[Música] identidade cultural na pós-modernidade uma obra do stud Hall a versão que eu estarei fazendo análise aqui é a versão de 2015 aquilo que falamos ou que chamamos ou que muitos filósofos ou teóricos contemporâneos abordam como pós-modernidade o Street Hall vai utilizar um termo bastante próprio que é o termo de modernidade tardia ele não concebia ainda a ideia de uma pós-modernidade para ele estávamos vivendo a ainda ou estamos vivendo ainda dentro de uma modernidade que é uma modernidade tardia o Milton Santos falava em alta modernidade o stud h vai trazer aqui a modernidade tardia então
o h ele vai pensar esse sujeito contemporâneo como um sujeito fragmentado um sujeito atomizado a movimentação e a construção da crítica aqui eh se faz a partir dessa dessa característica ou dessa caracterização desse sujeito contemporâneo com como um sujeito fragmentado o raal ele vai trabalhar essa questão eh da identidade cultural como sendo a uma uma questão interessante também fundante para compreendermos ali a atuação dos movimentos sociais que irão tomar corpo a partir da década de 60 e 70 H defende que a identidade ela é uma celebração ao móvel ou seja a identidade contemporânea ela está
em constante movimento palavra como descentralização deslocamento e fragmentação são bastante presentes na concepção ou nas concepções eh desse autor No que diz respeito a identidade e o estud hall ele vai trabalhar com uma com algumas dimensões muito importantes para que tenhamos a compreensão desse pensamento do pensamento do autor diante das mudanças na contemporaneidade tardia ou modernidade ou pós-modernidade caracterizada pela des ização pelo deslocamento pela fragmentação o autor apresenta três concepções muito distintas da identidade primeiro ele trabalha com o sujeito do Iluminismo depois ele vem na sequência com o sujeito sociológico e culmina com o sujeito
pós-moderno bom o que é esse sujeito do Iluminismo o sujeito do Iluminismo é um sujeito encaixado no seu tempo é um sujeito autônomo é um sujeito individualista é um sujeito reflexivo depois ele parte para a ideia de um sujeito sociológico este é interacionista este está eh sabe encaixado na estrutura social ele está construindo e se construindo dentro dessa estrutura social e nós temos também um sujeito pós-moderno de identidade móvel é exatamente nesse ponto que a gente vai ter a reflexão sobre a construção da identidade na pós-modernidade quando o stud hall Ele trabalha a ideia de
um sujeito pós-moderno completamente em movimento e é isso que a gente vai começar a trabalhar daqui paraa frente de maneira mais mais detalhadamente então vejamos o sujeito do Iluminismo ele estava baseado na concepção da pessoa humana como um indivíduo totalmente centrado Unificado dotado das capacidades da Razão da consciência e da ação o sujeito era o centro então nós temos ali a um núcleo interior que emergia pela primeira vez quando o sujeito nascia colocando a própria noção de identidade em questão e com ele se des envolvia ainda que permanecendo essencialmente o mesmo um contínuo idêntico ao
longo da existência do indivíduo esse sujeito ele muda pouco ele compreende como Aquela geração que permanecia por mais tempo no emprego que era enraizada nas tradições e pouco flexível então o sujeito do Iluminismo é o sujeito que ele está começando a caminhar dentro de uma perspectiva de autonomia o sujeito do Iluminismo ele é portanto um sujeito que ele está eh buscando colocar toda essa questão cultural essa questão da identidade da formação desse sujeito ah em em um debate frequente então nós temos ali a ideia de uma identidade em trânsito depois ele apresenta ainda no livro
o sujeito sociológico O que é esse sujeito sociológico a identidade nessa concepção sociológica ela preenche o espaço entre o interior e o exterior entre o mundo pessoal e o mundo público o sujeito define a sua identidade na relação e na interação com a sociedade com a alteridade assim se eu sou bom é porque o outro é mau então eu vou sempre analisar o sujeito sociológico a partir da estrutura social a partir daquilo que ele compreende ou daquilo que Ele vivencia dentro da sua interação com o outro então esse sujeito sociológico ele é é parte de
uma engrenagem social que está se construindo na comparação e ao mesmo tempo está construindo e refletindo na estrutura social onde ele ele As instituições ainda têm forte influência sobre ele apesar de certa autonomia principalmente em relação à igreja aí nós temos isso como fruto das ideias iluministas então nós estamos tendo ali todo um movimento Iluminista que está se desvinculando da ideia da igreja ou da as ideias da igreja dos dos pressupostos religiosos e está gerando ali então uma identidade cada vez mais autônoma Então esse indivíduo ele está apesar de ser um sujeito que está dentro
da engrenagem sociológica Ele ainda está dentro de uma estrutura de comparação ou seja ele tá dentro da sociedade e a vida social é acaba gerando camadas na formação dessa identidade ele está o tempo todo agindo por comparação bom a identidade Então ela ela costura ela sutura ali toda uma ideia eh dentro de de um corpo estabilizante desses sujeitos que são ainda as instituições Então os mundos culturais que eles habitam eh estão reciprocamente de certa forma unificando os de alguma maneira Então esse é o sujeito sociológico apesar do deslocamento apesar da fragmentação apesar das das questões
que vem lá do Iluminismo que nasce com esse sujeito do Iluminismo mas que aqui no sujeito sociológico nós percebemos ainda uma um embricamento né da dessas dessas concepções nós vamos ter um sujeito que ele já é autônomo ele já tem toda uma ideia de um pensamento autônomo distanciado aí das tradições religiosas Mas ele tem também uma uma ele vê dentro da sociedade a sua interação e a sua a sua construção identitária a partir do outro esse é o sujeito sociológico mas como entender o deslocamento porque esse sujeito ele parte do sujeito ilumin do Iluminismo do
sujeito deslocado ali do sujeito já indo para um processo de desencantamento ou ou melhor um processo de ruptura com as tradições aí passamos ao sujeito sociológico que já vem dessa dessa ruptura com a tradição e na nó temos um deslocamento então H ele vai falar sobre um deslocamento O que vem a ser esse deslocamento como se deu essa quebra desse sujeito Então esse sujeito ele não se auto quebrou ele não ele foi quebrado mas ele foi quebrado por quais agentes e a gente vai pensar na Perspectiva do st hw que esse sujeito ele foi pensado
que esse sujeito ele foi quebrado por uma série de fatos históricos narrativas e diferentes teorias ou concepções do mundo e de diferentes cosmovisões que implementaram eh uma uma segunda a uma uma era de disruptura Então a partir do século X nós vamos ter uma estrutura deslocada e vamos pensar na estrutura deslocada enquanto aquela estrutura eh em que o centro do Poder ele está deslocado ele já não é mais único então no século X a gente vai ter a quebra da hegemonia da Igreja Católica enquanto um centro de poder hegemônico Então nós vamos ter ali em
seguida o livro vai tratar de alguns fatos que contribuíram para a emergência dessa nova concepção ah dentro do universo da da cultura Então nós vamos pensar nas ideias renascentistas nas ideias da reforma protestante que colocou o homem eh mais numa perspectiva de centro podendo escolher a maneira como professar a sua fé podendo escolher as possibilidades de an análise por exemplo de estudos das escrituras a partir de si próprio e não a partir do outro ou seja um livre acesso às escrituras Mas tudo começa com as ideias do humanismo que são oriundas do renascimento cultural lá
na Itália no século X e que se espalhou rapidamente pela Europa e pelo mundo conhecido pelo mundo ocidental sobretudo então a figura importante que deu origem a essa concepção e a uma formulação primária desse pensamento foi o René descart então o René descart com seu cogito ergosum ou seu penso logo existo ele desloca o sujeito eh da hegemonia do pensamento Eclesiástico introduzindo na razão autônoma é exatamente essa introdução nessa razão autônoma que vai fazer o primeiro ponto de deslocamento isso ali ah por volta do no início ali do século X Esses foram pensamentos que fizeram
a quebra fizeram a ruptura então nós vamos ter desde o rdk depois nós vamos passar pelo Adam Smith não poderíamos deixar de falar sobre o Emanuel Kant e aí a gente vai ter no Kant toda uma ideia de autonomia de ruptura eh onde ele fala de uma maioridade da humanidade que esse ser humano Ele ainda está na sua menor idade até que ele passe a pensar por si só Então essa maioridade seria a maioridade da Razão no entender essa maior idade como a possibilidade do homem deixar de lado as meta narrativas as as questões mais
ligadas à tradição a tradição religiosa católica e trilhar pelo caminho da razão aí a gente vai ter também o pensamento um pouco mais adiante e aí a gente tá falando eh a partir de 1848 século XIX com as ideias do do Carl Marx é sobretudo e nos livros o capital e mais talvez eu penso que de uma maneira mais intensa a partir do Manifesto Comunista Então nós vamos ter todas essas ideias esse arcabo de ideias que vão gerar num descentramento que vão trazer a a ruptura não é a fragmentação desse homem então esse homem do
Iluminismo esse homem sociológico ele acaba chegando dentro de uma ideia de um homem pós-moderno então todo esse movimento conceitual gerou a ideia de autonomia de ruptura com o modelo de pensamento Mônico criticando e propondo outras possibilidades de ser e de existir em outras palavras outras pautas foram colocadas sobre a mesa e uma das consequências nós vamos ter o início dos movimentos sociais começando com o feminismo e posteriormente as causas ligadas aos movimentos contra ao racismo e e demais movimentos eh identitários que vão lutar pela sua eh autonomia pelo seu direito de ser e de existir
então algumas categorias do do pensamento do do que estão propostas no livro são categorias como paisagens sociais eh que aí tá indicando pra gente um cenário de uma paisagem social completamente diferente daquilo que que estava que que existia ou que até o século X vinha se configurando isso se a gente considerar mais de 1000 anos de média onde a hegemonia do pensamento ela era bastante eh homogênea Ou pelo menos com uma tendência a homogeneização nós vamos ter a globalização e o seu impacto na identidade cultural é uma outra categoria que o o ST h vai
utilizar a ideia de uma globalização e do impacto dessa globalização na formação da identidade cultural seja pelo encurtamento das distâncias pelo acesso eh que as populações e os povos e as etnias elas terão com outros povos com outras etnias com outras populações e as descontinuidades ele também vai trazer uma categoria que é muito importante que é a categoria de hibridismo hibridismo social então o ST Hall faz uma análise uma leitura da sociedade levando em consideração os principais aspectos da sociedade moderna ou da sociedade pós-moderna ou da modernidade tardia e e o autor ele traz pra
gente conceitos e categorias importante para definirmos ali a ideia de multiculturalidade das sociedades humanas isso vai contribuir para que possamos assumir posturas mais respeitosas eh diante da das identidades plurais evitando aí aquilo que se chama de identitarismo que é exatamente a a ideia de de superioridade de um de um pensamento sobre o outro acontece um fenômeno interessante que é a retirada da tradição então a tradição Foi retirada mas há uma problematização é que essa tradição que foi retirada e não foi colocado nada no lugar dessa tradição Então o que temos é um homem que já
não se encaixa mais no Iluminismo também mais não se encaixa totalmente no racionalismo porque tanto uma teoria quanto a outra e quanto uma concepção de mundo quanto a outra não deu as respostas que esse homem contemporâneo tem procurado então a tradição Foi retirada mas nada foi colocado no lugar eh Então esse homem continua desencaixado daquilo que era o homem sociológico Mas ele também está em constante movimento e assumindo novas identidades ou a predominância de uma das identidades Na verdade o que temos é uma multifacetada forma de ser e de existir na contemporaneidade porque é o
que o ST Hall vai chamar desse homem híbrido nós vamos ter ali múltiplas identidades a predominância de uma ou de outra mas eu eu penso em algo interessante que essa predominância de uma ou de outra identidade ela está eh buscando sempre um auto definição e é um processo constante o o Sigmund Freud em seu livro mal estar na civilização ele acaba eh trazendo ali a ideia de que esse homem que é o tempo todo dentro da sociedade sendo é regulado em seus desejos ele acaba sendo de certa forma sendo sendo conduzido a um constante mal-estar
isso porque os desejos não poderão ser todos realizados Então a gente vai ter um indivíduo que ele vai buscar uma identidade ele vai buscar se significar dentro dessa desse estado de coisas mas ele não tem a plena liberdade de decidir ou de alcançar todos os seus desejos de realizar todos os seus desejos Então nós vamos ter um tempo bastante controverso que é a contemporan idade e os estudos do do st Hall acerca da formação da identidade cultural na pós-modernidade São estudos que nos ajudam a compreender a diversidade compreender a pluralidade e de identidades a a
a pluralidade do paisagismo social em que nos encontramos aí a gente pode você pode fazer uma pergunta assim mais eh do que o que ele quer onde ele quer chegar o estud h ele não é prescritivo ele está trazendo uma reflexão acerca de como se dá a construção dessa identidade pós-moderna ou dessa identidade que se configura dentro de uma modernidade tardia Então o que nós vemos aqui é a construção de uma identidade a partir de uma série de possibilidades a partir de uma série de contatos a partir da globalização a partir da formação a partir
dos deslocamentos e a partir de concepções de mundo que não mais são concepções hegemônicas concepções que estão dentro da ideia ali de uma de uma sociedade encaixada de uma sociedade formatada dentro de ideias eh eh tradicionais ou melhor de uma de ideias e fincadas em tradições consolidadas que nós temos então é uma identidade cultural bastante fragmentado é assim que o hall percebe estuda a e traz pra gente essas reflexões no seu livro a identidade cultural na pós-modernidade [Música]