O que nos faz FELIZES?

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Video Transcript:
eis a pergunta mais importante o que nos faz felizes alguns dos mais célebres cientistas nos dias de hoje estão investigando essa questão e quais são as respostas o que a ciência tem para nos dizer a respeito da Felicidade [Música] humana falar de felicidade hoje é algo paradoxal por um lado a felicidade é estudada de maneira séria e racional desde o princípio da filosofia Aristóteles disse que tudo que o ser humano faz é mirando a felicidade nem sempre nós acertamos mas é nela que a gente está Mirando por outro lado e daí vem o paradoxo existe
uma enorme banalização do termo Afinal você compra felicidade no macanche livros e mais livros de autoajuda se dedicam a explicar para nós os caminhos da felicidade e por causa disso a felicidade é constantemente associada a sentir-se bem ou seja aquilo que a gente chama em psicologia de Emoções positivas o instante feliz nesse caso é o instante em que nós estamos repletos de Emoções positivas como a alegria por exemplo é aquele momento Alegre aquele momento gostoso o momento onde você se sente bem o instante em que você se sente completo pleno no entanto eu prefiro compreender
a felicidade não como um elemento isolado mas como um construto complexo e o que significa isso eu vou dar um exemplo paralelo para que fique claro vamos pensar em Temperatura pressão barométrica velocidade do vento cada uma dessas coisas é um elemento em conjunto esses elementos compõem aquilo que nós chamamos de clima ou seja temperatura não é o clima o clima é um construto complexo e um dos seus elementos é a temperatura a velocidade do vento etc com a felicidade é a mesma coisa é óbvio que emoções positivas são importantes paraa felicidade sentir-se bem sentir-se alegre
isso é um elemento do construo que nós chamamos felicidade em outras palavras a felicidade não se esgota nisso a felicidade não é somente sentir-se bem e sentir-se Alegre o primeiro passo então para compreender a felicidade de uma perspectiva científica é entender que quando a gente olha no espelho e tem aquela sensação de que o nosso eu ele é unificado de que o nosso eu é um só de que eu sou o Pedro Por exemplo essa sensação é na verdade um erro os estudos vêm mostrando que na verdade é como se nós tivéssemos dois eus duas
dimensões psicológicas que são responsáveis por quem nós somos um desses eus nós podemos chamar de eu experiencial é o eu que vive o instante é o eu que está agora tendo a experiência de assistir a esse vídeo os estudos sugerem que ele tem uma duração de cerca de 3 segundos então ele é extremamente presente e portanto experiencial Além disso nós temos um outro eu que nós podemos chamar de eu projetivo esse é o eu que pensa sobre a vida que olha para fora do agora para trás pro que nós chamamos de passado e paraa frente
pro que nós chamamos de futuro perceba então que existe uma parte de nós que ela é experiencial ou seja uma parte de nós que vive e existe uma outra parte de nós que é projetiva em outras palavras uma parte de nós que pensa sobre a vida isso significa que viver e pensar sobre a vida do ponto de vista psicológico são coisas bastante diferentes e uma coisa não é mais importante do que a outra na verdade o importante é a gente saber compreender Quais são as características nuances e diferenças de cada um desses eus afinal se
eles são diferentes Isso significa que aquilo que faz o eu experiencial feliz não vai necessariamente fazer o eu projetivo feliz e de fato nós sabemos hoje que as condições de felicidade do eu que pensa sobre a vida que nós chamamos aqui de eu projetivo elas são diferentes das condições de felicidade do eu que vive que nós chamamos aqui de eu experiencial e afinal o que faz cada um desses nossos diferentes eus feliz o eu projetivo o eu que pensa sobre a vida como nós vimos ele está olhando para fora do agora isso significa que ele
vive de histórias afinal de contas olhar pro passado nada mais é do que contar uma história daquilo que já foi e olhar pro futuro é contar uma história daquilo que nós acreditamos que virá a ser e o que faz essas histórias felizes são objetivos e conquistas é olhar pro passado e enxergar conquistas de valor e olhar pro futuro e enxergar objetivos de valor tem muita gente que diz que dinheiro não traz felicidade Tem muita gente que diz que conquistas profissionais não trazem felicidade e isso está errado porque para muita gente o dinheiro e as conquistas
profissionais são grandes objetivos de valor na vida aliás para muita gente o dinheiro as conquistas materiais e as conquistas profissionais são conquistas das quais você se orgulha quando você olha pro seu passado no caso do dinheiro em específico os estudos vêm mostrando que quanto mais a gente usa o nosso dinheiro para comprar experiências em vez de coisas mais felicidade ele tende a nos trazer afinal de contas o eu projetivo ele vive de histórias e experiências nada mais são do que histórias é por isso que os estudos mostram reiteradamente que uma das melhores formas de gastar
o dinheiro é com viagens porque as viagens São um bom exemplo de uma experiência de uma história que futuramente nós vamos contar a respeito da nossa vida nesse sentido conquistas profissionais conquistas financeiras e conquistas materiais podem sim trazer felicidade mas para um pedaço de nós que é esse eu que pensa sobre a vida esse eu projetivo existe um outro elemento que também é muito importante pra felicidade do eu projetivo e nós chamamos ele na Psicologia de significado uma vida com significado é uma vida onde você sente que pertence a algo maior e mais importante do
que você muita gente encontra isso na religião ou na espiritualidade ou na família outros vão encontrar isso no trabalho pessoas que praticam atividades filantrópicas ou algum tipo de ativismo social frequentemente encontram nessas atividades grande fonte de significado perceba então que a nossa sociedade ela é perita em prometer felicidade para o nosso eu projetivo Afinal desde que nós nascemos nós somos bombardeados de possíveis coisas a conquistar entrar na escola tirar nota boa passar no vestibular entrar na faculdade conseguir um estágio conseguir ser efetivado no emprego encontrar um grande amor casar ter filhos conseguir sucesso profissional o
sonho da casa própria V seus filhos se desenvolverem na vida esses e outros objetivos são colocados na nossa frente desde o momento em que a gente entrou no mundo Além disso desde que nós nascemos nós somos rodeados de possíveis fontes de significado como nossa família nossa religião nosso emprego e por aí vai no entanto nós devemos lembrar que nós temos um outro eu o eu experiencial e ele é muito diferente do eu projetivo porque afinal de contas o eu experiencial não tá preocupado em pensar sobre a vida ele é o eu que vive e portanto
Ele tá preocupado em viver e o que faz o eu experiencial feliz em primeiro lugar é o que nós chamamos na psicologia de engajamento é viver o máximo possível engajados em nossas atividades e o engajamento tem a ver com desafios nós sabemos hoje que o ser humano precisa de desafios para se manter feliz para se manter motivado e funcionando bem quando nós não enfrentamos desafios ou quando o desafio que nós enfrentamos é pequeno demais para as nossas competências nós tendemos a ao tédio a desmotivação quando ao contrário nós enfrentamos um grande número de desafios simultâneos
ou desafios grandes demais para as nossas competências nós tendemos ao stress o engajamento é o estado psicológico que ocorre quando nós encontramos um equilíbrio entre os desafios que nós enfrentamos e as nossas competências quando nós encontramos um Desafio em linha com as nossas competências a gente enfrenta esse desafio de forma engajada isso pode inclusive nos levar a um estado psicológico conhecido como Flow traduzido para o português como fluxo ou então fluir quando nós estamos em Flow Nós perdemos a consciência de nós mesmos perdemos a noção do tempo mergulhamos na atividade que estamos realizando nos tornamos
hiper motivados e nós só percebemos tudo isso depois que o flow passa você olha para trás e pensa nossa eu estava extremamente engajado isso ocorre porque o eu experiencial ele vive não cabe a ele pensar sobre a vida nem pensar sobre o flow quem vai perceber e pensar a respeito do Flow é o eu projetivo então como nós vimos a primeira coisa para que nós tenhamos um eu experiencial feliz é nós vivermos uma vida mais engajada e uma segunda coisa que é inclusive importante para que a gente consiga atingir o engajamento parece fácil mas é
uma das coisas mais difíceis de a gente conseguir é aproveitar e saborear o que está acontecendo enquanto está acontecendo é estar aqui com a cabeça aqui é enfrentar os desafios com a cabeça nos desafios E aí nós temos um problema enorme esse problema é escancarado quando nós olhamos um estudo da Universidade de Harvard publicado em 2010 na revista Science que é uma das mais importantes revistas científicas do mundo os pesquisadores instalaram um aplicativo nos celulares de milhares de pessoas no mundo inteiro esse aplicativo enviava mensagens em horários aleatórios para as pessoas perguntando três coisas primeiro
Como você está se sentindo neste exato momento e a pessoa respondia numa escala quantitativa em seguida perguntava O que você está fazendo neste momento e logo depois você está pensando em algo fora daquilo que você está fazendo e quais foram os resultados 46.9 das respostas é er de pessoas que estavam fazendo uma coisa enquanto pensavam em outra ou seja quase metade do tempo as pessoas estão aqui mas com a cabeça em outro lugar e quando as pessoas estão aqui mas com a cabeça em outro lugar e os pesquisadores chamaram isso de a mente vagando quando
as pessoas estão com a mente vagando elas tendem a estar infelizes em relação ao momento que elas estão vivendo o nome do artigo em inglês é a wanding Mind is an unhappy Mind que traduzido livremente significa Uma Mente que vagueia é Uma Mente infeliz o eu experiencial para estar feliz ele precisa que a gente esteja aqui com a cabeça aqui que a gente não esteja vagueando por aí em outras palavras com que a gente não esteja aqui pensando em alguma coisa fora do que está acontecendo na nossa frente mas como nós vimos cerca de metade
do tempo é exatamente isso que as pessoas estão fazendo nós temos ainda um Avante para essa situação como nós vimos a nossa sociedade é expert em prometer felicidade pro nosso eu projetivo oferecendo objetivos oferecendo conquistas e significado Mas ela é péssima para nos educar a respeito de aproveitar o presente viver o que está acontecendo enquanto está acontecendo de Saborear aquilo que está acontecendo no nosso presente a coisa mais comum que existe é as pessoas acordarem na segunda-feira esperando a sexta as pessoas trabalharem esperando as férias tem gente que acorda já deitada a pessoa abre o
olho de manhã ela nem colocou o pé no chão ainda e a primeira coisa que ela quer o primeiro desejo que vem na cabeça dela é voltar pra cama essas pessoas estão em trânsito constante elas estão sempre aqui mas com a cabeça em outro lugar elas estão aqui mas pensando ou desejando algo que está fora daqui e todo mundo que tá me ouvindo sabe que o uma das coisas mais angustiantes da vida é estar em trânsito quando você tá no trânsito no trânsito no seu carro mesmo você está num lugar com um único objetivo de
querer estar em outro e nesse sentido o trânsito ele é uma experiência agoniante angustiante entristecedor com isso nós conseguimos entender as diferenças entre o eu projetivo e o eu experiencial e com isso você consegue compreender porque a maioria dos estudos que acompanham seres humanos ao longo de diferentes fases da vida ou seja dos 18 anos até a morte a maioria desses estudos mostram que a vida humana em termos de satisfação Geral com a vida ela se apresenta numa espécie de curva em U quando nós temos 18 anos Nossa satisfação Geral com a vida é alta
conforme passa o tempo ela vai diminuindo e diminuindo até que chega ao seu ponto mais baixo em média entre os 40 e 50 anos de idade a a partir daí a curva volta a crescer e geralmente idosos são muito mais satisfeitos com a vida do que pessoas de 30 40 e 50 anos de idade e O que explica essa curva Existem várias respostas diferentes mas como nós vimos antes nós somos influenciados desde que nós nascemos a colocar todas as nossas fichas e a nossa energia no nosso eu projetivo esse eu que pensa sobre a vida
e que vive e se alimenta de conquistas e objetivos e portanto olhando para fora do agora quando nós estamos com 18 anos a vida inteira está pela frente nós temos muitas coisas para conquistar muitos objetivos no horizonte conforme o tempo passa nós vamos aos poucos conquistando cada um desses objetivos construímos uma carreira construímos uma família temos filhos e vemos nossos filhos crescerem E por aí vai e mesmo em extratos sociais e econômicos diferentes da sociedade isso também é verdade afinal de contas uma pessoa que é pobre Apesar dela ter objetivos e conquistas diferentes daqueles que
uma pessoa rica vai ter ainda assim desde que essa pessoa nasce ela é carregada de possíveis objetivos e conquistas paraa vida não é à toa que os estudos tendem a mostrar que não existe grande diferença dessa curva em U de pessoas pobres para pessoas ricas por exemplo e lá pelos 40 e 50 anos de idade a gente já conquistou todos esses objetivos e conquistas que áv Desde que éramos jovens nós olhamos pra frente e nós enxergamos basicamente Mais do Mesmo não tem muita novidade E nesse momento nós chegamos no ponto mais baixo da curva de
satisfação Geral com a vida e com isso Nós entramos numa espécie de crise que é popularmente conhecida como a crise da meia idade e que deriva do fato de que conforme o tempo passa conforme nós vamos conquistando os objetivos almejados e olhamos paraa frente e não temos mais grandes novos objetivos Nossa satisfação com a vida progressivamente diminui Mas por que essa curva começa a subir novamente depois que ela atinge esse ponto mais baixo afinal de contas é uma curva em U porque as pessoas começam a aproveitar aquilo que elas têm aquilo que elas já conquistaram
aquilo que elas estão vivendo no momento em que elas estão vivendo ou seja as pessoas começam a viver mais o presente viver mais um instante a saborear mais as coisas que estão acontecendo Enquanto elas estão lá é como se elas descobrissem finalmente o eu experiencial e passassem a valorizá-lo existe apenas uma variável que faz feliz tanto o eu experiencial quanto o eu projetivo essa aliás é a variável mais importante pra felicidade humana não existe qualquer outro elemento mais importante do que isso para que nós sejamos felizes a qualidade das nossas relações a qualidade das relações
sociais é a principal variável pra felicidade humana invariavelmente pessoas felizes são aquelas que possuem relações de qualidade que se rodeiam de pessoas queridas e amadas um dos maiores catalisadores de tristeza é a solidão agora você já sabe um pouco do que as ciências cognitivas nos dizem a respeito do que faz o ser humano feliz mas nada Isso é muita novidade afinal de contas uma série de perspectivas do pensamento oriental tais como os védicos e os budistas já tinham afirmado coisas parecidas e mesmo na filosofia ocidental na perspectiva de Aristóteles por exemplo ou de Espinosa Nós
também já tínhamos ideias parecidas A diferença é que hoje nós conseguimos através do método científico confirmar de fato essas ideias a felicidade então é um equilíbrio é importante sim você olhar pro futuro e enxergar objetivos você olhar para passado e enxergar conquistas e você olhar pra vida de maneira geral e enxergar significado por outro lado também é importante estar aqui com a cabeça aqui ou seja saborear o presente enquanto ele está acontecendo enfrentando Desafios que estejam em linha com as nossas competências para que a gente consiga atingir o estado de engajamento e na base de
tudo isso nós devemos Semear ações de qualidade com as pessoas que nós amamos sempre cultivando da forma mais valiosa possível esse que é o bem mais precioso que existe pra nossa felicidade e a metáfora que eu costumo utilizar para resumir essa história toda é dizer para você não viver a sua vida como uma viagem na viagem nós estamos o tempo inteiro esperando o destino chegar nós compramos a passagem esperamos a data Fazemos o chequinho vamos para aeroporto despachamos a bagagem Esperamos o avião ele chega a gente entra no avião ele decola voa pousa você desce
do avião pega sua bagagem entra no táxi e só então o destino chegou esse tempo todo a coisa que a gente mais queria é que aquilo tudo acabasse logo para que o destino chegasse e tem gente que vive a vida desse jeito o sujeito é adolescente e ele não quer mais ser adolescente ele quer ser adulto e aí ele é adulto entra na faculdade ele não não quer mais faculdade Ele quer o emprego e aí ele consegue o emprego e ele não quer mais o emprego ele quer ser promovido e ele é solteiro e ele
não quer mais estar solteiro ele quer casar e quando ele tá casado ele vive a vida lembrando de como era bacana ser solteiro Esse é o eu projetivo governando a sua vida ou seja é você contando uma história do Futuro ou contando uma história do passado a proposta aqui é evitar viver a vida como uma viagem onde você fica o tempo inteiro esperando que o destino não chegue e que aquilo que você tá fazendo agora acabe logo a minha proposta é você viver a vida mais como um passeio todo passeio tem um destino e o
destino importa mas importa mais o caminho importa mais você saborear a jornada até aquele destino e se o destino chegar ótimo mas se por algum acaso ele não chegar pelo menos você aproveitou o que estava acontecendo enquanto estava acontecendo a jornada enquanto ela estava ocorrendo então ten assim objet orgulhe-se das suas conquistas Valorize agradeça e Preserve as relações com as pessoas amadas da sua vida mas não esqueça de Saborear de aproveitar os instantes que a vida te dá de aproveitar o caminho que a vida tá te dando enquanto ele tá acontecendo de aproveitar a jornada
de mergulhar naquilo que você tá fazendo enquanto você está fazendo temha sim o teu objetivo lá no horizonte mas tenta encontrar tranquilidade hoje quando você for deitar tua cabeça no travesseiro de que no dia de hoje você aproveitou ao máximo saboreou ao máximo e fez o teu melhor para que você consiga chegar lá a felicidade é um tema muito complexo e o que eu trouxe aqui para vocês é um pequeno apanhado de algumas perspectivas no entanto eu preciso deixar claro que essa perspectiva binária de um eu projetivo e de um eu experiencial ela não existe
do ponto de vista do cérebro em outras palavras não existem dois circuitos do eu projetivo e do eu experiencial no nosso nosso cérebro a divisão é meramente didática é para facilitar a explicação de um fenômeno psicológico essa portanto não é uma abordagem de ordem neurocientífica ela está mais na Esfera psicológica e um dos cientistas que inspirou Esse vídeo é o Daniel kaneman Talvez o mais importante psicólogo vivo no mundo nos dias de hoje o kaneman é ganhador do prêmio Nobel de 2002 de Economia Eu recomendo fortemente um livro dele chamado rápido e devagar duas formas
de pensar como sempre você encontra essa e outras referências na descrição do nosso vídeo e se você gostou não esquece de curtir compartilhar e se inscrever em nosso canal Muito obrigado e até a semana que [Música] vem Y
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