Estamos falando a respeito dos rudimentos da doutrina de Cristo. Em Hebreus, no capítulo seis, nos versos um e dois, o autor diz: "Por isso, pondo de parte os princípios elementares da doutrina de Cristo, deixemo-nos levar para o que é perfeito", maduro, "não lançando de novo a base", o fundamento, "do arrependimento de obras mortas e da fé em Deus, o ensino de batismos e da imposição de mãos, da ressurreição dos mortos e do juízo eterno. " Ele diz: "Isso faremos, se Deus permitir.
" A conversa do autor é: "precisamos amadurecer, precisamos ir para outro nível. Precisamos ir para além da base, do fundamento. " Por exemplo, nos versículos anteriores, o escritor tinha dito no verso 11, de Hebresu 5, o capítulo cinco termina no verso 14, Eee diz no 11: "A esse respeito temos muitas coisas que dizer e difíceis de explicar, porquanto vos tendes tornado tardios em ouvir.
" No verso 12 ele diz: "Quando vocês já deveriam ser mestres, atendendo ao tempo decorrido, vocês têm necessidade de que se ensine de novo os princípios elementares dos oráculos de Deus. " Então, aqui o escritor está fazendo a distinção do que é fundamento, do que é base, do que é um princípio elementar e daquilo que é assunto para gente madura. No verso 13 ele diz: "Ora, o que se alimenta de leite é inexperiente na palavra da justiça, porque é criança.
Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal. " É com essa declaração como pano de fundo que ele diz: "Vamos pôr de parte os princípios elementares? Vamos avançar para o que é perfeito?
" A palavra "perfeito", no grego, significa "maduro". "Vamos para um outro nível? " Ele diz: "Não vamos lançar de novo aquelas coisas elementares, os rudimentos da doutrina de Cristo, os princípios elementares?
" E é justamente numa hora como essa que ele fala de arrependimento de obras mortas, fé em Deus, doutrina de batismos, imposição de mãos, ressurreição dos mortos e juízo eterno. Eu fico pensando, gente, se isso era um fundamento, que é o que ele diz "Isso aqui é leite, é coisa para criança. Vamos para o nível do alimento sólido?
" A gente olha para muitos crentes hoje com muito tempo de vida cristã, e eles aquilo que era princípio elementar, que deveria ser visto como o leite para eles, já está sendo alimento sólido. Isso mostra o quê? Uma deficiência nossa no estudo da palavra.
Então há assuntos que estamos abordando aqui, que eles deveriam estar nessa categoria de fundamento. Infelizmente eles estão parecendo alimento sólido ou deveriam ser só leite. Dito isso, eu quero mexer num dos princípios que é relacionado aqui nas escrituras, que é a imposição de mãos.
Outro dia alguém falou: "Para mim isso não é fundamento. " Eu falei; "O que você pensa é problema seu. A Bíblia chama de fundamento.
Então, se você é ignorante a ponto de não entender que é fundamental, não tente definir a importância da doutrina a partir da sua ignorância. " Eu estou indo direto no ponto porque as pessoas tentam decidir por si o que é importante e o que não é importante em vez de deixar a Escritura fazer isso. Eu quero mexer num desses rudimentos que deveria ser leite, mas infelizmente para alguns está alimento sólido que é a imposição de mãos.
Nós temos dito desde os primeiros vídeos que a ideia aqui não é apenas estabelecer qual é o trilho da nossa doutrina, mas afetar de forma prática, através desse entendimento e desse trilho, a maneira como eu e você vivemos. E um dos elementos abordados aqui ele é muito prático quando falamos de vida cristã, da prática do dia a dia, que é a imposição de mãos e obviamente, tudo o que abordamos revela aqui a importância do assunto, uma vez que base e fundamento é alicerce, o resto se constrói em cima. Então, esse entendimento deveria ser um dos primeiros a ser recebidos por cada cristão.
Então, depois de destacar aqui, em primeiro lugar, que a imposição de mãos é um dos fundamentos, um dos rudimentos da doutrina de Cristo, eu quero, em segundo lugar, destacar talvez a maneira como eu e você vamos lê-la. Ela faz parte de uma lei espiritual que eu quero chamar de contato e transmissão, lei de contato e transmissão. Acredito que nós precisamos começar a olhar para a imposição de mãos a partir disso.
Tanto no Antigo Testamento como no Novo Testamento, nós vamos encontrar esse princípio. Você vai perceber nos textos bíblicos que transfere-se bençãos, mas, ao mesmo tempo, pecados. Por outro lado, unção, também autoridade por meio de imposição de mãos.
Ou seja, não se trata apenas de algo simbólico, nem de um mero ritual, mas nós temos uma lei espiritual que é a lei de contato e transmissão. E acredito que, dentro da lei de contato e transmissão, nós temos três elementos que merecem a nossa atenção. O primeiro deles é a identificação.
O segundo é a comunicação. E o terceiro é a confirmação. Então, para expandir o que estamos abordando nesse segundo tópico da lei de contato e transmissão, eu quero dedicar atenção a cada um desses três itens e na sequência, nós vamos destacar aqui como o nosso terceiro tópico, a primeira característica da imposição de mãos, que é identificação.
Como quarto tópico, a segunda característica da imposição de mãos, que é a comunicação. E como o quinto tópico, a terceira característica da imposição de mãos, que é a confirmação. Depois eu quero destacar mais alguns elementos importantes que precisam ser incluídos nessa fundamentação bíblica.
Vamos começar com a questão da identificação. A primeira carta de Paulo a Timóteo no capítulo cinco é Vale dizer que a epístola de Paulo a Timóteo, as duas, assim como a de Tito, entra na categoria de epístolas pastorais, ele não está só orientando a Igreja, ele está orientando os líderes sobre como eles deveriam orientar a Igreja, no verso 22, Paulo diz assim: "A ninguém imponhas precipitadamente as mãos. Não te tornes cúmplice de pecados de outrem.
Conserva-te a ti mesmo puro. " O que significa "impor precipitadamente as mãos"? A imposição de mãos tem, como nós vamos ver adiante, várias razões pelas quais ela acontece.
Mas nessa declaração de não impor as mãos precipitadamente, nós temos um contexto. Qual é o contexto? No verso 17, ele fala que "Devem ser considerado merecedores de dobrados honorários os presbíteros que governam bem.
" Depois de falar desses presbíteros e de justificar por que os dobrados honorários, "Pois a Escritura declara: Não amordaces o boi, quando pisa o trigo. E ainda: O trabalhador é digno de seu salário. " Ele, no verso 19 diz: "Não aceites denúncia contra presbítero, senão exclusivamente sobre o depoimento de duas ou três testemunhas.
" O que ele está dizendo? O líder normalmente é levantado por ter uma conduta exemplar que inspira os outros. Isso não significa que ele seja perfeito e nem que ele não possa tropeçar.
Mas Paulo está orientando Timóteo: "Se alguém tiver uma acusação, nunca venha sozinho. Duas ou três testemunhas. Não será a palavra de um contra a do outro.
" Nesse contexto, de que é possível, inclusive o líder errar, ele diz, no verso 20: "Quanto aos que vivem no pecado", e aqui ele não está falando nem só de um tropeço, mas de uma prática, "repreende-os na presença de todos, para que os demais temam. " Então ele diz: "Conjuro-te, perante Deus, de Cristo Jesus, e os anjos eleitos, que guardes estes conselhos, sem prevenção, nada fazendo com parcialidade. Ele está dizendo: "Isso tudo é muito sério.
" E agora, nesse contexto do líder, ele diz: "A ninguém imponhas precipitadamente as mãos. " Algo que nós vamos perceber nas Escrituras é que as ordenações, os estabelecimentos, os reconhecimentos ministeriais no Novo Testamento aconteciam com imposição de mãos, porque neles nós temos um princípio, uma lei espiritual chamada identificação. E quando nós olhamos para essa lei, em primeiro lugar, está dizendo: "Não se precipite", por quê?
Ele diz: "Não se torne cúmplice do pecado de outros. " Ele está dizendo: "Se você estabelecer alguém que está em pecado, você simplesmente está concordando com o pecado dele. " Há uma identificação.
E quando falamos principalmente de ministério, nós precisamos entender a identificação. Mas não há só identificação. Nós temos na imposição de mãos em comunicação, não apenas em momentos diferentes.
Podemos ter a comunicação numa hora onde não necessariamente houve identificação, mas podemos ter também a comunicação onde já houve identificação. Em Gênesis 48, no verso 14, nós vemos Jacó sendo usado por Deus para abençoar, não apenas abençoar, vamos dizer liberar bençãos proféticas. E quando ele vai fazer isso, por exemplo, com os filhos de José, a Bíblia diz que ele estende a mão direita e a põe sob a cabeça de Efraim, e a Bíblia diz que ele estende a mão esquerda sobre a cabeça de Manassés.
Qual a razão de impor as mãos na hora de abençoar? Eles entendiam um princípio de comunicação. Esse princípio não se encontra única e exclusivamente no Velho Testamento, mas também no Novo.
Em Marcos, capítulo dez, verso 16, a Bíblia fala de Jesus tomando os pequeninos, as crianças que eram trazidas a ele, o verso 16 diz: "Então, tomando-as nos braços e impondo-lhes as mãos, as abençoava. " Então nós vemos benção como comunicação, sendo comunicada, transferida através da imposição de mãos. No Antigo Testamento, nos rituais cerimoniais dos sacrifícios para o perdão dos pecados, nós vemos que pecado também se comunicava com imposição de mãos, embora não se fazia isso mera e simplesmente sobre pessoas.
O contexto bíblico apresentado é muito claro em relação aos animais dos sacrifícios, Êxodo 29. 10, por exemplo, diz: "Fará chegar o novilho diante da tenda da congregação, e Arão e os seus filhos porão as mãos sobre a cabeça dele. " Nesse momento havia uma transferência, uma comunicação dos pecados do povo sobre o animal.
Nós temos vários versículos que mencionam isso. Levítico, capítulo um, por exemplo, verso quatro nos dá essa informação. O texto sagrado diz: "E porá a mão sobre a cabeça do holocausto, para que seja aceito a favor dele, para sua expiação.
" Lemos a mesma coisa, por exemplo, em Levítico, no capítulo oito e no versículo 14. Em Levítico 8. 14 nós lemos: "Então fez chegar o novilho da oferta pelo pecado; e Arão e seus filhos puseram as mãos sobre a cabeça do novilho da oferta pelo pecado.
" Temos outros textos, como Levítico 16. 20 e 21, falando dessa transmissão de pecados. No Novo Testamento, principalmente, nós vemos uma abundância de textos relacionando a imposição de mãos com a cura.
Por exemplo, evangelho de Mateus, capítulo oito, versículo dois, diz: "Eis que um leproso, tendo-se aproximado, adorou-o dizendo: Senhor, se quiseres, podes purificar-me. E Jesus, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo: Quero, fica limpo! E imediatamente ele ficou limpo da sua lepra.
" Não é interessante que o toque não era o aconselhável em relação a lepra, porque era a forma como a lepra poderia se transmitir a quem tocasse. Jesus, naquele momento, acreditava na transmissão da virtude saradora e não da doença de forma inversa, vindo para Ele. No mesmo evangelho de Mateus, no capítulo nove, no verso 28, a Bíblia diz: "Tendo ele entrado em casa", está falando Jesus, "aproximaram-se os cegos, e Jesus lhes perguntou: Credes que eu posso fazer isso?
Responderam-lhe: Sim, Senhor! Então, Jesus lhes tocou os olhos, dizendo: Faça-se-vos, conforme a vossa fé. " E o verso 30 diz: "Se lhe abriram os olhos.
" Nós vemos Jesus não apenas liberando uma palavra de cura, mas nós vemos a presença do toque. No evangelho de Lucas, no capítulo quatro e no versículo 40, a Bíblia diz: "Ao pôr do sol, todos os que tinham enfermos de diferentes moléstias lhes traziam; e ele", ele aqui é Jesus, "os curava, impondo as mãos sobre cada um. " Eu gosto desse detalhe "sobre cada um".
Não apenas sobre alguns, um por um Jesus impondo as mãos. Em Lucas, no capítulo 13, a partir do verso 11, a Bíblia fala de uma mulher que tinha um espírito de enfermidade já há 18 anos, andava encurvada, de maneira alguma ela podia endireitar se, a Bíblia diz que Jesus a chama, declara sobre ela: "você está livre da sua enfermidade", mas o texto diz: "impondo-lhe as mãos", verso 13 de Lucas 13, "impondo-lhe as mãos, ela imediatamente se endireitou e dava glória a Deus. " Em Marcos, no capítulo 16, no verso 18, Jesus diz: "Esses sinais seguirão os que creem: em meu nome imporão as mãos sobre os enfermos, e estes ficarão curados.
" Ou seja, aquilo que Jesus fez, aquilo que Jesus praticou, Ele determinou que nós, os seus discípulos, deveríamos continuar a fazer. Atos capítulo cinco, verso dois diz: "Muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas mãos dos apóstolos. " Como que os milagres eram feitos pelas mãos?
Estamos falando de algo que é espiritual, mas certamente a Bíblia está falando da repetição desse padrão do toque. Em Atos, no capítulo nove, no verso 12 a Bíblia nos mostra que Ananias, ele foi enviado, chamado por Deus para ministrar Paulo. Quando Jesus estava falando com ele, Jesus adianta e diz: "Olha, Saulo já teve uma visão", verso dois diz: "viu entrar um homem, chamado Ananias, e impor-lhe as mãos, para que recuperasse a vista.
" Então nós vemos no verso 17: "Então, Ananias foi entrando na casa, impôs sobre ele as mãos, dizendo: Saulo, irmão, o Senhor que me enviou, a saber o próprio Jesus te apareceu no caminho por onde vinhas, para que recuperes me enviou para que recuperes a vista e fiques cheio do Espírito Santo. " O texto diz. : "Imediatamente", verso 18, "lhe caíram dos olhos como que escamas, e tornou a ver.
" A imposição de mãos, mais uma vez presente na cura e na restauração. Em Atos, no capítulo 28, no versículo oito, a Bíblia nos mostra que quando o apóstolo Paulo estava na ilha de Malta, depois de um naufrágio, ele foi visitar o pai de Públio, que era um líder daquela ilha e que estava enfermo com disenteria. O texto diz: "Paulo foi visitá-lo e, orando, impôs-lhe as mãos e o curou.
" A imposição de mãos ela foi obedecida pelos apóstolos, de acordo com a ordenança dada por Jesus, continua sendo um dos rudimentos da doutrina de Cristo e eu e você precisamos usá-la. Mas também a imposição de mãos não era usada só para comunicar bençãos e cura. Ela também está relacionada com o enchimento do Espírito Santo.
Nós lemos há pouco que Ananias, ele diz: "O Senhor me enviou para impor as mãos para que você recupere a vista e seja cheio do Espírito SAnto. " Por meio da imposição de mãos. Paulo também seria cheio do Espírito Santo.
Em Atos, no capítulo 8, nos versos 17 e 18, a Bíblia nos mostra que, depois do avivamento em Samaria, onde através de Filipe, muita gente foi salva, a igreja em Jerusalém envia para lá os apóstolos Pedro e João. Para quê? Para que eles orassem com as pessoas, para que eles recebessem o Espírito Santo.
O texto diz claramente no versículo 16: "porquanto não havia descido sobre nenhum deles, mas somente haviam sido batizados em nome do Senhor Jesus. " O 17 diz: "Então, lhes impunham as mãos, e recebiam estes o Espírito Santo. Vendo, porém, Simão", aqui está falando do mágico, "que, pelo fato de imporem as mãos, era concedido o Espírito Santo", "pelo fato de imporem os apóstolos as mãos, era concedido o Espírito Santo, ofereceu -hes dinheiro, propondo: Concedei-me também a mim esse poder, para que aquele sobre quem eu impuser as mãos receba o Espírito Santo.
" Detalhe: esse homem não quis comprar o Espírito Santo, ele quis comprar a capacidade de, por meio da imposição de mãos, ver as pessoas sendo cheias do Espírito Santo, porque esse era o padrão utilizado pela igreja. Atos capítulo 19 nos mostra que quando Paulo chega na cidade de Éfeso, ele batiza um grupo de pessoas. O versículo seis diz: "Impondo-lhes as mãos veio sobre eles o Espírito Santo; e tanto falava em línguas como profetizavam.
" De novo, de forma recorrente, a imposição de mãos aparece como comunicação. Nesse caso, para que as pessoas sejam cheias do Espírito Santo. Mas a imposição de mãos também era usada para comunicação de dons espirituais.
Em Deuteronômio, no capítulo 34, no verso nove, a Bíblia diz: "Josué, filho de Num, estava cheio do espírito de sabedoria, porquanto Moisés impôs sobre ele as mãos; assim, os filhos de Israel lhe deram ouvidos e fizeram como o Senhor ordenara a Moisés. " Estava cheio do espírito de sabedoria, porque Moisés lhe impôs as mãos. Dons podem ser transferidos.
Em Romanos, capítulo um, verso 11, Paulo diz: "Porque desejo muito ver-vos, a fim de repartir convosco", outra tradução diz: "ompartilhar", outra diz: "a fim de vos comunicar algum dom espiritual, para que sejais confirmados. " Quando ele fala de dom espiritual aqui ele está falando sobre carisma. Ele está falando a respeito da mesma coisa que em primeiro Timóteo 4.
14 eEle fala com o seu discípulo: "Não te faças negligente para com o dom que há em ti, o qual te foi concedido mediante profecia, com imposição de mãos do presbitério. " Também quando chegamos em segunda epístola de Paulo a Timóteo, no capítulo um, no versículo seis, ele diz: "Por esta razão, pois, te admoesto que reavive o dom de Deus que há em ti, pela imposição das minhas mãos. " Uma era imposição de mãos do presbitério, o corpo de presbíteros.
Aqui ele está falando de um outro dom, ele diz: "Esta foi a imposição das minhas mãos. " Só Timóteo teve pelo menos duas experiências com transferência de dons por meio da imposição de mãos. Mas, nós vemos nas Escrituras que não apenas dons, mas também autoridade se transmite por meio da imposição de mãos.
Essa é uma das razões pelas quais nós vemos a imposição de mãos presentes em momentos onde as pessoas estão sendo estabelecidas no ministério. Dons podem estar sendo comunicados, mas a autoridade também. Em números 27, de 18 a 20 nós lemos: "Disse o Senhor a Moisés: Toma Josué, filho de Num, homem em quem há o Espírito, e impõe-lhe as mãos; apresenta-o perante Eleazar, o sacerdote, e perante toda a congregação; e dá-lhe, à vista deles, as tuas ordens.
Põe sobre ele da tua autoridade, para que lhe obedeça toda a congregação dos filhos de Israel. Então, aqui nós temos transferência de autoridade. Isso também é muito importante no entendimento da doutrina bíblica, desse rudimento da imposição de mãos.
Acredita-se no mesmo princípio, na hora de se estabelecer presbíteros. A Bíblia diz em primeira Timóteo 5. 17, que os presbíteros são o governo da igreja, autoridade, e na hora de estabelecê-los nós impomos as mãos.
Vemos esse princípio bíblico, como foi feito com Timóteo. Bom, eu já falei da identificação, da comunicação, quero falar agora da terceira característica da imposição de mãos, que é a confirmação. Isso também está muito relacionado com a questão ministerial, como vimos com Josué.
Autoridade, dons sendo transferidos e a confirmação de alguém numa posição ministerial. Em números, no capítulo oito e no versículo dez, por exemplo, a Bíblia fala a respeito dos levitas que foram separados para ser uma tribo sacerdotal e o texto diz assim: "Quando, pois, fizerem chegar os levitas perante o Senhor, os filhos de Israel porão as mãos sobre eles. " Ou seja, aquela confirmação do lugar ministerial, assim como Josué, estava relacionado à imposição de mãos.
No Novo Testamento, nós vemos em Atos, capítulo seis, os apóstolos separando os diáconos. Um grupo de pessoas que não estava envolvido no governo, mas que seriam servos, ministros que trabalhariam em conjunto com os apóstolos e o texto diz assim, verso seis de Atos seis: "Apresentaram-nos perante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos. " De novo, mais do que um ritual, nós temos um fundamento doutrinário sendo praticado.
Atos capítulo 13 nos fala do envio para a obra missionária de Paulo e Barnabé. É interessante que a Bíblia diz o seguinte: "Então, jejuando, e orando", Atos 13. 3, "Então, jejuando, e orando, e impondo sobre eles as mãos, os despediram.
" De novo a imposição de mãos. Nesse momento como uma confirmação. Mas nós vemos que não só a benção, como eu falei de Jacó, mas de liberações proféticas, elas podem acontecer com a prática da imposição de mãos.
Mencionei anteriormente a benção de Jacó sobre os filhos de José, mas na verdade não era apenas uma declaração de uma benção qualquer. Ele começa a falar profeticamente. Inclusive, o texto nos mostra que, verso 17 de Gênesis 48: "Vendo José que seu pai pusera a mão direita sobre a cabeça de Efraim, foi-lhe isso desagradável, e tomou a mão de seu pai para mudar da cabeça de Efraim para a cabeça de Manassés.
E disse José a seu pai: Não, não assim, meu pai, pois o primogênito é este, põe a mão direita sobre a cabeça dele. " Tipo: "Esse é o mais velho e ele merece a mão direita, não esquerda. " Verso 19: "Mas seu pai o recusou e disse: Eu sei, meu filho, eu o sei; ele também será um povo, também ele será grande; contudo, o seu irmão menor será maior do que ele, e a sua descendência será uma multidão de nações.
" Ele estava falando profeticamente de eventos futuros. Ele não estava determinando o futuro. Ele estava debaixo da influência do Deus presciente, anunciando as coisas que viriam.
Então, essas bençãos, elas têm uma característica profética. É importante que a gente veja que no momento em que Ananias também impõe as mãos sobre Paulo, ele não apenas ora por cura, ele não apenas ministra o enchimento do Espírito Santo, mas Ananias, naquele momento de imposição de mãos, começa a falar a respeito de coisas futuras, coisas que iriam acontecer com o próprio Paulo. O Senhor tinha dito para ele antes: "Vai, este é um instrumento escolhido para levar meu nome perante os gentios, os reis, bem como perante os filhos de Israel.
Eu lhe mostrarei o quanto importa sofrer pelo meu nome. " Lucas está escrevendo isso O assunto se torna conhecido porque certamente aquilo que Ananias ouviu de Deus foi compartilhado naquele momento. Acredito naquele mesmo momento de imposição de mãos, embora o texto não seja claro a respeito disso.
No livro de Atos, no capítulo 22, a partir do do versículo 12, nós lemos Paulo testemunhando agora mais adiante sobre o que aconteceu na conversão, ele diz: "Um homem chamado Ananias piedoso, conforme a lei, tendo bom testemunho de todos os judeus que ali moravam, veio procurar-me, pondo-se junto a mim, disse: Saulo, irmão, recebe novamente a vista. Nessa mesma hora, recobrei a vista, olhei para ele e então lhe disse: O Deus de nossos pais, de antemão, te escolheu para conheceres a sua vontade, veres o Justo e ouvires uma voz da sua própria boca, porque terás de ser sua testemunha diante de todos os homens, das coisas que tens visto e ouvido. E agora, porque te demoras?
Levanta, recebe o batismo". Nós percebemos que no momento quando ele vem impor as mãos e a Bíblia diz que Paulo, levantando-se, foi batizado, é que essa palavra é liberada. Se isso aconteceu ainda debaixo do mesmo momento de imposição de mãos, não é totalmente claro, mas está alinhado com aquilo que Paulo fala sobre Timóteo.
"Você recebeu um dom através da imposição de mãos do presbitério com profecia. " Então, no que eu chamo de ministração ou liberação profética sobre a vida das pessoas, a imposição de mãos é importante dentro daquilo que falamos da lei de contato e transmissão. Muitas vezes, por meio da imposição de mãos, a pessoa que vai ministrar profeticamente tem um discernimento mais aguçado, com a capacidade de liberar e transmitir algo.
Mas também podemos falar de algo praticado, como o que alguns chamam de dons e outros chamam de ministério. Falei anteriormente com base em Atos oito, que Simão não quis comprar o Espírito Santo, mas sim a capacidade de impor as mãos para transmiti-lo, e o pedido dele é: "Dai-me também a mim esse dom para que aquele sobre quem eu impor as mãos seja cheio do Espírito Santo. " Na hora, Pedro rebate dizendo: "O seu coração não é correto perante Deus.
E você julgou adquirir as coisas de Deus com dinheiro. Você não tem parte nem sorte nesse ministério. " Na proposta, quando oferece o dinheiro, Simão chama aquilo de um dom.
Na resposta, Pedro chama aquilo de um ministério. É uma forma de servir por meio de imposição de mãos. Pela graça de Deus, eu tenho visto, ao longo de três décadas de ministério, muitas pessoas que nós pudemos abençoar, que pudemos ministrar profeticamente, mas também que vimos ser curadas pela imposição de mãos, que também vimos ser cheias do Espírito Santo em momentos de imposição de mãos.
Alguns têm dito: "Poxa, será que isso na vida de alguns é um dom, um ministério? " O fato é, quando Jesus diz: "Estes sinais seguirão os que creem: imporão as mãos sobre os enfermos e estes ficarão curados", Ele está dizendo que todo crente pode impor as mãos. Então isso não é algo exclusivo de um grupo.
Mas, na prática, me parece que alguns parecem ter uma ênfase maior, um fluir maior na imposição de mãos do que outros. Não sei se isso tem a ver, honestamente, não sei se isso tem a ver com o que eles entenderam ou se Deus os dirige a ter isso como um dom no ministério, que seria algo muito mais frequente do que aqueles que apenas podem usar a imposição de mãos. O fato é que imposição de mãos é para todos.
Eu tenho visto pessoas afirmarem, no contexto da cura, que a imposição de mãos parece funcionar quando outras coisas não funcionam. Em Marcos, no capítulo seis, a partir do verso um, a Bíblia diz que quando Jesus chega na sua cidade, em Nazaré, vai para a sinagoga as pessoas ficam dizendo: "Puxa, não é esse o filho do carpinteiro? Não está aqui entre nós a sua família?
" E é nesse momento que Jesus começa a dizer sobre um profeta que não tem honra na sua pátria. O verso cinco é muito importante na conclusão dessa ideia, diz assim: "Não pôde fazer ali nenhum milagre senão curar uns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos. " O texto não diz que ele não quis.
Diz que ele não pôde fazer milagre porque não havia receptividade, não havia fé, não havia expectativa. E os poucos resultados que ele teve foi curar enfermos impondo as mãos. Algumas pessoas têm dito que a imposição de mãos parece funcionar quando outros meios não estão funcionando e não estão funcionando não é por falta eficácia, é por falta dessa expectativa, dessa correspondência de fé.
Fato é que Jesus praticava a imposição de mãos. Num determinado momento a Bíblia diz, em Marcos 8. 25, que Jesus impõe as mãos sobre um cego.
E o texto sagrado diz que depois de impor as mãos, esse homem diz, Jesus pergunta: "Você vê alguma coisa? " A Bíblia diz que ele recobrou a vista, mas ele diz: "Vejo nos homens como como árvore os vejo andando. " Jesus percebe que ele está vendo mais do que antes, mas que não está vendo claramente.
O verso 25 diz: "Então, novamente lhe pôs as mãos nos olhos, e ele, passando a ver claramente, ficou restabelecido". Eu digo que imposição de mãos é algo que a gente, além de praticar, persevera. Muitas vezes eu tenho orado por pessoas e houve momentos onde nas primeiras orações não vi resultados, mas insistindo, vimos resultados depois.
Marcos 9. 18; Marcos 19. 13.
Marcos 7. 31 mostram pessoas pedindo a Jesus que impusesse as mãos. O que isso nos revela?
Isso nos revela que não era uma prática estranha aos judeus que já conheciam isso desde o Antigo Testamento, e que Jesus repetia no seu ministério, e porque provavelmente viam o quanto Jesus usava a imposição de mãos passaram a usar também. Esse mesmo Jesus que adotou intensamente a imposição de mãos, inclusive, às vezes orando, cada um com imposição de mãos, nos orientou a fazer o mesmo. Os apóstolos não só passaram a fazer o mesmo, mas o livro de Hebreus classificou a imposição de mãos como um dos rudimentos da doutrina de Cristo.
Então, que esse entendimento possa afetar não só o trilho doutrinário que temos, mas a forma prática como vivemos. Abençoe pessoas, ministre cura, ore para que os novos na fé sejam cheios do Espírito Santo e faça isso por meio da imposição de mãos. Alguns níveis que somente os líderes, os governos na hora de estabelecer, aqueles que estão no governo, vão praticar, no entanto, há outras esferas que são para todo o crente e que isso possa ser uma parte marcante e recorrente da nossa vida cristã e da nossa caminhada.
A imposição de mãos.