POR QUE FAZER TERAPIA? | MARIA HOMEM

Afinal Para que serve uma análise sabe que essa é uma das mais frequentes perguntas que a gente recebe aqui mas também é um dos prompts como a gente diz hoje um dos pedidos de Google e outras ferramentas de busca a gente começa a se dar conta começa já tem s e tantos anos mas tá se espraiando na cultura tá se naturalizando essa pergunta e essa possibilidade Para que serve então uma análise uma outra maneira de colocar isso é o espraiamento da ideia de terapia na nossa lógica social Por que que isso é digno de nota

e eh eh tô fazendo um prólogo para essa discussão pra gente entrar no Para que serve a gente não entende bem o Para que serve se a gente não faz direitinho esse prólogo aqui por quê Porque há alguns séculos a gente se imaginava um ser de razão Não tudo bem a gente pode até voltar alguns passos na nossa história né voltam um as casas no nosso no nosso tabuleiro e como a gente entendia a alma mobilizada por forças potências Deuses poções mágicas a gente tinha ideias de forças Sobrenaturais forças divinas transcendentais ou mágicas ou míticas

ou animistas enfim tem várias eh formas de conceber humano mas de qualquer forma os nossos afetos aquilo que nos m via era exterior à nossa psique aí a gente foi caminhando na maneira de da gente mesmo se entender como humano e como Qual é a estrutura do psíquico e a gente no momento da história a gente disse bom os deuses na verdade nos habitam eles são forças internas a nós próprios e somos basicamente seres de razão e a gente pode então sabendo usar né com a boa metodologia que é um método mais racional científico das

ideias Claras e distintas com consciência a gente pode se compreender se entender se dominar previsão e controle lembra vocês estão reconhecendo muito bem paradigma moderno cógito cartesiano método científico as críticas da Razão as três críticas cananas dessa razão como a gente pode adequar isso só que aí a gente falou opa erramos Talvez um pouco além da conta não é que somos totalmente dominados por setas mágicas transcendentais mas também não somos tão Racionais assim não somos tão Senhores da nossa própria vida e da nossa razão assim aí a gente chega em freid aí a gente chega

numa outra concepção de psique de aparelho psíquico que tem partes conscientes a ponta do iceberg a famosa ponta do iceberg e partes muitas partes e forças inconscientes Para que serve uma análise para conhecê-las para conhecer no naquilo que se oferece a nós o oculto de nós mesmos aquilo que ao mesmo tempo a priori num primeiro momento tá oculto ou que é invisível mas que aparece que se dá a ver que o Freud chamou justamente de formações do inconsciente Então como a gente consegue se conhecer mais como a gente consegue entrar em contato com aquilo que

é oculto pra gente mesmo pro nosso próprio ego Quais são as nossas outras porções além das porções egóicas a gente tem pistas Então quais são principais pistas caminhos para chegar na gente mesmo primeiro de todos o primeiro que o Freud trabalhou e que ele chamou de Via Real a via rja o caminho real a estrada fundamental Freud Jung vários o sonho então para que serve uma análise pra gente poder pegar os que levam as nossas porções antes desconhecidas E aí integrar melhor essas partes esses conteúdos e viver melhor a partir daí a gente vai embora

sonhos lapsos atos falhos os próprios sintomas as nossas associações Livres nas próprias sessões de psicanálise de terapia a as ideias os insights as criações os desenhos o Imaginário né tudo isso é deixar vir o Caldeirão da nossa PSI a tona o próprio borbulhar do nosso ser porque a gente borbulha a gente borbulha a gente tá ali ó em ebulição em erupção né os pequenos pequenos ou grandes vulcões que somos nós é sempre e que bom não é não é extinto é um vulcão Vivo e aí rompe de vez em quando e rompe uma crise de

ódio de de raiva Você tem um chilique tem um pi quebra coisa ou grita ou briga ou faz uma né e vem com tudo pode ser hoje a gente demoniza um pouco mas lembra A Ira de Aquiles ela ela abre ela ela abre a Ilíada ela abre uma grande Épica que é base do ocidente então é aquele impulso Aquiles um grande né um dos grandes guerreiros incrível ele ficou muito bravo ficou muito bravo Como assim né foi uma disputa de homens né a briga dos machos como assim Eh o o o outro ali vai pegar

a minha mulher vai pegar a minha escrava brisei Como assim não não tem condição e Agamenon não pera aí agora você vai ver né então o que vem à tona o que vem é o afeto os afetos que vem à tona e aquele sonho e aquele sintoma a crise de pânico ou né o século XIX o Freud as estéricas ou os estéricos esse braço paralisado não consig perdi o controle não consigo movimentar ou não consigo não consigo estudar não tô conseguindo estudar não consigo passar numa prova que eu quero que que é que a análise

mostra que no fundo você mesmo tem dúvida uma parte de você que é muito passar nessa prova e mudar de cidade entrar na faculdade mudar de país fazer um intercâmbio fazer uma faculdade fazer uma pós um MBA o doutorado fazer um curso técnico ir pra capital só que você tem dúvida se você deve ser fiel à sua família ficar na sua cidade concer nas origens ou se você vai romper a tradição do campo da sua família daquela cidade pequena onde você também se sente bem para você fazer essa migração para uma outra forma de vida

para uma forma urbana que pode ser imaginariamente perigosa competitiva violenta viil sem valores dissoluta pode ser e você vive esse conflito dentro de você aliás você e o planeta esse exemplo que eu tô dando que ele é Clínico profundamente Clínico ele também tá no coração do que a gente chama hoje de polarização e muito do conflito que a gente tá acompanhando que Aparentemente parece uma discussão política em grande vai trabalhar com e crises conflitos disputas de paradigmas diferentes para que serve uma análise para que a gente tenha menos sofrimento dentro desses conflitos e dessas transformações

de paradigmas para que a gente compreenda melhor a complexidade da do mundo da da própria subje idade do self com seus instrumentos e com o seu eu com o seu super eu com seus impulsos com os seus talentos e com a sua própria história com o seu desejo com o mundo em transformação para expandir expandir a sua própria consciência expansão de consciência transformação de consciência de paradigma numa maior complexidade não num estreitamento não escapando não sintomatizar diante de si do outro e do [Música] mundo e