oi eu só já é bem vindo bem vinda a e psicologia então finalmente a gente chegou o terceiro vídeo dessa saga de contextualizar luta antimanicomial o primeiro vídeo fala sobre a história da loucura e o segundo vídeo fala do primeiro hospício brasileiro e se você não assistiu aos dois vídeos antes de se eu aconselho você dá uma olhadinha primeiro até porque esse vídeo eu vou seguir a partir do que eu já contei nos outros dois então vamos lá e se você assistiu os outros dois vídeos você vai perceber que diagnosticará loucura e tratá la não
é algo assim tão fácil de fazer basicamente qualquer pessoa poderia ser internada num hospício ou seja qualquer tipo de comportamento que não é visto como normal perante a sociedade faz com que essa pessoa seja internado em um hospício e obviamente os preços começam a não dar conta de tanta pessoa que estava sendo internado a falta de um lugar para dormir de remédios de cuidados básicos até mesmo a higiene estavam se tornando muito difíceis e eu gosto muito desse tal livro holocausto brasileiro e foi escrito é feito pela daniela arbex que mostra exatamente o que acontecia
com pessoas durante décadas dentro de hospícios que eram maltratadas e que muitas vezes ficavam durante a sua vida inteira dentro desses locais a esse livro também tem um documentário como falei no vídeo anterior começou a se comparar manicômios a campos de concentração na alemanha e não é só no brasil que estava acontecendo todo esse modo de repensar a psiquiatria e os hospícios e com a idéia de reformar psiquiatria no mundo inteiro começou a surgir novas correntes com novas propostas mas hoje neste vídeo eu vou falar de uma corrente de uma vertente existe óbice que a
trilha democrática e você vai saber o porquê depois e essa vertente ela ganha força a na itália na década de 70 por um quadro chamado franco baságlia o médico psiquiatra italiano que tem toda uma visão diferente em relação à psiquiatria e 1971 ele assume a direção do hospital psiquiátrico de trieste e 1977 o mesmo hospital ele é fechado e claro nessa época a itália já atuava no movimento de rever todas a questão da psiquiatria e dos próprios hospícios e com as teorias da psiquiatria democrática de frango batalha esse stop teatro com se transforma no local
outras instituições e organizações como escolas universidades e até mesmo cooperativas basicamente batalha propôs na itália na década de 70 a erradicação de qualquer manicômio ele queria desconstruir o saber sic ato como sendo soberano ea sua principal proposta era substituir esses manicômios por locais por serviço extra hospitalares porque ele tinha uma visão de que o problema não era a doença em si mas como ela tava sendo compreendida na nossa sociedade então se a gente for entrar na história do brasil na década de 70 o brasil estava sob comando de uma ditadura militar mas é claro que
nesse mesmo momento estava acontecendo movimentos sociais em prol da democracia e um deles é o movimento da reforma sanitária movimentar para a secretária era pra rever as questões de saúde no país e principalmente pro por transformações e com certeza virão com uma visão de contrapor própria ditadura militar na época era muito difícil acessar serviços de saúde no país e para acessar na época você precisaria ter carteira assinada formalmente sem contar que o acesso à saúde ele era regulado pelo setor privado e tinha-se muito a visão de que saúde é uma espécie de produto e em
1988 que é o grande marco do movimento social pelos direitos dos pacientes com transtornos mentais porque nesse ano que surgiu o movimento dos trabalhadores de saúde mental o intuito de buscar melhorias no tratamento para pacientes com transtornos mentais e também denunciar os maus tratos causados em hospícios em manicômios e é por isso que eu citei antes franco baságlia ea psiquiatria democrática porque todo esse movimento ele teve uma grande influência italiana e claro vou pular um pouquinho no saque ea em 1986 que acontece a 8ª conferência nacional de saúde o grande marco para a criação de
um sistema único de saúde o sus e movimentar em forma solitária no país foi crucial para alavancar o movimento à saúde mental também e no ano seguinte 1987 foi quando aconteceu o 2º congresso dos trabalhadores de saúde mental em bauru em são paulo e neste congresso é adotado lema por uma sociedade sem manicômios inclusive nesse mesmo ano em santos surge o primeiro capítulo o primeiro centro já tem são ciclos social os carros vêm com uma proposta para serem serviços substitutivos de saúde mental que seriam serviços como a proposta de substituir o tratamento hospitalar manicomial e
também com uma idéia de realizar o tratamento de saúde mental em liberdade ou seja as pessoas não ficariam mais trancadas em manicômios pelo resto da vida passando maus tratos e é no início da década de 90 que a gente já tem uma nova constituição federal a gente acaba com a ditadura militar e se implanta um sistema único de saúde que se começa propriamente dito criar serviços extra-hospitalares de forma efetiva o investimentos públicos mas é só em 2001 que realmente se implementa uma política nacional de saúde mental ea lei 10.216 ou a lei paulo delgado que
prevê a proteção e os direitos de pessoas portadoras de transtornos mentais e também redireciona e organiza todos os serviços vão fados para o tratamento em saúde mental e os carros se tornam um dos principais serviços que vão lidar com essa demanda de saúde mental que vão acolher pessoas portadoras de transtornos mentais como a proposta sempre buscando a autonomia do paciente de acordo com o próprio desejo dele em que ele também se responsabilize pelo próprio tratamento em liberdade e como a gente pode ver desde lado o primeiro vídeo a loucura ainda um estigma muito grande então
por isso todo esse movimento toda essa luta antimanicomial ainda se tem uma ideia muito concreta de que as pessoas que são consideradas loucas só deveriam ser presa e muitas pessoas ainda desconhecem que o sus disponibiliza serviços de saúde mental como por exemplo capps tem muitas pessoas que não conhecem centro de atenção psicossocial e muito menos a rede de atenção psicossocial que o cap não é um único serviço de saúde mental existe muitos outros que são interligados embora a gente esteja no momento político social histórico muito difícil inclusive a política nacional de saúde mental sofrer algumas
alterações no ano passado com a resolução de número 32 do dia 14 de novembro de 2017 houve muitos protestos com essa mudança não é novidade para ninguém que a situação de países está bem crítica inclusive o sistema único de saúde ele está sofrendo muito na verdade as pessoas que estão tentando acessá lo ea gente já tem até um nome pra isso pelo sistema único de saúde ele está sofrendo um certo desmonte e é por isso que a gente tem que conhecer mais a política nacional de saúde mental que a gente tem principalmente a gente saber
que existe no sistema único de saúde e serviços gratuítos bom gratuítos entre aspas porque a gente paga com os nossos impostos e mais que isso lutar por uma sociedade sem manicômios sem trancar pessoas que não se ajustam à norma social e muitas pessoas ainda não entendem o quanto o sistema único de saúde faz sim a diferença para a saúde do brasil até porque a gente sabe que as pessoas que mais perdem com isso são pessoas que não tem grana pra ter um plano de saúde são pessoas que muitas vezes não vou conseguir acesso em outros
locais seja por uma questão social seja por uma questão financeira todo esse mês ele foi indicado para falar sobre a saúde mental no brasil e eu espero que eu tenha trazido algumas pessoas para o lado da luta antimanicomial porque a gente não pode perder esses direitos mostrar que a gente ainda se importa com a saúde mental nesse país e principalmente a gente ainda participa da luta antimanicomial então é isso gente eu vejo vocês na semana que vem muito obrigado por acompanhar os vídeos até aqui e tal [Aplausos] procurado o sicredi saúde 97 loucura os fiéis