muito bem-vindos ao nosso canal de infectologia eu sou Renato Cassol médico infectologista falar hoje para vocês sobre sífilis ocular sim a sífilis também pode acometer os olhos Tá certo tem praticamente qualquer topografia ocular inclusive com relatos de cranc primário inducto lacrimal é claro que isso é uma Raridade tem um relato de caso mas sim a sífilis pode acometer os olhos Tá certo e a primeira dica que eu dou para vocês aqui é a seguinte sífilis ocular é uma neurossífilis Ou seja a neurossífilis ela pode acontecer em qualquer momento não precisa ser na S primária secundária
terciária enfim qualquer momento é o momento que a sífilis né que o espiroqueta pode entrar eh nessa região tá certo ah a cifres é um espiroqueta é uma bactéria tá em formato de Mola tá certo um formato de sacar rolha né E ela tem o seu contágio principalmente por contágio sexual e não existe reservatório da sífilis no meio ambiente ou seja ela é só de homem para homem ainda existe uma controvérsia muito grande se ela é originária da Europa ou se ela é originária das Américas o fato é que o seu surto começou lá pelos
meados de 1500 eh muitos casos na Itália nessa nessa nesse tempo né e eh está presente cada vez mais com o ser humano e a partir do anos dos anos 2000 começou a acontecer o aumento eh de sua transmissão e de sua sua patogenicidade e na população global ou casos americanos do anos 2000 até agora só tem aumentado Tá certo e ela pode ser transmitida também eh por beijo se tiver o cancro eh na cavidade oral Enfim pode ser transmitido pro sexo oral ela tem uma transmissão sexual também bastante importante eh e principal tá então
é o seguinte a sífilis ocular ela é uma neurossífilis ela pode ou pode não ter acometimento de meninges tá uma meningo encefalite crônica eh sifilítica Tá certo eh Então ela ela ela pode estar apenas no olho mas nós consideramos isso como sífilis neurosífilis e deve ser tratada como tal então Eh selecionei alguns slides para vocês aqui fiz uma revisão Desde o ano 2015 para cá para ver o que tem de novo então tá bem interessante tenho atendido Os muitos casos no consultório eh de cifres ocular então primeiro slide aqui para vocês tá eh mostrando que
a sífilis pode envolver quase qualquer estrutura ocular Eu já havia falado isso para vocês mas o veí posterior e Pan veí são as apresentações mais eh comuns Tá certo eh e o primeiro eh o primeiro fator prognóstico aqui paraa recuperação eh do paciente é o tempo início tratamento precoce é extremamente importante eh tanto importante é que os pacientes que TM uma sífilis lar com mais tempo tem maiores chances de perder a visão de forma definitiva segundo slide aqui para vocês então maior duração da uveit antes do diagnóstico eh e coror retinite na mácula na apresentação
foram associadas né a mais de duas linhas de snel é aquela aquela tabela ali que tem ao lado né de perda visual Tá certo perda de acuidade visual em pacientes HIV negativos tá então aqui eh nós sabemos então que a citos ocular ela é uma neurossífilis tá certo esse é o primeiro eh primeiro fato que eu gostaria que vocês entendessem com tranquilidade isso a segunda é que eh quanto mais tarde se iniciar o tratamento pior o prognóstico e eu vou comentar sobre algumas formas de tratamento formas de escolha formas alternativas eh mas tem aqui também
uma outra divisão que é eh a sífilis ela se comporta bastante diferente em pacientes HIV positivos mesmo mesmo em uso de tarve mesmo com CD4 alto em pacientes Não HIV positivos Então esse slide aqui mostra que pacientes infectados com sífilis ocular tem maior probabilidade de ter punções lombares anormais e mostrando então que o fato do paciente ser soro positivo para o vírus do HIV é um fator prognóstico também e para te ter alterações mais severas né e da sífilis ocular como também eh acometimento de meninges ou vasculites mais eh Profundas no sistema Central eh eu
quero falar para vocês aqui sobre tratamento bastante interessante nós temos ainda uma alternativa eh de não hospitalização sem a maioria dos pacientes com sífilis ocular certamente os pacientes HIV com cíes ocular eh terão de receber penicilina G Cristalina 4 milhões de unidades de 4 em 4 horas ou seja isso é impossível por 14 dias né então isso é impossível de feito de forma ambulatorial então eu mostrei aqui na tabela para vocês eh esse quadro aqui que eu retirei da John Hopkins que é uma literatura bastante interessante que eu uso muito eu assino o aplicativo da
John Hopkins né mostrando que o tratamento deve ser injetável outras alternativas orais como a Amoxicilina com proben CDA doxiclin oral não deve ser prescrito pois não são considerados tratamentos eficazes ou padrão pelo CDC americano e então ali na tabela a gente pode mostrar que o tratamento preferencial é esse que eu falei para vocês com penicilina G Cristalina é 3 A 4 milhões de quatro em 4 horas por 10 a 14 dias ou seja o paciente terá que internar eh a alternativa um e é muito difícil de conseguir aqui no Brasil tá pro BCD é chato
de achar a gente não consegue ele de forma rotina Então nós vamos para Alternativa de celf traxona que eu uso bastante em pacientes eh não HIV tá que é o uso de cft traxona 2 g intramuscular ou endovenoso eh eh Durante 14 dias eu uso dose máxima ter período maior de tempo tá certo pra gente tentar eh solucionar o problema no paciente sem precisar de internação hospitalar aqueles pacientes HIV positivo eh e gestante gestante não tem dúvida nenhuma a internação ela é mandatória porque as melhores drogas em termos de cura e de evitar recorrência é
com penicilina G Cristalina Tá certo eh Lembrando que eh após o tratamento da sífilis ocular ou da neurossífilis chamem da forma que vocês quiserem eh se deverá fazer eh a o beseta igual eh para tratar a sífilis eh sistêmica e isso é opinião de especialista não existe documentação não existe documentado essa necessidade mas é meio que que deve ser feito Então apesar de ser um baixo nível de evidência é o que nós temos em relação a sífilis e como o bezetacil né o a picina g benzatina ela é fácil de conseguir fácil de aplicar um
pouco mais dolorida Claro mas ela deve ser feito então aqui o último slide para vocês eu gostaria de falar sobre os critérios de cura e Aqui começa um pouquinho a confusão sobre os testes treponêmicos e os testes não treponêmicos então os testes treponêmicos Ou seja que identificam eh a sífilis em si elas eles não são quantitativos ou indicativos de cura porque uma vez eles positivos eles raramente ficam eh negativos então nós usamos o critério duplo de Diagnóstico que é o critério não tripon meico que pode ser por rpr ou vdrl eh tanto faz tá mas
eh se o utilizarem um utilizem sempre o mesmo método para poder comparar um com o outro eu vou explicar isso para vocês no slide mais adiante com teste treponêmico também para confirmar sabendo que ambos têm fatores de falso positivo e talvez até de falso negativo efeito prozona no teste não tripon algo mais raro algo mais difícil de acontecer nos dias atuais e principalmente em laboratórios bons mas os testes treponêmicos também podem cruzar com outras broquetas como por exemplo leptospirose ou lupus eritematoso sistêmico ou algumas outras doenças autoimunes ele também pode dar falso positivo Tá certo
pessoal então vamos aqui pro nosso último slide mostrar os critérios de cura para a sífilis ocular ou por próprio tratamento da sífilis não neurosífilis então os pacientes tratados para sífilis devem ter o o teste de vdrl eu falei aqui ou o rpr repetido a cada 3 meses nessa literatura algumas literaturas colocam 6 meses por um período de 1 ano após o tratamento pois os títulos devem se tornar não reativos dentro de um ano após a terapia os pacientes devem ser retratados sem um teste de vdrl ou rpr de títulos inicialmente alto não diminuir quatro vezes
dentro de um ano ou se um teste de vdr ou rpr previamente não reativo se tornar reativo eh novamente tá certo aqui muitas vezes eh dependendo da literatura que se usa se considera também o teste eh no caso não treponêmico né o vdrl ou rpr um para do um para qu como critério de cura dependendo do da titulação eh inicial Tá certo porque tem pacientes que ficam com um resíduo eh de vdrl importante é que esse resíduo né ou essa cicatriz de vdrl ou de rpr ela seja monitorada no período de talvez se em 6
meses eh para pacientes HIV ou então talvez depois de se fechar o critério de cura sorológico não treponêmico com a titulação baixando quatro vezes em pacientes Não HIV positivos Ou pelo menos anualmente para se detectar precocemente se ele vai voltar a aumentar por reinfecção ou por falha eh do tratamento Tá certo sei que é um pouco confuso essa parte de teste treponêmico e não treponêmico e tem outro vídeo meu eh acho que é tudo sobre sífilis que tem ali eh alguns exemplos bem interessantes Tá certo pessoal então o recado que eu gostaria de dar é
para que quando se exista alterações oftalmológicas né como o veites se faça o teste para sífilis como teste para outros patógenos doenças infecciosas também e naquele paciente eh que teve o seu diagnóstico de cfil screen para outras doenças sexualmente transmissíveis ou ists tá bom Espero que tenham gostado se gostaram Não deixe se inscrever aqui no canal um grande abraço eu sou Renato Cassol médico infectologista