Luciano Subirá | UMA QUESTÃO DE HONRA

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Luciano Subirá
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Video Transcript:
"Abra a sua Bíblia, por gentileza, no livro de Provérbios, no capítulo 3, e nós vamos ler juntos os versículos 9 e 10. Esse vai ser nosso ponto de partida, o trilho da nossa ministração nesta manhã. Eu vou ler na Nova Almeida Atualizada. O texto sagrado diz assim: 'Honre o Senhor com seus bens e com as primícias de toda a sua renda; e os seus celeiros ficarão completamente cheios, e os seus lagares transbordarão.' Ó Pai, nós oramos pedindo graça em favor do alto, clamando não apenas que o Teu Espírito nos ajude na compreensão, como também
na aplicação prática da Tua palavra. Nós oramos que ela ilumine os olhos do nosso entendimento, que ela gere fé, que correspondência possa ser encontrada em cada um de nós, e que nosso coração e mente sejam de fato, ó Deus, encontrados também vulneráveis à ação do Senhor na nossa vida. Nós Te agradecemos desde já pela certeza de que o Senhor não apenas falará aos nossos corações, mas também fará algo nas nossas vidas. Nós oramos em nome de Jesus. Amém. Bom, durante muito tempo, ouvi pregadores usar esse texto de Provérbios 3, versos 9 e 10, para nos
encorajar na hora da contribuição, quase como que sugerindo: 'Olha, sua contribuição dará resultados, te fará prosperar; seus celeiros ficarão cheios, seus lagares irão transbordar.' E é fato que a palavra de Deus de fato fala isso. Eu acredito, no entanto, que nós temos confundido algo que eu não categorizaria como um elemento secundário, mas principal, na interpretação do texto. Celeiros cheios e lagares transbordantes, na verdade, falam de uma provisão. Hoje em dia, a gente vive tanto a mentalidade de crédito, que é primeiro você gasta, depois você paga, que a gente tem até dificuldade em imaginar o que
é ter o recurso antes da necessidade. E durante muito tempo, olhando para esse texto que é uma promessa ousada, não fala necessariamente sobre riqueza, mas fala de provisão antes da necessidade. Eu vejo que as pessoas têm confundido propósito com consequência. Qual é o propósito que o texto nos apresenta? É que Deus seja honrado. Qual é a consequência? Que os celeiros se encham. Mas nós transladamos a consequência em propósito: 'Eu vou contribuir para ter o celeiro cheio.' E o que deveria ser o propósito, que é honrar a Deus, virou efeito colateral; ou seja, nós estamos invertendo
as coisas, e é importante que a gente entenda exatamente o que Deus tem em mente. Estou no ministério pastoral; em dezembro do ano passado, completei 30 anos. Na minha primeira década, até um pouquinho antes disso, como pastor, eu tinha muita dificuldade de pregar ou ensinar na área financeira, até porque, como igreja, a gente sofria alguns desafios. A gente pagava conta genericamente falando por causa de alguns grupos que ensinavam e tinham comportamentos um tanto quanto extremos, às vezes até escandalosos, nessa área de finanças. Eu me lembro de humoristas na televisão usando aquele jargão: 'Pequenas igrejas, grandes
negócios. Jesus Cristo é o caminho, mas fulano de tal é o pedágio.' E a gente, preocupado em pregar o evangelho, sem colocar em risco, ficava morrendo de medo de ser relacionado com esses grupos que muitas vezes nos deixavam desconfortáveis com a maneira como lidavam com isso. Isso nos levou ao outro extremo, o extremo do silêncio, o extremo de não falar, de não pregar, de não ensinar, o que é uma falta, né? É uma falta, pois a Bíblia fala mais sobre o assunto do dinheiro do que a maioria de nós tem conseguido mensurar. Em quase metade
das parábolas de Jesus, Ele toca nos assuntos de bens, riquezas e dinheiro. Howard Dayton, do ministério Crown, no livro 'Seu Dinheiro', ele escreve que, se você juntar todos os versículos bíblicos sobre fé e oração, e você concorda que fé e oração são assuntos importantes para a vida espiritual, se você juntar essas duas temáticas, todos os versículos da Bíblia sobre fé e oração, você vai encontrar em torno de 500 versículos. Para você ter ideia do quanto a Bíblia fala sobre dinheiro, Howard Dayton observa 284 versículos nessa área. Outro estudo aponta que, se você pegar alguns por
inferência, são cerca de 2.350 versículos. A Bíblia fala quase mais sobre dinheiro do que salvação; ou seja, nós não podemos dizer que o assunto não mereça a nossa atenção. O que ele merece é uma ênfase correta. Eu quero, a partir desse texto, compartilhar o que primeiro Deus me corrigiu; depois, ele passou a de fato ser algo importante na minha própria vida e, obviamente, depois sim, se tornou uma tônica. O tema da minha mensagem hoje é 'Uma Questão de Honra.' Essa mensagem foi o ponto de partida de um livro inteiro que eu escrevi sobre o assunto.
Eu acredito que ele é um dos fundamentos de tudo aquilo que a gente precisa compreender quando falamos a respeito do dinheiro. Aliás, não quero falar do dinheiro; eu quero falar da relação do cristão com Deus e o dinheiro. O ponto central, né? O ponto de partida é entender esse elemento da honra. E Provérbios nos apresenta exatamente isso. Deus, né? Ele simplesmente propõe a mim e a você que não apenas o honremos, mas que nós O honremos com os nossos bens, com a nossa renda. Não é a única forma de honrar a Deus, mas você não
vai ver nenhuma declaração tão clara, direta, objetiva, específica e contundente na Bíblia sobre honra a Deus como essa que temos na área material e financeira. Não é porque Deus precise da honra. Eu sempre gosto de observar: Deus não é carente, Deus não tem problema de autoestima, Deus não tem necessidade de autoafirmação. Ele, na verdade, não tem necessidade nenhuma; ele é um ser absoluto, completo em si mesmo. E o apóstolo Paulo, pregando em Atos 17, em Atenas, ele diz que Deus não é servido por mãos humanas, como se necessitasse de coisa alguma." não há nada que
eu e você possamos fazer que seja uma necessidade de Deus. Muitas dessas ordenanças de Deus têm mais a ver conosco do que com Ele mesmo. A honra, eu tenho entendido isso pela palavra de Deus, nessa área material e financeira. Ela será, na minha e na sua vida, um efeito regulador na maneira como lidamos não só com Deus, mas também com a questão financeira. Tenho também entendido na Bíblia que não adianta apenas você fazer a coisa certa, mas Deus espera que a gente faça a coisa certa do jeito certo. Então, por exemplo, Tiago, capítulo 4, verso
2, diz: "Nada tendes porque não pedis." Tem muito crente que não recebe de Deus porque não ora. Mas no verso seguinte, Tiago 4:3 diz: "Pedis e não recebeis, porque pedis mal." Ou seja, orai a coisa certa para receber de Deus, sim, mas se for feita do jeito errado, ela não funciona, não dá resultado. O apóstolo Paulo observa a respeito da ceia do Senhor. Ele chama o cálice de "o cálice da bênção." Eu creio que nós somos abençoados quando temos comunhão com o corpo e o sangue do Senhor. Evidentemente que somos abençoados, mas o apóstolo Paulo
escreve, e ele fala a respeito de fazermos a coisa certa do jeito certo. "E des examine-se o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice," porque diz: "Aquele que come e bebe de modo indigno vai ser julgado." Ou seja, fazer a coisa certa para ser abençoado, que é ser abençoado, mas fazê-la do jeito errado não vai funcionar. E ao longo de toda a Escritura, essa ideia, essa lógica se sustenta, inclusive no terreno da nossa contribuição. Então, o que Deus começou a me fazer perceber é que o pedido dele aqui em
Provérbios 3 é por honra. Ainda que ele peça que a honra seja expressa nessa área material e financeira, Deus não está atrás do meu e do seu dinheiro; Deus está atrás de honra, e isso faz uma diferença enorme. Então, eu quero começar dando esse destaque porque é um de vários textos. Se você puder me acompanhar agora em Malaquias, no capítulo 1, eu quero ler com vocês dos versículos 6 até o versículo 10. Nós vamos, de fato, destacar aqui o que Deus quer. Esse é o primeiro tópico da mensagem: o que Deus quer. O texto diz
assim: "O filho honra o pai, e o servo respeita o seu senhor. Se eu sou pai, onde está a minha honra? E se eu sou senhor, onde está o respeito para comigo?" Eu, o Senhor dos Exércitos, pergunto isso a vocês que desprezam o meu nome. Mas vocês perguntam: "Como desprezamos o teu nome?" Vocês oferecem pão imundo sobre o meu altar e ainda perguntam: "Em que te havemos profanado nisso?" De pensarem que a mesa do Senhor pode ser desprezada quando vocês oferecem sacrifício um animal cego. Será que isso não está errado? E quando trazem um animal
coxo ou doente? Será que isso não está errado? Ora, experimente oferecer um animal desse ao seu governador! Será que ele se agradará de vocês ou será favorável a vocês? Diz o Senhor dos Exércitos. E agora, sacerdotes, supliquem o favor de Deus para que nos conceda a sua graça. Mas com tais ofertas nas mãos, será Ele favorável a vocês? Diz o Senhor dos Exércitos. Quem der, houvesse entre vocês alguém que fechasse as portas do templo para que não se acendesse em vão o fogo do meu altar. Eu não tenho prazer em vocês, diz o Senhor dos
Exércitos, nem aceitarei as suas ofertas. Quando olhamos para essa declaração que Deus, por meio do profeta Malaquias, faz, evidentemente o destaque e a ênfase aqui ficam por conta do assunto da honra. O filho honra o pai e o servo honra ao seu senhor. São os dois níveis de relacionamento que a Bíblia afirma que nós temos com Deus. Ele é nosso Pai; nós somos seus filhos. Ele é nosso Senhor; nós somos seus servos. Deus está dizendo: tanto o filho honra o pai quanto o servo honra o seu senhor. Então, ele diz: se eu sou pai e
senhor, cadê minha honra? A cobrança de Deus aqui não é sobre ofertas, aliás, mas ele está falando a um povo que ofertava. Então, Deus não está cobrando oferta, porque se o que ele esperasse fosse oferta, a oferta supostamente já teria sido entregue. Mas Deus está dizendo: "O que eu esperava é que as ofertas de vocês me dessem honra, mas as ofertas de vocês não estão expressando honra." E basicamente o que Deus fala nos versos 9 e 10 é: "Se vocês não vão me dar honra, não precisa dar nada." No verso 10, a declaração é: "Quem
der, houvesse entre vocês quem fechasse as portas." Ele está falando das portas do templo. Deus disse: "Vocês estão acendendo em vão o fogo do meu altar." O modelo de adoração do Antigo Testamento era feito através do sacrifício de animais. Agora Deus está dizendo: "Se vocês não vão me dar honra, não precisa nem acender o fogo do altar. Fecha as portas do templo." Em outras palavras, vão parar com a brincadeira; ou vocês me dão o que eu quero ou não precisa dar nada. E esse foi o ponto de partida onde Deus começou a me corrigir. Já
há mais de 20 anos atrás, ele começou a me fazer pensar a respeito daquilo que ele realmente quer e daquilo que Ele espera de nós. O verso 9 diz: "Com tais ofertas nas vossas mãos, será que ele será favorável a vocês?" As traduções mais antigas, Almeida, dizem: "Aceitaria ele a vossa pessoa." O que eu entendi pelas escrituras é que, quando Deus aceita, não é a oferta meramente; é o ofertante. Mas quando ele rejeita, também não é meramente a oferta; é o ofertante. Você vai ler. Gênesis 4 nos mostra que Deus se agradou de Abel e
da sua oferta, mas que não se agradou de Caim e da sua oferta. Portanto, o assunto das ofertas envolve não só a maneira como Deus nos olha e como Deus nos trata, mas também uma expectativa específica. Qual é a expectativa? Deus está dizendo: "Eu espero que vocês me deem honra." O que significa honra? Se você olhar no dicionário, você vai descobrir que honra é o ato de honrar. Se você buscar a definição do AB, honrar significa distinguir, fazer distinção, fazer diferença. Basicamente, Deus está dizendo: "Eu quero que vocês me distingam; eu quero que vocês façam
diferença." Diferença de quê? Esse é um ponto muito importante; daqui a pouco nós vamos explicar isso de uma maneira mais detalhada. Mencionei aqui o fato de que Deus se agradou de Abel e da sua oferta, mas não se agradou de Caim e da sua oferta. Se o que Deus quisesse fosse apenas a oferta, então supostamente qualquer oferta estaria boa, porque a gente teria atendido ao que Ele quer. O Senhor quer oferta? A oferta foi dada? O Senhor conseguiu o que queria? Mas quando você vê gente como Caim ofertando e Deus não aceitando a oferta, é
evidente que Deus está dizendo: "Eu nunca quis a oferta; eu queria a forma correta de você entregá-la." Aliás, é exatamente isso que a gente lê em Gênesis 4. Se você puder, me acompanhe dos versos 3 a 7. A gente lê assim: "Aconteceu que, no fim de um certo tempo, Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor. Abel, por sua vez, trouxe das primícias do seu rebanho e da gordura deste." O verso anterior diz que Abel era pastor de ovelhas, mas Caim, seu irmão, era lavrador. O texto continua e diz: "O Senhor se agradou
de Abel e da sua oferta, mas de Caim e da sua oferta não se agradou." Caim ficou muito irritado e fechou a cara. Então o Senhor lhe disse: "Por que você anda irritado? E por que essa cara fechada? Se fizer o que é certo, não é verdade que você será aceito? Mas se não fizer o que é certo, eis que o pecado está à porta, à sua espera. O desejo dele será contra você, mas é necessário que você o domine." Quando Deus diz "se fizer o que é certo", obviamente, o certo não era meramente ofertar,
senão a oferta teria sido aceita. Deus não está falando do que foi feito; Deus está falando do como foi feito. E qual a diferença entre a oferta de um e a oferta de outro? O bom texto pontua que Abel entregou das primícias do seu rebanho. O que significa a palavra primícia? Os primeiros frutos. Isso significa que, enquanto pastor de ovelhas, o resultado do fruto do seu trabalho era a multiplicação do rebanho. Quando as primeiras crias nasceram, em vez de Comer, de usufruir do rebanho ou meramente armazenar—dizer "estou acumulando, aumentando o patrimônio"—Abel vai e toma dos
primeiros frutos e sacrifica ao Senhor. O que ele está dizendo para Deus? "Senhor, primeiro eu, por último." E o que Caim fez? A Bíblia diz que Caim, no fim de uns tempos— a tradução que eu li diz "no fim de um certo tempo"—tem versões que dizem "no fim de dias", "ao cabo de dias". A verdade é que a palavra "tempo" é indeterminada no original hebraico. Nós não sabemos se está falando de dias, semanas ou meses, mas o que é inquestionável ali é bem preciso: é a palavra "fim". No fim de um tempo, enquanto Abel coloca
Deus primeiro e põe a si mesmo por último, Caim deixou Deus por último. Ele colhe do fruto do seu trabalho, come do fruto do seu trabalho, usufrui do fruto do seu trabalho e, depois, no fim, diz: "Vamos botar Deus na história." E quando Deus entra por último, Ele não entra na mesma categoria de Abel, sendo honrado, sendo distinguido. E, obviamente, quando Deus protesta "se você fizer o que é certo ou não fizer o que é certo", fica claro nas entrelinhas que havia algum tipo de orientação e instrução básica sobre como aquilo deveria ser feito. Basicamente,
o que ambos entregaram foi uma oferta, mas o que só Abel entregou foi honra: foi a distinção que a oferta comunicaria. E se Deus quisesse a oferta, qualquer oferta estaria valendo. Mas quando você vê gente como Ananias e Safira, cuja oferta não foi recebida, que não foram abençoados—pelo contrário, foram julgados—é evidente que Deus nunca esteve atrás do meu e do seu dinheiro. Deus sempre esteve atrás de honra. Esse princípio aparece ao longo de toda a Escritura. Gosto de achar aquilo que é padrão, aquilo que é recorrente nas Escrituras. Olha o que diz Marcos, capítulo 12,
do 41 ao 44: "Sentado diante da caixa de ofertas, o gazofilácio, Jesus observava como o povo lançava ali o dinheiro." Interessante que a Bíblia não diz que Ele observava quanto as pessoas davam, mas sim como. O texto segue e diz: "Ora, muitos ricos depositavam grandes quantias, vindo, porém, uma viúva pobre lançou duas pequenas moedas correspondentes a um quadrante." Chamando seus discípulos, Jesus disse: "Em verdade, lhes digo que essa viúva pobre lançou na caixa de ofertas mais do que todos os ofertantes, porque todos eles deram daquilo que lhes sobrava; ela, porém, da sua pobreza deu tudo
o que possuía, todo o seu sustento." Quando Jesus chama os discípulos para conversar sobre quem deu mais, embora a ênfase não seja de que Ele observava o quanto e sim o como, eu fico imaginando como pode ter sido essa conversa. Se Jesus vai direto ao ponto, como? O resumo do texto parece sugerir que, se Ele de alguma forma abriu e permitiu a participação, caso tenha feito isso, fico imaginando... Minha cabeça como seria se Jesus, por exemplo, tivesse feito uma pergunta: "Quem vocês acham que deu mais?" Imagino um dos discípulos dizendo: "Olha, aquele camarada magrinho, alto,
que passou aqui, virou duas sacoladas de moedas, né?" E pensa numa coisa que era escandalosa: eles não tinham papel moeda para contribuição, não tinha transferência eletrônica, né? Pensa em algo que era escandaloso, era o barulho das moedas, do metal batendo, ou como diziam os antigos, tilintando. Você sabia, Reginaldo, que existe esse verbo "tilintar"? Usava-se assim antigamente. Hoje, a gente não usa nem mais a moeda, né? O que dizer? O que diz respeito a eles, aí eu imagino um outro falando: "Não, não, não, você está mencionando o camarada alto ali, mas teve o baixinho gordinho de
turbante que virou uma sacolada só. Mas o outro que virou as duas era de prata; aquele ali virou moedas de ouro. Com certeza valia mais." E, quando está no meio daquele debate, Jesus diz: "Não, vocês estão errados. Quem deu mais foi uma viúva pobre." Só a ideia de uma viúva, que já é alguém que não tinha rede de família, já sugeria que provavelmente não houvesse renda, mas quando ele classifica "pobre", está dizendo além do estado; viu? Não tinha reserva, não tinha condição nenhuma. Eu fico imaginando a turma tentando processar quanto é que ela deu, que
a gente nem reparou ela passando aqui. Jesus diz: "Ela deu dois leptos." A Bíblia fala de duas moedinhas; o original diz "dois leptos". Quando se fazia o câmbio e trocava pela moeda do Império Romano, os dois leptos juntos davam um quadrante. Quadrante era a menor moeda do Império Romano. Ou seja, na perspectiva contábil, não tem como dizer que essa mulher deu mais, porque a Bíblia diz que os ricos deram grandes quantias. Mas esse é justamente o ponto: a forma como a contabilidade do céu funciona é diferente da nossa. Na nossa, normalmente, nós estamos pontuando o
valor de acordo com a moeda corrente. A forma como o céu pontua as nossas dádivas não é baseada nessa moeda terrena. A moeda do Reino de Deus é honra, e Jesus diz que essa mulher deu mais honra do que os ricos. Jesus disse que os ricos agiram como Caim; os ricos deram do que lhes sobrava. Então, o camarada ganhou, gastou, fez tudo o que queria, e depois, no final, olhou para trás: "Sobrou, dá para Deus." Se não tivesse sobrado, Deus tinha entrado na história? Não, ele entra, mas entra no fim. Agora, quando Jesus disse que
essa mulher deu todo o sustento, ele está dizendo: "Ela poderia, talvez, comer uma tapioca quando saísse dali, mas ela escolhe dizer: 'Deus, primeiro eu por último. Deus à frente das minhas necessidades básicas.'" Não importa quão pouco recurso eu possa ter. "Deus, primeiro." E na moeda do Reino de Deus, Deus está procurando honra e não dinheiro. Essa mulher ofereceu muito mais. Quem está entendendo? Então, se eu e você não compreendemos o que Deus quer, nós não vamos nem saber como corresponder com ele. Ok? Pastor Luciando Senor pontuou e deixou claro que Deus está interessado em honra
e não no dinheiro ou na oferta em si. Mas a pergunta é: por que ele pediu honra nessa área material e financeira? Como eu disse no início, vou repetir: há outras formas de honrar a Deus. Jesus cita em Marcos 7, versos 6 e 7, uma profecia de Isaías, quando ele diz: "Esse povo me honra com os lábios." O que fizemos agora há pouco no culto, adorando, cantando ao Senhor, foi um gesto de honra a Deus. Ou seja, honrar a Deus com os bens não é a única forma de honra, mas, como eu disse antes, em
nenhum outro assunto Deus foi tão direto, contundente, objetivo e específico como quando pediu honra em relação à questão financeira. Por que Deus pediu que nós honremos nessa área? Esse é um ponto. Eu diria que esse assunto relacionado ao dinheiro é algo delicado. Não é o dinheiro em si que é algo delicado, mas a maneira de relacionar com ele, obviamente, acaba se tornando algo delicado. Porque eu digo que não é o dinheiro em si? Porque muitas vezes nós confundimos qual é o problema. Eu lembro de uma conversa com um irmão, anos atrás; ele vira para mim
e diz: "Pois é, pastor, já dizia a sagrada escritura: 'o dinheiro é a raiz de todos os males'." E quando ele falou isso, eu repeti e falei: "A Bíblia nunca falou isso." Ele falou: "Claro que falou!" Eu falei: "Não falou." Ele disse: "Falou." E nós começamos a discutir. Eu falei: "Onde é que está isso?" "Está em algum lugar lá," que se o senhor me ajudar a achar, "eu sei que está lá, que você já... o Senhor já falou disso." Eu falei: "Olha, você deve estar se referindo a 1 Timóteo 6, versos 9 e 10, que
diz: 'Mas os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas, em muitos desejos insensatos e nocivos, que levam as pessoas a se afundar na ruína e na perdição, porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males, e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e atormentaram a si mesmos com muitas dores.'" Ele tá aqui. Eu falei: "Não, o que tá aqui é o amor ao dinheiro, não é o dinheiro." Ele falou: "Qual a diferença?" Eu falei: "A diferença é gigantesca. Se o dinheiro é a raiz de todos os males, só tem
problema quem tem dinheiro; ou seja, a maioria de nós não teria muito problema." Eu falei: "Agora, se o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males, tu pode estar mais quebrado que arroz de terceira, naquele estado que se chama 'uma mulher de meu bem', o banco confisca de tão endividado, e além de não ter grana nenhuma, tá falido e quebrado por ter amor ao dinheiro." Tem a raiz de todos os males, sem ter grana. Então, eu falei: "Não dá para você achar que o problema é o dinheiro. O problema é o que você
sente pelo dinheiro, é a forma como você se relaciona com ele. É aí que eu e você precisamos entender a definição de honra e o que Deus pediu. Se o verbo 'honrar' significa distinguir, fazer distinção, Deus está dizendo: 'o dinheiro tem que ocupar um nível de importância, e eu preciso estar acima na sua vida.' Por que é que Deus fala disso em Mateus, no capítulo 6, no verso 24? Jesus diz: 'Não podeis servir a dois senhores; não podeis servir a Deus e às riquezas.' Nenhuma outra coisa foi tão claramente rotulada de um senhor concorrendo com
o senhorio de Deus no nosso coração como uma relação errada com o dinheiro, e a gente não pode simplesmente olhar para isso e dizer: 'Não, é importante.' Em Mateus, no capítulo 1, na parábola do semeador, Jesus fala, no verso 7, que uma semente caiu entre espinhos; os espinhos cresceram e sufocaram a semente. O que é a semente? Jesus estava falando da palavra. Então, o que são os espinhos? São o que tem o poder de sufocar a ação ou a operação da palavra de Deus na nossa vida, de abortar processos de Deus que deveriam ser para
o nosso crescimento. A pergunta importante é: o que são os espinhos? O verso 22 nos senhores explica os cuidados do mundo e a sedução das riquezas. Pense em algo que tem o poder de sufocar a ação da palavra de Deus na vida de alguém. Ou seja, nós não podemos dizer que a maneira como nos relacionamos com o dinheiro não é um assunto espiritual, porque vai afetar nossa vida espiritual. Aliás, foi isso que Paulo pontuou em 1 Timóteo 6:9: 'Os que querem ficar ricos caem em tentação, armadilhas, desejos insensatos e nocivos que levam as pessoas a
se afundarem na ruína e na perdição.' No verso 10, ele diz que alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e atormentaram a si mesmos com muitas dores. Isso não significa que o crente não possa ter dinheiro; o que temos que pontuar é que o dinheiro não pode ter o crente. Há uma diferença enorme entre uma coisa e outra. Salmo 62:10 diz: 'Se as vossas riquezas aumentam, não ponhais nelas o coração.' Então, uma definição antiga de avareza é que o avarento não possui as coisas; são as coisas que o possuem. Então, o problema não é o
crente ter dinheiro, desde que o dinheiro não tenha o crente. É a forma de se relacionar com isso que pode ou não ser problemática. Estou dizendo isso porque Colossenses 3:5, por exemplo, diz que a avareza é idolatria. Uma pessoa que é apegada demais dá muito valor ao que é material, ou seja, não faz distinção, colocando Deus acima. Ele tem um ídolo, um falso Deus, um outro Senhor na sua vida. Então, basicamente, quando Deus pede honra, precisamos entender que Deus não estabeleceu um sistema de barganha ou de troca. É isso que eu digo que é problemático.
Quando a gente vai ler Provérbios 3, 'Se você honrar o Senhor com seus bens, ele vai te honrar de volta.' 1 Samuel 2:30, Deus diz: 'Eu honro os que me honram, honra trai honra.' Mas aí, o crente pensa assim: 'Então vou honrar Deus para ele me honrar de volta.' É basicamente uma troca, e não foi essa a proposta de Deus. Eu gosto de colher as pérolas de sabedoria do meio do povo. Eu lembro de um culto, anos atrás, no início do meu ministério pastoral, onde, quando a reunião terminou, eu estava passando perto de dois que
estavam numa conversa e ouvi um falar pro outro: 'Cara, tem algo que eu entendi sobre o dízimo que mudou minha vida.' Eu já diminuí o passo para ouvir a história, aí ele fala pro primeiro assim: 'Eu aprendi que é melhor ficar com 90% depois de entregar os 10 e ter a bênção do que tentar salvar os 100 e ter maldição.' Aí ele fala assim: 'Pô, dos males o menor.' Eu pensei: 'Essa é a grande verdade que mudou a vida dele!' Tipo assim, deixa eu ver onde é que eu perco menos, então é melhor ficar com
um orçamento do 90%, dizimando, do que ter a bênção. Isso, na verdade, tá mostrando só o quê? Um coração que continua avarento, que continua ganancioso, que tá correndo atrás do que é interessante para si. E a maioria das vezes, eu percebo que as pessoas simplesmente estão tentando usar os textos bíblicos para mascarar, justificar e alimentar valores errados no seu coração. Essa nunca foi a proposta de Deus. Deus não está dizendo: 'Olha, se você me der um pouco, eu te dou muito mais de volta.' Seria o melhor negócio do mundo! Ah, pastor, mas ele não prometeu
que se nós déssemos, ele daria? Sim, nós temos essas promessas, mas precisamos entender a respeito de que elas falam. Basicamente, eu entendo Deus dizendo o seguinte: 'Se você me colocar acima e não deixar que o dinheiro concorra com o meu lugar, e o seu coração estiver blindado contra a avareza, de modo que o dinheiro não seja mais um problema, um concorrente, então eu posso confiar mais disso a você, sem que seja uma desgraça na sua vida.' Dá para entender a diferença? Deus está falando de um coração correto, e quando o coração correto e a relação
com Deus e o dinheiro se estabelecem, e nós estamos protegidos, então Deus diz: 'Isso vai ser bênção para você e não maldição.' Mas nós não podemos achar que o assunto não vai afetar a vida espiritual. Aliás, eu fico impressionado com crentes que acham que um momento, por exemplo, como a contribuição, não tem valor nenhum, tanto faz, como fez em Atos, no capítulo 5. Você vai ver..." Pedro, dizendo a Ananias, por que encheu Satanás o seu coração para que mentisse ao Espírito Santo? Então, primeiro, ele mostra que quem colocou no coração de Ananias ofertar foi o
Espírito Santo; mas, depois, quem entrou para abortar o processo foi o cão, foi o próprio Diabo. Deus e o Diabo brigando pelo coração do homem na hora da oferta. Você acha que isso não é importante? Ninguém briga por algo que não tem valor, que não tem importância. Você não vai ver alguém na rua brigando por um pedaço de pão ou um galho seco de árvore, porque ninguém briga pelo que não tem valor. Agora, Deus e o Diabo disputando o coração do homem na hora da oferta, você acha mesmo que isso não tem valor? Quando eu
olho para as Escrituras, o que me chama a atenção, falando desse valor, é que você consegue mensurar o que é importante para Deus pelo tanto que o Diabo luta contra aquilo. Pureza sexual é importante; ué, é só ver o estrago da humanidade. Você consegue deduzir que sim! Satanás e o reino das trevas empenhariam tanto esforço em dissociar algo se, aquilo funcionando de forma correta, não fosse importante para Deus. E aí, quando você olha nessa perspectiva, basta você observar lá em Êxodo que, quando Deus manda Moisés a Faraó com a mensagem: “Deixa Meu Povo Ir”, a
mensagem é “Deixa Meu Povo Ir para que me Adore”. Qual o propósito final da redenção? Adoração. A nossa conexão de intimidade com Deus. Qual é a primeira reação de Faraó? Faraó, na tipologia bíblica, é uma figura de Satanás. Ele mantinha o povo que viria a ser o povo de Deus, depois da Páscoa; ele que mantinha esse povo escravo. O Novo Testamento pontua que Jesus é o nosso Cordeiro Pascal, e assim como aquele povo sai da escravidão de um tirano e passa a ser o povo de Deus por causa da morte do Cordeiro, eu e você
também deixamos de pertencer ao reino das trevas, deixamos de estar debaixo do controle de Satanás, para sermos povo de propriedade exclusiva de Deus. O paralelo é muito claro. Então, quando Moisés chega com a mensagem: “Deixa Meu Povo Ir para que me Adore”, a reação inicial do Faraó é: “vão adorar coisa nenhuma”, assim como Satanás não quer ninguém adorando a Deus. Mas, quando as pragas começam, dizendo: “Você vai ter que se dobrar”, Faraó começa uma negociação e ele apresenta quatro contrapropostas a Moisés, uma após a outra. Elas começam de uma forma mais descarada, mas vão ficando
cada vez mais sutis. Na primeira delas, ele diz para Moisés: “Por que vocês têm que sair do Egito? Adorem aqui mesmo”. Moisés diz: “Nós não vamos adorar aqui”. O que eu e você precisamos entender é que a adoração não é para escravos, é para livres. Você pode dizer amém! E diz: “Não, não vai rolar. No ambiente de escravidão, não vai rolar adoração”. O Faraó olha para Moisés: “Então, ninguém vai a lugar nenhum!” E Moisés diz: “Então, praga para cima dos seis”. E aí, as pragas se intensificam. Aí o Faraó recua e chama; ele diz: “Tá
bom, não precisa adorar aqui, mas não vão muito longe”. Moisés diz: “Nós vamos onde o Senhor ordenar a gente”. E diz: “Então, ninguém vai a lugar nenhum”. Então, praga para cima dos seis. Daqui a pouco, ele chama Moisés para uma negociação e vem com outra proposta: “Então, tá bom, não precisa adorar aqui, nem perto, mas ele pergunta: ‘Quem é que vai?’”. Moisés diz: “Como quem vai? Vai todo mundo!”. O Faraó diz: “Não, os homens podem ir; mulheres e crianças ficam”. Moisés diz: “Vai todo mundo!’. O Faraó diz: “Então, não vai ninguém”. Então, praga para cima
dos seis. Qual é a última contraproposta? O Faraó disse: “Tá bom, pode adorar; não precisa ser no Egito, não precisa ser por perto. Pode ir todo mundo, mas os rebanhos ficam!” É nessa hora que você vai ver a indignação que Moisés não manifestou antes. Eu brinco; Moisés, no estilo do carioca da Baixada, diria: “O quê?!”. Eu amo esse jeito dos cariocas, caraca, maluco, né? O que ele diz: “Não vai ficar uma unha para trás!”. Por que Moisés está tão indignado na última contraproposta? Elas vão se tornando cada vez mais sutis e parecem não ser importantes,
mas são. Então, pensa comigo: a primeira resistência do Diabo é: “Não quero que ninguém adore a Deus”. Mas, se eu puder atrapalhar a adoração, eu faço! Eles adoram no ambiente de escravidão. Se eu não conseguir, eu até deixo sair do Egito, mas não muito longe. Não vamos romper. As duas primeiras contrapropostas, embora uma seja mais sutil do que a outra, dizem respeito à área da consagração. Mas se ele não conseguir atrapalhar aqui, ele vai tentar impedir que você adore a Deus em família. Ponha isso na sua cabeça: o Diabo sempre vai tentar se opor ao
plano de Deus para a família. Mas Deus está atrás de gente como Josué. Bata o pé e diga: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor. Vai todo mundo adorar a Deus! Vai todo mundo buscar a Deus, não é para alguns!”. Agora, se você olhar para a tipologia e entender que Faraó representa Satanás, pense no quão sério é adorar a Deus com os bens. Quando ele diz: “Olha, eu não faço questão de impedir vocês de adorar; eu não vou tentar fazer vocês adorarem no Egito, nem por perto. Não vou mexer no terreno da consagração, não
mexo com a família de ninguém, desde que eu impeça vocês de adorar a Deus com seus bens”. O que tem por trás disso? Ele diz: “Eu desisto de brigar no terreno da consagração e da família, que são áreas que ele investe pesado e ataca. Se eu conseguir amarrar você nessa área, é quase como se eu controlasse essa...”. Área, não importa se você acha que tá livre. No resto, eu te atrapalhei, eu te prejudiquei de qualquer forma. É quase como se ele dissesse: "Esse é meu último reduto e controle na vida de qualquer pessoa", e significa
adorar a Deus com os bens. Não é algo tão insignificante quanto muitos de nós achamos ou acreditamos que seja. Isso é algo tão sério que, mesmo no reino das Trevas, você não vai ver nenhum tipo de culto sem oferenda. Não importa do que a gente fale, você não vai realizar um despacho na encruzilhada sem oferenda. De alguma forma, o Reino espiritual trata disso com mais seriedade do que a gente, mas não desrespeita os valores materiais, porque no reino espiritual isso não tem importância nenhuma. Diz respeito ao lugar de importância que essas coisas exercem no nosso
coração, e eu e você precisamos entender o que é essa distinção. Quando eu era adolescente, eu lia os textos, como lá do Apocalipse, que João fala da cidade santa, da Nova Jerusalém, a cidade celestial que nos aguarda. Quando ele pontua que as ruas serão de ouro, isso, na minha cabeça de adolescente, ativava o modo ostentação. Eu ficava imaginando um dia eu andando naquelas ruas de ouro. Não sei por que, eu sempre imaginava andando descalço, e o ouro geladinho debaixo do pé. Mas eu ativava um modo de ostentação, imaginava andando de peito estufado, cabeça erguida, pensando
se um dia fui pobre; já não me lembro mais. Para mim, era o momento da volta por cima, da vingança. Agora, pergunte: você acha que a glória do céu é ouro? Você acha que isso tem algum valor ou importância no plano espiritual? Depois de um tempo, Deus começou a me corrigir. Eu comecei a imaginar um anjo perguntando para Deus: "O que é que nós vamos fazer com tanto ouro?" Eu disse: "Essa coisa insignificante que não vale nada! Faz rua, faz piso pro meu povo andar. Aquilo pelo qual as pessoas se matam aqui na terra, lá
só vai servir para ser pisado, desprezado." E esse deveria ser o lugar do dinheiro na nossa vida: não um lugar de senhorio, mas um lugar de servidão, debaixo do pé. Quem tá entendendo, diga amém! Amém! Então, Deus tá dizendo: "Se você me der honra e me mantiver na devida posição, e as coisas materiais não concorrerem no seu coração com o meu lugar, Deus está dizendo: 'Aí eu posso te dar esse negócio, porque na sua vida ele vai ser servo e não senhor.'" Mas se isso não for corrigido dentro de nós, não há razão nenhuma para
que Deus encha os nossos seleiros ou os nossos lagares. Se coloque no lugar de Deus por uns instantes e tente imaginar: você, no lugar de Deus, olhando para os fiéis na terra, que inclui você, e Deus olhando para você, você agora pensando com a mente de Deus, mas olhando para você e pensando: "Se eu der mais dinheiro para essa criatura, ele se perde, ele desvia, faz-te de mim." Você seria um bom negócio para abençoar financeiramente às custas de perder você? Agora, se você, no lugar de Deus, não faria isso, por que você acha que, com
a mente brilhante, inteligente e sábia dele, ele faria? Nós precisamos entender que isso tem a ver com o coração e com algo que se resolve dentro de cada um de nós. Quem tá entendendo, diga amém! Amém! Então, terceiro e último lugar. No primeiro lugar, falamos do que Deus quer, que é honra e não dinheiro. No segundo, questionamos por que honrá-lo nessa área, o que diz respeito a esse fator de regulagem de equilíbrio. Mas, em terceiro e último lugar, eu quero destacar que o que de fato importa para Deus é a expressão do coração. Voltando ao
texto de Malaquias, onde Deus diz: "Se vocês vão me entregar, me oferecer em sacrifício o animal cego, o manco, doente, o dilacerado..." Outro dia, alguém falou: "Pastor, quero o dilacerado." Falei: "Imagina que o lobo ou predador atacou a ovelha, o pastor foi lá, defendeu, livrou ela, mas saiu meio avariada, né, da boca do predador." Então, qualquer que tivesse algum tipo de defeito. Se você olha pra lei de Moisés, Deus, por meio de Moisés, pontuou que o animal do sacrifício tinha que ser perfeito. É lógico! Em primeiro lugar, isso aponta para o sacrifício perfeito de Cristo,
o nosso substituto. Mas nós também precisamos entender que, para Deus, principalmente quando falamos do terreno da oferta, não se espera nada que não seja o nosso melhor. E quando você pontua isso, a pergunta a ser feita é: por que esses judeus que Deus, por meio de Malaquias, tá confrontando? Por que é que eles iriam oferecer a Deus o animal doente, o manco, o cego, o dilacerado, em vez do animal perfeito que foi requisitado ou determinado por Deus? Teve alguém que falou: "Era um bandido desvinculado que não tava nem aí com Deus." Falei: "Se não tivessem
aí com Deus, não ofertava nada, é gente que, de alguma forma, tá dizendo: 'Deus pediu, nós temos que entregar,' mas eles estão reavaliando o que será entregue." A pergunta é: por quê? Sempre tem aqueles defensores dos fracos, dos pobres, inocentes. "Não, pastor, provavelmente eles não tinham algo melhor." Não é o que o texto diz! Malaquias, capítulo 1, verso 13 e 14, diz: "Vocês dizem ainda que canseira e torcem o nariz para isso, diz o Senhor dos Exércitos. Oferecem animais roubados, coxos ou doentes. Vocês acham que eu vou aceitar isso?" Diz o Senhor. "Maldito seja o
enganador que, tendo animal sadio no seu rebanho, promete e oferece ao Senhor um defeituoso." Deus diz: "É golpe! Você tem algo melhor, mas tá oferecendo o inferior." A pergunta é: por quê? Se o cara não tá nem aí com Deus, não oferece nada. Por que ele ofereceu um subproduto? Não posso dizer que essa seja a única resposta cabível, mas, honestamente, depois de pensar, pensar e pensar, processar e tentar fazer isso não apenas com a nossa mentalidade de hoje, mas com a cultura da época, eu cheguei a uma conclusão. O que era feito com o sacrifício
com animal que era entregue em sacrifício? Ah, pastor, ele era queimado no altar. Ok, mas era queimado até as... Não, em primeiro lugar, ele era levado ao sacerdote. Havia um rito e um protocolo. O sacerdote não só tinha a forma correta de matar, escorrer o sangue, mas ia esfolar, tirar o couro, limpar. Quando ele era colocado no altar, o que era o altar? Uma churrasqueira, gente, com grelha e tudo. A gordura queimada era do Senhor, mas a carne era de quem? Uma parte era do sacerdote e da sua família; a maior parte da carne era
do ofertante, que comia com a sua família. Então, aquilo virava churrasco. Eu sei que, falando isso antes do almoço, a cara de alguns já se ilumina: virava churrasco! E quem comia a maior parte? A família do ofertante. Primeiro Samuel, capítulo 1, fala de Euc, o pai de Samuel; diz que ele dava porção dobrada pra Ana da carne do sacrifício. Na hora de dividir a picanha, eu dizia: "Ana, você vai comer o dobro, né?" Então, eles comiam um churrasco diante de Deus. Agora, eu fico imaginando esse cara na hora de entregar o animal. Ele olhava para
o animal cego, pensava lá no mercado: "Isso aqui não dá preço nenhum", mas ele olhava pro bom e dizia: "Esse vende por algo melhor." Aí ele pensava: "Qual que eu vou entregar para virar o churrasco?" Gente, na hora de comer a picanha, faz diferença se o animal enxerga bem, se é míope ou se é cego? Não! E, de repente, a pessoa pensava: "Vai virar churrasco mesmo, qual é a diferença?" Mas o que era só o efeito colateral passou a ser tratado como propósito. O propósito não era comer churrasco; o propósito era oferecer a Deus o
melhor. Como churrasco, era efeito colateral, mas muitas vezes nós transformamos o propósito em efeito colateral e o efeito colateral em propósito. E é aí que nós erramos. Quando você pensa que aquilo era algo a ser entregue a Deus, então, ao escolher o melhor animal, você tá dizendo o quê para Deus? "O Senhor merece o melhor!" Ao colocar a Deus em primeiro e a gente por último, nós estamos estabelecendo o quê? A devida distinção de honra. Mas, quando simplesmente tratamos essas coisas com desdém, nós estamos sabotando aquilo que deveria ser a essência. Em Marcos, no capítulo
14, nós temos um texto. Eu quero encerrar com ele; se você puder, acompanhe comigo: Evangelho de Marcos, capítulo 14. Eu vou ler a partir do versículo 3. O texto diz assim: "Quando Jesus estava em Betânia, fazendo uma refeição na casa de Simão, o leproso, veio uma mulher trazendo um frasco feito de alabastro com um perfume muito valioso, de nardo puro. Quebrando o frasco, derramou perfume sobre a cabeça de Jesus. Alguns dos que estavam ali ficaram indignados." Observe a expressão "indignados" e diziam entre si: "Para que esse desperdício de perfume? Esse perfume poderia ter sido vendido
por mais de 300 denários, para ser dado aos pobres", e murmuravam contra ela. Mas Jesus disse: "Deixem a mulher em paz, porque vocês já estão incomodando-a. Ela praticou uma boa ação para comigo, porque os pobres estarão sempre com vocês e, quando quiserem, podem fazer-lhes o bem, mas a mim vocês nem sempre terão. Ela fez o que pôde; ungiu meu corpo antecipadamente para a sepultura. Em verdade lhes digo que, onde for pregado em todo o mundo, o evangelho também será contado o que ela fez, para a memória dela." O texto nos mostra uma mulher. Nós sabemos,
cruzando referências dos outros Evangelhos, que se trata de Maria de Betânia, irmã de Marta e Lázaro, que derrama esse perfume que a Bíblia chama não só de valioso, mas de muito valioso. Quando ela derrama o perfume, ela não só estragou o perfume no sentido de dar fim a ele; a turma classicou aquilo de um desperdício, como ela não deixou aproveitar nem o frasco, o vaso que era de alabastro. Ela também quebrou, e o povo diz, o texto, que começaram não só a ficar indignados, mas começaram a murmurar. O original diz que bramavam contra ela. O
que é bramar? Gritar! A atitude dela gerou indignação. Jesus teve que defender a mulher: "Deixa a mulher em paz! Ela fez uma coisa boa." Por que todo mundo está classificando de algo ruim? Porque eles estão olhando e dizendo: "É desperdício." Por que eles estão pensando no desperdício? Alguém olhou e fez a conta. Nós não sabemos quanto ela pagou no perfume, mas alguém fez a conta para vender depressa, de segunda mão, e fazer dinheiro em cima: mais de 300 denários. Esse "mais de 300" não é preciso, pode ser 315, 330, 350. Eu acho que, se fosse
mais de 350, alguém diria: "quase 400". Mas não vamos nem colocar a possibilidade do "mais"; vamos ficar só com 300 denários. Quanto valia 300 denários? O denário era o pagamento de um dia de trabalho; aliás, a Bíblia, a versão que eu tô usando, coloca uma nota aqui: "Denários: moeda romana de prata, que era o pagamento por um dia de trabalho." O denário era o pagamento padrão por um dia de trabalho de um trabalhador qualquer, não importa a área ou a categoria. E significa o quê? O judeu trabalhava seis dias por semana e descansava no sábado.
Qual era a média de ganho semanal? Seis denários. Todos os 12 meses do ano deles, diferente do nosso calendário, tinham 30 dias redondos. A média de sábados por mês varia de 4 a 5; para facilitar, vamos deixar em 4. A média salarial era de 25 denários por mês. Salarial, era 25 por mês: 300 denários é um ano de salário integral de um trabalhador normal. Então, tenta imaginar sua renda; não importa o tamanho dela, não mensal, mas anual, e você simplesmente bota esse valor no perfume. Olha aquela mulher pegando um ano de renda e jogando fora!
Eles estão dizendo: "Dá para fazer isso, dá para fazer aquilo", porque todo mundo está pensando no que o perfume custaria, quais os projetos que ele bancava. E eu e você precisamos entender que, para Deus, a oferta pode até ter um efeito colateral de bancar bons projetos, mas isso nunca foi o propósito. Enquanto todo mundo está pensando no que o dinheiro faz, Jesus diz: "Ela fez uma boa ação para comigo". Jesus tenta explicar para eles: "Essa mulher me enxergou. Enquanto vocês só estão olhando projetos, ela enxergou a minha pessoa". Olha o que Jesus diz: "Ela me
ungiu antecipadamente para a sepultura". Jesus está falando; é um contrassenso. O que significa ungir na sepultura? A nação de Israel morou 430 anos no Egito, e quando saíram do Egito, eles saíram com práticas culturais dos egípcios. Tenta imaginar um povo que viveu mais de 400 anos no Brasil. Você acha que não vai sair comendo feijoada e churrasco se morasse 400 anos aqui no sul? Não iam sair tomando chimarrão. Então, eles saem do Egito com a prática que os egípcios tiveram, já era milenar antes deles passarem por lá, de embalsamar os seus mortos. E significa o
quê? Que eles atrasaram o processo de putrefação; isso permitiria que o corpo fosse velado por mais tempo, que os restos mortais durassem mais. Enfim, a lista vai longe, mas só fazia sentido embalsamar depois que morreu, porque enquanto está vivo, não tem processo de corrupção. Para que alguém ungir antes da morte? Um dos textos do Antigo Testamento mais citados no Novo em relação à ressurreição de Cristo é o Salmo 16: "Não deixará sua alma na morte, nem permitirá que o seu corpo veja corrupção". Algo importantíssimo que eu e você temos que entender é que, nos três
dias entre a morte e a ressurreição, o corpo de Cristo não se decompôs. A Bíblia diz que Lázaro, com quatro dias, cheirava mal; o corpo de Cristo nunca se decompôs. Então, basicamente, o que aquela mulher fez ao derramar aquele óleo não era um bálsamo que teria um efeito natural. O que essa mulher fez foi um ato profético! Ela está dizendo: "A verdadeira unção, o verdadeiro óleo que é o poder do Espírito Santo, envolverá e protegerá esse corpo para que ele não sofra decomposição". Essa mulher enxergou o que ninguém enxergou; ela discerniu o que ninguém discerniu.
E o que Jesus faz com ela é extraordinário. Ele diz: "Onde for pregado o evangelho, em todo mundo, o que ela fez será contado para memória dela". Então, Jesus estava dizendo: "Em todos os lugares, todas as gerações, todo mundo vai saber o que essa mulher fez só para aprender com ela". Não era mais do que isso; Jesus disse: "Para memória dela". Jesus imortalizou Maria de Betânia pelo seu ato e diz: "Ela será lembrada em todos os lugares, em todas as gerações, pelo que ela fez". Quem mais você viu Jesus honrar dessa forma? Agora, se a
gente seguir a lógica de 1 Samuel 2:30, "Eu honro os que me honram", e ele honrou essa mulher dessa forma, ele sentiu muito honrado por ela. Eu lembro quando Deus começou a tratar desse assunto comigo, lá por 2001. Eu estava meditando nesse texto e disse: "Por que você acha que o povo ficou tão indignado?" Falei: "Um bando ignorante que não entendeu o que essa mulher entendeu". E o Senhor falou ao meu coração: "É fácil você falar isso hoje, conhecendo o texto, o desfecho". O Espírito Santo falou comigo: "Se você estivesse lá, teria feito a mesma
coisa". Eu fiz minhas palavras de Pedro: "De modo nenhum, Senhor! Eu não...". Ele falou a segunda vez: "Se você estivesse lá, teria feito a mesma coisa". Falei: "Não, eu não sei de onde a gente tira a ideia de que pode discutir com Deus. Ele está sempre certo. A gente tem que ser de um nível impressionante". Quando eu falei pela terceira vez: "De modo nenhum, eu não...", eu tive uma visão. Eu não sei explicar exatamente o que aconteceu, mas assisti a um filme dentro da minha cabeça. Eu pedi o controle; alguém entrou com script, com as
cenas, e aquele desenho, aquele filme passou claro da minha mente. Estava em um culto, e a cena que eu via na época era do prédio da igreja de Guarapuava, onde era pastor na ocasião. É como se alguém pegasse uma câmera filmadora e filmasse do alto, envasado assim, da esquerda para a direita. A diferença é que aqui nós temos um retângulo que está de lado; lá, na época, o retângulo era comprido, um pouco menor do que esse também. Mas eu via uma cena de um culto que era o que a gente chamava o culto de domingo,
casa cheia, o povo na adoração. Era um negócio assim que eu não consigo descrever para você, porque a visão, falando na linguagem dos técnicos de som, era multicanal. Eu consegui ouvir a oração que um estava fazendo, o grito e louvor do outro, né? E esses sons não se misturavam. Eu estou acompanhando aquilo de uma forma impressionante, e aí percebo na visão que alguém vem pelo corredor central. Descendo, essa pessoa vem chorando, emocionada. Ela está dizendo: "Jesus, eu te amo! Eu te amo tanto! Eu te amo mais do que o dinheiro, e eu vou provar". Isso
chamou minha atenção; a igreja estava em um momento de desafio. A gente estava na iminência de tomar uma decisão administrativa de interromper uma obra, uma construção, por falta de recurso. Quando o cara diz: "Eu te amo mais do que o dinheiro, vou provar". Minha vontade de dizer prova, mesmo duvido, aquilo chamou minha atenção. Ele vem descendo e chega à frente, só que eu estou vendo do alto, como se fosse da filmadora, e eu também estou dentro da visão. Eu não só acompanho o que está acontecendo de fora, mas tenho a percepção de mim dentro da
visão, que é a minha percepção limitada, só do que acontece à volta. Eu percebo a hora que ele passa por mim e vem à frente. Se ajoelha. Era uma noite fria, estava usando um casaco diferente. Eu lembro que, quando ajoelho, ele simplesmente chorando ali, quebrantado, diz: “Jesus, eu te amo tanto!”. Eu tinha mais do que o dinheiro; eu vou provar. Ele enfia a mão num dos bolsos da jaqueta e tira um maço de notas. Na época, era novidade ainda, de 100, e a minha cabeça dispara para fazer a conta: quantos milímetros tem a nota, quantas
notas cabem no maço, vezes 100. E eu já começo: “Glória a Deus!”, porque ele joga aquilo e fala: “Eu te amo mais do que o dinheiro, eu vou provar”. Eu ainda estou tentando chegar ao resultado da conta, e ele enfia a mão no bolso, tira um segundo maço e joga em cima do primeiro. Para o primeiro, estou dando glória; para o segundo, já estou dando aleluia. Eu estou pensando: “Nós vamos terminar essa obra!”. E ele continua ali, chorando. Não sei de onde saiu o terceiro maço; eu já estou quase falando em línguas. E aí, enquanto
chora, ele bota a mão no bolso e diz: “Eu tinha mais do que o dinheiro; eu vou provar”. Ele pega um vidrinho sem rótulo, abre, e começa a jogar um líquido. Eu, que estou atrás dele na visão, sinto cheiro de álcool. Não é Cult e libertação, Zé. Linda não pegou ninguém, mas está cheirando álcool. E aí ele enfia a mão no outro bolso e tira uma caixa de fósforos, e diz: “Eu te amo mais do que dinheiro, vou provar”. E a minha cabeça faz a equação: dinheiro é de papel, álcool em cima, fósforo. Quando eu
entendo o que ele vai fazer, você sabe como terminou a visão. Eu, que estava lá dentro da visão, voei no pescoço dele antes dele riscar o fósforo. Eu ainda estou rolando com ele, a visão sumiu, e o Senhor falou comigo: “Se você tivesse lá, teria feito a mesma coisa. Se a sua leitura do que essa mulher fez fosse desperdício, você teria atacado, você teria impedido, você teria parado”. E naquela visão contemporânea, eu percebi o que ele estava falando. A maioria de nós acha que o valor de uma oferta é o que ele financia, o que
ele custeia, mas para Deus nunca se tratou de projetos e sim de um lugar de importância no coração. Quem está entendendo? Então, muito mais. Eu não estou dizendo que a gente não deva ter sabedoria no uso de recursos em relação aos projetos, mas estou dizendo que para Deus isso nunca foi o ponto principal. Aliás, é isso que nos leva às vezes a investir determinados projetos e outros não. A gente diz: “Isso vale a pena, isso não vale a pena”, e nós estamos fazendo por projetos o que deveríamos estar fazendo pelo Senhor. Quando nós começamos a
entender que, no final das contas, é uma questão de honra, a maneira de lidar com o dinheiro muda. Não é só na hora da contribuição. Por que eu e você devemos ser honestos nas nossas finanças? Por que a gente deve andar em integridade? Por que nossos ganhos não devem ser ilícitos? Por que nós não vamos mentir para ganhar dinheiro ou lesar, enganar alguém para ganhar dinheiro? Porque Mamom não pode ser mais importante para mim ou para você do que Deus e os princípios que Ele estabeleceu. Por que é que nós vamos nos preocupar com o
pobre o necessitado? Provérbios 19:16 diz: “O que se compadece do pobre empresta ao Senhor, e esse lhe retribuirá o benefício.” Quando você olha para o necessitado e põe recurso nele, Deus está olhando dizendo: “Quem queria cuidar dele sou eu. Se você financiou o meu interesse, eu estou em dívida com você. Sou eu que vou honrar você.” Quando você lembra de Jesus dizendo: “Dá a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”, vale lembrar isso nesse início de ano, quando está chegando a hora de declarar o imposto de renda. Por
mais que você não consiga, um falou: “Pastor, a Bíblia diz: Deus ama o que dá com alegria.” Para ele eu dou com alegria, para César eu não dou. Eu falei: “Ok, ele não mandou dar a César com alegria, mas ele mandou dar o que é de César.” O que vai acontecer? Vai responder a Deus! Mas se eu e você endossamos o que é honrar a Deus, a gente não vai dar jeitinho em área nenhuma. Nós vamos nos conservar dentro dos princípios dEle o tempo todo, dizendo: “É para o Senhor, é por causa do Senhor.” Isso
muda completamente a maneira como lidamos com dinheiro em todas as áreas. E se essa área sublime do senhorio de Deus se manifesta no meio e no seu coração, nós não apenas vamos romper no plano espiritual, mas em consequência, Deus diz: “Eu posso derramar bênção financeira à vontade, porque eu não vou perder você.” Quem está entendendo, diga amém. Amém! Então, a essência de toda a relação do cristão com Deus e o dinheiro continua sendo uma questão de honra. Feche seus olhos por um instante. Pai, nós te pedimos a capacidade de entender, não só no nível da
razão meramente humana e mental, e não só aqui. Agora nós oramos para que aquilo que o Senhor começou não apenas continue depois do culto, mas cresça, possa se expandir e ter percepção e discernimento dentro de cada um de nós. Oramos pela capacidade não só de entender os valores da Tua palavra, mas de corresponder contigo. Queremos que, na nossa vida, Cristo seja o Senhor absoluto, que não haja lugar de concorrência. Queremos, ó Deus, de fato entender e subjulgar plenamente essa área ao Teu controle, ao Teu senhorio. Nós queremos, nessa manhã, não apenas aquilo que é material.
Queremos, ó Deus, nos arrepender e consertar aquilo que precisa ser consertado, e queremos viver o Seu senhorio de forma plena e completa. E nós oramos por isso: que haja graça, que haja ação do Teu Espírito na vida de cada um de nós, para que, muito mais do que contribuição, possamos Te oferecer honra, e que seja, de fato, o efeito regulador de toda nossa relação com Deus. E nós oramos em nome de Jesus. Se você crê e concorda, diga: Amém! Você recebe essa palavra? Diga: Eu recebo em nome de Jesus.
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