ok aqui e ok aqui beleza obrigado Bruna pessoal Bom dia então mais uma vez bom dia a todos e todas que estão entrando pro nosso encontro de hoje o segundo encontro sobre aquele assunto né de psicofarmacologia bar farmacologia comportamental E aí nominalmente agradecendo a todo mundo que tá aqui né que chegou pro nosso encontro né Tatiane Lucas taí o Carlos os demais que vão entrar certamente e naturalmente estendendo já E agradecendo também a colaboração da Bruna que vai ajudar a gente com todo o encontro de hoje como ajudou no sábado passado Beleza eu vou projetar
então o início aqui da nossa aula mas antes disso Queria saber se tá tudo ok se alguém teve enfim ao longo da semana alguma dúvida alguma questão que queria trazer alguma enfim alguma espécie de discussão que eventualmente poderia ter emergido da última aula Ah tô vendo aqui no chat pessoal falando bom dia beleza Bom dia pessoal Ok então tá vou iniciar aqui nossa nosso compartilhamento Lembrando que é uma aula né então vocês podem me interromper todo e qualquer momento para pedir esclarecimentos eh ou alguma espécie de enfim se quiserem fazer algum espécie de discussão também
ok Hoje eu tô tendo aquele problema no no no chat que não tá aparecendo para mim tá Bruna então qualquer coisa eu falo você uhum Beleza então tá bom pessoal então só retomando um pouquinho do nosso encontro passado a gente Apresentou um bocado da dos aspectos históricos e Da Lógica analítico comportamental paraa compreensão das drogas tá foi isso que a gente fez no encontro passado e grosso modo tá lembrando um pouco da lógica e é como a gente trata o assunto hoje em dia a gente diz que a forma como a análise do comportamento interpreta
né a ação das drogas eh a teoria por trás disso né é a hipótese aliás por trás disso é dos mecanismos comportamentais de ação das drogas né dito de outra forma eh eh quando você fala de mecanismos comportamentais de ação dos fármacos você tá assumindo do ponto de vista brevior dista radical que aspectos ambientais influenciam o comportamento e que se uma droga afeta o comportamento é porque essa droga afeta os mecanismos comportamentais que estão controlando a resposta tá essa é a lógica nesses termos uma droga pode por exemplo eh afetar um estilo estímulo discriminativo afetar
uma operação estabelecedora afetar o Eh sei lá o custo de resposta etc etc Essa é a lógica tá a droga pode ser em si mesmo parte do ambiente e quando a gente fala da droga como ambiente ou parte do ambiente a gente tá falando da droga enquanto um estímulo E aí a gente viu algumas possibilidades no último encontro a gente falou da droga como estímulo incondicionado e ela sempre será um estímulo incondicionado podendo ter outras propriedades de estímulo Lembrando que o estímulo pode ter mais de uma função tá então ela sempre será um estímulo incondicionado
eh Mas além de ser um estímulo incondicionado ela pode também assumir outras propriedades como a de estímulos reforçadores e no último encontro a gente falou do reforço positivo ok a partir do encontro de hoje então a gente vai falar sobre a droga como reforço negativo outras possibilidades né que seria um pouquinho aí da droga como estímulo discriminativo não vai esgotar o assunto mas vai passar pro próximo assunto também tá lembrando que é uma eh disciplina né de princípios não dá pra gente esgotar nada aqui principalmente considerando que a gente tá organizando dentro desse curso três
falas né a fala de psicofarmacologia a fala de farmacologia comportamental e a fala de dependência aqui tá Então a gente vai pincelar aí um pouco das duas das três Lembrando que cada uma dessas três pode enfim né como como diz o dito pode ser um buraco de coelho né tem todo um un vero ali dentro tá bom feito isso então e Relembrando que é o ponto de partida a gente vai então agora falar da droga enquanto reforço negativo tá E aí um primeiro ponto né Muito importante em toda essa nossa discussão é um um ponto
conceitual de fato tá então assim o que é um estímulo aversivo ou o que que é um reforço negativo tá Então veja eh um um comportamento mantido por reforçamento negativo é um comportamento que gera como efeito ou seja como uma consequência a retirada de um estímulo aversivo do ambiente Ok o estímulo aversivo né que às vezes a gente vê representado como s- tá ele também pode ser conceitualizado como o reforço negativo Ok então o reforço negativo é exatamente aquela parte do ambiente que aumenta a probabilidade de respostas que o removam o ambiente Ok então reforço
negativo ou o estímulo aversivo são mesma coisa tá e nesses termos o estímulo aversivo ele é então essa parte do ambiente que tem duas funções tá aumenta a probabilidade de comportamentos que o removam do ambiente ou diminui a probabilidade de comportamentos que o produzam no ambiente Ok então conceitualmente isso é um estímulo aversivo tá conceitualmente isso daí é o que vai promover por exemplo a emissão de respostas de fuga e esquiva tá conceitualmente é isso daí quando você tem respostas de foga e esquiva é isso daí que é o que a gente chama de reforço
negativo Ok então Teoricamente nada de novo sobre o sol aqui a gente só tá falando uma parte conceitual que Teoricamente para você já tá bem sedimentada tá se não tiver avisa também eh mas o ponto importante da nossa discussão aqui é a gente e como bom analista do comportamento que é né a gente não conceitua as coisas a priori né a gente conceitua as coisas em função do impacto daquilo no comportamento né então assim o o o reforço negativo ele não é reforço negativo em si mesmo né ele vai ser um reforço negativo se ele
tem essas propriedades na resposta de aumentar a probabilidade de respostas que o removam ou diminuir a probabilidade de respostas que o produzem tá então a gente só vai dizer que um choque é aversivo se ele tem essas possibilidades aí a gente só vai falar que eh sei lá um né uma crítica ela é aversiva se ela tem essas possibilidades aí tá Ah dito de outra forma isso é um jeito do analista do comportamento de definir algum estímulo né ou definir a propriedade aversiva de algum estímulo e é essa mesma lógica que alimenta o o experimento
que eu trago eu trago mais a parte ali né a organização do experimento em si vou para poupar um pouco de tempo eu não não vou trazer os gráficos não mas um experimento que deixa claro uma das possibilidades uma das propriedades possíveis da droga que é a droga ser um reforço negativo também ok esse experimento que eu tô falando é o experimento de Hoff Master e WK Ok de 76 Aonde eles num primeiro momento eles vão trabalhar com as respostas de Esquiva como eu comentei com vocês respostas de Esquiva são aquelas que são emitidas para
remover um determinado estímulo do ambiente e lembrando se eu tô trabalhando né se eu tô emitindo respostas operantes para remover alguma coisa do ambiente essa coisa removida é um estímulo aversivo tá é o chamado reforço negativo Ok o genial desse experimento é esse toda esse parte conceitual que a gente tá trabalhando e a forma como eles conduziram esse eh experimento tá em um primeiro momento eles usaram ratos Ok e eles eh colocaram os ratos para emitir respostas de fuga ou esquiva de eh de de a ao choque tá então o choque já é consagrado na
literatura dependendo da peragem etc etc isso pode ser um estímulo aversivo então primeiro ponto ah vamos ver se isso é verdade né todo Bomb ravor Isa só acredita vendo vai lá bota o animal organiza uma situação experimental aonde você vai ter uma determinada liberação de um choque esse choque não é controlado nesse primeiro experimento tem tem dois experimentos no no no estudo Tá mas no primeiro experimento primeiro experimento é de resposta de Esquiva tá eu programo a caixa operante para liberar choques Ok lembrando tá Gente assim é um choque Zinho tá não é um choque
convulsivante Ok então assim eh se vocês fizeram fisioterapia parecido com aquilo tá então assim é suficientemente incômodo para gerar resposta de fuga esquiva Tá mas a gente não tá falando de um choque comun cante Não não é isso ok e e lembrando a gente tá falando de 1976 também tá então falar hoje sobre esses experimentos né tem toda uma discussão ética aqui em torno daquele momento do tempo não era bem assim Mas enfim fazendo esse eh eh esse disclaimer aí né só para para lembrar que sim esses experimentos foram muito muito importantes pra gente e
sim essa discussão também é relevante hoje em dia mas vamos ficar aqui com o dado que é o nosso interesse do momento Ah então eles organizaram um um experimento né onde a caixa liberava de tempos em tempos um choque Ok e o Rato podia a partir da emissão de pressão à barra da resposta de pressão a barra ele poderia retirar o choque tá então vem o choque esse choque não é progr ele ele independe do comportamento do bicho ele não é programado pelo animal nem nada tá o animal não tem controle imediato sobre a produção
do Choque Ok mas ele tem controle sobre o desligamento do Choque Então se aparece o choque pressiona a barra para o choque se aparece o choque pressiona a barra para o choque se aparece o choque pressiona a barra para o choque tá isso que eu tô descrevendo para vocês aqui é a chamada resposta de fuga então o estímulo aversivo tá presente no ambiente choque eu emito a resposta de pressão à barra e eu interrompo o choque Ok Isso é resposta de fuga o fato é que ao fazê-lo o animal não só interrompe o choque como
ele adia então interrompi o choque eu vou adiar por um determinado valor valor de tempo que o animal também não sabe esse valor é randômico tá eu interrompo o choque imediatamente e eu adio apresentação do Choque então apareceu o choque pressiona a barra interrompe o choque adiu o novo choque apareceu o choque pressiona a barra interrompo o choque e adio o novo choque e assim sucessivamente nesse primeiro momento resposta de fuga a resposta de fuga é primeiro aprendido antes da resposta de Esquiva E aí vem então que o animal aprende que se eu ficar pressionando
essa barra com alguma regularidade o choque não vem mais por quê Porque eu tô sempre adiando o choque né então o choque viria mas eu pressionei a barra eu adiei o choque viria eu pressionei a barra adiei e na medida em que eu vou mantendo a pressão à barra eu vou adiando o choque e não tomo mais choque Ok essa é a chamada então resposta de Esquiva e nesse caso é uma esquiva não sinalizada o rato não tem nenhuma espécie de preditor ambiental da ocorrência do Choque Ok então o animal simplesmente se mantém comportando e
uma taxa relativamente estável e evitando o choque às vezes ele dá uma falhadinha Às vezes o choque aparece ele rapidinho já vai lá desliga o choque e adia novamente tá Mas no geral os animais eles conseguem manter uma taxa estável ao longo do tempo OK e e evitar Portanto o choque tá com sequência nesse caso então é a não apresentação de um estimo ok até aqui sobre esses fundamentos sobre os primeiros eh esse primeiro experimento e tudo mais alguém tem alguma dúvida alguém tem alguma questão Ok bom a dúvida natural então é Beleza e como
que entram as drogas nesse rolê todo aí que você tá fazendo então tá primeiro ponto eh aliás deixa eu antes explicar a esquiva sinalizada tá antes de falar das drogas isso que a gente falou agora foi a resposta de Esquiva tá e tem aindo uma variação que foi também utilizada nesse experimento que é a de a a de uma resposta de Esquiva só que uma esquiva sinalizada Qual que é a diferença aqui a diferença é que na resposta de Esquiva sinalizada Você tem algum estímulo até então neutro que se torna aversivo por estar correlacionado com
o estímulo aversivo choque Ok então a gente tá falando aqui em alguma medida de um processo de condicionamento que é respondente e uma parte também que é um processo de condicionamento operante tá dito de outra forma eh eu faço uma variação no experimento antes como era aparece choque o animal emite a resposta aparece choque o animal emite a resposta aí eu faço a seguinte variação aparece uma luz depois da Luz vai aparecer o choque Ok e se o animal emitir a resposta ele desliga e adia o choque tá só que se o animal apresentar resposta
ele também Desliga a Luz Ok então aparece luz até então luz é estímulo neutro não vai fazer menor diferença pro rato tá E aí vem o choque aí ele emite a resposta para interromper o choque Isso ele já aprendeu Ah então eu emito a resposta eu interrompo o choque também interrompo a luz e adio as duas coisas ok passa um tempo luz acende pro animal ainda não tem muito valor preditor aquela luz não significa muita coisa estímulo neutro tá mas aí vem o choque aí o animal que já aprendeu a esquivar ele vai emitir a
resposta vai desligar o choque vai desligar a e vai adiar mais uma vez a apresentação das duas coisas rapidamente novamente por um processo que em parte é respondente que é a associação né que é o contingenciamento tá e entre os estímulos choque e luz então parte do processo é respondente a luz em si vai ser aversivo condicionado eliciando respostas aversivas no Animal Ok essa é a parte respondente da história a parte operante é que se o animal emite a resposta mesmo que o choque não tenha Aparecido ele Desliga a Luz e adia tanto luz quanto
choque percebe então o que que acontece aparece luz o animal já sacou e aqui eu tô eh eh metaforizando tá a gente não sabe que o animal sacou a gente não sabe que o animal pensa enfim tá mas o animal já aprendeu ó se ve luz vai vir choque já já então o que que ele faz emite a resposta Desliga a Luz e adia as duas coisas ok luz aparece emite resposta Desliga a Luz adia as duas coisas tá Então essa é a chamada esquiva sinalizada eu estou emitindo uma resposta de Esquiva Eu não chego
nem a tomar choque tá eh eu tô emitindo uma resposta de Esquiva em razão desse estímulo aqui que ganhou uma propriedade aversiva por causa desse contingenciamento que a gente comentou aqui que em parte dele é um condicionamento né Eh respondente reflexo Tá apareceu a luz eu tenho ali um um possível né pré aversivo tá ou a melhor forma de descrever isso é um aversivo condicionado Ok acendeu a luz eu tenho um aversivo condicionado aquele estímulo até então ele se torna até então neutro ele se torno aversivo condicionado eu emito a resposta desligo o estímulo tá
e ao faz faz-lo adiu as duas coisas ok ou seja agora eu estou emitindo a resposta de fug Esquiva não a um choque eu estou emitindo a resposta de fuga esquiva a uma luz a luz tem uma propriedade aversiva porém é uma propriedade condicionada percebe Ou seja eu só consegui fazer a luz ser um aversivo Como é que você sabe que é aversivo mesmo Professor porque um estímulo aversivo funcionalmente falando é é aquele que aumenta a probabilidade da emissão de respostas que o removem do ambiente percebe então eu tô falando que a luz é que
é um estímulo aversivo condicionado porque na ao momento que ela aparece no ambiente a emissão da resposta do animal retira ele do ambiente Ok só que esse processo foi um processo aí que passou por aprendizagem tá a luz ela não é um aversivo incondicionado ela é um aversivo condicionado o choque ele é um aversivo incondicionado Ok então eu consigo ensinar um novo estímulo a ser aversivo em função desse processo aqui que a gente tá falando tá eh isso tudo para explicar o que que a gente tá chamando de estímulo aversivo isso tudo para explicar as
respostas de Esquiva que as respostas de esquivas podem ser condicionadas ou incondicionadas tá que a gente tem então as as chamadas esquivas né sinalizada e não sinalizada e Só adiantando um pouco dessa discussão toda que a gente tá falando e muito tudo que a gente tá falando aqui tem a ver com a ansiedade também ok aonde estímulos do ambiente que até então Não tem necessariamente uma função aversiva passam a ter uma função aversiva Tá mas enfim o nosso foco aqui não é discutir exatamente ansiedade nesse momento isso vai ser importante pra gente mais para frente
eh mas é discutir o lugar da droga como reforço negativo tá tá Então veja se é verdade que um estímulo é aversivo quando ele por exemplo promove respostas de Esquiva sejam elas sinalizadas ou não sinalizadas para eu falar que uma droga é aversiva eu preciso de comprovar que aquela droga aumenta a probabilidade de respostas de Esquiva em contextos Aonde a esquiva Pode ser sinalizada ou não sinalizada E é exatamente isso que esses eh pesquisadores fizeram tá tá então beleza ensinou os animais a operarem os operandos né operar a barra tal tal tal e aí uma
primeira coisa que eles fizeram foi eh fazer uma cirurgia no Ratinho tá E aí nessa cirurgia eles colocam uma cânula no Ratinho e essa cânula injeta num primeiro momento injetava Salina né Salina é uma substância inerte tá e depois eles eh injetaram mudavam a substância e mudavam a substância para ã eu esqueci qual a substância que eles que eles usavam aqui meu Deus tá Ahã OK não faz muita diferença também saber ou não Tá Mas vamos supor que fosse lítio só para trazer aqui alguma eh analogia pra gente já de de forma mais imediata tá
eh Então olha só que interessante num primeiro momento então beleza pega esse Ratinho esse Ratinho já sabe emitir resposta de fuga esquiva faz a cirurgia Bota ele na caixa operante tá bom Ratinho no primeiro momento aprendeu que tem que ficar esquivando ele vai ficar esquivando esquivando esquivando e os experimentadores eles eh colocavam essa resposta de extinção então não tem mais choque na parada não rola mais choque o Ratinho pode não fazer nada e ao não fazer nada nada acontece tá E aí passado do tempo a resposta volta para a linha de Base ok se os
ratos pressionassem a barra a consequência da resposta agora era a infusão de uma substância só que no primeiro momento a infusão eraa de Salina tá então os ratinhos ficavam acostumado com o barulho da bomba de infusão etc etc mas justamente por ser uma substância inerte nenhum animal vai ficar pressionando a barra para receber infusão de Salina porque isso não gera nenhuma espécie de alteração por exemplo perceptual ou alguma ação fisiológica no no organismo é tipo estar tomando soro fisiológico tá então beleza Eh animal pressiona a barra porque tava né tinha aprendido a fazer isso Recebi
uma infusão de Salina que não muda em nada o comportamento a fisiologia do organismo também não tinha mais choque na parada com o passar do tempo o que que aconteceu a resposta de Esquiva do animal chegava a linha de base ou seja zerava ou seja extinção tá que os pesquisadores fizeram então então é botar a resposta do animal em extinção os animais agora não faziam mais nada ok não faam mais nada ficava lá na caixa andando de um lado pro outro e tal que é o que os animais fazem quando tão ali no ambiente que
não tem nenhuma espécie de consequência pro comportamento dele eles vão emitir a resposta exploratória é isso que eles faziam e nada mais do que isso não tinha mais pressão à barra e nada do jeo tudo bem até aqui resposta extinta não tem mais nenhum nenhuma grande novidade no ambiente e aí que vem a grande sacada dos imento Ora se é verdade que uma droga pode ter uma função aversiva então se eu programar a liberação agora eu vou trocar a substância não é mais Salina é pro nosso presente propósito aqui do ponto de vista didático inclusive
eh a droga vai ser a a o lítio tá então vou liberar né lítio de tempos em tempos do mesmo jeito que eu tinha programado o choque que era liberado de tempos em tempos independente do comportamento do animal eu vou liberar lítio de tempos em tempos independente do comportamento do animal se é verdade que o lítio tem uma propriedade aversiva o animal vai começar a pressionar a resposta para esquivar da infusão do lítio do mesmo jeito que ele emitia a resposta para esquivar do Choque e se se é verdade que isso acontece a gente vai
poder falar que o lítio por exemplo tem uma possibilidade um potencial aversivo em si mesmo ok e ao fazê-lo Ou seja a partir do momento que os experimentadores programaram a infusão do lítio os animais voltaram a emitir resposta de Esquiva à infusão da droga Ok lembrando se eu tenho uma resposta que aumenta a probabilidade de um comportamento que retira aquele estímulo Então essa droga que eh essa droga aqui ela é um estímulo aversivo por quê Porque ela aumenta a probabilidade de respostas que o retiram do ambiente Isto é ela aumenta a probabilidade de respostas de
esquio Ok até aqui beleza então esse é o primeiro brilhantismo do experimento tá aqui tá o a conclusão dele animais emitiam respostas operantes para interromper a infusão da droga em uma proporção dose dependente Ah tem esse esse plus aí né então primeiro os animais emitiam respostas para interromper a a droga Isso já é um já é um ateste de que a droga pode ter um potencial aversivo tá isso acontecia na proporção dose dependente ou seja qu maior a dose maior a taxa de resposta tá então se eu dava uma dose de 0.5 MG os animais
mantinham uma taxa de resposta x quando eu aumentava a dose para 1 MG Os animais também aumentavam a taxa de resposta tá ou seja ao aumentar a versiv do estímulo eu aumento a esquiva a esse estímulo isso é verdadeiro foi verdadeiro com a droga do mesmo jeito que isso é verdadeiro também com por exemplo o choque né então Ó a mais Rep isso aí lá naquele momento da linha de base quando tava falando do Choque né animais emitiam respostas operantes para interromper o choque igual relação à supracitada ou seja quanto maior a amperagem do estímulo
maior a taxa de resposta ok dito de outra forma no esquema de Esquiva Não sinalizada quando eu tenho o choque o animal emite resposta para evitar o choque se se eu aumento a versiv tidade do estímulo se eu aumento a amperagem do Choque eu aumento a taxa de resposta para evitar o choque em razão disso eu vou falar choque aversivo se isso é verdadeiro pro choque isso também vai ser verdadeiro para qualquer outro estímulo que gere essa propriedade E aí o que que eles fizeram fizeram o experimento do jeito que eu expliquei trocou o estímulo
de choque para uma droga e mostraram que a droga fazia a mesma coisa à medida em que a droga era eh infusionada no Animal ele emitia respostas para parar a infusão respostas portanto de Esquiva E se eu aumentasse a dose da droga o animal aumentava a taxa de resposta deixando portanto de forma inequívoca a possibilidade que algumas drogas ocupem a função de estímulo aversivo ok por uma comodidade de transposição tá translacional como a gente diz na área tá do experimento do animal para no caso a vida na clínica eu estou usando como exemplo o lítio
tá e já já a gente vai falar do lítio mas não foi a droga que eles usaram não eh se eu não me engano eles usaram foi LSD Mas eu não lembro eu teria que voltar lá tá tudo bem até aqui ok resposta de Esquiva novamente dentro da mesma lógica isso aconteceu na esquiva sinalizada então o que que que que os experimentadores tinham feito antes né acendia a luz a luz sinalizava o choque etc etc só que eles colocaram extinção luz não sinalizava agora mais nada beleza comportamento extinto Só que nesse novo momento do experimento
experimento dois a luz agora antecedia a infusão da droga e eles observaram a mesma coisa ora quando a luz acende os animais emitem uma resposta de Esquiva que interrompe se é o caso né interrompe a infusão da droga Desliga a Luz e adia as duas coisas luz acente se o animal não faz nada infusão de droga se o animal pressiona a barra Desliga a a infusão Desliga a Luz e adia as duas coisas com o passar do tempo só a luz ligada já é suficiente pro animal emitir resposta de Esquiva nesse caso esquiva sinalizada ao
fazê-lo ele sequer tem a infusão e adia as duas coisas e aquele estímulo portanto é um estímulo aversivo condicionado eles observaram Exatamente isso eu consigo ensinar o animal a temer um outro estímulo no caso o estímulo aversivo eh condicionado no caso ali a luz tá em razão dessa propriedade aversiva da própria substância Ok então se uma droga é se um determinado estímulo é aversivo eu consigo tornar um estímulo até então neutro aversivo por esse processo de emparelhamento de estímulos por esse processo de contingenciamento de estímulos tá E eles observaram isso com choque a gente já
tinha falado disso mas observaram também com a droga Ok de forma tal que o animal podia eliminar estímulos que antecediam a infusão da Droga Da mesma forma que o faziam com o choque tá e nesses termos então eles eliminavam esses estímulos aversivos condicionados algumas pessoas vão chamar isso de estímulo pré aversivo também ok dessa forma então o que que a gente tem uma comprovação da possibilidade da droga se tornar um estímulo aversivo em si mesmo tá a droga às vezes ela tem uma propriedade aversiva em si mesmo e agora tentando transpor esse essa discussão toda
para a clínica um exemplo bem típico e foi por isso que eu usei esse exemplo embora não seja o experimento original um exemplo bem típico é o uso por exemplo do lítio tá o lítio ele tem algumas propriedades aversivas né então é uma droga que vai gerar nuse e tal são alguns dos efeitos colaterais que a droga tem Ok algun dos efeitos indesejáveis eh e esses efeitos vão diminuir a probabilidade da emissão de respostas que promovam no ambiente interno fisiológico aquele estímulo ou seja o estímulo droga é aversivo e diminui a probabilidade de respostas que
o produzem no ambiente como todo bom estímulo aversivo conceitualmente é dito de outra forma o uso do lítio e de algumas Outras Drogas ele pode prejudicar o chamado a chamada adesão ao tratamento percebe então às vezes e essa é uma das tarefas do psicólogo também quando a gente tá falando de adesão a tratamento é do médico também mas também é do médico do do psicólogo quando a gente tá falando de adesão a tratamento eh mesmo que seja um tratamento farmacológico a gente tá falando de sim tomar o remédio né tomar o remédio na hora certa
do jeito certo do jeito que manda por exemplo o médico tá só que adesão a tratamento é mais do que só tomar remédio do jeito prescrito tá também a emissão de uma série de outras Respostas como por exemplo fazer um exame para acompanhar se como é que tá o organismo já que eu tô usando essa droga de forma crônica etc etc algumas dessas drogas a gente vai ver a partir do segundo momento da aula algumas dessas drogas elas podem ter propriedades hepatotóxicas e por aí vai né Podem ter esses efeitos colaterais como eu comentei com
vocês o no caso do lítio o enjoo né a náusea é o efeito lateral muito crítico mas sei lá se a gente tá falando de um isrs né um inibidor seletivo da recaptação de serotonina os antidepressivos mais comuns de serem utilizados antidepressivos e ansiolíticos mais comuns de serem utilizados isso gera por exemplo prejuízo na função sexual percebe então o prejuízo na função sexual pode ser aversivo a ponto da pessoa não querer aderir ao tratamento tá eh se a gente tá falando de um antipsicótico por exemplo o os antipsicóticos segund gera e a gente vai chegar
lá eh eles exigem que a pessoa tenha uma série de rotinas de eh manutenção de de análise Laboratorial ao longo do tempo né então sei lá cada seis meses eu tenho que ficar fazendo exame para verificar se como é que tá o meu fígado como é que estão as células de Defesa do meu organismo etc etc tá Isso faz parte de estar tomando aquele tipo de medicamento mas pô Olha o custo de resposta eu tenho que fazer exame né fazer exame não é só fazer exame né gente quando você pega isso daí decompõe numa cadeia
comportamental a gente vê o custo de resposta é Ligar para algum lugar é marcar exame supondo que você tem um um plano de saúde né a coisa fica Talvez um pouco mais equacionada né porque já tá pago e tal eh Às vezes você vai ter que pagar coparticipação ou vai ter que pagar para ter aquele exame enfim aí você foi no dia no local marcado aí você foi espetado com uma agulha né então existe ali um pequeno processo de dor e tal tem gente que tem mais tolerância tem gente que tem menos tolerância a isso
né para então sair um resultado aí você vai marcar o novo o O Retorno né O Retorno não você vai marcar consulta com o seu psiquiatra aí novamente marca consulta vai no dia paga eh por exemplo a consulta uma corresponsabilidade ali pelo plano de saúde ou não enfim cada caso é um caso mas veja o custo de resposta que é isso então mesmo que a droga não seja necessariamente aversiva ela pode estar correlacionado com monte de até então estímulo neutro de forma tal aquilo aquilo tudo ser aversivo em si n todo o processo de adesão
ao tratamento ser aversivo em si tá então Veja parte do da nos do nosso trabalho eh envolve tentar o tratamento da pessoa do ponto de vista farmacológico tá Isto é parte do nosso trabalho é tentar facilitar a adesão ao tratamento farmacológico isso não é só tarefa do do psiquiatra na medida em que nós enquanto psicólogos a gente tá falando que o processo todo de adesão a tratamento envolve muito comportamento enquanto analistas do comportamento a gente tem algo a fazer em torno desse processo de adesão ao tratamento tá Então eu acho que o os os ganhos
que compreender a droga como estímulo aversivo dá do ponto de vista interpretativo e da implicação para o nosso trabalho na clínica vão envolver reconhecer que algumas drogas são aversivas em si mesmo reconhecer que essa Aviv da droga pode se estender para outros estímulos correlatos que até então neutro podem se tornar aversivos e um primeiro lugar lugar aonde a gente vê isso é a droga como estímulo aversivo e é por exemplo a dificuldade na adesão ao tratamento Ok até aqui fez sentido para vocês dúvidas comentários observações Ok primeiro ponto a droga é aversiva em si se
a droga é aversiva em si a gente já tá falando de todo esse cenário segundo ponto e Olha que interessante a droga ela pode me ajudar a diminuir estados aversivos Ok Como assim se eu tenho dor de cabeça que que eu faço ah eu pego e uso um analgésico quando eu uso um analgésico o que que eu tô fazendo eu tô retirando a dor de cabeça o estímulo aversivo do ambiente Ok Então olha que interessante a droga ela pode ser utilizada para retirada desses estados aversivos do ambiente interno fisiológico Ok então a segunda discussão que
a gente pode ter em torno da droga como estímulo reforçador negativo tá a droga se ela me ajuda a retirar algum estímulo aversivo do ambiente ela pode ser né alto administração de droga pode ser reforçadora negativa porque ela tá retirando esses outros estímulos do ambiente tá e aqui a gente já não tá falando só da droga enquanto estímulo em si Ok mas a gente tá falando da droga dentro de um contexto um pouco maior aonde existem aspectos internos fisiológicos que são os aspectos a Gerar Aviv tá Então qual que é a lógica que a gente
tá trabalhando em torno disso ora supondo o lítio o lítio era aversivo em si o lítio promove uma alteração fisiológica e eu paro de de usar lítio por causa dessa alteração fisiológica quando a gente tá falando isso a gente tá reconhecendo que algumas alterações fisiológicas podem motivar respostas de reforço negativo OK aí agora beleza a primeira discussão que a gente fez segunda discussão aqui a gente tá ampliando se algumas alterações fisiológicas podem fazer eu emitir respostas para evitar aquele estímulo algumas alterações biológicas podem ser inclusive dor por exemplo dito de outra forma eu posso utilizar
a droga para retirar dor enquanto estímulo aversivo Ok então algumas alterações fisiológicas nesse exemplo que eu tô trazendo dor isso pode gerar pode aumentar a probabilidade da resposta de autoadministração de droga para que isso retire dor tudo bem até aqui beleza Esse é o segundo cenário onde eu tô falando que estímulos internos fisiológicos aumentam a probabilidade de emissão de alta administração de droga nesse caso eu tô falando de dor dor é familiar para todo mundo mas volta um pouco na nossa aula quando a gente falou de abstinência percebe lembra abstinência aquele estado vivido com muito
desconforto que depende da droga mas que dependendo da droga você vai ter dor dor lancinante você vai ter eh eh um um um aumento né da irritação etc etc Então veja é desse segundo cenário que a gente tá falando se a gente admite que alterações orgânicas podem aumentar a probabilidade da autoadministração de droga no caso de um analgésico um outro tipo de alteração orgânica nomeadamente aqui abstinência pode aumentar a probabilidade da administração de droga que droga a droga de abuso porque que ao fazê-lo eu estou retirando a abstinência do ambiente interno fisiológico percebe Então olha
só que interessante dentro dessa discussão de droga enquanto reforço negativo a gente já falou disso e da percepção e do impacto disso por exemplo eh da droga enquanto ex uma aversivo em si mesmo e já falou um pouquinho sobre adesão a tratamento a gente já falou que todo esse cenário aqui me ajuda a fazer interpretação funcional da autoadministração de droga no caso da abstinência da autoadministração de droga no causo da dependência química tudo bem até aqui ok show interessantíssimo e olha um terceiro cenário possível algumas drogas como a gente acabou de ver no lítio mas
aí eu vou usar um outro exemplo tá elas podem em si mesmo ser aversivas ok a gente já viu e entendeu isso daqui professor e se eu tivesse uma outra droga que prejudica a Aviv dessa droga percebe então eu tô falando que uma droga gera algum estado aversivo no ambiente interno fisiológico e se eu tiver oportunidade de tomar alguma outra substância que comprometa A ação dessa droga portanto que compromete a ação desse eh ambiente aversivo né interno fisiológico eu posso ter como efeito um aumento autoadministração dessa outra droga percebe dito de outra forma e administro
droga para retirar uma abstinência só que eu tô falando de abstinência a lógica que é eu Auto administro droga para prejudicação de outra droga percebe se ela tiver uma propriedade aversiva isso acontece também principalmente né nomeadamente o cenário mais claro de Observar isso daí é o uso de tabaco em pacientes que fazem tratamento com antipsicóticos tá então para para ilustrar um caso não são todos eh eh não são só eh eh eh clientes pacientes com esquizofrenia que fazem uso de antipsicóticos Tá mas a literatura mostra essa eh eh essa relação confiável pacientes que fazem uso
de antipsicóticos principalmente os antipsicóticos de primeira geração tá ou seja esquizofrênicos em sua maioria que usam antipsicóticos de primeira geração tem um aumento do consumo de tabaco maior do que a população normal e maior do que a população de outras quadros psiquiátricos e a Razão de eh Uma das razões apontadas que explicam isso é que o consumo de tabá prejudica a absorção dos antipsicóticos típicos tá os antipsicóticos de primeira geração Olha que interessante aqui esse terceiro cenário que eu tô falando eu uso um remédio aí esse remédio é aversivo em si o o antipsicótico a
gente vai ver isso com calma tá mas os antipsicóticos de primeira geração eles tem uma propriedade aversiva e eu começo a autoadministrar uma outra droga para retirar essa estimulação aversiva do ambiente Ok nesse caso a droga é uma droga de abuso E aí eu vou ter por exemplo dependência né o transtorno por uso de substância no caso aí transtorno por uso de tabaco tá eh é uma droga de abuso mas poderia ser alguma outra espécie de droga Ok tudo bem até aqui dúvidas comentários Então veja diga vamos lá eu acho que a Júlia tava tentando
falar per tá dando para ouv dando para ouvir direitinho sim sim eh é porque você tá falando que toda droga L é versiv em si porque ela fica ela se torna apeada por um processo aversivo anterior não eu não falei que toda droga é aversiva em si Mas algumas drogas sim podem ser aversivas em si tá elas elas são aversivas em si porque elas têm um histórico de pareamento ou elas têm consequências que são entendidas como aversivas elas são aversivas em si por alguma propriedade é bioquímica da droga uhum Ok então alguma característica bioquímica da
Droga vai tornar essa droga só para voltar um pouquinho à aula anterior tá do mesmo jeito que algumas substâncias tem afinidade bioquímica aos circuitos de recompensa e isso torna aquela droga eh eh da possibilidade da droga se tornar um estímulo reforçador em si mesmo reforçador positivo a gente tá falando que isso também é possível com drogas aversivas então algumas drogas em razão de su seus aspectos bioquímicos eles podem se eh Se ligar a estruturas orgânicas etc etc e essas essa ligação que ela faz torna essa substância aversiva em si Ok então é uma possibilidade algumas
eh por exemplo náusea enjoo Esse é um exemplo muito claro e que talvez alguns já tenham passado Então isso é aversivo em si e essa aversiva ver com a propriedade orgânica com a propriedade bioquímica da droga tá então isso torna essa droga um potencial aversivo se essa droga tem esse potencial aversivo Aí sim a gente pode estar falando dessas outros condicionamentos OK mas não eh o que você tá falando tá certo mas assim eh entenda que não é correto afirmar que toda droga é aversiva em si é esse o meu ponto aqui agora as drogas
que têm o potencial aversivo sim aí elas podem eh se contingenciados gerar esse aversivo de outros eh de outros estímulos ok e quando você fala de quem tá fazendo uso de antipsicótico comenta o uso de tabaco uhum eh você no caso do tabaco também ele é considerado conversivo no caso eu fiquei meio D nessa parte nesse caso o o o o estímulo aversivo em si seria o as alterações orgânicas etc que aí tem um pouco de de uma definição do nível de análise tá Júlia Mas enfim um possível nível de análise né o aversivo em
si são aquelas alterações orgânicas geradas pela substância no caso antipsicótico uhum tá aí eu tomo Eu uso o tabaco Ok e Retiro isso daqui do ambiente então o comportamento de autoadministração de tabaco tá sendo reforçado aumenta a probabilidade ele tá sendo reforçado porque tá retirando alguma coisa aversiva do ambiente aquelas alterações orgânicas e portanto é um uso por reforço negativo Ok eu uso o tabaco para retirar algum aspecto aversivo do ambiente tem uma coisa também às vezes não sei de Hábito tem gente às vezes que fuma e toma café junto e aí toma café e
depois fuma uhum uhum e aí é um pouco do hábito tem a consequência e já junta É nesse caso aí eh não não existe do ponto de vista orgânico fisiológico alguma espécie de comprometimento da ação de um em função do outro uhum tá eh nesse caso existe uma possível potenciação das duas coisas porque tanto tabaco quanto café vão tá gerando do ponto de vista orgânico a o aumento dos mesmos tipos de neurotransmissores e tal as duas drogas são psicoestimulantes tá eh então pode ser um efeito de de associação das duas substâncias para gerar esse efeito
de aumento de alerta aumento de atenção etc agora uma discussão interessante que você tá trazendo aí Júlia que não é exatamente o que eu traria nesse momento mas é uma discussão muito importante pro próximo momento quando a gente vai falar de droga como estímulo discriminativo é que nesse caso o café como ele tá muito associado ao tabaco o fato da pessoa mesmo sei lá num ambiente onde não pode fumar imagina que ela tá num voo tá ela tá voando Ok no avião aí ela pede o cafezinho esse cafezinho aí em razão dessas associações com tabaco
etc etc vão aumentar a probabilidade da pessoa querer fumar por todos aqueles processos respondentes que a gente já explicou e porque nesse caso aí o café ele vai se tornar um SD pro comportamento de fuma da pessoa tá mas aí já é SD a gente vai falar disso já já mas eh voltando paraa sua dúvida nesse caso específico não é usar eh tabaco para prejudicação do café não tá beleza Só aproveitando a dúvida da Júlia Bravin da onde vem isso tá algumas drogas como é o caso do tabaco elas vão mobilizar eh sem ser muito
técnico na conversa tá mas ela vão eh eh mobilizar estruturas eh eh citocromos específicos no fígado para metabolizar o mesmo substrato que é o que metaboliza o o o antipsicótico tá ou seja Sabe aquela história do corta o efeito ai não pode fazer isso porque corta o efeito daquilo não pode tomar o tal remédio porque tal remédio corta o efeito do outro do outro remédio é meio que essa lógica tá então assim ó o uso do tabaco corta o efeito do antipsicótico é o que que é o corta o efeito é eu tá falando ali
no fígado ó metaboliza aí tal coisa C citocromo p450 acorda Bora metabolizar tal coisa e o que que é o tal coisa é o antipsicótico que o cara tá tomando tá Então essa é a lógica por trás Só que essa lógica é toda respondente é uma cadeia de respostas orgânicas tá mas do ponto de vista operante o ato né de pegar o o de tomar o remédio e ao mesmo tempo de pegar o cigarro tal tal tal esse comportamento Essas são operantes Ok eu te expliquei Júlia Tá show de bola galera mais dúvidas só só
então tentando fechar aqui um a droga pode ser aversiva em si mesm alguns exemplos tá a gente falou do antipsicótico principalmente primeiraa a gente falou do do lítio tá E essas podem prejudicar a adesão ao tratamento Ok primeiro cenário segundo cenário alterações orgânicas podem me mobilizar a utilizar drogas para alterar essas coisas orgânicas Exemplo analgesia né ah tô com dor de cabeça tomo um analgésico outro exemplo no caso aí da dependência química a abstinência então eu uso uma droga para eliminar sintomas de abstinência Ok por extensão dessas duas coisas uma droga pode ser aversiva em
si mesmo alterações orgânicas terceiro cenário uma droga que eu uso pode induzir uma alteração orgânica aversiva E aí eu vou emitir uma resposta para retirar essa ou concorrer com essa alteração orgânica o exemplo que eu trouxe aqui foi dos antipsicóticos e do tabaco tá então eu Auto administro tabaco para prejudicar a alteração orgânica gerada pelo antipsicótico que eu tomei Ok então esse terceiro cenário seria A ideia é um a droga pode ser aversiva em si mesmo dois eu posso emitir uma outra resposta resposta de autoadministração de droga para retirar o aversivo Tá três eu posso
emitir uma resposta de autoadministração de droga para retirar um aversivo induzido para uma outra droga Ok Esse é o terceiro cenário que eu tô apresentando aqui para vocês tudo bem até aqui dúvidas comentários diga mas uma droga pode ser verva a tanto a longo quanto a curto prazo né também por exemplo eh se falamos de efeito colateral e pode mas quando você fala de longo prazo Ana eh isso não tá controlando o comportamento imediato da pessoa né então por exemplo você não vai assumir que essa Aviv a longo prazo é o que tá controlando a
minha resposta no momento presente se existe algum controle nesse sentido provavelmente controle verbal então assim ah não vou tomar esse medicamento não porque esse medicamento pode me gerar de cinesia tardia eu já vi na internet que eu posso ter prejuízo de comportamento motor no controle de comportamento motor mesmo que eu interrompa o uso do medicamento isso pode acontecer lá sei lá 20 anos depois pode isso é verdade Ok só que se uma pessoa não está tomando medicamento hoje por causa de uma coisa que Teoricamente só vai acontecer 20 anos teórica e probabilisticamente só vai acontecer
20 anos no futuro o que tá controlando o comportamento dessa pessoa não é o futuro isso não faz sentido na análise do comportamento ISO seria teleologia o que tá controlando o comportamento da pessoa é alguma coisa no ambiente imediato e presente e nesse caso seria controle de comportamento verbal provavelmente Ok show de bola mais dúvidas galera muito bom Beleza então tranquilos até aqui tranquilas e com isso a gente Então fecha essa nossa discussão daqui da droga como estímulo reforçador negativo tá E aí a gente tá apto também a passar para um próximo nível de discussão
que a droga enquanto estímulo discriminativo Ok um pouquinho dessa discussão a própria Júlia trouxe pra gente naquele exemplo do cafezinho né o bom e velho cafezinho e o cigarro no no caso eu não fumo então não vou mostrar um cigarro aqui para vocês eh Mas aonde você tem por exemplo essa possível associação entre essas coisas tá Eh vamos lá e vamos novamente conceitualmente pensar deixa eu até voltar aqui vamos pensar conceitualmente o que que é um estímulo discriminativo tá então lembrem-se né e e e e até então não é nada muito novo a gente tá
falando de conceituação a gente tá falando de conceito na análise do comportamento você vai falar que um estímulo ele é um estímulo discriminativo na medida em que ele evoca respostas operantes tá então lembrando quando a gente tá falando de eh respondentes a gente vai falar que o estímulo elicia uma resposta quando a gente tá falando de operante a gente fala que o estímulo evoca uma resposta tá eh Então veja no caso do operante um determinado estímulo ele pode evocar uma resposta mas como é que eu sei que um estímulo evoca uma resposta fazendo um teste
que a gente chama de teste de controle de estímulo Tá levando tudo isso que que que a gente tá conversando para caixa operante basicamente é eu ensino rato um operante então por exemplo emito resposta pressão à barra e Gero o alimento como reforço Suponho que o alimento que o animal está privado de alimento que o alimento seja reforçador então resposta de pressão barra reforço resposta reforço resposta reforço resposta reforço o que controla o comportamento do animal é a consequência é o reforço é o reforço alimento que aumenta a probabilidade do comportamento do animal no futuro
Ok beleza só que se eu crio um cenário Aonde a barra só funciona quando existe uma luz acesa essa luz ela também vai ganhar um poder uma propriedade ela vai passar a ter uma propriedade sobre controle da resposta tá E esse é o chamado treino discriminativo tá como que é o treino discriminativo se luz acesa e pressão à barra aí vem reforço se luz acesa e pressão à barra aí vem reforço se luz apagada e pressão a barra não vem nada luz apagada pressão a barra não vem nada de forma tal que a luz ela
se torna confiavelmente correlacionada com reforço quando da emissão de uma resposta operante ou seja só tem reforço se tem luz no ambiente e se tem pressão à barra se tem luz e não tem pressão à barra não vem reforço se tem luz e tem pressão à barra vem reforço se não tem luz tem pressão à barra não vem reforço se não tem luz e não tem pressão à barra não tem reforço ou seja o único cenário possível é luz acesa resposta de pressão à barra e então reforço isso é dizer de um estímulo no caso
luz confiavelmente correlacionado com reforço na situação aonde se é reforço teve que ter resposta né conceitualmente Falando teve que ter resposta então tem que ter a emissão da resposta tudo bem até aqui esse é o treino discriminativo no começo o rato né Tem um operante indiscriminado Ora se eu aprendi a pressionar a barra e ganhar a comida pressionar a barra ganhar comida pressionar a barra ganhar comida quando a luz acende não faz diferença para mim eu tô pressionando a barra ganhando comida pressionando a barra ganhando comida pressionando a barra ganhando comida quando a luz apaga
no começo não faz diferença pressiono a barra nada pressiono a barra nada pressiona a barra nada aí acende de novo a luz pressiona a barra porque eu tava acostumado a pressionar aí beleza né estava acostumado efeito de história tá pressiona a barra Nossa e vem comida pressiona a barra vem comida pressiona a barra vem comida luz apaga pressiona a barra nada pressiona barra nada com o passar do tempo entendam com exposição à contingência o animal aprende que o operand a barra só funciona quando a luz está acesa Então se luz acesa e eu pressiono a
barra gera comida aí o que que acontece suponha o rato já aprendeu essa relação luz acesa pressiona barra comida luz acesa pressiona barra comida luz acesa pressiona barra comida luz apagou está sob controle de um estímulo discriminativo que nesse caso é a luz Ok como que eu sei professor que o comportamento operante tá sob o controle da luz se quando o rato pressiona a barra ele recebe reforço Aí você faz o teste de controle de estímulo e o teste é feito sem reforço ou seja acende a luz vê quantas vezes o rato pressiona a barra
apaga a luz vê quantas vezes o rato pressiona a barra acende a luz vê quantas vezes o rato pressiona a barra apaga a luz vê quantos rato Quantas vezes o rato pressiona a barra e no durante o teste não tem reforço Ok Ou seja você vai ver quanto qual é a taxa de resposta alocada no quando a luz tá aca com a taxa de resposta alocada quando a luz está apagada tá E aí você vai poder afirmar com tranquilidade que olha supondo esse resultado que eu vou falar né supondo que o animal pressiona a barra
sempre que a Luz está acesa e praticamente não PR na Barra quando a luz tá apagada aí você vai poder falar ó tá vendo parte do controle do comportamento do animal é o estímulo antecedente tudo bem até aqui beleza isso daí que a gente falou é exatamente o que a gente tá chamando de controle de estímulo a gente tá falando de um operante que passou por um processo de treino tá E esse processo de treino gerou a aquisição de uma resposta em função dessas propriedades de forma tal que essas propriedades podem evocar resposta em si
mesmo ok até aqui gente Teoricamente nada de novo sobre sol é só eh revisão Tá mas e aí A novidade é essa uma droga também Pode ocupar a função de um estímulo discriminativo Ok para que uma droga provoque isso para que uma droga se torne um estímulo discriminativo duas condições T que ser atendidas a primeira delas é que a droga ela tem que produzir um efeito detectável no organismo Ok lembra que eu comentei por exemplo da Salina né Salina inclusive Não é droga é uma substância inerte Mas qual que é o ponto quando você infusionais
tá no nosso caso e é exatamente esse o caso tá é como se a gente tivesse tomando soro fisiológico na veia a gente não sente nada no org quando a gente tá tomando soro fisiológico na veia percebe aquela alteração orgânica ela não é detectável agora se eu tivesse por exemplo injetando sei lá eh morfina na veia lá no hospital você vai ter uma mudança detectável né Suponha que no hospital você tá usando morfina para tirador então a mudança detectável é essa diminuição da analgesia dep dependendo da dose você vai ter até um baratinho ali tá
tudo bem até aqui beleza então veja primeira condição necessária para você falar da droga como SD é que ela tenha e seja detectável no organismo tá e a segunda condição necessária e sim as duas condições T que ser necessárias e são suficientes tá eh a segunda condição necessária seria o organismo passar por uma história de reforçamento diferencial na presença e na ausência da droga do mesmo jeito que eu ensinei o Ratinho lá uma história de reforçamento diferencial na presença e ausência da luz aqui a gente tá falando de uma história diferencial na presença e ausência
da droga Ok dito de outra forma a gente teria um cenário parecido com isso tá sobre um determinado eh contexto a emissão de uma resposta operante quando eu estou sobre efeito de droga gera reforço Então imagina falar de rato primeiro depois a gente amplia is pra clínica tá imagina que eu pego o animal agora em vez de por exemplo Ligar luzes ou seja lá o que for eu aut eu Auto não né eu administro no Animal Eh sei lá eu administro no animal que fosse lítio enfim tá só para brincar aí com com essa lógica
né de que uma coisa aversiva ela pode ser reforçadora em função de outras histórias de aprendizagem também tá suponha o seguinte ó administrei lítio no Animal o animal tem agora por causa do lítio por causa da da função eliciador que o lítio gera ele tem alguma mudança detectável no organismo Ele tá ali meio enjoadinho tá um pouco nauseado Talvez ok mas quando ele pressiona a barra ele gera reforço tá então pressionou a barra gerou reforço pressionou a barra gerou reforço pressionou a barra gerou reforço tudo bem no outro dia eu pego o animal Eu administro
por exemplo eh Salina e coloco ele na caixa operante aí o que que acontece pressiona a barra extinção pressiona a barra extinção pressiona a barra extinção percebe do mesmo jeito que a luz tava predizendo de forma confiável o reforço agora quem tá predizendo o reforço é o efeito fisiológico gerado pela droga Então por exemplo na no contexto de treino imagina eh eu falei de lítio né lítio correlacionado com reforço Salina correlacionado com institução lítio correlacionado com reforço Salina correlacionado com extinção tudo bem no momento de teste ah tá aqui ó tá então contexto onde o
animal tá sobre efeito da droga gera reforço contexto onde o animal tá sobre efeito de veículo né que no caso aí seria Salina tá veículo é é o termo que a gente usa para para uma substância que serve para carregar tá a droga no caso aí para dissolver a droga ok Então tá sobre efeito de Salina Ok e gera extinção isso é feito no treino na circunstância de teste Imagina eu retiro o reforço não tem mais reforço na parada pego o animal injeto por exemplo Salina vejo como ele se comporta tá numa outra sessão no
no injeto Salina injeto eh eh o lítio coloco na caixa vejo como ele se comportam E aí eu vou ver na sessão de teste qual é a proporção de comportamento alocado em uma situação em outra situação e novamente se existe muita resposta acontecendo na situação lítio e pouca resposta acontecendo na situação Salina então eu vou falar que o comportamento do animal tá sob controle dos estímulos no caso aí eh discriminativos antecedentes tudo bem até aqui deu para ter uma um vislumbre tá vamos tentar então trazer algumas situações um pouco mais aplicadas aqui uma primeira delas
só para aproveitar o exemplo que é um bom Exemplo foi trazido [Música] pela Ah esqueci o nome da Luna gente perdão que era o exemplo do cafezinho tá J Júnior né queera o exemplo da Júlia queera o exemplo do cafezinho né Então olha se eu sempre tomo café e fumo tomo café fumo tomo café fumo tomo café fumo tá eh essa circunstância ela vai ganhar alguma propriedade discriminativa no caso o café vai ganhar uma propriedade discriminativa sobre o meu próprio comportamento de fumar e aí por exemplo eu tô né caso que eu comentei aqui com
vocês ah eu tô num V tomo um cafezinho isso aumenta a a probabilidade demissão da resposta de fumar naquele contexto não dá para fumar isso vai gerar ali toda uma série de desconforto por exemplo na pessoa por não est podendo emitir essas respostas Ok tudo bem até aqui o interessante e agora trazendo isso para para alguns outros eh eh aprendizados que a gente tem na área de farmacologia comportamental é que eles chamam isso daqui a droga quando é um estímulo discriminativo eles chamam isso daqui de aprendizagem estadod dependente estado no sentido de um estado fisiológico
eu aprendi um operante sob controle de um determinado estado fisiológico E aí eu só emito essas respostas operantes sob controle desse estado fisiológico isso no caso do animal em ambiente de Lab atório é muito fácil de ver e é o que a gente viu aqui ah quando ele estava sobre efeito da substância ele emitia as respostas operantes tá no caso do do humano em ambiente natural onde você tem atravessamento de um monte de outras variáveis é um pouco mais difícil de bater martelo aonde tem aprendizagem de estado dependente mas algumas situações ajudam a gente a
ver isso aqui tá por exemplo Duas né é muito comum você ver pais de crianças que TM TDH e são medicadas eles fazerem mais ou menos o seguinte Ah eu acho remédio muito pesado PR criança remédio psiquiátrico etc etc etc né então eu tô fazendo assim eh quando ele tá em período letivo aí eu uso o medicamento mas quando ele tá de férias aí eu suspendo o medicamento percebe olha só que interessante sobre efeito de drogas no caso metilfenidato para dar um exemplo né a ritalina e tal a criança vai paraa escola emite respostas operantes
e é reforçado pelo seu comportamento de adesão às tarefas eh de atenção em sala de aula etc etc etc etc só que chegou nas férias o pai suspende o o Medic não tem um contexto que vai evocar ali aquele comportamento e eventualmente ele não vai experienciar nenhuma espécie de reforço por esse tipo de repertório aí voltou pra sala né Terminou as férias volta a usar o medicamento porque vai voltar pra aula e lá naquele contexto ele emite respostas tem reforços etc etc ok que que você tem aqui você tem um possível aprendizado estadod dependente né
a criança sobre efeito da droga no ambiente escolar ela é reforçada diferencialmente só que quando ela tá de férias e não tem as demandas escolares por exemplo el e e também não tem a a droga tá ela não emite respostas e aí dá aquela impressão de que Poxa parece que o menino vai ficar dependente a vida inteira do medicamento parece que percebe eh Às vezes você não tem os contextos em dutores acontecendo durante as férias no caso dos contextos eh eh típicos de escola né e tudo mais ao mesmo tempo que você também não tem
por exemplo o a droga e essa essa diferenciação do processo ele pode eventualmente novamente quando a gente tá falando de humano é muito mais difícil de bater o martelo Não é um ambiente tão controlado tá vai depender do que que ele faz nas férias também né então se ele tem atividades mais cognitivas com a família e tal pode ser que ele esteja experienciando reforço de respostas cognitivas etc na ausência do medicamento aí já não a ideia de de uma história de aprendizagem em estado dependente já pode não fazer muito sentido Tá mas enfim cada caso
é um caso mas o que eu quero chamar atenção aqui é eh existem alguns cenários aonde você pode ter um pouco desse aprendizagem da aprendizagem estado dependente acontecendo tá E aí de repente a criança é confrontada né com alguma espécie de atividade mais cognitiva nas férias e não dá moral e enfim as a a atenção flutua não engaja porque não tem o controle discriminativo das drogas acontecendo no seu ambiente interno fisiológico ou seja dito de outra forma do mesmo jeito imagina lá o nosso Ratinho né acende a luz emite resposta gera reforço acende a luz
emite resposta gera reforço acende a luz emite resposta gera reforço do mesmo jeito que você apaga a luz Suponha que a barra continua funcionando mas você apaga a luz não tem emissão de resposta percebe mesmo que a barra esteja funcionando a probabilidade do animal emitir resposta na ausência da luz é pequena e isso não acontece porque você tirou o sd por mais que a barra esteja funcionando o sd controla em parte a resposta transportando essa lógica por exemplo que eu tô trazendo mesmo que você tenha algumas habilidades cognitivas sendo potencialmente reforçadas para aquela criança se
ela não tá sobre efeito da droga ela não vai emitir as respostas Porque você desligou a luz para aquela criança do mesmo jeito que você tira o estímulo discriminativo pro Ratinho você estaria tirando o estímulo discriminativo pra criança e ao tirar o estímulo discriminativo paraa criança ela não emite as respostas do jeito que ela aprendeu por exemplo no contexto escolar OK aí parece que ah o tratamento não tá fazendo efeito enfim percebe novamente a transposição né a translação desses dados de laboratório pro pra aplicação quando a gente tá falando de um de um universo né
mais complexo do que o universo do laboratório essa leitura da aprendizagem estad dependente Ela merece muito cuidado tá mas esse é um cenário aonde a gente pode ver um pouquinho desse tipo de leitura Ok esse e outros tá então por exemplo eh imagina que eu sou e aí a gente vai por exemplo poder inclusive falar do potencial da da possibilidade de algumas drogas que não tem função eh que não tem uma bioquímica que se relacione com aquela fisiologia do reforço uma droga se tornar aí por exemplo um reforço condicionado ou coisa do gênero tá E
aí eu ten aquela chamada hoje a gente não usa esse termo né mas é o que era chamada de eh dependência psicológica da droga tá por exemplo Vamos lá eh imagina que eu tô tô mal né depressão e tal tal nunca fiz terapia né e enfim fui convencido pela minha esposa a fazer terapia tá fazer tratamento né Não só terapia vou no médico aí o médico prescreve o medicamento ó prescrevi aqui Prozac né um inibidor seletivo da recaptação de serotonina tá eu te prescrevi aqui prosac etc etc mas tu tem que fazer terapia também ok
Aí eu começo a fazer terapia no mesmo momento do tempo que eu tomando medicamento tá então as duas coisas estão acontecendo em conjunto Isto é sem remédio sem terapia sem com depressão tá aí Suponha que agora eu fazer um tratamento e Suponha que ISO vai ser bem sucedido com remédio com terapia com reforço Ok então até então sem remédio sem terapia extinção com remédio com terapia reforço tá então beleza comecei a fazer o meu tratamento né aí tô lá na minha psicóloga psicóloga super competente trabalhando ali uma série de estratégias por exemplo de ativação comportamental
etc etc ou seja reforço reforço por causa da terapia e o reforço por causa da terapia tá sob controle também de um estímulo discriminativo que no caso ali seria o medicamento percebe ó reforço porque eu tô emitindo respostas operantes só que eu estou emitindo respostas operantes e gerando reforços reforços sob controle de droga a droga é parte do ambiente Ok a droga é parte do ambiente até tem uma fisiologia ali que me motiva por exemplo a querer emitir respostas mas no final das contas o reforço ele é contingente a emissão da resposta ele é contingente
por exemplo a aquela terapêutica de ativação comportamental só que isso daqui tá acontecendo sob controle do medicamento Beleza então sob controle do medicamento emito respostas reforço sob controle do medicamento emito respostas reforço sob controle do medicamento emito respostas reforço beleza show que que a gente sabe prosak SRS tem pouca afinidade a fisiologia do reforço tem pouca afinidade a receptores dopaminérgicos e portanto do ponto de vista estrito da bioquímica é uma droga que tem pouca chance de gerar Dependência em função da substância em si mas eu tô gerando reforço Nesse contexto ambiental droga de forma tal
que a droga sinaliza a probabilidade de reforço tudo bem até aqui Ok tô bacanão volto no psiquiatra psiquiatra vira e fala Olha tô vendo que você teve muito progresso acho que a gente já pode começar a falar de descontinuar a droga acho que a gente já pode falar de desmame acho que a gente já pode falar de abrir mão do tratamento farmacológico pode acontecer de uma primeira reação do do paciente é falar assim você acha Doutor que tá na hora eu não sei se eu tô tão certo assim de que já dá para suspender o
medicamento ah sei lá Doutor vai que eu pioro de novo percebe que que tem por trás dessas falas essa insegurança de abrir mão da droga em parte pode significar isso daqui olha a droga uma vez que tá correlacionada com reforço ela se tornou um reforço ela ela tem uma propriedade discriminativa como a gente falou e ela pode talvez ser reforçadora condicionada ali paraa pessoa abrir mão da droga é muito desafiador justamente porque a droga ela sinaliza a possibilidade de reforço e a droga Às vezes pode ser um reforço em si nesses termos percebe E aí
eu tenho uma dificuldade Então veja primeiro a o desconforto a desconfiança a preocupação sobre abrir mão da droga pode ter a ver com isso tá E é isso que algumas pessoas vão chamar de dependência psicológica Por que psicológica porque do ponto de vista bioquímico Nada justifica uma dependência por exemplo de um antidepressivo dessa dessa classe como eu comentei com vocês ok eh primeiro ponto segundo ponto se eu retiro a droga tá aí o que que eu posso ter eu posso ter lembra sem estar sobre efeito da droga eu não emito aquelas respostas se eu faço
a retirada dessa droga de forma precipitada eu posso ter a o ressurgimento tá vamos chamar assim de sintomas a recaída Tá ora retirei a droga de forma precipitada né Suponha que o cliente m fala ah tô bonzão Então vou parar parou por si só aí que que que é o parar por si só é desligar a luz da caixa e aí que que eu posso ter caída aí vai no Psiquiatra e não não era para ter parado desse jeito a gente tem um protocolo de desmame Vamos diminuir a dose por exemplo em 50% cada uma
tem o seu protocolo tá Vamos diminuir em 50% né aí diminuiu a dose o equivalente à diminuição da dose pra gente significa falar de fading Out n então eu tô retirando gradualmente um estímulo nesse caso um estímulo discriminativo do mesmo jeito que eu poderia estar apagando a luz ualmente pro animal voltar a pressionar a barra com a luz apagada aí eu vou diminuindo devagarzinho o estímulo eu posso fazer isso aqui no nosso exemplo diminuir devagarzinho a dose da droga para evitar a retirada da droga e esse essa recaída Ok então por trás disso tudo que
a gente tá discutindo a gente tá falando perdão a gente tá tá falando de aprendizagem em estado dependente tá o desmame que o médico faz é o equivalente ao que a gente chama de fading Out tudo bem até aqui dúvidas Professor eu fiquei pensando no exemplo que você falou antes do de pais eh de filhos com TDH que dá um remédio por exemplo no no período do ano letivo e daí nas férias não dá eh e o o uso desse remédio deveria ser contínuo né é o que os psiquiatras vão recomendar exato então provavelmente o
efeito deve ser diferente né de quem toma todos os dias e de quem toma só num período né é exato exato aí eu a a que que é a recomendação tá Ana é a manutenção e uma vez garantindo né esses processos de aprendizagem tal tal tal a retirado gradual também independente do contexto tá uhum e e e aí novamente assim mas que isso é caso a caso porque é possível existir uma aprendizagem em estado dependente é é possível existir aprendizagem em estado dependente vai acontecer com o meu cliente não sei porque para você falar disso
você precisa de garantir essas quatro condições se estímulo discriminativo e e resposta então reforço beleza isso tá acontecendo se estímulo discriminativo e não resposta não reforço bom como é que é como como são as coisas quando a criança tá em aula tomando portanto medicamento sem ter exigências cognitivas né E aí os outros cenários né se eh sem droga emissão de resposta não reforço sem droga eh não emissão de resposta não reforço percebe então assim garantir essas quatro situações é o que vai falar que você teria né uma aprendizagem estad dependente mais clara né só que
se nas férias Ela tá brincando e as atividades também são cognitivas tal tal tal e ela tá sendo reforçada por isso não necessariamente você tá garantindo o maior cenário de aprendizagem em estado dependente então por isso que a análise ela acaba sendo primeiro muito caso a caso e segundo quando a gente fala de um ambiente eh um ambiente natural né Ela é mais difícil de você atestar de forma precisa tá uma coisa é fato o fenômeno existe tá o fenômeno da aprendizagem eh estado dependente ele existe ok Eh sei lá um concurseiro Ah eu eu
eu uso uso medicamento estudo aqui pá 8 7 horas tal uso meof T estudando aqui vem v e estudando acertando um monte se no dia da prova ele não usa ele Pode falhar por falta não é só só por causa da droga e tal tal tal mas por falta dessa aprendizagem estado dependente entende então a chance dele fazend uma leitura mais fria aqui da situação a chance dele ter nesse caso supondo o cara que faz esse tipo de uso que eu não tô recomendando tá gente fique muito claro isso OK mas a gente sabe que
as pessoas fazem isso nesse caso o cara que faz isso e não usa no dia da da da prova você tá tirando o estímulo discriminativo dele percebe aí que você vai ver os caras fazendo usando também no dia da prova entende então assim eh nesse caso é até mais fácil de falar de um processo de aprendizagem independente porque a gente tá falando de estímulos muito estritos tá no caso da criança com TDH aí é muito mais coisa né então assim você tá falando de um uso de vários contextos de vários tipos de brincadeira brincadeiras que
são mais cognitivas brincadeiras que são menos cognitivas então ali fica mais mais de leitura dado a diversidade de estímulos eh envolvidos na situação no caso do concurseiro não né tipo ah o cara usa o remédio Ah esse remédio vai sei lá durar x horas né 8 horas então às 8 horas ele tá ali então ali a gente tem uma relação mais ponto a ponto usou remédio estudou usou remédio estudou usou o remédio estudou fim de semana ele não usa o remédio não estuda né vai curtir fim de semana não usa remédio no estudo vai curtir
chegou depois sei lá semana seguinte os remédios estudo Então nesse caso do concurseiro a contingência é muito mais limpa pra gente ler e a a possibilidade da gente ter uma aprendizagem estado dependente no caso do concurseiro é muito mais fácil na criança a contingência não tá tão limpinha assim não então por isso que eu tô falando se pode acontecer pode o fenômeno existe vai acontecer caso a caso caso a caso às vezes aquela dificuldade que a mãe acha que a criança tá tendo não tá tendo Ah mas eu não vejo ele fazendo isso Tá Mas
como é que tá a nota na escola não tá boa então assim ó Talvez esteja acontecendo E na escola a coisa tá indo bem que a gente precisa de pensar agora é como esse operante que é o que a gente tá falando aqui de controle de estímulo como esse operante que tá acontecendo nesse ambiente específico da escola como que a gente faz ele acontecer num outro ambiente específico que é por exemplo o cotidiano aquele te obedecer você pedir uma coisa ele entregar né Se falar ah pega lá a chave de fenda né o moleque vai
pega e traz e não se dispersa no meio do caminho e não volta depois né Então veja Eh aí você vai precisar realmente de tentar pensar isso Ó como esse repertório que parece estar instalado no ambiente escolar pode se generalizar para o ambiente eh o ambiente extraescolar né no caso tá te respondi Ana beleza show tudo bem até aqui tá um pouco dentro da pergunta da Ana um pouco voltando a minha fala né do fading Out né então ah o que que a gente faz a gente diminui gradualmente o estímulo Esse é o desmame aqui
tem um ponto que eu acho importante que é uma contribuição do psicólogo o psiquiatra faz o fading out baseado no como é que fala ele faz o Fade out baseado no protocolo o psiquiatra faz o fading out baseado naquilo que a literatura médica diz que tem que reduzir Ah você reduz vou inventar porque cada cada caso é um caso cada droga é um jeito tá Ah você reduz 50% na primeira semana aí na segunda semana você você reduz mais 25 mais 50% e na última semana você reduz tudo por exemplo tá o psiquiatra vai cumprir
aquilo que a literatura médica diz que tem que cumprir só que o que que a gente como analista do comportamento tem que é o nosso privilégio de estar com a com cliente toda a semana né a gente tem duas coisas primeiro isso que eu acabei de explicar que é o privilégio de estar com aquela pessoa toda semana e poder ver acompanhar como que ela tá se comportando ao longo da semana e segundo ponto é a gente parte de uma premissa que a gente não muda de fase por exemplo no experimento a gente não muda da
fase A para fase B enquanto o comportamento não tiver estável então o que que seria desejado o que seria desejado é vamos fazer o fein out vamos conversar com o psiquiatra então vamos trocar uma ideia com ele e falar não Beleza vamos suspender então o uso do do como é que fala do antidepressivo tá vamos suspender isso né vamos fazer o desmame só que vamos fazer o seguinte ó faz a redução dos 50% e eu vou acompanhando ele aqui se eu achar que o comportamento tá estável ou seja ele não apresentou novas dificuldades ao longo
da semana ele continua aderindo a esse trat ele continua fazendo outras coisas ao longo da sua história de vida supondo depressão ele tá indo pro trabalho ele tá sei lá preparando o próprio alimento ele Tá escovando os dentes tal tal tal não sei o qu brincando com as com as crianças tal comportamento tá estável Aí sim a gente fala de de uma nova redução é isso que a gente faz na caixa operante quando a gente faz a redução no fading out a gente tira por exemplo 50 100% de iluminação para 75% de iluminação Aí a
gente vê se o comportamento do animal tá estável ele está se comportando em 75% de iluminação Ah tá errático não tá comportando muito não então esa manté então 75 ou se for o caso aumenta um pouquinho mas espera não sai trocando PR semana seguinte só porque existe uma reg dizendo que tem que trocar na semana seguinte comportamento do animal está em estado estável está Beleza então agora a gente reduz de 75% para por exemplo 50% de iluminação e novamente espera espera entrar em estado estável e só quando tiver em estado estável faz uma nova redução
isso é o tipo de contribuição que a psicologia pode dar paraa psiquiatria para medicina que eu acho que a gente subestima E aí de repente você tem o psiquiatra cumprindo o protocolo fazendo a redução que é muito mais calcada nesses aspectos bioquímicos da substância do que nesse e dos sintomas né do que necessariamente nesses aspectos comportamentais e às vezes mais sutis que a gente tá observando e tem condição de observar porque a gente tá acompanhando o caso toda semana então é muito interessante e desejável que no caso de uma de um desmame o psicólogo acompanha
esse processo no sentido de ajudar o psiquiatra na a partir da observação do comportamento e tal tal tal do cliente na qualificação dos momentos para poder fazer a retirada da droga para que essa retirada seja feita de forma gradual pensando não só não só os aspectos de um possível chamado efeito rebote do medicamento quem vai dizer isso é o psiquiatra mas também sobre algumas sutilezas do comportamento que eventualmente o psiquiatra não tá sob controle e quem tem condição de ajudar sobre isso é o psicólogo tá fez sentido galera tá fazendo sentido para todo mundo show
um Último Ponto E aí eu vou liberar vocês para intervalo mas é um último ponto importante só pra gente fechar esse assunto tá a gente tá falando de droga como SD e a droga como SD a gente já falou um pouquinho aqui dessa possibilidade da generalização de estímulos né o próprio fading out que eu tô falando tem por trás da lógica do fading Out a generalização de estímulos Olha o repertório acontece como a em 100% aí eu retiro 25% da iluminação e o comportamento continua acontecendo tá ou seja o operante discriminado se generalizou para uma
intensidade de luz de 75% que nunca foi uma intensidade de luz treinada a intensidade de luz era de 100 essa sim foi treinada só que quando eu reduzo para 75 a resposta generaliza para essa nova nesse no caso a novo gradiente de iluminação tá então primeiro ponto e eu acabei de explicar isso se a gente faz o fading out da dose da droga eu tô falando que por trás disso a gente tá falando do processo de generalização ah de 75 mg para 50 mg eu reduzi a dose mas eu tô garantindo alguma eh similaridade da
a concentração da substância a ponto de garantir a generalização de estímulo de estímulos e de resposta tá até aqui beleza eu só tô dando uma nova cara porque a gente já explicou existe uma possível novidade para vocês que é quando a gente tá falando de droga a generalização ela pode acontecer não só em função da dose mas em função da droga por causa de suas características físicoquímicas ó Ok então esse processo de generalização operante ele pode acontecer para outras doses da mesma droga que é o que a gente já explicou só que ele pode acontecer
para Outras Drogas da mesma classe lembra quando a gente tá estudando lá os princípios básicos de análise do comportamento a generalização operante ela é ocorre em função da similaridade formal dos estímulos o quanto os estímulos se assemelham ou seja eu saio de uma luz de 100% e vou para uma luz de 75% esses estímulos se assemelham mais e é mais provável ter generalização do que sair de uma luz de 100% e para uma luz de 10% ora a luz de 10% difere muito de uma luz de 100% então a probabilidade da generalização é pequena percebe
ok que que eu tô falando aqui a similaridade formal o quanto os estímulos se parecem do ponto de vista de forma isso pode me ajudar a entender processos de generalização eles vão acontecer como a gente já falou paraa mesma dose mas vai falar para Outras Drogas também aqui para dar um exemplo eu trago antidepressivos de uma classe que se chama tricíclicos e observo o quanto que do ponto de vista formal e nesse caso aqui a forma é a estrutura bioquímica da substância o quanto ela é parecida então inclusive eles recebem esse nome tricíclicos justamente porque
todas as drogas dessa classe Elas têm três ciclos dois Anéis benzênicos que são esses aqui da das extremidades ó um anel benzênico outro anel benzênico e nesse terceiro ciclo aqui você vai ter a diferença no Radical sendo que olha aqui interessante ó a imipramina e a desipramina Elas começam com radical aqui ó que tem nitrogênio tá ch2 ch2 ch2 ch2 2 2 e muda só esse finalzinho aqui ó só esse finalzinho então imipramina e desipramina tem uma similaridade formal mais próxima entre si do que por exemplo imipramina e desipramina versus amitriptilina triptilina ó aqui a
gente tem o nitrogênio aqui a gente tem o nitrogênio aqui já já tem carbono amitriptilina e nortriptilina se parecem mais entre si do que imipramina e desipramina Ok então a probabilidade de uma generalização acontecer entre imipramina e desipramina é maior do que por exemplo uma memi pram e amitriptilina ou imipramina e nvt triptilina tudo bem mas ainda assim é possível que aconteça generalização porque a gente tá falando que todas essas aqui são antidepressivos tricíclicos que são substâncias diferentes por exemplo de outras substâncias né como antidepressivos e de segunda geração tá eh como por exemplo a
bupropiona Ok isso daqui só para ilustrar do ponto de vista mais formal e bioquímico esses procedimentos e esses processos que a gente tá falando que são algum em alguma medida processos comportamentais que já estão revelados né na literatura analítico comportamental né só que aqui sob enfoque né o nível de análise diferente né geralmente quando a gente fala de generalização de estímulos geralmente a gente tá falando de estímulos externos físicos e aí a gente vai procurar as propriedades dos estímulos externos físicos que fazem o o processo de generalização ser mais ou menos eh viável tá aqui
é a mesma lógica só que em vez de falar de estímulos externos físicos a gente tá falando de estímulos externos ou eh internos né se a gente tiver falando da droga dentro do organismo Tá mas do ponto de vista da bioquímica do organismo ok Esse é o recado Tá até aqui fez sentido para todo mundo dúvidas tá galera faz sentido faz sentido pensar quanto mais rápido o efeito da droga no corpo mais rápido ela pode virar estímulo discriminativo ou não Não por isso Ana Não por isso não pela velocidade Tá mas mas é o seguinte
se você tem uma droga que tem um efeito mais rápido você tá falando mais rápido da da latência ou do tempo que ela demora para ser metabolizada do barato dela ah do barato tá e geralmente geralmente tá geralmente essas drogas elas também TM uma metabolização mais rápida Ok se elas têm uma metabolização mais rápida para eu manter o barato eu tenho que ter mais emissão de resposta operante uhum percebe então assim você não tá incorreta mas o nível de análise não é estritamente da droga é porque se ela é muito facilmente rapidamente metabolizada eu preciso
de ter mais resposta operante E aí se eu tenho mais resposta operante aumenta a probabilidade da emissão de aumenta a probabilidade do dos aprendizados e dentre eles o aprendizado do Estado dependente tá mas aí tem a ver com essa relação da droga com a resposta em si Ok uhum uhum ficou Claro sim sim beleza show galera então só fechando aqui olha a gente falou da droga como estima discriminativo tá eh isso ajuda muita gente aqui a entender todo esse essa discussão eh fecha o nosso nossa conversa daqui porque como a gente sabe né Ainda temos
outro conteúdo para vencer que é de psicofarmacologia propriamente dita tá Mas isso também não esgota o assunto de farmacologia comportamental ok aqui a gente não falou de outras coisas como a droga alterando operação estabelecedora a gente pincelou mas não aprofundou na droga como reforço condicionado a gente não falou nada da droga e a sua relação como comportamento adjuntivos e por aí vai tá então existe ainda um grande Universo para falar de farmacologia comportamental Ok eh eu acho que o princípio fundamental a gente explicou aqui que a lógica como analista do comportamento interpreta né que é
a ideia de que a droga afeta algum aspecto ambiental e Esse aspecto ambiental muda o comportamento ou a droga em si o aspecto ambiental tá essa é a lógica Esse é o princípio da farmacologia comportamental a gente viu aqui alguns aspectos onde is onde isso acontece a gente não viu outros e fica aí para vocês um pouco esse eh estímulo né né avançar na literatura da área tá eh e aí eu acho que é só importante entender que a a farmacologia comportamental ela ajuda a gente na compreensão da relação droga comportamento tá então o uso
do psicotrópico pro tratamento de transtornos comportamentais nas psicopatologias como a gente conversou aqui em alguns exemplos ajuda a gente na compreensão da dependência química a gente fez todo um um subtexto aqui da gente também sobre dependência química tá ou melhor chamando hoje em dia transtornos por uso de substância né isso ajuda a gente na triagem de potencial dependo de novas substâncias isso ajuda a gente na interpretação do tratamento comportamental da dos transtornos poros de substância e a farmacologia comportamental também contribui para falar dos mecanismos neurobiológicos eh da ação dos fármacos tá eh lembrando naturalmente que
a farmacologia comportamental hoje ela não é a a principal eh teoria para se explicar são dos fármacos ela não é a que tem o poder preditivo maior quem tem esse poder preditivo é a psicofarmacologia que é o que a gente vai começar a ver no próximo horário depois do do do intervalo Tá mas e é justamente por isso né porque a farmacologia comportamental ela se desvincula dessa abordagem tradicional que é a abordagem organicista tá isso ao mesmo tempo gera uma série de presses no campo da farmacologia comportamental essas pressões vêm justamente do desenvolvimento dessas outras
áreas de de orientação mais organicista né a farmacologia molecular neurofarmacologia né as a pesquisa genética né farmacogenômica E por aí vai tá isso tudo muda a ênfase das pesquisas para os aspectos orgânicos E aí os aspectos ambientais vão ficando em segundo plano tá então eu até acho que a farmacologia comportamental permanece uma área relevante embora pouco eh eh explorada e eu penso que a vitalidade da área né da farmacologia comportamental ela vai depender justamente da criatividade de novos estudos mais ou menos como aconteceu ali na década de 50 tá foram os estudos né criativos no
sentido de tecnologias de interpretação que geraram aquele momento da farmacologia comportamental eu acho que é isso que falta né Se eu soubesse a resposta para esses estudos eu estaria fazendo eh não não não é trivial saber a resposta disso mas eu penso que um Revival da área no sentido de sua importância se se fará mais elementar na medida em que a gente tiver um pouco dessa exploração tá mas uma uma uma coisa que eu sempre tentei atravessar aqui a nossa conversa foi de que as duas coisas também andam de mãos dadas né tudo que a
gente falou aqui de farmacologia comportamental sempre esteve enfronhar dentro de uma premissa de que a droga pode ser um estímulo eliciador em si e a gente tem que ver isso daí do ponto de vista orgânico tá eu acho que isso encerra a nossa conversa aqui da farmacologia comportamental Ok já deixo aqui meus contatos para vocês e naturalmente vocês vão ter esses slides e naturalmente vocês vão ter no próximo encontro também no final da aula os contatos mas já deixo aqui aqui registrado também e atualmente o pessoal tem abordado muito ali pelo Insta também então meu
Insta não é exatamente o insta profissional mas não é também um Insta só pessoal tem um pouco de tudo lá mas se vocês quiserem às vezes eu coloco coisa de Psicologia de farmacologia também farmacologia comportamental análise do comportamento mas não se enganem não é um um Insta estritamente profissional Tá mas é isso tá lá meus contatos se vocês quiserem e a gente pode fazer aquele nosso bom e velho intervalo tá e depois retomar com o próximo assunto Tudo bem pessoal minutos Professor acho que 10 minutos por causa do tanto de coisa que tem ainda para
falar tá Bruna Obrigado pessoal 10 minutinhos e a gente já retorna pessoal vamos nessa retomando Então nossos trabalhos Eh agora a gente vai mudar um pouco a página e inclusive o raciocínio tá então quando a gente fala de farmacologia comportamental os nossos princípios epistemológicos são da análise do comportamento né toda aquela conversa que eu já falei com vocês agora a gente vai para um outro campo de de conhecimento que é o da psicofarmacologia e aqui a gente tá falando de uma lógica mais organicista mesmo né então assim Eh esses elementos químicos né a bioquímica e
tal Elas têm uma propriedade eh pensando na literatura clássica tá eh com uma propriedade meio causal mesmo ok E aí que a gente precisa de ter um pouquinho de eh atenção a como a gente vai interpretar isso tá porque por um lado é bem verdade que as drogas Elas têm uma função eliciador em nenhum momento a gente tá abrindo mão dessa lógica em alguma medida dá para falar de drogas causando algumas coisas mas Lembrando que esse causar é causar de célula é causar abertura de canal tá E aí como essas coisas se relacionam com comportamentos
vai aí de uma análise que a gente tenta ser mais preciosista né em preservar os princípios analítico comportamentais mas às vezes a gente pode escorregar um pouco aqui na linguagem também e tudo mais pode parecer eu sou a Mentalista Mas vamos sempre tentar manter esse princípio da análise do comportamento mais consolidado Lembrando que dentro dessa literatura a gente vai ter uma psicofarmacologia vamos chamar assim muito mais organicista monista materialista e essa tá super tranquilo com a análise do comportamento às vezes dessa farmacologia mais organicista derivam-se princípios eh cognitivistas e tal e aí é onde a
gente vai tentar evitar esse tipo de aproximação mas às vezes eh é uma releitura mesmo sobre essa aproximação tá eu penso que é possível eu não penso que seja fácil tá mas é o pelo menos o raciocínio que eu tento cultivar aqui com vocês ok vou tentar me manter né dentro desses princípios mas às vezes eu posso estar dando uma escorregada aí também na conversa e a gente tenta melhorar isso ok nomeadamente a aula de agora né E esse segundo momento é de psicofarmacologia para psicólogos uma abordagem introdutória e já lembrando também que isso não
vai esgotar o assunto tá a gente vai falar de três principais classes de drogas que vão dar muita cobertura naquilo que é mais comum na clínica psicológica cotidiana que são os antipsicóticos os ansiolíticos e os antidepressivos Tá mas tem coisa que foge um pouco né dessa Clínica cotidiana Que seria sim uma possibilidade aí do de de falar de farmacologia né Por exemplo comentei a gente comentou no primeiro horário né na aula anterior do TDH do metilfenidato não tá aberto especificamente por essa essa parte que a gente vai tratar aqui na aula mas a ideia é
novamente de que o que a gente vai discutir aqui com vocês vai dar estofo vai dar segurança para conseguir avançar na área Esse é o espírito aqui seja paraa aula anterior seja para essa aula a ideia é que o que eu apresento para vocês dê segurança para conseguir dar os próximos passos tá então Então é isso que a gente vai fazer cobrir três áreas dando alguma segurança aí do vocabulário do raciocínio para que vocês consigam ganhar alguma autonomia também ok bom dentro desse espírito e novamente do Espírito eu digo não só do Espírito eh eh
do do do do recorte da aula mas também do Espírito epistemológico uma primeira questão que sempre surge é sobre causação né que é tipo tá então quando a gente tá falando de drogas perdão pelo barulho quando a gente tá falando de drogas a gente tá falando de determinações orgânicas sobre transtornos mentais tá E aí tradicionalmente uma grande Pergunta uma grande coisa que vocês vão ver aí né tipo ass Tá mas o que que causa então a esquizofrenia o que que causa e tal e a psiquiatria sempre vai se alicerçar eh em algum medida maior ou
menor mas em alguma medida vai alicerçar o argumento de que existem causa orgânicas e portanto existem causa orgânicas em alguma medida causa genéticas para o comportamento tá e portanto para os transtornos né os comportamentos transtornados também tá E aí o primeiro iato que fica pro analista do comportamento pro psicólogo é essa história de como é que Genes causam comportamentos né porque a gente aprende ali no segundo grau que Genes eles vão determinar aspectos do organismo não temos nenhum problema com isso tá eh mas quando a gente fala de comportamento Parece que fica uma coisa meio
Nebulosa né quando fala assim ah o gene vai determinar a cor da pele o olho um sei lá uma doença específica né tipo a síndrome de Down que é uma doença genética beleza a gente consegue ver uma relação um pouco mais clara com essas coisas né mas quando fala de comportamento de forma geral fica um pouco abstrato porque a gente não entende às vezes qual que é a função do Gene né quando a gente fala que por exemplo o gene ajuda na determinação da cor da pele é porque a gente reconhece lá no segundo grau
mesmo que o gene ele é responsável pela produção por exemplo de melanina então ah se eu tenho genes que induzem mais produção de melanina eu tenho uma pele mais retinta se eu tenho genes que produzem menos melanina eu tenho uma pele menos retina mais Branca Ok E aí a gente pô beleza né Gene melanina melanina cor de pele fechou a conta mas e comportamento né como é que tá aí o grande ponto gente é que a melanina e uma série de outras substâncias produzidas pelos gênes essas essas substâncias elas são proteínas tá os genes são
responsáveis pela produção pela e eh eh Gênese né os gênes eles são responsáveis pela produção de proteínas O Grande Lance é que neurotransmissores são proteínas Esse é o Polo do gato que às vezes falta pro psicólogo Ora se neurotransmissores são proteínas Isto é se adrenalina noradrenalina serotonina dopamina glutamato se isso tudo é proteína isso é metabolizado de uma forma ou outra pelos genes E se eu tenho a possibilidade de um comando genético para mais produção por exemplo de melanina que vai me fazer uma pele mais retinta eu também posso ter algum comando genético que induz
mais produção por exemplo de dopamina percebe e esse neurotransmissor no caso aí a dopamina seria e pode estar implicado em alguma espécie de transtorno mental Ok então grosso modo A lógica é genes afetam o comportamento afetam a gente não tem muito problema com isso algumas síndromes genéticas né Eu acabei de falar da síndrome de Down eh demonstram isso de uma forma já bastante segura né é a trissomia do cromossomo 21 Beleza a gente tem alguma segurança para poder falar isso só que quando a gente tá falando de alguns outros transtornos Aonde esse mapeamento genético ainda
não tá tão posto parece muito etério e aí o primeiro ponto que é importante entender é genes metabolizam proteínas genes produzem por exemplo neurotransmissores para dar um exemplo pra gente aqui agora dopamina e um excesso ou diminuição da produção desse neurotransmissor pode estar relacionado por razões que a gente vai ver cada caso é um caso pode estar relacionado com as bases bioquímicas dos transtornos mentais tá acho que o primeiro recado é esse e sobre isso eu queria ver se tem alguma dúvida se tem alguma questão aí professor e tem um ponto então de que os
neurotransmissores eles também são proteínas e que ficou na minha cabeça eles são também hormônios ou não porque por exemplo eu vi que eu não sabia que melatonina era um neurotransmissor aí eu penso a gente toma consegue comprar melatonina na no na drogaria mas eu não vejo os outros sendo vend de drogaria sabe é É depende assim qual que é o ponto você tem hormônios que podem ter função no sistema nervoso central você tem hor hormônios que não necessariamente tem função no sistema nervoso central tá então no caso a melatonina é um exemplo né adrenalina também
tem uma função aí de de hormônio pré-hormônio tá eh que tem essas funções no sistema nervoso central mas tem coisas que não tem também tá então todos aí são metabolizados né Por Gênese e tudo mais mas não necessariamente vão ter uma função Central ok e alguns não são comercializados eh eh em parte talvez por falta de interesse em parte também econômico né assim no sentido de que você às vezes até consegue metabolizar mas a tecnologia envolvida nisso não é não faz a conta ficar Redonda ainda né Eh às vezes porque também não tem muita clareza
da função desses hormônios ou outras coisas tá então tem tem todo um campo aí de exploração em torno disso OK te respondi Júlia show bom então primeiro ponto eh essa premissa tá aí para tentar validar essa premissa um exemplo que já tá também Mais maduro na literatura dessa relação dos Gênesis do dos gênes com o comportamento eh tá na própria no próprio exemplo da esquizofrenia tá então por exemplo se você pega a prevalência de esquizofrenia na população ela vai tá em torno de 1% tá Então veja se você pegar a população né do Brasil né
é 200 milhões de habitantes né 200 e pouco mais que isso 20.000 parece eh ah pega a população da sua cidade tá enfim se você pega a população de determinada área Teoricamente cerca de 1% daquelas pessoas vão ter esquizofrenia ok então beleza isso é a prevalência na população geral Quando você vai diminuindo a variabilidade genética Quando você vai diminuindo o pul genético dentro dessa população se é verdade que os genes estão relacionados com a manifestação do transtorno a medida em que você reduz a variabilidade genética você tem que ter um aumento da prevalência será que
isso é verdade aí beleza aí tu viu lá na população geral Ah 1% tem Ah vamos pegar os Juquinha aqui Juquinha tem diagnóstico de esquizofrenia vamos ver na família do Juquinha se o irmão se o pai etc etc se tem né A mãe e tal se tem esquizofrenia também e aí a gente calcula a prevalência da esquizofrenia dentro desses parentes de primeiro grau Ok pegou o Juquinha a partir do Juquinha mapeia Quem são os parentes de primeiro grau e calcula a probabilidade de ter esquizofrenia E olha que interessante quando a gente pega parentes de primeiro
grau ou gêmeos dizigóticos que são gêmeos que não compartilham o mesmo material genético a probabilidade de esquizofrenia né Ou seja a prevalência naquela população ao aumenta para algo entre 10 e 15% tá mesma lógica Suponha que naquela população de 1% tem o Luizinho aí o Luizinho tem um irmão gêmeo monozigótico ou seja o irmão gêmeo que Teoricamente compartilha ali 100% das características genéticas com o irmão tá então você pega nessa população de 1% você identifica quem tem gêmeo monozigótico e avalia se o irmão gêmeo tem também esquizofrenia e olha só que interessante nesses casos 50%
dos gêmeos monozigóticos mesmo que eles sejam criados em ambientes né familiares diferentes eles vão apresentar uma prevalência de 50% Ok dito de outra forma sim baseado nisso que a gente comentou de que Genes metabolizam proteínas e baseado isso que a gente acabou de ver que é um aumento da prevalência do grau de eh do grau deixa eu assumir que Genes realmente estão eh relacionados com a manifestação dos transtornos mentais tá então acho que esse é um primeiro ponto tranquilo né os dados mostram isso tá é importante frisar aqui que mesmo que a gente esteja falando
disso a gente está falando de um foco em interação tá então por exemplo dado documentado aqui da esquizofrenia e e lembrando tá gente isso daqui é da esquizofrenia se a gente tivesse falando de depressão a probabilidade muda né a prevalência muda se a gente tiver falando de ansiedade a prevalência a prevalência muda tá então esses números aqui eles mudam mas sempre nessa lógica de aumentar a prevalência com a diminuição da variabilidade genética Tá mas ainda assim a gente tá falando de interação porque veja se os as aspectos genéticos no caso aqui da esquizofrenia eu trago
esquizofrenia porque é onde tem maior prevalência tá nos aspectos genéticos da esquizofrenia se isso fosse eh uma proporção aonde só os aspectos orgânicos explicam o transtorno nesse caso a gente teria que ter uma prevalência quase em torno de 100% quando a gente tá falando de gêmeos monozigóticos Ora se o determinante fosse estrit genético e eu tenho esquizofrenia então para praticamente 100% dos casos o meu irmão gêmeo monozigótico teria que ter esquizofrenia e não é o que acontece tá Ou seja é tranquilo e plausível assumir que Genes influenciam comportamentos sim transtornos mentais sim é plausível assumir
eh que essa determinação ela é estrita ou exclusiva Não não é plausível assumir que a determinação genética seja estrita ou exclusiva para se falar de transtornos mentais segundo ponto terceiro ponto mesmo que fosse mesmo que fosse não significa dizer que o analista do comportamento não tem nada a fazer tá pega bom e velho exemplo aí da síndrome de Down a síndrome de Down já tá documentada beleza trissomia do 21 não existe dúvida sobre a do transtorno significa dizer que o analista do comportamento não tem nada a oferecer para um tratamento de uma criança com transtorno
com a síndrome de Down por exemplo não a gente tem muito a oferecer percebe então mesmo que a gente tivesse falando de uma determinação estritamente orgânica estritamente genética ainda assim seria um erro acreditar que a gente não tem nada a oferecer no tratamento daquelas pessoas dito de outra forma isso aqui não preocupa gente Esse é o ponto tá lembra quando a gente fala de análise do comportamento a gente fala do comportamento de organismos vivos e íntegros a gente tá falando que esse organismo vivo íntegro a gente tá falando inclusive de sua dotação genética e as
leis que controlam comportamento etc etc vão controlar também o comportamento dessas pessoas com sua constituição genética Seja lá qual for tá Ou seja a priori não existe nenhuma espécie de conforto de um analista do comportamento em assumir esse tipo de coisa né primeiro porque os dados mostram isso segundo porque essa determinação não é exclusiva e terceiro Porque mesmo que fosse a gente ainda assim teria condição de intervir sobre tá então Não se preocupem com falas dessa natureza tá eh porque não realmente não não ferem princípios comportamentais no meu entendimento tá primeiro ponto é esse e
segundo porque não ferem também a lógica né da própria análise do comportamento quando o Skinner fala dos níveis de seleção do comportamento e nomeia nível cultural né textualmente né na ordem ele fala de filogenética Cont genética e cultural tá quando a gente fala do Nível filogenético A gente tá falando da nossa história de vida enquanto Espécie a gente tá falando de todos os processos evolutivos que a gente passou enquanto espécie processos evolutivos esse que determinaram coisas como os nossos aspectos orgânicos tá Como por exemplo o coração com quatro cavidades Como por exemplo o fato da
gente ter dois olhos projetados aqui paraa frente não pros lados né Eh Como por exemplo o fato de ter dois membros superiores dois membros inferiores percebe a nossa história evolutiva determinou os nossos aspectos anatômicos e também os aspectos fisiológicos determina portanto esses aspectos que a gente comentou ali dos genes tá Então veja quando a própria análise do comportamento reconhece uma importância do nível filogenético na determinação do comportamento tudo que a gente falou até agora não parece um absurdo não sou absurdo para análise do comportamento o Grande Lance é que a análise do comportamento vai focar
principalmente os aspectos ontogenéticos e culturais porque são aqueles que são nomeadamente um pouco mais fáceis de você manipular de forma direta né os aspectos filogenéticos portanto os aspectos orgânicos eles para um psicólogo são mais difíceis de serem manipulados tá para um médico que trabalha com f com fármacos Você tem uma possibilidade de uma intervenção né pro médico que trabalha com cirurgias etc você tem uma possibilidade de intervenção tá Então veja não não afronta necessariamente uma lógica na analítico comportamental eh embora não seja um nível de análise muito focado na análise do comportamento porque lida com
variáveis que a gente não tem muito poder de manipulação e pensando que a ciência da análise do comportamento ela é eh uma ciência muito pragmática se a gente não tem muito poder de manipulação a gente acaba não dedicando muito tempo na no estudo daquilo ali tá eh mas novamente até então a gente pode sim entender que de uma forma ou outra a gente tá em casa a gente não tá ferindo princípios epistemológicos Ok até aqui tudo bem beleza dentro dessa lógica comportamental dentro dessa lógica de fisiologia né E lembra o próprio pavlov ele era um
fisiologista muito das nossas dos nossos princípios comportamentais derivaram da própria fisiologia a gente tem e eu não vou me eh fazer uma discussão exaustiva disso não mas a gente tem processos fisiológicos como por exemplo da neurofisiologia que é o processo de potencial de ação tá então só lembrando muito rápido aqui mesmo né Para que eu tenha um potencial de ação eu tenho uma célula que ela no primeiro momento ela tem que estar em repouso tá então eu tenho uma célula que em repouso ela fica polarizada tá por uma série de mecanismos fisiológicos que aqui eu
não vou entrar em discussão tá eh mas esses mecanismos fisiológicos vão deixar a célula polarizada que significa dizer que ela tem mais cargas positivas no interior da célula e menos cargas positivas no exterior da célula dito de outra forma ela tá mais positivo dentro e mais negativa fora isso forma um polo tá então tem um polo positivo no interior da célula o polo negativo no exterior da célula Ok e essa célula ela pode sofrer alguma espécie de distúrbio esse distúrbio geralmente ele é elétrico ou químico tá o nervoso ele só vai entender duas linguagens que
é a linguagem eletroquímica e esse distúrbio elétrico ou químico vai gerar o chamado potencial de ação ou seja o potencial de ação é aquela descarga elétrica que acontece no neurônio e que vai en Cascata passando de um neurônio pré sináptico para o neurônio pós sináptico tudo bem até aqui tudo bem familiar para todo mundo mesmo sem ter muitos detalhamentos tá familiar para todo mundo neurônio pré-sináptico Ok neurônio pós-sináptico Ok nesse momento é isso que eu preciso tá que que é o neurônio pré que que é o neurônio pós neurônio pré-sináptico aquele que vem antes da
sinapse neurônio pós sináptico aquele que vem depois da sinapse tá lembrando que sinapse ela se refere o termo pode ser usado com duas conotações primeiro para designar um espaço a gente vai ter figura sobre isso já já para designar um espaço físico mesmo entre esse neurônio pré e o neurônio pós tá eh lembra pega o interruptor aí né a luz do seu quarto ela só acende Porque existe um contato físico quando o relê né quando o o o o o botão tá ligado né Então veja a luz do seu quarto tá desligada significa que aquele
botão ele não gera um contato físico entre os fios tá ou seja tá vindo os elétrons lá da eletricidade tal e tá ali mas na medida em que não existe o contato físico esses elétrons não vão continuar passando e a luz permanece apagada quando você aperta o botão você muda no caso ali o fio e o fio toca o outro fio e esse contato físico gera né a troca ali dos elétrons que vai gerar como resultante a luz acesa tá Então veja primeiro ponto é esse quando a gente tá falando de eletrici a gente precisa
de ter um contato físico pra manutenção desse sinal elétrico quando eu falo de um neurônio pré e um neurônio pós eu tô falando que aquela informação entendo a informação como Cascata elétrica que aquela Cascata elétrica que tá acontecendo no neurônio pré-sináptico ela só vai continuar no neurônio pós-sináptico se houver alguma espécie de contato físico É isso que eu tô falando aqui de ligação elétrica só que a você falou Pô bravinho mas espera aí você falou que essa ligação era elétrica ou é química Como assim química porque veja se não existe um contato físico e existe
um buraco entre as duas coisas entre o neurônio pré e o neurônio pós esse buraco aqui não permite a passagem do neur do da cascata elétrica né do neurônio pré pro neurônio pós Então como que que eu consigo fazer a transmissão do sinal elétrico do neurônio pré pro neurônio pós é aí que vem os neurotransmissores os neurotransmissores são liberados nesse espaço e vão ativar os receptores do neurônio pós tá isso tudo para explicar o que eu tô chamando de sinapse sinapse pode ser o conceito utilizado para designar o espaço em si tá esse iato esse
buraco vamos chamar assim só que se Ápice também é utilizada como eh um conceito para falar de processo sináptico o processo que acontece aqui e o processo que acontece aqui é o de troca de de informação do neurônio pré neurônio pós Lembrando que que eu tô cham de troca de informação não é uma palavra não é um conceito não é a a transmissão elétrica de um neurônio pré para neurônio pós mediada por agentes químicos que são os neurotransmissores Ok beleza até aqui tá certo esse processo todo do neurônio pré pro neurônio pós ele acontece em
canais iônicos tá que que a gente tem aqui olha só a gente tem eh isso daqui em amarelo tá é a membrana celular sinaliza aqui pra gente a chamada bicamada lipídica né então a gente tem gordura desse lado aqui da célula a gente tem gordura desse lado aqui da célula Tá essa bicamada né uma camada dupla de lipídios vai formar membrana celular e essa membrana celular separa o que está fora da célula que é essa parte aqui de cima e o que está dentro da célula que é essa parte aqui de baixo tá dada a
devida proporção É como se eu tivesse falando de uma parede Imagina aí a parede do seu quarto e a parede do seu quarto separa o que que é o dentro do seu quarto e o que que é o fora do seu quarto por exemplo Sei lá o corredor tudo bem até aqui atravessando a bicamada lipídica você tem uma estrutura que é o receptor esse em verde aqui é o receptor do mesmo jeito que atravessando a parede do seu quarto você tem por exemplo uma porta tá então o receptor ele funciona como se fosse uma porta
aonde onde transita no caso da porta do seu quarto transitam pessoas no caso do receptor eles são receptores iônicos perdão no caso do canal eles são canais iônicos tá os canais são a porta e no caso dos canais que são canais iônicos transitam entre eles o meio exterior e o meio interior Transit íons tudo bem até aqui que que é importante saber nos canais iônicos transitam íons e esses canais iônicos eles são específicos por exemplo no canal de cloreto só passa cloreto no canal de sódio só passa sódio no canal de potássio só passa potássio
no canal de cálcio só passa cálcio tá Então veja os canais iônicos permitem o tráfego de íon Mas eles são seletivos a determinados íons nesse caso aqui o que que a gente tem a gente tem o canal de cloreto tá aqui ó CL Men tá a gente tem um canal de cloreto que significa dizer que no canal só passam cloretos tá nesse caso específico Suponha que esse canal esteja fechado para o canal Abrir eu preciso de ter ativação de um o transmissor tá veja imagina a porta do seu quarto ela tá fechada Para que a
porta se abra precisa de ter uma fechadura né sendo desativada e essa fechadura ao de uma forma ou outra ser ativada ali e tal essa fechadura abre a porta do seu quarto e permite o tráfego de pessoas mesma lógica a gente tem as fechaduras que são os receptores aonde vão se ligar Chaves então por exemplo ó B de azepic é uma chave específica que se liga a uma fechadura específica o gaba é uma chave específica que se liga a uma fechadura específica e assim sucessivamente quando o gaba se liga ao seu receptor ele pode nesse
caso vai fazer abrir a porta abrir o canal Só que quem que entra cloreto Ok o gaba é o neurotransmissor ele se liga ao seu receptor e quem entra é o ion ou nesse caso um íon negativo tá cloreto ou um ion positivo tudo bem nesse caso lembra Quem Deixa passar é o canal e o canal iônico ele só deixa passar um determinado íon nesse caso aqui etanol Ben diazepínico gaba barbitúrico ou neuroestética ou negativa neurotransmissor nunca entra na célula não é o gaba que entrou na célula não é o Ben de azepic que entrou
na célula não que entrou na célula são íons primeiro ponto segundo ponto essa relação com neurotransmissor é uma relação muito específica aonde por exemplo gaba só se liga ao seu receptor gabaérgico aonde o Ben diazepínico só se liga ao seu receptor Ben diazepínico e assim sucessivamente quando eu uso a analogia da chave da fechadura e da porta com vocês é justamente para guardar essa semelhança por exemplo você só consegue abrir a porta do seu quarto com aquela chave específica percebe se for a chave daquela porta ela vai centrar Na fechadura você vai conseguir abrir a
porta se não for assim não funciona às vezes você tem Chaves muito específicas e parecidas do mesmo fabricante tal tal tal que entram na fechadura mas você não consegue abrir a porta percebe isso até vai acontecer também no caso aqui dos neurotransmissores Às vezes você tem neurotransmissores muito parecidos específicos a ponto de por exemplo ele bloquear um receptor de etanol mas não gerar abertura do canal Ok isso pode acontecer a gente vai ver esses casos já já tá mas o que eu quero chamar atenção nesse momento é primeiro existe uma parede que é a parede
celular existe um canal que é um canal iônico só passa um ions existem receptores e existem neurotransmissores paraa Nossa analogia existe a parede do seu quarto existe uma porta existe uma fechadura e existe uma chave a relação entre o neurotransmissor e o receptor é uma relação que a gente vai chamar de uma relação chave fechadura Ok até aqui tranquilo termos OK tá tá dando para pegar beleza certo essa ligação como eu tô comentando com vocês aqui ela é uma é uma ligação aonde eu posso ter o abertura do canal ou enfim eh eu eu posso
ajudar a ação do neurotransmissor ou prejudicação do neurotransmissor tá por exemplo a gente falou do benzos diazepínico tá imagina que esse aqui fosse o benzos diazepínico o benzos diazepínico quando se liga o seu receptor benzo diazepínico ele vai promover uma ligação perfeita como se fosse essa relação chave fechadura e ao fazê-lo vai ajudar ação por exemplo cadê metinho vai ajudar por exemplo a ação do gaba tudo bem quando a gente tem isso a gente vai ter uma relação que a gente chama de agonista Tá ora se eu tô imitando se eu tô ajudando ação de
um determinado neurotransmissor eu vou chamar isso de agonista tudo bem até aqui conceito novo agonista que que significa isso Ora se eu tenho uma substância que se ligando ao receptor ajuda a ação de um determinado neurotransmissor eu tenho uma relação de agonia tá dando alguns nomes e alguns exemplos Ora se eu tenho um um o Beno diazepínico se ligando ao receptor Beno diazepínico e ajudando como resultante a ação do gaba então benzo diazepínico ele pode ser entendido como agonista gabaérgico ele ajuda a ação do gaba qual que ação do gaba abrir os receptores promovendo a
entrada de cloreto tudo bem até aqui do mesmo jeito que eu tenho os agonistas eu tenho os antagonistas que que eu pintei para vocês aonde você tem Parecida a ponto de entrar na fechadura mas não abrir a porta Ok imagina aqui um antagonista né ou seja essa substância que ela tem alguma forma suficientemente parecida a ponto de se ligar o receptor só que quando se liga o receptor em vez de abrir a porta em vez de abrir o canal e ao não abrir você prejudicação do gabo a prejudicação do neurotransmissor pro nosso exemplo aqui o
gaba tudo bem Então imagina aqui que eu tenho uma substância tá por exemplo a naut Rexona Ok a naut Rexona ela vai se ligar a receptores eh vou usar uma outra classe aqui tá vai se ligar receptores opioides Ok só que essa ligação da naut Rexona com os receptores opioides ele vai se ligar porque tem afinidade química mas não vai abrir os receptores de cloreto tá em muitos receptores ides estão Associados a can a Íons de cloreto e ao fazê-lo o que que acontece não entra cloreto eu não ten uma ação desejada ali por exemplo
que seria a ação que o que que que que o opioide geraria tá Ou seja eu tenho prejuízo da ação com isso eu tenho portanto um um antagonismo nesse caso aqui promovido pelo pela naut exona tudo bem até aqui Bruna eh aconteceu uma coisa que eu não podia prever que é alguém tocando a campainha eu posso dar um pulinho lá rapidão tô sozin em casa mesmo po S po já volto tá gente só um instante beleza pessoal obrigado aí Pela flexibilidade tá eh e até aqui tranquilo para vocês essa analogia inclusive chave fechadura os nomes
agonista antagonista tá ficando claro então é meio que a parte onde o antagonista ele vai se a gente tem um número certo meio de transmissores de uma uma coisa específica eh ele vai ele bloqueia então diminui a a rotação no cérebro dessa eh do neurotransmissor específico né então é mais ou menos isso que vai bloqueando rotas no caso o agonista o antagonista o antagonista isso o antagonista vai prejudicar exato tá então A ideia é essa né então assim eh o agonista ajuda neurotransmissores o antagonista prejudica neurotransmissores de forma geral é esse o recado ok eh
Tudo bem pessoal todo mundo acompanhou o raciocínio e a pergunta da Júlia Tá qual que é a ideia e essa é a lógica da psicofarmacologia tá A ideia é olha as pessoas elas têm que ter um determinado nível vamos chamar assim de neurotransmissão por exemplo de dopamina tá se por alguma questão genética Essa é um princípio possível aí dentro da psicofarmacologia não é o único mas é um um princípio possível se por alguma razão essa pessoa tem um um aumento da produção ou seja aquela vamos somar dopamina tá então ó pessoa tem que ter um
determinado nível de ativação de neurotransmissão dopaminérgica se por alguma razão essa tem esse nível de ativação muito elevado talvez porque ela Produza muita dopamina é possível que a gente tenha algum transtorno mental algum transtorno né do comportamento tá tá porque essa base fisiopatológica ela não funciona como deveria funcionar e se a base fisiopatológica tem a ver com aumento que que eu tenho que fazer eu tenho que prejudicar a ação aumentada como é que eu prejudico a ação aumentada da dopamina por meio de um antagonismo dopaminérgico aí quando Gero um prejuízo da ação dopaminérgica eu equili
e ao equilibrar eu faço a pessoa funcionar do jeito entre aspas normal do jeito entre aspas fisiologicamente esperado tudo bem até aqui essa é a lógica e daí a importância desses conceitos de agonismo e antagonismo tá por exemplo um outro cenário Olha a gente tem aqui a expectativa de um determinado nível de ativação da serotonina só que por algumas características Talvez a pessoa tenha uma baixa ativação de serotonina talvez porque ela Produza pouco Enfim então se se o nível de ativação da serotonina Tá pequeno que que eu tenho que fazer aqui eu tenho que aumentar
e tentar equilibrar portanto eu tenho que promover um agonismo de serotonina tá daí é onde entra os conceitos de agonista e antagonista a premissa que eu tenho nível fisiológico Ok a premissa aqui no caso de um transtorno mental né de um transtorno comportamental existe um desarranjo dessa ativação quer seja na produção quer seja na ativação e a premissa é que a partir desse desarranjo eu vou ter drogas que vão reequilibrar o funcionamento desse processo de neurotransmissão tudo bem até aqui gente beleza Show daí a importância então disso que a gente tá chamando de agonismo e
antagonismo tá e aqui a gente tem exatamente aquele aquela ilustração do processo sináptico tá aonde a gente tem aqui em roxinho o neurônio pré-sináptico aonde a gente tem aqui em azul o neurônio pós-sináptico tá e entre o neurônio pré e o neurônio eu tenho exatamente aqui esse espaço né que é chamada sinapse lembra se eu tenho espaço eu não tenho como transmitir a informação eléc do neurônio pré neurônio pós eu ter que ter um mediador qumico e o mediador químico são os neurotransmissores representados aqui por essas bolin azuis laranjas tá Então olha só que interessante
aqui a gente tem a parede celular do neurônio pós a gente tem aqui em verdinho o canal iônico que a gente tinha visto nos canais a gente vai ter os receptores tá lembra ó no canal a gente vai ter os receptores Ok então no canal aqui a gente vai ter o receptor e o neurotransmissor no caso esses azuis e laranjinhas vão se ligar aos seus receptores tá então Ops aqui ó nos canais Ah Pera aí que não trocou tá agora vai trocar para vocês bom nos canais a gente vai ter os neurotransmissores se ligando aos
seus receptores ó neurotransmissor se ligou o receptor e vai ativar ou não o canal tá então é isso que tá acontecendo aqui na Fenda sináptica Ok neurotransmissor ativou o receptor e vai abrir ou não o seu canal tudo bem Lembra canal iônico só passa ion a célula em repouso tá mais positivo mais negativa dentro mas positiva fora se o íon que se liga por exemplo é o sódio que é uma carga positiva aí eu vou ter o potencial de ação na célula pós sináptica E aí o o impulso elétrico continua Então veja eu tenho aqui
o neurônio pré eu tenho o neurônio pós Eu preciso de uma comunicação essa comunicação é qumica aí se o neurônio pré libera por exemplo adrenalina adrenalina quando se liga ao seu receptor aqui no canal tá adrenalina se ligou ao receptor vai abrir canais de potássio potássio é carga positiva o impulso elétrico que tava vindo aqui mediado por aspectos químicos vai acontecer vai perseverar no neurônio pós e vai continuar o seu caminho Ok então é isso que tá acontecendo aqui se quem passa é carga positiva eu tenho potencial de ação eu tenho a estimulação da célula
eu tenho uma polarização celular agora se o canal é negativo né lembra um canal de cloreto por exemplo que é o que eu tinha ilustrado para vocês ali atrás tá vai trocar para vocês aí já já isso se o canal de cloreto se o canal é um canal de cloreto quem passa é carga negativa só que se o meio intracelular já tá negativo quando eu coloco mais carga negativa o próximo neur o próximo neurônio fica ainda mais negativo e eu vou dificultar o processo de transmissão elétrica percebe eu vou hiper polarizar a célula Tá eu
vou tornar a célula menos ativa até aqui tudo bem tá fazendo sentido tá vão guardando as informações já já isso tudo vai se lincar melhor quando a gente falar das drogas e das ações e dos mecanismos fisiopatológicos tá até aqui tranquilo pessoal beleza Último Ponto tá quando eu falo de psicofarmacologia Eu costumo falar o seguinte eh acontece no caso aqui no neurotransmissor no no neurônio tá e três possibilidades que é mais ou menos que acontece com a gente quando a gente sai de casa tá Então olha só veja aqui em amarelinho deixa eu apagar aqui
veja aqui em amarelinho que que a gente tem a gente tem o potencial de ação né o impulso elétrico caminhando do neurônio pré pro neurônio bós tá nesse sentido aqui aí que que acontece vai ter uma troca de alguns elementos aqui alguns não ilustrados o cálcio vai entrar na célula e tem essas estruturas aqui vocês estão vendo que são essas bolinhas essas bolinhas dentro dela tem os neurotransmissores tá então Ó aqui a gente tem um monte de neurotransmissor amarel laranjinha aqui a gente tem neurotransmissores laranjinhas e azuizinhos tá bom essas estruturas são as chamadas vesículas
tá vesículas são como se fossem pacotinhos de neurotransmissores Ok então o que que tá acontecendo aqui primeiro Por que essas coisas tem que ficar dentro de pacotinhos tá porque dentro do neurônio eh dentro da célula e fora da célula no caso na sinapse existe uma enzima que se chama ma monoaminooxidase Não se preocupem com os nomes agora existe uma enzima que degrada esses neurotransmissores tá então os neurotransmissores precisam ficar dentro de vesículas para evitar a degradação da mal e se a mal degradar que que acontece o neurotransmissor fica inativo e se fica inativa ele não
consegue por exemplo eh atuar nos seus receptores pós-sinápticos Ok quando os neurotransmissores estão dentro das vesículas eles estão protegidos não tem mal dentro da vesícula tá então o que que acontece tá aqui protegidinho o neurotransmissor aí vem a descarga elétrica essa descarga elétrica causa uma alteração da permeabilidade da membrana H um íon específico que é o cálcio o cálcio tem carga positiva Então vai continuar ajudando ali A neurotransmissão tá e o cálcio em especial aqui no botão terminal ele tem a função de facilitar a migração das vesículas Ou seja a vesícula tava aqui de boa
paradinha só que entrou cálcio rompeu uns filamentos que não tão aqui eh exemplificados mas rompeu alguns filamentos aqui das vesículas e ao romper essa vesícula ela vai migrar ela vai sair dessa posição vai migrando e nessa migração ela vai começar a se fundir a parede da vesícula vai começar a se fundir com a parede da membrana celular tá então elas se tocaram começou a se fundir Como é o que a gente tá vendo aqui nesse momento e quando ela ela se funde ela libera na membrana perdão ela libera na sinapse os neurotransmissores Ok ou seja
os neurotransmissores estavam protegidos dentro da vesícula veio o potencial de ação rompeu os filamentos de ligação o a vesícula migra pra parede celular libera os neurotransmissores E aí o neurot transmissor uma vez liberado na Fenda ele vai para algum lugar tá até aqui tranquilo dúvidas comentários beleza e aqui é que tá o grande ponto né de uma analogia aí de um humor questionável que é o seguinte eu brinco com os alunos que quando o neurotransmissor sai da vesícula uma das três coisas pode acontecer com ele que é o que que acontece com a gente quando
a gente sai de casa tá então quando a gente sai de casa uma das três coisas acontece ou a gente vai para algum lugar ou a gente volta para casa ou a gente morre no meio do caminho tá E esse é o humor questionável dessa analogia mas veja quando e essa que é a lógica quando o neurotransmissor sai da visícula Ou seja quando o neurotransmissor sai de casa Acontece uma das três coisas ou ele vai para algum lugar isto é ele se liga ao receptor do neurônio pós-sináptico ou ele volta paraa casa isto é ele
é reenc nas vesículas tá ou seja aqueles neurotransmissores que não forem utilizados e que permaneceram Livres aqui na Fenda eles podem ser reencapadas isto é volta para casa ou ele morre no meio do caminho Isto é eles são degradados pelas enzimas pela mal que tá por exemplo circulando aqui no no na Fenda sináptica tudo bem até aqui e é justamente sobre esses três momentos que as drogas vão agir tá as drogas vão agir ou nos receptores pré-sinápticos a função do receptor pré-sináptico é justamente fazer a a o carreamento né é justamente reencape pré-sináptico ele eh
faz o neurotransmissor voltar para casa ok então ou ele atua no receptor pré-sináptico ou ele atua no receptor pós-sináptico ou ele atua na Fenda sináptica Tá então vamos lá das três uma ou o neurotransmissor vai para algum lugar que que significa aí por algum lugar se liga a um receptor pós Tá ora se o neurotransmissor se liga um receptor pós e abre um canal iônico para botar um pouquinho de nome tá se o neurotransmissor se liga a um receptor pós e abre um canal por exemplo e um canal de potássio tá ele se ligou a
um receptor de dopamina e abrir um canal de potássio eu estou facilitando perdão potássio não de sódio eu estou facilitando ou prejudicando a ação da dopamina veja se a se a função da dopamina é abrir o canal e eu tenho por exemplo aqui uma uma droga se ligando ao receptor de dopamina e abrindo o canal eu tô facilitando ou ação da dopamina facilitando facilitando né Foi isso que eu ouvi foi tô facilitando Ora se eu tô facilitando a ação da dopamina essa droga Então ela é um agonista dopaminérgico tudo bem até aqui gente tá Ora
se a ação fisiológica da dopamina é abrir o canal de potássio de sódio se veio uma droga e abriu o canal de sódio ou seja agiu exatamente como se fosse dopamina essa droga Ela tá ajudando a ação da dopamina E se ela tá ajudando a ação da dopamina ela é um agonista dopaminérgico beleza só que a gente pode ter outro exemplo lembra a chave que entra na fechadura e não abre a porta imagina então que eu tenho uma outra droga que ela se liga ao receptor de dopamina mas não abre o canal percebe Não tô
abrindo eu tô facilitando ou prejudicando a ação da dopamina prejudicando prejudicando perfeito Ora se a função da dopamina é abrir o canal e deixar entrar sódio e de repente eu tenho uma droga que se liga na fechadura mas não abre eu não estou imitando a ação da dopamina E pior eu tô ocupando o receptor aí a dopamina não entra mesmo Enquanto tem uma chave na fechadura A Chave Mestra vamos chamar assim A Chave Mestra não consegue ocupar o buraco da fechadura tá tampado percebe Então veja eu estou prejudicando a ação da dopamina nesse caso essa
outra droga ela seria um antagonista dopamin enico tudo bem até aqui Então veja quando a gente tá falando de drogas atuando no receptor pós-sináptico a gente pode ter drogas agonistas ou antagonistas tá claro até aqui gente beleza primeiro ponto segundo lugar onde as drogas aqui é a gente tá cobrindo que é mais comum na psicofarmacologia tá então primeiro lugar onde as drogas vão atuar receptores pós sinápticos e nos receptores pós-sinápticos as drogas vão atuar como agonistas ou antagonistas beleza segundo lugar onde as drogas podem atuar são nos receptores pré-sinápticos tá Veja a função do receptor
pré-sináptico é colocar dentro da vesícula é recapturar e reencapar o neurotransmissor que tava ali na Fenda tudo bem veja e se eu prejudicasse a recaptura do neurotransmissor por exemplo imagina que teve aqui o potencial de ação liberou um monte de serotonina Na Fenda sináptica tá então tem um monte de serotonina aqui só que aí eu vou bloquear a serotonina eu vou bloquear a recaptação de serotonina Se eu bloquear recaptação de serotonina vai ter mais ou menos serotonina Na Fenda E aí eu tô vendo que a tatian tá falando mas com o áudio fechado Olá vai
ter o quê vai ter mais disponibilid de serotonina Na Fenda sináptica tá beleza vai ter mais tá eu ouvi alguém falando menos né vamos lembrar aqui ó eh eu tenho a serotonina encapsulada na vesícula aí veio o potencial de ação a vesícula se fundiu liberou serotonina Na Fenda Beleza agora eu tenho serotonina Na Fenda uma das coisas que acontece é reenc só que se eu prejudicar Se eu bloquear a reencape Se eu bloquear eu não volto para casa imagina que sei lá por alguma razão eu saí de casa e o controle do portão quebrou beleza
eu não posso voltar para casa se eu não posso voltar para casa aumenta ou diminuir a chance de você ficar na rua percebe Ora se eu não posso voltar para casa aumenta a chance de ficar na rua se eu não vou ser reencapar na Fenda tudo bem até aqui todo mundo entendeu então porque que é mais tá beleza se aumenta a chance de ficar na rua aumenta ou diminui a chance de me ligar o receptor pós beleza aumenta tá eu fiz a leitura labial ali da Tati Tati né Então veja se eu tô mais presente
na rua aumenta a chance de eu ir para algum lugar se a serotonina por exemplo tá mais disponível na Fenda aumenta a chance da serotonina se ligar um receptor pós Ok portanto uma droga que bloqueia a recaptura ela facilita prejudica a ação nesse caso aqui da serotonina ela facilita facilita se facilita é agonista ou antagonista agonista perfeito se facilita é agonista tá então uma droga que inibe a recaptura ela vai ser uma droga agonista Ok E aí e vocês vão ver por exemplo um medicamento uma classe de medicamento que são os isrs inibidores seletivos da
recaptação de serotonina que que significa isso ó significa que ela inibe seletivamente ou seja de forma mais precisa a recaptação que é isso daqui ó da serotonina Ou seja a serotonina não volta pra vesícula a serotonina fica mais disponível na Fenda a serotonina mais disponível na Fenda vai ter maior chance de se ligar receptor pós então uma droga inibidora seletiva da recaptação de serotonina é uma droga agonista serotonérgica tudo bem por exemplo uma droga inibidora seletiva da recaptação de noradrenalina ela vai ser um agonista noradrenérgico tá por porque ela inibiu a recaptação porque a noradrenalina
não voltou pra fenda porque a noradrenalina tá mais disponível e portanto vai se ligar os receptores po tudo bem até aqui pessoal tá então vamos lá uma droga pode se ligar ao receptor pós e pode ser agonista ou antagonista uma droga pode inibir um receptor pré e pode ser agonista e uma droga na Fenda sináptica ela pode inibir a enzima uma droga que inibe a enzima ela ajuda ou atrapalha o processo de neurotransmissão E aí eu vou para algum lugar eu volto para casa ou eu morro no meio do caminho agora a gente tá falando
do morrer no meio do caminho se eu diminuo a chance de morrer no meio do caminho que que acontece se eu ini a enzima o que que acontece E aí eu facilito ou prejudico o processo sináptico facilito percebe Então veja Ora se eu inibir a enzima significa que tem menos enzima para degradar se tem menos enzima tem mais neurot Na Fenda se tem mais neurotransmissor na Fenda eu facilito a chance do processo sináptico acontecer portanto a inibição da enzima facilita o processo sináptico se vamos supor a enzima metaboliza eh dopamina se eu prejudico a metabolização
de dopamina eu facilito a neurotransmissão de dopamina se eu facilito a neurotransmissão de dopamina esse exemplo que eu tô falando seria de uma droga agonista dopaminérgico por qual meio nesse caso aí pela inibição pela inibição da enzima que tá acontecendo lá na Fenda sináptica tudo bem galera como que tá até aqui ok essa partezinha aí de revisão e para mim essa parte de revisão é importante tá porque ela alicerça conceitos que vão ser os conceitos que vocês vão ver na literatura de psicofarmacologia na bula do remédio do seu cliente que a gente vai usar aqui
ou seja revisar isso é importante porque dá autonomia para vocês por isso que eu acho importante gastar esse tempinho aqui tá que que eu queria Então aqui neurônio pré neurônio pós neurotransmissor receptor canal iônico íons quais íons principalmente cloreto principalmente eh sódio eh cálcio entra na jogada aqui também ah conceitos de agonismo antagonismo tá e e e esses lugares específicos né receptor pré-sináptico receptor pós-sináptico fenda sináptica enzima tá isso daqui tá ok dúvidas comentários observações Show Ah Bruna se eu tô entendendo bem o pessoal entendeu esses conceitos e a gente também já tá na nossa
hora tá a partir do próximo encontro a gente fala dos antipsicóticos e novamente com esses conceitos que a gente trabalhou hoje todo o resto aqui vai ser tranquilo porque a lógica é essa spoiler a hipótese dos antipsicóticos é que tem aumento da neurotransmissão dopaminérgica aí você já pensou se tem aumento tem que diminuir se tem que diminuir tem que ser antagonismo logo o antipsicótico é um antagonista dopamin éo Pronto já entendeu metade do conteúdo a gente viu que não é sobre as enzimas porque enzima age agonismo a gente não a gente viu que não é
na inibição do da recaptação porque inibição de recaptação é agonismo só pode então ser bloqueio de receptor pós Pronto já entendeu Ah então bloqueia receptor pós de dopamina gerou diminuição na neurotransmissão dopaminérgica é isso que o remédio faz o resto é detalhe ah receptor D2 não é o D4 Por que é o D2 qual que é fisiopatologia é isso que a gente vai encontrar no próximo encontro só que presta atenção todo esse conteúdo que a gente conversou hoje ajuda nesse raciocino ajuda a ler uma bula a entender ajuda a prever resultados tá eu viro para
você e falo olha só descobrir um novo composto na castanha de caju que gera bloqueio de neurotransmissão dopaminérgica aí você já prevu Pera aí bloqueio de neurotransmissão dopaminérgica é isso que tem que acontecer na esquizofrenia será que esse novo composto da castanha de caju pode ser um remédio antipsicótico tá aí o que que a psicofarmacologia tem que a farmacologia comportamental não tem um forte poder preditivo tá e tudo isso que a gente tá conversando tem a ver com esses fundamentos por isso que acho importante dar uma atenção para isso tudo que a gente tá conversando
vai dar a vocês autonomia por isso que éch importante a gente conversar sobre isso tá pessoal Queria saber se tá tudo ok se tá fazendo sentido o quão desafiador tá aí para vocês tá valendo a pena os conceitos e tal interromper aqui a o compartilhamento que eu consigo ver o chat também Carlos elogiou Valeu Carlos Ok é isto valeu Aline falou que tá valendo a pena Ok dúvidas ok pessoal eu acho que nesse momento é isso tá já são Inclusive eu passei 15 minutinhos aí eh Agradeço todo mundo por ter ficado até aqui agradeço mais
uma vez a Bruna por todo o auxílio tá e próximo encontro Então a gente vai ser no caso daqui a 15 dias né E aí a gente vai finalizar o nosso conteúdo passando nessas três classes tá até lá vão anotando as dúvidas de vocês vão lendo aí o material que eu for deixando para vocês e Tragam aí pra gente discutir no próximo encontro [Música] beleza ok se ninguém tem mais nada Oi alguém abriu o áudio sou eu que tô com áudio aberto diga Bruna tá é isso que ia falar se ninguém tem mais nada a
gente finaliza por aqui Aí é contigo Bruna tá bom então a gente vou encerrar a gravação e