no coração da Europa em uma das épocas de grande mudança e inovações nasce ludwick wittenstein uma figura destinada a transformar a filosofia educado em casa e depois em escolas técnicas Ludwig desenvolveu um profundo interesse pela engenharia o que o levou à universidade de Manchester para estudar aeronáutica foi em Manchester que ele encontrou os escritos de golop freed e bertron Russell despertando sua paixão pela lógica e filosofia ele foi em 1911 se matricular na Universidade de Cambridge para estudar com Russell iniciando uma intensa colaboração e amizade que mudaria a trajetória da filosofia depois de muitos estudos
que ele acabou desenvolvendo e aprendendo em 1903 ele se isolou numa Cabana na Noruega para focar exclusivamente nesses estudos na primeira guerra mundial ele foi chamado pra guerra ele teve que ir mas ele continuou com seus estudos e lá durante a guerra ele desenvolveu o tractat lógicos filosóficos que foi então publicado em 1921 o tractat lógicos filosóficos ele é um livro que foi muito importante pra filosofia porém hoje em dia está bastante defasado tanto porque mais pra frente ele criou outro livro e outros artigos refutando esse livro dele quanto Porque as pessoas não falam muito
sobre isso mas ele basicamente vai ser o ponto chave aqui desse vídeo hoje eu vou falar com vocês sobre linguagem e o que vai ser bastante debatido aqui é o pensamento de wittgenstein e como ele mudou a forma que nós enxergamos a própria razão [Música] wigin inicialmente acreditava que a barreira da razão é a barreira da linguagem mais pra frente depois desse livro que ele criou ele se refuta e diz que na verdade tudo se baseia em jogos de linguagem a linguagem ela vai depender da perspectiva do tempo do espaço ou seja ele apenas transformou
aquela ideia dele inicialmente que era algo absoluto e direto e concreto em algo um pouco mais flexível mas enfim eu vou resumir aqui as duas perspectivas misturar elas num suquinho muito gostoso e vamos tentar entender na de wittgenstein os limites da linguagem são os limites do mundo a maneira no qual você observa o mundo é a maneira no qual a linguagem te permite então a linguagem Apesar dela ser uma coisa que faz a gente conseguir se expressar muito bem ela não faz a gente se expressar completamente a gente não consegue entender aquilo que a linguagem
não tem como nos expressar completamente o Gin também estende isso dizendo que tentar explicar as coisas que não podem de jeito nenhum ser explicados pela linguagem é completamente ridículo se não pode ser dito não diga Ele usou isso também para enfatizar o fato da da filosofia Tá se definhando tentando explicar metafísica ou coisas que não são indescritíveis para ele qualquer perspectiva com o Deus ou a a 15ª dimensão Ou aquelas coisas que não podem ser explicados com a nossa linguagem não deveriam ser expressos e usando ele como ponto de partida a gente pode falar dos
paradoxos linguísticos se a gente ver a frase essa frase é uma mentira a gente propõe que ela tá sendo uma mentira mas se a gente propõe que ela é uma mentira então ela tá sendo verdade se ela a gente propõe que ela é verdade então ela tá mentindo mas aí que tá essa frase ela não quebra nenhum princípio da lógica mas ela acaba sendo paradoxal algumas pessoas como filósofos empiristas ou linguistas tentaram fugir desse paradoxo dizendo que Pô você tá falando essa frase é mentira não tá se referindo a si mesmo e sim a frase
que vai vir depois dela ou a frase que veio antes há um paradoxo linguístico sobre essas frases que se autorre referenciam essas frases sobre frases que falam sobre ela mesma em vez de usar linguagem algumas pessoas tentaram explicar essas coisas através da matemática como foi com Russell que foi o cara que ensinou as coisas pro wigin tá ligado mas na matemática também há paradoxos então havia alguma coisa que teria que explicar a matemática até lant turing teve esse problema porque a programação que era um princípio que era considerado quase completamente lógico e sem nenhum defeito
mesmo assim tinha paradoxos então tem algum erro aí e quando você percebe que todas essas maneiras que a gente tem de entender o mundo são como linguagens a própria matemática é uma linguagem que a gente interpreta programação uma linguagem a linguagem em si é uma linguagem a gente vê que a gente não criou coisas perfeitas que não se contradizem então há um problema aí quando a gente tenta entender a realidade absoluta a partir da nossa forma de comunicação e entendimento os limites do mundo são os limites da nossa linguagem há um princípio chamado de princípio
da relatividade linguística que fala sobre o quanto que a linguagem acaba sendo uma maneira de interpretar o mundo inteiro existia uma perspectiva mais rígida que dizia que se você não conhece certas palavras você vai acabar fazendo com que essas esses pensamentos passassem batido mas essa ideia de que limites da linguagem são limites de percepção completa foi desbancado no experimento que uma psicóloga fez Elena ros uma psicóloga que estudou sobre o povo Dani um povo da Nova Guiné Por incrível que pareça eles não TM palavras para cores eles só tem palavras que descrevem o que é
claro e o que é escuro então se a ideia do princípio de relatividade linguística rígida fizesse sentido eles não conseguiram diferenciar cores como o vermelho do azul do amarelo porque para ele ele só existiria Claro e escuro só que não é o que acontece no experimento que ela fez eles conseguiram diferenciar sim as cores até cores que eles não tinham tanto conhecimento como ciano ou cor cqui sabe Steven pinker no seu livro instinto da linguagem fala bastante sobre isso abre aspas o fato de não termos uma palavra para descrever um conceito ou um estado mental
não nos impede de sentir isso fecha aspas mas é fato que o princípio da relatividade linguística existe porém de uma maneira um pouco mais flexível eu posso citar aqui um exemplo de um experimento que nós podemos fazer que é em relação a descrever objetos se for entregue um objeto por exemplo uma ponte para um alemão descrever como uma ponte é uma palavra de gênero feminino é a ponte em alemão Eles vão usar palavras que remetem ao simbolismo feminino vão dizer que uma ponte é frágil elegante bonita pacífica agora se você perguntar adjetivos para um falante
em espanhol sobre a ponte que em espanhol é el puente el puente mu Hermoso a ponte ela é masculina tá para quem não entendeu Aí eu falando espanhol tá ligado ele vai usar termos que remetem ao simbolismo masculino e vai usar adjetivos masculinos também vai dizer que el puent grande longo forte resistente é isso aí mano eu não sei como é que são essas palavras em espanhol meu espanhol não é tão bom assim mas ó Perceba o objeto ser feminino vai mudar a forma que você vê ele e isso não tem nada a ver com
nada sabe tipo a porta não remete a nada nela ela não tem nada que descreva que ela é feminina mas quando você adicionar adjetivos a ela vai representar isso aquele simbolismo feminino em pinturas em desenhos em obras de arte conceitos abstratos quando eles são humanizados tem 85% de chance de serem criados com o gênero no qual o falante daquela pintura o observa por exemplo se eu pedir para você desenhar a morte é muito provável que você irá desenhá-la como uma criatura feminina você vai entregar feminilidade a ela em grego a palavra morte ela é masculina
Então você vai ver representações de Deuses que representou a morte todos masculinos agora vamos ver se você vai acertar noite em Greg um substantivo feminino ou masculino acho que você já sabe qual que é pintores alemães também pintam a morte sendo uma figura masculina isso porque a linguagem limita muito a nossa perspectiva daquilo e quando eu transmito algo para você eu não consigo dizer tudo que tá na minha cabeça sabe imagina eu passo por um filtro de 80% eu não consigo expressar tudo eu nunca vou conseguir expressar tudo e quando você ouve você também não
vai consegir conseguir absorver tudo e quando você for contar para alguém você também não vai conseguir transmitir tudo que você sabe então acaba que as coisas que são transmitidas através da pura linguagem elas acabam perdendo um pouco a concentração delas sabe tipo elas acabam só sobrando um pouco entende tá cons entender vocês estão conseguindo entender não isso não é por isso que contos ou acontecimentos acabam virando folclores e lendas Ok eu tentei condensar tudo isso sabe bater tudo no liquidificador e fazer um negócio bem simples eu espero que vocês consigam ter entendido peguei vários conceitos
aí tá ligado porque eu não queria deixar nada de Fora embora eu acho que posso ter deixado mais confuso do que precisaria ser mas é um conteúdo muito extenso e a linguagem ela é extremamente importante extremamente interessante de ser entendida porque eu acho que quando você repara os limites da linguagem você acaba se soltando daquelas amarras que você é condenado a presenciar um último exemplo aqui é sobre a frase só sei que nada sei uma forma melhor de explicar o que que significa o se sei que nada sei seria a única certeza que eu tenho
com exceção a essa é que eu não tenho certeza de nada Porém isso abre espaço para aqueles paradoxos linguísticos no qual falei isso deixaria sim a frase mais clara ela seria mais reta porém ela ficaria muito turva então acaba que é muito mais fácil você explicar essas coisas de forma paradoxal Porém você limita muito limita muito a linguagem se a linguagem fosse reta objetiva mas que conseguisse ser expressada claramente a gente não teria esses problemas de paradoxo ou problemas de comunicação ação eu falar uma coisa e você entender outra eu falar a você entender B
tá ligado a gente não teria esse tipo de problema a linguagem ela consegue pegar um conceito por exemplo uma esfera gigantesca de hidrogênio que está queimando há milhões e milhões de anos no quala funde o hidrogênio em Hélio através de grandes e grandes aglomerados de plasma e converter tudo isso a uma única palavra sol Você tá entendendo Aonde que tá o problema você tá condensando uma coisa complexa aí quase indescritível de tanta informação nemum palavra só você tá transformando um conjunto que não foi feito para ser separado do universo numa coisa só uma coisa individual
separada do universo e Tecnicamente indivisível ela é linguisticamente indivisível OK Esse aqui foi só um resumo ainda tem muita coisa para falar sobre línguas eu posso citar por exemplo um livro que eu gosto muito que é a arte de escrever de art of shopenhauer mas isso eu vou deixar para Caso vocês se interessem ainda por esse tema eu percebi que não adianta muito eu querer fazer um vídeo extenso e difícil e complicado cheio de nuances porque pode ser que vocês Não gostem e não entendam então eu quero ver se do jeito que eu tô explicando
tá dando para entender se não tiver eu deixo mais bobo ainda até o ponto que qualquer pessoa consiga entender o que eu tô dizendo é muito importante que esse vídeo específico vocês consigam entender porque eu tô falando sobre linguagem Então faz sentido um vídeo sobre linguagem eu trazer uma linguagem mais comunicativa enfim esse foi o vídeo Espero que tenham gostado se você se interessou Assiste esse vídeo aqui Ou esse e é isso aí tamo junto é nós r [Música]