Olá amigos e amigas do Saber Neste vídeo de hoje vamos conversar sobre uma das obras mais importantes dos últimos séculos na história da filosofia estamos falando da Crítica da Razão Pura de Emanuel C essa obra é considerada por alguns comentadores como a mais difícil já escrita em língua alemã revelando que o que nos espera aqui neste vídeo não ré nenhum passeio no parque é um vídeo que exige um pouco mais de concentração agora particularmente eu acho discutível se essa obra é mais difícil que A fenomenologia do espírito de Hegel tá por exemplo Mas o que
importa aqui é o seguinte o simples fato de ambas as obras disputarem esse título né de a mais difícil já escrita em língua alemã a gente poderia citar também ser e tempo do heidger né como uma concorrente bom mas só de haver essa competição já é suficiente para Nos preparar para o que virá saber que é uma obra difícil tá e esse vídeo aqui de hoje no Canal também é parte das comemorações dos 300 anos do Emanuel Kant Kant que nasceu em 1724 tá esse aqui é o segundo vídeo que a gente lança sobre cant
neste ano a gente lançou um falando sobre a questão do esclarecimento ou do iluminismo e a gente dá sequência então neste ano dos 300 anos de Emanuel Kant agora um alerta obviamente que não é possível resumir o texto todo em apenas um vídeo olha o tamanho dessa obra e vocês não imaginam a complexidade que isso aqui é Tá então uma leitura superficial disso aqui demoraria pelo menos um ano tá uma leitura superficial só para saber o que é que tá acontecendo sobre o que o Kant fala aqui tá e alguns pesquisadores vão dedicar suas vidas
inteiras a essa obra agora o nosso objetivo aqui então nesse vídeo é muito mais Modesto tá é apenas proporcionar você uma ideia Geral do objetivo de Kant ao redigir Este texto porque veja só todo indivíduo quando ele senta numa mesa para escrever um texto ele tem uma ideia um plano um projeto em mente né ninguém vai começar a escrever alguma coisa a partir do nada a partir do vazio então a gente quer investigar O que é que o Kant pretendia ao escrever essa obra tá E assim a gente vai estar um pouco mais preparados para
ler o texto posteriormente Então vamos lá acompanhe [Música] Antes de iniciar um breve recado Faça a sua inscrição em nosso curso de introdução à filosofia dos pré-socráticos a Sartre o nosso curso conta com mais de 14 horas de doração oferece Total flexibilidade porque não tem data para você começar e nem para finalizar o acesso é vitalício E você ainda recebe Um certificado ao final o nosso objetivo com este curso é colocar você em contato direto com alguns dos principais textos de toda a história da filosofia então ao invés de você ler comentadores ou literatura secundária
os nossos vídeos vão te preparar para que você encare textos tá escritos pelos próprios filósofos textos que nós separamos exclusivamente para você que é iniciante na filosofia você que nunca passou por um processo de educação formal em filosofia mais informações basta clicar no link que está aqui na descrição deste vídeo o nosso segundo recado é que continuam abertas as inscrições para os dois outros cursos que nós temos publicados até o momento nós temos o curso de crítica da religião forar niet e Freud e nós temos o curso de a filosofia de kmx uma introdução para
ver a grade curricular ver um pouco do conteúdo do curso como é a dinâmica É só você clicar nos links que também estão aqui embaixo na descrição deste vídeo vamos voltar então ao nosso tema Crítica da Razão p de Emanuel cant mas antes ainda um agradecimento eu estou usando a camisa da banda miastenia como vocês podem ver uma das principais bandas do metal brasileiro tá E essa camisa foi um presente do Marcos guitarrista da banda que me enviou do Brasil aqui para a Alemanha tá uma caixinha com essa camisa e esses discos aqui também da
banda miastenia tá uma banda tradicional uma das principais bandas do metal brasileiro hoje em dia tá uma banda já com mais de 20 anos aí na estrada e com letras também muito interessantes letras em português falando sobre a história dos povos pré-colombianos tá então vale muito a pena conhecer o trabalho do miastenia eu vou deixar um link aqui no cart para você conhecer o material da banda aí Marcos Obrigadão mano com a leitura da Crítica da Razão Pura de Emanuel Kant nós estamos entrando em uma área da filosofia chamada epistemologia tá então nós vamos fazer
essa breve preparação antes de explicar por é que essa obra é difícil porque tem muita gente que gosta de uma ou outra área da filosofia e aí pega um livro como esse aqui e Poxa mas por que que ele tá falando tão difícil eu acho que isso aqui não presta para nada não é bem assim são áreas diferentes da filosofia a filosofia não é só uma coisa tem gente que gosta de ler os romanos Leão ceneca o Marco aurelo e acha que a filosofia é só aquilo errado a filosofia não é só aquilo aquilo é
parte da filosofia isso aqui também é parte da filosofia é uma parte muito importante tá então por isso nós vamos falar sobre a área da Filosofia na qual nós podemos classificar esta obra aqui do cant vamos comparar por exemplo com outras áreas né que vai mostrar que às vezes o grau de dificuldade também varia e também o estilo de redação alguns vídeos atrás aqui no canal a gente falou sobre o Príncipe de Maquiavel O Príncipe de Maquiavel é uma obra de filosofia política basicamente né Há alguma discussão sobre se aquilo de fato é política Mas
enfim Maquiavel é estudado na filosofia como um autor de filosofia política quando a gente fala sobre o cênica que eu já citei como exemplo aqui qual que é o tema a área da filosofia de cênica é a ética né a ética estóica agora cante então é a Crítica da Razão Pura a gente está entrando em uma área diferente n e essa área da filosofia ela vai se aproximar muito mais da ciência do que da vida prática e cotidiana como se fosse um ceneca por exemplo tá então é uma área que por isso não é para
todo mundo o Kant escreve nessa obra Olha esse livro não é para todo mundo esse livro não é Popular esse livro é para quem se interessa por discussões no campo da ciência na teoria do conhecimento é por isso que a todo o momento Kant vai nos falar sobre Ciência aqui nessa obra e ele vai revelar também que um de seus principais objetivos era tornar a metafísica de fato científica e fundamentar o conhecimento humano né E a propósito os primeiros escritos do Kant os escritos antes de suas críticas versavam principalmente sobre temas de ciência né de
modo que quando cant tá falando de ciência ele não está falando sobre algo que lhe é estranho tá mas o Kant de fato tinha uma boa formação também em temas de ciência agora nós acabamos de mencionar o termo epistemologia então aqui vai Uma Breve explicação sobre o que é isso tá epistemologia que palavra é essa essa palavra vem do termo grego episteme né que significa conhecimento e a epistemologia vai ser então uma área da filosofia que se ocupa do conhecimento e também do ato de conhecer tá essa disciplina na filosofia ela vai tentar tá responder
a perguntas tais como Qual que é a diferença entre conhecimento e mera opinião é um tema clássico em Platão né O que que é conhecimento o que que é opinião como que nós podemos de fato conhecer algo como que a gente pode saber se determinada proposição sobre o mundo é verdadeira ou falsa uma das definições clássicas de conhecimento é que este seria uma crença verdadeira justif tá isso é frequentemente abreviado como cvj crença verdadeira justificada então pra gente conhecer algo nós devemos inicialmente possuir uma crença sobre algo e também acreditar que tal crença é verdadeira
até aí problema nenhum agora a última parte é que suscita as maiores discussões a parte do J né ou da justificação um exemplo se eu disser é que neste momento que você está assistindo este vídeo está chovendo Lá em Chicago Imagine só Imagine que de fato a minha afirmação é verdadeira não tá chovendo em Chicago eu acabei de falar olha Está chovendo em Chicago E é verdade você vai na internet vai conferir lá o weather como é que tá lá em Chicago e pronto tá chovendo mesmo poxa como é que o glob sabia esse vídeo
Tá gravado E no momento que eu estou assistindo Está chovendo em Chicago bom essa minha afirmação foi de fato uma afirmação de conhecimento eu de fato sabia que estava chovendo ou que está chovendo em Chicago neste momento ou essa afirmação foi apenas um chute acertado Veja por isso não basta que o conhecimento seja uma crença verdadeira tá o conhecimento precisa de uma justificação agora como é que a gente vai justificar uma crença que a gente considera verdadeira qual que deve ser a estrutura da justificação Este é um grande tema na filosofia na epistemologia Então o
que eu falei até agora foi só para mostrar o seguinte o que é que é essa área epistemologia na qual esta obra que pode ser classificada tá uma obra de teoria do conhecimento de epistemologia tá só para você ter uma noção Porque é que o Kant vai tratar de certos temas aqui porque essa é a área da filosofia vamos falar em então sobre o projeto filosófico de Kant na Crítica da Razão Pura Kant afirma que foi o filósofo David Hum quem o despertou de seu sono dogmático é uma afirmação clássica né quando o Kant fala
que ele foi eh despertado de seu sono dogmático porque Vejam Só depois que o Kant obteve o cargo de professor efetivo na universidade de kxp ele passou uma década sem publicar nada tá lembrando que nesse período ele ainda não havia escrito As suas três críticas né eu quando eu falo três críticas é porque essa aqui é apenas uma delas tá tem a Crítica da Razão Pura A Crítica da Razão prática e a crítica da faculdade de julgar então Kant ficou 10 anos sem publicar nada tá ele havia escrito muitas coisas de ciências antes mas depois
ficou 10 anos sem publicar nada e por quê Uma das razões é que o Kant percebeu que toda a sua imensa produção de até então né grande parte dessa produção dedicada a escritos de ciência grande parte dessa produção era vulnerável ao ataque devastador de David hm tá o ataque de hm ao racionalismo dogmático e o Kant percebeu então que nada do que ele tinha escrito até então tinha um valor duradouro e que não valia a pena então escrever mais obras do mesmo tipo e o Kant se viu então diante de duas alter nativas ou aceitar
o empirismo de David hilm ou então construir uma alternativa e o que que o Kant escolheu bom ele disse eu escolho uma alternativa a segunda porque eu quero construir uma alternativa ao David Hum eu não vou simplesmente aceitar o que hum falou eu vou tentar responder aos ataques de him agora a questão é que o Kant percebeu também que o que estava em jogo tá em toda essa discussão com todos esses ataques do David hm era mais do que apenas o seu legado enquanto professor de filosofia Tá não era uma questão apenas pessoal para o
Kant para os seus inscritos mas o que estava em jogo também era o próprio projeto moderno de racionalidade de moralidade e liberdade política o Kant percebeu que ele só poderia responder aos ataques de David hm através de um tipo diferente de crítica que mostrasse que hilm estava errado quando ele negava que a razão é capaz de direcionar e motivar o comportamento humano o projeto crítico de Kant então tem o objetivo de defender a liberdade e a moralidade e com isso salvar os prospectos do Iluminismo e da modernidade tá então As suas três críticas né que
são A Crítica da Razão Pura essa obra aqui sobre a qual a gente tá falando A Crítica da Razão prática e a crítica da faculdade de julgar essas três obras vão tentar responder três perguntas fundamentais que são as seguintes O que eu posso saber o que eu devo fazer e o que eu posso esperar essa primeira pergunta o que eu posso saber é uma pergunta epistemológica e essa pergunta é que vai ser respondida aqui na Crítica da Razão Pura então do que que tá falando esse livro aqui bom está tentando responder a pergunta o que
eu posso saber o que é conhecer o que é possível a gente saber tá então Kant vai tentar aqui descobrir os limites de nossa capacidade de conhecer e Kant vai afirmar que David hm estava errado porque é possível sim demonstrar que Há questões de fato que nós podemos saber serem necessariamente verdadeiras mas usando apenas a razão sem recorrer aos sentidos sem recorrer à empiria então a conclusão de nessa obra é que apenas o agnosticismo é uma posição viável sustentável tá agnosticismo do grego agnos né o a é o prefixo de negação no grego né ose
conhecimento agnosticismo é não é possível saber então vejam só isso significa que como nós não podemos saber se algumas coisas são de fato verdadeiras se elas são de fato como elas se apresentam essa ignorância essa impossibilidade de saber acaba abrindo espaço para que nós possamos Pensar como se fossem tá contanto que não exista obviamente nenhuma contradição lógica tá então vejam só que interessante o projeto do Kant tá porque ele inclusive ele descreveu o trabalho da Crítica da Razão Pura como uma limitação do conhecimento para caminho para a fé veja só que interessante essa obra aqui
que que ela faz ela vai limitar o conhecimento para abrir caminho para a fé Tá mas muito cuidado com essa afirmação porque parece que o Kant tá querendo fazer religião aqui e não é exatamente isso porque o efeito da Crítica da Razão Pura na verdade foi um ataque Demolidor a metafísica tá Kant pessoalmente era Cristão de formação S né de família pietista tá pessoalmente agora ele vai mostrar aqui por exemplo nessa obra que os argumentos para provar a existência de Deus não funcionam tá e ele fez isso como nenhum outro filósofo antes dele o David
Hil já havia atacado esses argumentos Mas da forma como Kant faz aqui é uma maneira original e um ataque devastador às tentativas de provar a existência de Deus através da Razão isso foi feito por um filósofo que pesso actualmente era Cristão Mas e o Kant falou olha racionalmente isso não é sustentável tá E é uma crítica complexa há muitos anos atrás eu fiz um vídeo sobre isso aqui no canal e pretendo refazer regravar esse vídeo depois né de uma forma mais clara porque ficou um vídeo e de certa forma difícil tá mas só para mostrar
o que é que o cant tá fazendo aqui você não interpretar erroneamente tá essa afirmação de que o cant vai limitar o conhecimento para abrir caminho para a fé tá Kant de fato queria fazer isso mas cuidado para não interpretar uma coisa diferente do que o Kant na verdade está dizendo como eu falei no início do vídeo nós não vamos tentar resumir a obra aqui nosso objetivo é mostrar o que o Kant pretendia ao escrever Este texto e por isso a gente vai se limitar aos prefácios da obra tá a gente vai citar algumas coisas
porque nesses prefácios o Kant explica o que que ele Tá pretendendo com a obra e também a introdução e a propósito né Isso aqui foi o que nós lemos em nosso clube de leitura filosofia vermelha tá nós lemos os dois prefácios né o prefácio a primeira edição prefácio a segunda edição e também a introdução né inclusive eh esse exemplar aqui eu comprei justamente para acompanhar a leitura aqui no nosso clube de leitura do canal né que funciona na área de membros tá esse aqui é uma edição lançada esse ano na Alemanha justamente para comemorar os
300 anos do Emanuel C uma edição que foi bem cara até eu acho n mas limitada a 500 exemplares apenas tá e com um trabalho editorial também muito bom muito bem feito tá então nós lemos aqui se você quiser acompanhar as nossas leituras aqui no canal basta você se tornar membro tá então o nosso objetivo né Nós vamos falar sobre algumas questões que o Kant discute em seus fácios e no prefácio a primeira edição ele fala uma coisa interessante que é sobre o campo de batalha da metafísica né olha a expressão o campo de batalha
da metafísica Vejam só nesse primeiro prefácio o Kant ele nos fala sobre algumas das perguntas que a razão não pode nem evitar e nem responder Vejam Só perguntas que a nossa razão não pode nem evitar de fazer essas perguntas mas ela também não consegue responder essas perguntas que ela coloca que ela não pode evitar Por exemplo quando nós olhamos para o céu estrelado à noite tá a gente começa a pensar o seguinte olha até onde será que vai o universo o que é que existe além dos limites do universo Será que o universo é eterno
Será que o universo foi criado por um Deus Então veja a natureza da nossa razão nos leva a fazer Tais perguntas e durante a obra O Kant vai mostrar por Exatamente isso acontece mas por agora nós vamos nos contentar apenas com a sua conclusão a fim de compreender o que que ele vai afirmar em seu primeiro prefácio Kant Fala logo no início sobre este campo de batalha da metafísica e com isso ele se refere a uma das principais disputas filosóficas de seu tempo né que era a disputa entre os racionalistas chamados por ele de dogmáticos
e os empiristas né os quais recebem a peixa de indiferen na obra do Kant então o Kant também vai entrar nessa batalha né então lá racionalistas empiristas o Kant fala eu vou entrar nessa batalha e eu vou lutar com a minha arma e qual que é a arma do Kant A Crítica da Razão Pura Então essa obra aqui segundo Kant é a arma com a qual ele entra no campo de batalha da metafísica a agora Como nós sempre afirmamos em nossas intervenções aqui no canal em nossos cursos a gente sempre fala isso é importante compreender
bem o título de uma obra antes de nos dedicarmos à obra tá então o que é que significa isso aqui critique deinen A Crítica da Razão Pura em primeiro lugar o termo crítica tá o termo crítico não deve ser compreendido aqui como um juízo negativo Tá mas apenas no sentido de uma verificação de uma investigação ou de um exame tá e o Kant foi o primeiro a utilizar o termo crítica no título de uma obra e com isso ele acabou inaugurando uma moda que ele próprio também gostou e seguiu né se a gente lembrar que
eh depois da Crítica da Razão Pura ele lançou A Crítica da Razão prática e a crítica da faculdade de julgar e ele acabou sendo seguido nisso por diversos filósofos até mesmo Carl Marx né o Carl Marx também veu uma crítica da economia política né e até mesmo fibar né Um pouquinho antes o fibber por exemplo ele foi tão influenciado por Kant que além de a principal obra do fibber a essência do cristianismo seguir a estrutura da obra do Kant um dos primeiros títulos que o fibar pensou para o seu livro foi Crítica da Razão impura
né Aí depois ele acabou conversando com o editor acabou mudando o nome para a essência do cristianismo mas o Forb pensou em chamar sua obra de Crítica da Razão impura Para ver o eh o efeito né que o próprio título da obra do Kant teve na história da filosofia mas então vamos lá a gente tá tentando entender o título da obra né porque se a gente não entender bem o título provavelmente a gente não vai entender mais nada né então critique de rinen fen já falamos sobre crítica o segundo termo em alemão é rinen né
de Rin ou de pura tá Por que Razão Pura Será que existi então uma razão impura é o que é que o cant quer dizer com isso Veja com Razão Pura o cant se refere simplesmente ao fato de a razão aqui não recorrer à experiência ou não fazer uso dos Sentidos então uma Crítica da Razão Pura vai significar então um exame do conhecimento através da razão mas sem o auxílio da experiência ou dos Sentidos tá então o tema dessa obra de Kant aqui que é o autoconhecimento da Razão essa é uma obra na qual a
razão conhece a si mesma e estabelece os seus limites Então vamos lá tá acompanhando nós estamos apenas falando sobre os objetivos de Kant com essa obra não estamos fazendo nenhum resumo mas mostrando o que é que o Kant tinha como objetivo tá no prefácio a segunda edição o Kant vai apresentar de maneira mais clara o que ele mesmo vai dizer que é o seu objetivo principal provar a cientificidade da metafísica nós já Antecipamos isso aqui neste vídeo né já mencionamos sobre essa ideia de uma cientificidade da metafísica porque Vejam o Kant quer investigar e compreender
por é que a matemática a lógica e a física são científicas e como que a metafísica poderia então ser como uma dessas disciplinas isso é o Kant pensa Olha o que que a gente precisa PR fazer pra gente tornar a metafísica tão certa quanto a matemática a lógica ou a física o que é que a gente precisa fazer o que é que essas disciplinas TM que a metafísica não tem tá então vejam é uma discussão de ciência né e é por isso que durante o texto Kant vai citar Francis Bacon ele vai falar sobre empirismo
sobre Galileu Galilei ele cita Copérnico ele cita alguns experimentos científicos tá porque o seu objetivo é mostrar que a razão vê apenas aquilo que ela própria coloca na natureza de modo que o mundo é uma produção do sujeito isso que eu acabei de afirmar é importante demais isso tem desdobramentos assim enormes no idealismo alemão tá isso que eu afirmei o mundo é uma produção do sujeito tá isso aqui é de uma importância norme tá isso aqui foi uma das coisas que eu estudei muito no meu mestrado por exemplo isso começa principalmente com o idealismo e
Mais especificamente né na tradição Alemã com o cant tá porque Vejam Só Nós seres humanos não somos seres passivos que estão apenas recebendo informações do mundo não nós construímos ativamente os objetos que nós conhecemos e nesse prefácio a segunda edição o Kant vai falar também sobre um conceito muito conhecido você talvez já ouviu falar que é o de coisa em si ou o incondicionado tá Mas nesse vídeo aqui a gente não vai entrar nesses detalhes Kant afirma que com essa obra ele operou a revolução copernicana no pensamento tá agora por que é que o Kant
achava que ele estava fazendo uma revolução tão importante com essa obra aqui assim como o Copérnico havia feito na astronomia E porque é que o Kant faz essa comparação de que esse texto aqui operou uma revolução copernicana no pensamento bom é porque Vejam Só antes de Copérnico acreditava-se que o sol girava em torno da terra né a terra aqui paradinha e o sol girando ao seu redor mas ele mostrou que é o contrário né o Copérnico mostrou o seguinte olha não é a terra que gira em torno do sol e essa revolução de Copérnico então
quer dizer que a razão é a medida de todo conhecimento tá então os objetos que nós conhecemos no mundo gravitam em torno da razão e do modo como nós percebemos tá independente da forma como eles Realmente são em si mesmos né porque a isso a gente não tem acesso acabamos de mencionar de passagem a coisa em si né como que são os objetos em si mesmos nós não podemos saber né porque nós estamos como se atrás da barreira da sensibilidade da experiência e eu só posso conhecer algo através da experiência como é que eu vou
saber se na verdade os meus sentidos estão me transmitindo as coisas como elas realmente são isso não é uma questão fácil de se responder tá muito embora às vezes apareçam algumas respostas ou tentativas de respostas muito reducionistas simplificadas Mas essa não é uma questão fácil de se responder nós de fato conhecemos as coisas como elas são como é que eu posso saber eu só conheço através dos sentidos da sensibilidade se vier uma outra pessoa um outro ser humano ele também está atrás da cortina Dos sentidos da sensibilidade a gente precisaria de um Deus alguém que
tivesse uma visão direta das coisas para falar não de fato o que os seus sentidos estão capturando É de fato como as coisas são Mas a gente não tem nenhum Deus para nos dizer isso né então é daí a ideia de que a gente não tem acesso às coisas como elas são a filosofia de Kant então não quer investigar o mundo tá porque a gente acabou de citar essa coisa né como é que a gente pode conhecer mas veja não é que a filosofia de Kant quer investigar as coisas não quer investigar como nós conhecemos
o que nós podemos conhecer né os limites do conhecimento tá Então nesse sentido a filosofia de Kant não é como uma ciência da natureza voltada aos objetos externos que povoam o nosso mundo não a filosofia de Kant volta-se a si mesma tá investiga a si própria as suas capacidades e os seus limites e a esse novo sistema o Kant dá então o nome de filosofia transcendental é um termo que a gente sempre tá lendo quando a gente ler algo sobre cant a filosofia transcendental Tá mas a gente tem que compreender bem esse termo transcendental porque
não é exatamente o mesmo que transcendente tá porque a gente geralmente chama de transcendente a tudo aquilo que está além da experiência né como por exemplo Deus a eternidade são coisas transcendentes tá agora veja nós não temos acesso a nenhum desses objetos através dos sentidos a gente não conhece Deus através dos Sentidos não conhece a eternidade através dos Sentidos só que transcendental Encante de fato guarda certa semelhança com o uso comum de transcendente mas só até certo ponto tá porque com transcendental o cant se refere ao que está na base do nosso conhecimento as condições
de possibilidade de todo conhecimento de forma geral tá é por isso que logo no primeiro capítulo da Crítica da Razão Pura o Kant vai falar aqui sobre o tempo e espaço como formas a priori da percepção tá o cant se pergunta pelas condições de possibilidade de todo conhecimento de forma geral e não apenas o conhecimento biológico psicológico químico sociológico ou teológico não Kant investiga o conhecimento de forma geral Então o que é que a gente pode afirmar a guisa de conclusão sobre os objetivos de cant com a Crítica da Razão Pura tá como é que
a gente pode fechar Então essa breve apresentação a proposta do cant em suas próprias palavras é construir uma ciência chamada Crítica da Razão Pura tá então a filosofia transcendental de Kant vai se ocupar da base das estruturas do mais fundamental na construção do conhecimento tá vai se ocupar daquelas condições que tornam possível o conhecimento de forma geral tá Kant afirma olha não se trata aqui tá de elaborar uma nova doutrina tá o Kant disse eu não estou elaborando uma nova doutrina porque meu objetivo né decante não é ampliar o conhecimento mas o objetivo meu com
essa obra aqui é apenas oferecer uma espécie de preparação para um órgano e a referência aqui é a obra de Aristóteles né que tem esse nome o órgano tá então a filosofia transcendental de Kant é a ideia de uma ciência e a Crítica da Razão Pura é o grande plano arquitetônico dessa ciência e a primeira parte desse projeto é apenas negativ tá a primeira parte da Crítica da Razão Pura é a parte negativa que vai o qu estabelecer limites à razão ao que nós podemos conhecer mas Vejam Só limitar o conhecimento nesse sentido não tem
o objetivo de fazer com que nós conheçamos menos do mundo mas que nós evitemos erros ilusões tá porque pode parecer uma coisa assim poxa mas a gente quer conhecer mais né Nós queremos iar nosso conhecimento sobre o mundo e por que é que o cant quer limitar nosso conhecimento Não não é pra gente conhecer menos é pra gente conhecer melhor de forma mais segura evitar erros e ilusões então foi esse o nosso vídeo de hoje lembrando mais uma vez Faça a sua inscrição em nossos cursos de filosofia os links para todos os nossos cursos estão
na descrição deste vídeo e se você considera que a internet é um lugar melhor com o nosso trabalho se seja um de nossos apoiadores através da plataforma apoia-se ou faça qualquer contribuição através de nossa chave pics que é o nosso endereço de e-mail filosofi vermelha @gmail.com um grande abraço e até o próximo [Música]