C [Música] [Música] [Música] k [Música] [Música] Us [Música] [Música] C [Música] [Música] C [Música] C [Música] k [Música] [Música] 2 [Música] [Música] [Música] [Música] C [Música] [Música] [Música] 2 [Música] [Música] C [Música] [Música] C [Música] C [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] C C [Música] [Música] h [Música] C [Música] [Música] [Música] 2 [Música] he [Música] [Música] [Música] sejam muito bem-vindos e bem-vindas à abertura do quinto fórum Nacional Senac de educadores que acontecerá de hoje 26 de agosto até quinta-feira 29 de agosto chegamos à quinta edição desse evento formativo em que especialistas nacionais e internacionais enriquecem o
debate necessário e contínuo sobre o futuro da educação e da sociedade Os encontros promovidos pelo fórum também visam potencializar a troca entre os participantes e o ar de ideias propostas e projetos educacionais na edição de 2023 considerando as quatro lives tivemos mais de 15.000 visualizações e até o momento nessa edição de 2024 Já estamos com mais de 18.000 inscritos e Neste ano em vez de começarmos o fórum com as tradicionais mesas redondas realizadas sempre na parte da tarde iniciaremos o evento com uma palestra magna de abertura que abrilhantará e dará o Tom às demais discussões
que seguirão ao longo dessa semana o meu nome é Bartira Riguete eu sou diretora do Senac Bauru Sou formada em Comunicação Social pela Unesp pós-graduada na mesma área pela Fundação Casper Líbero e especialista em gestão escolar pelo Centro Universitário Senac há mais de 15 anos eu encontrei na educação uma missão muito valiosa de poder contribuir com a formação de cidadãos autônomos críticos e que possam potencializar o movimento coletivo em direção à transformação que a gente deseja ver acontecer no mundo vou fazer brevemente a minha autodescrição sou uma mulher de pele branca tem 1,68 de altura
tenho cabelos encaracolados que vão até um pouco abaixo dos ombros com mechas loiras estou usando um óculos com armação vermelha um blazer bege e embaixo dele uma blusa Clara estampada em homenagem aqui ao nosso sertão brasileiro é uma grande honra pra gente abrir este evento com a palestra Magna porque uma nação precisa de um bom currículo a visão de graça machel graça machel foi ministra da Educação e Cultura no primeiro governo de Moçambique por 14 anos é bacharel em filologia da língua alemã pela univ unidade de Lisboa fundou a ONG Fundação para o desenvolvimento da
comunidade em 1995 foi premiada pela ONU em reconhecimento ao grandioso trabalho realizado e que vem realizando até hoje atualmente é Presidente do Conselho de administração da universidade da cidade do cabo e é reconhecida como uma das mais influentes ativistas pelos Direitos Humanos da atualidade graça machel gravou com exclusividade para a abertura do fórum internacional a sua visão sobre o tema e vai nos ajudar nesta manhã a explorar a importância de um currículo intencionalmente estruturado para o desenvolvimento integral de uma nação participam também comigo dessa sessão de abertura o filósofo e pedagogo Fernando Almeida bem-vindo professor
e a superintendente de operações do Senac São Paulo Lucila Cot bem-vinda que em alguns instantes compartilharão as suas falas introdutórias antes da gente começar gostaria de informar que contamos com intérprete de libras para garantir acessibilidade e inclusão de todos os participantes eles estarão disponíveis para traduzir e interpretar as palestras e discussões que vão acontecer ao longo de todos os dias do evento este evento está sendo transmitido ao vivo pelo YouTube do Senac São Paulo e como falei anteriormente teve a a participação da graça machel gravada previamente por isso excepcionalmente nesta palestra magna de abertura Não
teremos interação ao vivo com o público durante a apresentação a palestra está dividida em Três blocos e ao longo dela faremos duas pausas para contribuições dos nossos convidados Lucila e Professor Fernando Além disso se você deseja receber uma declaração de participação por favor é só utilizar o qrcode que tá aparecendo aí na sua tela durante a transmissão é só escanear o código e fazer a solicitação bem a participação de graça machel no Encontro de hoje é especialmente significativa porque ela personifica os princípios e intencionalidades que estamos nos propondo aqui a refletir e a debater quando
falamos sobre a construção de um currículo que possa contribuir para a promoção do bem comum a justiça equitativa e a paz social como ministra em Moçambique ela liderou a construção de um sistema educacional em um país recém Independente com a missão de garantir a educação inclusiva e acessível para todos sua Dedicação à causa dos direitos humanos e sua atuação em prol da educação e do desenvolvimento comunitário na África fazem dela uma voz essencial nos diálogos internacionais sobre a construção de um projeto de nação Que Valorize a diversidade e que busque a Equidade Além disso sua
liderança em iniciativas globais para o empoderamento das mulheres e a proteção das Crianças especialmente em zonas de conflito refletem um profundo compromisso com o futuro das próximas gerações O que é um aspecto Central para qualquer projeto de educação comprometido com a transformação social Esperamos que as discussões de hoje nos ajudem a avançar na missão desafiadora que é assegurar que todos os cidadãos tenham acesso a uma educação de qualidade e que possa promover a igualdade de oportunidades de cidadania e de bem-estar social dando segmento então a programação da nossa manhã tenho o prazer de chamar essas
duas personalidades muito importantes para o tema de hoje Lucila é graduada em arquitetura e urbanismo pela Universidade Católica de é mestre e doutor em educação pela PUC São Paulo atualmente é superintendente de operações no Senac São Paulo Fernando Almeida é filósofo pedagogo professor de pós--graduação em educação na PUC São Paulo com pesquisas e publicações sobre o uso das tecnologias na aprendizagem foi secretário municipal de Educação de São Paulo e vice-presidente da TV Cultura Lucila por favor peço que faça sua autodescrição E compartilhe a sua perspectiva sobre a manhã de hoje e a abertura do nosso
fórum obrigada Bartira Olá a todos que estão nos assistindo é com muito prazer que estamos aqui hoje é acompanhada da Bartira do Professor Fernando e em breve da aula Magna eu chamo de aula Magna que graça machel Nos Preparou né Nós estamos no quinto fórum internacional Senac de educadores e eu me perguntei a ao começar a pensar neste fórum Por que que continuamos fazendo o fórum esse fórum surgiu durante a pandemia num momento onde eh não tínhamos condições de presença né e precisávamos manter relacionamentos à distância reflexões contatos à distância Então a nossa unidade de
São Carlos sugeriu a realização de um fórum internacional que tratasse da educação e desde então nós entendemos que esse é um espaço muito importante de ocupação um espaço necessário porque a educação é um tema que não se esgota a educação é um tema que precisa de muita reflexão que precisa de renovação de seus olhares e que precisa de muitas vozes então eu entendo que o nosso fórum ele dá espaço para essas muitas vozes que importam são diversas as vozes que já participaram aqui das nossas sessões desde o primeiro fórum vozes que eu ressalto falantes do
nosso idioma português Esse é um é um foi um para nós uma riqueza fazer um evento internacional com as falas no nosso idioma tivemos participantes da Europa inicialmente da África de de países africanos da Europa Finlândia Estados Unidos todos profissionais da educação falantes do português e assim podemos trazer para o nosso universo linguístico inclusive vozes que estão fazendo um trabalho de destaque no plano internacional e neste ano eu tenho a honra de estar aqui considerando a a presença virtual né gravada Mas é uma presença de graça a machel que tem tanta história que tem tanto
a nos ensinar e que eu desejo que Principalmente as novas gerações que ainda não conheceram a sua história possam através desta sessão conhecer mais essa pessoa que é uma pessoa que veio para o mundo para transformá-lo obrigada obrigada Lucila Professor Fernando por favor peço que faça sua autodescrição e compartilha suas considerações introdutórias a Lucila não fez agora então eu vou fazer a minha audiodescrição eu sou uma mulher de 65 anos que tinha 1,70 que já deve ter abaixado um pouco que tem cabelos castanhos compridos lisos de pele morena missen e estou trajando uma roupa preta
com um casaco de inspiração de felinos muito obrigado pelo convite inicialmente e me descrevendo uma autodescrição fácil porque sou completamente Calvo sou tenho 80 anos sou de pele branca estou vestido de um um terno Azul uso óculos e tenho barba eh é uma característica própria de muitos brasileiros também bom eh que quero trazer aqui a importância histórica desse desse momento que estamos vivendo aqui por quê Porque esse evento focaliza dois elementos fundamentais que estão no auge da discussão no nosso país no Brasil que é qual é o projeto de nação que temos e portanto Qual
é o currículo que precisamos para realizar para implementar para discutir para democratizar o o currículo e a escola sem projeto de nação é difícil ter o um currículo sem currículo não se constrói um projeto de nação claro que o currículo não é a única variável que compõe a nação são vários outros mas ele é um estruturador e um vamos dizer garantidor é uma garantia de que há uma coerência entre o que a escola faz e os grandes projetos políticos da Nação eu digo eh que isso é importante pro Brasil como foi para Moçambique ali pelos
anos de 1900 e 80 quando o país se torna a partir de uma guerra muito fratricida envolvendo vários interesses mundiais relatados ali e que a mudança do Panorama político paraa democracia em Moçambique fez com que a primeira preocupação e a Graça machel Fez parte desse momento de que nação queremos como é que vamos trabalhar com a democracia com a justiça social com a parte com com a igualdade com a luta contra as perseguições com a paz social a graça exposa naquele tempo do machel que era Presidente da República construíram um primeiro sonho de articular as
várias tendências que a sua nação passavam entre um modelo socialista um modelo capitalista e um modelo justo comunitário envolvendo das tradições de um país tão rico em em Cultura como o Moçambique é ela enfrentou isso de uma maneira como como ministra e de uma maneira politicamente muito humana não é muito participativa muito Justa e por isso a presença dela hoje aqui é inspiradora também para nós enquanto Brasil para ver a articulação são entre política currículo educação e a própria paz social e projeto de nação e eu espero que esse encontro nosso hoje seja muito rico
aproveitando a a oportunidade de tê-la conosco e de discutirmos um pouco a partir de suas ideias obrigado obrigada Professor Fernando bom agora a gente vai ao momento tão esperado vamos assistir então a primeira parte da palestra magna de graça machel gravada especialmente para abertura deste quinto fórum internacional Senac de educadores agradeço profundamente a oportunidade e o privilégio que me é dado de partilhar algumas reflexões com os participantes neste encontro de tamanha importância para os nossos países eu vou iniciar por distinguir o que eu considero ser Educação de qualidade versus simplesmente educação educação de qualidade pressupõe
sistemas de ensino robustos e progressistas pressupõe condições de trabalho para os profissionais da escola e professores bem preparados e motivados a educação de qualidade pressupõe ainda gestores e professores alinhados ao propósito do desenvolvimento integral do aluno metodologias e ferramentas de ensino avançadas programas multidisciplinares de desenvolvimento para o aluno e foco em desenvolver alunos proativos e protagonistas e a cultura de respeito à diversidade já a Simples Educação é aquela que objetivamente não oferece resultados de aprendizagem relevantes e eficazes serve para aumentar as estatísticas mas não se refletem conhecimentos e oportunidades iguais para todos o resultado é
o círculo vicioso no qual alunos desmotivados e com baixo rendimento têm menores chances de progredir principalmente de conquistar melhores oportunidades no mercado de trabalho essa realidade afeta diretamente o desenvolvimento de um estado de uma nação já que a educação de qualidade é fundamental para a formação de cidadãos preparados competentes e capacitados trago este ponto em primeiro lugar porque as desigualdades estruturais e a falta de oportunidades que observamos nos nossos países estão intrinsecamente ligadas à forma como os sistemas de educação estão estruturados organizados E administrados daí que o primeiro desafio de qualquer nação é assegurar que
todos os seus cidadãos tenham acesso à educação de qualidade como ferramenta principal para a promoção da igualdade de oportunidades de cidadania e de bem-estar social o investimento público na educação de qualidade é um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento de qualquer nação investir na educação de qualidade é mais do que uma escolha estratégica é um compromisso com a Equidade e com a formação de cidadãos capacitados e conscientes capazes de contribuir para o progresso da sociedade é um processo que molda não apenas o presente mas também o horizonte de possibilidades de uma nação Isto é molda
o futuro a educação de qualidade é a semente que Funda a igualdade Entre todos os cidadãos ela pavimenta e desenvolve os conhecimentos capacidades e habilidades que permitem a todos aproveitarem as oportunidades de em igualdade de circunstâncias com educação de qualidade expandida as oportunidades são ilimitadas para todos os cidadãos pois passam a deter as ferramentas de competitividade que lhes permite a inserção no meio social e no trabalho a educação de qualidade promove a igualdade na diversidade ao criar um ambiente em que todos se respeitam e se aceitam e as escolas contribuem para a formação de cidadãos
mais tolerantes a educação reduz a estigmatização e a discriminação a educação inclusiva desafia estereotipos e preconceitos contribuindo para uma convivência sã entre os cidadãos a educação e as escolas enquanto agentes de socialização e de valores na formação dos jovens contribuem decisivamente para paz social por meio da educação os professores devem ajudar os alunos a adquirem habilidades para a resolução de conflitos devem aí aa reforçar habilidades de promoção ativa e responsável na sociedade a educação deve também ter uma abordagem mais proativa e buscar prevenir os conflitos antecipadamente ou seja Educar para uma existência pacífica com base
na não violência tolerância igualdade respeito pelas diferenças e justiça social para transformar a cultura de violência em harmon social é necessário promover valores como a tolerância o diálogo a solidariedade e a mediação para a resolução de conflitos esses valores devem estar presentes no currículo escolar e em todas as relações em todos os lugares bem Lucila muito bem disse que era uma aula Magna palestra bar aula Magna então agora para eh engrandecer ainda mais todas essas reflexões provocações e sentido que a Graça trouxe nesse primeiro bloco vou começar com uma pergunta para o professor Fernando Professor
graça machel coloca a educação de qualidade para todos como principal meio técnico ideológico e político para a promoção da igualdade de oportunidades de cidadania e de bem-estar social o que ainda precisamos fazer para assegurar esse direito fundamental que é a educação de qualidade para todos bom em primeiro lugar escapar da armadilha eh do conceito de qualidade qualidade é um conceito muito abstrato e falso porque qualidade não quer dizer necessariamente qualidade boa a palavra qualidade quer dizer um estilo de opção de de vida qualidade pode ser injusta é uma qualidade é uma qualidade não quer dizer
que é Boom necessariamente Então a primeira ideia é definir o que que é a boa qualidade paraa educação e ela faz um elenco precioso de que seria qualidade paraa educação primeiro é a ideia de que se não é para todos não é qualidade porque eu posso fazer uma escola de altíssima competência que atende a 2% da população brasileira gasto todo o dinheiro ali faço uma escola de competência estilo Finlândia e não tenho nenhum resultado público com relação a grandes direitos então a Primeira ideia é qualidade para todos porque se não for qualidade para todos for
para pouco é privilégio qualidade para poucos É privilégio não é qualidade social e a palavra então social poderia ser adjetivada aí a palavra qualidade no sentido de eh trazer as as estruturas que permitem a qualidade ser democrática ser para todos por exemplo a ideia da Paz que é uma das dos fundamentos da criação do do próprio Senac né a cultura de paz lá pós Segunda Guerra Mundial que era grande risco que a gente Pensava que já tinha polido estamos voltando a à luta pela paz novamente hoje com o mundo tão fragilizado como está em termos
de agressividades entre países então a missão do Senac se confirma como uma entidade não é no dizer também da Graça machel uma entidade que luta para que todos tenham o direito a um convívio que ela chama de tolerância várias vezes um uma perspectiva de luta pela pela justiça social essas coisas constituem a qualidade da educação e o projeto de nação estimula isso também quer dizer é o projeto de nação que é que é um projeto justo e não apenas de eh liberalmente muito descontroladamente o mundo do Salves quem puder nesse sentido Por exemplo a própria
ideia da da construção dos projetos de vida que hoje são norteador para o ensino médio poderiam avançar segundo a própria graça Marchel para projeto de social de nação que o garoto tem não só o que que ele quer futuramente ter como condição de sua vida para se ele aprendeu na escola de fato o que é justiça e o que é qualidade ele quererá via discussões nas escolas o bem de todos portanto um projeto social de nação e não apenas um projeto que Garanta o seu lugar num num campo de trabalho no mercado de trabalho e
apenas na sua vida do seu quarteirão do seu condomínio Então o que a a Graça traz é algo extremamente eh significativo para nós nesse momento obrigada Professor agora paraa Lucila a fala de graça machel destaca como fundamental a construção de um currículo intencional para a promoção da igualdade na diversidade e a formação de cidadãos conscientes e atuantes nas graves questões sociais que enfrentamos na sua visão Lucila como as práticas educacionais podem ser revistas para promover uma educação inclusiva que favoreça a não violência a ampliação dos Campos de trabalho e a justiça social Quais são os
principais desafios e oportunidades que que você enxerga nesse processo partira eh eu entendo que quando nós falamos de educação inclusiva de favorecer a educação inclusiva e a não violência em primeiro lugar nós temos que dizer o que é exclusão e o que é violência se nós não definimos esse campo do que é a violência para uma sociedade para seus cidadãos e do que é a exclusão nós não conseguimos trabalhar a a chegada ao seu oposto que é o ideal eu acho que nós temos vários parâmetros dentro da sociedade né Muito que são claros mas eles
precisam ser reafirmados eles precisam ser trabalhados E ensinados então nós temos por exemplo a nossa Constituição que nos di O que são violências que nos diz que país inclusivo devemos ser nós temos legislações que vão ao longo do tempo reforçando o que a nossa Carta Magna diz então a gente vive numa sociedade que tá em transformação algumas coisas algumas atitudes antes toleradas hoje elas são não devem não podem ser toleradas então nós temos que olhar para essa dinâmica social que recoloca violências e exclusões né Eh em outros lugares de importância né E nós vivemos um
período muito importante com relação a todas essas questões né e e a escola precisa trazer isso pro seu seio de trabalho né Nós precisamos dizer para todos que estão no seio da escola né quando Nós pensamos numa escola que tem clareza no seu projeto de nação porque a escola é constituinte de um projeto de nação ela é participante de um projeto de nação então cada escola precisa olhar para seu projeto de nação e entender a Qual nação ela está se referindo e nós temos Bases legais e bases comuns de entendimento como nação que não podem
ser ignoradas e a partir daí a a o próprio ambiente escolar vai desenvolvendo eh todas as considerações que a gente pode ter com relação à inclusão né e e e a própria questão da não violência então por exemplo para exemplificar hoje nós temos na salas de aula do Senac cartazes que dizem racismo é crime Homofobia é crime né temos uma política contra assédio isso resolve não isso informa então o primeiro o primeiro passo que eu acho que nós temos que ter é a escola precisa informar os limites informar os limites daquilo que se considera uma
violência daquilo que se considera tudo o que pode ferir a dignidade no convívio não só escolar mas social e aí eu entendo que nós temos três desafios vamos dizer assim vou citar três são muitos né mas eu vou citar três Desafios que eu acho que precisamos ter em mente para poder estabelecer eh essas condições mais humanas mais respeitosas em primeiro lugar eu acho que a escola precisa ser espaço para o reconhecimento desse compromisso né de instalação de um ambiente inclusivo e não violento então a primeira coisa eh eh é que a escola tenha seus documentos
salientando eh esse compromisso o documento em si também não resolve sozinho a partir de um documento aí o trabalho de gestores né de em todos os níveis diretores coordenadores secretários municipais estaduais e de todas as instâncias né as pessoas que estão à frente de projetos educacionais Elas têm esse Compromisso Elas têm que assumir digamos assim esse compromisso que é já existe com como compromisso de nação e e deve e pode ser reafirmado com mais detalhes no compromisso escolar né Eh nas suas atividades né nas nos seus planejamentos nos projetos educacionais né em e na formação
do corpo docente na formação dos gestores né acho que um outro desafio eh trazer informação cotidiana do que acontece na sociedade e trazer isso paraa prática educativa Trazer isso pro trabalho de discussão eh dentro de sala de aula trazer para para e como a sociedade que a gente vive porque a escola não tá A parte disso então quando a gente fala que estamos trabalhando uma educação contemporânea se ela não traz o que a vida contemporânea a vida do lado de fora né da do muro da escola está vivendo Então nós não estamos trabalhando não estamos
trabalhando essa essa vida real que tá ali fora e criar esses espaços de Formação contínua e acho que o o desafio que talvez seja O mais difícil é o desafio eu vou usar essa expressão é a convivência legitimadora porque de nada adianta nós termos uma legislação ã vamos dizer boa né que que dá eh respaldo a uma dignidade de nada adianta termos documentos né a no nível da escola das instituições que também vão nessa direção e também nos respaldam se o nosso próprio comportamento não for esse então é é é é vigiar né cuidar desse
comportamento e dessa convivência legitimadora né de todos esses pressupostos eh e que vão ser o exemplo para quem está no ambiente da escola eu acho que é o o passo talvez mais difícil mas mais importante muito obrigada Lucila agora a gente vai seguir então pro segundo bloco da palestra magna de graça machel vamos lá a educação é o elemento chave para a construção da identidade nacional e do sentido de pertença a uma nação a uma Pátria de todos a educação de qualidade que assegura oportunidades iguais para todos elimina por si só a discriminação racial a
discriminação na base da classe e elimina também as desigualdades a educação de qualidade é a mãe da liberdade de pensamento e de escolha e opera como um passaporte para a igualdade para a cidadania e emancipação a educação não é apenas um direito fundamental de canda indivído mas também desempenha um papel determinante na construção de sociedades mais prósperas equitativas e sustentáveis o acesso igualitário à educação é uma das maneiras mais eficazes de reduzir as disparidades socioeconómicas ela oferece oportunidades iguais a todas as camadas da sociedade independentemente da origem género ou status socioeconómico o nosso tema é
a importância na educação para a construção de uma no contexto do século XX especificamente pediram que eu abordasse a relação íntima entre o projeto de nação e organização curricular escolhendo as os objetivos os conteúdos culturais e tecnológicos e as habilidades a serem passadas aos estudantes comecei de propósito por destacar que em primeiro lugar qualquer estado deve investir seriamente na educação de qualidade não só para garantir renda aos cidadãos E alcance de metas de alfabetização como também para corrigir as desigualdades sociais e criar uma atmosfera saudável de convivência entre os diferentes Extratos da sociedade este deve
ser o tronco de um currículo que almeja um estado nação Próspero democrático de bem-estar e assim de tudo de justiça social olhamos para o Brasil dados do Instituto Brasileiro de geografia e estatística diz-nos que dos mais de 13 milhões de brasileiros que vivem na extrema pobreza 10 milhões são de cor preta ou parda 70% das pessoas abaixo da linha da pobreza é de negros ou pardos apenas 3,6 por de brancos são analfabetos enquanto os negros situam-se em 9% a taxa de desemprego é maior para os negros e a diferença salarial é 73% P4 superior para
os brancos pessoas negras e pardas contribuem com menor acesso ao emprego educação segurança e saneamento em pleno século XX é admissível que se aceite como normal que uma criança independentemente da raça religião ou condição social não usufrua do direito fundamental a uma educação de qualidade o Brasil é a oitava maior economia do mundo está à frente da Itália Canadá Rússia Austrália e Espanha por isso é obrigatório que o Brasil crie as condições para uma educação de qualidade para todos por T as condições e capacidade económica necessárias para isso as estatísticas da riqueza do Brasil no
mapa do mundo devem ser proporcionais à qualidade e abertura do sistema de ensino bem como a criação de oportunidades para todos só desta maneira será possível alcançar a transformação social que significa a mudanças estrutural da sociedade a partir da remoção das Barreiras sociais políticas psicológicas culturais e económicas que bloqueiam o alcance a uma sociedade mais justa e igualitária é óbvio que essas mudanças não ocorrem por si só é necessária uma forte vontade política e um compromisso dos governos Parlamento congressos partidos políticos sistema de Justiça sindicatos organizações sociais e a sociedade em geral temos um tempo
de minimalism amarrados às lógicas do dinheiro do mercado e das novas tecnologias de informação e comunicação fabricam-se bonecos que substituem a capacidade humana de refletir de pensar as crianças não pensam e encurtam a linguagem devido às plataformas sociais de comunicação que lhes são oferecidas digamos às cegas que estudantes é que nós encontramos hoje nas escolas São estudantes cada vez mais baseados na internet e portanto tem um quadro de referências completamente diferentes dos Estudantes de há 20 anos usam português sintético abreviado porque se habituaram a usar WhatsApp SMS e jogam víde games tudo é reduzido ao
mínimo e ao mais simples e mais rápido impostos por uma uniformização de pensamento é a ditadura de um modelo que tende a impor-se e a globalizar-se este contexto difere compl também daquele que experimentamos há 40 e 50 anos passamos obviamente por enormes desafios naqueles tempos mas hoje impõe-se a educação outras estruturas formas de pensar e ensinar para que ela manté a sua relevância na formação de identidades e transmissão de saberes e valores muitos pontos pra gente pensar e dialogar eu vou fazer uma pergunta eh para os dois lucil e Fernando responderem e pegando o início
da fala da Graça desse bloco em que ela traz que o Brasil apesar de ser a oitava maior economia do mundo e aí fazendo um link aqui né Eh com os resultados que obtivemos em 2022 no pisa o Pisa contextualizando aí pros nossos participantes é a principal avaliação internacional de desempenho escolar Então a gente tem a oitava maior economia do mundo e em 2022 obtivemos um desempenho muito abaixo da Média né O que retrata essa profunda desigualdade estrutural já mencionada pela graça eu vou dar os dados aqui do do resultado da avaliação de 2022 antes
de fazer a pergunta 81 eh países participaram dessa avaliação essa avaliação eh acontece a cada 3 anos a última teria sido em 2021 por conta da pandemia foi postergada aí para 2022 e avalia né conhecimento e habilidades de estudantes de 15 anos em matemática leitura e ciências então entre 81 países Essas foram as posições do Brasil em 2022 no pisa em matemática ocupamos a posição 65 de 81 em leitura a posição 52 e em ciências a posição 62 lucil e Professor Fernando como vocês analisam essa discrepância entre a posição Econômica Global do Brasil e esse
desempenho no pisa e quais as ações vocês identificam como mais urgentes na busca de um alinhamento entre a qualidade do sistema educacional com a capacidade econômica do nosso país posso responder por favor Começando aqui depois Professor Fernando com certeza vai trazer mais mais questões pra gente refletir mas em primeiro lugar eh olharmos para essa oportunidade que a professora graça machel está nos dando de nos colocar frente a frente a uma realidade terrível terrível somos então uma imensa economia temos um lugar ao sol no mundo da da as riquezas né e o mundo lido através da
potencialidade econômica e ocupamos um lugar tão ruim no que diz respeito à educação dos nossos cidadãos que vão construir essa nação e já estão construindo e que em breve estarão ocupando os principais lugares ou qualquer lugar que eles ocupem né então eh me veio a sensação assim né de uma nação que é um gigante né muitas vezes se fala do Brasil como um gigante ai O Gigante Acordou o gigante isso o gigante aquilo eu acho que nós somos uma nação de muitos gigantes juntos né um gigante eh em potência eh no sentido de recursos um
gigante em potência com relação à qualidade das pessoas que a habitam esse país e suas culturas mas nós temos um gigante que tá magrinho em várias frentes em outras a gente tem alguns gigantes que estão sonados Parece que eles foram dopados e não t capacidade de reação Então nós não nós não somos uma uma nação unificada ou homogênea ou a palavra que a gente achar melhor para expressar né Eh esse sentido de nação nós somos várias Nações diversas dentro de uma imensa nação que precisa olhar para essas diferenças com mais seriedade porque não é possível
que num montante tão significativo de riquezas de capital e de tudo isso que tá envolvido na palavra economia e ser a oitava economia do mundo esses recursos não estejam sendo destinados e bem utilizados justamente para manutenção e para construção de uma nação potente então é um é uma eh a a professora graça nos coloca eh frente a uma realidade dura né Eh que às vezes até parece insolúvel eu não acho que ela é insolúvel mas nós precisamos olhar para el ela para poder achar as soluções né as soluções eh estão eh na capacidade de gestão
dos nossos governantes de definição de prioridades mas também as soluções estão na capacidade dos cidadãos eh eh se organizarem e demandarem aquilo que eles querem paraa construção da sua sociedade a minha impressão é que nós somos um país que é um grande arquipélago né que tem muitas Ilhas algumas são de excelência algumas são mais equilibradas e outras tantas muitas estão num processo que eu diria de desnutrição né Com relação à educação e com relação a outras nutrições também né pensando nisso eu lembrei até eh da Elsa Soares né quando foi confrontada quando ela foi participar
de um concurso de música para ganhar um dinheiro que ela foi meio né No que se conta com uma roupa que ela que era da mãe que ela botou um alfinete aqui outro a col colar e e Ari Barroso Se não me engano perguntou para ela mas da onde você veem minha filha do planeta fome então então nós temos um planeta fome no país né com fome de Educação de qualidade no sentido que o professor Fernando tava colocando nós temos um país com fome de recursos e utilização de recursos com mais seriedade eh para a
nossa Educação de forma que a gente possa né alcançar eh eu acho que a principal palavra é a dignidade no ambi nos ambientes escolares e essa dignidade vai ser propulsora de uma maior igualdade Porque a partir dessa dignidade na educação Ah nós teremos uma maior possibilidade de uma dignidade na e nas oportunidades entre as áreas as diversas pessoas as regiões e as nossas Ilhas poderão ser mais bonitas Obrigada Lucila Professor Fernando bom a a professora graça machel Ela traz uma na fala dela uma lógica muito consistente e muito clara que é se somos a oitava
economia do mundo porque não somos o oitavo país em qualidade de educação e não somos o oitavo como não só não somos o oitavo como somos o 65º em matemática o 6º em ciências etc ora esse que é o que a professora Lucila trazia também ele pode ser diminuído não exclusivamente pela economia mas para um conjunto de políticas públicas e de formações e de valores entre eles o avanço da pesquisa né não basta só colocar na escola você tem que ter uma saúde melhor uma organização da pesquisa mais evoluída que foi quase destruída no Brasil
nesses tempos ou seja o projeto de um país a longo prazo para não só manter-se na oitava economia mas também fazer que essa economia corresponda a uma qualidade de vida de todos não é o que temos em primeiro lugar porque parece que o nosso modelo é mais destinado a que a economia diga o que que precisa da Educação do que que a educação diga o que que precisa da economia esta perversidade de reversões de ideias e ela é doentia para sempre ela gera uma doença crônica de não atendimento das necessidades da Vale pra cultura vale
pra pesquisa vale para saúde vale para o atendimento a ao menor a mulher a justiça social etc agora eu queria insistir na ideia que que é deste seminário nosso e da da Graça que é a relação entre currículo e projeto de na vou entrar por aí um pouco como a Luca já entrou para dizer o seginte primeiro a base Nacional comum curricular tem que ser feita para Esta Nação a nação que temos não o desejo degum alguns teóricos etc que vem que o currículo da nação brasileira tem que ser o mesmo currículo da Finlândia quer
dizer o desejo de ser Finlândia mata o desejo do de transformarmos o Brasil que nós temos porque dá a impressão que é o pulo direto para pra finlandização da nossa estrutura então um currículo que fosse brasileiro nacional com a nossa realidade de hemisfério sul de país que tá em desenvolvimento que é é associado pelos seus interesses com muitos países da África países da América Latina e não com países da do da Europa necessariamente nem do Canadá para isso o currículo teria que ser um currículo que ensinasse o aluno a dizer olha o país que temos
ou seja um país que um currículo que descrevesse a realidade nacional que compreendesse o que temos de fato na saúde na divisão do do das riquezas na estrutura de poder na estrutura fundiária Este é o país que temos como é que podemos chegar ao país que queremos precisa ainda algums espao um deles é o diagnóstico por que que é assim Isto o currículo tem que fazer fazer diagnósticos da realidade da da sua história da sua economia da sua política das suas riquezas e terceiro para chegar a possibilidade do os alunos nas escolas fazerem projetos de
transformação dentro de suas competências dentro do seu mundo no seu bairro na sua família na sua organização na própria escola então Faltam três passos a meu ver para que a gente tivesse um país que não gerasse aquela aquelas promoções de redes televisivas que percorre o Brasil todo perguntando que país você quer ora É fácil dizer o país que eu quero o problema é dizer como que país eu tenho e Como chego a alguma coisa diferente só dizer o ponto de chegada é é pouco é incompleto é falsidade ideológica então o tema que trazemos aqui hoje
é é dessa adequação político-pedagógica e ideológica de que país como se constrói um país diferente paraa constiuição eu preciso ter um diagnóstico precisa ter a clareza de Qual a origem do problema eu não chego pro médico e digo apenas assim eu quero ser ótimo quero ficar bom mas o que que você tem ISO não pouco importa eu quero ficar bom quero a saúde boa mas onde dói não não te interessa interessa que eu quero chegar a ficar ótimo poder jogar futebol poder etc não dá é uma mentira a gente não ter uma adequação curricular ao
projeto de nação isso a a graça machel e agora a resposta da lucil também nos ajuda a entender com bastante clareza muito obrigada Professor agora então nós vamos para o terceiro e último bloco da nossa palestra Magna com a graça machel não existe um currículo mundial de educação ou currículo que vincula todos os países os modelos de currículo são elaborados com base em aspectos originais e necessidades de cada estado naturalmente que H aspectos comuns como a disciplina de história contemporânea química física matemática etc mas se entendermos o currículo como um conjunto de práticas que produzem
significados ele pode ser concebido como um meio para expressar a visão de um estado e o seu projeto social o currículo representa assim um um conjunto de práticas que proporcionam a produção a circulação e o consumo de significados no espaço social e que contribuem intensamente para a construção de identidades sociais e culturais o currículo é por consequência um dispositivo de grande efeito no processo de construção da idade de um cidadão por ser esse instrumento estruturante do projeto de nação um currículo não deve ser apenas um produto intelectual de especialistas tecnocratas ou quadros do setor da
educação um currículo deve resultar de uma ampla explotação envolvendo todas as forças vivas da sociedade para permitir que todos contribuam no projeto de sociedade em construção um currículo é concebido para formar pessoas cidadãos construtores de um projeto de sociedade que um estado nação em construção tem para si próprio um currículo não é somente um documento académico torado nas salas das Universidades é um instrumento que deve estar assente numa base comum que atende à necessidades e características locais nacionais regionais e obviamente o mundo internacional em que nós estamos os alunos que temos nas escolas pertencem a
diferentes formações socioculturais estão inseridos em realidades distintas a diversidade está presente na linguagem nos conhecimentos nos valores nas vivências e na significação do mundo que cada um faz o currículo deve absorver esses ingredientes e servir como a forja de preparação de cidadãos de uma manhã que acolhem e respeitam a diversidade em todas as suas formas sabemos que o currículo assenta na realidad contexto de hoje mas um bom currículo deve conter elementos de antecipação e projeção das necessidades do Futuro nos próximos 10 15 anos ainda mais no mundo em constante transformação como o que vivemos hoje
isto remete a ideia de que um currículo não pode ser um documento estático e dogmático devendo ser revisitado E ajustado às necessidades emergentes sempre que se justificarem sem com isso colocar em causa a sua natureza e relevância enquanto uma bússula de médio e longo prazos um outro aspecto que pode contribuir para esta reflexão passa por recentrar a nossa relação com o mundo no valor da pessoa humana em detrimento da ditadura do dinheiro do mercado e das tecnologias de informação e comunicação temos de voltar ao essencial dos princípios da família humana da nossa dignidade enquanto seres
humanos e equilibrar as relações com as ferramentas do Poder a revolução tecnológica retirou a centralidade da pessoa de todos os seus âmbitos a o computador e a internet que são os emblemas do Progresso tecnológico fornecem materiais ao infinito mas não educam ao discernimento nas jovens gerações esses avanços produzem muita dispersão e criam um vazio de valores de afetos cujas linguagens e experiências transformam a pessoa apenas num depósito retirando-lhe o o caráter de sujeito de experiências é urgente repor a pessoa no centro da educação o dinheiro o mercado e as tecnologias de informação e comunicação existem
para auxiliar o ser humano e não o contrário e não podem ser instrumentos de alienação humana a vida humana não deve ser transformada em objeto de consumo sugiro que se Estabeleça um pacto pela educação em que todas as forças vivas da nação se vejam refletidas Mesmo em tempos de globalização os países Tend fortalecer a nação as escolas devem continuar a promover a solidariedade e a justiça social e produzir cidadãos comprometidos uns com os outros é necessário absorver os valores do outro e vê-los como um meio de aquecimento de nós próprios como pessoas no início deste
ano tive o privilégio de participar juntamente com outras personalidades no encontro mundial sobre a Fraternidade humana uma iniciativa do Papa Francisco este encontro foi na linha daquilo que eu penso e defendo no sentido de refundar a existência humana o sofrimento dos outros deve incomodar a solidariedade entre os homens deve imperar acima de tudo o encontro defendeu ações centradas na dignidade da pessoa humana em relações humanas e atitudes baseadas no princípio da Fraternidade O que por sua vez aumenta a liberdade e a igualdade o encontro defendeu a reconstrução da gramática da humanidade que inclui direitos comportamentos
e as razões e ações práticas que fazem com que sejamos mais humanos Neste contexto a educação de qualidade não se deve limitar à formação técnico-científica deve incluir os valores do humanismo a solidariedade a tolerância o respeito muto e a justiça social a educação deve tornar-se deve tornar-nos intolerantes para com as injustiças e as desgraças que afetam os outros a escola tem um papel essencial na construção de valores o currículo deve estar alado não apenas na formação do saber fazer mas também em reforçar as competências sociais do Saber ser e estar como os indivíduos se relacionam
uns com os outros e mantém a sua autonomia é essencial encorajar os alunos a estabelecerem metas pessoais gerir o seu tempo e recursos de forma eficiente autonomia gentileza cortesia nas diferentes relações sociais que estabelecem e respeitam o outro a escola deve fomentar a capacidade de interpretar as realidades para um nível acima da conflitualidade precisamos de olhar para o futuro com a esperança num compromisso isso com uma educação integral que forma os homens para a justiça e a paz é necessário ajudar as crianças os adolescentes e os jovens a desenvolver uma personalidade de paz no respeito
pelo outro com a força interior de construir o bem comum mesmo quando isso custa o sacrifício e naturalmente se baseia no diálogo só dessa forma poderemos construir e alcançar a almejada paz mundial um currículo de educação formal no contexto do Século XXI deve Obrigatoriamente incluir alguns dos subsídios todos os os subsídios que acabo de apresentar como uma sugestão para os debates que se vão seguir mais uma vez Muitíssimo obrigado pela oportunidade que me foi dada de interagir e desejo ao encontro os melhores sucos muito obrigada nós aqui que somos muito gratos e gratas eh por
todos esses pontos levantados de maneira brilhante simples na sua genialidade de graça machel agora a gente vai caminhar então para as últimas perguntas para lua e Fernando enriquecerem ainda mais todos os pontos que a graça brilhantemente nos presenteou aqui nessa manhã de hoje vou fazer a pergunta individualmente vou vou pedir para que a final da pergunta também vocês já possam ir caminhando aí pras nossas considerações finais vou começar com o professor Fernando graça machel Professor destaca que o currículo deve descrever analisar refletir e propor as para a realidad socioculturais dos Estudantes promovendo a construção de
identidades enquanto também antecipa necessidades do Futuro diante da nossa realidade brasileira Como podemos buscar que o currículo seja suficientemente flexível e dinâmico para acompanhar essas transformações enquanto reflete e respeita a diversidade cultural e as especificidades das nossas comunidades como a Lucila muito bem Já colocou e como também fomentar uma participação mais Ampla da sociedade no processo de construção e revisão curricular como algo tão importante destacado aqui também por graça machel bom em primeiro lugar e quero insistir na ideia de que a inspiração que a a Graça machel traz é uma espécie de epígrafe pro nosso
evento de hoje à tarde e dos próximos quro dias não é eh é uma síntese daquilo que são os grandes pontos que provocam o educador que provocam o político a pensar na relevância da educação e como concretamente ela se realiza não por um futuro de muito distante abstrato em que a gente pode antever o futuro a gente antes de antever tem que ver o presente para antever o futuro antes de antever o futuro eu tenho que fazer algumas lições de casa do conjunto da sociedade como disse a a Graça machel Além disso eu queria só
enfatizar para fazer essa primeira parte do fechamento aqui que ela destacou a tecnologia como um elemento de enorme Esperança mas de enorme dificuldade de ser controlada pela educador né o educador recebe uma enchurrada de eh sugestões de uso de tecnologia todas elas uma cont temm uma arapuca quer dizer tem um momento em que elas prometem e não cumprem esse papel que a Graça trouxe das tecnologias eh tem que ser controlado pela pelos educadores de uma não inocente não ingênua e o que ela disse é que eh que as tecnologias por exemplo não educam para o
discernimento quer dizer ah as tecnologias elas trazem um monte de informações sem prioridade de de valores como se todos fossem mais ou menos iguais e paste orizado fosse uma uma massaroca de de qualidades que é só você pegar e e levar pra Sua cesta e levar pra sua casa e comer aquilo não é tem a Escola Ensina exatamente tem que ensinar e tem que se distinguir dessa modalidade invasiva da da tecnologia que vem carregando o mundo do consumo assim disse ela não é e eu vou dar só dois exemplos aqui para fazer aí o fechamento
da nossa da nossa manhã para dizer o seguinte a tecnologia tem trazido para nós uma desvalorização do conhecimento e é o conhecimento que faz com que as a humanidade possa se encontrar a o conhecimento é a comunidade possível de convívio não é de humanização é o conhecimento e quando eu tiro o conhecimento a envolvido senso crítico é envolvido em informação envolvido capacidade de análise tolerância do conhecimento que o conhecimento é humilde porque ele sabe que ele não sabe né A primeira noção do conhecimento é é a dúvida é insegurança de que será que eu tô
no caminho certo como ajustar esse caminho Portanto o conhecimento não é orgulhoso conhecimento não é Soberbo ele é um espaço de diálogo bom posto isso as tecnologia tem tem dito tem feito uma declaração um um elogio à ignorância muito perverso porque diz o seguinte ó pro aluno nosso aluno também que está na escola que se preparou que saiu cedo de casa que tomou o ônibus e que tá lá ele tá sobre uma nuvem de desvalorização do conhecimento dizendo o seguinte não precisa conhecer todo o conhecimento está ou nos mecanismos de busca ou na inteligência oficial
então e mais não só não adianta você conhecer como se você conhecer alguma coisa imediatamente esse conhecimento já foi superado quando você for formado não é mais nada disso que você aprendeu aí o aluno acredita acredita que tem gente que sabe o tempo todo mais que ele que ele não precisa se esforçar porque tá tudo lá no Inteligência Artificial e o futuro também não tá garantido mesmo que você conheça com isto há uma estiola quer dizer é uma um esvaziamento daquilo que era que foi e que deve ser sempre o valor de que o conhecimento
é uma conquista da humanidade e não da tecnologia ou das cinco grandes empresas internacionais que hoje estão detendo segundo eles 90% do conhecimento humano ora a desvalorização do conhecimento é Ultra prejudicial à escola ao projeto de nação e ao convívio humano é isso que de alguma forma a graça nos traz e a ideia de que a pessoa é o centro da educação Diz ela também é exatamente o antagônico a que a que o consumo é o centro que o consumo é aquilo pelo qual todos vivemos ou para ter um carro elétrico ou para morar num
condomínio ou para ter um emprego diferenciado ou para sair do Brasil não é muitas escolas que se chamam escolas internacionais estão preparando o garoto para viver fora porque proclamam diariamente que a vida do Brasil é impossível que é o pensamento contrário a esse que a graça traz para nós e para ir terminando aqui a minha sugestão ou análise sobre o o que ela falou eh a ideia Nossa é que de de de educação é que não iramos para terceiriz temos a ação da escola entregando-a primeiro a ao esvaziamento da função do professor não precisará mais
Professor porque nós vamos ter softwares tão avançados que o professor será mero facilitador ou ou animador cultural do evento de aprender a função do professor segundo graça é é cada vez mais importante nesse mundo pra valorização do indivíduo do diálogo e do conhecimento que não é ainda tem o prazer que eu não preciso ter não preciso almoçar mais não preciso en contar com os amigos não preciso eh nem a Sexualidade é mais minha é um um desejo que pode ser realizado pela máquina ou pode ser realizado pelos sistemas sociais de de convívio não podem né
a tarefa humana pessoal individual é uma tarefa que a Escola Ensina a família começa a ensinar do ponto de vista do afeto mas a Escola Ensina ao garoto que o mundo é maior do que o meu quintal o mundo é maior que a minha gaveta o mundo é maior do que os meus tios o que não os exclui da minha vida mas o mundo me ensina que a escola me ensina que o mundo tem muita coisa tem muito futuro tem muito passado pode ser nomeado sempre de maneiras diferentes e vale a pena conhecê-lo porque ele
é a condição do meu da mediação do meu Convívio com as outras pessoas o mundo real concreto não o mundo dos avatares não o mundo da abstração virtual que promete mas tem cumprido pouco entre as outras coisas não só não alivia o nosso trabalho como tira o nosso trabalho ele tira o nosso trabalho ou seja o mundo do trabalho precisa ser devolvido ao ser humano como o mundo onde a gente constrói não é a punição de Deus trabalho mas é onde a gente constrói a nossa própria humanidade e a nossa própria possibilidade de convive com
os outros então eu tô super feliz com a apresentação que eu acho que abre com chave de ouro o o nosso evento que se inicia mais dens mais dialogal na no período da tarde hoje obrigado obrigada Professor agora paraa Lucia eh pegando um gancho de algo que o professor já trouxe também a graça ela ressalta e reafirma várias vezes na fala dela a necessidade de recentrar a educação na pessoa humana nesse mundo como o professor já colocou cada vez mais dominado pela tecnologia considerando que o currículo deve preparar os cidadãos para o presente e para
o futuro como as escolas os educadores e os estudantes podem incorporar essas novas ferramentas priorizando a formação de cidadãos conscientes e críticos sem que a tecnologia se sobreponha aos valores humanos fundamentais eu vou aproveitar e pedir para você comentar também Lucila como é possível fomentar essa participação mais Ampla e mais ativa da sociedade na no processo de construção e revisão curricular que é algo também que a graça destaca como fundamental sim primeiro queria dizer que eu concordo com tudo que o professor Fernando acabou de falar sobre a questão da tecnologia do conhecimento e eu vejo
um pouco assim a questão da incorporação da tecnologia hoje é quase a corrida do ouro a gente sai correndo para esse ouro a gente quer ter esse ouro a gente não pode ficar de fora da corrida do ouro né mas nós precisamos buscá-lo considerando as ameaças e os prejuízos então eh eh muitas vezes essa incorporação ela se torna totalmente descontextualizada do que possam ser ameaças e prejuízos que que são ameaças e prejuízos nós podemos falar de desde do tempo que se passa sentado na frente de um computador numa escola a utilização eh eh quase que
sem parada das redes sociais nos celulares da questão que o professor Fernando trouxe de se considerar que há um lugar que se chama Google ou outro que se chama que tenha algum outro nome onde tá tudo lá né e os perigos que que olhar paraa tecnologia dessa forma os perigos eh que isso que essas essas circunstâncias na verdade nos trazem eh pro nosso processo de desenvolvimento humano desenvolvimento Educacional eh e desenvolvimento da própria nação né dentro da perspectiva que a graça a professora graça machel nos coloca Então eu fico pensando que ao lado dessa incorporação
tecnológica leia-se máquinas e sistemas nós precisamos também incorporar talvez mais que incorporar a gente precise reincorporar tecnologias sociais de presença e conversa sinto que estamos falhando um pouco nisso né eu tenho para mim que alguns dos momentos mais produtivos que Vivi nos últimos anos principalmente nestes anos do século XX em relação a revisões educacionais a reflexões coletivas foram motivadas através do uso de tecnologias sociais de presença e conversa então a gente pode-se utilizar de pequenas metodologias de incentivo a isso eh me lembro de quando passamos a utilizar muito no Senac as rodas de conversa o
World café o próprio trabalho que recentemente tivemos de Formação em serviço que era baseado em reuniões presenciais sobretudo presenciais reflexões relatos de experiências o quanto isso é rico porque tem alguma coisa que permeia tudo isso que é da nossa humanidade que são as emoções que são as emoções que nós colocamos Quando nós vamos dizer sobre alguma coisa que nos tocou que nos impactou que fizemos de errado ou de acertado né então eu eu entendo que nós precisamos recolocar isso eh na nossa centralidade recolocar nas nossas práticas de educadores nas nossas práticas de planejadores de educação
nas nossas práticas de sala de aula a essas esses estímulos as conversas aos olhares eh a a a um conjunto de sensações que nós só temos quando estamos nesse formato nesse formato de humanidade no coletivo de humanidade se olhando de humanidade ouvindo conversando trocando uma coisa interessante que eu fiquei pensando eh provocada um pouco por essas palavras da professora graça aí também eh de todas essas coisas né que que que nós na educação temos pensado né Eh H inclusive as preocupações muito apropriadas com a questão da tecnologia e do conhecimento outro dia tivemos uma experiência
de escolha de um nome para um grande evento né E todos os recursos eh recursos tecnológicos foram utilizados para chegar nesse nome tem um recurso que é muito utilizado que é aquela Nuvem de palavra e às vezes fica-se na palavra mais citada é interessante que nesse exercício não foi a palavra mais citada que ficou por quê Porque a gente precisa olhar para aquela citação para ver por ela aparece tanto o que é que ela tá demonstrando Qual o significado disso no contexto que você tá querendo fazer uma análise então Eh um pouco disso que que
eh eh tá colocado eh eh eh O que o professor Fernando já nos reforçou com relação ao conhecimento com relação à crítica é muito disso da gente se deixar levar por uma ferramenta e é preciso que a gente tenha a capacidade de continuar a utilizar a Nossa lógica que vai explicar algumas coisas por trás da ferramenta que a própria ferramenta não traz né E isso tá ligado a a contextos eh de relacionamento sobretudo de experiências de vivências e nós não podemos ignorar nada disso né Eu acho que eh a professora graça nos fala com esperança
na construção de um currículo eh que propicie dignidade respeito às diferenças inclusivo na direção da construção de países porque cada um faz a sua a partir de sua cultura de sua história né E nós estamos na busca da nossa construção eh com uma semeadura né com uma semeadura contínua constante E aí eu fiquei pensando também que às vezes nós falamos Assim paraas pessoas mas pelo viés negativo tá vendo colheu o que plantou a gente precisa mudar um pouco o uso dessa frase e falar nossa semeamos e colhemos o que plantamos do ponto de vista positivo
do ponto de vista intencional do ponto de vista de termos um currículo verdadeiramente comprometido com essa construção de uma humanidade de uma humanidade baseada na dignidade na Fraternidade e no reconhecimento de que todos nós importamos e no reconhecimento de que todos nós devemos ocupar esse espaço Digno E respeitoso então só tenho a a agradecer a oportunidade de ter participado eh dessa mesa Como disse o Professor Fernando que dá início aos trabalhos desta semana as sessões que vão entrar mais a fundo em todas essas questões que a professora graça machel nos colocou e finalizar Professor Fernando
agradecendo a sua citação a carta da Paz do Senac a carta da Paz social Nós consideramos o documento que inaugura o Senac quase uma certidão de nascimento e essa expressão paz social né que a a a Graça machel também usou ela precisa ser compreendida para além de alguma coisa ingênua ou da gente responder ah mas o mundo tá em a paz social é a busca do equilíbrio possível no nosso caminhar sistemático intencional de fazer com que a educação seja a base principal dessa caminhada é isso obrigada muito obrigada Lucila Professor acho que com a sua
fala agora Lu acho que trouxe aí uma síntese do que da atmosfera de ação e de incitação ao movimento e a ação que a graça nos presenteou nessa manhã de hoje então é com essa atmosfera que nós queremos agradecer imensamente a todos por se juntarem a nós e se engajarem nessas reflexões tão necessárias sobre o futuro da educação e também da sociedade que a gente quer construir as reflexões e insites compartilhados hoje são essenciais para esse nosso esforço contínuo em promover uma educação transformadora e que busque a Equidade lembramos que a nossa programação continua então
na parte da tarde hoje com a mesa a educação e os direitos humanos na formação de um projeto de sociedade vai começar as 15 horas e a transmissão também ao vivo aqui pelo YouTube do sanac São Paulo esperamos contar com a presença de cada um de vocês para mais esse momento de reflexão construção de aprendizado e especialmente com perspectivas de ações que possam transformar até quinta então 29 agora de agosto as demais mesas acontecerão sempre na parte da tarde às 15 horas e as inscrições devem ser feitas pelo site do SENAC agradecemos mais uma vez
a participação e esperamos vê-los durante os eventos ao longo dessa semana ten um excelente fórum excelente dia