Olá pessoal tudo bem boas vindas ao nosso canal aqui no YouTube Eu estou muito feliz porque geralmente no inverno a gente tem dias menos ensolarados dias mais feios Mas ultimamente está fazendo os dias muito bonito se eu tô vendo isso como um sinal de boas-vindas para nossa nela nova série aqui no canal em que a gente vai estar analisando a obra vigiar e punir de Michel Foucault i tu conhece esse Pensador Eu fiz um vídeo introdutório o pensamento dele que vocês podem acessar aqui no cade basicamente o salvo Então vai estudar a questão do vigiar
e punir né as cadeias as penas o cárcere e como se deram as transmissões históricas né entre as penas mais consideradas cruéis e as penas mais brandas principalmente é isso que ele vai fazer na parte do livro que a gente vai analisar hoje que a primeira o suplício quero deixar claro que os vídeos tem como intuito orientar a leitura do livro e não substitui ela uma vez que a obra pode ser interpretada de várias formas e aqui eu vou falar sobre uma delas que é um suplício pena corporal dolorosa mais ou menos atroz atroz no
sentido de Cruel desumana para a gente entender um pouquinho que ao suplício o Michel ficou vai começar narrando ou suplício do Roberto com sua Damião que aconteceu lá em o Fashion dos últimos Nesse estilo aqui na França e e na praça de greve brasileira reza é o que é hoje atrás created vida vou colocar uma foto aqui ela era chamado de igreja porque esse termo significa uma planície perto de um jeito da água no caso leito do rio Sena e esse termo também originou a palavra grevistas né porque naquela época um pouco depois vamos Operários
irão para aquele aquela região para pedir por emprego a e sobre um pativo sempre que a gente fala de patíbulo aqui é um Palco onde o suplício é realizada em cima desse pau que se colocava forca guilhotina o fogo que tá cabo na pessoa né filho sobre um pativo que é isso é regido atenazado com esse instrumento super é simpático Que eles apertam a parte do corpo da pessoa e arranco fora nos mamilos braços coxas e barrigas das pernas a sua mão direita segurando a faca com que cometeu o dito para esse vídeo queimada com
fogo de enxofre e as partes em ser apenas A Dulce aplicaram chumbo derretido óleo fervente piercing fogo cera e enxofre derretidos conjuntamente e a seguir seu corpo será puxado e desmembrados por quatro cavalos e seus membros e corpo consumidos ao fogo e é a partir daí que ele vai começar a análise dele depois de se inscrever esse estilo penal do suplício ele vai escrever um pouco de como era a pena da casa de jovens detentos de país Oi e aí ele coloca uma rotina como café da manhã acordar é acordar tomar café da manhã e
para oficina trabalhar almoçar estudo janta alguma coisa assim diferenciando então o estilo penal do suplício do estilo Penal de privação de liberdade ele vai escrever então essa passagem entre as duas formas de pena como para justiça penal uma nova era colocando que antes apenas se dava sobre o corpo físico fazer sofrer fazer sentir dor e agora se buscava atingir a alma dos Condenados isso se dá um pouco através do Iluminismo que é aquela filosofia fundada também nessa função do século 18 para 19 que previa então uma humanização da pena visto que o lema do Iluminismo
era DBC egalité ficar de noite o que não convidam nada com as práticas do suplício né Aí ele coloca um termo que eu achei super interessante Utopia do Poder Judiciário que seria fazer com que os direitos fossem suspensos mas sem fazer sofrer né seria como a guilhotina por exemplo que é uma forma mais limpa de matar alguém você vai matar aquela pessoa sendo que tem gente que diz que você nem ouvir a lâmina de cena de tão rápida que ela é E aí ele se compromete em todo o estudo a utilizar quatro regras Gerais para
a visualização dos estilos penais ele define que a punição ela tem uma função social complexa que ela não é simplesmente a busca por Justiça ou por vingar o crime mas ela tem uma função toda organização social Isso precisa ser estudado A Regra número dois é que os métodos punitivos a forma como a pena de ser aplicada ela é uma tática política e ela avisa também a atingir Algum objetivo não é simplesmente por acaso a terceira regra é encontrar e visualizar o Direito Penal e as ciências humanas como tendo uma mesma origem aí ele vai falar
o tempo epistemológico jurídica O que é isso epistemologia é se questionar por quem para quem e através de quem o saber o as regras próprio direito ou a ciência são criados e eles levam a crer então que as ciências humanas de Direito Penal são criados pelas mesmas pessoas quem o rei o clero ainda tem o poder né E é claro que na sociedade capitalista não vai ser o rei né porque a gente não tem mais uma monarquia absolutista a quarta e última regra é que o poder investe os corpos não é o corpo ele é
perpassado pelo poder poder que criar o que cria o Direito Penal e que desenvolve métodos punitivos E aí se a punição Tem uma função social complexa Será que o suplício teria função em uma sociedade Industrial que a gente tem ali é o início das revoluções industriais também né no século 18 19 ali por volta do 1760 1820 40 e o que é preciso para uma lógica industrial da coisa será que o corpo esquartejado seria a funcional para uma indústria não né meus amores a indústria ela precisa de uma mão de obra que a matéria prima
né que vai produzir de fato coisas nada é produzido sem mão de obra humana sem ser vistos em trabalhadores né E essa mão de obra ela precisa ser livre então não pode ser mão de obra escrava né porque quem que vai comprar os produtos Depois para quê o Dono dos meios de produção consegue concentre renda né Essa Ideia dos meios de produção tudo mais tá lá no Max não tá no na coisa mesmo do Michel ficou Mas a gente pode unir essas duas teorias Sim e ele sintetiza toda essa ideia aqui o corpo só se
torna a força útil Se é ao mesmo tempo corpo produtivo e gerar valor e corpo Submisso que produz através das regras do sistema industrial e assa e daí então que ele vai trazer na primeira parte né como o corpo passou de suplicado a privado de algumas liberdades privados de direitos e agora eu quero que vocês falem tudo a leitura que vocês estão fazendo Leia o primeiro capítulo e pare aqui vocês vão abrir aqui embaixo eu coloquei no link um artigo chamado por lição disciplina e pensamento penal no Brasil do século 19 Nesse artigo vai ter
o título Nelma uma das partes do artigo é disciplina escravista suplício e normalização eu quero que vocês Leiam depois de ter lido esse primeiro capítulo que nenhum esse trecho do artigo aí ele vai mostrar como o suplício como essas regras gerais do focou o que foram criadas lá no conceito Franco não conceitos no contexto francês vão ser aplicadas e analisadas no Brasil do século 19 que possui uma economia muito diferente da França né e uma lógica de produção diferente também uma vez que Aqui é escravidão estava a pleno vapor então ele vai mostrar como suplício
dos escravos era utilizado para fazer com que eles fossem sem por cento do tempo vigiados e submissos o próprio Pelourinho né lá na Bahia você sabe que o Pelourinho hoje em dia ele foi ressignificado mas durante o período da escravidão eu posso negócio ferro de pau em que se amarrava o escravo para levar a sua pena né Aos seus suplício chicotada ficava lá uns dias e sim uma tortura mesmo para acabar com toda a identidade de ser humano do escravo tornar ele livro de religião de crédito de organização social para que ele sucumbisse as vantagens
do seu senhor Isso é o que ele vai trazer no primeiro capítulo Tá e agora a gente vai analisar o segundo Capítulo da obra que também tá dentro dessa primeira parte relacionada ao suplício capítulo 2 se chama a ostentação dos suplícios e ele vai nos mostrar Por que que era tão importante para essa prática de invasão do corpo do apenado que fosse realizado em praça pública em cima de um patíbulo na em cima de um palco com cada falso também é chamado é importante que as pessoas vissem que fosse ostentado esse poder que estava sendo
exercido sobre o corpo do criminoso suplício então ele tem um ar de Espetáculo o próprio excesso das violências é uma das peças de sua glória então quando a gente vê e não se busca apenas a morte mas se busca a humilhação se buscar o sofrimento físico a gente percebe que isso é uma coisa bem do século 18 mesmo que no século 21 isso não a gente esses dias a gente teve o caso Lázaro foram 125 tiros disparados pelo menos 38 atingiram o corpo dele foi alegado pela polícia que foi uma troca de tiros e que
a polícia apenas estava exercendo sua legítima defesa agora eu pergunto para você se principalmente para quem estuda direito Será que 38 tiros no corpo de uma pessoa é uma medida a tendência Principalmente quando eu tinha um dezenas de policiais para buscar apenas um homem ou isto foi um espetáculo ou isso foi isso clício houve um julgamento silencioso e uma pena pública E é isso que a gente vai analisar a seguir e assim tem que ser melhr essas espantador as quando a gente vai analisar o caso do Lázaro e o caso o Roberto começou a por
exemplo E aí quando a gente tenta buscar pela justiça pela moderação estado democrático de direito os falam que muitas vezes estamos a defender bandidos e olha essa frase aqui diante da Justiça do soberano todas as vozes devem se calar não há espaço para a crítica não há espaço para julgamento no espaço para nada é apenas a voz do soberano mesmo que vale o Michel ficou Então vai mostrar como naquela época o julgamento era totalmente diferente de como ele ocorre hoje né e aqui um julgamento privado nem mesmo réu sabia do que ele estava sendo acusado
e Quais provas existiam contra ele deste julgamento se produzir uma verdade e essa verdade ela era ostentada para toda a sociedade através do suplício e essa pena ostensiva ela tinha o intuito principalmente de retornar o brilho ao soberano ao poder do Rei havia então a presunção de culpabilidade né a gente sabe que hoje nosso código penal prevê a presunção de Inocência todo mundo a Inocente a não ser que se prove o contrário lá naquela época era diferente disso primeiro uma pessoa era acusada e ela era e já diretamente culpado para ela ser de mim daquele
clima era preciso provar que ela não fosse culpada não é uma coisa muito ou escura assim tá você não tem como saber realmente aquela pessoa cometeu o crime ou não e a própria tortura ela já era uma preparação para a pena que está por vir uma preparação ao E aí ele vai analisar com nós alguns aspectos do suplício que são mais ou menos homogêneos em todas as práticas que aconteceram o primeiro aspecto é que o culpado é a alto não proclamador de sua própria sentença então ele vai professar porque ele sofreu aquela sentença Qual foi
o crime que ele cometeu etc ele vai também confeccionar várias vezes em vários locais o Crime o aspecto três é que o suplício ele vai ser projetado para reproduzir um pouco crime lembra daquele suplício que o Michel Foucault escreve lá no início da obra que é dele segurando a faca com que ele tentou cometer o regicídio Então isso é uma reprodução do crime né liga a pena que ele tá sofrendo ao Crime que ele cometeu como se houvesse uma equivalência entre os dois né como se mataram Lázaro com 38 tiros ou mais fosse e as
vidas que ele tirou né a gente sabe que isso não vai acontecer que aquelas pessoas aquelas famílias estão mortas aquelas pessoas que ele estuprou estão estuprados e a gente nunca vai conseguir compensar a dignidade dessas pessoas porque a dignidade o corpo não é um objeto ao qual a gente dispõe para dispõe conforme o nosso dezembro o ponto 4 é muito elementar é a lentidão desse processo né todo esse ritual Ele já sabe que no final aquela pessoa vai morrer né então a morte a irremediável mas é tudo sobre uma questão de salvar a alma daquela
pessoa como se aquele sofrimento que tá sendo infringido aquele corpo fosse motivo para que Deus perdoasse talvez aquela alma e que essa pessoa pudesse subir aos céus outra interpretação que o fogo nos dá também é que já um teatro Uma preparação do próprio inferno então seria o que a pessoa estava por enfrentar o verdadeiro suplício tem por função a fazer brilhar a verdade então todos esses aspectos cada um pouquinho faz com que a verdade se afirme a verdade do que do crime não a verdade do Poder do soberano a esses rituais essas provas essas confissões
todas querem ver a verdade é como o principal. A ser explorado até porque o crime né ele era considerado como uma afronta ao soberano né Nós temos que a lei do Estado ela era escrita pelo super então quando ele escrever lá não matar não roubar não para dar piriri pororó e alguém fazia aquilo era como se essa pessoa tivesse desobedecendo desrespeito dando a figura própria do Rei mas se o resto soberano se o rei aqui inquestionável alguém que quer funciona tá quebrando um pouco essa soberania né não cerimonial o suplício para a soberania lesada por
um instante mas a gente tem que saber que essas soberania do Rei do crédito mais vai perder sentido conforme a indústria ganha espaço para burguesia Qual que é o sentido disso né Qual que é o sentido da burguesia a burguesia de esquartejar um trabalhador que poderia estar fazendo lá produzindo coisas para que essa burguesia pudesse vender acumula capital aí entra uma última questão último tópico que a gente vai analisar aqui que é que as camadas Profundas as camadas populares as camadas pobres da sociedade Os Miseráveis eles estavam parando de aceitar o suplício como algo verdadeiro
com uma reprodução da Verdade porque eles viam o rei em festas em atendo toda razão e humilhando o povo né eles viam o rei agora como o criminoso e o criminoso foi transformado em herói do Povo o Google até porque o povo via que a maioria dos Furtos roubos acontecia de fato porque a pessoa estava morrendo de fome porque a pessoa estava em necessidade né e sabia que tinha um grande papel aí a desigualdade social enfrentada na Europa e aqui eu quero dizer para vocês que a gente faz uma interpretação uma leitura muito eugenista dessa
obra né claro que ficou também tinha uma visão organicista porque se a gente vai pensar em suplício que acontece só no século 18 a gente vai ignorar todo suplício que acontece em uma quantidade muito maior hoje em dia na nossa sociedade não vou se você entra no frigorífico você tem aquele julgamento silencioso que foi feito sobre o corpo dos animais que eles merecem morrer de uma forma brutal e sem dignidade e sem proteção é simplesmente por serem que eles são né então então milhares de milhões de animais são mortos sem necessidade ou gente apenas para
que a pecuária e agroindústria se fortaleçam em sua concentração de Capital mas a gente sabe que a alimentação da da população mundial não tem nada a ver com matar ou produzir mais animais para os frigoríficos mas bom fechando esse parente que dá um vídeo Apenas né falando sobre o genismo e relacionando a obra do ficou com as atrocidades dentro dos frigoríficos e das grandes indústrias alimentícias Hoje em dia a gente entra no que foi encontrado aquela época para fazer com que os criminosos não fossem mais heróis aqui a população não considerasse essas pessoas que estão
mais sendo explicadas como objetivos de vida como pessoas que desafiaram o poder opressivo do Rei e Aí surge a literatura policial né que vai fazer com que o crime seja visto como algum E aí com que seja escancarado mas sim descoberto através de um processo de briga de intelecto entre o detetive eo criminoso o homem do povo é agora é simples demais para ser protagonista das verdades sutis e a literatura policial transpõe para outra classe social aquele brilho de que o criminoso for é cercado Então essa Ostentação do suplício acaba por dar um grito excessivo
ao criminoso ostentado né aí vem a literatura policial diz não Umas crimes brilhantes grandes e históricos não é para a classe pobre para classe profunda É sim pra alguém muito inteligente para um gênio da criminologia devemos assim está feita a divisão que o povo se diz pode do antigo orgulho de seus crimes os grandes assassinatos se tornaram o jogo silencioso dos sábios e assim pessoal que a gente finaliza nossa primeira análise Então dessa primeira parte da obra do Michel Foucault vigiar e punir eu espero que vocês tenham conseguido entender as principais 10 que o autor
discorre aqui espero que vocês consigam a pintura se vocês ainda não fizeram nessa parte do livro para analisar se vocês têm uma interpretação como a minha ou de ver gente ou se vocês interpretaram outras coisas para além do que eu coloquei aqui no vídeo né É óbvio que eu não vou conseguir colocar aqui todas as ideias que focou nos traz massinha o principal relação que ele encontra então né e as principais análises que ele faz dessa passagem do suplício para a privação de liberdade coloquem aqui embaixo que vocês acharam coloque em suas interpretações da obra
e eu agradeço muito pela audiência a parte que a gente vai analisar semana que vem vai estar descrita aqui em baixo tá espero que vocês possam curtir compartilhar e se inscrever no canal para me ajudar a chegar o máximo de pessoas possível Muito obrigado e até semana que vem cá E aí