá vindo com essa novidade: porque nunca houve ninguém.
Eu não conheço nenhum santo que ensinou isso! Se você conhece, por favor, estou esperando a citação para eu estudar e assim vencer a minha ignorância, porque eu sou um ignorante, um jumento de quatro patas se eu não sei isso daí. Então, se você conhece um santo que pregou isso, por favor, me comunique.
Se você conhece um concílio ecumênico, dos 21 concílios, começando lá em Niceia e terminando no Vaticano, que ensina: "Ó, vamos dar uma pecada, vai pecando mortalmente enquanto você não chega no ideal", porque quando você finalmente chegar no ideal, você para de pecar. Isso não existe, isso é uma novidade! Então você vai ter… o ônus é seu que está afirmando isso, não é meu!
Não sou eu que tenho que me virar! O ônus é seu; você vai ter que me explicar então agora, sabichão, como é! Que isso que você está ensinando se coaduna com a atitude dos mártires?
Eu não vejo outra saída a não ser dizer que os mártires eram uns bobinhos fanáticos. Ou seja, os mártires de 2000 anos da Santa Igreja Católica são bobinhos fanáticos, porque se eles tivessem sido mais pastorais, se eles tivessem sido mais maleáveis, se eles tivessem sido menos rígidos, se eles tivessem sido menos fanáticos, eles teriam entendido que poderiam ir lá adorar César e dizer: "É o [Música] macroeco, é o respeito por todas as religiões e culturas. " Eles não fizeram isso; eles preferiram morrer.
Você vai ter que me explicar por que é que os mártires da castidade preferiram derramar o sangue deles, perder tudo: sua vida, família, mulher, filhos, marido, casa, terra, campos, tudo, absolutamente tudo, para não realizar um único ato sexual e moral e se manter castos e puros. Por que eles derramaram o sangue deles? Você vai dizer: "Ah, é que eles eram neuróticos, tinham um relacionamento desequilibrado com a sexualidade.
" Eles podiam ter sido mais tranquilos, liberar, né? A revolução sexual: nós é que estamos certos. Nós que estamos destruindo as famílias, nós que estamos enchendo as clínicas de psiquiatria, nós que estamos entregando os nossos filhos às drogas e à perversão sexual.
Nós é que estamos certos; errados estão os santos! Antes de nós, eram todos neuróticos, precisavam fazer um tratamento freudiano. Se Freud tivesse vindo lá no início da Igreja, não teria tido mártires da castidade; eles não seriam, né, assim: neuróticos e frustrados sexualmente.
Libera geral e vamos ser felizes! Você pode até liberar geral e ser feliz. Acho que não está funcionando mais liberado do que essa sociedade, nossa!
Acho que não tem. Estamos de acordo: tem como liberar mais esse negócio aqui? Tem algum dogma, tem algum preceito sexual que não tenha sido infringido com a maior cara lavada, maior cara de pau?
E está todo mundo fazendo tudo o que quer sexualmente. Está todo mundo liberado. Aí vem a pergunta: mas eles estão felizes?
Não estão felizes, porque eles foram feitos para amar, meus irmãos. Nós estamos falando aqui de virgens imprudentes. Estamos falando da finalidade última, que é a nossa união com Deus no céu.
E, portanto, aqui nessa terra, nós precisamos realizar o amor. E para realizar o amor, não tem jeito: eu tenho que moer o egoísmo dentro de mim. Não existe nenhum método para amar que não passe por isso.
Não é assim. Nós temos uma nova pedagogia. A nova pedagogia do amor é o seguinte: vai sendo egoísta, porque um dia você ama, você é louco!
Você [Música] bebeu! Como que do nada pode surgir algo? Como que você pode, do egoísmo, fazer brotar o amor?
[Música] Vai sendo egoísta! Olha, você precisa conhecer o seu corpo. Aí, como você não conhece o seu corpo, vai assistindo pornografia, vai se masturbando, né?
Usa aí aplicativos de encontros amorosos, conforme for o seu gosto. Se você gosta do mesmo sexo, se você gosta do outro sexo, ou se você gosta de animais, plantas e energias cósmicas, você faz relação sexual com quem você quiser. Quer ter relação sexual com os mortos, com espíritos desencarnados?
Faz invocações de espíritos, né? Faz o sexo que você quiser. Vai sendo, vai conhecendo o seu corpo, sendo bastante egoísta, fazendo o que você quer.
Pai, mãe, quem que é pai e mãe aqui? Levanta a mão, por favor! Como você ensina seu filho a amar?
Ensinando-o a ser egoísta? É isso? Deixando fazer tudo o que ele quiser?
Isso não! Só tem um jeito de você ensinar seu filho a amar: ensinando-o a contrariar seus caprichos, suas vontades, suas veleidades, seus gostos egoístas, pessoais, mesquinhos. Se nós deixarmos os pequenos selvagens que estão dentro de nós tomarem conta e fazerem somente o que a gente quer, não vai dar certo, gente!
O amor não irá surgir, ó, virgens imprudentes! Nós nascemos para amar, para o encontro com o esposo. Mas aquilo que é lá no céu, aquele encontro lá no céu, quando o esposo vier, precisa ser preparado aqui na terra.
E nós precisamos encher as nossas lâmpadas com óleo aqui na terra. Primeira coisa: batismo. Segunda coisa: fé.
Fé da Igreja de sempre. E a fé da Igreja de sempre me pede para estar em estado de graça. Se você está em pecado mortal, corra para o confessionário, pague o preço que for!
Abandone o pecado agora! Abandone agora o adultério, abandone agora a pornografia, a masturbação, abandone agora os anticoncepcionais, a pílula do dia seguinte, métodos anticoncepcionais e abortivos. Abandone isso agora, porque assim comanda a lei de Deus!
Não tem esse negócio de "eu vou sendo egoísta aos pouquinhos para um dia brotar o amor". É agora! Pecado mortal: nós temos que deixar todos de uma vez e para sempre!
Esse sempre foi o método da Igreja. As pessoas estão agora querendo adotar os métodos com os quais a gente combate o pecado venial para os pecados mortais. Para os pecados veniais, ou seja, aqueles pecados leves, aqueles pecados que não afrontam diretamente os 10 mandamentos.
Para os pecados veniais, aquela irritaçãozinha que você tem, falta de paciência com seus filhos, sem desejar o mal para eles, mas foi simplesmente aquela, né, aquela irritação consentida. Que você, calma, padre Paulo, não, eu quero ficar irritado mesmo, assim! Né?
Aquela irritaçãozinha. Você não está desejando mal a ninguém, mas você está deixando as rédeas da impaciência tomarem conta deliberadamente. Não foi que você ficou impaciente sem querer; de repente, veio a acusação: "Padre Paulo, calma, não quero saber.
" Pronto, então você pecou venial. Não desejei mal a ninguém, não pequei contra a benevolência. Foi simplesmente uma desordem que eu deixei tomar conta.
Esses pecados veniais: pequenas mentiras que não prejudicam ninguém, a não ser você mesmo, são pecados veniais. Gula: a gula geralmente é um pecado venial. Vaidades: as vaidades geralmente são pecados veniais.
A soberba. Não, soberba é mortal. Esses pecados veniais de vaidade, excesso de preocupação consigo mesmo, etc.
Essas coisas, todos esses pecados veniais, gente, como que a gente se livra deles? Aos poucos, com pedagogia, devagar. Não adianta você enfrentar todos os pecados veniais ao mesmo tempo, que você não vai ter sucesso.
Geralmente, não tem sucesso. Tenha paciência com você e vai combatendo. Pega um para combater.
Eu agora vou combater o meu pecado venal principal, que é a vaidade, ou então que é a minha impaciência, ou então que é essa mania de inventar mentirinhas. Entendeu? Você vai combatendo os pecados veniais, aquele pecado venial de não ser preciso na prestação de contas das coisas.
Não é um grande roubo, mas pequenos roubos, né? Quando o roubo é pequenininho, uma coisinha de nada, aquilo é um pecado venial. Você tem mania de sempre tirar um pouquinho mais para você, de tal forma que os pecados veniais acumulados durante muito tempo podem até virar um [Música] mortal.
Pecados veniais se combate aos poucos, mas pecado mortal, não. O método que a Igreja ensinou aos seus filhos sempre foi que os pecados mortais devem ser combatidos, e eu devo renunciar aos pecados mortais todos de uma vez e para sempre, porque eles matam a caridade. Então, não é possível você fazer surgir a caridade.
O pecado venial não mata a caridade, mas o pecado mortal mata a caridade que está dentro de você, mata o amor sobrenatural que está em você. Então, olha só, ó virgens imprudentes, que é que nós precisamos fazer para ter óleo na lâmpada quando o esposo chegar? Batismo, a fé da Igreja de sempre, nada de novidades, estar em estado de graça.
Corra ao confessionário se você não está em estado de graça. Pecados mortais, todos de uma vez e para sempre. Pecados veniais, vamos ser pedagógicos, porque não tem como, não funciona.
A prática da Igreja já mostra que você precisa pegar um e combater aquele um. Quando você combate aquele um, os outros vão desaparecendo. Mas esses são os pecados veniais, não os mortais.
O pessoal está querendo agora adotar o método dos pecados veniais para o pecado mortal. É por isso que eles dizem: “Ah, não, eu vou parando aos poucos. Eu cometo adultério toda semana; agora eu vou passar a cometer adultério uma vez por mês.
Aí depois vou cometer adultério uma vez por ano. Depois, vou cometer adultério uma vez a cada dois anos. ” Não, gente, pecado mortal é todos de uma vez e para sempre.
Coragem! Você [Música] pode. Deus está dando a graça.
Deus não pediria o impossível. Deus não pediria o impossível. E aí, então, você vai descobrindo sua vocação aqui nesta terra, virgem imprudente.
O óleo que você vai pondo é o amor de Deus, com o qual você vai amando, e você tem que amar concretamente. Você tem que ir amando concretamente as pessoas. O que é amar concretamente?
A Deus, sendo padre, eu preciso ser um homem para os outros, senão não funciona. Eu preciso não ser para mim. O que é amar a Deus concretamente?
Sendo pai, sendo mãe de família, é sendo um homem para os outros, uma mulher para os outros. O que é que uma mãe é, depois que ela virou mãe? Ela é uma mulher para os outros, sim ou não?
Quantas mulheres sofrem porque, depois de serem mães, elas ficam: “E eu, como é que eu fico? E eu, como é que eu fico? E eu, como é que eu fico?
” Minha filha, nós nascemos para os outros. Todo ser humano maduro e realizado, homem ou mulher, nasceu para os outros, nasceu para servir a Deus nos outros. Então, aquela vocação lá no céu, que é a união máxima com Cristo, ela precisa começar aqui na Terra, na união entre eu e Cristo que está no irmão, na união entre eu e Cristo que está na oração.
Então, preciso ter uma vida sacramental: confessar, comungar. Confessar, comungar. Confessar, comungar.
Confessar, comungar. Esses são os dois sacramentos que a gente mais recebe. Os outros cinco sacramentos nós recebemos raramente.
Alguns, só uma vez na vida: batismo, confirmação e ordem, só uma vez na vida. Unção dos enfermos, raramente. Matrimônio, só no caso de viuvez você recebe um outro.
Ah, mas tem a nulidade matrimonial, padre, mas se foi nulo, então você não [Música] recebeu. Então, você recebe a primeira vez quando recebe validamente. Para você receber o matrimônio duas vezes, só tem um caso da viuvez.
Meus irmãos, vida sacramental! Vamos viver, encham as lâmpadas com azeite, a vida sacramental. E, uma vez que você tem isso, você vai começar a sentir necessidade de ter uma vida de oração.
Rezar vai enchendo a lâmpada com azeite. A oração, a intimidade com Cristo. Eu nasci para me unir a Jesus, ainda aqui nesta terra.
Como que eu me uno a Jesus? Batismo, fé, estado de graça, vida sacramental e de oração, e isso tudo num grande serviço a Deus através dos irmãos. Eu sou um homem para os outros, eu sou uma mulher para os outros.
Esse é o nosso projeto, essa é a nossa vocação. Está traçado aí a sua vocação. A minha é a sua.
É assim que a gente chega no céu, é isso que nós somos. Mas, padre, eu me sinto angustiado. É porque você ainda não é profundamente você.
Um padre que olha para a fila do confessionário: “Ó, o tamanho dessa fila do confessionário, gente! Olha lá, o pessoal está levantando lá para tomar o lugar. Olha, já está ali, tem pelo menos 20 pessoas esperando, talvez mais, e chegando mais gente, né?
Porque não para aí, não, né? ” Daqui a pouco levanta um e entra lá. Um padre que olha pra fila do confessionário e fica desesperado é porque ele ainda não é profundamente padre.
Sabe por quê? Ele nasceu para essa fila. Você nasceu para [Música].
Isso você precisa ser padre até a medula do osso: uma mãe que olha para os seus filhos e fica desesperada; ela ainda não é tão profundamente mãe, por quê? Porque você nasceu para isso. Um pai e marido que olha para a sua família que ele deve servir o tempo todo e derramar o seu sangue para levar sua família pro céu.
Um pai, um marido que se sente oprimido pela sua família é porque ainda não é profundamente marido e profundamente pai. Não precisa ser. Não tô dizendo que você não é pai; você é.
Não tô dizendo que você não tem virtudes de pai e de mãe; você já tem, mas ainda não está na medula do osso. Você ainda tem um pedaço de solteiro esperneando dentro de você, um padre que esperneia na frente da fila do confissionário. Ainda tem um pedaço de leigo dentro dele dizendo: "Ah, eu quero ir para Canc, tomar água de coco e ficar debaixo do guarda-sol.
" [Música] Meus [Música] irmãos, quem somos [Música]? Nós falar de vocação é falar dessa finalidade, daquilo que nós somos. Para que existe esse livro aqui?
Ah, é para ler o evangelho na missa. Para que existe esse copo aqui? Ah, para reter líquidos, preferivelmente brioches, porque não tem alça de caneca para não queimar meu dedo, né?
E eu poder beber as coisas; se definem pela sua finalidade. Qual é a sua finalidade? Que que você veio fazer nesse mundo?
Eu vim para me unir a Cristo já aqui na terra e, com isso, alcançar a união perfeita no céu. Isso é você; o resto é firula, bobagem, babado, conversa fiada. E se você ainda esperneia é porque você não é profundamente você.
Então, se reconcilie com você. Faça as pazes com você e pare de brigar com você mesmo. Pare de espernear.
Você precisa ser você. Essa é a sua vocação, e isso que você é. Padre Paulo, você não está padre; você é padre.
Mãe, você não está mãe; você é mãe até a medula do osso. Pai, você não está pai; você é pai consagrado. Consagrada, celibatário, você não está celibatário; você tem que se unir a Cristo, seu único e verdadeiro esposo, até a medula do osso.
É isso que nós somos. Quem você é? Então, ó virgens prudentes, enchamos nossas lâmpadas com óleo.
Viemos a esse mundo para a vinda final do esposo: a união final com Cristo no céu. Enquanto isso, precisamos ir nos unindo a Ele através do amor, e o amor se alcança como batismo, fé da Igreja, estado de graça, vida sacramental, vida de oração, serviço a Deus, nos irmãos, derramando o sangue pelos irmãos. Padre, como que eu derramo sangue pelos seus, meus irmãos?
A vida é feita de tempo; o tempo são as gotas de sangue que você derrama quando dedica um tempo ao seu irmão. Você está dando sua vida, sim ou não? Esse momento que você está dando para aquele seu irmão não volta nunca mais.
Você está dando sua vida. Só tem um jeito de dar a vida: é dar o tempo. Você quer dar a vida para sua família, mas não quer dar tempo pra sua família.
Só dá tempo pro celular, só dá tempo pra rede social, só dá tempo pro Netflix. Mas que raio de doação é essa? Você precisa dar tempo.
Sua vida é feita de tempo. Dê tempo para seus filhos, dê tempo para sua esposa, dê tempo para o seu marido, dê tempo para seu emprego, sua missão social. Dê tempo para os irmãos que você ajuda.
Dê tempo para a transformação adequada deste mundo caótico, mau e egoísta no qual nós estamos, num mundo um pouco melhor, onde haja um pouco mais de perdão, de caridade, de amor, de paciência, de encontro com Deus nos irmãos. E aí, nós, no final, ouviremos nosso Senhor que nos diz: "Vinde, benditos; entrai para o reino que meu Pai preparou para vós. " Essa é a nossa [Música] fé.
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