É mas aqui tem algo muito importante que permaneceu ao longo da obra freudiana a ideia de que o trauma primeiramente é algo da ordem de um pacto alguma coisa da ordem de um encontro quando Freud fala de trauma ele está exatamente nos falamos sobre isso e o Olá uma indagação que sempre é feita aos psicanalistas que geralmente né comporta grande interesse por parte das pessoas é precisamente a indagação relacionada ao trauma como que os traumas surgem por onde Cruz trauma se constituem como que eles se instalam e esse tema trauma ele despertou a atenção de
Freud desde os momentos iniciais da psicanálise é o momento que ele está se deparando com as pacientes histéricas constituindo o conceito de inconsciente e vários outros conceitos fundantes da psicanálise estabelecendo os elementos que demarcam a prática analítica e exatamente neste momento que ele também começa a se interessar muito pelos traumas e a Primeira ideia que pode tem Acerca das neuroses ou seja acerca do nosso sofrimento acerca dos sintomas né que marcam as nossas vidas dos impasses que nos constituem isso que viria a ser neurose nesse sentido não tanto no sentido psicopatológico do termo que pode
ter também né e sentido mas aqui no sentido estrutural no sentido constitutivo ou seja a condição humana O que Freud pensava inicialmente e que a nossa condição humana especialmente a histeria que é um modo de funcionamento muito específico uma maneira de lidar com o amor com o sofrimento que tem as suas peculiaridades pros pensava que a histeria ela estava assentada sempre em trauma depois ele vai mudar um pouco a concepção de trauma que inicialmente ele constituiu nós podemos conversar sobre isso em um outro vídeo Mas aqui tem algo muito importante que permaneceu ao longo da
obra freudiana é a ideia de que o trauma primeiramente é algo da ordem de um pacto alguma coisa da ordem de um encontro quando foi a gente fala de trauma ele está exatamente nos falando sobre isto encontro o impacto e ao mesmo tempo alguma coisa que nos ultrapassa alguma coisa que nós não podemos dominar inteiramente e segunda observação o trauma em Freud não necessariamente ele é ele adquire uma carga negativa alguma coisa pejorativa trauma assim embaraçosa impactante da região encontro mas não temos o trauma ele é constitutivo em Freud sempre ressaltou que o trauma ele
era uma experiência impactante embaraçosos a que não está inteiramente nossas mãos no sentido de dominá-la Mas ela é uma experiência constitutiva isso sempre se Manteve ao longo da obra defroi mesmo que como eu disse ele vá depois mudar um pouco mais um pouco que faz toda a diferença um pouco sobre a sua ideia de trauma neurose mas quando ele fala de trauma ele estamos falando de alguma coisa constitutiva impactante encontro que é muito significativo e um outro ponto importante para falarmos sobre os traumas quando Freud fala sobre trauma nesse momento ele sempre foi pensado trauma
como o acontecimento que se dá em dois tempos o primeiro tempo que é exatamente isso que eu estou mencionando em que algo da Ordem do excesso de extravasamento do impacto se dá e marca fundamental esse o tempo ele não comporta para aquele que é afetado por ele ele não comporta sentido significação Essa é a grande marca do trauma e isso que é profundamente tomar o trauma no primeiro momento ele se apresenta com uma experiência aqui não comporta sentido então para a gente entender isso melhor nós temos que compreender que as marcas podem se dar em
nós sem que consigamos atribuir inicialmente sentido essas marcas então alguma coisa que ultrapassa o sentido a significação o entendimento uma espécie de um elemento anódino sem sentido e segundo tempo e depois dessa primeira marca sem sentido temos um espaço o intervalo que pode chama de latência e depois é que nós temos um compro com alvo da vida que é da ordem de uma contingência pode ser um encontro qualquer um encontro que talvez não tenha lá né tanto Impacto tanta significação mas este segundo encontro ele reativa ele retoma ele nos remete ao primeiro E aí sim
é que nós temos este encontro segundo que se mostra como thrallmar efetivamente Na verdade o segundo encontro uma espécie de reencontro com alguma coisa que nos marcou o anteriormente e que nós não temos inteiramente como atribuir um sentido a isso que nos fez erros o que somos e esta estou sendo muito sintético esta uma mecânica muito importante do trauma e pros pensar o trauma como um acontecimento e que se dá em um movimento duplo primeiro tempo sem sentido então alguma coisa e pode ser da hora de um encontro Lacan vai nos propor que este encontro
traumático ele é fundamentalmente um conto com a linguagem com aquele que nos no meia com aquele que fala sobre nós o encontro com a linguagem da hora de um ponto traumático são marcas que ela estão que Alice coloco e que não fazem sentido naquele tempo mas só depois receberam algum sentido bom então não temos é uma concepção bem curiosa e bem distinta do que normalmente podes pensar no sentido comum como trauma né Essa concepção floridiana como se o trauma fosse um acontecimento muito significativo E que nos marcasse e que sempre retornasse às nossas memórias o
trauma ele é significativo porque ele não tem sentido inicialmente a um intervalo e depois uma experiência Pode sim nos remeter a algo de traumático nossas vidas e eu vou aqui fazer a ponte com uma situação atual João filme que inclusive concorreu ao Oscar de 2021 a vossa Suprema dos Blues a voz suprema do blues em torno dos 39 minutos Quem tiver oportunidade não até a narrativa do ator principal do protagonista ele fala de um encontro com alguma coisa marcante e impactante mas que ele não entendia muito bem o que que estava acontecendo e se não
entender é a marca do sem sentido é muito interessante e isto com que ele se depara eu não vou dar spoiler do filme mas que ele não compreende no momento que ele ainda era muito jovem criança isto o marca profundamente e gera consequências em suas vidas então trauma é algo significativo algo importante e que nós devemos a partir da psicanálise localizar como sendo uma marca a que se dá o encontro que se dá e que não se restringe ao sentido pelo contrário subverte o sentido então nós temos que começar a pensar se queremos localizar bem
Este paradigma do trauma para psicanálise nós temos que começar a pensar em marcas desatrelados o sentido EA por aí que nós vamos pensar no trauma o que surge como tendo algum sentido na verdade é uma segunda experiência que nos remete a algo da primeira experiência pois bem então como lidar com trauma o com os traumas ao longo de uma prática na lítica o fundamental é sempre buscar um novo dizer fazer dizer buscar a palavra as palavras a narrativa que possa produzir algum sentido ali onde o inicialmente há uma carência de sentido Esse é o grande
empenho da prática analítica produzir sentido ainda que nós estejamos fadados a Sempre lhe darmos com a não completude do sentido produzir nome sentidos narrativas fazer com que haja uma fala ali onde do contrário só haverá só haveria o silêncio o silêncio do sentido trauma a princípio então é algo silencioso a prática analítica os provoca a um dizer para que possamos lhe dar esse silêncio que nos marcas nos habita e faz com que sejamos Então como nós somos é isso aí até o nosso próximo encontro não E aí