Ricardo Antunes | CRISE E CONTRARREVOLUÇÃO NO BRASIL HOJE | Curso: O privilégio da servidão | Aula 4

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TV Boitempo
Nesta quarta aula de seu webcurso na TV Boitempo, o sociólogo do trabalho Ricardo Antunes discute a ...
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é era curiosa algumas cenas de dada em manifestações do impeachment contra dilma nem as pessoas algumas famílias de classe média irem para os atos com o pai a mãe a criança a babá leva da criança o cachorrinho passeando com a classe média dela típico da tragédia brasileiro [Música] eu vou nesta a minha apresentação agora tratar da parte 3 do meu livro o privilégio da servidão que como disse na sessão anterior foi recentemente publicado pela boitempo a parte 3 digamos assim ela compreende o que eu chamei da era das conciliações das rebeliões das contas devoluções tudo
isso ocorreu no brasil digamos nos últimos oito nove anos é por isso que estamos vivendo de 2008 pra cá uma crise de alta intensidade tá certo que começa com os anos gloriosos da vitória do luna ea sensação de que finalmente o brasil começava ingressar eu nunca acreditei até tem nesta hipótese mas pra muitos brasil começava ingressar na cadeia dos países avançados brasil seria a quarta a quinta economia do mundo com potenciais para chegar além disso e terminamos hoje setembro e 2018 no curso de um processo eleitoral dificílimo onde a destruição do trabalho chegou uma proporção
que nós temos entre desempregados desempregados por desalento precarizados cerca de 30 milhões de pessoas na informalidade uma quantidade enorme e uma massa imensa de trabalhadores que poderiam estar trabalhando e não têm trabalho o que significou esse pedido digamos assim o que levou a esta a este quadro de modo o sintético eu diria esse período de 2008/2009 acre de eu tô tomando essa data com aquela momento mais recente de uma crise profunda que teve como epicentro norte do mundo ela vem exigindo uma devastação do trabalho em escala global fundamentalmente porque é resultado de uma era de
hegemonia financeiro onde os capitais das finanças não pode eliminar o trabalho não pode eliminar o trabalho até o fim mas podem precariza lo e destroça lo ao limite nós estamos vivendo uma época de intensificação da exploração do trabalho que nos permite falar como fala que várias vezes no meu livro de superexploração do trabalho em escala global se nós imaginarmos que a china chegou a ter as mais altas taxas de greve do mundo nos da década de 2000 dada a intensidade ea intensidade da exploração do trabalho do operariado chinês que não era propriamente um país capitalista
mas é um país que pelo menos dos seus antecedentes tinha vivido uma revolução socialista radical isso mostra o quadro que nós chegamos e no brasil o mito começa a se desmoronar em 2013 com as rebeliões de junho a população percebeu que por exemplo havia muito recurso pra copa das confederações os estádios foram branqueados o futebol hoje no brasil não é visto mais pelos pobres nem pros dele aliás nós vimos recentemente a copa do mundo as filmagens da copa do mundo né à exceção de quando a copa do mundo é filmada na áfrica os estádios de
futebol do mundo hoje são compostos majoritariamente por brancos que é um processo de elitização enquanto a população já começava a perceber 2013 as primeiras consequências o desmonte da educação pública da saúde pública da previdência pública num contexto que era de rebelião em escala global tunisia egipto inglaterra estados unidos 1 a 1 ocupa wall street os indignados da espanha geração à rasca em portugal rebelião na grécia fazer um mundo e rebeliões num dado momento ele também explodiu aqui e foi impressionante porque nem as oposições e nem o governo de uma faca foram capazes de entender o
que estava se passando vale lembrar que a rebelião de as revoltas em junho começaram em 2013 na luta pelo passe livre pelo governo santil mas não de um determinado momento com este processo de digamos assim descontentamento global generalizado nós passamos a ver também um processo de explosão das direitas fascistização e propostas indivíduos que no passado jamais teriam coragem de defender ditadura militar saindo e dizer eu defendo a ditadura eu quero a volta da ditadura e num dado momento a partir de 2003 nos ferros uma polarização no país entre os movimentos os movimentos sociais a esquerda
e os movimentos nascentes à direita eram curiosos algumas cenas de dada em manifestações do impeachment contra dilma nem as pessoas algumas famílias de classe média irem para os atos com o pai a mãe a criança a babá leva da criança o cachorrinho passeando com a classe média típico da tragédia brasileira e nós tivemos um processo de ampla assim onde as rebeliões de junho de 2013 explodiram isso gerou um processo que acentuou que eu venho chamando lembrando a ideia há pistas rica do floresta fernandes da eclosão de uma contra revolução burguesa preventiva no brasil num dado
momento nós podemos situar entre o fim de 2014 nc 2015 o governo de conciliação do pt é um complexa arquitetura montada pelo lula onde as classes burguesas ganhavam muito os pobres ganhavam um saltinho lá que vestir ava da condição de miséria absoluta e melhorava sua tragédia sem tocar sem tocar nos pilares estruturantes da miséria brasileira porque pra tocar nos pilares estruturantes a miséria brasileira tem que fazer uma advogada profunda você tem que fazer dar certo um enfrentamento muito forte uma taxação muito forte dos bancos das grandes riquezas não tendo feito isso nós tivemos a viver
assim a corrosão do governo de conciliação as partes dominantes perceber que não poderiam ganhar via eleitoral a sua proposta que era de devastação acabar com a legislação trabalhista acabar com a previdência pública com a saúde pública com a educação pública tá certo terceirização total tudo isso que nós fazemos é nos últimos dois anos a alternativa que se gestou taça institucional tá certo é parlamentar e midiática foi o golpe o vice como eu disse já várias vezes é um governo terceirizado que foi chamado para implantar as medidas destrutivas que as burguesias as classes dominantes situações jamais
conseguiriam pela via eleitoral e entramos num processo de devastação tá certo que nos leva hoje a um quadro eleitoral muito difícil é mas por outro lado também é é um laboratório onde né nós temos a polarização muito clara de dois blocos as direitas liberadas pela direita ea extrema-direita hoje e as esquerdas liderados por um movimento ainda moderado tá certo mas que pra mídia tratado como se fosse extrema esquerda entende às vezes você vê cenas da da direita dizendo que é preciso impedir a vitória do pt para evitar ideia o governo de um partido comunista método
qualquer pessoa rudimentarmente informada sabe que o pt nunca teve nenhum duplo dominante e nem mesmo a proposta de se tornar um partido comunista nem na sua origem nem no seu período mais recente o resultado disso é que nós tivemos a desconstrução o que parecia ser um período histórico importante que foi aquele que vai de 2002 2003 a 2015 entramos na era das trevas é que até o período que nós nos encontramos hoje esse meu essa minha parte deles é uma tentativa de fotografar esse período o capitalismo e levou três séculos para se tornar dominante pelo
menos que carlos osório perdeu o primeiro século e meio da disputa mas nós temos pelo menos mais um século e meio para equipará o tempo do capitalismo levou pra ser dominante pelo menos três certo né então é nós estamos longe daquela tese do texto do fulham que o capitalismo é o fim da história
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