R2 aí que tá todo mundo vai ser bem agraciado com esse tema eh e aí hoje a gente vai contar então com a apresentação do Dr Marcelo branas que é médico pela FM USP eh fez presencia em Psiquiatria aqui pelo ipq é cooc coordenador e cofundador do ambulatório para desenvolvimento dos relacionamentos das emoções que é o Adre eh que é vinculado ao serviço de psiquiatria da infância adolescência aqui do do ipq ele tem um research fellowship no mclean hospital da Harvard University ele é treinador oficial do conhecido GPM do gund personality disorders institute os comentários
vão ser Dr Rodolfo fando miano que também feen em Psiquiatria aqui no ipq doutorado pelo programa especial tripartite fmp urgs Unifesp e é o coordenador do recé fundado ambulatório de depressão resistente autolesão e sualidade ele também é editor associado do Brasilian Journal of psychiatry Então temos aí um tio de peso para falar desse tema também bastante pesado [Música] bom Bom dia pessoal eh muito obrigado ilano pelo convite prazer est aqui junto com o Rodolfo também pra reunião ã posso deixar assim microfone pode porque transmissão Se tiver ruim pro pessoal a gente liga esse mas ele
at fala beleza bom gente oi bom ã então o objetivo dessa aula aqui é que nem a Elana me pediu fazer uma coisa mais Clínica né para explicar para vocês na prática hã como é que a gente vê e como é que a gente trata a autolesão não suicida e a sua relação Claro inevitável com comportamento suicida em jovens então nosso foco aqui no nosso ambulatório é 13 a 17 anos mas a aula vocês podem imaginar que é mais ou menos até uns uns 25 anos a maioria das coisas se aplicam ã então agora vai
bom ent um confito de interesse ã e daí Ah então basicamente eu vou fazer uma visão geral para você de autolesão não suicida depois falar um pouquinho da relação entre autolesão não suicida e comportamento suicida estão bastante relacionados e o tratamento tá é essa aula é bastante eh baseada Nesse artigo que a gente publicou recentemente que a gente fez uma revisão narrativa e uma proposta de guideline de tratamento disso em jovens porque como vou mostrar para vocês bom é um problema bastante prevalente né então assim qual que é a definição de autolesão não suicida tá
lembrando que tem várias definições de autolesão por exemplo se for ver na literatura autolesão que é um termo mais amplo que em inglês self har tem também deliberate sarm que inclui suicídio e tem autolesão não suicida que é uma entidade que como ela tá definida no dm3 né Desculpa a sessão TR do dcm5 né e daí qual que é a definição é a distribuição ou lesão alteração do tecido corporal Direta deliberada com intenção sem intenção suicida naquele momento mas lembrar que o paciente muitas vezes tem também ideação suicida de forma concomitante e socialmente não aceitável
ou seja at um pouco Óbvio mas assim diferente de tatuagens piercings é contexto religioso que tem alguns tipos de autolesão e e normalmente as lesões são leves e moderadas exemplo mais por prototípico são por exemplo corte superficiais em antebraço n por exemplo Isso é o que a gente acaba mais vendo na prática Clínica qual que é epidemiologia bom a idade média de início é ao redor da puberdade aos 13 anos né e tem um pico Entre 16 15 e 16 anos na maioria dos jovens e um declínio normal eh na início da idade adulta e
a prevalência como eu vou falar para vocês Infelizmente ela realmente tá aumentando né e a Valência na adolescência mais ou menos 17% isso numa metanálise que foi feita em vários países 41 países varia entre 4 e 40% mais ou menos depois eu vou falar um pouquinho de dados do Brasil bom então prevalência em adultos jovens 13% em adultos 5% Então como vocês podem ver vai declinando mesmo vai diminuindo né dado da puberdade eh para adolescência tem esse pico e depois vai reduzindo e é mais frequente em mulheres com uma relação mais ou menos de 1.7
né de mulheres para homens ã bom e daí o que que a gente observa aqui o Paul plener né que é um dos maiores estudiosos dessa área ele Acabou sintetizando os estudos que a gente tem epidemiológicos sobre isso nesse gráfico por exemplo e daí a gente vê que tem esse esse início ao redor dos 13 anos com um pico e na maioria das pessoas com uma redução aí quando o indivíduo vai chegando na maioridade então assim qual que é o o contexto na adolescência que surge durante a puberdade quando a vulnerabilidade do neurodesenvolvimento mais comportamentos
de risco mais pressão social mais a própria reatividade emocional exacerbada própria da adolescência e ah essas pressões sociais de exclusão alguns adolescentes não conseguem ter resiliência emocional suficiente para isso a gente vai ver quais são esses fatores Associados e acabam recorrendo à autolesão como uma forma principalmente de regulação emocional apesar de ter outros porquês também que a gente vai falar bom bom aqui Infelizmente o que a gente acaba percebendo na clínica né Ah bom é é o que mostra também as pesquisas tá aumentando né Por exemplo no estudo britânico triplicou entre 2000 e 2014 e
os possíveis contribuintes isso não é tão certo ainda mas os possíveis contribuintes é exposição social a gente sabe que nessa população é muito eh prevalente com contágios adolescentes em especial tanto para comportamento suicida como eh outros tipos de autolesão estão muito e suscetíveis a contágio Então a gente tem que tomar muito cuidado isso por exemplo em grupos de tratamento de adolescente tem regras específicas para falar sobre autolesão quando acontece isso em escola ou em faculdade tem algumas coisas que a gente tem que fazer para evitar o contágio bom então isso é uma das coisas que
se que se postula que talvez por exemplo redes sociais meios de comunicação foram um pouco gasolina né p esse contágio apesar de não ter certeza absoluta disso e a gente sabe que o uso de álcool e drogas é em adolescentes aumenta mais comportamento suicida e ah autolesão né a gente sabe por exemplo em alguns estudos até 1/4 dos suicídios tem uso de álcool né bom E daí do ponto de vista neurobiológico apesar de não ser o foco da aula falar sucintamente que a gente sabe que sim tem alterações neurobiológicas correlacionadas com a autolesão não suicida
por exemplo alterações de neuroimagem alterações do eixo hipot hipófise adrenal e polimorfismos genéticos além de diferenças no processamento da dor falando um pouco só sobre isso a gente fez em 2021 orientado aqui pelo professori Pedro Pan uma revisão sistemática de estudos de imagem e autolesão em jovens e o que que a gente viu que bom tem diversas alterações né e as principais em neuros cómicos por exemplo uma coisa que não é específica de autolesão Mas acontece por exemplo trans borderline conc também um pouco em depressão de que estruturas por exemplo do córtex préfrontal não conseguem
regular uma uma regulação top Down não é suficientemente ah funcionando da maneira eh enfim esperada nesses pacientes pro sistema límbico então o Cortex prefrontal não consegue regular direito ã o sistema límbico Além disso tem por exemplo alterações em em áreas relacionadas à dor muito interessante que por exemplo o ínsula posterior que é uma região cerebral ligada ao processamento subjetivo da dor tá alterado nesses pacientes a a em tanto funcional quanto estruturalmente sistemas de recompensa sistemas de conseguir fazer mentalização de relações inter e intrapessoais ou seja refletir e nomear emoções nesses contextos interpessoais Além de que
nem eu falei controle inibitório então tem várias alterações nesses pacientes Não é o foco da aula Mas é interessante vê que tem alguns estudos por exemplo mostrando que algumas terapias por exemplo tem uma revisão e sistemática que saiu na frontiers of psychology se eu não me engano recente mostrando que tem altera eh pacientes que fizeram terapia comportamental dialética algumas alterações a que tinham antes do tratamento após o tratamento reduziram essas alterações a nível mesmo de ã ressonância funcional magnético funcional Então isso é bem interessante né dá mais inclusive Esperança falando só um pouquinho de genética
né Tem vários estudos novos por exemplo com de woss que vem ah histórias de risco poligênico né que são genes e eh eh eh que estão correlacionados ao ao fenótipo de aut lesão né E daí assim uma coisa super interessante que a gente até tá participando também é que a maioria desses estudos não foi não foram precisos suficientes no conceito na definição alinhada com dsm5 de aut lesão não suicida então a maioria desses estudos genéticos viram autolesão de maneira mais Ampla com ou sem intenção suicida inclusive incluindo Auto envenenamento por exemplo e daí teve um
estudo recente da Sera colbert que ela fez uma definição mais específica desse fenótipo e algumas coisas que ela encontrou super interessantes que você ter uma carga genética H associada à autolesão não suicida também te confere um maior risco para tentativas de suicídio né e a Além disso né o que que eles viram que tá aqui né e quais são os o filé meão assim do estudo por assim dizer que as famílias com é amostra deles usou uma famílias com com uso de transtorno com transtorno por uso de álcool então tem esse viés da amostra deles
que é uma prevalência alta de uso de álcool mas o que que eles viram que os comportamentos Suicidas como vocês podem ver aqui e de alta lesão são heterogeneos né E eles são só parcialmente geneticamente explicados por genética para depressão diferente do que você achava antes né Ou seja você não explica toda a genética para autolesão suicida baseado só na genética para depressão vai além né de ter sintomas depressivos a gente sabe isso pela clínica de desregulação emocional por exemplo características de personalidade perfeccionismo baixa autoestima um monte de coisas e e foi visto aqui que
a os os cor de risco po gênico para depressão não foi suficiente para explicar todo o fenótipo de autolesão agora uma um ponto interessante é que bom esses esses estudo Esse estudo foi feito com uma amostra de pessoas que usam bastante álcool e é um estudo só então atualmente a gente eh no nosso grupo do inpdap Episódio só por exemplo que é a minoria desculpa que é a maioria maioria dos pacientes T só um a dois episódios e não se repete do que os pacientes que TM quatro ou mais episódios como vocês podem imaginar nessa
subpopulação que é a minoria que tem autolesão repetitiva é muito mais grave né a psicopatologia é muito mais grave todos os outros comemorativos em termos de fatores de risco né então a gente divide divide nssi que é o termo inglês ou a l NS em português aão não suicida como ocasional ou repetitiva né sendo ocasional um ou dois episódios e repetitivo quatro ou mais né ã E daí que que a gente vê na ocasional tá tem menos psicopatologia associada mais Eh mais relacionada a contágio e experimentação com relacionado também a estressores acadêmicos problemas familiares e
a maioria não procura ajuda médica então uma população que acaba tendo esses estressores da anti adolescente e em geral diminui que nem a gente viu naquele primeiro gráfico lá atrás diminui ao longo da adolescência que é diferente da subpopulação com autolesão repetitiva que tem muito mais eh ideação suicida muito mais problemas com imagem corporal muito mais diagnósticos psiquiátricos a gente vai explorar um pouquinho esses dois grupos né aqui só falando dos principais correlatos psicopatológicos ou seja comorbidades de quem tem autolesão a gente vê que 50% acaba tendo algum Diagnóstico internalizante como depressão maior stress pós-traumático
e ansiedade ã 63% T algum transtorno externalizante como problemas de Conduta e transtorno opositor desafiador uma porcentagem enorme tem uso de substância A gente sabe que por exemplo o álcool tem esse fator de desinibição né Eh e as outras substâncias também têm seus problemas em termos de personalidade o antigo eixo dois né do dm4 a a o o mais prevalente é o transtorno borderline mesmo né que na verdade é um é um é o melhor assim protótipo de transtorno de personalidade grave né Lembrando que eles podem ocorrer entre si eh pode a pessoa pode ter
mais de um então a gente consegue ter um Panorama mais ou menos de como é que diga ali em hó não apareceu TDH Pois é é uma boa pergunta eu não apareceu nesse estudo nesse estudo mas tem uma correlação grande com o TDH e quando a gente for mostrar os nossos dados né do nosso estudo teve e também do pessoal da Milan cohort também teve nesse não não teve mas vários outros tem né uma boa pergunta ah Inclusive tem estudos mostrando que o tratamento do TDH por exemplo com psicoestimulantes Se não me engano saiu no
jama eh inclusive deamento de TDH e em pacientes que também tem desregulação emocional em comportamento su o tratamento com psicoestimulantes diminuiu o comportamento suicida ou seja Diferentemente do que se achava até antes que poxa será que eu vou deixar a pessoa mais mais ansiosa com a medicação e tudo de maneira mais geral é protetor né você tratar com psicoestimulantes essa população tem que investigar no nosso ambulatório tem uma comunidade enorme por exemplo bom e nesse modelo aqui do noc né o matth é um dos que mais estudei ele propõe um modelo integrativo pra gente entender
tentar entender mais ou menos como é que é isso acontece longitudinalmente né então a gente tem fatores de risco distais que nem eu mostrei por exemplo genéticos Ah maior predisposição a uma a um temperamento mais intenso com tendência a desregulação emocional por exemplo né ah dificuldade de mentalização ou seja de reflexão sobre as experiências emocionais de nomeação mas a Lexi temia Por exemplo essa dificuldade global de lidar com as emoções é um fator de risco eh abuso ma tratos na infância é claro que não é eh como é que f necessário nem específico mas é
um fator de risco e ã o que a gente acaba Chamando por exemplo na terapia comportamental dialética às vezes também tem muitas vezes tem um histórico de invalidação ou crítica exacerbada na família que às vezes os pais de maneira inadvertida né tentando fazer o seu melhor mas acabam às vezes não conseguindo metabolizar a emoção junto com a criança um monte de estudos sobre apego confiança epistêmica de como é que os pais ou o cuidador principal consegue metabolizar a a emoção junto com o bebê e a gente vê que acaba tendo déficits em média nesses pacientes
disso na infância bom aí a gente eh seguindo tem esses os fatores de vulnerabilidade intrapessoal por exemplo né ter essa alta emocionalidade com aversão às emoções primárias o paciente às vezes não consegue tolerar eh é culpa não consegue tolerar medo não consegue tolerar por exemplo tristeza e acaba deslocando sempre para raiva por exemplo ah baixa tolerância ao stress baixa resiliência emocional e muitas vezes também com paciente que que não tem tantas habilidades de comunicação e de resolução de problemas então você imagina um adolescente com uma alta emocionalidade dificuldade de identificar as emoções dificuldade de lidar
com asas emoções baixas habilidades eh de tanto de se autorregular quanto de inter agir socialmente de maneira mais assertiva por exemplo e daí o paciente acaba usando a autolesão como uma estratégia de tentar regular essas emoções bom aí quando acontece obviamente no no no presente um estressor por exemplo um gatilho interpress sensação de crit rejeição ou falhar numa prova ou alguma coisa do tipo o paciente acaba ã usando autolesão como por exemplo cortes como uma forma de você lidar com isso né então assim falando um pouco do Brasil né Tem esse estudo Super Interessante recente
de de Fevereiro desse ano que foi uma eh baseada em datos do data SUS que avaliou as as tendências né que no de aut lesão no Brasil que tem aumentado por exemplo entre 2011 e 2022 o que que eles fizeram né ah eu já mostro o gráfico mas só primeiro falar o que que eles fizeram primeiro que eles definiram no estudo a lesão isso pela também limitação dos dados que tinham né mas autolesão de uma maneira Ampla com ou sem intenção suicida incluindo Auto envenenamento por exemplo então é uma coisa mais inespecífica incluindo o suicídio
enquanto no mundo teve uma redução global de 36% dos suicídios n dos suicídios nessas últimas duas décadas no Brasil Infelizmente o Brasil foi infelizmente um dos que mais teve aumento né aento de 43% no Brasil e que que eles observaram também na pandemia da covid19 ficaram estáveis né as taxas de H suicídio como um todo em 2020 e daí através dos dados do do ibg e do datasus que que eles viram um aumento sustentado e significativo entre 2011 e 2022 homens e idosos continuam sendo os mais afetados por suicídio completo né por morte por suicídio
mas os jovens que nesse período apresentaram maior aumento sendo As populações mais des favorecidas com menos acesso a tratamento tiveram as maiores taxas e mais os menores índices de hospitalização que mostra por exemplo provavelmente menos acesso né E daí aqui né os gráficos que por exemplo tem aqui no sexo feminino e no sexo masculino não foi significativa a a diferença os dois aumentaram né que na sexo feminino tem mais prevalência agora nos o segundo gráfico do Meio realmente os jovens de eh 10 a 19 anos foram os que mais aumentaram né nesse último eh essas
últimas décadas O que é bem preocupante bom agora tentando entender um pouco a trajetória ã de autolesão em jovens porque que nem eu falei para vocês tem um grupo que tem autolesão de maneira mais ocasional e que vai diminuindo e tem um grupo mais repetitivo mais grave e o intuito é entender bom o que que acontece diferente né nesses grupos porque inclusive isso tem uma implicação importante em termos de intervenção precó ou prevenção né porque a gente quer atuar mais nesse grupo com maior risco de cronificação obviamente também atuando no outro grupo de maneira menos
intensa agora esse estudo foi bem importante no campo que é da Stephan h e que foi o phd dela quando ela tava lá no Reino Unido e que viram usando uma metodologia de machine learning eles acabaram vendo vários fatores de risco e trajetórias para autolesão e realmente apareceram também nesse estudo dois grupos um grupo que eles chamaram de um com altíssima psicopatologia né ou seja com um monte de comorbidades problemas Associados e um grupo que é esse grupo mais leve por assim dizer com menos coisas e é interessante que foi um baita desafio nesse estudo
e no nosso que a gente também fez de que o grupo com autolesão mais ocasional é muito mais difícil de você prever né o o poder de AC curaça dos algoritmos de machine learning É menor né E você consegue é mais difícil entender o que que acontece nesse grupo grupo mas o que que eles descobriram de maneira não não muito surpresa o grupo um tinha um monte de psicopatologia ah e o grupo dois tinham menos coisas identificáveis aqui né esse gráfico ele é meio complicado mas ele mostra assim Quais foram os fatores de risco que
levaram a cada um dos grupos em cada uma das idades né E daí o resumo é que duas trajetórias distintas né ambos os grupos com problemas de sono e baixa autoestima e também em pesquisas também sobre suicídio é importante muito importante qualidade de sono né Fundamental e o grupo um tinha uma alta psicopatologia com um monte de dificuldades emocionais precoces persistentes bullying dificuldade de regulação emocional cuidadores com maior psicopatologia e o grupo dois que era a maioria nesse estudo muito mais difícil de prever o que conseguiram ver um pouco propensão a comportamentos de risco na
adolescência e baixa suporte social daí a gente vai entrar um pouco mais de detalhes que a gente foi a tentar Ah replicar esse estudo adiant adiantando felizmente deu certo no sentido de que os nossos dados são incrivelmente parecidos até no na no brazilian High ris cohort né o do inpdap partite da USP e fesp urges que estuda São Paulo é é uma amostra comunitária de escolas né os adol as crianças na época foram recrutadas de escolas dão 35 escolas em São Paulo 22 escolas em Porto Alegre e um resumo só do que que é a
corte para depois a gente falar dos nossos achados uma coisa bem resumida que em 2010 foi começado a coletar os dados né é uma corte de alto risco então uma parte da amostra da corte é Random aleatoriamente selecionada na população e uma outra parte de alto risco que foi selecionada baseado em psicopatologia dos Pais né quem tem pais com mais psicopatologia G um score maior de risco então foi feito é racional tem duas populações nessa corte e daí a gente tem três ondas principais uma quarta onda sendo coletada com um monte de dado de neuroimagem
genética e e vários questionários de psicométricos e daí o que que a gente viu a gente né nesse estudo de autolesão tentando ver se a gente também tinha trajetórias distintas usando uma metodologia semelhante de machine learning que a gente também eh atualizou ela para para tem de mais moderno então assim das 1345 crianças adolescentes agora são adultos jovens na verdade né 244 de autolesão é mais ou menos meio a meio né feminino e masculino e a gente só tinha dados de autolesão na última onda então a gente queria saber o que que ia prever autolesão
aparecer nessa última onda e o que que a gente fez assim é o resumo do resumo que não dá para entrar em detalhe mas a gente usou um mapa de machine learning que na verdade ele faz um mapa de indivíduos de psicopatologia meio que ele consegue destilar a amostra num mapa 2D que é um degradê de psicopatologia o resumo é isso assim vocês vem que no canto esquerdo superior tem os indivíduos com alta psicopatologia em vários níveis e no canto direito inferior os indivíduos com baixíssima psicopatologia e comportamentos pró-sociais O que é bom né então
a gente destilou assim esses pacientes nessa nesse mapa e foi ver aonde estavam então aqui os mais graves né que os menos graves da amostra inteira e foi ver onde é que estavam os indivíduos que T autolesão nessa amostra e realmente aparec em dois grupos né né não é tão tão surpreendente mas aparecem dois grupos e daí a gente viu que esses dois grupos TM distintas eh psicopatologias um de auto e um de baixo agora mais interessante é ver o que que tinha de diferente neles ao longo do tempo a gente via que isso é
uma na minha opinião mais interessante que os indivíduos ã que tão no grupo mais grave eles ao longo da adolescência pioram sintomas emocionais hiperatividade na atenção que nem o eui perguntou se mantém Auto o tempo todo sendo que o grupo controle sem autolesão e o grupo de baixa psicopatologia diminui ao longo do tempo os problemas de Conduta se mantém altos também né e ã o comportamento pró social no grupo eh de alta psicologia até diminui ou seja é ruim né quer dizer hã além de aumentar os problemas então são grupos com trajetórias distintas né um
grupo vai piorando outro grupo ele vai melhorando Infelizmente ah e daí o que que a gente também eh observou bom ao longo de cada uma das três ondas de coletas de dado três idades diferentes quais que eram os fatores de risco né para ã comportamento não suicida disparado no grupo de alta psicopatologia TDH passei rápido aqui deixa eu voltar DH né É até compreensível né alta impulsividade é in atenção dificuldade de ã parar para refletir sobre emoções entre um monte de outros problemas né que sociais na escola divórcio dos Pais Ahã transtornos de humor nos
cuidadores também que nem eles acharam lá em Londres eh ã relações problemas no relacionamento com com a mãe ã problema eh até eh proteção super proteção por exemplo de pais e Ahã outras e no outro grupo no outro grupo que é o grupo mais leve por assim dizer de autolesão tinha muito melhor controle inibitório ã e muito menos as Barrinhas estão pra esquerda que muito menos problemas de isolamento social menos problemas de depressão menos problemas de relacionamento com a mãe então a gente foi vendo que que esses pacientes mais graves já tinham problemas externalizantes logo
no começo eh da vida da vida da adolescência né e e ã a diversidades familiares também é cedo e o grupo de menor psicopatologia é mais difícil prever como vocês verem só um fator foi eh aumentado né E quando a gente viu difar de controle inibitório menos sintomas então mais difícil de prever um grupo mais saudável né aí ao longo do desenvolvimento a gente viu que nesse grupo quando eles entravam mais ou menos aí na puberdade eh eh meio mais ou menos da adolescência o grupo um disparava de sintomas ansiosos depressivos isolamento social mais uso
de psicoestimulantes eh prescritos o que pode ser bom né ah maior taxa de bullying maior desregulação emocional Enquanto o outro grupo assim como eles viram na Inglaterra tinha mais dificuldades sociais e menos psicopatologia suspensão na escola né mas parecia um pouco toque o TDH aparece mais tardiamente provavelmente é mais leve inclusive inclusive então é um grupo que ele vai tendo uma trajetória melhor que é aquele grupo que vai melhorando e na idade adulta ou o começo da idade adulta depressão altíssimo no grupo mais grave comportamento agressivo história de trauma uso de estabilizadores de humor a
gente sabe que por exemplo nessa amostra é baixíssimo a população com transtorno bipol baixíssimo mas a gente sabe que na prática muitas vezes estabilizador de humor é usado até mesmo sem muita evidência mas para controle de desregulação emocional mais queixas somáticas e o outro grupo acaba tendo um desenvolvimento Mais Positivo com maior senso de maestria mais atividades culturais continua com bom controle inibitório tá mais trabalhando ou estudando né mas teve uma maior exposição por exemplo ao uso de cân Abis então o que que foi realmente parecido a gente viu que provavelmente o grupo dois teve
melhor psicopatologia menos antecedentes familiares e mas talvez mais exposição a comportamento de risco e Menor suporte social na adolescência né que é isso basicamente que essa figura mostra um resumo né do grupo um TDH é precoce e todas essas coisas que eu comentei que eu acabei de falar S Por uma questão de tempo vou passar um pouco então qual que é o desafio nosso distinguir quem vai ter autolesão ocasional limitado no tempo na ausência de psicopatologia grave de quem vai ter de forma repetitiva crônica que a gente quer intervir da maneira mais precoce possível tá
então isso é uma coisa bom outro desafio que é essa parte dois da aula né é a gente falar um pouco da transição de tentativas de suicídio ou suicídio completo nessa população Qual é a relação entre autolesão não suicida por exemplo cortes superficiais com comportamento suicída primeiro H que que a gente pode tentar ver a gente pode tentar ver pelo Prisma das funções psicológicas entre os dois né Quais são as funções eh psicológicas da autolesão e do do suico normalmente é usado autolesão para o paciente eh conseguir lidar com aliviar dormência ou sensação de vazio
ou emoções negativas de uma maneira geral ou anestesia emocional Esse é o principal mas também tem pacientes ou mesmo paciente queem outras ocasiões usa para se autop punir por se stir mal se sente estranho se sente deslocado e o a menor parcela dos comportamentos que é o que às vezes as pessoas mais pensam preconceituosamente a menor parcela é para ganhar atenção dos Pais para evitar escolas isso acaba acontecendo como acontece vários problemas inclusive não os psiquiátricos de ganho secundário mas o o o principal e o núcleo é para lidar com emoções ou para se punir
por raiva de si próprio e no suicídio bom o suicídio é bem complexo além das teorias clássicas de suicídio de você se achar um burden ou seja um fardo para as outras pessoas ou você ter uma sua sensação de pertencimento social ameaçado são S teorias clássicas de suicídio também um estudo eh recente viu que eh funções do suicídio bom primeiro é óbvia né terminar com a própria vida além disso O que que os pacientes eh relatavam aliviar estados emocionais eh mentais difíceis parecido com a autolesão fuga de situações estressantes comunicação de desespero e outras eh
razões interpessoais então a gente vê algumas semelhanças por exemplo principalmente no segundo item então a aqui que a gente vem entre autolesão não suicídio e suicídio de comum incapacidade de lidar com estados emocionais intensos estressores ambientais por uma série de fatores né que podem levar um contínuo de comportamentos de esquiva de evitação que inclui autolesão em última análise suicídio e os fatores de risco né Quais que são os comuns aos dois Ahã população trans né ah orientação sexual a não étero minoritária né população LGBT ã que mais perfeccionismo os pacientes eles tem um perfec muito
alto os adolescentes desesperança ideação suicida os dois TM ah depressão transtorno bordeline comum nos dois transtornos alimentares TDH estresse pós-traumático uso de substâncias impulsividade histórico de aut lesão Esso é mais Óbvio e problemas de sono né são problemas de sono às vezes esquece de avaliar tem que avaliar né ã Além disso né Eh desafios familiares divórcio entre outras coisas baixo nível socioeconômico bullying Ah e história de maus tratos por exemplo né e contágio por isso que a gente tem que avaliar muito contágio e tomar cuidado com o contágio uso de mídias sociais o que que
os adolescentes estão conversando un com os outros esse tipo de coisa então qual que é a teoria que teorias a gente tem paraa transição paciente que tá com autolesão e trans posiciona para comportamentos Suicidas mais graves né um é que autolesão não suicida pode ser uma porta de entrada para atos agressivos o paciente vai de certa forma se dessensibilizando para se auto agredir né e ah pode então servir como uma porta de entrada para suicídio por meio de diminuição das inibições ao longo do tempo que que você tem de implicância implicação Clínica tem que a
gente tem que tratar a autolesão o mais cedo possível para evitar essa por exemplo dessensibilização a segunda teoria mais famosa em termos de de nessa área que é da terceira variável o que que seria uma terceira variável Bom na verdade são dois epifenômeno um paciente que tem uma depressão às vezes ele pode ter as duas coisas né então seria uma um terceiro fator que na verdade mais significativo que liga essas dois comportamentos do mesmo paciente isso acontece em alguns casos né Um clássico por exemplo transtorno bordeline acontece os dois né ah e daí qual que
é a importância dessa teoria nenhuma é suficiente para explicar tudo mas dessa é endereçar os fatores de risco compartilhados por exemplo né fazer uma intervenção precoce para transor borderline uma intervenção precoce precoce para depressão etc uso de substâncias e a terceira teoria é a de capacidade adquirida para suicídio né do autor que chama joiner que o paciente ele vai tendo uma habituação de medo e da dor vai se dessensibilizando né e um Outro fator acaba catalisando isso como uso de drogas por diminuição de inibições entre outras coisas percepção de ser um fardo isolamento social daí
acaba sendo um combustível para essa habituação de medo e de dor então além de endereçar A autolesão além de endereçar as comorbidades esses outras formas de comportamento de risco também tem que ser endereçados né habituação do medo o que que é habituação do medo é na verdade assim né por exemplo aquele medo mais eh prevalente de você se cortar e ter uma lesão Ou de ou de você sofrer nesse processo de se lesionar ou de tentar suicídio desse tipo de coisa no paciente que vai se autol lesionando vai diminuindo daí acaba sendo uma porta de
entrada pro suicídio né medo da morte medo da morte é exato tem mais medo da morte exatamente bom o que que a gente tem de pesquisa né quase 1 terço dos adolescentes que tem autolesão tentarão suicídio bom a Associação é bidirecional os comportamentos estão altamente relacionados e a taxa de suicídio é maior indivíduos com aut lesão e pensamentos Suicidas em comparação com aqueles com um comportamento então at mais de um comportamento é um eh um Boost assim de risco por assim dizer né E isso daqui que eu eu acho isso daqui uma das coisas mais
importantes que é a progressão né progressão a gente sabe que maior frequência de autolesão e pensamento de Suicidas eh vai aumentando o risco tem uma relação direta diretamente proporcional e a progressão natural na maioria dos casos entre surgir aos 12 anos por exemplo autolesão não suicida e a deção suicida em média 4 a 6 meses que é pouco começa comportamento em vez de só pensar em se autolesionar se autolesionar de fato passa-se mais três a se meses planejamento de suicida passa-se um a do anos primeira tentativa de suicídio então aqui tá a importância de gente
fazer intervenções precoces a janela de intervenção de se a 12 meses bem curto né bom tratamento medicações não tem nenhuma medicação específica para autolesão não suicida por exemplo tem estudos que tentaram na axone Topiramato específica para autolesão não tem evidência mas claro a gente usa para comorbidades exemplo de psicoestimulantes para TDH né a gente tem que rastrear ativamente o adolescente não vai chegar contando vai vir por exemplo de blusa comprida esse tipo de coisa a gente tem que perguntar também inquirir sobre contágio na escola tem algum outra pessoa que se autolesiona na sua turma que
fala-se nas redes sociais esse WhatsApp da sala esse tipo de coisa psicoeducação sobre como é que isso acontece adolescente entendendo que quando ele conseguir nomear com ajuda nossa né nomear melhor as emoções identificar os gatilhos conseguir refletir e ter mais habilidades e lidar com a situação naturalmente vai recorrer menos a autolesão né e o guideline que a gente propôs nesse paper é o seguinte né até ele é Bem óbvio objetivo você vai fazer um um um Clínica ao acesso Mas você vai acessar o adolescente seja o pediatra ou Clínico ah geral ou psiquiatra vê se
você se você precisa de um tratamento médico imediato ou não a minoria das autol lesões no Suicidas precisam de um tratamento médico imediato por exemplo se for uma um corte profundo fazer uma suura ver como é que tá a vacina de tétano se for cortes na região do pescoço Esses são realmente bem preocupantes às vezes acaba tendo que internar agora a maioria que não é necessário esse tratamento mais médico clínico cirúrgico você vê se é um episódio único e leve sem muitos comemorativos ou se é quatro ou mais Episódios com um monte de comorbidade por
qu pensando em saúde pública a gente pode pensar no modelo step care nesse primeiro nesse quando ainda é mais simples o problema você já investiu em psicoeducação comunicação com os pais às vezes encaminhar para alguns grupos específicos casos disponíveis por exemplo em caps e nos casos mais h quando já é mais repetitivo você tem que intervir já mais intensamente com psicofarmacologia com tratamento por exemplo a transor borderline se for o caso também né e endere vai precisar de um tratamento mais intensivo a gente tem que ter essa visão pensando em saúde pública então assim primeiro
vê qual que é o nível de cuidado ambulatorial ambulatório inal intensivo hospital de internação por exemplo aqui no nosso grupo do Adre a gente é semanal o atendimento com o psiquiatra e internação é raramente necessária mas nessa situações específicas né E por exemplo a gente utiliza quando uma suicidal maior a gente sempre vê o risco o padrão de suicídio crônico de suicidal dade crônica do indivíduo e se tá agudizado ou não ou um dano corporal grave que nem isso aqui eu já falei né e avaliar o risco de suicídio frequência método local das lesões né
ah inclusive locais menos aparentes que muitas vezes aparece Face interna de coxa região genital aí pensar também histórico de abuso um monte de coisas desse tipo não é todos os casos mas pensar e questionários isso para quem por exemplo quiser tanto conhecer os questionários para melhorar sua anamnese ou de fato usá-lo né tem o deliberate self har inventory é o que a gente usa aqui na CTE em português ele vê a frequência de autolesão de cada um tipo de autolesão nos últimos se meses tem o a fasm que ele vê mais a função psicológica da
autolesão interessante e o stib que ele é mais amplo mais completo e maior também que vê tanto pensamento suicida quanto autolesão e um monte de itens né bom aspecto crítico então é diferenciar indivíduos de alto risco ã com altos níveis de psicopatologia com alta disfunção psicossocial e a primeira linha o tratamento ambulatorial agora Quais são as psicoterapias baseadas em evidência com mais evidência para esse problema né terapia cognitiva comportamental é a mais disponível e tem evidência agora umas uns mais especializados que de maneira assim super sucinta seriam Vai um pouco spinoffs assim da da da
TCC ou das terapias psicodinâmicas a terapia comportamental dialética né talvez tenha um maior corpo de evidência dessas especializadas E também o tratamento baseado em mentalização também tem evidência que basicamente nobt você tem um conjunto de habilidades tanto pro paciente identificar as emoções nomear as emoções habilidades de assertividade de falar com os pares eh treinamento paraa família como é que li para você ser mais valid em determinadas situações mas ao mesmo tempo consegi colocar limite coisas práticas do que fazer num momento de crise com gelo atividade física intensa Ah mindfulness quando a emoção já tá mais
baixa uma série de habilidades que endereçam todo aquele conjunto que eu mostrei daquele gráfico da do Noque de todo cada um daqueles elementos e tratamento baseado na mentalização que é menos disponível no Brasil que ele muito tenta fomentar uma melhora da autorreflexão de você conseguir entender a sua mente a do outro e como é que as duas interagem né agora o problema né desses tratamentos que eles são muito especializados pouco disponíveis é caro pro terapeuta se formar tem um monte de coisa n difícil aplicar em saúde pública Então qual que é o racional por exemplo
que se usa muito você usar essas ã para casos principalmente menos graves ou como tratamento Inicial você usar elementos fundamentais presentes nesse na maioria desses tratamentos especializados e um Arc bolso generalista e dá para fazer isso baseado em evidência eu vou falar mais ou menos como né para não precisar a gente ter Ultra especialistas para tratar todo mundo que é impossível né Por exemplo o que a gente usa aqui não é o único mas o que a gente usa aqui que é baseado em evidência é o bom manejo Clínico né que o good psychiatry Management
que nasceu na Universidade de Harvard foi aplicado adaptado paraa adolescência tem agora em inglês português e francês e o objetivo é o quê é o é o bom o suficiente né fazer básico bem feito com esses pacientes que ele acaba levando elementos de todos esses outros tratamentos é como se fosse um resumo um pupur R sucinto desses outros tratamentos mais dentro de um Arc bolso coerente maniz para não ficar também uma bagunça né inclusive por exemplo se você depois se fizer o se você quiser depois você souber o básico tem até como integrar com tratamentos
mais avançados o que que se faz psicoeducação conscientização os fatores de risco aliança colaborativa no tratamento para paciente não ficar só naquela postura passiva esperando que a gente vai por exemplo resolver tudo porque isso não dá certo fomentar a proatividade melhorar esse senso de maestria sobre as emoções e sobre os relacionamentos interpessoais e compromentimento com o tratamento que a gente sabe que taxa de dropout desses pacientes pode chegar a 27 por. né um plano de segurança porque por exemplo a gente né diferente de um tratamento Ultra especializado que o paciente vai ter o telefone do
terapeuta por exemplo não dá para fazer isso né em saúde pública então a gente acaba usando um plano de segurança nesse plano de segurança listando junto com o paciente Quais são os gatilhos principais que habilidades ele pode usar eh nessa situação que suporte social ou médico ou outros ele pode recorrer como por exemplo cvv né E isso acaba sendo feito por exemplo aqui é um exemplo de um plano de segurança né que tem no livro né sinais de alerta Como manejar o mal-estar é um passo a passo né situações sociais eh personalizad para cada indivíduo
pessoas a quem posso pedir ajuda tem até pessoas que em geral não ajudam muito e que eu peo que acaba não conseguindo ajudar e e o paciente pede ajuda acaba tentando mudar isso né profissionais ou instituição medicações às vezes paraa crise depois de tentar as habilidades então a gente acaba fazendo documento isso com o com o paciente e pros pais também né que a gente sabe que os pais eles têm muita dificuldade ficam desesperados né a gente sabe que o por exemplo o nível as taxas de estress pós-traumáticos nesses pais é maior por exemplo el
passam muito apur e h a gente explica como é que lidar com bullying como intervir como é que falar com a escola como lidar com o adolescente numa situação de crise né como resolver problemas de de forma conjunta e ter um plano de manejo pros pais os pais também recebem uma espécie de receita de bolo do que fazer nessa situação atitudes por exemplo que ajudam que não ajudam etc né bom a gente só mostrando um pouco do que que a gente tá fazendo em termos de a gente tá adaptando mais ainda o GPM para autolesão
não suicida especificamente vamos apresentar agora na Antuérpia em outubro né tá sendo feito que a gente quer a gente sente até algumas faltas coisas que poderam ter a mais também no tratamento que a gente quer colocar e daqui eu só uma dica por ex uma dica de um dos livros que é pelo Eduardo aratangi Jaqueline os dois aqui de pq né eles escreveram um livro de como lidar com auto mutilação ou autolesão para pais e adolescentes a gente acaba é um dos dos poucos livros nacionais e bons assim sobre o termo que a gente acaba
eh recomendando né fazendo só uma propagand vai ter aqui pelo nosso grupo aqui no ipq o workshop de bom manejo Clínico para adolescente né e em em agosto em agosto né identes claro que Aqui estão todos também convidados né então era isso que eu tinha para falar gente Obrigado vou convidar agora o Rodolfo para apresentar os comentários eh já apresentei o Rodolfo né mas ele é fez residência aqui pelo aqui no ipq também só para repetir fez doutorado pelo programa tripartite que a gente já explicou e é o fundador do pras Deixa eu só botar
comr aqui Ah então só tá o mouse sabe talha de apresentação é o mouse tipo não aparece ai bom oi pessoal primeiro agradecer muito a Ilana eh e a todos pelo convite eu eu ia fazer só alguns comentários rápidos assim ia obviamente não queria fazer nenhuma apresentação mais complexa mas eh eu eu trouxe só poucos slides para para guiar um pouquinho e meus comentários e e minhas falas e e minha fala aqui depois dessa aula do do Marcelo obviamente qualquer coisa que eu falar vai ser simples mas eu vou tentar dar uma resumida aqui para
vocês esse aqui é um é um modelo é mais do ponto de vista conceitual né não tem nenhuma tentativa de fazer um modelo etiológico da minha parte é um modelo completamente conceitual que eu ente apresentou nas aulas né então lá na esquerda nós temos os pensamentos Suicidas e os comportamentos Suicidas encobertos né Eh os pensamentos Suicidas obviamente podem vir desde pensamentos de morte até um um um um plano de ação suicida e eh os comportamentos Suicidas encobertos são comportamentos que não temm eh a eh a o desejo a intenção de acabar com a própria vida
mas que pode eh consequentemente levar ao fim dela né a pessoa assume o risco de levar ao fim caso e de morrer caso eh engajando naquele comportamento então isso envolve beber e dirigir Eh sei lá alguns comportamentos de alto risco de sexo sem sem proteção etc etc a gente tá publicando agora um artigo interessante eh que isso é muito pouco falado muito pouco discutido mas a gente tá apresentando um artigo interessante também trazendo isso também com como um moderador né etiológico aí para a autolesão deliberada depois existem pacientes que T mais pensamento suicida outros pacientes
que vão ter mais comportamento suicida encoberto né existem pacientes por exemplo que tem pouquíssimo pensamento suicida mas muito comportamento suicida encoberto e levando a uma autolesão deliberada independente aí do eh eh eh do fator eh precipitante então a autolesão deliberada obviamente precisa ser deliberada é um comportamento aut iOS com ou sem intenção de acabar com a com a própria vida e leva autolesão sem intenção suicida ou a uma tentativa suicídio obviamente isso é um espectro eh de uma intencionalidade muito mais abstrata muito mais conceitual do que é é real há uma ambivalência gigante no comportamento
suicida então vários estudos trazendo isso essa ambivalência no comportamento suicida né qualquer comportamento autolesivo há ali Risk taking envolvido né Há um risco envolvido naquilo então que entraria até dentro do comportamento suicida encoberto dentro da definição que a gente criou porém eh aqui como é um comportamento muito mais eh eh fenotipicamente caracterizado nos estudos a gente separou eu eu gosto muito da parte conceitual que do ponto de vista científico isso é muito importante né Eu gosto de chamar de autolesão sem tensão suicida mais do que o nome inglês autolesão não suicida Porque para mim tentativa
de suicídio é uma autolesão não suicida é assim do ponto de vista conceitual então eu prefiro trazer o espectro da intencionalidade lá em cima eu acho para mim eh eh conceitualmente mais mais lógico e atent a suicídio e dentro do espectro tem overdose suicídio assistido etc com uma consequência final obviamente do suicídio queria agradecer alguns slides aqui eu eh eh eu fiz em parceria com a Jennifer mull Camp numa apresentação eh que a gente fez Então queria eh colocar aqui o crédito para ela também professora da ire uma das maiores pesquisadoras em eh autolesão sem
tão suicida do Mundo né então basicamente aqui é só um gráfico de pizza bem ruim bem mal feito mostrando os tipos principais de autolesão sem intenção suicida então a gente pode ver que mais de 50% é corte né que aí pode chamar o corte de automutilação que é o nome eh antigo os demais não obviamente então depois tem eh eh se bater se queimar abrasão né e outros se morder por exemplo né morder a boca por exemplo eh arrancar cabelo né que é diferente aí de uma tricotilomania porque tem intencionalidade de causar a própria lesão
entre outros né Eh aqui é uma uma prevalência Average assim de autolesão sem tensão suicida mostrando que os países europeus tem uma prevalência maior mas isso flutua muito e eu vou dizer por flutua muito porque eh não primeiro que a definição é bem bagunçada Então você vai ver autolesão sem tão suicida eh autolesão deliberada e tudo mais então os estudos de eh metanálise de prevalência São muito bagunçados se você for ver tem uma bagunça e os instrumentos de mensuração desses fenômenos também são muito variados né você vê a fasm eu não gosto da fasma eu
acho ruim eh porque ele é muito muito Ampla também tem outras que são escalas gigantescas que que que assim tem mais de 60 questões então há necessidade de instrumentos mais fáceis né Eh e a gente até tá trabalhando na construção de um instrumento eh transcultural um pouco mais fácil de mensurar esses fenômenos eh aqui trazendo do ponto de vista também eh etiológico no zoológico eh isso eu queria deixar bem claro né que não é só transtorno de personalidade borderline né eh que é obviamente um eh um modelo eh para esses fenômenos que é mais prevalente
no transor borderline porém né existem vários outros diagnósticos que estão que também estão inseridos eh em pacientes com autolesão sem tensão suicida e isso é é muito importante na hora da gente tratar os nossos pacientes né se a gente trata a causa subjacente da eh expressão fenomenológica obviamente os paciente tende a melhorar muito ali né tanto o controle de de impulso tanto a diminuição da ativação eh de amídala ínsula etc melhorando todo a capacidade de controle eh de impulso aqui é só também trazendo na ideia de do dcm3 o o do dcm5 igual na terceira
parte igual o o branas trouxe né que há aí uma proposta de um diagnóstico assim como há uma proposta de diagnóstico de um outro diagnóstico chamado de transtorno do comportamento suicida então existem esses dois essas duas propostas de Diagnósticos como fenômenos a parte basicamente eu também assim não me afinizar olia né entrando mais no aspecto da dimensionalidade eh dos fenômenos a gente obviamente essas esses critérios todos TM aí apesar de ter uma baixa uma alta sensibilidade uma baixa especificidade né Eu quero trazer aqui uma diferença eh entre os pacientes né em azul a gente pode
ver os pacientes eh com autolesão sem tão suicida em laranja são os pacientes com tentativa de suicídio então a prevalência é muito maior dos eh eh de autolesão seção suicida comparado à tentativa de suicídio né o eh eh a intenção de letalidade obviamente é o oposto os métodos isso também é muito muito importante a gente considerar os métodos usados na autolesão sem tensão suicida são muito mais variáveis variados do que os métodos usados nas tentativa suicídio tentativa suicídio geralmente a pessoa tem um método de escolha isso é muito comum assim né então ingestão medicamentosa jumping
né Eh enforcamento Então as pessoas têm um pensamento e geralmente é o método de escolha tanto que quando se faz né restrição de métodos letais né os pacientes Geralmente as prevalências dos países de as incidências dos países perdão demoram até 10 anos para voltarem ao que era antes porque é uma assim há um é uma é uma diminuição Clara né Eh desses pacientes n em relação à tentativa de suicídio e suicídio severidade dos métodos de letalidade escolha de métodos mais letais obviamente é maior dos pacientes com tentativa suicídio a frequência obviamente é maior em termos
de esperança também é maior nos pacientes com tentativa de suicídio em termos de trajetória eu quero trazer aqui né então mais ou menos a gente pensa em deação suicida mais ou menos 50% dos pacientes vão desenvolver uma autolesão seção suicida né cerca de 50% aí Eh vai parar na autolesão cção suicida e obviamente vai ficar nisso né e depois de 3 anos esses 50% que se engajarem em uma Tera suicídio mais ou menos 3 anos né Desse 50% 92% vão engajar at suicídio né e eh e 8% vai engajar at suicídio antes dos 3 anos
né termos de mecanismo a gente obviamente ainda não sabe muito bem quais são os mecanismos eu quero trazer aqui alguns outros eh algumas outras eh alguns outros outras variáveis ali que predizem é é o maior risco de tentativa de suicídio isso é muito importante quando a gente for ver os pacientes né a frequência né É ela tá bastante associada obviamente como o branas trouxe né atend a suicídio com um tamanho de efeito aí de p54 a versatilidade dos métodos também está associada a maior risco de tentativa suicídio né com ded coin de p59 n o
cutting de ponto 36 a motivação vou falar depois o próximo slide eh também há essa essa essa relação e a di a localização das lesões também tem eh uma relação por exemplo non arm cutting né corte não nos nos membros né não nos nos braços por exemplo em tronco em pescoço né em virilha está associado aí a um wat ratio né comparado a eh Arms né a braço de 4.46 em relação é com mais maior chance de tentativa de de suicídio tá então a gente ficar observar a localização dessa autolesão também é importante quando a
gente for considerar o risco de suicídio desses pacientes em termos de motivação isso é bem isso é bastante eh bastante interessante Olha que olha que curioso né existem pacientes e isso também é um é É bem a peculiar né Eh existem pacientes que se autol lesionam sem intenção para evitar o suicídio né existe aí uma demanda suicídio tão grande né então para aliviar esse pensamento obsessivo Eu acho que isso até tem que de espectro obsessivo compulsivo né acho que aí o pode falar melhor que ninguém mas aí há um AD rati de 7.42 né comparado
às outras as outras formas de eh de funções as outras funções da autolesão né então para se punir também o wat ratio de qu p 09 isso também é muito associado a autopunição que aí para mim tá mais associado à fenomenologia da depressão né Eh para evitar ali a dissociação também um um maior ods ratio né Eh e isso daqui como proteção né como não tá mais eh não tá mais eh funcionando eu não sinto dor ou seja há esse vamos dizer assim esse eh eh essa habituação do fenômeno porque eu não trouxe aqui mas
é uma curva também eh eh eh eh de gaus relacionado a números de tentativas números de autolesão e risco de tentativa de suicídio ou seja eh existe um vamos dizer eh com mais ou menos de 30 a 50 eh fenômenos de autolesão sem tensão suicida ao longo da vida é o que mais prediz fortemente mais prediz o risco de T suicídio depois disso também começa a diminuir né ou seja menos autolesão tem obviamente quanto menos menor risco de suicídio depois há um pico ali de 30 a 50 autol lesões ao longo da vida depois isso
tende a diminuir a gente vê nos pacientes hipercrômicas etc que esses pacientes que também tendem ao longo do tempo diminuir que aí a gente tem Pensa nessa questão de de proteção aí que é uma possibilidade tá basicamente é isso que eu queria só acrescentar mas obviamente o o que o o branas falou já tinha fechado tudo e também est à disposição pra [Aplausos] discussão vou pedir PR vocês sentarem ali a gente vai abrir pras perguntas Então quem quiser quem quiser ir começando eu tenho uma não sei se tá dando para ouvir É acho que D
vai sado se você puder parcial porque Repete a pergunta Tá eh eu queria saber se a gente tem estudado então do aumento de número de tentativas não sem intenção suicida e depois a tentativa ção suicida se Aumentou a gente tem um dado de quem são essas pessoas a gente tem uma coisa mais talvez estudo mais qual pensando muito eh talvez Claro com o protótipo do paciente borderline pensando no no contexto da percepção de abandono ele faz uma tentativa não suicida ele começa a ser estigmatizado por isso começa a ser até talvez ridicularizado como que isso
piora talvez P patologia não sei se tem uma correlação de quem são essas pessoas como é que pensa integração né para saber o número né de expectativas eu eu trouxe ali Acho que o o Marcelo vai falar um pouco sobre obviamente sobre Transform personalidade né mas se eu entendi bem sua questão quando a gente fala de motivação a gente tem ali um proxy de mais ou menos quem são essas pessoas né então indivíduos com eh geralmente assim o que tem maior é OBS ration né são as pessoas que mais que que fazem isso para se
pir de alguma forma né Eh são os indivíduos que T ali uma eh uma um uma alta agressividade né E essa alta agressividade também obviamente se volta contra si si próprio né mas também uma auto agressividade eh em relação aos pares né Então essa agressividade tem uma relação alta ali com possibilidade de de risco de suicídio né isso sem dúvida nenhuma né Eh e e claro com o aumento de severidade de outras psicopatologias né e sem d nenhum a psicopatologia depressiva também faz todo toda a diferença indivíduos e terceiro ponto eh indivíduos Mais impulsivos também
que se engajam em outros comportamentos Suicidas encobertos que não só autolesão por exemplo eh eh bing bing de álcool né e Outras Drogas n isso com certeza aumenta esse risco eh beb e dirigia ou outras situações sexo sem preservativo eh múltiplos parceiros etc então esses outros aí Risk tem pessoas muito impulsivas de todos todos os outros lados também tem eh esse maior risco então no geral eu penso que são esses três essas três grupos assim né mas o acho que o Marcelo vai falar melhor do dos pacientes também com ter sua personalidade então não concordo
com tudo que que você falou e daí assim acaba nesse nesse conjunto então de pacientes que tem vai a autolesão não suicida vários e Pis quer dizer os que tem poucos que tem muitos e com essa concomitância de comportamento suicida a gente pode pensar em alguns padrões por exemplo Com certeza eles são diferentes daquela bom depressão que teve o primeiro episódio que surgiu mais na terceira década de vida ou por exemplo com com maior planejamento e uma maior letalidade enf a gente quer dizer não tá falando dessa população né ou no contexto de um suicídio
em psicose primária enfim tem outros mas agora no contexto dessas pessoas com maior dificuldade de regulação emocional que tem maior que nem o Rodolfo falou maior dificuldade de controle de impulso maior agressividade acaba virando uma coisa que se retroalimenta né porque assim o adolescente acaba tendo por exemplo uma dificuldade de regulação emocional um problema de impulsividade isso daí acaba acarretando problemas nas Rela acionamentos que por sua vez ajuda a construir uma imagem de alguém que não vale a pena de alguém que não não é digno de amor de alguém que não que não consegue se
conectar com as outras pessoas a pessoa vai se sentindo um lixo Se odiando que nem o Rodolfo fal do self hatred né se odiando e daí isso vai AC acontecendo esse contínuo de a teora a pessoa vai se sensibilizando à dor sensibilizando ao medo sensibilizando a e que nem vai habituando né começando a não ficar efetivo paraa regulação emocional esses comportamentos todos impulsivos Incluindo autolesão aí depois uma certa assim número que n qu falou de tentativas aumenta super o o risco de suicídio agora Essas são as coisas mais comuns né que nem aqueles estudos lá
de machine learning distinguindo quem tem menos dessas coisas e mais problemas um pouco mais pontuais de de risco e de dificuldade de de suporte social na adolescência que também aí vai como se fosse uma versão menos intensa desse problema agora isso é o geral porque Claro tem um monte de particularidades uma paciente que imagina tem um altíssimo grau de perfeccionismo com uma anorexia restritiva que daí também se tem um um baita desgosto em relação ao corpo ou nojo em relação ao corpo Então dentro desse protótipo geral tem muitas particularidades a pessoa que tem um estresse
pós-traumático complexo o violência por uma pessoa próxima na infância e tem flashbacks Então dentro desse protótipo geral tem Claro uns cluster de particularidades assim sei se responde eu tenho uma pergunta pro Marcelo já vou aproveitar qu aproveitar e repassar aqui alguns elogios do bastante elogio no chat para vocês parabéns paraas aulas do Valeu não ten uma pergunta pro Marcelo eu tenho visto no no consultório e aí eu queria saber a sua experiência porque tenho certeza que você vê mais do que eu eh o início principalmente de e cutting né de corte na idade adulta e
inclusive alguns pacientes assim após os 50 anos né Eh você tem visto isso também e e a que que você eh justifica ass se você vê se você vê algo diferente disso que você trouxe né Eh até de etiologia sei lá de função é alguma coisa diferente ou não você acha que segue a mesmo padrão bom excelente pergunta né B que que eu vou vou responder baseado no que eu se o nível de evidência que eu tenho é o que eu vejo né Tem várias mas é maior que o meu paros enfim viesses mas assim
tenho tenho visto também mais e daí o que acontece eu tenho observado que tem um padrão diferente por exemplo um caso prototípico no consultório que trato um tempo considerável já quer dizer que o paciente que que chegou com um transtorno de pânico com 35 anos de idade e vai pânico tag enfim questões no trabalho bom daí uma coisa que aconteceu com o paciente isso me marcou que o paciente falou assim olha Eu até tentei me cortar para ver o que que acontecer e daí ele falou assim eu falei não mas aí o que que aconteceu
Doeu para caramba não resolveu nada né quer dizer então assim tudo bem que esse exemplo até um pouco mais caricato apesar de ser exatamente isso que aconteceu daí o que que eu e não continuou com comportamento Então eu acho que algumas dessas dess desses fenômenos que existem são mais evidências colaterais do quanto tá prevalente o contágio né ele falou bom tem tanta a a justificativa dele tem tantas pessoas que se cortam quem sabe isso me ajuda né como tá prevalente esse tema né como a gente tem que ter cuidado porque assim minha opinião né Tem
uma coisa tão boa nos últimos décadas de se falar mais em Saúde Mental que em geral era um problema maior no passado e o contrapartida também tem um problema de como se falar em Saúde Mental né de maneira ve todo não filtrada de maneira de usar o muitos adolescentes usarem o dsm como eh um dicionário de descritivos de quem a pessoa é Ah eu tenho isso tenho aquilo então você pode est um lado negativo também né se falar de maneira não controlado sobre saúde mental como contágio né então os que eu vi fugindo completamente desse
padrão que a gente descreveu acho que teve muita coisa de contágio também tem uma pergunta Legal vocês dois falar do dois alun meus alunos de doutorado ficou ficou como um pai coruja aqui apr eh mas mas pensando compartilhar o que eu ten aprendido com vocês aqui com com todo mundo então primeira pergunta Marcel Então você eh você falou do aumento você já levantou a hipótese agora que um dos principais fatores apontar há também esse maior relato né a descrição que anda junto com contágio então primeira pergunta pode ter tem há outros fatores você acha que
estão contribuindo para aumento Então essa é a fora esses dois que são bem bem depois bom chega uma criança se cortou falou do local de se cortar né se cortou aqui tá fácil né então já já já at é o primeiro você não sabe se ela vai ser repetitivo ou não 50% não vai ser né Eh você tá Endo com essa criança é bom se for o repetitivo tu tem de fatores de risco do repetitivo tu vai ter um curso maor também suicídia é um dos desfechos né É É o que tem mais Ris para
suicídio aquele aquele subgrupo que você falou que é o repetitivo que tem de fatores de risco fazer um resumo da tua aula essa criança Chegou com esse corte você não sabe se qu qual dos dois caminhos ela vai seguir Que fatores de risco você vai ficar ligado para estabelecer o pior pior pior desfecho junto um pouco com a pergunta do do Rafael Quais qual intervenção você acha que residente eu meu consultório est ligado já começar a fazer desde o início para mudar esse curso trajetória excelente pergunta com certeza bom a primeira parte né da Da
pergunta do tipom o que que eu acho sobre esses fatores levando a aumento né Por exemplo naquele estudo britânico que triplicou entre 2000 e 2014 se eu não me engano posso repe ti a pergunta do posso a pergunta do professor eui foi o seguinte né uma a pergunta número um foi bom o que que eu acho do que que a gente tem de evidência também da minha opinião sobre o porquê desse aumento né de de de autolesão em jovens e o e a relação disso com contágio né eí Depois eu falo a segunda pergunta então
assim o que que eu acho que a gente tem de evidência né Tem até um livro que gerou elogios e polêmica também do hid que é Ger que acabou de sair de geração ansiosa anxious Generation gerou bastante polêmica gerou até uma letter na Nature de por exemplo uma pesquisadora falando não não é bem assim porque o que que ele postula ele postula muito que diminuição de resiliência nos adolescentes Ou seja é proteger excessivamente de adversidades né e não criar uma certa resiliência uma casca por assim dizer entre uso de mídias sociais várias coisas ele tem
a teoria dele e uma parte dela seria das mídias sociais como isso acaba influenciando negativamente isso você citou por exemplo elogios e críticas né numa eh leter da Nature que esqueci a autora mas saiu há um mês né ela critica que fala Olha tudo bem a gente sabe de que tem problemas relacionados ao uso de mídias sociais por exemplo em meninas eh diminuir satisfação com o corpo mas não tem ainda uma evidência Cabal contundente de de realmente de maneira causal mídia social e problemas relacionado a suicídio aumento de transtornos mentais é interessante que se eu
não me engano até anteontem né o vikran alguma coisa esqueci patel patel que é o surgeon generals dos Estados Unidos que é um órgão que faz políticas públicas lá ele falou Olha eu acho que a gente devia Ele vai tentar pleitear lá no Senado né no no Congresso deles de assim colocar um leb em mídia social Assim como no cigarro de você conté no cigarro de você colocar os riscos paraas jovens daí ele foi criticado também porque poxa mas ainda não é tão contundente el falou Olha tem vezes que na medicina a gente tem que
da melhor evidência que existe é a que a gente tem e a situação desesperadora a gente tem que tomar alguma conduta às vezes sem a melhor evidência possível fazer o quê né então assim tem esses lados porque o que que eu percebo assim na minha opinião essa coisa do contágio é relevante né em adolescentes é bem relevante talvez tenha relacionado mesmo com o aumento e e a gente vê muitos assim os adolescentes falando Poxa o eu tô num num tiktok que que fala de autolesão né num grupo de WhatsApp que fala isso aquela história da
baleia azul ou rosa Enfim no passado então tem essa coisa do talvez talvez ele esteja certo né o patel de que não tem evidências assim fantásticas mas a gente tem que fazer uma atuação sobre isso vejo muito isso agora Inclusive a gente tem que abordar muito com os pais né Tem até algumas iniciativas em escolas privadas em São Paulo de você ã combinar todo mundo junto quando que vai liberar o celular e o quê Porque claro né porque daí um adolescente usa todos os outros se sentem excluídos quer dizer então combinar entre os pais uma
coisa para todo mundo ficar mais uniforme agora a segunda pergunta você respondi mais ou menos a pergunta Tá a segunda pergunta é ã bom chega um adolescente com corte na face por exemplo uma adolescente no consultó uma criança ou adolescente P tô imaginando alguém na puberdade por exemplo o que fazer né porque a gente realmente não sabe nesse corte transversal vai seguir o grupo um grupo dois vai ir para uma trajetória péssima de aíssa psicopatologia com vários problemas sociados várias comorbidades ou não que que vai fazer eu acho que as principal coisa que tem que
fazer com esses pacientes ao meu ver a primeira coisa você fazer o que a gente chama de uma análise em Cadeia uma análise em Cadeia funcional do o que que acontece tentar rebobinar um filme com adolescente de o que que aconteceu para essa autolesão o que que ele tava sentindo que contexto que foi Quais foram os gatilhos pra gente tentar entender compreender o que que passa exatamente qual que A fenomenologia desse fenômeno desse comportamento pro adolescente dar umas dicas né bom além disso prioritário avaliar ambiente familiar escola escola pensando em bullying exclusão dificuldades escolares TDH
avaliar a família muito o que que tá acontecendo Como é que os pais lidam que tá acontecendo em casa né então quer dizer eu gosto dessa sequência pô qual que é análise funcional análise em cadeira o que que levou a esse comportamento o dente tem variados níveis de quanto ele vai conseguir refletir com você junto isso mas você tem algumas informações depois o que tá acontecendo na escola depois o que tá acontecendo em casa agora quanto mais sinais de alerta em todas essas situações você tiver e mais por exemplo comorbidade você fechar pô adolescente se
cortou e antes ele tava sentindo um ódio por si próprio ele sente uma alienígena por exemplo ele tem uma orientação sexual minoritária não é compreendida na família tem um histórico de abuso quer dizer quer dizer começa a ter um um monte de camadas aí a gente V prente para TDH quer dizer tem um quadro depressivo tem sintomas de transtorno de personalidade vai preenchendo uma série de coisas vai assinando uma luz bom parece que tá mais para um grupo que a gente chamou de grupo u né de mais alto psicopat não acontece bom uma lesão em
Face que já não é nem comum né já é pior ainda no sentido o pescoço que Rodolfo Falou então eu acho que vend dessa série de coisas a gente tenta estimar bom deve ser tô perigando para um grupo um de autta psicopatologia tem que intervir diversas formas chamar a família no consultório falar com a escola enfim tentar entender tudo isso eu tenho uma pergunta pro pro Marcelo tô aproveitando ele aqui também eu tenho uma pergunta para ele que é em relação à comunicação e a psicoeducação né tanto para os pais lidarem com os filhos tanto
também no consultório pra gente com esses pacientes porque assim vejo dou também dois Du dois grupos maniqueístas assim falar dois extremos de forma de lidar com isso né os pais ou os médicos que eh falariam ah isso daí é não é nada vai passar is DAE tá não dá importância e e é isso e bola pra frente né os pais Ah só tá querendo chamar atenção uma fase todos os amigos fazem isso tal então não vou nem importar e o médico às vezes também Segue o mesmo padrão do outro lado o pai que bate agride
a criança né agride o adolescente quando ele vê essa essa autolesão né Eh que assim faz ele senti muito mal e muito punido por isso e médicos assim também né que dão um sermão Falam assim ah você tem tudo você sabe o qu né eu te levar ali para ver a pessoa que tava sofrendo né então assim Olha isso então eu percebo esses dois padrões Qual que é a forma melhor eu acredito que é a forma mais equilibrada né é obviamente mas e de que modo assim que essa comunicação pode ser feita para alcançar esse
equilíbrio e obviamente você tenha eh eh uma um fecho mais favorável obrigado pela pergunta excelente e assim o que que a gente acaba usando até de termos né Por exemplo uma forma essa forma total mente não responsvel né de você quer dizer berando a as vezes não não é o intuito né Mas berando entre aspas negligências não responsvel bom fazer nada né E tem uma outra forma que é a forma Ultra reativa acaba usando esse termo reativa ser muito reativo assim seja brigando seja que é que é pior né ou se desesperando junto que é
menos pior mas também não é tão bom então assim o que a gente acaba tentando realmente é o meio termo que a gente chama de responsivo que que é difícil mas o que que a gente tenta fazer ensinar aos pais também não algo está acontecendo né esse algo que está acontecendo é que tem muito a ver com aquelas teorias por exemplo de apeg apego e e confiança epistêmica né que nem por exemplo a mãe e o bebê ou o pai e o bebê enfim de o bebê ele ele tem aquela entre musz milhão de aspas
desregulação propisa do bebê né de você tentar junto com ele de maneira até caricata usando uma linguagem de você devolver a informação pro paciente de Man pro bebê metabolizada você tentar fazer entender gente ser responsvel sentar e entender sem desesperos o que é difícil por isso que a gente faz um plano de segurança pros pais para ajudar eles seguirem aquele script né e assim para tentar entender por quê Porque Qual que é o risco de bom de você não fazer nada você acaba Enfim uma hora Acontece uma coisa mais grave né E você é super
reativo vários riscos primeiro de que você leva o adolescente ao desespero junto ele não metaboliza as emoções e ainda inadvertidamente você pode estar reforçando uma forma desadaptativa de comunicação das emoções bom agora o que que a gente acaba fazendo muito com com com com esses pais para tentar uma coisa Ah responsiva também é angariado o adolescente pro atividade de você também tentar meio que bom a gente é um time a gente tá enfrentando isso juntos né uma ideia de grupo por quê Porque também é uma coisa que às vezes a gente não pode fazer tentando
ser super acolhedor que é pior do que ser que é melhor do que ser agressivo e tudo mas assim às vezes você ser só apenas acolhedor você também corre o risco de você gerar uma passividade no sentido de você eh a gente tem que reconhecer que o adolescente por exemplo passou por um buling que isso foi difícil legitimizar validar mas não apenas colocar o paciente numa posição exclusiva de vítima de passividade porque não vai gerar mudança né aí às vezes o paciente acaba isso acaba também sendo reforçador deixar o paciente nessa posição passível e a
gente querer resolver tudo né então é um desafio mas assim tentar essa postura responsiva do meio né Tem uma última pergunta que é aqui do do chat eu vou perguntar para ninguém se atrasado festa Ju tá bom eh ele perguntaram sobre o efeito de contágio né E aí você já falou do da baleia azul eh mas aí foi perguntado o Henrique perguntou se teria alguma dinâmica motivacional de pertencimento qual seria o mecanismo desse contágio nos adolescentes né eu depois ouvir também o Rodolfo porque vontade do suicídio entende bem mais que eu assim bom esse mecanismo
de de contágio tentar entender um pouco os fatores de risco né quer dizer as funções Como ocorre o contágio bom primeiro né não é tudo que a gente entende contágio é uma coisa que se sabe há muito tempo desde éfeito verter coisas enfim Ultra já documentadas para suicídio e assim você primeiro SA saber que existe eh uma forma de atuar né o ser humano tem um pouco de um comportamento uma nada né você saber que existe uma forma de de de se cortar os adolescentes a gente vê que adolescente já tem contágio entre aspas de
várias coisas né alguém começa vestir de um jeito outro começa vestir de um jeito começa a jogar um jogo outro começa a jogar mes um jogo tem uma espécie de muito do nosso comportamento é aprendido por modelação né um pai faz uma coisa a criança repete a mesma coisa então a gente copia né é natural de ser não A começar por aí agora além de a gente copiar também é assim bom você não não se fala tanto em autolesão bom aí você sabe que bom aquele adolescente estava em sofrimento e existe autolesão vou tentar também
assim como aconteceu com meu paciente tra de p de 35 anos vou tentar também aí aí o paciente tenta também ele já tem tudo aquele compido de desregulação emocional dificuldade de nomear as emoções tudo bom dá certo né quer dizer de certa forma é melhor do que todo todas as outras não habilidades inexistência de habilidades que ele tem ele acaba bom pegando por assim dizer E além disso tem também com certeza acaba Tendo também a coisa de pertencimento ao grupo também né quer dizer você do mesmo jeito pode pertencer ao grupo de maneira mais saudável
né quer dizer Sei lá algum de figurinhas enfim né já meio antigo isso mas ah você também pode pertencer ao grupo de maneira com comportamentos desadaptativos né então tem esse conjunto de coisas né eh acho que não tem nada muito para acrescentar Além disso só queria evidenciar também as estratégias eh públicas aí de mitigação desses fenômenos que algumas vezes também a gente tá chegando aí em setembro né E a gente tem um paper trazendo justamente evidenciando o possível efeito deletério né do das campanhas de awar né de conscientização no aumento de risco de suicídio então
eh isso também é uma coisa que a gente deve tomar muito cuidado ou seja seja nas nossas redes sociais seja eh na comunicação mediática e tudo mais que eh a depender da forma de comunicação né E sinceramente eu acho que a gente mal sabe qual é a melhor forma de comunicação talvez a gente saiba o que muito mais o que não fazer do que o que fazer assim essa Eu acho essa é a grande realidade eu vejo os manuais é é o que assim basicamente baseado em evidência muito baixa né tem pouco a evidência muito
muito restrita e é muito mais baseado do que não fazer do que baseado no que fazer né mas é algo pra gente também tomar cuidado nesse efeito de contaminação nesse efeito eh eh manada né e a gente ficar de olho nesse processo sempre contínuo né e de fatores de proteção tentando também eh mudar do efeito verter negativo pro efeito papageno né o efeito positivo ou seja né uma contaminação positiva e virtuosa eu queria só trazer o que eu acho do ponto de vista de suicídio né para todas os transtornos mentais a gente geralmente foca em
diminuir o negativo né em Diminuir a intensidade psicopatológica em diminuir a repetição desses fenômenos mas isso vamos pensar na nossa vida também mas o criança e o adolescente que a gente investe em estratégias em psicoeducação em plano de segurança para diminuir esses comportamentos a vida às vezes das pessoas são tão esvaziadas assim são tão pobres de sentido né E a nossa muitas vezes também né E que e se a gente não preenche isso de sentido e significado ele não vai se autolesionar e vai entrar em outro Risk behavior né vai fazer outra coisa que o
coloca em risco da mesma forma e no fundo o outc desfecho é a mesma coisa a gente tira só uma expressão fenomenológica e e troca para outra expressão fenomenológica da mesma gravidade ou às vezes pior Então o que eu queria trazer isso que eu acho muito importante é eh de tratamento a gente não Focar apenas em dir União do negativo a gente estimular ao mesmo tempo trazendo marcha Line uma Vida que Vale a Pena Ser Vivida né porque se a gente não fizer isso a minha opinião é que esse paciente Vai ser nosso a vida
inteira e e assim não é o que a gente quer pelo menos que eu acho que gente então a isso pessoal já deu nosso horário sei que o tema instiga muito né e é um tema de muito da prática Clínica eh mas eh vamos encerrar a reunião por hoje muito obrigada ao Rodolfo muito obrigada ao Marcelo foram ótimas Exposições ótimas discussões eh e aí semana que vem a gente espera todo mundo aqui para continuar um tema mais ou menos parecido Thiago Rocha do hcpa vai falar sobre orientação de pais mas pro psiquiatra adulto Então os
pais enquanto nossos pacientes orientar os pacientes com circulação emocional dificuldades interpessoais no Cuidado dos seus [Aplausos] filhos Ah é tá