Agora a gente entra num ambiente chamado dependência emocional, que é quando as vidas de José Patrício elas se entrelaçam. A mãe tem um problema, um câncer, que seja um câncer. E aí a filha agora que mudou de cidade e tava vivendo bem, se aproxima da mãe por causa do câncer que a mãe criou.
Antes a filha estava livre. A doença fez com que a filha se prendesse. Então essa filha agora começa a se relacionar com a mãe não pelo fato dela ser mãe, mas pelo fato dela sentir culpa de estar bem enquanto a mãe está doente.
Então o que a doença fez pela mãe e pela filha? Uniu. Aí tem gente que fala assim: "Vamos fazer uma cirurgia e vamos tirar esse câncer".
Você já viu uma pessoa que tira o câncer e depois o câncer volta? Sim. cura o câncer e o câncer volta.
Por quê? Na hora que cura o câncer, libera quem? A outra pessoa.
A filha pode voltar pra vida dela. Só que se aquela doença é a única coisa que mantém a união dessa filha com essa mãe, a doença volta. Tem uma frase de Hipócrates.
Nunca tente curar uma pessoa sem saber se ela tá disposta a se livrar do motivo pelo qual ela adoeceu. Se aquela doença tem uma utilidade de unir essas duas pessoas, pode tirar o câncer que vai vir outra coisa. Ou vai vir outro câncer, ou vai vir um tumor de outro jeito.
E eu vou te dizer, a doença que vem, ela vai piorando, porque se aquele câncer não deu conta de unir essas duas pessoas, talvez ela precise de um câncer. Antes era um câncer na garganta, agora talvez seja um câncer nos ossos, porque aí fica mais difícil de tirar. E se fica mais difícil de tirar essa doença, fica mais difícil de libertar o outro.
Tem doença que só existe, só permanece, porque ela é a única coisa que une uma mãe e uma filha. E quando a gente fala de Dia das Mães, que é o período que a gente tá agora, a gente precisa ser precisa ser muito honesto. Eu eu fiz uma eu fiz um atendimento recente de uma mulher que é médica e ela disse assim, ó: "Amor, eu queria saber porque meu filho nasceu autista".
E do lado de cá a gente se desafia a usar esses óculos aqui, ó, chamado óculos divergentes. Nós olhamos paraa doença, José Patrício, de um jeito diferente, como uma utilidade na vida daquela pessoa e de pessoas próximas. Toda demora nos resultados esconde uma espera nas relações.
Eu disse: "Seu filho não é autista por acaso. " Para você entender, ela já teve sete noivados. Todos deram errados.
Nenhum virou casamento. Ela tinha uma dependência emocional com a mãe dela gigante. É uma mulher de 37 anos.
E eu disse: "Seu filho não nasceu autista à toa. " Ela disse: "Eu entendi. " Sabe o que aconteceu?
O último relacionamento que ela tinha noivado, ela não podia engravidar, ela é médica. Ela terminou, foi traída porque ela precisava daquela traição. Todo problema que acontece na sua vida, você precisa, permitir, prefere.
Ele tem uma função. Ela foi traída. Quando ela foi traída, ela terminou e descobriu que tava grávida.
Essa criança tinha que vir saudável ou doente? tinha que vir doente. Porque quando ela foi morar com esse cara, ela se afastou da única pessoa pela qual ela queria viver junto, que era da mãe.
Era uma mulher de quase 32 na época que ela saiu da casa da mãe, quase 32, médica, foi viver com esse cara, passou um tempo fora, meses, não podia engravidar, engravidou, foi traída, engravidou e o filho dela veio com autismo. Aí a pergunta que eu fiz para ela foi: "Sabe por que que você, seu filho veio autista? " É a hora que as pessoas assustam.
Seu filho te aproximou e te afastou da convivência com a sua mãe. Ela disse: "Foi o elo perfeito que eu precisava paraa minha mãe cuidar dele. Hoje eu vivo com ela.
" O filho dela virou o problema que sustenta a relação das duas. Aí eu virei para ela e disse: "Toda vez que você tentar sair com alguém, viver sua vida, sair da casa da sua mãe, seu filho vai adoecer. " Ela disse: "Não vai, ele já tá doente".
Tinha se meses que ela tava tentando sair da casa da mãe. Tinha se meses que o filho tava doente. Sabe o que é pior?
Não é que é pior, é que isso é previsível. Ela não conseguia descobrir o que ele tinha e não podia. Ela é médica.
A doença que o filho tem é proporcional à intensidade da vida que você leva, do padrão que você tá tentando quebrar. Qual é o padrão dela? Dependência emocional com a mãe.
Ela é vítima, a mãe é narcisista. Então ela tá aqui numa relação. Aí você imagina duas, tem um tem um uma modalidade de competição que existem duas pilastras assim, ó.
Uma do lado de cá e uma do lado de cá. Imagina duas pilastras grandes. Certo.
No meio fica uma pessoa tentando segurar segurar essas duas pilastras aqui, ó, para senão elas caem. É uma competição chamada Hércules de força. E aí fica alguém no meio segurando as duas pilastras para não cair.
Aí eu peguei o desenho, eu printei a foto e mostrei para ela. Tá vendo isso aqui? Você é a pilastra da direita, a sua mãe é a pilastra da esquerda.
É um peso imenso. Sabe quem tá no meio segurando vocês duas e não impede e impede que vocês se afastem? Ela disse: "Eu entendi, é meu filho.
" Falei: "É seu filho". Aí ela começou a chorar porque ela entendeu que ela é essa pilastra, a mãe é essa, o filho tá segurando. Se ela tenta se afastar, se ela tenta sair, quem tem que segurar?
O filho. É por isso que o filho adoece. Toda vez que essa mulher tentar mudar de casa, toda vez que essa mulher encontrar um homem, principalmente se o homem for bom, quanto melhor for o homem, mais o filho vai adoecer.
Aí ela disse: "Ramon, já entendi. Porque eu fui conversar com meu filho e perguntei: "Meu filho, por que que você acha que você tá assim? " Ele disse: "Mamãe, eu não gosto que você se relacione com nenhum homem, porque eu gosto muito de você e também gosto muito da vovó.
O filho não é mau, só que o filho sempre vai aparecer no filho a manifestação do padrão da mãe e do pai. Ramon, então me explica uma coisa. Como eu faço para ter uma relação boa com a minha mãe?
Não tem jeito. Não tem como ter uma relação boa com a minha mãe. Se há dependência emocional, não tem como.
Se você casa e a sua mãe pede para você escolher entre ela e a sua esposa, quem você escolhe? Pô, daí fica difícil, porque se você escolher a sua esposa e a sua mãe, que é a prioridade para ela, você vai ser um péssimo filho e bom marido. Se você escolhe a sua mãe em vez da sua esposa, você vai ser um bom filho e um péssimo marido.
O bom filho geralmente é um péssimo marido. E como eu faço para equilibrar isso? Como eu posso priorizar minha mãe e priorizar minha esposa?
Como é que você faz para cortar o seu braço e não sentir dor? Não tem como. Não tem como.
Se tem independência emocional e a sua mãe exige coisas de você que faz com que você deixe de priorizar sua esposa, você vai ter que escolher entre uma e outra. Você precisa, como homem, homem, irmão, casou, é tua mulher. Se a tua você, ah, mas eu não posso ter um relacionamento bom com a minha mãe.
Pode, pô. Agora a sua mãe, ela amadureceu a ponto de entender que você tem uma mulher e com ela você vai ter um relacionamento apenas de filho? Não, Ramon, ela não aceita.
Então, não é sobre a tua esposa e não é sobre você, é sobre a sua mãe. Não tem como priorizar as duas mulheres da sua vida. Um homem sempre vai priorizar a mulher mais importante da vida dele.
E a postura dele deixa claro quem é, se tá sendo a esposa ou se tá sendo a mulher. Só o fato de um cara não mudar de cidade ou de estado ou de país, quando ele tem uma excelente oportunidade, ele tá dizendo com o corpo e com a postura, às vezes nem com a fala, é muito mais com o corpo e com a postura quem ele está priorizando. A postura que um cara tem na empresa dele que evita com que ele seja promovido e vá para outro estado com a esposa e com os filhos, deixa claro quem ele está priorizando.
Tem homem que só não é promovido, não ganha mais dinheiro, porque no fundo, no fundo, no fundo, no fundo ele sabe, ele quer est pertinho da mamãe dele, porque ela é a mulher mais importante da vida dele. E desculpa, não dá para construir uma família incrível, ter uma esposa maravilhosa que cuide de você se você ainda precisa da sua mãe, quase como colocando uma fralda. Ou seja, colocar a fralda é dizer: "Fica perto de mim.
Eu preciso que você esteja perto de mim". Ou eu tenho necessidade de estar perto de você.