olá pessoal meu nome é max ea maneira sou professora da faculdade de educação da usp e membro do grupo de pesquisas em educação física escolar é um colegiado composto majoritariamente por professores e professoras que atuam na educação básica que neste momento agora eu me sinto seu representante esta é uma uma conversa que com alguma frequência parece nos cursos de licenciatura nos cursos de formação inicial nos debates dos grupos de pesquisa e nos eventos pelo brasil afora e que é com muita freqüência também é apresentada nas citações teses nos artigos é que é a questão das
abordagens de educação física das tendências das vertentes das perspectivas de ensino e também dos currículos se o ter uma abordagem se tornou bastante conhecido e circulou muito durante um tempo hoje você começa a perceber algumas produções usando a expressão um currículo ou similares por isso né elegemos pro como objetivo neste bate-papo contextualizar o surgimento explicitar os fundamentos epistemológicos das teorias curriculares da educação física mas primeiro nós gostaríamos de dizer para vocês porque abrimos mão da expressão abordagens né do termo abordagens e começamos a dar preferência para o termo outra expressão currículos teorias curriculares currículos da
educação física é essa obra da maria das graças nicoletti mizukami e torna conhecido conhecida a expressão abordagem é conhecido o conceito de abordagem de ensino esse trabalho de pesquisa ela procurou extraída prática pedagógica dos professores e professoras que ela observou quais eram as formas as estratégias técnicas que eles utilizavam em sala de aula para desenvolver os temas né de ensino e aí ela chegou a essa conclusão não é que nós estamos aqui apresentando para vocês extraída da obra dela né uma abordagem do processo de ensino aprendizagem não se fundamenta em teorias empiricamente validados mas numa
prática educativa e na sua transmissão através dos anos ea gente queria fazer esse destaque então pra essa autora a abordagem aquilo que acontece na sala de aula e que pode estar descolada de uma teoria de fundamentação de uma teoria que fundamenta aquela maneira de trabalhar mas isso não significa que por traz uma abordagem não existam determinados conhecimentos e que não existam também formas de entender o mundo formas de ver o estudante forma de entender o próprio conteúdo formas de entender a escola em papel do professor na escola então entendemos que a abordagem aquilo que está
acontecendo lá a partir das maneiras que o professor utiliza para desenvolver um assunto que é o assunto do seu componente por outro lado o currículo na opinião não é do thomaz da silva que é um uma pessoa bastante conhecida no âmbito dos estudos curriculares currículo nessa obra chamada documentos identidade ele vai dizer que todas as teorias pedagógicas educacionais são também teorias de currículo foi é o fato de ter encontrado com essa explicação e depois né tem estudado esta obra conhecido mais a fundo essa obra cuja primeira edição é de 1.199 que aí nós passamos a
entender que o termo currículo refletia muito melhor aqui no né as várias maneiras de entender educação física e de fazer educação física fundamentadas teoricamente e de onde nós tiramos essa idéia de que os as propostas de educação física podem ser teorias e currículo porque elas representam determinadas teorias pedagógicas deste texto bastante conhecido do professor walter braz ti publicado no caderno sets neste número de cadernos antes de 1999 onde ele vai apresentar a constituição das teorias pedagógicas de educação física ele arrola essas teorias é a ginástica o sport a teoria desenvolvimentista a psicomotricidade a crítica operador
ea crítica uma história e claro o professor outro braço pública essa obra em 99 não é de 99 pra cá a educação física vem né continuando na sua produção tanto científica conceitual né quanto também a sua produção nas escolas é professores professoras a desenvolver as suas atividades em cima estão produzindo conhecimento sobre aquilo que ensinam e também sobre o ensino em si então diante disso nós queremos dizer para vocês retomando um pouquinho nessas idéias nós queremos dizer pra vocês que as teorias de currículo da educação física elas foram se modificando com o tempo né então
é nos sentimos autorizados a usar a expressão teoria de currículo pensando que nós temos conhecimentos científicos a área tem conhecimento científico que fundamenta algumas maneiras de organizar esse conhecimento na escola desenvolver esse conhecimento garantir com que os alunos nem se apropriem reflitam ressignifica que reconstruir seus saberes a as teorias que não há base para isso no nosso entender elas começam lá no finalzinho do século 18 e chegam até agora o século 21 em função disso construímos essa linha do tempo mas que em um primeiro momento nós queremos lembrar a vocês que a sociedade já se
organizou de maneiras diferentes então nós já tivemos uma sociedade organizada em castas nós tivemos uma sociedade organizada em classes que para muitas pessoas não é esse é o desenho que ainda persiste e nós temos na opinião de outras pessoas nós temos uma sociedade no formato de tecido de rede e aí pra cada um desses momentos nem para cada uma dessas formas de entender o desenho social a escola se organizou de uma certa maneira e consequentemente as teorias pedagógicas se organizaram e finalmente né as teorias de currículo da educação física também se organizaram então é a
partir daqui que a gente vai tentar situar o momento de surgimento de cada uma dessas teorias primeiro em um primeiro lugar nas teorias pedagógicas mais amplas e no segundo lugar né das teorias específicas e currículo naquela sociedade organizada em castas naquela sociedade onde o grupo né que está aqui nessa elipse menor né controlava tudo é uma sociedade que era predominantemente agrário exportadora numa sociedade em que a escola era bem poucas pessoas nós tivemos aqui no brasil o modelo escolar que né predominou entre os séculos 16 e o começo do século 20 que é o modelo
jesuíta hora jesuítico é para alguns e que cujo currículo se organizava através do 112 momento conhecido como rácio estúdio órgão e foi esse momento da educação brasileira que permitiu o surgimento do que ficou conhecido como pedagogia tradicional ou seja aquela idéia de que um pequeno grupo possuía determinados saberes determinados conhecimentos determinados valores e que o objetivo da escola era fazer com que esses valores da forma como eles funcionavam esses conhecimentos o sentido que eles tinham para esse grupo para esse pequeno grupo né aqui em cima e ele eles manteriam isso através do ensino ou seja
o papel de ensino era transmitir esse arcabouço de conhecimentos e valores é nesse sentido que a gente tenha pedagogia tradicional não é que tem uma vertente lá e que é uma vertente é religiosa não é que agora a gente não vai destrinchar mas é nesse nesse lugar nesse contexto num desenho social como esse que aparece na educação física o currículo dinástico quando nós vamos entender a influência do método francês aqui no brasil quando nós vamos entender a maneira como ele se dissemina nas escolas quem administrava quem desenvolvi as aulas e qual o sentido da produção
daquele corpo tem a ver com aquele desenho social e tem a ver também com aquele modelo pedagógico mas o tempo passa né a sociedade brasileira vai lentamente se industrializando surgem outras idéias pedagógica surgem outras explicações para o processo educacional e aí nós temos as contribuições de estudiosos né professores médicos etc como frei nem o filósofo dia e nem o pedagogo treinar eu assistir a médica maria montessori eo belga o vídeo de controle que vão ajudar a pensar uma escola nova uma escola diferente para uma sociedade que também estava em transformação uma sociedade que já vinha
se urbanizando uma sociedade que já queria colocar a criança é no centro do processo uma sociedade que já vinha se alimentando com os conhecimentos produzidos no âmbito da sobretudo da psicologia do desenvolvimento e aí nós assistimos o surgimento no brasil especificamente aparece com muita força no começo da década de 30 nesta estima o surgimento da escola no 20º então a idéia de que a criança aprende do seu jeito a idéia de que a criança precisa ser estimulada a idéia de que de que a criança é ter um percurso individual a idéia de que a criança
tem certos interesses que precisam ser atendidos isso tudo né numa sociedade capitalista numa sociedade que vai se organizando vai se industrializando e claro precisava romper né com aquela visão arcaica que significava a pedagogia tradicional e que significa sobretudo o ensino da ginástica na escola é nesse contexto não é assim diz a literatura é nesse contexto que o ensino esportivo com o intuito de forjar um caráter não é com o intuito de produzir um novo cidadão com o intuito de produzir esse cidadão para essa sociedade urbana alguém que soubesse que fosse dinâmico na resolução dos seus
problemas alguém que soubesse trabalhar né coletivamente cooperativa ou seja um outro modelo de de cidadão que é exigido né pra pra por um novo desenho social e que portanto a escola vai cumprir o seu papel através da escola no ritmo e educação física vai cumprir seu papel através do ensino do esporte na escola que não tem nada a ver é esse momento com a maneira como nós hoje trabalhamos com esporte hoje nós sabemos que o esporte não é contra as idéias então mas nada como um dia depois do outro né uma série de mudanças nesse
período esse período não foi todo homogêneo ou seja a primeira metade do século 20 não foi né toda da mesma maneira é uma série de questões no mundo sobretudo né no mundo ocidental sobretudo no desenvolvimento tecnológico do mundo ocidental e sobretudo né no contexto econômico e social do hemisfério norte impactam basicamente à escola e e essa essa série de mudanças nos levam né a sofrer a buscar não sofrer mas a busca fundamento em duas obras importantes sobre teoria curricular da primeira metade do século 20 né o livro o currículo de franca em bob eo livro
princípios básicos do currículo do ensino do rotay a para pensar a educação de uma outra maneira e aí olhando para o modo de produção fabril olhando também para a psicologia do desenvolvimento olhando para uma outra maneira de organizar o sistema de ensino organizar a escola organizar o currículo aparece com muita força no hemisfério norte principalmente nos estados unidos da américa aparece com muita força um outro desenho pedagógica uma outra corrente pedagógica que é o tecnicismo educacional eo tecnicismo educacional ele implicavam né na definição de um conteúdo do que deveria ser ensinado do lado de fora
da escola ou seja é os especialistas e currículo o pessoal da secretaria de educação o pessoal das universidades definiriam o que deveria ser ensinado basicamente a partir da própria lógica de desenvolvimento do conhecimento então quase que os os conhecimentos produzidos nas universidades passaram a ser ou nos centros de pesquisa passaram a ser ensinados nas escolas de forma paulatina de forma gradativa e é daí a idéia de que para as séries iniciais dos anos iniciais um conhecimento mais simples que os anos finais um conhecimento mais complexo é da idéia de que aquilo que é ensinado no
primeiro ano do ensino fundamental seria aproveitado no ensino no segundo ano e seria e aumentaria a dificuldade dificuldade aumentaria a complexidade aquela idéia de que todos nós aprenderiam aprenderemos a mesma coisa né todo mundo do 1º ano teria o mesmo conhecimento todo mundo segundo ano mesmo conhecimento é nesse momento que o livro didático aparece com uma força muito grande é nesse momento é que os sistemas começam a produzir materiais específicos para cada na época é para cada série atualmente a gente pode dizer para cada ano ou seja um controle maior do processo de ensino se
desenvolvem também tecnologias de avaliação não é então a gente passa a olhar os resultados analisar os efeitos do processo pensando em aprendizagem pensando em planejamento pensando em objetivos bem delimitados seja você tem uma mudança muito grande no que diz respeito ao processo educacional e isso claro também ter impacto na educação física ou seja educação física teria que buscar algumas ciências de base pra ter sentido a sua expressão dentro da escola então educação física não poderia continuar com aquela postura né mas nas visões anteriores tanto na ginástica quanto no esporte que era algo meio separada do
processo e vai aparecer com bastante força nec no brasil uma perspectiva psicomotora da educação física que uma perspectiva desenvolvimentista educação física então né a ideia base da psique uma cidade é que através do movimento através da educação pelo movimento a gente vai contribuir com o desenvolvimento cognitivo afetivo social e psicomotor das crianças ea perspectiva desenvolvimentista a gente também vai trabalhar a noção de movimento mas no sentido a promover um ensino que permita a todas as crianças jovens e adultos o alcance das habilidades motoras nessa etapa especializada não seja o nível de desenvolvimento motor mais elaborado
na fase especializada então é tanto currículo esse motor quanto currículo desenvolvimentista olham pro movimento como objeto e se preocupam o primeiro né a ideia que o movimento vai né contribuir para o desenvolvimento dos outros domínios do comportamento então a gente tem uma influência muito grande dos trabalhos de benjamin bruno na definição de uma taxonomia de objetivos educacionais nós temos uma influência muito grande do trabalho do professor na rua né na distribuição de modelos de atividade a cada fase do crescimento desenvolvimento e nós temos né é um ser assim quase que um predomínio dessa perspectiva educação
física que chega como todo mundo sabe aqui até os anos 80 até os anos 90 bom o tempo vai passando e concomitantemente essa discussão da educação tecnicista não de modelo tecnicista é herdado dos estados unidos apropriado não só seis meses mas predominantemente do modelo norte-americano há toda uma crítica voltada para essa escola e esse movimento de crítica ele aparece em autores entre os anos 60 e os anos 80 em autores como paulo freire juizados é pierre bergé paz e romboli exigentes são análises feitas da escola capitalista e que vão denunciar essa escola como contrariamente ao
que ela afirmava né é a escola capitalista se afirmava como uma instituição que contribuiria para a ascensão social estes autores nas suas análises chegaram à conclusão que tanto no brasil quanto nos estados unidos quanto na frança a escola fazia muito mais um papel de reprodução da desigualdade social e menos né de promoção de ascensão social e aí é esse trabalho sem impactar muito alguns autores brasileiros do âmbito da educação que produziram propostas pedagógicas a partir dessas noções e nós temos nem como destaque o professor paulo freire com a sua pedagogia libertadora e temos tanto o
professor libânio neto josé carlos libânio enquanto demerval saviani com as suas concepções da pedagogia crítica claro com as suas variantes mas a pedagogia crítica com a pedagogia dos conteúdos e aí é tanto a pedagogia do professor saviani quanto a pedagogia do professor libânio quanto à sua neve é basicamente a pedagogia histórico crítica do processo aviani vão é fundamentar a idéia de que não basta ensinar os conteúdos da classe dominante para as crianças das camadas populares é necessário também que elas analisem que elas entendam que elas se apropriem de uma visão crítica desses conhecimentos ou seja
dos conhecimentos da cultura dominante é importante situar anos sócio histórica e politicamente nessa perspectiva cabe à educação ajudar as crianças a entenderem como a sociedade funciona ajudar os jovens do sendero como a sociedade funciona porque é pela educação pelo conhecimento da cultura dominante não seja pela apropriação crítica da cultura dominante que nós pensávamos que poderíamos transformar a sociedade e é nesse contexto que o objeto de ensino da educação física é substituído deixa de ser o movimento deixa de ser um exercício físico né a ginástica e se torna a cultura corporal graças a esse movimento dentro
da área né com determinadas obras que depois nós vamos falar que nós vamos enxergar um papel que a educação física faz de fazer promover uma reflexão que critica uma reflexão pedagógica sobre as várias formas de expressão do movimento essas formas né que se expressam a partir das brincadeiras das danças das lutas ginásticas o dos esportes ou seja essa reflexão crítica sobre a cultura corporal que vai proporcionar o empoderamento das crianças pra mudar a sociedade para transformar a sociedade para produzir um cidadão de uma outra maneira então essa discussão pode observar ela se distancia daquela preocupação
com os objetos do do objetivo da aprendizagem do ensino do planejamento e nós temos agora uma discussão na educação e educação física premiada pelos conceitos de ideologias de reprodução de poder de classe de capitalismo ou seja é um outro momento da questão física uma outra proposta educação física que embora situada nesse período que a gente é chamada de modernidade aqui na nossa conversa embora situada nesse nesse momento ela se afasta daquela perspectiva tecnicismo embora prometa a autonomia embora prometa a libertação embora prometa a conscientização ela está né numa outra num outro campo teórico no mundo
referencial conceitual e com outro projeto de cidadão mas nada como um dia depois do outro outras mudanças viriam acontecer na educação física lembrando nós tivemos uma mudança social para muitos autores é o que nós estamos vivendo da de mais ou menos a metade da data da segunda metade do século 20 para cá né seja lá nos anos finais do século 20 é um outro desenho social nessa sociedade que nós podemos chamar uma sociedade contemporânea que não é a sociedade néné moderna é uma ou outra cialdini social em rede e em quê né estes termos né
vocês me perdoem eu li agora a eta mercado aparece com a mais não é que temos como mercado globalização e neoliberalismo entram em circulação então formará uma pessoa para essa sociedade na visão de muitas pessoas na visão de muitas pessoas implica no domínio de determinadas no desenvolvimento de determinadas competências e habilidades haja vista a quantidade de documentos curriculares recentemente produzidos que se apropriaram desses termos de competências e habilidades é essa discussão desse novo desenho social ela é acompanhada de toda uma discussão que acontece também na educação física de separação do bacharelado e de licenciatura em
educação física é aprofundando e disseminando para a sociedade não ea importância da atividade física você tem tudo uma uma remodelação da área também que né paralela é esse desenho social a esse novo desenho social e que é paralelo também a essa a essa mudança da pedagogia no entendimento da escola nesse contexto alguns autores vão dizer e aí nós trazemos o pablo gentili como autor importante nesse processo que vão olhar para essa nova pedagogia na escola essa pedagogia das competências e vão né é a classificá-la como nada mais nada menos do que o neo tecnicismo educacional
então basta você verificar como em muitos sistemas de ensino eles há os currículos são elaborados nas propostas curriculares são elaboradas tanto nos sistemas público privado e se faz eles se fazem acompanhar de materiais para a implantação dessas propostas ou de vídeos com a implantação dessas propostas ou de recursos didáticos com plantação destas propostas seja você tem um tecnicismo educacional mas que agora está com uma outra roupagem já não temos mais um aprofundamento muito grande nos conteúdos porque a idéia é ensinar às crianças jovens e adultos resolver problemas imediatos adaptar se ao novo contexto a trabalhar
com as novas tecnologias já nuno tecnicismo né o conhecimento foi desvalorizado em função do meio e no neo tecnicismo você tem novamente a desvalorização do conteúdo do conhecimento em função do desenvolvimento de habilidades amplas gerais e que possam ser adequadas a cada situação a cada contexto a cada realidade é nesse lugar que ganha muita força uma outra proposta de educação física uma outra teoria curricular de educação física que nós estamos chamando aqui de saúde renovada o currículo da saúde o currículo saudável educação para a saúde então você tem novos parâmetros curriculares nacionais né aparece com
muita força lá no finalzinho da década de 90 parece com muita força a discussão dos conhecimentos do corpo nos anos finais do ensino fundamental e que depois nos meus planos populares nacionais o ensino médio ela no ano 2000 já aparece com bastante evidência aquela ideia de que a escola precisa contribuir para formar um cidadão fisicamente ativo tendo em vista é toda todos aqueles problemas causados assim eles afirmou é pela falta de atividade pela falta de movimentação pela vida sedentária é importante que a escola diz eminem uma certa maneira de se movimentar uma certa maneira de
se alimentar uma certa maneira de se generalizar e aí você tem toda uma uma discussão dentro da educação física por sua vez que é fortalecida né com os conhecimentos na área da saúde e que aí em muitas propostas curriculares você vê uma influência muito grande dessa idéia seja nas propostas municipais estaduais em nível federal e também nas redes privadas e finalmente é também né no finzinho do século 21 é cada vez mais nos anos iniciais deste século agora do século 21 nós temos um debate é influenciado por outras formas de análise do social então muitos
autores já abriram mão do materialismo histórico para fazer uma leitura da sociedade já estão buscando é não posso totalista no multiculturalismo no pós modernismo nos estudos culturais na teoria kuyt nos estudos feministas nas filosofias as diferenças já estão buscando fundamentos para fazer uma análise da sociedade então você tem uma ruptura com uma certa perspectiva chamada estruturalista né de sociedade e vai se apropriar em teorias que trabalham com uma outra idéia de cultura com uma outra ideia de linguagem como a outra ideia de conhecimento então com base nessas teorias começam a aparecer tanto nas propostas estaduais
quanto nas municipais em algumas redes privadas começam a aparecer influências das pedagogias culturais ou também né das pedagogias após críticas dentro do debate curricular você já vê não é uma ruptura com aquela ideia de ideologia de poder é de de perdão de de poder de classe é de superação você rola você já não percebe mais esse debate dentro da teoria da dos estudos curriculares você já começa a perceber a influência de conceitos como cultura e identidade e diferença subjetividade poder saber poder gênero etnia religião local de moradia geração pessoas com deficiência ou seja você já
começa a perceber outras questões aparecendo no debate dos currículos com influências nas escolas com a influência dos documentos curriculares então basta ver que nos últimos anos eu me refiro aos últimos 23 anos gente tem visto é um debate sobre as questões de gênero nos documentos pedagógicos né e os planos municipais de educação sendo ali censurados os planos estaduais de educação sendo censurados acho que todo mundo acompanhou a discussão é que precedeu a publicação da base nacional comum curricular e toda essa questão como ela ganha evidência então se vocês olharem essa é com mais cuidado não
é pra essas questões vocês verão que nós temos agora nas escolas outras outras conversas acontecendo outras preocupações acontecendo no âmbito da educação física isso tem ficado materializado naquelas propostas que se anunciam culturais também se anunciam com as críticas também se anunciam multiculturais então uma educação física cultural um currículo cultura educação física educação física culturalmente orientada na verdade ela vai olhar para a escola para a sociedade e os conhecimentos que dão a base para o currículo para as práticas corporais que estão na comunidade bom ela vai olhar de outra maneira nessa perspectiva embora trabalhe também como
cultura corporal sendo objeto de estudo educação física este esta esse termo cultura dentro da cultura corporal já não é cultura na perspectiva marxista nem tampouco na perspectiva antropológica cultura aqui também é um campo de lutas pela validação significados então as práticas corporais elas são sim textos da cultura elas são sim formas de expressão dos determinados grupos sociais só que elas são significados de forma diferente pelas pessoas que participam dela pelas pessoas que assistem é isso que explica não é que práticas corporais como funk briga de galo bolinha de gude videogame é certa seja o tempo
inteiro né debatidas e discutidas e analisadas e acha sobre essas práticas corporais tantas polêmicas porque grupos diferentes não significam de forma diferente essas práticas corporais e na escola elas precisam fazer parte do currículo precisam ser tematizados no currículo para quem as crianças jovens e adultos possam se apropriar e reconhecer as várias formas de significar essas práticas corporais bom é um pouco mais longo é evidente não é o caso aqui mas a gente convida vocês a enveredarem pela discussão e conhecer um pouco mais essas questões indo pros finalmente da nossa conversa de hoje a gente quer
então lembrar vocês né que apoiados no trabalho né de tomar saber da silva gente entende as teorias pedagógicas de educação física como teorias de currículo e aí nós temos ao longo do tempo uma série de obras de educação física que nos ajudam a enxergar todas essas teorias pedagógicas portanto teorias de currículo e educação física nós conhecemos né lá atrás o trabalho do professor e nezinho pela marinho nem os sistemas e métodos de educação física é onde a gente pode ver nesta obra um exemplo do currículo ginástico nesta obra que embora seja dos anos 80 é
do professor borsari e professores jordano o thales e o dante de rose é um bom exemplo do currículo esportivo né porque eles definem da educação infantil até a universidade é um caminho de organização uma um caminho para que as crianças jovens e adultos se apropriam da gestualidade dos esportes aqui você tem né três exemplos três trabalhos que nós atribuímos na perspectiva psicomotora então você tem aqui o o livro do jogo do professor joão batista freire educação de corpo inteiro você tem aqui um livro do professor alexandre moraes de melo é psicomotricidade educação física jogos infantis
e você tem aqui né do professor mauro gomes de matos e dodô marcos ler o livro educação física infantil nestas três nessas três teorias pedagogia pedagógica mesmo nessas três obras que são obras representativas desta teoria pedagógica da psico na cidade a brincadeira é usada como meio para desenvolver questões sociais questões afetivas questões cognitivas questões motoras também já caminhando na perspectiva desenvolvimentista por currículo desenvolvimentista você tem esta é obra do professor danny manuel cobo e e josé luiz proença é um trabalho muito conhecido que influencia e influenciou muito na formação de professores você tem mais recentemente
é publicado aqui no brasil compreender o desenvolvimento motor do processo de cada um e educação física desenvolvimentista para todas as crianças então sobretudo nesta obra nesta última obra o professor dela rua nos apresenta uma série de situações didáticas que contribuem para levar as crianças da fase inicial é da da fase inicial das habilidades motoras até a fase madura das habilidades motoras e tanto na no livro anterior né tanto no livro anterior não compreendendo desenvolvimento motor quanto na educação física cometida para todas as crianças ele apresenta uma proposta de currículo não seja o que trabalhar em
termos de habilidade motora para os pequenos para os médios e os grandes já caminhando para as teorias críticas e currículo aí você já vê né as duas obras com muito impacto é bastante conhecidas no brasil que é a metodologia da educação física pelo escrito pelo professor lino castellani pela cármen lúcia pelo caminho se a soares michelle o tegra escobar celita farell e volta e brás tiné que influenciou bastante na disseminação dessa concepção de educação física no brasil temos também um livro do heleno curso e todas é só as outras obras nem aquela coleção que ele
também produziu a chamada de datcha da educação física onde ele vai apresentar também a perspectiva crítica também uma perspectiva crítica educação física uma perspectiva progressista educação física e aí né este texto ele não fez um livro especificamente sobre isso mas o professor da tenha pinto guedes escreve e publica 999 esse texto educação para a saúde mediante programas de educação física escolar ou seja ele foi uma é uma pessoa muito importante na disseminação dessa dessa proposta curricular em educação física não entendendo a escola ea educação física como espaços em que as crianças não só aprenderam a
fazer a as práticas da atividade física mas também as razões por que fazem as práticas a prática de atividade física consentida produzir uma sociedade é mais saudável este livro do formato se professor mauro gomes mattos marcas de janeiro onde aparece também uma proposta de educação física para a saúde uma proposta que quer sobretudo nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio que as crianças e jovens se apropriem de conhecimento sobre corpo de conhecimento sobre atividade física de conhecimentos e os efeitos da atividade física no corpo para que essas crianças jovens é do se
transforme em pessoas ativas e também esse livro do paulo farinati é uma obra mais recente mas também com bastante circulação onde ele reafirma o papel da educação física escolar também na promoção da saúde é bom e mais recentemente pensando já na perspectiva pós-crítica da da educação e na perspectiva cultural de educação física nós temos esse esse livro é publicado em 2006 pelo marcos mineira e pelo mário nunes a pedagogia da cultura corporal onde é uma primeira é um esboço né de uma fundamentação de uma proposta uma fundamentação nas teorias pós críticas de uma proposta não
é pra levar isso para as escolas e essa essa proposta ela até porque ela vai se alimentando das pesquisas feitas nas escolas e acompanhando os trabalhos dentro do grupo de pesquisas em educação física escolar que a gente já mencionou e ela vai se alimentando com essas com esses conhecimentos e aí ela se fortalece nessa obra educação física currículo cultura e finalmente ela tem né continuidade às pesquisas não param ela tem continuidade e neste livro é um é também nessa perspectiva pós-crítica mais já com resultados recentes de pesquisas feitas no campo ou seja professores e professoras
desenvolvendo seus trabalhos com educação física cultural nas escolas e finalmente aí mais recentemente é esse esse livro que nada mais é do que uma simples e de várias pesquisas feitas nas escolas com a fundamentação e os seus efeitos bom dito tudo isto é gente nós pensamos que demos conta tá né de fazer uma síntese da nossa concepção de teorias curriculares da educação física como vocês viram nós falamos olha é o currículo ginástica o currículo esportivo vista é o currículo psicomotor é o currículo desenvolvimentista é o currículo da saúde é o currículo crítico e o currículo
pós crítico então nós temos estas teorias curriculares da educação física cada qual com campos teórico que visam fundamentação com objetos específicos com formas de desenvolver as atividades de maneira específica com conhecimentos a serem trabalhados né e são conhecimentos específicos seja é na nossa visão é um pouco difícil misturar essas propostas porque elas formam pessoas diferentes elas estão fundamentadas em campos e epistemológicos diferentes e elas se desenvolvem nas escolas também de maneira diferente então de vez em quando circula né nas conversas dos professores pra eu pego um pouco eu pego um pouco de cada o que
tem de melhor em cada nós entendemos que isso não é possível é porque cada uma quer formar um cidadão diferente cada uma quer contribuir de uma maneira específica para a produção de uma sociedade diferente cabe a nós né professores e professoras de educação física conhecê las bem para que na escola que nós trabalhamos seja ela de educação infantil de ensino fundamental ou ensino fundamental 2 o ensino médio é trabalhando colaborativamente com os professores e professoras que lá estão com a comunidade que ela está a gente possa desenvolver uma proposta de educação física coerente com aquela
escola coerente com os objetivos e finalidades que aquela comunidade quer para a sua escola então não está em questão aqui a gente dizer pra você qual é a melhor proposta educação física mas sim dizer pra você que você precisa conhecê las bem a gente sugere que vocês estudem as obras leiam as obras discutam as obras façam experiências no que vocês conheçam bem para que vocês possam escolher a melhor proposta possível para aquela escola que você trabalha pensando num cidadão na cidadã que aquela escola que é formar agradeço muito a paciência de vocês fica né o
endereço do grupo de pesquisa se você quiser receber esta apresentação é por e mail basta você entrar no site mandar um e mail pra gente ea gente manda pra você essa apresentação obrigado