Abraço de Mãe - Crítica: Marjorie Estiano em terror lovecraftiano (Netflix)

Tudo bem pessoal hoje comentários sobre abraço de mãe filme dirigido por Christian Ponce produção brasileira que já está disponível no catálogo da Netflix e aqui eu até acredito que rende um espaço para falar sobre o terror brasileiro contemporâneo nós não temos muitas Produções feitas anualmente no Brasil nesse gênero quando você compara por exemplo com drama ou comédia e não é falta de interesse do público eu sempre falo que o público de terror é muito fiel o que acontece aí você pode levar pro campo da produção tem dificuldade de financiamento e às vezes dificuldade de distribuição

isso é uma coisa mas existe também para outros produtores aquela noção de só copiar o que é feito nos Estados Unidos e aí você vai encontrar uma barreira que é a barreira do investimento seja para questão gráfica ou seja mesmo para tudo quanto a produção e pós-produção na busca desesperada por Jumps o que aí Definitivamente não vai dar certo então eu aprecio muito quando existe esse caminho independente alternativo que não precisa só se vincular com o que é tendência em Hollywood Então esse filme tem uma perspectiva de conseguir uma grande visibilidade por conta da Netflix

e tem uma boa atuação da marjor estee ano também até porque é um longa que ele permite transitar a partir do cinema Fantástico entre o terror lovecraftiano com um terror psicológico todo atrelado à percepção passado presente aí vem junto disso trauma questões do passado essas marcas que rendem bloqueios na memória junto de uma boa ambientação também traz a tona esse terror lovecraftiano que não depende só de monstros mas que foca muito no que está nas sombras e No Impacto que isso tem até para anotar como você não vai ter explicação para tudo como muitas coisas

vão ficar nas Entrelinhas E aí a pessoa que vai acabar ressignificando paraa sua própria vida especialmente numa situação muito traumática eu gostei da atuação da marjor da ambientação de toda essa essa base do terror lovecraftiano que se permite também discutir questões quanto a traumas Mas por outro lado é um longa que na minha opinião tem uma dificuldade considerável em momentos para lidar com uma questão teórica versos uma questão prática Especialmente na busca por uma grande Redenção um desfecho mais resolutivo eu diria que torna o terror existencial como um desafio de superação isso rende todo uma

articulação final mais bonita mas que tira na minha visão peso do desenvolvimento da narrativa em 1996 durante uma histórica tempestade no Rio de Janeiro a bombeira Ana interpretada por Mário Jor Estiano e sua equipe fazem o máximo possível para evacuar um asilo com risco de desabamento no entanto os misteriosos residentes do local TM planos sinistros e perturbadores primeira coisa que chama atenção é um prólogo que você vai ter mais do passado da Ana que se torna um grande aliado durante todo do filme nessa base Passado Presente Especialmente quando ela precisa lidar com as suas memórias

e com questões que nem ela mesma consegue superar ainda Outro fator diferencial a ambientação nas tempestades do Rio de Janeiro de 1996 o que reforça todo esse isolamento que acaba sendo super importante pro filme e o asilo Sombrio e decadente traz consigo também a clausura onde cada corredor escuro parece esconder segredos e também força sobre naturais claro que com isso nós temos clichês que eu até diria que para esse caso são inescapáveis até para lidar com a trilha sonora que ela precisa criar esse ambiente de tensão para alguma surpresa digamos assim especialmente para colocar em

Pauta ou um novo personagem ou para gerar uma grande virada um destaque que eu colocaria para fotografia porque é um asilo que parece que cada nova sala rende uma nova descoberta E aí são essas descobertas que aparentemente não t explicações né então isso tudo vai sendo revisado na medida em que a gente acompanha Ana a sua missão e também tem em conta os flashbacks do passado que são fundamentais isso estabelece um permanente diálogo entre o horror cósmico com esse terror psicológico As Memórias reprimidas as marcas na pele que ampliam a urgência do caso seja pelo

contexto externo como pela protagonista precisa também lidar com tudo sozinha a Ana tem várias memórias que lhe causam dor que não são coisas que estão resolvidas para ela mesmo quando ela encontra uma criança aliaca interpretada pela Maria WP aí ela tem a possibilidade não só de se ver nessa criança e de lidar com o seu próprio passado mas também para buscar por uma redenção para ela mesma aí que existem metáforas simbolismos e o trauma ele não fica só nesse plano teórico ele entra em perspectiva até para colocar o título paraa discussão dessa segurança do abraço

de mãe como pro caso da Ana lidar com esses momentos da infância que foram perdidos ou que criaram essas memórias que são memórias que causam ainda dor eu diria que a presença da criança até escancara uma dificuldade bem importante do filme que é de lidar com o coletivo versus o individual de você montar uma equipe de resgate dos Bombeiros os parceiros da Ana colocar eles num contexto do filme e depois de isolar porque tudo depende da Ana e ela precisa lidar com tudo sozinha isso por um lado reforça a marjor Estiano e coloca todo o

peso desenvolvimento da narrativa nas costas dela em muitos momentos até existe essa questão toda do isolamento da marg Estiano para conseguir criar uma personagem memorável muito no estilo da screen Queen só que aí vem a custa do desenvolvimento das histórias paralelas não só da ambientação do asilo que acaba se tornando uma prioridade porque ali que você vai ter outras bases por exemplo de culto mas eu diria também sobre a equipe especialmente sobre como existem coisas que pro roteiro acabam sendo descartáveis para braço de mãe nota se Fiquei feliz de ver um terror brasileiro com essa

plataforma de distribuição já é importante e torço para outras Produções Nesse sentido porque o que a gente tem hoje no contexto de produção cinematográfica brasileira ou são Produções Independentes com grande dificuldade de passar de um circuito base de festivais ou Produções que não conseguem nem mesmo financiamento porque é muito mais fácil você só focar na comédia ou quem sabe no drama especialmente se tem apoio de uma produtora gigante certo pessoal Muito obrigado pela atenção até mais e tchau