então Olá pessoal sejam bem-vindos aí para essa para essa aula que eu pretendo ser mais rápida e falar um pouco sobre o método Clínico central da pessoa de uma maneira geral mas que vocês saiam daqui tendo uma boa ideia do que que é esse método eu gosto muito dessa imagem do Capitão óbvio né é Capitão Óbvio falando por uma pedra e apontando para ela é uma pedra porque a gente tem a sensação de que o método Clínico você entrar na pessoa é muito Óbvio e que todo médico tem que fazer mesmo claro que o médico
vai ter que escutar o que o paciente está pensando é claro que o médico tem que saber o medo que o paciente está tendo as expectativas da consulta as ideias que ele tem do próprio diagnóstico é claro que o médico Tem que compartilhar a decisão mas isso nem sempre acontece na realidade Então vem um método Clínico centrado na pessoa Então veja né então é o atendimento centrado na pessoa e não na doença que era o grande foco principalmente na medicina tradicional um pouco mais antiga hoje em dia a medicina a gente ouve mais falar do
método Clínico você entrar na pessoa não somente da Medicina de família mas outras especialidades Com certeza falam sobre o método Clínico cenário da pessoa sobre decisão compartilhada que é uma das questões que traz o método então uma reflexão é que antigamente Os encontros a prevalência de doenças isso acho que é bem estabelecidas quando a gente está na universidade eles conversam muito isso com a gente de que antigamente as doenças mais prevalentes eram infecciosas Então os encontros eram mais pontuais aquela doença ela acompanharia aquele paciente por uma duas semanas e ela sofreria teria ideias expectativas medos
mas que passariam né às vezes de maneira mais aguda então aquele encontro médico ele era bem Pontual só que hoje em dia e sem contar que naquela época o médico por ser assim uma doença infecciosa que às vezes precisava de um tratamento e era isso que tinha e era isso que era para fazer e a gente não por ser Agudo às vezes não perguntavam sobre as expectativas as ideias os medos do paciente mesmo o paciente tendo né era um paciente que a gente trancava mais a autonomia que a gente tentava focar a gente ouvir muito
falar isso né que era uma medicina que onde o médico era muito protagonista das decisões era ele único a Decidir sobre a vida do paciente então o método Clínico centavo a pessoa fala muito de poder e nesse sentido a medicina antiga ela tem o poder muito voltado para o médico para quem assiste Harry Potter eu gosto dessa cena é do Fini Ai meu Deus me esqueci o nome dele mas ele segurando mostrando as bolas né para o Harry e ele segurando então é como se fosse o paciente querendo a autonomia e o médico simplesmente trancando
aquele paciente fazendo o paciente aceitar o tratamento que ele tinha proposto e hoje em dia não hoje em dia a gente tem uma medicina onde o paciente a prevalência das doenças crônicas é não não que não tem cura né que às vezes tem um controle hipertensão diabetes doença renal crônica às vezes um transtorno psiquiátrico é são doenças que o paciente vai conviver com ela ao longo de uma vida então você precisa viu-se a necessidade de abordar esse paciente de uma maneira diferente melhora a satisfação dele com a o seu atendimento melhora a sua satisfação consigo
mesmo e veja bem que quando a gente fala em método que ensinado a pessoa que é centrar-se nesse paciente que é nessa pessoa além da doença a gente não quer criar ideia de que a gente vai fazer uma medicina puramente subjetiva emotiva emocional empática a gente não deixa de lado a medicina baseada em evidências mas não é só ela que importa e aí um contraponto no mesmo filme é as bolinhas que são autônomas mesmo né a professora do quadribol soltando as bolas do quadribol que aí elas são autônomas né então é dar autonomia para o
paciente e eu costumo falar nas outras aulas eu falei muito dessa imagem e finalmente eu consegui achar essa imagem que é o tempo do Cuidado profissional na vida de um portador de doença crônica Olha o reloginho preto é o único momento na vida na vida de um paciente crônico com uma doença crônica que a gente vai passar com ele é muito pouco o restante do tempo ele vai passar consigo mesmo então ele A ideia é a seguinte esse paciente tem que ter autonomia para decidir sobre a sua própria doença esse paciente tem que ter autonomia
e responsabilidades sobre a própria doença então a responsabilidade não é só do médico é do paciente também olha a quantidade você não tá lá para entre aspas entre aspas vigiar o paciente no restante da vida dele você tem um encontro pontual às vezes no ambulatório num hospital naquele ambiente com o paciente mas fora de lá como que é o paciente como ele Experimenta a doença dele como ele pensa o que ele pensa sobre a doença Quais são os medos dele quando ele vai te ver o que pensa qualquer expectativa é que ele tinha em você
e aqui entra um pouco essa questão né o que que se passa na cabeça de um médico que que se passa na cabeça de um paciente será que é eles têm o mesmo pensamento será que eles têm essa compatibilidade de pensamento o que é importante para o médico as prioridades do médico são as mesmas prioridades que o paciente então aqui eu vejo que o médico ainda pensa de uma maneira bastante biomédica a doença então ele vê a doença o agente etiológico ou a fisiopatologia os tratamentos os critérios diagnósticos os prognósticos os exames de acompanhamento etc
etc etc e na cabeça do paciente muitas vezes aquilo não é muito claro aquela parte biomédica da doença dele não é muito claro é ele tem o que que ele leva na consulta é como aquela doença por ele como ele vê se vê doente é o que que ele perde o que que ele o que que ele pensa daquela doença é quais são os medos às vezes às vezes sentimentos né pode ser medo pode ser raiva pode ser revolta angústia pode ser tristeza é quais são as expectativas que ele tem em você médico é naquela
consulta se ele tem alguma ideia às vezes principalmente na atenção primária a gente vê sintomas muito iniciais que a gente ainda e a gente fala muito na aula de Swap sobre problemas né então necessariamente não necessariamente um problema é um diagnóstico médico então às vezes é por exemplo é um é um problema da pessoa é um problema financeiro ou então o problema da pessoa é a preocupação com o filho que tá internado a preocupar ou então o problema da pessoa porque ela está Exausta física e mentalmente por ser uma cuidado RA e a única coordenadora
do cuidado de uma pessoa da sua família então e muitas vezes falando dessa questão de sintomas por exemplo chega tão no início que você às vezes tem que perguntar a senhora ou o senhor desconfia que seja alguma coisa esse sentimento a gente vai detalhar mais um pouquinho sobre isso Então aquela famosa pergunta né Como que eu posso ajudar o que te trouxe aqui às vezes o paciente até como costume mesmo às vezes até para te agradar mas com o costume de de um ritual ele já começa com um sintoma ou um diagnóstico que ele tem
não eu vim por conta da minha diabetes vim para acompanhar minha diabetes ou então Vim porque eu tô com uma dor de cabeça e quando o médico escuta isso ele já começa a raciocinar de forma biomédica mas quando a gente vai perceber na cabeça do paciente passa muitas outras coisas exemplo eu vou dar um exemplo disso vou dar os exemplos por exemplo no caso da dor de cabeça olha só o que tá passando na cabeça do médico bom ela veio mostrar os exames que eu solicitei para diabetes Nossa tô vendo aqui que a diabetes dela
tá descontrolada Nossa essa paciente usou uma garrafada que a vizinha passou para ela e ela e às vezes a paciente às vezes não tá nem usando insulina ou Nossa vou ter que aumentar a dose da insulina por conta disso na cabeça da paciente tá passando Nossa eu nem sei direito o que que eu tenho eu nem sei direito o que que é diabetes Nossa eu não tomo a insulina Porque eu moro sozinha e eu não consigo aplicar ou então tem um medo de aplicar eu tenho medo de agulha e nossa Além disso mesmo eu não
sabendo que é diabetes eu tenho muito medo de ter o meu tempo tado porque o meu irmão também tem diabetes e teve isso e às vezes também tem expectativa de um acompanhante por exemplo Nesse caso a filha o medo da mãe ficar cega pela diabetes ou então de ter que fazer diálise também queria ver outra queixa do que o pro médico ver Nossa minha mãe caiu semana passada eu queria tanto que ele falasse sobre isso também não focasse só na diabetes porque às vezes a gente a gente faz isso e contador de cabeça um exemplo
na cabeça do médico é não vou fazer perguntas para eu saber o tipo de dor de cabeça que essa paciente tem vou passar o tratamento para ela e vamos supor que é um caso de enxaqueca é e não vai precisar de exame na cabeça da paciente aquela dor de cabeça remete a um medo de ser uma doença grave um AVC ou uma neoplasia porque a vizinha dela teve um sintoma parecido e teve um derrame ou então é por conta da dor de cabeça ela não tá conseguindo ir mais na igreja que é uma parte da
vida dela muito importante já a filha é tem tanto medo daquilo também é de ser algo grave que ela queria tinha expectativa do médico em não só levar só não só passar remédio que ela queria ver um exame da cabeça uma tomografia uma ressonância um exame da cabeça para ver Nossa eu quero ver se minha mãe tá bem então quando a gente fala e começa a ver eu gosto muito de ver e a gente vai ver no método clínico que é isso é muito ver o que que se passa na mente do paciente o que
que se passa na mente do acompanhante que que se passa na mente do médico geralmente a mente do médico a gente já sabe o que que se passa né é bastante a doença e a gente vai ver num dos componentes é uma auto-reflexão para o médico Será que essa medicina que eu tô praticando é uma medicina humanizada é uma medicina onde eu realmente quero praticar a medicina para eu melhorar a vida dessa pessoa ou é só eu só quero assim meramente tratar a doença fazer mesmo que seja uma medicina baseada em evidências e isso eu
quero que ele né trate siga as minhas as minhas condutas siga as minhas orientações que é o melhor para ele eu sei o que é melhor para ele ou para ela etc então é até uma alta reflexão pra gente e quando eu falar a gente é pra mim também então repetindo né Essa o método Clínico central da pessoa que é o famoso mccp é esse compartilhamento de poder e esse compartimento da gente ver quais são as metas em comum se a gente tem objetivo semelhantes é quais são os interesses que o paciente tem naquela consulta
e dividir então não quando a gente fala de poder é tanto de autonomia né de eu poder ouvir e levar em consideração o desejo a prioridade daquele paciente mas é também ele pegar responsabilidades então é você dar autonomia vem um pouco com isso que você o paciente vem com a autonomia e você o apoia o informa o acolhe é ele essa autonomia se transforma em responsabilidade é novamente falando né não significa que você vai virar um médico muito sentimental ou emocional ou empático demais isso não é ruim assim não necessariamente é ruim mas e que
você vai abandonar a ciência você vai só virar um médico que vai ficar escutando as expectativas os medos não você vai ter o espaço para medicina baseada em evidência é um método só para você poder centrar-se mais na pessoa ver aquele aquela pessoa além da doença dela e tem isso essa isso não sou eu que falei tá bastante presente nos livros é que é que essa consulta é um encontro entre dois especialistas o paciente que é especialista em si mesmo e o médico que geralmente é especialista na doença certo então agora a gente vai falar
então dos quatro componentes do mccp eles e é importante a gente saber a ordem mas a ordem ela é um pouco intuitiva porque ela segue um pouco a sequência de uma consulta vamos vamos dizer assim então o primeiro componente é explorando a saúde a doença e a experiência da doença é basicamente essa questão da mente que eu venho repetir repetindo várias vezes então é tanta saúde quanto a experiência da doença é são é o que que tá passando na cabeça do paciente então por exemplo o que que é ser saudável para aquela paciente dia era
para ela ela é ela para aquela paciente que tava com dor de cabeça ela poder ir à Igreja às vezes ser saudável para alguma pessoa é poder ir aos almoços de família poder fazer atividade física poder encontrar-se com os amigos Isso é ser saudável a experiência da doença é justamente Como aquela doença o que que aquela doença repercute dentro da pessoa então o que que ela o que que ela gera de medo de sentimentos Quando eu penso que sou diabética eu sinto o quê quando eu vou numa consulta é essa essa diabetes ela tá me
atrapalhando no que além de sentimentos ela atrapalha no que no meu funcionamento eu vou conversar mais sobre o cada método cada componente mais para frente o segundo componente é entendendo a pessoa como um todo o indivíduo a família e o contexto seja um contexto próximo ou um contexto distante então basicamente o segundo componente é ver o contexto do paciente é olhar aquele paciente que tá na sua frente e olhar um pouco além dele além da parte mental olhar um pouco a história dele então ele mora com quem ele trabalha com o que ele tem ele
tá tendo algum problema financeiro ele mora em uma vizinhança de que forma que aquela vizinha se altera a saúde dele em que ciclo a gente eu não vou falar sobre ciclo de vida né É mas em que parte em que etapa do ciclo de vida pessoal e familiar ele tá par e como que é a sua o relacionamento dele no trabalho como que é a questão do transporte para ele como que a questão do acesso à saúde muitas coisas estão entendendo o contexto daquele paciente o terceiro componente é elaborar um plano conjunto dos manejos do
problema então aí vai aí entra primeiro o médico e o paciente entrar em acordo de quais são as prioridades de cada um então às vezes nem sempre é ouvir 100% as prioridades do paciente mas elavá-las em consideração e levar as suas prioridades com o médico em consideração Nossa Dona Célia A senhora precisa eu acho importante demais seu medo em relação a diabetes a sua dificuldade em usar insulina mas eu acho que chegou em um ponto é que a sua diabetes precisa realmente da insulina mas eu vou tentar te ajudar o máximo a te ensinar a
gente vai ver alternativas para ver se a gente consegue alguma pessoa Da sua rede de apoio para te ajudar etc etc etc então e sempre as decisões em conjunto ouvindo paciente ou então é mesmo que você Não Ceda por exemplo vamos supor que seja aquele caso de dor de cabeça seja uma enxaqueca não tem nenhum sinal de alarme na dor de cabeça e você não precisa de um exame de imagem que você escute que eles querem um exame de imagem e você Tranquilize e explique com informações é de segurança mostra que você ouviu o medo
mostre que você ouviu a expectativa mas que nesse momento não tem necessidade então é planejar em conjunto então tanto decidir Quais são os problemas e prioridades quanto as responsabilidades de com Adão então nós estamos em acordo o que que nós Quais são os problemas de hoje perfeito então agora nós vamos dividir o que que é responsabilidade minha como médica e o que que é a responsabilidade sua ou seu sua responsabilidade como paciente certo e o último que essa auto-reflexão ou reflexão para nós médicos e profissionais de saúde no geral que é intensificar a relação da
entre a pessoa e o médico que é basicamente exercer uma medicina humanizada empática com uma escuta realmente atenta uma escuta que a gente chama de escuta ativa então é levar a sério o que o paciente fala ouvi-lo basicamente então resumindo eles têm essas três grandes os grandes ceias cooperação qual participação E corresponsabilização então é tanto dar autonomia mas também trazer o paciente a ser responsável pela própria saúde a gente não via então por exemplo naquelas pensando naquele modelo mais tradicional médico quando o médico era o centro do atendimento não tinha o paciente não tinha tanta
responsabilidade era o médico que tinha responsabilidade de passar a medicação orientar e o paciente só seguiu o que ele fala e agora hoje não nos das doenças crônicas a gente vê o quanto é importante naqueles reloginhos do papel do paciente na própria doença e uma coisa é que você às vezes não vai conseguir no Mundo Ideal Às vezes você considera conseguiria mas às vezes a gente não consegue cumprir os quatro componentes na mesma consulta e tá tudo bem Você tem tempo acompanhamento você pode ir enriquecendo esses componentes ao longo dos seus Encontros com o paciente
certo então agora vamos falar de cada um deles então o primeiro componente né explorando a saúde a doença e a experiência da doença como eu disse a saúde e a experiência da doença é a parte da mente do paciente né então o que que o paciente considera ter saúde ou o que que o paciente está sentindo experimentando em ter aquela doença e a parte da doença pus de azul é a parte biomédica mesmo é quando o paciente chega para mim com quadro de dor de cabeça aí eu vou pensar medicamente então tem quanto tempo é
de que jeito precisa tem sinal de alarme essa parte mesmo que a gente na verdade considera como a grande protagonista Nossa anamnese da nossa consulta e falando especificamente da experiência da doença tem um acrônimo que é o cif que não foi eu que não não foi eu que criei e ele é bem ele é da bem validado que é um resumo do que que tá dentro da experiência da doença são o siff é um acrônimo para sentimentos ideias funcionamento expectativas sentimentos é igual já tinha falado como que aquela doença ou aquele sintoma Ou aquele sinal
que sentimentos estão sendo gerados eu tô com medo eu estou com raiva eu estou com revolta eu tenho tristeza então por exemplo eu tenho medo da minha dor de cabeça será algo grave eu tenho raiva por ter diabetes eu tenho revolta por ter sido diagnosticada com uma doença grave eu estou triste também por ter de ser diagnosticada por uma doença grave então é você valorizar E você só vai saber a experiência da doença muitas vezes perguntando para o paciente e como que a senhora se sente sentindo assim medo desesperança a senhora sente medo de sentir
sintomas sentir raiva então às vezes São perguntas que você tem que procurar porque o paciente não tem costume de Guiar a consulta Não não necessariamente guiar mas assim falar espontaneamente sobre isso no dia a ideias é tanto a questão assim do se ele suspeita que aquele sintoma ou sinal seja alguma coisa então por exemplo é uma dor de cabeça assim ora o senhor suspeita que seja alguma coisa Às vezes é uma dor nas costas o senhor a senhora suspeita que seja alguma coisa Ah minha dor de cabeça eu acho que é porque eu ando passando
muita raiva no trabalho ou a minha dor nas costas Não é porque eu trabalho como diarista ou trabalho como pedreiro ou então eu tô fazendo crossfit então tem essa questão das ideias e às vezes o paciente tem uma ideia e ver aquela aquele sintoma aquele sinal ou a doença como uma punição então ele suspeita sobre isso o f de funcionamento é no que aquilo está atrapalhando a vida do paciente então Quais são as limitações Nossa eu estou deixando de ir na igreja tô deixando de ver meus amigos É eu já não cuido mais da minha
casa o jeito que eu queria é as mudanças na vida né nossa depois que eu comecei a ter que usar insulina eu eu me preocupo então sempre tem que me organizar para levar insulina para viagem eu tô viajando menos é ou então eu dependo muito da minha filha então eu mudei a vida da minha filha junto com isso impedimentos também então às vezes é um paciente que não pode às vezes jogar um esporte mais fazer aquela atividade física que ele gostava e as expectativas né que é quando o que que você espera dessa consulta Quando
você veio para consulta quando você marcou essa consulta o que que você esperava um exame um remédio é que eu te base você esperava a cura dessa doença é importante você ouvir não necessariamente você precisa citar né a senhora esperava um exame a senhora esperava uma medicação mas é importante às vezes é se for necessário pontuar né cada um deles mas às vezes o paciente espontaneamente vai falar não eu queria um exame eu tô com muito preocupada com essa dor de cabeça minha mesmo ou então Nossa essa minha fraqueza eu tô muito desconfiada que seja
uma anemia eu tô que eu queria um hemograma para ver se eu tô com anemia mesmo então ouvir mesmo essa questão agora falando sobre o segundo componente né entendendo a pessoa como um todo o indivíduo a família e o contexto essa questão do contexto Então quem é o paciente que veio consultar aquele paciente que está na frente da sua cadeira quem ele é com quem ele mora onde ele trabalha com que ele trabalha como é as relações dele dentro de casa com os amigos com o trabalho tem algum problema em algum desses ambientes ou então
às vezes está passando por um problema financeiro ou às vezes é o tipo de transporte dele é um transporte público que não funciona tão bem ou então é uma pessoa que tem algum parente adoecido que precisa de ser cuidadora ou então é somente uma pessoa que está em sofrimento porque tem um parente muito próximo que que tá com uma doença mais grave que está internado ou que tá encarcerado é tudo isso afeta a pessoa afeta a saúde daquela pessoa não necessariamente isso é um diagnóstico e na aula de Suape a gente fala bastante disso mas
é um problema que precisa de atenção e às vezes uma possível intervenção de um médico uma orientação uma escuta e assim vai e então o que que geralmente a gente avalia né eu falei alguns pontos né mas vou olhar direto assim no slide é a questão do desenvolvimento individual então em que parte por exemplo falando dessa questão do ciclo de vida em que parte do ciclo de vida aquela pessoa tá então por exemplo vou dar um exemplo você tá atendendo uma criança a criança está sendo cuidada pela mãe é são pais separados ou pais que
convivem são pais que se dão bem ou não como ela vai na escola como quer os amigos dela na escola ou então é uma mulher recém-casada Então ela acabou de sair de casa e ou então é uma recém mãe tudo é um ciclo de vida individual que afeta também essa questão de como a pessoa interage com o mundo e afeta essa questão de saúde da pessoa às vezes é uma pessoa que está no ciclo de vida mais avançado uma pessoa recém aposentada é a um é uma pessoa que os filhos Saíram de casa tudo isso
é tanto contraste de vida pessoal quanto um contexto da família né a família também passa por um ciclo de vida a gente fala que às vezes tem uma queda de um ciclo familiar Por exemplo quando um filho morre antes dos Pais etc como que a história Profissional ou acadêmica daquele paciente Qual que é o contexto social qual que é o contexto cultural e aí entra religião ou então algum tipo de espiritualidade ou então alguma forma de de espiritualidade mas mesmo na pessoa que não necessariamente tem alguma fé ela tem algum tipo de apoio nem que
seja filosófico ou pessoal mesmo às vezes é um contexto falar sobre rede de apoio enfim é entendendo a pessoa como um todo e você me pergunta mas não é muito Óbvio isso não a gente não pergunta tanto isso a gente pergunta mais sobre os antecedentes pessoais patológicos a gente pergunta mais sobre os antecedentes familiares patológicos é só amanhã diabético seu pai é hipertenso alguém da sua família teve algum câncer alguém da sua família já infartou teve um AVC é sobre isso que a gente quer saber da família ou no máximo a gente por exemplo é
um paciente que tá com um tipo de dor lombar ou dor cervical e aí a gente questiona sobre o trabalho então às vezes não necessariamente essas perguntas vem espontâneas a gente pergunta como isso é afeta a saúde daquele daquele paciente o terceiro componente é elaborar um plano em conjunto com do manejo dos problemas Lembra que eu falei que envolve né definir Quais são as metas Quais são os objetivos e as responsabilidades de cada um e o que eu acho interessante que nesse quadrinho azul é que um bom terceiro componente Depende de um bom primeiro componente
então Ou seja é tanto na parte biomédica porque ali você vai fazer um planejamento médico biomédico Então eu preciso de fechar é o diagnóstico de tal doença então para isso eu preciso pedir tal exame ou então eu já fechei o diagnóstico para dar doença eu preciso então de um de um de tal medicação Então isso é elaborar um plano certo porém um plano conjunto E aí entra as outras aspectos do primeiro componente que é a experiência da doença Quais são as expectativas do paciente Quais são as prioridades daquele paciente então um bom terceiro componente então
um bom uma boa decisão compartilhada um bom um bom conjunto envolve necessariamente você ouvir o paciente lá naquele primeiro componente então basicamente a explicação que os livros trazem é o terceiro componente é essa concordância e clareza entre médico eficiente em três principais áreas na definição dos problemas daquele dia daquela consulta ou e das prioridades né E aí vocês vão negociar Qual que é a prioridade de você paciente e qual que é a minha prioridade com o médico às vezes elas são coincidentes e às vezes elas são divergentes ou às vezes elas são complementares e sempre
bate nessa tecla né problemas nem sempre são diagnósticos então às vezes é o problema é a não adesão ao uso de insulina porque ela não sabe aplicar ou às vezes é uma asma descompensada não controlada porque o paciente não sabe usar um broncodilatador então não necessariamente o não saber o uso correto do broncodilatador é um diagnóstico mas é um problema ou às vezes é um sofrimento por conta de ser um cuidador o coordenado o único coordenador da família o único provedor financeiro pode ser um problema como um sofrimento de um de uma de um familiar
que está internado ou um familiar que tá preso um familiar que é dependente químico nem necessariamente isso é um diagnóstico mas é um problema ter clareza e concordância nas metas Então é bom a gente precisa melhorar a sua diabetes Mas eu também entendo que a senhora tem medo de ter o seu pé amputado eu tenho a senhora a sua filha tem medo de que a senhora Vá fazer diálise eu estou vendo que a senhora às vezes se vamos pensar em outros casos assim conto preferência não usar insulina ou não porque é um pouco mais complicado
né mas assim às vezes o paciente tem preferência entre Ah uma medicação que é dose única um medicação injetável uma medicação tópica o jeito alguma marca específico Tem alguma preferência com relação aos horários da medicação quando é mais fácil tomar Então tudo isso é negociado nas metas também sempre levando essa mbf é sempre levando em conta a medicina baseada em evidências e além da Autonomia Sempre vou bater na tecla da responsabilidade quais são é o seu papel como paciente e qual que é o meu papel com o médico Vamos definir Quais são esses papéis não
então a senhora então vai refletir um pouco sobre quem que a senhora pode buscar como rede de apoio para ajudar a senhora a organizar a aplicação da insulina ou então a senhora tem conversado com alguém é sobre por exemplo um filho que está internado ou um filho que está passando por um problema de dependência de drogas é a senhora deseja fazer psicoterapia eu vejo que isso é importante que tem de casado sofrimento então sempre escutar certo e levando em consideração as decisões suas mas também levando em consideração as expectativas os medos as preferências as prioridades
do paciente e por último o quarto componente que eu falei para vocês que essa questão de intensificar a relação entre a pessoa e o médico que é bastante essa questão de ter empatia fazer uma escuta ativa então olhar fazer contato visual com paciente ouvir evitar interromper o paciente levar em consideração os medos as expectativas é e vocalizar isso Eu entendo o seu medo eu entendo é a sua expectativa eu acho importante a senhora falar sobre isso vamos tentar dividir o poder né então quando o paciente vê que você está disposto a escutar e a levá-lo
em consideração além do diagnóstico que ele tem você fortalece você intensifica essa relação eu tirei essa frase eu achei ela muito interessante que essa questão dessa auto-reflexão médica mesmo vou ler para vocês insistiria com vocês que prestem mais atenção para cada pessoa individualmente do que para as características especiais da doença lidando como fazemos com a pobre e sofredora humanidade vemos o homem sem máscaras exposto em toda sua fragilidade e fraqueza e vocês devem manter o coração aberto e maleável para que não menosprezem essas criaturas seus semelhantes a melhor maneira é manter um espelho em seu
coração e quanto mais você observar suas próprias fraquezas mais cuidadoso será com seus semelhantes e como não pode faltar Ah aqui é só um infográfico famoso infográfico do método da pessoa que é basicamente Resumindo os quatro componentes então a esquerda temos explorando a saúde a doença e a experiência da doença né então nessa caixinha da doença temos todo o aspecto biomético de Diagnóstico exames complementares é medicações diagnósticos diferenciais exames complementares exames de investigação etc a experiência da doença e a saúde envolvendo mais essa percepção do paciente O componente número 2 que é ver a pessoa
de uma maneira individual mas também no seu contexto próximo e longínquo elaborar um plano conjunto sempre compartilhando essa decisão compartilhando prioridades compartilhando responsabilidades e envolvendo todos eles sempre buscar esse atendimento mais humanizado é com uma escuta verdadeira e humana sem abandonar a medicina baseada em evidência e que isso vai se identificando a cada encontro e agora para finalizar é um mnemônico então o mnemônico é justamente com as letras né do mccp então só para repetir eu coloquei aí para porque eu vou fazer um falar um mnemônico Mas vocês vão ter a comparação aí com a
escrita por completo de cada componente então o primeiro componente eu chamei de m de mente para lembrar que que significa o primeiro componente é mente saber o que se passa na mente do médico que geralmente é doença e o que se passa na cabeça do paciente no sentido o que que é salsicha o que que é ser saudável para você e como você está experimentando a doença Qual que é a sua experiência com ela aí eu lembro sempre lembrar do acrônimo cifra né sentimentos ideias as funções ou funcionalidade e as expectativas do segundo mimoto da
segunda letra é o c lembrar de ser de contexto aí pode ser um contexto próximo ou um contexto longínquo o terceiro componente é de sede conjunto para lembrar de vocês que o terceiro componente é do planejamento conjunto E o p é de proximidade né então intensificando a relação entre a pessoa e o médico e por fim vou finalizar com uma frase que também é famosa Mas infelizmente não tem fonte que é essa é a seguinte o médico de família do rei da Espanha sabe menos cardiologia que um cardiologista mas é o que mais sabe sobre
o rei e aí fica a reflexão desse método ensinado a pessoa não aprofundei muito porém quis trazer uma ideia geral aí para vocês até mais