ARTE MODERNA E ARTE CONTEMPORÂNEA | Felipe Martinez

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Casa do Saber
Felipe Martinez, doutor em história da arte, ofereceu ferramentas para pensarmos as relações entre a...
Video Transcript:
E aí E aí E aí E aí oi oi eu sou a Isadora Jardim Salazar eu sou uma das criadoras da casa do saber e hoje eu recebo o professor Felipe Martinez que é doutor pela Unicamp em história da arte e também tá fazendo pós-doutorado é isso Professor isso estamos hoje arte contemporânea da USP também estamos aqui no espaço de passe para acompanhar a exposição intitulada arte com curadoria de Georgia lobacheff a gente está aqui com vários artistas plásticos fotógrafos para acompanhar um pouquinho da cena da arte contemporânea brasileira o objetivo é a gente aproveitar
esse espaço para debater algumas questões sobre arte a gente vai conversar um pouco sobre conceitos e também sobre os principais expoentes e expositores da arte mundial e brasileira vou começar a fazer algumas perguntas professor Felipe Felipe novamente muito obrigada pela presença professor Felipe que é muito parceiro do em casa vocês já devem ter visto alguns vídeos dele no nosso canal e os cursos também não é mesmo e eu começo uma pergunta mais ou menos básica como a gente pode diferenciar a arte clássica arte moderna e arte contemporânea legal essa é uma pergunta importante que Inclusive
a gente aborda também os cursos da casa do saber e ela tem a ver com uma classificação que ao mesmo tempo formal e temporal Por exemplo quando a gente fala de arte moderna a gente fala de um tipo de manifestação artística que começa a surgir no final do século 19 e que vai se intensificando no começo do século 20 eles rompiam com uma tradição portanto tanto em termos de tema aquilo que era pintado aquilo que era esculpido quanto em termos de técnica tem um afastamento de uma tradição aquilo que vem do passado que remonta lá
o renascimento lá nos anos de 1.400 e que vai sofrendo modificações ao longo da história mas o que vai se mantendo dentro de certos ter Em certas formas de fazer área quando a gente chegar lá no final dos anos de 1800 o final do século 19 há um rompimento com essas formas tradicionais de fazer arte é claro isso vai se desenvolvendo especialmente do começo do século 20 quando a gente vai ter uma série de experimentações vários movimentos como cubismo futurismo expressionismo e vários outros ismos no começo do século de alguma maneira vão constituir uma nova
tradição em algum sentido uma tradição que na verdade é uma prática de uma Inovação de um rompimento de fazer algo novo de propor coisas novas e que tem como lógica aquilo que não é o que era feito ontem que não é o que é feito hoje mas aquilo que é para ser o que vai ser feito amanhã não é portanto uma lógica de inovação constante e só que a gente chama de arte moderna no sentido bem amplo porque mais ou menos em meados do século 20 Começam a surgir as práticas contemporâneas então o Sul e
mais como pintura escultura começam a ser relativizado a gente vai ter um momento em que vão surgir as performances em que vão surgir as instalações Claro antes mesmo desse período a gente tem ali um grande artista francês chamado Marcelo do Chan que vai fazer uma série de proposições que vão mudar para sempre a história da arte de qualquer modo é claro que pinturas e esculturas também continuam a ser feitas até hoje e quando a gente pensa nessa ideia de arte moderna e contemporânea a divisão não é exatamente Claro é a gente lida com essas noções
mas no dia a dia mas de qualquer maneira a gente aproximaria da Arte Moderna ainda os suportes tradicionais como pintura escultura de uma maneira nova de uma maneira que buscar algo novo que Experimenta tanto em termos de tema quanto em termos de forma e de arte contemporânea essas práticas que vão se afastando dos suportes tradicionais e que surgem lá em meados do século 20 depois da segunda guerra bom então a gente tem por um lado algumas características formais como essa do que se pinta de como se pinta do que se esculpe de como se esculpe
e ao mesmo tempo o características que são temporais porque essas mudanças do que a gente começa a chamar de práticas contemporâneas vem no pós-segunda Guerra muitos autores consideram que a mesma coisa na prática né que tem ali uma continuidade de lógica de uma arte para outra mas não há um consenso absoluto e também a gente não consegue diferenciar com 100 porcento de clareza o que a gente consegue dizer é que havia uma tradição que remonta desde o renascimento que busca recuperar elementos da Grécia antiga e buscar uma ideia de clássico e depois também vai se
modificar a gente vai ter o período da arte barroca o período ali do Rococó depois do clássico vai voltar no final do século 18 e apesar dessas diferenças a gente tem ali uma tradição e que vai ter um rompimento com essa tradição lá no final dos anos de 1800 quando e práticas que a gente já pode considerar Arte Moderna mas tem muita discussão nesse Campo Tem muito autor Tem muita gente que fala sobre isso e uma coisa que também é importante As instituições como as Galerias museus ajudam também a definir as nossas funções de arte
é um Museu de Arte Moderna por exemplo ajuda a conformar o nosso entendimento do que arte moderna porque claramente a gente vai Museu de Arte Moderna a gente tem de achar que aquilo que tá lá exposto arte moderna e finalmente tem uma definição tem uma periodização que eu com misturador tem que falar aqui que ela é um pouco mais rigorosa e que não tem a ver com essa noção que a gente usa no dia a dia de arte moderna e arte contemporânea que é a seguinte d1453 até 1789 tem aquilo que a gente chama de
idade moderna Portanto o período que vai da tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos até a Revolução Francesa esse período da idade moderna então a a vida na idade moderna é uma arte que a gente pode também chamar em outro sentido não nesse do dia a dia que a gente usa nos museus nas Galerias a gente também pode chamar de arte moderna e o que vem depois de 1789 portanto a idade contemporânea a arte produzida nesse período também poderia ser chamada de arte contemporânea Então essa é uma divisão mais rigorosa na que é utilizada quando o
estudo tem mais um Rigor histórico etc mas não é noção que a gente utiliza no cotidiano no dia a dia dos museus dos livros dos cursos que a gente faz mas é sempre importante deixar claro é que existem essas diferenças e você comentou duducha aumentou da dessa quebra desse rompimento é faz parte do movimento artístico mais contemporâneo justamente propor a discussão se aquilo é a ti Ou pelo menos jogar para o público a polêmica a dúvida e depois receber críticas início construir um movimento artístico e com certeza eu acho que uma das características mais importantes
disso que a gente conhece como arte contemporânea é também fazer um exercício auto-reflexivo não é uma ideia de você discutir a arte pelos termos da arte então pensasse uma coisa arte não o que que legitima um objeto uma prática ou até uma ideia como arte ou não né a recentemente Inclusive a gente conversou no canal da casa do saber sobre arte conceitual da que são os movimentos que surgem ali Especialmente nos anos 60 70 é que vão tá inclusive pensando a arte não necessariamente como algo que precisa ser materializado mas ela pode ser uma ideia
que nem venha a criar a vida uma vida material e que depende de um corpo social para Que ela possa de fato se manifestar então é interessante a gente pensar e discutir a própria noção de arte discutir a história da arte com certeza isso faz parte dos procedimentos da arte contemporânea então é uma reflexão a e faz a gente pensar sobre a própria arte e pensar sobre a própria arte no século 20 no século 21 é também pensar sobre os lugares Que expõe a arte as pessoas que falam sobre arte quem são as pessoas que
têm um discurso que ajudam a gente a compreender mais o que a arte ou que direciona um pouco nosso olhar em determinado momento falar sobre a arte também falar sobre um sistema da água é sempre não sei comentou inicialmente Dessa arte mais quase e que aqui são as pinturas as quadras as esculturas e aqui por exemplo a gente está no meio também de fotografias tem a questão se o cinema é arte também essas discussões elas são do século passado ou elas veem anteriormente eu acho que essas discussões elas estão presentes até hoje nessa gente for
pensar sobre isso é claro elas vendem se a gente for ali olhar quando elas surgem elas vem desde o final do século 19 discussões com o surgimento da fotografia é uma imagem porque né quando a gente tem surgimento da fotografia o nosso olhar para qualquer outra imagem muda na inclusive por uma pintura inclusive por mais cultura muda a maneira pela qual o olhar se orienta depois do surgimento da fotografia Mas tem uma discussão sobre tudo no começo da fotografia se ela teria esse estatuto de arte ou não a gente vai observar no começo do século
20 no final do 19 discussões que vão em sentido mas é caro hoje ninguém mais tem dúvida de que a fotografia é uma forma elevadíssimas de arte como a gente pode ver aqui como a gente pode ver nos museus nas Galerias e a interessante porque quando a gente observa a história da fotografia pessoalmente não começa a questão sempre esteve em Pauta eu acho que você lembra também né ninguém dúvida hoje e um grande Silva uma grande obra de arte Mas é uma discussão que você colocou talvez sobretudo Em alguns momentos pensando um pouco a fotografia
é aquela questão do que é documentação se a documentação é arte ou se não é porque tem um meio técnico é aquela questão com a pintura da obra que expressa o movimento o sentimento do indivíduo tudo está colocado nessa história é da história da arte e pensando no cenário atual arte contemporânea mundial a gente consegue nomear a lugares pessoas que estão representando essa movimentação a ou melhor a gente consegue chamar de uma movimentação artística qual ou são diversas é o que são diversas Sem dúvida é hoje em dia a gente tem um cenário internacional cenário
Nacional tem muita coisa acontecendo mas é claro que a digamos assim um sistema principal aí quando a gente observa por exemplo As feiras de arte as grandes feiras internacionais quando a gente observa as grandes Galerias as casas de leilão os próprios museus né tudo isso ajuda com formar um pouco aquilo que a gente pensa como arte enxerga como arte e é claro não necessariamente significa que o que não tá nesse sistema não seja ar é a discussão Passa muito o e os lugares quando a gente pensa por exemplo é em Exposições como a Bienal São
Paulo ou como a Bienal de Veneza ou a documenta de kassel São Exposições muito importantes que ocorrem periodicamente e que direcionam aquilo que se espera que a arte seja e direciona um por exemplo o papel dos críticos dos curadores dos próprios artistas esses eventos são muito importantes no circuito internacional cada vez mais também As feiras de arte né As feiras de arte aqui tem a participação de galerias que as obras é claramente é também então a venda tem ali devemos uma espécie de mistura entre o espaço também de comercialização o espaço definição da arte o
espaço de pensar sobre a arte EA Claro os museus da os grandes museus de Arte Moderna por exemplo o Museu de Arte Moderna de São Paulo Museu de Arte Moderna do rio o Museu de Arte Contemporânea o Museu de Arte Moderna nos É de alto padrão de Nova York especificamente a Tate Modern em Londres todos esses museus evidentemente tem um papel é na conformação do que a gente espera como arte do próprio trabalho dos Artistas é porque eles fazem parte também do reconhecimento evidentemente da carreira de um artista da obra que ele produz e com
certeza quando a gente pensa arte hoje a gente pensa não somos artistas e nos objetos diários a gente pensa em quem fala deles quem escreve sobre eles é onde eles aparecem onde eles são dispostos tudo isso conforme inclusive o nosso olhar para as obras de arte a gente olha para o objeto de arte diferente quando a gente leu um texto que alguém escreveu sobre ele a gente olha para objeto de arte de modo diferente quando ele foi exposto em uma exposição no lugar importante e qual a importância do investimento mesmo econômico em arte é o
berço não investimento cultura aoa talvez estatal mas a compra de arte a gente vê séculos atrás a gente a figura do Mecenas E agora Como que Os compradores de arte movimentaram esse mercado e valorizaram as obras que foram sendo produzidas ao longo do tempo legal eu acho que é importantíssimo a gente pensar essa relação entre o mercado e Arte desde ali o começo da arte moderna em diante é claro você falou do mecenato Mas a gente pode pensar isso desde o começo da Arte Moderna como algo que não pode ser separado da arte a dimensão
do mercado e até hoje assim quando a gente tenta Separar uma coisa da outra o discurso nas muitas vezes empobrece é porque os movimentos do mercado também tem a ver com o modo pelo qual a gente olha para as obras de arte Mel a maneira pela qual as obras circulam são valorizadas e a obra de arte pelo menos pensando desde o começo da Arte Moderna Ou até antes na desde ali do século 19 dos anos de 1800 a gente tem uma relação Clara entre arte investimento é a gente tem um e para comprar uma obra
de arte que é o motivo investimento Claro não é só por isso que uma pessoa comprou obra de arte é o interesse a obra de arte é a função que ela permite Sem dúvida continua sendo o motivo principal Mas isso também é o motivo muito importante é Afinal quem compra uma obra de arte é também eventualmente espera que ela vá se valorizar ao longo do tempo então é pensar as obras de arte a pensar também o movimento que tem a ver com o mercado com as Galerias com as pessoas que contribuem para esse sistema circular
na as pessoas que escrevem sobre as obras de arte as pessoas que vendem a própria Carreira dos Artistas evidentemente então com certeza é tem um motivo investimento para se comprar uma obra de arte que acompanha uma coisa complexa né não é que é só por um motivo ou só por outro mas ele também faz parte né da motivação que um colecionador tem para comprar uma obra de arte e evidentemente isso vai depender do est o artista do movimento aquele se vincula qual vai ser o sucesso ou não desse investimento daí varia de acordo com o
momento de acordo com o estilo com artista não deixa de ser uma primeira aposta claro que estão começando o que talvez não estejam nesses meios mais famosos mais falados que você comentou sim e agora trazendo para novamente história história da arte no Brasil a gente teve inclusive vai fazer 100 anos da Semana de Arte Moderna de 1922 e naquela época a gente não a proposta de um grupo de artistas vou fazer algumas perguntas sobre isso a primeira delas esse grupo de artista artistas ele falava realmente ele era a voz da arte brasileira ou tiveram pessoas
que ficaram de fora ou havia movimento no Brasil que poderiam ser mais justa caso pela Semana de Arte Moderna de 1922 é legal eu acho que eles eram uma das vozes da Com certeza eles eram uma voz inegável pela importância que tiveram no contexto da arte brasileira até no contexto internacional mas não eram a única voz hoje quando a gente observa Exposições pesquisas cada vez mais a um movimento de tornar essa história mais rica da de colocar outros atores nessa história essa gente observar outros artistas importantes daquele período eu posso citar por exemplo de um
gás Antônio Gomide Regina Gomide Graz é que tem a ver com ela irmão de um esposa de outro desses dois que você tem é que quer são grandes artistas na questão que produziam também a gente for observar outras formas de arte que não eram a pintura ou escultura e que tem a ver com mobiliário tem a ver com artes aplicadas tem a ver com aquilo que a gente chama de design hoje tudo isso faz parte do modernismo brasileiro é da história da arte moderna no Brasil é eu acho que esse Centenário é que a gente
vai o que vem tem permitido e as pesquisas as reflexões também ajuda a gente a construir uma história mais rica dessa modernidade desse Modernismo no Brasil é que não passe só por aquela história que a gente já conhece bem que é muito importante também que é muito boa que é muito rica mas felizmente a gente tem hoje o movimento de enriquecer mais de colocar outras artistas outros artistas e tavam produzindo naquele momento e que eventualmente acabaram não aparecendo tanto na história que a gente tem hoje esse movimento de colocar os artistas que não necessariamente estavam
vinculados ao evento de 1922 aqui no trato Municipal de São Paulo mas que também tiveram importância muito grande para contar uma história da arte moderna no Brasil né claro já temos Exposições acontecendo nesse momento que estão falando sobre isso agora mesmo abre uma exposição no Museu de Arte Moderna é que tem ali uma refl é interessante nesse sentido e eu imagino que cada vez mais a gente vai ter especialmente no ano que vem reflexões que vão girar em torno dessas questões e ao longo da história a gente pode perceber que as nações sempre tiveram essa
necessidade de se definir culturalmente de talvez elaborar uma identidade nacional e isso é esse fenômeno aconteceu no Brasil sobretudo no início do século 20 e o grupo de artistas da semana de 22 estavam propondo uma identidade nacional é mesmo a gente pode dizer que esse projeto de identidade nacional deles aconteceu realmente ou aconteceu de outras maneiras esse atualmente no Brasil a gente pode localizar alguma coisa que sirva como um projeto artístico de identidade nacional a legal é quando a gente pensa eu acho que esse desejo né Por construir uma narrativa de nacionalidade que vinha daquele
grupo e havia vários outros grupos né é ali que estavam paralelas competindo naquele momento a gente quando a gente pensar a ideia de Brasil tava junto daquela geração ligada a semana de 22 a gente tem aspectos que de alguma maneira continuaram né e te ajudando Inclusive a formar Nossa identidade cultural até hoje e outros aspectos que evidentemente é acabaram não se consolidando ao longo da história brasileira que a gente critica quê que foi criticado no passado que a gente tá sempre refletindo sobre então né pensando na narrativa proposta pelos artistas e intelectuais ligados a semana
de 22 algumas coisas foram e são muito importantes para a Constituição de uma ideia de cultura brasileira outras Ficaram para trás outras não se consolidaram ao longo do tempo inclusive porque a gente foi capaz de 20 é capaz de olhar criticamente para elas também como a gente tem que ser capaz de olhar criticamente para as narrativas históricas para saber dono um determinado tempo como a gente vai olhar para o nosso passado como a gente vai pensar o nosso presente e talvez apostar desejar que seja o futuro mas pensando nas narrativas da Semana de Arte Moderna
de 22 do grupo Modernista a gente tem uma ideia de Brasil que se a gente pensar no século 20 em tudo o que aconteceu depois depois dos anos 50 o nacional-desenvolvimentismo o ciclo de modernização muita coisa mudou e muita coisa devemos não poderia ter sido prevista pela geração de 22 dada o caráter vertiginoso das mudanças no nosso país mas muita coisa continua como traços da identidade cultural do brasileiro e da brasileira até hoje e os brasileiros contam arte ou ainda não é um investimento Talvez seja um investimento segmentado ao de gênero eu Suponho que seja
um investimento mais segmentado eu não sei se a gente pode em grande medida é o mercado de arte no Brasil é ele digamos assim passa por diversas camadas da sociedade agora a gente tem o mercado de arte no Brasil tem dados sobre ele tem pessoas que se dedicam a estudar os fluxos como ele funciona como ele se relaciona com o mercado internacional mas eu diria que também é só uma característica do Mercado de Arte internacional também essa segmentação né o mercado de arte brasileira eu sei que ele tem passado por um desenvolvimento claro eu não
sei como as coisas ficaram depois do período da pane minha porque todo o mercado é teve problemas não tenho dúvida mas ele passou recentemente por um ciclo de expansão é e eu acho que tem um movimento Candice mercado e é claro me parece é pensando Claro sem uma ideia Profundas em colher os dados sem o estudo conclusivo sobre isso que a gente tem um mercado com um caráter segmentado mais que tá e tem um potencial de expansão aqui a gente tem uma oportunidade de estar numa Galeria né não é na querendo nós estamos expondo é
vários artistas contemporâneos brasileiros e a gente conta com a curadoria da Georgia lobacheff E aí eu queria saber sobre esse processo mesmo de curadoria ele acompanha o mercado ou ele acompanha os museus é Como funciona essa parte curadoria de arte pela história da legal eu acho que a figura do curador como a gente enxerga hoje é uma coisa que ganha muita muita força faz pouco tempo mas se a gente pegar os anos 80 para frente tem emergência da figura do curador é que aquela pessoa e não só vai montar o espaço vai devemos tomar conta
da coleção se a gente pensar na etimologia da palavra mas também vai propor ideias novas vai propor relações novas a partir das obras de arte e da biografia da carreira dos Artistas essa é uma tendência e somente recente na história da arte e Tem cada vez mais importância e o curador ele é um Player né Ele é um personagem nesse sistema que tem muito poder que tem muita força é como o curador monta uma expansão quem ele escolhe qual é o discurso no qual as obras se enquadram é o discurso que vem do curador e
as obras fazem parte desse discurso isso pode ser muito bom mas isso também pode ser muito ruim né dependendo da exposição dependendo do espaço dependendo do local então é o processo de pensar uma curadoria ele pode ter mais a ver com a história ele pode ter mais a ver com um ponto acadêmico de como revisitar a certos pontos de uma história de como colocar um argumento novo por meio de uma exposição ele pode ter mais com uma ideia no criador que coloca as obras a serviço dessa ideia e ele pode ter a ver também com
outros elementos que restringe mais ou menos uma exposição o que eu acho que quando a gente vê uma exposição é a gente sempre tem que estar munido de alguns a suspensão do criticamente o pensam da história da arte e tentar entender Qual a proposta do curador decidir o que a gente acha dessa proposta ou não eu acho que inclusive é a casa do Saber oferece instrumentos dá para pensar essas questões e inclusive montar esse repertório crítico a olhar para uma exposição a gente encerra aqui a nossa conversa é conversei hoje com professor Felipe Martinez e
é doutor pela Unicamp em história da arte a gente conversou sobre algumas temáticas mais clássicas né falando sobre os gêneros artísticos na verdade não só os gêneros mais as épocas Período Clássico moderno contemporâneo depois nos falamos um pouco sobre o Mercado de Arte a importância dele da curadoria é também falamos sobre algumas movimentações artísticas importantes no Brasil como é o caso da semana de 1922 e vai fazer 100 anos ano que vem eu gostaria de agradecer a Georgia lobacheff organizou que fez a curadoria desta exposição como eu comentei intitulada Ares agora a gente vai continuar
aproveitando as obras estão aqui com vamos conversar um pouquinho sobre elas só nós dois e fiquem ligados no canal da casa de saber de deixe sua curtida compartilhe esse vídeo com quem gosta de artes também e se inscreva no nosso canal muito obrigada muito obrigada Professor o
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