Um bom dia a todos! Sejam bem-vindos à nossa meditação. Vamos nos colocar na presença de Deus, pedindo a sua bênção sobre nós.
Em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. Pai nosso que estais no céu, santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu.
Pão nosso de cada dia, nos dai hoje. Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.
Amém. Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.
Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. O Senhor Todo-Poderoso nos abençoe, nos guarde e nos livre de todo mal.
Em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. Muito bem, então, no dia de hoje, entramos aqui no Capítulo 31.
No Capítulo 31, temos como título: "Continua a tratar do mesmo assunto". Explica o que é a oração de Quietude e dá alguns avisos para os que a têm. É muito digno de nota, e aqui então começa Santa Teresa.
Quero ainda explicar, filhas, da maneira como o ouvi dizer ou como o Senhor quis me dar a entender. Talvez para que eu vos dissesse alguma coisa. Esta oração de Quietude, na qual segundo me parece, o Senhor, como eu disse, começa a mostrar que ouviu a nossa súplica e a nos dar o seu reino para que o louvemos de verdade.
Santifiquem o nome e procuremos que o façam todos. Isso já é coisa sobrenatural, porque não podemos obter por nós mesmas, por mais esforços que façamos. Porque aqui a alma se põe em paz, ou o Senhor a põe em sua presença, melhor dizendo, como fez com o justo Simeão.
Já que todas as faculdades sossegam, a alma compreende de uma maneira muito longe do alcance dos sentidos exteriores que já está junto do seu Deus e que, com mais um pouquinho, chegará a formar uma única coisa com Ele, por meio da união. Não que o veja com os olhos do corpo ou da alma. Justo Simeão também não via do glorioso menino pobrezinho senão aquilo que o envolvia e as poucas pessoas que iam com ele na procissão, sendo mais possível que o julgasse diante disso antes filhos de pobres do que do Pai Celestial.
Mas o próprio menino se deu a conhecer, e assim o entende a alma aqui, se bem que não com essa clareza, porque entende, mas não sabe como entende, tendo apenas a certeza de que se vê no reino ou, ao menos, perto do rei que lhe há de dar o reino. Ela se sente respeitosa que sequer lhe ousa pedir algo. É como um amortecimento interior e exterior, pois não quereria o homem exterior, digo, o corpo, para que melhor me entendais, mexer-se.
Mas como quem já chegou quase no final do caminho, descansa para poder melhor retomar, pois ali as suas forças se multiplicam para que o faça. Sente um deleite e está por se ver junto a Ele que antes desejava. Não desejam mexer-se, pois tudo lhes parece estorvar o amor.
Mas não estão tão perdidos que não possam pensar junto de quem estão, pois duas delas estão livres: a vontade é a que está cativa, e o único sofrimento que pode ter, estando assim, é o de ver que vai voltar a ter liberdade. O intelecto não gostaria de entender nenhuma outra coisa, nem a memória de ter outra ocupação. Eles vêem que só é necessária e que todas as outras o perturbam.
Quem assim já está não deseja mover o corpo, pois tem a impressão de que isso o fará perder aquela paz. Razão porque não ousa mexer-se. Tem dificuldade para falar, podendo levar uma hora para dizer o Pai Nosso.
A pessoa sente-se muito perto de Deus e vê que se entende com Ele por sinais. Está ao lado do seu rei e vê que Ele começa a lhe dar o seu reino aqui na terra. Não lhe parece estar no mundo, nem quer vê-lo, nem ouvi-lo, mas apenas a Deus.
Nada a aflige, nem a pode afligir. Enfim, enquanto dura isso, está tão embebida e absorta com a satisfação e o prazer que é inundada que não se lembra da existência de algum outro desejo de bom grado, como diria São Pedro: "Senhor, façamos aqui três moradas". Então, até este ponto, aqui Santa Teresa fala da oração de Quietude.
A oração de Quietude vai chegando até nós como uma graça sutil que Deus vai dando à alma à medida em que a gente se abre para Deus. Deus vai dando muito de si para nós, né? Então, a oração de Quietude é aquele processo que nós estamos falando já nos últimos dias.
Então, em primeiro lugar, eu devo começar a oração vocal. Depois, eu devo prestar atenção àquilo que eu digo na oração vocal. E, sem perceber, ao fazer esse exercício várias e várias vezes, sem perceber, essa oração vocal vai se tornando uma oração mental.
Eu já vou começando a falar com Deus. E aí, às vezes, para falar com Deus, a minha imaginação vai me atrapalhar bastante. Então, eu devo povoar a minha imaginação com as imagens sagradas.
Eu devo me colocar dentro das cenas da oração. Eu devo prestar atenção a alguma leitura espiritual. Posso ler o Evangelho, posso ler a vida de um santo e tentar pensar, imaginar aquilo que eu estou lendo.
Então, é uma maneira de educar a imaginação. Começo na oração mental vocal, passo para a oração mental. Na oração mental, eu já vou representando para mim Jesus, Maria, cenas do Evangelho, o santo para quem.
. . Eh, eu estou rezando, de repente, então, enfim, eu vou povoando a minha imaginação para aquietar os meus sentidos.
E aí, depois, pouco a pouco, na medida em que essa oração vai se tornando mais sólida em mim, eu vou abandonando muitas imagens, muitas ideias, e vou apenas pensando naquilo que é o mais essencial: pensando em Deus mesmo, né? Pensando em Jesus, pensando em estar com Ele. E aí, pouco a pouco, eu vou abandonando livros, vou abandonando material de leitura, ou senão, rezar muito tempo olhando, por exemplo, para uma imagem.
Eu já vou conseguindo rezar recolhido, de olhos fechados; já vou conseguindo rezar em qualquer lugar. E, depois disso, é um exercício: a questão do silêncio interior, não tanto exterior, mas interior. Eu vou sossegando as faculdades da alma: a minha memória, a minha inteligência, a minha vontade.
Eu vou aquietando tudo isso, né, para conseguir falar com Deus. E, nessa conversa com Deus, eu vou falando tudo de maneira muito familiar, né? O que está na minha alma, o que está no meu coração, o que eu preciso, o que eu quero agradecer.
E, aí, feito isto, eu vou, cada vez mais, aquietando os meus sentidos, né? Eu vou prestando atenção cada vez menos naquilo que está fora de mim. E aí, Deus vai se derramando na alma.
Então, Deus mesmo começa a nos instruir sobre como nós devemos agir e nos comportar no momento da oração. E aí, nós vamos atingindo, na medida em que Deus vai dando, aquilo que Santa Teresa chama de oração de Quietude. Para uns, isso pode ser mais rápido; para outros, pode levar anos, né?
Mas o importante é tentar, é buscar, mesmo que a gente não veja nenhum resultado, né? Não se trata de um exercício onde eu faço e o meu esforço produz resultado. O grande esforço no campo espiritual, no campo da vida de oração, é não atrapalhar Deus.
Esse é o maior esforço que nós devemos fazer: não atrapalhar a obra de Deus em nós, que, às vezes, somos nós mesmos que botamos tudo a perder. Então, na medida em que eu vou rezando assim, Deus vai me dando, Deus vai me ensinando, Deus vai me mostrando. E aqui Santa fala que chega a um ponto em que, até mesmo fisicamente, nós não queremos nos mover; nós queremos fechar os olhos e estar com Deus, rezar e falar com Deus sem nos mover, porque parece que se mover vai atrapalhar.
Então, isso já é o princípio da oração de Quietude que Santa Teresa fala. Hoje, amanhã, ela vai se aprofundar um pouco mais nesse ponto da oração de Quietude. Hoje, nós estamos já na nossa sexta meditação, 60 dias fazendo a meditação de Santa Teresa.
Olha que grande graça, né? Então, se você está aqui, tem acompanhado desde o início, né? Eu tenho certeza que esses conselhos de Santa Teresa já têm trazido muita luz.
Nós não vamos mudar de uma vez, né? Também não podemos desanimar, né? Quando vamos meditando obras de espiritualidade, olhamos, às vezes, para a nossa vida, que parece que está tão longe, né?
Não podemos desanimar; precisamos nos manter no caminho, precisamos aprender, precisamos buscar, precisamos tentar, né? E Santa Teresa vai nos dirigindo aqui neste ano. Então, que Deus nos abençoe muitíssimo neste ano e que possamos realmente trilhar esse caminho de perfeição, né?
Então, peçamos à Nossa Senhora, neste dia, que nos abençoe, que nos guarde. Eu coloco aqui por todas as intenções que vocês colocaram, que vocês deixaram aqui nos comentários, né? Eu sempre rezo todos os dias por essas intenções que vocês colocam.
Então, rezemos pelos doentes, pelos falecidos, pelas famílias enlutadas, pelas pessoas que sofrem, né? E rezo também por vocês, né? Deus conhece a maior necessidade na vida de vocês, seja uma necessidade material, seja uma necessidade espiritual.
Deus conhece. Então, peçamos a Deus que abençoe, olhe para as necessidades de cada um e nos ajude a viver bem na sua graça, buscando a sua amizade. À vossa proteção, recorremos, Santa Mãe de Deus, não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem Gloriosa e Bendita.
Amém. O Senhor nos abençoe, nos guarde, nos livre de todo mal. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
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