A pergunta é: será que você é autista e ainda nem sabe disso? Pois é, infelizmente muitas pessoas sofrem a vida praticamente toda com os sintomas do autismo, mas acabam não recebendo o diagnóstico correto. Nós já começamos aqui, em vários vídeos sobre esse assunto, e vou ter deixado os casos de alguns desses vídeos para vocês.
Símbolo de lógico tem sido mais efetivo nos últimos anos, mas ainda é muito comum ver adultos autistas sendo tratados como pessoas distraídas ou desatentas. E sim, dois ou três diagnósticos podem coexistir, mas nem sempre. No caso das crianças autistas, por exemplo, elas podem ser confundidas com crises de pânico.
A tendência natural dos autistas de serem menos flexíveis com a rotina pode acabar levando ao diagnóstico de TOC e de transtorno do humor, por exemplo, além de outras condições mais sérias. Então, é super importante a gente conversar sobre esse assunto e divulgar esse tipo de informação para que as pessoas saibam melhor. Porque se os próprios educadores, médicos e outros profissionais da saúde têm dificuldade em reconhecer os sinais do autismo, imagine as pessoas leigas.
Por isso, nós estamos aqui para aumentar a conscientização de toda a sociedade. E vocês às vezes me perguntam também sobre as minhas referências bibliográficas. Nesse caso, no teste de hoje, eu vou usar um questionário que foi adaptado e projetado para rastrear a possibilidade de autismo no ambiente não ambulatorial.
Então, é um teste livre que todas as pessoas podem usar, e você pode ficar à vontade para fazer o seu teste. É um teste de rastreio e eu vou deixar também o link dele aqui na descrição para que você possa acessar depois. Agora, pegue papel e caneta e vamos lá às nossas perguntas.
A pergunta número um é: você tem memória de elefante, mesmo para os fatos que você não é completamente? Você é daquelas que guarda ressentimento, guarda informações que não são úteis, fica combinando, às vezes, um fato que não é relevante à sua vida? Isso acontece muitas vezes, frequentemente, às vezes, raramente ou nunca?
A pergunta dois é: você gosta de inventar suas próprias palavras e expressões? As pessoas acham isso peculiar em você? Isso acontece muitas vezes, frequentemente, às vezes, raramente ou nunca?
A terceira pergunta é: você é sempre o primeiro ou a primeira a perceber quando um amigo corta o cabelo, a amiga pinta as unhas de cores diferentes, mudanças no ambiente ou na aparência das pessoas? Isso acontece muitas vezes, frequentemente, às vezes, raramente ou nunca? A pergunta quatro é: você sempre quis ter um melhor amigo, mas nunca encontrou esse melhor amigo?
Ou às vezes só tem uma pessoa de confiança? Isso foi muito frequente, às vezes, raramente ou nunca? A pergunta cinco é: pense na sua própria rotina, na sua rotina diária.
Você diria que você sempre tem a mesma programação todos os dias da semana e não gosta mesmo de imprevistos? Muitas vezes, frequentemente, às vezes, raramente ou nunca? A pergunta seis é: as pessoas dizem que você fala sem entonação, que às vezes você fala como se fosse um robô?
As pessoas falam isso? Muitas vezes, frequentemente, às vezes, raramente ou nunca? A pergunta sete é: expressões como "a curiosidade matou o gato" são estranhas para você?
Você tem dificuldade para entender metáforas, ironias, essas expressões às vezes estranhas que as pessoas usam? Isso acontece muitas vezes, frequentemente, às vezes, raramente ou nunca? A pergunta oito é: você prefere jogar jogos individuais ou esportes mais solitários, como golfe, a outras atividades que dependam de outras pessoas e que acabam dando muito trabalho?
Isso acontece muitas vezes, frequentemente, às vezes, raramente ou nunca? A pergunta nove é: você sempre sofreu bullying desde que entrou na escola? Você sempre foi a mira dos agressores?
Isso aconteceu muitas vezes, frequentemente, às vezes, raramente ou nunca? A pergunta dez é: você tem dificuldade para entender o que as pessoas querem dizer, por exemplo, quando elas dizem que sentem vergonha alheia, ou seja, ficam envergonhadas pela atitude de outras pessoas? Isso acontece muitas vezes, frequentemente, às vezes, raramente ou nunca?
A pergunta onze é: você fala com os amigos, por exemplo, numa festa, da mesma forma que conversaria com eles no escritório ou no seu ambiente de trabalho, no ambiente acadêmico? Você usa a mesma modulação de voz ou é muito sério em todos os lugares? Isso acontece muitas vezes, frequentemente, às vezes, raramente ou nunca?
A pergunta doze é: mesmo quando você está em um ambiente calmo, no lugar onde as pessoas fazem silêncio, como uma biblioteca, você às vezes se pega fazendo barulho involuntário, como limpar a garganta repetidamente ou fazer barulho que você não deveria, o que incomoda as pessoas? Isso acontece muitas vezes, frequentemente, às vezes, raramente ou nunca? A pergunta treze é: quando você está conversando com alguém, você às vezes prefere olhar para o teto, para papéis, paredes, para o sapato das pessoas, para qualquer outro lugar, menos para os olhos?
Isso acontece muitas vezes, frequentemente, às vezes, raramente ou nunca? A pergunta catorze é: você prefere livros de não-ficção a ler livros de ficção? Isso acontece muitas vezes, frequentemente, às vezes, raramente ou nunca?
Você prefere coisas mais reais? A pergunta quinze é: você está sempre esbarrando nas paredes, nas coisas, tropeçando nos próprios pés, tem dificuldade de equilíbrio para dançar, por exemplo, ou dificuldade com ritmo? Isso acontece muitas vezes, frequentemente, às vezes, raramente ou nunca?
A pergunta dezesseis é: você realmente é muito bom em habilidades como matemática ou música? Se você é maravilhosa em química ou em física, mas às vezes luta para ter sucesso em áreas que são, de repente, simples para as outras pessoas, como dirigir e andar? Isso acontece muitas vezes, frequentemente, às vezes, raramente ou nunca?
De bicicleta, muitas vezes, frequentemente, às vezes, raramente ou nunca. E finalmente, a pergunta: 17. Os membros da sua família se referem carinhosamente a você como "o professor Pardal," "professor excêntrico" ou "gênio maluco da família" muitas vezes, frequentemente, às vezes, raramente, ou o quanto mais intensas e mais frequentes forem essas características, mais próximo você pode estar do espectro autista.
Mas essa não é uma ferramenta oficial de diagnóstico; um diagnóstico preciso deve ser feito no ambiente clínico com médicos, psicólogos, educadores, fonoaudiólogos, às vezes. É uma ferramenta de uso pessoal e você pode até usá-la como uma triagem. Por isso, se você se reconheceu em muitas dessas perguntas, ou se percebe que um amigo, um sobrinho, seu filho ou seu aluno se encaixa em muitas dessas descrições do transtorno do espectro autista, eu sugiro que você marque uma consulta com um profissional ou que encaminhe a pessoa para que ela veja a possibilidade de iniciar um processo diagnóstico.
E agora, como sempre, eu quero saber de você: como foi a sua pontuação? Comente aqui embaixo se você tem muitas dessas características, se você já sabia disso e, caso não soubesse, se está disposto ou disposta a iniciar um processo diagnóstico. E claro, compartilhe também, por favor, esse vídeo com o maior número de pessoas que você puder.
Compartilhe com seu grupo da família, com a escola de pais, porque a maior parte das pessoas se sente muito aliviada quando descobre que sua atipicidade tem um nome, e às vezes esse nome é autismo. Está tudo bem. Grande abraço e até breve!
Tchau tchau!