h k [Aplausos] [Música] [Aplausos] [Música] [Aplausos] [Música] [Música] muito bem os que já me conhecem sabem como é como é minha voz eu não tenho que pedir desculpa porque você já sabem mas infelizmente eu não tenho outra eu tem que me virar com essa mesmo Eu além de ter a voz cheia e fraca E baixa e rouca eu tenho Pig agradável que é horrível pro professor que eu sempre fui mas agora tá até melhor porque no tempo que eu fui secretário de Dr arraz lá em Pernambuco eu ficava muito aperreado porque ele também pigarreava-se [Música]
a coisa mais ridícula que pode acontecer ao suorin n coisa mais triste pois bem outra coisa que tá me preocupando um pouco é que eu já falei aqui em Brasília muitas vezes nunca para um pico tão grande falei na universidade ou em alguns lugares reservados então eu como todo contador de história eu sou eu não não sei muitas histórias para contar não E ao mesmo tempo eu gosto muito de contar a história então eu tô danado me redindo eu tô com medo que você já tem ouvido as histórias que eu vou contar aqui hoje mas
se alguém já viu eu peço desculpa eu me lembro sempre eu conto sempre uma história de Tobias Barreto Tobias Barreto foi Sergipano morava em Pernambuco e juntamente com o Silvio Romero ele tomou parte no importante movimento cultural que houve lá no século X e a chamada Escola do Recife a atuação da Escola do Recife foi entre 1900 1870 e 1880 e ele Tobias Barreto era pobre feio e negro isso hoje é uma barra difícil a gente sabe ser negro não é defeito mas infelizmente a sociedade agrária feudal de Pernambuco do século X considerava mais mais
uma feiura deas Barreto e então ele foi muito discriminado ele ele fez três concursos paraa Faculdade de Direito do Recife que era a instituição universitária mais importante então que havia mas V não era a [Música] única ele fez três concursos ganhava o primeiro lugar mas e a famosa lista Tríplice nomeava ou segundo ou terceiro somente no último concurso que ele fez foi que os estudantes que gostavam muito dele pressionaram e então ele foi nomeado E então com todo com toda a razão ele ficou ressentido contra os os os professores da faculdade de direito né ele
então ele falava ele era muito ferino muito engraçado ele aí dizia que um dia um professor lá da faculdade esta Obrigado tava dando uma aula [Música] e e contou uma anedota para ilustrar a aula né todos os estudantes riram e um ficou sério ele disse você não achou graça não ele disse não senhor é porque eu sou repetente eu já ri o ano passado pois eu t eu contava essa história por aí eu tô vendo que eu tô ficando do mesmo jeito de maneira se se tiver algum repetente meu aí pelo amor de Deus me
perdoe e fja que que est ouvindo pela primeira vez bom eh eu na na condição de Secretário de Cultura de Pernambuco eu criei essa tal aula espetáculo que hoje eu dou em todo canto Mas normalmente lá eu tô viajando pelo pelo interior do Estado todinho e eu levo eu levo eh comigo músicos bailarinos e cantores mas aqui não dava para fazer isso e lá mesmo às vezes tem dificuldade então eu criei três tipo de aula dessas aulas espet que eu dou eu criei a aula plena sou eu os músicos os cantores e os bailarinos tem
aula reduzida sou eu e dois músicos normalmente o violinista Antônio Madureira compositor também e violinista rabequeiro e tem a reduzidíssima sou eu sozinho infelizmente para vocês hoje vai ser uma reduzidíssima e depois eu tinha eu para remediar um pouco isso eu pensei em fazer umas projeções aqui com a gente gravou já números com os músicos os cantores e os balarinos mas infelizmente Houve um problema técnico de maneira que vocês vão ter que me ouvir só só eu mesmo mas eu vou tentar eu vou tentar uma das coisas que eu fazia como professor já fiz muita
coisa nessa vida até advogado Eu já fui ol que que me perdoe tiver aqui alguém que que é advogado ou que tem vocação paraa direito não leve a mal que eu vou dizer não eu tô falando do problema pessoal no meu tempo não havia essas opções que tem hoje não no meu tempo só tinha três opções medicina direito e engenharia Quem era bom em conta de somar ia ser engenheiro não é o meu caso eu faço uma conta somar quatro vezes dá quatro resultados errados cada um diferente do outro B quem quem gostava de abrir
barriga de Lagartixa de manhã ia ser médico não gosto e quem não dava para nada ia fazer direito meu caro ol ah muito obrigado muito obrigado deixa a luz assim eu não gosto de falar desse escuro não que eu não sou ator eu gosto eu gosto de ver o povo tava o obrigado [Aplausos] obrigado aí eu resultado eu eu não não D para nada mas não me leve a malão os que os que que porque tem gente que estuda direito por vocação e é uma bela vocação mas eu não dava para aquilo não eu fui
estudar Direito inclusive porque me juntei com um b de gente que não dava para nada como eu Hermilo Borba Filho que era diretor de teatro e a luí Magalhães que era pintor artista plástico José Lauren de mel que era poeta e Aim e nós na faculdade o teatro do Estudante Pernambuco eu passei os 5 anos eu não sei nada de [Música] direito estudava para passar V estudava assim ser aprovado agora para vocês verem me formei aí não tinha emprego aí grande advogado lá de Pernambuco chamado Murilo Guimarães e e ele me chamou para trabalhar no
escritório dele então fiquei lá porque por falta de emprego tinha tinha opção nenhuma pois bem Olha eu nunca sofri tanto na minha vida nunca sofri tanto Inclusive eu não tenho eu não tenho habilidade nenhuma e para ser advogado a pessa tem grande habilidade astúcia porque se senão os ruins enrolam a gente é político também eu eu não eu não tenho nenhuma vocação política quer dizer eu milito politicamente como escritor sempre mei mas quiseram ver quiseram uma verz me escolher qualquer coisa lá eu digo pelo amor de Deus não faço uma desgraça dessa comigo não tá
certo eu tenho o maior respeito a política levada a sério é Aristóteles dizia é a arte do bem comum é uma coisa nobilíssima mas eu se eu for lá eu eu termino enrolado e não faço nada tudo errado pois bem agora vocês Imaginem eu S eu ser advogado eu eu não sei eu eu não sei nem usar um telefone esse me eu tô admirado que esse aqui tá tá tá bem sempre que eu que ess essas coisas eletrônicas eu eu não simpatizo com eles e eles retribuem a a antipatia tá entendendo de vez em quando
faz eu tô até admirado que até agual do fe foi bem então eu não gosto de telefone quando a moça que trabalha comigo lá o já Ten o Ví desaforo que telefonou para lá eu quero falar com Ariano ela disse não está Não Então qual é o número do celular dele ela disz ele não tem celular não houve um maior desafo que ninguém acredita eu quero lá negócio com celular um negócio que escraviza a gente eu não gosto de telefone nem convencional quanto mais Aquela desgraça do do celular e uma coisa mal assombrada não é
aí pessoal falando com a gente se a gente tá vendo a pessoa não gosto não pois bem e telefonema para mim telefonema para mim tem que ser no estilo no estilo tradicional tem que dizer tudo tem que dizer Alô quem fala se não disser isso eu me atrapalho todo pois bem um dia eu tava no escritório do Dr muril Guimarães desse advogado eu estava sozinho est perto do telefone aí tocou o telefone eu atendi em vez do homem dizer Alô quem fala o homem disse logo quem fala eu disse arian su aça ele disse desculpe
não é para ir não aí eu disse meu Deus ele queria falar com o Dr murilho fiquei com aquela agonia na cabeça aí trocou o telefone de novo eu atendi ele disse quem fala eu disse Murilo Guimarães el disse ele disse como vai você Murilo eu disse eu não sou Dr Murilo não ele disse E por que que disse que é eu disse porque quando eu digo meu nome o senhor desliga aí H uma pequena pausa [Aplausos] lá aí houve uma pequena pausa lá houve uma pequena pausa porque o próprio homem já tava ficando confuso
aí ele disse vai chamar Murilo eu disse Dr Murilo não está não ele disse E ele demora eu disse eu acho que demora ele foi pra Europa ele disse E por que o senhor não disse logo eu disse porque o Senhor não perguntou ele disse e tem algum auxiliar dele aí eu disse tem Senhor ele disse eu ele disse quem é eu disse arian fauna ele disse o senhor o senhor não sabe nem atender o telefone o senhor deixa esse negócio senhor não dá para isso não Aí eu deixei quando o Dr muril chegou e
digo Dr muril eu não vou deixar is eu não dou para isso não enfim pois bem então aí eu fui ser aí ele mesmo me arranjou um trabalho de diretor do Departamento de extensão cultural do c e depois me colocou na universidade como eu era professor de estética de filosofia da arte pois bem para isso eu tinha vocação eu me perdoe a vaidade mas eu era um bom professor meus alunos gostavam de mim eu gostava deles e Então a primeira coisa que eu Fazia era mostrar a meus alunos que filosofia da arte estética é uma
coisa [Música] fascinante é uma coisa boa de estudar então como eu hoje não tem figurinha para mostrar eu vou eu vou fazer essa experiência com vocês eu vou eu vou aqui vou dar uma aula de filosofia da arte eu garanto que eu não vou interar vocês e vocês vão gostar de saber as coisas é muita pretensão né mas vamos vamos ver se eu vou lá Vocês precisam tomar cuidado com vocês estão batendo pau daqui a pouco eu vou ficar convencido que não tem quem me aguenta essa raça de essa raça de essa raça de de
escritor é muito idoso eu vou contar uma história de de um companheiro meu eu vou dizer até o nome dele El ele tinha uma coisa ele era era simpático ele era assumido ele era um vaidoso assumido Ele se chamava Gilberto Amado era era Sergipano como zias Barreto e era de uma vaidade enorme e não sei se vocês sab mas lá na lá na na Academia Brasileira de Letras quando esido uma pessoa no dia da Posse o O Escolhido O Novo Acadêmico faz um discurso e um um acadêmico já antigo recebe faz outro discurso para receber
o novo e quando ele foi eleito o escolhido para para recebê-lo para fazer o discurso foi um grande brasileiro nascido e criado no Rio de Janeiro pessoa que eu conheci gostava muito dele e admiro muito ele se chamava ao seu Amoroso Lima Ele tem uma frase que eu acho depois vou dizer a vocês que é uma dos meus guias nessa nessa minha peregrinação que eu tenho feito eh e e todo mundo diz que Dr al fez um discurso que foi uma maravilha para receber tramado né no dia seguinte pela manhã ele telefonou paraa casa do
Dr oceu aí Dr oceu tinha saído atendeu Dona Maria Teresa esposa de Dr Alceu aí ele disse Dona Maria Teresa é Gilberto Amado Que beleza de discurso tô telefonando para agradecer Que beleza de discurso fez ao seu ontem aí dona Maria Teresa disse é verdade é verdade Dr Gilberto inclusive muita gente já telefonou para aqui hoje para dar os parabéns ao seu por causa disso todo mundo gostou do discurso aí ele disse também não admiro não com assunto como eu era muito difícil nãoa eu tô dizendo isso porque para vocês não me darem cor porque
é par são são duas coisas que eu vou eh esse esse cidadão que viem aqui indo agora que me trouxe esse cidado água ele é um um grande artista plástico chama-se Alexandre Nóbrega é meu gerro e meu ascensor para todo canto que eu vou ele vai é ele queem me leva aí de um Setembro para cá ele faz ele tem uma pintura belíssima mas de um tempo para cá ele começou a a fazer fotografia e de repente eu notei a para todo quanto que eu ia Alexandre tirando retrato meu até eu tirei uma brincadeira com
ele dis Alexandre Me diga uma coisa você tá fazendo um ensaio fotógrafo para Playboy eu digo se está a a novidade vai ser a seguinte é que o Mod delo é feio velho e tá vestido aí ele disfarçava e coisa era para fazer esse livro aí meus amigos Elias sabag e Marcos Azevedo esse livro chama-se O decifrador o decifrador sou eu aí fizeram uma exposição a exposição tá linda eu disse também não admiro não um assunto como [Aplausos] eu é assim vocês aplaudindo essas coisas aí mas eu fico por outro lado eu fico muito satisfeito
quando eu vejo vocês achando graça do que eu digo porque desde menino eu quando era menino eu tinha dois encantamentos um era a leitura o pessoal hoje me diz eu olhe Ariano a juventude não está mais lendo não eu não não acredito mas no trabalho você não fica preocupado não eu disse pelo eu fico com pena porque eu vou dizer uma coisa leitura que coisa boa poha vocês não imaginar alegria que eu tinha não eu assim que me alfabetizei eu comecei a ler e ainda hoje eu sou leitor outro dia um Jornalista em São Paulo
me perguntou se eu tinha o hábito da Leitura Digo o hábito não eu tenho a Paixão da Leitura pois bem e a outra o eu eu me deitava numa cama botava um potinho de bolacha aqui abri o livro menino que que alegria era como um mundo novo que se abria Diante de Mim o livro que coisa boa o outro encantamento era o circo o circo ol vocês não imaginam que Bastava dizer o circo chegou o mundo já ficava melhor e no circo eu tinha uma admiração enorme pelo mágico e pelo palhaço Vocês já viram que
coisa boa é o mágico e que coisa boa é um palhaço eu eu vi uma vez um um mágico ele fez uma coisa eu não eu vou ver se eu se eu dou uma pálida ideia ele ele chegou disse Olhe esse esse negócio de mágico não tem nada não isso é habilidade aí por exemplo eu vou fazer aqui uma mágica aí pegou um rolinho de papel assim ele rolou era uma faixinha de assim dos três Dent ele enrolou pegou a tesoura cortou aí ele primeiro desenrolou assim depois ele enrolou cortou aí disse aí depois eu
abro esse esse rolinho e tá tava inteiro de novo aí o povo bateu pau e coisa ele disse mas olha isso é uma questão de habilidade eu vou mostrar a vocês como é que eu faço eu estava com dois rolinhos aqui só que eu seguro aqui ele tava com dois rolinhos aí ele disse eu peguei esse mostrei a vocês cortei botei lá de volta mas quando eu desenrolei foi o segundo entendeu então eu disse eu peguei o segundo e cortei aí eu botei aqui então vendo Então repare o primeiro tá aqui aí tava inteiro de
o segundo tava inteiro também menino do circo quase vi abaixo eu fiquei encantado quer dizer sai do do mundo cotidiano né no mundo do mágico no Mundo do Circo é possível uma coisa dessa a cortar uma coisa e ela se emenda sozinha e o palhaço também eu achava Olha o palhaço o palhaço grigório foi o primeiro palhaço que eu vi na minha vida era o cir que chegava lá em itaperoá a minha terra no sertão da Paraíba aí grigório eu eu eu devo tanto a grigório que olha eu vou perguntar aqui não é por vaidade
não é só que eu quero saber quem me teve Quem foi aqui que leu o alar Compadecida assistiu no teatro agora na televisão vi Acho que todo mundo viu né bom então quem leu quem quem leu ou assistiu no teatro sabe que no al da Compadecida o autor representado por um palhaço eu pedi para que o ator o autor fosse representado por um palhaço porque eu queria realizar Aquela minha vocação pois bem então eu nunca nunca fui tô sendo agora tá certo esse grupo que eu criei Eu Eu batizei de círculo da onça bhada e
o palhaço sou eu não não abro mão para ninguém tá certo Sou palhaço e sou o dono do circo e outro dia fiquei orgulhos simo uma moça de Minas Gerais escreveu um livro uma enciclopédia sobre o circo no Brasil e teve até um nome muito bom en ciropédia em vez de ser enciclopédia ela enciclopédia e e pois bem aí um capítulo lá ela dedicou aos circos e atividade no Brasil e lá está o meu circo daça malhada chama circo daça malhada eu chamei por esse nome que aça Malhada é o povo brasileiro né que a
coisa que eu acho mais bonita do povo brasileiro é essa diversidade né Tem gente de todo tipo Maravilha até outro dia eu eu fui dar uma aula em Curitiba e um amigo meu que conhecia Já disse olha não vá com suas histórias para lá não porque ali não é Brasil não tá vendo conversa dele conversa dele Cheguei lá era a mesma coisa mesmo povo certo o mesmo povo brasileiro com as mesmas cara e pois bem você veja que que que coisa até Dev uma coisa muito boa porque quando eu cheguei na eu disse ir do
avião lá no aeroporto tava me esperando uma mocinha que era ligada lá à à secretaria de cultura que era quem tava promovendo aí ela olhou para mim e disse Fez boa viagem professor eu disse minha filha você me desculpe mas eu não conheço viagem de avião boa não eu só conheço dois tipos de viagem de avião a e as fatais havia havia uma coisa tão ruim que a gente reza PR viagem tediosa porque quando sai da rotina É Pri bem agora vej queis delicada ela eu cheguei lá o povo tinha se informado sabia que eu
soubo e fui adotado como filho por Pernambuco Então tinha um grupo lá de jovens adolescentes regidos por um brasileiro descendente de polonês e o grupo de de adolescentes tinha preto branco louro tinha uns olhin puxado assim bonitinha uma japonesinha e e vejam que delicadeza então cantaram um coco da para eu soubo e o Maracatu de Pernambuco porque sabe que eu sou filho adtivo de Pernambuco vejo então o Brasil é a mesma coisa que mais me admira essa unidade que o Brasil tem unidade na diversidade pois bem aí eu tava falando negó de viagem viagem de
avião eu não entendo uma pessoa entrar num negócio chato daquele por prazer para ouvir Aquelas mesmas coisas com aquele sotaque desagradável que não é de estado nenhum eu já fiz uma pesquisa não é de estado nenhum não é e outro dia eu viha no avião uma moça até delicada olhou para mim e disse o senhor CAF senh O que que tá dizendo [Aplausos] [Música] eu fiquei com vontade de dizer a ela Olhe fale de como gente que eu lhe respondo mas e depois eu ali que chata a viagem a gente ouve Aquelas mesmas conversa eu
já não aguento mais não eu tô com 86 anos já ouve português depois ouvi inglês não é e depois eu gosto muito de teatro que eu sou de teatro Faz aquela aquela mímicas [Aplausos] inha é chato demais é chato demais pois bem e além do mais que viagem ag goreta Não é a primeira coisa que eu eu faço quando eu me sento no avião é olhar Vocês já viram aquela frasezinha que tem lá né para flutuar use o assento da poltrona flutuar flutuar onde eu não vi aqui nada não minha senhora eu vi aqui voar
Não é repare que a gord da nada para flutuar os o acento na poltrona pois bem uma vez Eu fiz uma Viagem cansativa desgraçada eu peguei o avião em Porto Alegre desceu em florianópol desceu em Curitiba São Paulo Rio aí eu ia ia para Belo Horizonte no rio eu troquei de avião Fui para outro avião já eram 7:3 eu já tava moído cansado exausto aí quando eu me sentei assim que eu olhei lá estava a frase para flut aí eu para tirar os olhos eu recostei a p assim olhei para cima sabe o que tinha
escrito bolsa para sobreviver na selva é para que a gordo da peste Ô ou po bem então com essas disposições todas vejam bem eu agora eu vou tentar Eu gosto muito de rir e gosto de fazer rir e eu sinto que nisso o povo brasileiro é meu companheiro tá entendendo povo brasileiro gosta de rir até de si mesmo a gente não é Até de nós mesmo a gente manga mas o ris umais muito important ris umao important o grande dramaturgo Fran el dizia não existe tirania que resista a uma gargalhada que dê três voltas em
torno dela tem medo é por isso que os tiranos T tanto medo dos autores cômicos eles têm medo por aquela seriedade deles a gente desmancha e quando eu era jovem hoje estava melhor quando eu era jovem esfregavam dois países na minha cara de dois em dois 2 minutos era a Suíça e a Suécia apresentava a Suíça e a Suécia como países que não tem defeito e a e a Inglaterra também olha tinha um sujeito lá no Recife ele Aliás ele era de Caruaru mas ele ele viajou pra Inglaterra e lá ficou deslumbrado com a Inglaterra
eu Algum de vocês nascendo de suíço Sueco ou ou inglês não leve a mal não eu tô somente exemp ficando bastaria a a Inglaterra ser a pátria de shakes shakes sozinho salva aquilo tudinho é mesmo pois bem então o o o o o povo suíço estregar na minha casa e esse camarada começou a enche a paciência da gente depois ele naturalizou naturalizou-se em inglês aí ele vinha passar temporada no Recife ele começou a publicar num dos jornais do recif ele começou a publicar todo domingo saiu um artigo dele chamado o que podemos aprender da Inglaterra
eu já estava aqui não aguentava mais a Inglaterra só tinha qualidade o Brasil só tinha defeito aí eu no outro jornal comecei a publicar O que podemos aprender da Turquia ent aí todo dia ele out ele só aguentou três calou-se não continuou não pois bem e a outra coisa era esse negócio do país exemplar Olha a Suíça Como já disse eu não tenho nada contra a Suíça e acho o povo suíço está ordinário gosto muito de PC grande pintor que era suíço mas aquele povo Deus me livre olha Deus sabe o que faz Deus me
livre de nascer no lugar daquele um amigo meu foi para lá um amigo meu foi para lá ele disse que no fim ele já aqui não aguentava mais tá certo porque ele ele obrigado a cumprir a lei assim nós brasileiros somos muito indisciplinados né e ele obrigado a ele aí disse que tava com tanta vontade de infringir que ele ficou esperando até meia-noite El ele esperando na frente da casa dele no momento em que fechou o sinal Ele atravessou com o sinal fechado pois bem tinha uma mher lá disse atravessando a rua com sinal fechado
Eu vou denunciar denunciou ele é um país de dedo duro Foi bem ele ele mesmo me contou ele passou outra na Suíça que eu não sei vocês mas eu sou eu sou um brasileiro típico tem uma coisa que eu faço que dizem que todo brasileiro é assim eu não se os outos Mas eu sou Dizem que o o brasileiro quando diz assim olhe ele vai ser convidado para alguma coisa ele disse eu vou com certeza irá ou não mas se ele disser assim eu vou fazer toda a força para ir não vai de jeito nenhum
eu sou desse jeito mesmo a gente não quer negar na hora pois bem outra coisa eu sou do tempo da carta né Hoje quase não tem mais como negó do de Ema né Eu chamo as coisas do jeito que eu vejo escrito pessoal chama e-mail mas eu chamo em que tá escrito ma mas eu ainda só do tempo da carta pois bem eu recebia muita carta e eu não tenho tempo de responder não eu sou muito ocupado aí eu encontrava um amigo um amigo dizia para mim não recebeu minha carta não eu digo Recebi e
respondi mentira né agora ele também é brasileiro aí ele ele sabia que eu tava mentindo eu sabia que ele sabia que eu tava mentindo ele sabia que eu sabia que ele sabia que tava que eu tava mentindo tá certo mas como ele era muito brasileiro ele ele entendia que o que eu tava querendo dizer era Olha eu não respondi não mas eu gostaria muito ter respondido porque eu gosto muito de você né pois bem esse meu amigo um amigo dele lá fez amizade com ele um suíço aí o suíço disse Miguel o nome dele é
Miguel Miguel Monteiro Santos Miguel eu eu faço aniversário vou comemorar meu aniversário sábado Vá lá em casa ele está certo aí ele não foi quando foi na semana seguinte encontrou com o amigo amig Rapaz você não foi meu aniversário não ele disse você não recebeu meu telegrama não o suí disse como é você me mandou um telegrama repare que aí Miguel disse mandei ele processou o correio Rep que sujeito chato dos [Aplausos] 600 foi bem provar que ele tava mentindo ele teve que se mudar ele se mudou pra Itália ele disse eu vou pro país
como a gente é que que Deus me livre de nascer num lugar desse Tá certo Deus sabe o que faz na Alemanha se eu nascesse eu era mudo que aquela língua não aprendia não aquela língua não é falada não é ros nada não é Deus me li que língua feia da peste e agora essa negó de inglês eu já não aguento mais não eu outro dia eu peguei um jornal às cinco ou 10 primeiras linhas da matérial Eu não entendi nada tudo assim é mail não sei quê e não entendi nada olhe eu vou dizer
uma coisa a vocês vocês pegu o analfabeto mais ignorante de Brasília pergunta a ele é por isso que eu o português além de ser a língua mais bonita do mundo não sou eu que digo não era Servante que era espanhol ele dizia o português é a língua mais sonora e musical do mundo repare e a gente com essa língua maravilhosa Olha eu vou dizer eu vou dizer os gestos de Camões eu vou dizer os vos de cões É Uma cantiga de morte e glosa vocês sab sabe o que é mote e glosa não o mote
é o motivo que a gente dá ao poeta a glosa é a variação que ele faz incluindo o o verso que a gente deu os cantadores do Nordeste T isso olha eu vou fazer um antes de recitar os veros de Camões eu vou recitar uma glosa que um cantador nordestino fez eu dei uma morte a ele repare que não é fácil eu deu morte a vida venceu a morte eu vou dizer uma coisa a glosa que ele fez com esse bote Caldeirão de La Barca o grande poeta espanhol do século X ele assinaria eu eu
faço um acordo com vocês se vocês não gostarem permaneçam Como estão mas se gostar me deu o sinal repare isso improvisado Tá certo foi improvisado na hora S testemunha eu deu morte a ele pois bem ele ele fez a gló seguinte na vida material cumpriu o sagrado destino o filho de Deus Divino nos deu Glória espiritual deu o bem tirou o mal livrando-nos da mal sorte para de seu suplício forte como o maior dos heróis morreu para dar vida a nós A Vida Venceu a morte tá bonito não pois bem Camões Camões pegou uma catiga
Popular portuguesa do tempo dele e glou fez duas estrofes glosando o último verso da cantiga do mode o mode era o seguinte descalça vai para a fonte Leonor pela verdura vai Formosa e não segura vai Formosa e insegura né vai Formosa e não segura aí ele glou repare que beleza descalça vai para a fotte Leonor pela verdura vai Formosa e não segura na cabeça leva o pote o texto nas mãos de prata cinto de finas escarlata sainha de chamalote traz a Vasquinho de cote mais branca que a Neve pura Vai Formosa e não segura descobre
a touca a garganta cabelo de ouro entrançado fita de cor de encarnado tão linda que o mundo espanta chove nela graça tanta que dá graça à formosura vai Formosa e não segura e aí vejam vejam que língua bonita repare que coisa linda quando ele diz descobre a touca a garganta cab chove nela graça tanta que dá graça a formosura olha que coisa linda e como é musical a língua né chove nela graça tanta que dá graça à formosura Olha eu vou dizer uma coisa a mulher que não cai numa cantada dessa É porque tem um
coração de pedra não não hein chove nela graça tanta que D graça à formosura pois bem então Eh como eu tava dizendo vocês procurem o analfabeto mais ignorante de Brasília pergunte o que é isso ele diz é um copo Tá vendo como é fácil e ele sabe eu sei vocês sabem que isso é um copo pois em inglês não é não em inglês é glécio Ó que coisa horrorosa e diga uma coisa isso tem cara de glécio a gente quando olha não vê que é um copo não é pois bem e tem mais uma coisa
é uma língua [Música] [Aplausos] além de feia é uma língua pobre porque em inglês copo é GL e vidro é GL a gente tem duas palavras tem uma para dizer um copo de vida in dizer um GL de [Aplausos] [Música] GL posso admitir não posso admitir não a a a língua portuguesa é o meu material de trabalho eu escrevo em português eu falo português e e eu eu não abro mão dela de jeito nenhum para tá agora com essas essas coisas aceito não não aceito não Outro dia eu eu fui dar uma aula no colégio
do Recife quando eu cheguei lá tava uma facho no dia do Estudante o colégio tal oferece a seus alunos uma aula Show do professor Ariano faça eu disse tira a faixa senão não dou aula eu não dou aula Show não eu dou aula espetáculo e e e [Música] show eu show da minha terra é uma interjeição de espantar galinha só li foi bem então então po eu gostando de rir gostando de fazer rir eu eu desde muito Moço eu eu comecei a a querer saber por que é que a gente acha graça em determinadas histórias
pois bem é essa aula que eu eu eu sei que eu tô falando deis mas eu acabo já obrigado mas não me dei muito na corda não que eu falo muito viu eu falo muito eu tenho isso em comum com Fidel Castro eu eu falo foi bem então eu comecei a querer saber porque é que a gente acha graça e determinadas histórias e e não achem outras aí eu eu a primeiro o primeiro grande Pensador que eu encontrei para explicar o que era o cômico foi Aristóteles o grande filósofo grego anterior Cristo vejam que inteligência
aguda lúcida brilhante tinha Aristóteles ele definiu o cômico como sendo uma uma [Música] desarmonia de pequenas proporções e sem consequências dolorosas repar uma desarmonia B bem eu vou contar uma história a vocês eu não sei se vocês conhecem não sei se já alguém aqui já me ouviu contar eu tenho maior admiração por essas histórias o povo brasileiro é de uma criatividade extraordinária não é inventa as histórias mais maravilhosas do mundo que povo inventivo danado é o nosso Às vezes as pessoas diar Você tem uma imaginação danado imaginação nada eu copio eu copio coisas que o
povo brasileiro faz a minha peça mais conhecida mais popular de longe disparado é o al da Compadecida pois bem eu me basei para fazer aquela peça eu me basei em histórias do povo brasileiro eu vou recitar um folheto que foi um dos que me me me motivaram a escrever o al da Compadecida então eu vou dizer vou assumo mesmo peço mesma coisa a vocês se não gostarem per mas se gostarem Me Dê Um Sinal outro dia me perguntaram aqui é que eu atribuía o poder de comunicação do al Compadecida eu disse eu posso dizer isso
sem nenhuma sem nenhum cabotinismo sem nenhuma vaidade porque não não atribua a mim não eu atribuo a força das histórias populares nas quais eu me baseei para escrever o al da Compadecida bom então eu vou dizer o o o folheto que eu conhecia desde menino eu Vie contar um caso que fiquei admirado um Sertanejo me disse que no século passado viu se enterrar um cachorro com ho de potentado um inglês tinha um cachorro no folheto era um inglês mas eu não quero em peça minha não quero inglês nem para eu falar mal Tá certo então
eu botei um padeiro brasileiro mesmo mas no folheto era no inglês o inglês tinha um cachorro de uma grande estimação morreu dito cachorro e o inglês disse então ent Terra este cachorro aa que gaste um milhão foi ao vigar e lhe disse morreu o cachorro de mim e Urubu do Brasil não poderá dar-lhe fim Olha a arrogância inglesa né Se fosse o um urubu inglês não podia ser mas urubu brasileiro e Urubu do Brasil não poderá dar Fi cachorro Deixou dinheiro perguntou-lhe o padre assim quer enterrar disse o Vig inglês você pensa que isso aqui
é o país de vocês disse o inglês com cachorro gasto tudo desta vez ele antes de morrer um testamento aprontou seos de réis em ouro para o Vigário deixou antes do inglês sear o Vigário suspirou coitado disse o Vig de que morreu ess pobre que anig [Música] Nobre antes de ir para a cova fez presente do cobre leve lá para a igreja que eu vou encomendar Isto é trago o dinheiro antes dele se enterrar que esses sufrágios fiado é possível não salvar e lá se foi o cachorro o dinheiro foi na frente teve imponente o
enterro missa de couro presente lá daí etc etc melhor do que certa gente mandaram contar ao bispo que o vigar tinha feito o enterro de um cachorro o que não era direito o Bispo reclamou muito mostrou-se mal satisfeito mandou chamar o Vigário pronto o Vigário chegou às horas sua excelência o Bispo lhe perguntou então que cachorro foi que o Reverendo enterrou foi um cachorro importante animal de inteligência ele antes de morrer deixou para vossa excelência três colos de R ouro o Vig Resolveu a rachada ele antes de morrer deixou para vossa excelência três contos de
réis e ouro se eu errei Tenha paciência não errou não meu Vigário você é um bom pastor a culpa é do é é a desculpe eu incomodá-lo a culpa é do portador um cachorro como esse vê que é merecedor tá vendo a peça a peça estava pronta né só fiz pois bem como eu dizia uma história inventada pelo povo brasileiro agora vejam essa outra eu tava falando que tem histórias que o maior mistério porque eu não sei se vocês conhecem é a história de dos dois céos que foram passear num bote disse que eram dois
cegos um era cego dos dois olhos e era muito forte o outro tinha um olho bom mas era magro quase paralítico B aí um dia um chamou disse vamos mandar um passeio de bote dis tá doido rapaz a gente desse jeito ele disse não você que é é forte Rema e eu que tenho um olho eu eu vou ali no no Leme nãoé a dis então V aí foram quando tavam aí começaram no no domingo entraram no bote e o o forte remando e o o ca lá aí quando ele ele estava já no alto
mar o cego forte cego dos dois olhos puxou deu puxado assim o remo escapuliu e furou o olho bom [Aplausos] aí quando ele furou aí ele disse pronto quando ele disse pronto outra pessoa que tinha chegado desembarcou bom agora me diga porque é que a gente acha graça num diabo de uma história dessa [Aplausos] [Música] história bem mas vocês vejam o seguinte eu tô dizendo isso para comentar dição de Aristóteles não sei se aa estão lembrados uma desarmonia de pequenas proporções e sem consequências dolorosas a primeira coisa que eu fiz foi comunicar a vocês que
era uma história inventada pelo povo brasileiro Então os dois cegos são dois personagens abstratos imunes ao sofrimento né não sofre ele não existe e depois mesmo assim tem um momento perigoso da gente sentir compaixão que aí o r parece é o momento em que fura o olho eu olho de propósito então eu fiz gesto de palhaço não é aí eu dis pronto aí vocês iram Claro porque eu anestesie a sensibilidade de vocês para vocês não se aperceberem das possíveis consequências dolorosas e da ação vão entender vejam como a definição de Aristóteles é aguda não é
bom dito isso eu eu disse a minha admiração pelo povo brasileiro pelas histórias que ele inventa Agora eu tenho especial predileção por três história de três tipos Eu gosto muito de três de [Música] mentiroso de doido eu gosto muito de mentiroso de doido e de palhaço eu gosto muito mentiroso doido de palhaço Olhe entendam bem eu não gosto de quem mente para fazer o mal e prejudicar os outros eu tenho uma peça chamada faa da boa preguiça onde se diz assim há uma preguiça há uma preguiça com asas outra com chifre e com rabo há
uma preguiça de Deus e uma preguiça do diabo a mesma coisa eu digo da mentira há uma mentira com asas outra com chifre e com rabo há uma mentira de Deus e outra mentira do diabo a mentira que eu gosto é a mentira de Deus eu gosto do mentiroso que mente por amor à arte Tá certo porque nisso ele se identifica conosco O que são os Escritores O que são os Escritores São pessoas que tão se contentam com o universo cotidiano e inventa outro pois o Mentiroso é assim não é que povo bom para inventar
coisa que não existe no no lá no Recife eu tô cultivando um mentiroso ele ele me disse que o pai dele era o maior produtor de mel de abelha do o estado porque conseguiu fazer um cruzamento de abelha com [Música] Vagalume e os mti trabalham de dia e de noite a luz a luz das velas é uma [Aplausos] [Música] maravilha olha eu chamo a atenção de vocês que eu tô aplaudindo o mentiroso né com essa história eu tô dizendo isso porque outro dia um um um escritor no do Rio de Janeiro ele disse que eu
me empolgo tanto com o que falo que às vezes aplaudo a mim mesmo eu não estô aplaudindo a mim mesmo não quando vocês me aplaudiram eu parei eu aplaudi aplaudi do mentiroso Isso é uma história linda né o abum o abum não existe não mas devia existir ele est invento pois bem e nós escritores eu tô falando do da Compadecida vocês já notaram que a compadecida é uma enorme mentira o al tá compadecido é uma mentira enorme não é ol se J gripo pegasse um cangaceiro de verdade e fosse com aquela conversa da da bexiga
do cachorro não sei o qu ele levava um tiro na caixa dos peito que ele passava o resto da vida morrendo mas ali eu mitto demais então é mentira agora outra coisa curiosa quando eu era menino quando eu era eu comecei a escrever com 12 anos de idade e meus irmãos meus irmãos mais velhos costumavam dizer costumavam dizer que eu era um assassino danado porque quando eu não sabia o que fazer com personagem eu matava e a verdade o primeiro o primeiro conto que eu escrevi era uma história de um camarada que ia pr pra
revolução de São Paulo em 193 32 voltavam quando ele chegava de volta pro setão da Paraíba encontrava a mulher dele com um urso aí matava a mulher e o urso e se suicidava matei os três Sobrou ninguém pois B aí aí aí eu eu achava muita graça que ele dizia mas depois eu vi que é mesmo e depois adulto mesmo Vocês já viram o al da Compadecida é minha peça cômica que o povo mas é um mat todo mundo né todo mundo morre fuzilado não é só escapa Chicó porque eu tenu uma simpatia por ele
porque é o mentiroso o salve Chicó [Música] né e Chicó é o que eu digo a vocês eu copio Chicó existia o mesmo e se chamar para Chicó e era mentiroso é uma coisa eu vou contar a vocês uma história que eu não coloquei no al da Compadecida veja que história boa ele falava que que tinha ele tinha passado um tempo no Amazonas aí você imagina um mentiroso com um motivo desse não é foi ele contava histórias tremendas da am uma delas tá lá no al da aquela história do Pirarucu né que que puxou ele
para cima três dias e três noites e o sujeito perguntou e você não sentia fome eles fum não mas er uma vontade de fumar nada pois bem aquela história eu vi ele contar e botei lá não é eu vou contar outra que eu não mudei em canto nenhum ele disse quando ele estava no Amazonas ele era muito requisitado para para cuidar de gado né porque ele sabia ele era Nordestino do Sertão e E aí ele era muito requisitado pelos fazendeiros para tomar contra do Gado e ele disse que tinha uma um cachorro lá uma uma
cachorra treinada para ajudar na na no trabalho com o gado né aí um dia elez estava no mato com com o rebanho espirrou uma vaca assim entrou no mato da carreira aí ele est tomou a cachorra pega pega sumiram-se a vaca e a cachorra seis anos depois ele disse ele já estava em Taperoá né que é a minha terra lá no sertão da Paraíba já estava em Taperoá aí ele vinha no ônibus assim de repente ele disse para para para que eu tô conhecendo a garupa daquela vaca Pararam o Anjo Chicó desceu aí ele disse
quando eu cheguei lá tava a vaca e eu não eu eu tinha feito uma maldade inconsciente eu não sab eu não me lembrei eu não expliquei a cachorra que era para levar pro Curral do Amazonas ela aí tinha trazido ela trouxe do Amazonas até Tap peruá da Paraíba viu aí ele disse e vejam que era uma cachorrinha Ali Al quando eu cheguei lá tava A Vaca e o esqueleto da cachorra a aqui ela tinha levado até Tap peruá chegou lá ela mordeu a a bochecha da vaca ficou assim e ficou me esperando eu não cheguei
a [ __ ] morreu aí o camarado disse mas Chicó e os ossos se desmancharam ele disse não sei só sei que foi assim é uma história [Música] [Aplausos] [Música] maravilhosa foi bem então depois da da da eu eu acabo já eu vou se lembrando aí até agora eu falei definição dada por Aristóteles mas pra gente chegar na essência do cômico a gente precisa de muitos pensadores inclusive clant grande filósofo alemão ele deu uma definição muito boa do como que a gente combinando com a de arist ajuda muito o cômico segundo ele tinha o elemento
de surpresa primeiro tinha o elemento de surpresa o mau contador de história deixa logo a gente saber o fim né quando chega no fim a gente ri por educação não é po esse elemento de surpresa de de cant dizia então el é a a a súbita a redu súbita redução quer dizer com elemento surpresa súbita redução de uma Tera expectativa a nada a gente R quando a gente tá cria-se uma expectativa grande de repente essa expectativa é reduzida a nada a gente então R eu recentemente eu estive num pastoril no e o velho o velho
de pastoril tirou a brincadeira lá que é isso mesmo ele foi apresentar a as pastoras dele botou cinco moços assim disse essas são minhas pastoras e eu vou dizer o nome delas pata peta pita pota e Creusa a gente cria a expectativa não é de então vocês vejam eu eu não gosto de palavrão Tá certo eu não gosto de palavrão eu acho uma coisa vulgar isso é engraça eu fui outro dia ao espetáculo do ator cômico ele não era do Recife não mas tava lá uma temporada eu fui eu eu não ri nada até a
quase o fim do espetáculo eu não vi nada porque ele só fazia dizer palavrão tinha novidade nenhuma para mim eu conhecia todos e eu conheço até mais porque eu sou de orig rural de Formação Urbana Eu Sei os palavrões do campo e da cidade Ele só sabia da cidade achei graça eu só gosto do palavrão quando é dito com inteligência Freud disse uma coisa muito boa sobre o cômico ele disse que o cômico é a revelação do obsceno por baixo do simbólico sendo o simbólico mostrado por palavra de aparência inocente repare repare como isso é
é curioso então eu vou eu vou dar vou contar uma pequena história nordestina e brasileira para vocês verem o exemplo típico da teoria de Freud então o pessoal conta que numa feira do setão no nordeste tava um profeta que ganhava a vida Profetizando as coisas dos outros né a vida dos outros aí chegou um sujeito implicante disse isso não é verdade não isso é charlatanismo ele ficou indignado o meio de vida dele disse não senhor não é ch não isso é verdade você quer ver eu provar que é verdade você duvida que eu lhe diga
onde está seu pai nesse momento aí o disse como é rapaz você vai dizer onde é que tá meu pai agora ele disse é ele está se você diss eu acredito onde é que tá meu pai aí o profeta se concentrou assim e disse seu pai está num bar em Campina Grande tomando cerveja aí o cado disse Rapaz você quebrou a cara eu aceitei de propósito meu pai morreu há 12 anos atrás aí o profeta disse quem morreu foi o marido de sua mãe seu pai está [Aplausos] [Música] [Aplausos] lá então repare Já passei a
vocês três definições não é o cômico é uma desarmonia de pequenas sem consequências dolorosas né Aristóteles segundo o cômico é a súbita redução de uma tensa expectativa a nada C agora Freud o cômico é a revelação do do obico do sexual e do obsen por baixo por baixo de palavras de aparência inocente não é então Eh vocês por aí já tem uma medida de como é interessante o estudo da filosofia da arte né estamos aqui vendo a teoria do cômico Outra coisa o grande Pensador francês hry berkson ele dizia que o cômico é resulta da
superposição do Mecânico ao vivo vejam bem eu sei que fica bem difícil de entender assim mas eu vou explicar e vocês vão entender ele dizia que a gente ri quando a gente espera um acontecimento ou uma história que tenha a inventividade e a graciosidade da vida a mobilidade da vida e em vez disso o que aparece alguma coisa de mecanizado de grosseiro ele dizia uma coisa muito curiosa por é que a gente porque é que a gente acha graça de uma queda aí ele dizia Porque se o Se o Espírito mergulhasse a carne de tal
maneira que a carne também se espiritualizasse nós nunca cairíamos ao escorregar nós faríamos um movimento gracioso de recuperação mas a gente cai feito uma tábua mecanicamente vem a superposição do Mecânico ao vivo tão vendo outra ele perguntava por que é que os gêmeos são engraçados Realmente você você não sei se vocês já viram eu já vi TR gmeos Iguais por exemplo se eu se eu tivesse dois irmãos gêmeos eu entrava aqui agora vocês aceitavam aí entrasse outro igualzinho aí vocês já ficar quando entrasse o terceiro vocês caiam na gargalhada por quê Porque dá a impressão
que a gente tinha sido fabricado em série não é mecanicamente não é outra coisa ele dizia por que é que um movimento por que é que um tic nervoso um tic nervoso por que é que é cômico ele dizia porque dá a impressão de que uma mecânica se inst instalou no corpo da pessoa T nervoso n né dá a impressão que que ele é governado por uma mecânico e não tem liberdade sobre os os os seus movimentos então ele dizia o movimento é É cômico quando dá a impressão de que uma mecânica se instalou no
no da pessoa eu contei essa história já aí da televisão não sei se vocês viram lá no Recife tem um sujeito não mais vivo não cam chamado Benedito musc eu não sei de o nome dele o apelido era esse chamo também chamavam também calang elétrico porque ele não controlava o envolvimento não né pois bem aí o pessoal no tempo que calang elétrica era vivo era no tempo da da tinha uns uns Bondes no Recife chamavam Bondes P porque eles eram feit cor de alumnio aí diz que um dia e nãotinha nãotinha cobrador não nãotinha nãotinha
como é boleto não Naquele tempo era um cobrador que vinha cobrar a gente e tinha até a metade do da frente até a metade do Ô do Bonde era as cadeiras eram assim a gente ficava mas da metade pro fim tinha dois bancos compridos que o pessoal chamava cara dura porque a gente sentava e ficava Olha o b saí assim a gente olhando cara dura pois bem aí disz que um dia carang elétrico nesse tempo o o ônibus custava 50 centavos aí cal chegou com a mulher e só tinha um lugar no cara duro de
cá e outro lado a mulher de carang sentou lá e ele sentou aqui quando o cobrador chegou junto dele ele deu uma nota de r$ 50.000 seria r$ 50 hoje r$ 50.000 aí quando ele foi apontar a mulher e fez aí o sujeito deu R 1,50 de tronco ele pagou todo mundo porque pensou que [Aplausos] [Música] [Aplausos] [Música] elra vez no tempo de carnavalha com a mul ou no mesmo B aí não tinha lugar não eles fic em pé era o tempo de Carnaval e eles ficaram em p e seguraram lá no naquele varão que
tinha e a mulher de calang elétrico Olhe eu eu tenho uma admiração para mulher enorme acho mulher melhor do que homem né acho as mulheres uma coisa extraordinária mas tem umas coisas dela que S estranho né nesse tempo é porque eu não posso mais sen eu tenho medo de cair as peras não aguentam mais mas para subir no ônibus as Mulheres nesse tempo tinha uma uma primeiro elas tinham aqui no ombro uma espécie de uma Tapioca e o e o vestido era cortado aqui embaixo O vestido era era cortado assim e e ficava aquela coisa
assim feita as as dragonas de Deodoro da Fonseca e no no joelho era tão apertado que para subir do ônibos ela subiu assim não podia fazer isso a a fic lá em pé e a mulher de galang assim com aquilo cortado aqui ela era parruda aí sobrava um pouco da musculatura aqui aí lá viha um bêbado aí quando ele list que ele não aguentou aí hum deu um beliscão na musculatura aí calang elé puxou o revólver para atirar no Meo mas quando ele puxou o revólver ele fez pá atirou para trás aí quando ele atirou
vinha subindo um bombeiro com aquele calambre assim naquele qup né aí a bala passou aqui arrancou o bombeiro não quis conversa correu até o quartel dele chegou lá dis seu Comandante não deixa ninguém no Espinheiro não é um bairro lá do Recife não deixa ninguém no espiro tá uma perseguição aos bombeiro lá horrível ol eu não fiz nada levei um tiro aqui que eu não sei como pois bem então é é a história de beon não é é uma mecânica instaurada na na no gesto da pessoa Enfim vocês estão vendo que o estudo da filosofia
da arte pode ser é uma coisa interessante Então eu quero agradecer profundamente pior Muito obrigado muito [Aplausos] [Música] obrigado eu quero agradecer a [Música] vocês porque eu vou dizer eu não vinha não eu vim porque sou eu tá certo vocês Fizeram essa alegria est aqui esse povo todinho pois bem então Eh eh para para concluir eu vou concluir contando uma história que me aconteceu há pouco tempo quando eu me tornei secretário do governador Eduardo Campos eh um deputado que se dá cordialmente comigo e com e com Eduardo mas política ele tava tava do outro lado
e resolveu fazer um discurso na Assembleia lá contra e terminou sobrando para mim Olhe vocês não sabe o que eu tenha dado do do do em Pernambuco Não eu não gosto de viajar mas eu meti da cabeça tá de contar his outra história eu vou contar uma história eu eu não sei se vocês devem ter recebido um programa ol aí arte como missão eu vou confessar uma coisa horrorosa a vocês eu me convenci de um certo tempo para cá eu me convenci que o povo brasileiro tinha me encarregado uma missão que era essa que eu
tô cumprindo aqui agora procurando cumprir me mostrar ao Brasil que o Brasil é um grande país tem uma grande cultura e o nosso povo é um grande povo então eu me ti na cabeça que o povo brasileiro tinha me encarregado dessa missão até que eu comecei a descobrir eu me lembrei de uma história dessas histórias brasileiras diz que um dia um doido eu gosto muito de além de mentiroso Eu gosto muito de história de doido não sei se é por identificação mas eu gosto tem eu tenho uma um primo Saul que ele disse que ele
disse uma vez ali Ariano na família da gente quem não é doido junta pedra pros outros jogar no povo e eu acho que é verdade mesmo porque repare uma coisa para todo canto que eu vou eu levo essa caixinha aqui vou botar aqui para vocês verem pelo barulho que é pedra quer dizer eu tô na fase junto a pedra né mas essas pedras tem um significado para mim que vocês não imaginam essa aqui me foi dada pela minha mulher onde é que tá a minha mulher is Cadê você hein [Música] [Aplausos] é ali pois bem
aquela mulher ali eu namoro com ela desde o dia 20 de agosto de 1947 não acabou ainda nem vai acabar certo e ela conhece a peça com quem é casada aí ela em 1948 a gente chegou no no na beira do rio São Francisco ela sabe da importância que o Rio São Francisco tem para mim ela pegou e me deu essa pedara essa aqui ela me deu em Tiradentes em Minas B agora e aqui tem uma bala que foi encontrada no setão de Canudos onde houve a guerra de Canudos eu acho o episódio de cudos
o episódio mais significativo da história brasileira quem não entender Canudos não entende o Brasil [Aplausos] [Música] não Machado deis dizia que No Brasil existem dois países ele dizia o país real é bom revela os melhores instintos mas o país oficial é caricato e burlesco nós todos somos nascidos criados formados e deformados pelo Brasil oficial mas eu espero que vocês façam como eu não tô me dando como exemplo não foi somente que eu tive essa essa ideia quando era muito Moço eu disse como é que eu vou fazer meu teatro meu meu romance minha poesia eu
vou olhar como é que o povo do Brasil Real faz essa história do cachorro que o enterro do cachorro que eu acabei de recitar PR vocês é uma hisa criada pelo povo do Brasil Real então eu sou atento a que é que o povo do Brasil Real faz o que ele quer como ele pensa como ele canta como ele se veste como ele [Música] escreve porque eu acho que nós do Brasil oficial temos obrigação com esse maravilhoso povo do Brasil Real a gente tem obrigação de acabar com essa distância Terrível essa dilaceração Horrorosa que existe
nosso [Aplausos] país Então o que foi que aconteceu em cudos o povo do Brasil real levantou a cabeça se organizou numa sociedade que não sofreu nem deformações nem imposições que lhe viesse nem de cima nem de Fora o Brasil oficial foi lá encontrou a cabeça dele na pessoa de Antônio Conselheiro O Profeta então eu ando com essa balinha aqui para não me esquecer disso nunca bem então como eu disse em cima do desse desse desse carro para cima e para baixo sem gostar de viajar mas eu eu comecei a cumprir minha missão já Visitei 87
municípios do interior de Pernambuco levando levando o espetáculo para lá porque eu acho que eu tenho obrigação de mostrar ao povo uma alternativa para essa arte de quatra categoria que andam espalhando aí corrompendo o gosto do nosso povo do nosso grande povo procurando nivelar tudo pelo gosto médio isso é uma coisa triste não pode um país como o Brasil um povo como o brasileiro tem direito a outra coisa então eu tô mostrando alternativas Olhe eu eu vi um grupo outro dia se algum de vocês gosta eh não me leva mal não é um grupo chamado
abanda Calipso eu comecei a fala mal dela porque repare o que estavam cantando eu vou eu vou cantar ol lá para vocês verem que beleza e isso dado como uma grande coisa aí eu cheguei lá ele tava cantando assim era uma mulher que cantava e e o guitarrista acompanhava aí diz assim se você quiser me conquistar você tem que suar eu já achei ruim mas ele achou tão bom que resolveu fazer variações aí continuou se você quiser me conquistar você tem que balançar se você quiser me conquistar você tem que rebolar ou ou ou ou
ou ou [Música] ou pois bem meu neto meu neto chegou junto de mim e disse vovô não teja tempo falando mal da Banda Calipso não porque existe coisa muito pior que que eu lhe mostro eu digo Deus me livre não é eu sei lá se isso é Contagioso não é aí eu parei mas voltei recentemente aí eu voltei eu voltei a falar eu parei de falar porque realmente tem coisa Ele me mostrou tem coisa muito pior mas aí eu voltei porque eu [Música] cheguei eu cheguei em São Paulo aí tá na primeira página do Jornal
não sei se tá dando para ali preferência nacional preferência nacional sabe que é a banda Calipso preferência olhe Esse é é o guitarrista E essa era a mulher que tava cantando eu fiquei com vade de escrever a folha dizia ela Olhe preferência nacional uma exceção um homem chamado arian par esse não [Música] gosta mas mas o que me deu mais raiva o que me deu mais raiva foi que eu cheguei no meio aí tava um homem chamado eu eu vou dizer o nome dele Eduardo Miranda produtor e jurado de programa de televisão deve ser um
gênio né pois veja veja o que ele disse aqui repare AC Calipso é a verdade do Povo BR a verdade do povo brasileiro eu me senti pessoalmente insultado e acho que vocês tem o direito de se sentir também não é AC Calipso é a verdade do povo brasileiro o Chimbinha o Chimbinha é um guitarrista genial dig ol eu sou um escritor brasileiro meu material de trabalho é a língua portuguesa se eu gasto um adjetivo como genial se eu gasto com chibinha o que é que eu vou dizer de betu não [Música] é poi bem ao
mesmo tempo em que eles são musicalmente interessantes musicalmente interessantes ou ou ou ao mesmo tempo que eles são musicalmente interessantes eles agora isso foi que eu me irritou mais eles têm uma coisa super brega que é a cara do Brasil tá bom a cara do Brasil é super brega eu digo eu vou eu ninda me encontro com esse homem e eu vou dizer a ele Olhe eu só não lhe digo quem é que tem cara super brega porque eu tenho carinho respeito e admiração pelas mulheres e sua mãe não tem culpa nenhuma das besteiras que
você [Música] diz mas voltando então ao que ao que eu estava dizendo pois bem então o deputado foi e disse falou lá mal do governo e disse quanto ao secretári sobrou para mim qu a secreto ele é apenas um secretário figurativo Tá bom eu uma figura decorativa eu em cima de um carro o estado todinho eu dei aula do municípi do litoral da Zona da Mata do Agreste até o alto setão eu eu dei aula no município chamado Afrânio é o último município já faz divisa lá com o Piauí e eu em cima levando esse
circo da Onça malhada levando meus dançarinos meus músicos porque olha e o povo recebe bem capiba o grande compositor capiba meu amigo do peito ele di ele ficava danado quando o pesso dizia que cachorro gosta de osso el dizia Só D osso ao cachorro o cachorro come com di ele é doido poro ele é doido por comida a dizia bote um filé bote o osso ver qual é o que o cachorro escol bem o que me deando indignado é que não estamos dando direito ao povo brasileiro principalmente aos jovens o direito de entrar em contato
com o filé só D ouo a [Aplausos] ele po B Pois é por isso que eu eu tô eu tô fazendo essa esse trabalho todinho lá com o meu círculo da alça bhada é para mostrar filé ao povo e e mostrar aqui e o povo eu queria que vocês visso AC corre e massa AC corre massa eu dei uma aula num lugar chamado Belém de São Francisco lá no cerão do Rio São Francisco e e uma velhinha quando terminou uma velhinha do povo chegou jun em mim e disse Professor eu nunca pensei na minha vida
de ver um espetáculo bonito desse antes de eu morrer repare que coisa me pagou de tudo quando foi de Ciro de tudo pois bem e o miser dizer que eu sou um secretário figurativo quer dizer o governador tinha me nomeado só para eu ficar com cara de secretário e e para ele dizer que conta comigo na equipe Olhe Inclusive eu não gosto não se tem algum secretário aqui não leve mal que eu tô brincando é eu não gosto de ser chamado por um fato lá quando eu era menino no setor da Paraíba quando eu era
menino no setor da Paraíba tinha lá um jumento vadio que andava na rua sem dono sabe como era o nome dele secretário aí eu vou lá me orgulhar do negócie foi bem aí o me dizer que que eu era um secretário figurativo Aí eu disse eu me vingo eu como sertanejo eu sou muito vingativo lá no sertão da Paraíba minha terra se disse que sertanejo guarda raiva em pé de pote para ela crescer todo dia com com com a humidade sabe foi bem aí eu guardei a raiva guardei a raiva aí eu dig um dia
eu estava no algum meso ele fez um discurso na Assembleia saiu uma noinha bem pequena no jornal bem pequena no jornal e ele nunca pensou que eu tivesse lido mas eu li aí eu tava no teatro no Teatro lá estava mais ou menos no lugar er era já ali mais ou menos naquela na segunda fila aí quando ele entrou ele feito um Judas Iscariotes Olha eu não tô me comparando com nosso senhor não mas ele pode ser comparado com o Judas porque ele se diz meu amigo e veio com essa história quando ele me avistou
ele ganhou teatralmente os braços assim e disse querido Ariano como vai Eu disse figurando [Aplausos] [Música] [Aplausos] aí aí eu disse ele aí perdeu um pouco assim a graça e disse você não sabe com que é carinho eu disse aquilo aí eu disse eu imagino como não é você quando fala com raiva Eu falo com carinha desse jeito então quando eu me encontrar com ele agora eu vou dizer a ele Olhe eh eu posso até ser um secretário figurativo mas eu tô mostrando minhas figurações não é só em Pernambuco não tô mostrando no Brasil todo
tá [Música] certo para isso para porque eu acho que o meu povo tem direito a uma essa não tô falando de mim não tô falando dos músicos que andam comigo dos músicos balarinos e cantores ali sim a cara do Brasil é aquela o lamento não tá aqui aqui para vocês verem o que o que é a cara do Brasil para dizer Eduardo Miranda Mas então eu disse a ele então eu tô mostrando minha furações pelo Brasil todinho principalmente pelo Estado de Pernambuco que é onde eu trabalho agora você disse que falou daquele jeito comigo carinhosamente
você não sabe como é que se fala carinhosamente como é que se recebe carinhosamente não se você quiser aprender você deu um pulo comigo ali em Brasília que você vai ver como é que se recebe carin obrigado [Música] [Aplausos] [Música] [Aplausos] [Música] [Música] r [Aplausos] [Música] B