D-06 - Educação na Ditadura: A Marca da Repressão (2/2)

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Período da história do Brasil marcado por atos de censura e repressão político-ideológica. Os milita...
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depois do ensino superior foi preciso atender também a demanda por mais vagas no ensino fundamental a mais antiga reivindicação das camadas médias no país o processo de democratização do ensino começado ainda nos anos 50 se completa no período militar e prepara a universalização concretizada nos anos 90 quando eu cheguei a reforma já estava iniciada e não tinha ainda os fundamentos da reforma bom e eu dis não consertando o edifício de 12 andares para o 12º esquecendo aqui o basement o o terre aí o Tero é exatamente o que se chamava primário secundário e colegial naquele
passado durante a gestão do ministro passarinho foi aprovada a Lei 5692 de 1971 unindo os antigos primário e ginásio no que passou a ser chamado de primeiro grau esta lei é conhecida no Brasil como anti projeto de lei desde 1970 foi discutida primeiro a nível de conselhos Estaduais de educação todos os conselhos estaduais opinaram depois foi discutida a nível de Conselho Federal de Educação depois foi levado a um grupo restrito que trabalhou na Universidade de Brasília junto da Faculdade de Educação usando os estudantes como parte integrante do processo para saber quais quais seriam as suas
reações finalmente veio ao Ministro o ministro levou o presidente foi feita a mensagem a mensagem foi foi ao congresso e foi amplamente discutida nos 45 dias de prazo que o o tipo de emergência da Lei permitia essa reforma teve o mérito de expandir o ensino fundamental obrigatório para 8 anos como queriam Os Pioneiros do Manifesto de 32 desde o início dos anos 60 que o governo brasileiro vem sendo cobrado nos fóruns internacionais no sentido de ampliar a educação obrigatória que no nosso caso aqui Aliás era o único país da América Latina que ainda no final
dos anos 60 mantinha como obrigatória apenas o primário de 4 anos an outros países já tinham 6 anos no caso da Argentina Uruguai out ou até de 8 anos e o Brasil era cobrado insistentemente pelos organismos internacionais inclusive por aqueles que financiavam projetos aqui no Brasil como uma condição até para continuar financiando esses programas o professor Palma conhece a reforma por dentro participou dos grupos de trabalho para a implementação da Lei 5692 na secretaria ção supervis começa a ter um crescimento da rede muito grande mas não existe uma contrapartida em Recursos financeiros na época estados
como São Paulo reclamavam das dificuldades de implantar As Reformas da lei de 1971 na verdade estamos passando por uma grande transformação transformação esta feita no nosso caso sem o devido planejamento e por isso estamos pagando um Alto Preço pela falta de ordenação dos problemas educacionais a situação realmente não é boa tínhamos 4 anos de ensino obrigatório e gratuito passamos a ter pela reforma doensino 8 anos e não nos preparamos devidamente para essa importante transformação a reforma no ensino fundamental também acaba com exame de admissão que selecionava os alunos que poderiam continuar no ginásio e que
era o primeiro impedimento para o estudante permanecer na escola o senhor fez exame de admissão o senhor saiu do primário com uma professora dava tudo e aí agora chega no ginásio um professor para matemática outro para não sei o qu e essa adaptação primeira é outro choque violento e aí começou eu comecei a ser conquistado pelas ideias fundamentais das 52 em São Paulo nós tivemos antes da reforma de 71 0 escolas que foram transformad em no chamado grupo escolar ginásio os jegs como eles eram chamados que era já um experimento de uma escola de 8
anos no pacote das mudanas o governo militar incluiu nos currículos duas novas disciplinas educação moral e cívica no ensino fundamental e ospb organização social e política brasileira nos ensinos médi e superior toda vez que se instala num país um regime forte essas disciplinas de Formação moral e cívica entram no currículo da escola né Isso é típico de regimes fortes Magda Soares professora emérita da Universidade Federal de Minas Gerais participou da implantação da reforma universitária de 1968 ela também integrou o grupo de trabalho da reforma do ensino primário e Médio que resultou na lei de 71
uma ditadura significa o quê um movimento forte para mudar a ideologia vigente ora para você mudar a ideologia vigente num país você tem que ter instrumentos de doutrinação não é a escola é uma grande agência de doutrinação Na época eu que eu não gostei em alguns aspectos porque aí eu já tava do outro lado né como professora formando professores etc uma que me tocou diretamente de que eu não gostei foi mudar o nome da disciplina língua portuguesa para comunicação expressão e e dentro da ideologia da época dizer que era da língua portuguesa um caráter bem
instrumental as mudanças culturais que aconteciam na sociedade tornavam ridículo aquela mistura aquele Coquetel conservador reacionário e religioso que a educação moral e cívica procurava passar pras crianças e pros jovens não é da mesma maneira havia uma reação de professores no sentido de utilizar esse espaço eh Educacional que afinal de contas tinha sido aberto para tratar de uma maneira criativa de outros temas indo ao encontro das mudanças culturais que os estudantes suas famílias tinham não é o rádio cada vez mais amplo a televisão e cada vez mais assistida no no país não é e mudanças culturais
que aconteciam nas relações sexuais nas relações entre as pessoas na própria concepção do mundo a reforma de 71 também estabeleceu que o segundo grau como foi chamado ensino secundário se tornasse todo ele profissionalizante isto a ditadura nunca conseguiu implantar totalmente o que que acontecia com o ensino de segundo grau à época abrangia uma amplitude muito maior não só o o o o que nós chamamos hoje o ginásio e o primeiro ciclo dos cursos profissionais como o colégio portanto educação geral e o segundo ciclo dos cursos profissionais os cursos técnicos e e o curso normal não
é então havia essa dualidade muito grande de um lado curso cursos profissionais não é e um curso Ah o colégio que era propedêutico isso é preparatório para progressão no sistema educacional o curso de caráter geral era esse que preparava sem restrições para o ensino superior portanto a demanda maior Era exatamente para o colégio e não para o os cursos técnicos a classe média não tá a fim de ver o seu filho numa fábrica concretamente é isso quer dizer lá junto com trabalhadores manuais no fundo o que ela quer é o seu filho Doutor Realmente não
podemos aplicar bem a lei porque ela parte de premissas que não são aceitas pela Juventude não são aceitas pelo magistério e não são convenientes à sociedade brasileira todo mundo foi contra não é er contra os estudantes né porque queriam obter credenciais para prestar exames vestibulares eram contra os donos de escolas privadas do do segundo grau porque eram e levados pela polícia governamental a aumentar os seus custos de de operação por causa da a da montagem de Laboratórios e e coisas desse tipo os empregadores eram contrários aís a essa política também porque eles eram instados a
abrirem mais vagas para estágio não é e a partir de uma certa quantidade as vagas de estágio atrapalham e não beneficiam as empresas e as organizações públicas no último dos governos militares o do General João Batista Figueiredo o próprio governo reconheceu o fracasso de querer tornar o ensino médio profissionalizante e acabou com a obrigatoriedade no segundo grau em 20 anos de governos militares portanto de 1964 até 1985 muita coisa aconteceu no campo Educacional brasileiro não foi uma linha única não foi uma política toda ah orgânica aconteceram coisas de todo tipo não é eh reforma Universitária
reforma do ensino de segundo grau reforma do ensino de primeiro grau programas supletivos do tipo Mobral enfim e um monte de coisa Projeto Minerva educação moral e Cívica e aconteceu de tudo
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