nessa videoaula vamos ver os antipsicóticos de segunda geração que foram criados pra tentar amenizar aqueles efeitos adversos neurológicos que vimos pros antipsicóticos de primeira geração vamos dizer que eles foram bem sucedidos em algumas coisas só que também eles acabaram acertando ali outro negócio outro alvo E aí você tem uma série de efeitos metabólicos que não era tão legal assim tá aqui incluso mas ninguém é perfeito né então vamos lá [Música] nós podemos chamar os antipsicóticos de segunda geração como também antipsicóticos atípicos O protótipo dessa classe foi a clina ela foi descoberta lá em 59 e
foi classificada como antipsicótico atípico porque ela apresentava Menos efeitos adversos extrapiramidais nas mesmas doses que os típicos os de primeira geração então como ela tinha essa coisa atípica criaram uma classe dos atípicos isso foi o start Para que acontecesse uma grande procura por outros fármacos que também tivessem esse melhor perfil toxicológico então foi dado início a era dos antipsicóticos de segunda geração E hoje eles Realmente são bem mais usados do que os de primeira geração mas como a clos Pina era a primeira era o protótipo foi a primeira tentativa de mudança ela ainda apresenta muitos
efeitos adversos e vocês vão ver que eu vou macetar sala na parte dos efeitos adversos é que nem irmão mais velho gente como é o primeiro ele é o que mais apanha depois foram surgindo outros representantes da segunda geração Eu acho que o mais famoso deles é a kapina né famosíssima mas também temos outros famosinhos nesse grupinho como a risperidona a olanza Pina e o ar prazol todos eles estão presentes no mercado brasileiro com seus genéricos e um admirável número de similares e existem outros dessa classe menos famosos mas que também temos no Brasil com
menos opções de similares e genéricos como a ziprasidona lurasidona E paliperidona você também pode encontrar outros princípios ativos dessa classe nos seus livros didáticos mas no momento da gravação desse vídeo não tinha nenhum medicamento com registro válido deles aqui no Brasil mecanismo de ação dos antipsicóticos de segunda geração assim como ocorre nos antipsicóticos de primeira geração ou de segunda geração também funcionam bloqueando receptores de do Vina D2 nos pós-sinápticos no nosso sistema nervoso central Especialmente na via mesolímbica e no sistema fronto estriatal entretanto o mecanismo de ação desses fármacos não tá totalmente esclarecido apesar da
gente saber que eles bloqueiam os receptores D2 o grau em que isso acontece em relação à sua ação em outros receptores parece que varia muito entre os fármacos na verdade foi visto que o bloqueio de receptores serotoninérgicos parece ter mais impacto no mecanismo de ação desses fármacos do que o bloqueio de receptores D2 quando você bloqueia receptores serotoninérgicos você consegue modular a liberação de vários tipos de neurotransmissores no cérebro incluindo dopamina noradrenalina glutamato gaba acetic Colina então resumindo os antipsicóticos de segunda geração parecem ter em comum um antagonismo fraco aos receptores D2 em compensação eles
são mais potentes em antagonizar receptores serotoninérgico do subtipo 2 a todos os fármacos de segunda geração também antagonizam receptores H1 histamínicos e alguns também podem antagonizar significativamente receptores Alf adrenérgicos e muscarínicos não sabemos se no final das contas esse antagonismo a esses outros receptores tem alguma influência no efeito benéfico mas a gente consegue identificar que isso tá relacionado a alguns efeitos indesejados usos terapêuticos esquizofrenia a primeira indicação dos antipsicóticos sejam de primeira ou de segunda geração é paraa esquizofrenia pra maioria dos pacientes tanto os de primeira quanto os de segunda geração parece ter um efeito
interessante nos sintomas positivos como delírios alucinações o pensamento e o comportamento desorganizado entretanto e é um dos grandes motivos que fazem esses fármacos de segunda geração serem preferíveis aos de primeira é que eles também parecem ser eficazes no tratamento de sintomas negativos como apatia falta de energia anedonia ou outras condições apesar da esquizofrenia ser a primeira indicação para esses antipsicóticos na última década eles começaram a ser usados em outras condições como por exemplo Alguns antipsicóticos podem ser usados como adjuvantes no tratamento da depressão resistente quando não houve um benefício significativo para aquele paciente que estava
fazendo o uso de uma monoterapia de um antidepressivo só Então dependendo do caso pode se prescrever um antipsicótico também os antipsicóticos também podem ser usados em diferentes quadros de transtorno bipolar em episódios de mania ou na manutenção do tratamento como monoterapia ou adjuvante inclusive eles podem ser Associados com lítio e também alguns ajudam nos Episódios depressivos e por fim principalmente a risperidona é usada em alguns quadros de agitação e irritabilidade de outras condições como no transtorno autista em crianças e adolescentes e também por um tempinho na doença de alzheimer efeitos adversos contraindicações e interações como
esses fármacos atuam em outros receptores você deve estar esperando um rajadão de efeitos adversos né Então bora começando vamos logo gastar aqueles que eu aguento mais falar que é o antagonismo receptores Alf adrenérgicos histamínicos colinérgicos ou muscarínicos todos os fármacos antipsicóticos antagonizam receptores H1 histamínicos então todos eles têm o potencial de causar sonolência no paciente Essa sedação ela costuma ser mais comum na clos apina e na quetiapina isso gente toda vez que eu falar de sedação vocês T que pensar que isso deve ser comunicado pro paciente afinal ele não pode se colocar em risco dirigindo
operando máquinas e assim como os antipsicóticos típicos os atípicos também podem causar o antagonismo nos receptores Alf adrenérgicos então você pode ter uma hipotensão ortostática a hipotensão ortostática pode vir acompanhada de uma taac Cardia então isso pode ser comum um principalmente ali no início do tratamento ou quando você aumenta a dose do paciente esses efeitos tendem a diminuir à medida que o organismo vai se acostumando com o medicamento mas lembre-se né dependendo da severidade ali do quadro você vai ter que trocar de medicamento e o antagonismo aos receptores muscarínicos colinérgicos chame como você quiser tanto
centrais quanto periféricos podem levar uma série de efeitos que é como se a pessoa tivesse tomado A tropina então boca seca constipação visão embaçada retenção na área a clos apina é a que tem mais afinidade por receptores muscarínicos Então ela é a que mais apresenta esse tipo de efeito junto com os antipsicóticos de primeira geração mas PR os outros antipsicóticos de segunda geração os atípicos Varia muito esse efeito alguns deles apresentam de uma forma bem mais leve ou nem apresentam Mas lembra que lá na introdução eu falei que esses fármacos foram criados para reduzir esses
efeitos adversos neurológicos só que eles acabaram tendo outros efeitos então uma coisa que diferencia muito os antipsicóticos de primeira paraa segunda geração é que os de segunda geração apresentam bem mais efeitos adversos metabólicos e quais são esses efeitos ganho de peso por aumento do apetite e controle metabólico dislipidemia e diabetes mas apesar de nenhum antipsicótico de segunda geração está 100% livre desses efeitos adversos metabólicos a Valência desses efeitos Varia muito de um medicamento pro outro a clos apina e a olanzapina tem um risco maior já a ziprasidona tem um risco menor Por exemplo agora clos
apina a querida que foi um protótipo vocês já perceberam que eu sempre comentando aqui nos efeitos adverso sobre ela né ela especificamente também pode causar neutropenia e também ag grun citose aquela condição em que a medula não consegue produzir glóbulos brancos o suficiente alguns de vocês aí vão pensar ah Flávia é aquele efeito adverso que fez com que a dipirona fosse proibido em vários países Pois é mas não esquece de ver um vídeo do flav para você entender direitinho por que que tem essa proibição aí de verdade então pacientes que usam a clos apina precisam
estar rotineiramente monitorando os seus níveis de neutrófilos por causa do risco de neutropenia e só para acabar de macetar clos apina ela também tá associada a miocardite que pode ser potencialmente Fatal e a cardiomiopatia principalmente nos primeiros meses de tratamento acabou Coitada não exatamente todos os antipsicóticos podem baixar o Limiar convulsivo Ok só que a clos apina tem esse potencial maior Como eu havia falado os antipsicóticos de segunda geração apresentam o menor risco de sintomas extrapiramidais mas esse é um menor risco não quer dizer que é zero Afinal eles também bloqueiam receptores D2 pode ser
menos que os de primeira geração pode mas um tico ali ainda vai entre os de segunda geração a risperidona tá mais associada a esses sintomas extrapiramidais e outra coisa que acontece mais nos antipsicóticos de primeira geração mas também pode estar presente nos de segunda é esse aumento de prolactina no sangue e lembra que a gente falou da síndrome neuroléptica maligna ela também é mais vista nos antipsicóticos de primeira geração Mas pode acontecer nos de segunda e ela tá mais associada à clos apina e a olos apina e foi isso paraos nossos antipsicóticos de segunda geração
aula que vem vamos falar sobre os fármacos antiparkisonianos se você já quer ter acesso a essa videoaula Não esquece de apoiar o flavon não tem dinheiro não tem problema você apoia o flav compartilhando esse vídeo com os seus colegas dando like e me seguindo nas outras redes sociais no Instagram no tiktok beijinho tchau tchau [Música] I know you [Música]