E aí [Música] [Música] o Olá este é mais um programa diálogos da UnB TV o tema que nós vamos abordar hoje é relacionado às doenças crônicas não-transmissíveis é particularmente as medidas de regulação ante essa verdadeira epidemia Mundial mais que têm expressões muito diferentes em cada país né e com influências muito grande das desigualdades das situações históricas de cada um de nossos países eu sou do nets da Fundação Oswaldo Cruz Brasília coordenando Esse Núcleo de Estudos e a professora Deborah Malta é professora de epidemiologia da Universidade Federal de Minas Gerais mais teve uma experiência muito é
importante nos últimos anos na plantação no desenvolvimento de um sistema de análises de acompanhamento das situações Crônicas de saúde em nosso país o que permite uma abordagem que nós vamos privilegiar hoje que é das perspectivas de equacionamento dessas questões no no âmbito das relações internacionais no âmbito das agências e dos organismos intergovernamentais que tratam de sistemas das doenças crônicas envolvendo medidas que devem ser compartilhada pelos países Débora é uma das das abordagens né que não é única mas trata-me Bom dia abordadas as situações crónicas pelo lado que é uma variedade enorme de doenças crônicas mais
alguma forma de abordagem o digamos uma estratégia da saúde pública que abordagem dessas diversidade de situações a partir de alguns fatores que são influenciam de forma sinérgica e às vezes concorrente diversos dessas doenças como por exemplo as questões ligadas à alimentos a bebidas a hábitos sociais ou de grupos que estão ligados por exemplo ao uso de certas bebidas não apenas de diversão mais bebidas que podem causar muitos problemas como as bebidas alcoólicas e outras e além de outras outras outros fatores de peso muito importante como é o caso do tabaco no caso das doenças crônicas
como o câncer então eu desafiar eu vou ser falar um pouco sobre esses problemas e qual é a situação do nosso país nesse nesse contexto e discussões e de medidas internacionais as doenças crônicas não-transmissíveis no nosso país elas correspondem a setenta e dois por cento das causas de morte então seria em torno de 700 mil mortes a cada ano e no mundo inteiro seriam 63 por cento das causas de morte ou seja doenças de grande magnitude e que afetam não só pessoas mais idosas né E também elas afetam precocemente pessoas ainda idade pra o teriam
aos diversos tipos de doenças cardiovasculares como infarto as doenças cerebrovasculares e câncer doença respiratória crônica diabetes e o que tem em comum dessas doenças o que suscita inclusive metas internacionais para detê-las liderado inclusive pela ONU e pela Organização Mundial da Saúde que construíram um plano global de enfrentamento das doenças crônicas é exatamente porque na sua interação Elas têm em torno de quatro fatores de risco que são a tabaco álcool alimentação inadequada e a Inatividade física questão a dentre as suas causas fundamentais aliadas aos determinantes socioeconômicos os fatores genéticos e a fatores a também individuais mas
a Sem dúvida monitorar esses fatores de risco é de suma importância porque info é desse monitoramento é possível porque você Estabeleça medidas de Promoção e de prevenção e nesses últimos anos a no Ministério da Saúde foi instituído um sistema de vigilância de monitoramento dos fatores de risco nós temos então desde 2006 uma editoramento anual dos fatores de risco e é por meio de entrevistas telefônicas nas capitais brasileiras temos também esse monitoramento em escolares já em três pesquisas 2009/2012 e 2015 e a pesquisa Nacional de saúde dos escolares e temos também uma pesquisa domiciliar em parceria
com o IBGE que a pesquisa Nacional de saúde que entrevistou os brasileiros foram entrevistados 63.000 a brasileiros acerca desses inúmeros fatores de risco e também das doenças mais frequentes em cima disso nós podemos traçar a promoção da saúde são situações que tem esse lado comum quatro fatores de risco que interferem com direta ou sinergicamente na com essa percentagem expressiva das mortes em todos os países e no mundo como um todo mas vamos tomar um caso para começar a ser a nossa discussão que preocupa todo mundo porque não passado que não é muito distante fazer fumar
era atraente desejar foi Glamour do cinema né Nós temos propagandas fantásticas de um caubói que é o símbolo da vida selvagem do heroísmo e que morreu de câncer de pulmão porque fumava o cigarro que ele fazia propaganda é o ator que fazer aquela e aqueles aquele belo filme do cigarro morreu de câncer de pulmão associado ao uso crônico do cigarro não é uma situação paradoxal essa muito paradoxal e esse movimento de redução da prevalência do tabaco ele tá se fazendo na sociedade Brasileira de uma forma muito rápida em 1996 nós tínhamos 36 por cento cada
pouco mais de um terço da população brasileira fumante agora a última pesquisa Nacional de saúde mostrou quinze por cento e no monitoramento anual do vigitel nós temos 10 porcento 10 e meio por cento da população brasileira em capitais fumantes o que que mudou num tempo tão curto né a uma medida muito importante foi a proibição da veiculação da propaganda Então é isso faz com que esse glamour du do passado em relação tabaco não se perpetue na cidade na sociedade especialmente a adolescência essa prevalência de cigarro nem adolescentes hoje é em torno de Seis por cento
então ele já nasci no ambiente protegido essa essa esse exemplo que você dá de medida é importante que é o controle da propaganda já revela uma dimensão de desse paradoxo eu não conheço hoje antigamente até que não existia gente que achava bonito fumar que justificavam aqui se irritava quando alguém reclamar porque ele estava fumando pé mas hoje é um consenso Geralmente os fumantes quando puxa um cigarro e se afastam tem até um certo complexo de culpa e de estar fumando mas mesmo assim esse é um problema permanente preocupação para a saúde pública por quê porque
existem interesses muito grandes da indústria do cigarro da indústria de outros outros usos que se faz do tabaco e de processos que estão muito ligados a própria produz o s da matéria básica para isso aqui no Brasil por exemplo nós temos uma população expressivo de trabalhadores rurais concentrados mais nos estados da Região Sul Santa Catarina Rio Grande do Sul né e um pouco em alguns outros está mas é uma população muito expressiva de gente que vive dessa indústria e em condições de vida subumanas porque a produção da folha do tabaco é uma coisa escandalosa é
tão não é uma situação novamente um novo paradoxo né Nós temos como fazer o enfrentamento conseguimos avanços importantes mas o núcleo do problema tá aí interesses industriais importantes é que isso é duzem os jovens que atuam mais dos países que tem pouca regulação né Hoje é um movimento de investimento da indústria mundial do tabaco e mais os asiáticos não é porque existe há uma tradição cultural do uso do cigarro e para fugir dos países onde a regulação é muito forte e eles tem que gastar muito dinheiro fazendo propaganda e sob regulação hoje em dia o
Sueli fico até constrangido de comprar uma uma maço de cigarro no Brasil que vem aquele as fotografias Horrorosas sobre o a calça final do cigarro como diz o nosso ex-ministro Agenor e ex-diretor da Anvisa é a único a único produto comercializado legalmente que garante os efeitos que ele é ameaça na capa quer dizer vai dar câncer exatamente então polícia as medidas regulatórias elas são de tanta relevância né então além de Proibir a propaganda cigarro as advertências e elas impedem a iniciação à E também o preço mínimo do cigarro é muito importante é levar o preço
do cigarro para que isso desistimos lhe a especialmente jovens no vício né então o Brasil tem medidas regulatórias importantes e este é o Bom exemplo em relação ao álcool nós temos que também perseguir essa falta do tabaco essas medidas regulatórias para que possamos conseguir avançar porque no álcool é diferente por exemplo entre adolescentes essa mesma pesquisa que mostrou Seis por cento dos Adolescentes fumam mostra que 25 porcento dos Adolescentes bebem com regularidade então isso mostra que os adolescentes ainda estão a com muita adesão ao ato de beber e nós não temos como temos um a
proibição da propaganda das cervejas temos sim a proibição de propaganda de propagandas de bebidas consideradas bebidas alcoólicas mas a cerveja de alguma forma ela escapa desse marco regulatório curiosidade que muita gente desconhece mais é uns um uma estratégia e o digamos assim uma reserva de mercado muito importante para a indústria da cerveja o público Infernal não sabe mas a cerveja Prefeito legal não é bebida alcoólica e quantos situações de infelicidade os bebedores de cerveja o provoca Então essa é uma além de doenças para a sua própria para o seu próprio futuro agora eu acho que
esses dois fatores quer dizer o fumo e eu ir a bebida alcoólica tem essa semelhança inclusive pelo fato de que hoje em dia já não há nenhuma um glamour muito forte em torno nem de fumar nem de beber hoje é o bebedouro até o alcoólatra Não tem aquela fama de quando eu era muito jovem não sei tão bom copo e era uma espécie de alugeu hoje eu conheço gente que pede para caramba mas faz aquilo a boca pequena não divulga e evita aparecer que bebe muito agora minha comida O que é Outro fator de risco
principalmente a forma com a indústria da alimentação hoje tá então voando na alimentação Sem dúvida nós ainda tem que a vencer muitas barreiras no campo regulatório é uma coisa difícil todo mundo quer se alimentar porque isso garante a saúde garante o crescimento das Crianças agora se não tiver cuidado hein e a nós temos alguns indicadores que mostram a gravidade dos problemas né Nós temos em torno de 25 porcento dos adolescentes tomando refrigerante todos os dias na semana com regularidade o consumo de frutas legumes e verduras que seria muito adequado e Esse a é uma medida
importante na prevenção das doenças crônicas é comum em torno de 25 por cento dos brasileiros mas nós temos uma a proporção que não come o que seria o ideal seria em torno de cinco porções de frutas legumes e verduras diariamente então a ao lado nós temos em torno de trinta por cento que consome a carnes com com gorduras e isso é um fator de risco para as doenças cardiovasculares para câncer então nós temos que sim avançar e medidas de acesso né A propiciando então a redução do custo é desses alimentos saudáveis também tem alguns países
que tem algumas medidas regulatórias muito interessantes no campo da alimentação e Nutrição estabelecendo o desde o tamanho redução do tamanho das porções de alimentos considerados não saudáveis como também aplicando é taxas a em bebidas açucaradas e outros alimentos com muita a oração de gorduras nossa conversa nos permitir e até pensar numa certa conclusão sobre este diálogo em torno das das medidas regulatórias das doenças crônicas e que é um fator comum em todas elas ou o poder público representando os interesses da sociedade é definir políticas e medidas de intervenção inclusive o poder público em articulação com
os governos com os instituições de outros países ou nós não vamos mudar esse cenário de futuro Sombrio preocupante que nós temos com relação as doenças crônicas E isto é um grande desafio porque para um país como o nosso que tem graças a um grande processo de definição política o direito à saúde EA organização de um sistema de uma de uma capacidade a música de intervenção sobre a saúde indefesa e para a promoção da saúde que é o sistema de saúde nós devemos ganhando temos uma certa vantagem em relação aos países a despeito é claro das
limitações próprias de um país que não é rico que é um país que tem muitas dificuldades que atravessa é desafios em muitos Campos e não apenas o das doenças crônicas ou da saúde pública Mas é uma vantagem agora e a situação de países que não têm esse talvez fosse um debate para o próximo diálogos porque nosso tempo está encerrando e eu queria agradecer a oportunidade de conversar com você sobre este tema né E fica isso sugerido para te ver o NB a possibilidade da gente fazer no futuro um tratado do do da regulação Internacional e
da atuação dos organismos internacionais e como Isto é indispensável para enfrentar a grande indústria o grande negócio que está por trás dessas desses fatores de risco Sem dúvida é precisamos de muita parceria muita troca inclusive para atingir a meta global de redução de 25 por cento das doenças crônicas em uma década até 2025 então Este foi mais um programa diálogos da TV UnB em edições que temos a grande satisfação de colaborar com a Universidade de Brasília é através do Núcleo de Estudos da Fundação Oswaldo Cruz em Brasil