O perigo da história única e os estudos pós-coloniais (PAS/UnB)

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PROF. MARCOS HENRIQUE AMARAL
Antes de assistir esta videoaula, recomendo que você assista a palestra O PERIGO DE UMA HISTÓRIA ÚNI...
Video Transcript:
o Olá meus amores nessa aula de hoje a gente vai falar sobre o perigo de uma história única ou o risco de uma história única palestra proferida pela nigeriana chimamanda adichie disponível para vocês aí no YouTube seu stand Drake de Ter iniciado tipo Patrícia whisky ou Subir pé da porque internet ah e também disponível em formato de livro esse pequeno livrinho aqui para a gente entender melhor Quem é esse malanda disse o quê que ela chama de história única e quais são os perigos dessa história única é muito importante a gente tentar contextualizá-la ou seja
olhar para Ciências Sociais olhar para outros autores e autoras e ver quais são os autores que fazem críticas semelhantes a Cristo é que ela está fazendo não é uma crítica isolada não é só ela que fala sobre isso então a gente poderia pensar ashima mandar dirigir a partir da ideia de pós-colonialismo quando eu falo em pós-colonialismo eu estou falando num conjunto de autores de teorias e sobretudo de críticas que são feitas as formas com que tantos europeus quanto os estadunidenses falam e observam países e fica aí países da Ásia do oriente alguns dos autores que
eu posso enquadrar dentro dessa ideia de pós-colonialismo São por exemplo Franz fanon muito famoso por esse livro chamado Pele Negra e Máscaras Brancas Albert memmi muito famoso por esse livro chamado o retrato do descolonizado e Eduardo Side muito conhecido por este livro chamado orientalismo vamos pegar aquilo as ideias do Eduardo sair para a gente tentar entender essa ideia de pós-colonialismo uma das críticas que o Eduardo sai detrás no seu livro sobre o orientalismo o que que é o orientalismo para ele é o discurso sobretudo que que é propagado nos Estados Unidos a respeito dos países
do Oriente e notadamente do oriente médio ele vai mostrar que os Estados Unidos por meio de supostos pesquisadores e por meio da grande imprensa por meio de m um exemplo com uma Fox e a CNN vão trazer sempre imagens muito negativas a respeito dos cidadãos provenientes do Oriente Médio ele vai mostrar que se alguém fosse informar sobre o Oriente Médio um meio do discurso que construído dentro dos Estados Unidos vai pensar imediatamente que qualquer cidadão que vem do Oriente Médio e que professa a fé no Islamismo é necessariamente um terrorista porque essa é a imagem
que é propagada no meio político na imprensa sobre aquele país então percebe Eu construo um discurso a partir ali dos Estados Unidos sobre um país sobre países do Oriente Médio necessariamente atribuindo o estereótipo muito negativo aquele país aí não para por aqui a crítica aqui já é uma crítica por si só a gente pode-se questionar Será que essa imagem que que os Estados é pago sobre os países do Oriente Médio são imagens verdadeiras são imagens completas ou será que eles estão escondendo alguma coisa será que de fato todo mundo que mora naqueles lugares são realmente
terroristas um pequeno spoiler para vocês é óbvio que não mas o poder do discurso aqui é muito forte e aqui venha a segunda crítica que ele vai fazer a partir do momento que eu começo a atribuir apenas características negativas ou trato aqueles aqueles indivíduos somente a partir desses estereótipos negativos isso vai ter efeitos sociais políticos de dominação então gente basicamente se eu pudesse sumarizar sintetizar as ideias que estão aí nisso que eu estou chamando de pós-colonialismo eu poderia dizer que pós-colonialismos Estão criticando os discursos que os estadunidenses e que os europeus especialmente é sobre a
África e sobre a Ásia e daí vem o nome pós-colonialismo tá o nome colonialismo colonialismo é o que ele processo que você viu lá no século 19 em que os europeus saíram da Europa e foram abitai foram conquistar territórios no mundo inteiro Tá bom quando eu falo de pós-colonialismo eu estou falando de ideias e teorias que surgiram já na segunda metade do século 20 Especialmente quando esses países que antes eram colonizados finalmente se tornaram independentes e ao se tornarem Independentes eles querem mostrar sua verdadeira cara para o mundo eles não querem mais que outros países
como por exemplo os países europeus Ou que os Estados Unidos falem por eles eles querem ter a sua própria voz Eu sou aqui por exemplo um nigeriano eu quero poder falar sobre a minha realidade do é de vista ou melhor eu quero mostrar quem de fato para Nigéria porque a grande crítica aqui é que quando as outras pessoas passam a falar sobre mim sem me dar a oportunidade de falar isso por si só já é uma relação de poder E aí gente essa crítica não é direcionada só para imprensa não é direcionada somente para os
políticos do da Europa e dos Estados Unidos é criticada talvez especialmente aos estudiosos aos pesquisadores aos sociólogos e antropólogos que a gente tem estudado vamos pegar alguns exemplos muito simples para vocês entender lembra o evolucionismo cultural evolucionismo cultural era a ideia de que existem sociedades mais avançadas e sociedades mais atrasados e que elas poderiam ser então dispostas dentro de uma linha evolutiva essa teoria é uma construção europeia Isso é uma construção europeia quais são os países que e ela tava como mais avançados Óbvio você é uma posição europeia então nessa construção europeia é óbvio que
eu vou colocar os europeus como mais avançados Veja essa forma de estudar a cultura relega os africanos por exemplo todos os povos africanos a condição de selvagens e primitivos de atrasados então percebam o evolucionismo cultural é uma forma de estudar a diversidade cultural e inferiorizam necessariamente a as outras culturas que não são as culturas europeias é série E é isso que os pós-colonialismos Estão criticando no segundo exemplo seria a própria etnografia do malinovski lembra que o mar novos que propõe que se um pesquisador quiser conhecer uma cultura diferente da dele que ele precisa se deslocar
com aquela cultura fazer uma invenção para então entender aquela cultura boa parte dos escritores que a gente encontra dentro desse pós-colonialismo E aqui nessa relação entre o etnógrafo pesquisador e aquela cultura que está sendo estudado existe uma relação de poder porque veja bem o etnógrafo ele nunca vai ser parte de verdade daquela cultura o etnógrafo OK tá tentando observar aquela cultura Mas aquela cultura é para ir numa espécie de objeto Inclusive tem o nome aí objeto de pesquisa é como o senhor tratasse aquela cultura aquele outro povo como um objeto e mais ainda os pós-colonialismos
vão dizer que frequentemente esses etnógrafos como é o caso do malinowski vão tratar aquela cultura sempre a partir da ideia de que eles são os outros de que eles são os selvagens é de que eles são os nativos os primitivos e nessa relação Então existe uma relação de poder quando eu falo que eles são selvagens é porque eu não sou selvagem ou seja sou civilizado quando eu falo que ele é o outro se ele é o outro então quem é o padrão de referência sou eu ele é o outro ele é simplesmente um outro no
centro aí então neste caso vai acabar sendo o pesquisador pesquisador de tem uma relação aí de Poder com aquilo que elegeu como objeto de pesquisa não sei se está ficando muito claro então o que posso colonialista são argumentar podem pode ser sumarizada em pelo menos duas grandes críticas primeiro que os antropólogos ao fazerem por exemplo retinografia ou ao propor uma análise comparativa como no caso do evolucionismo cultural não estão dando voz para esses lugares essas regiões e essas culturas que antes eram colonizados pelos o Ou seja eu europeu tem o poder de descrever o resto
do mundo da forma com que eu quiser e aí é óbvio que o resto do mundo vai sempre parecer mais atrasado Enfim então gente percebe que existe uma relação de poder aí eu que tenho todo o poder de dizer para o resto do mundo como é aquela Cultura como que aquela cultura se organiza É sério e aí vem um segundo problema a segunda ideia principal aí de que frequentemente tanto Estados Unidos quantos europeus ao falarem sobre Esses povos eles acabam reproduzindo estereótipos Veja a visão que que um europeu vai ter sobre o continente Africano para
pegar um exemplo é de que todas as pessoas que moram no continente africano são iguais e ele às vezes não consegue perceber as diverse as diversas etnias que é possível encontrar dentro daquele continente africano um guia um esteriótipo do continente africano O Selvagem o tribal o atrasado o enfim todo tipo de estereótipo e propaga isso para o mundo porque obviamente do ponto de vista político e econômico que a gente vive num mundo em que a Europa tem mais poder E aí os Estados Unidos também então com esses poderes conseguem propagar imagens e estereótipos ou muito
negativos ou muito incompletos sobre uma determinada realidade e ao propagar esses estereótipos invariavelmente eles acabam propaganda diversas formas de dominação se eu consigo fazer você acreditar que um determinado lugar é atrasado por exemplo ou incivilizado ou só tem guerras ou só tem fome ou só tem miséria eu consigo facilmente de convencer de que esse lugar precisa de uma intervenção externa no intervenção militar Como é o que acontece frequentemente por exemplo quase não e as intervenções militares dos Estados Unidos em países como em países do Oriente Médio como a Síria país do Oriente Médio com o
Iraque que vão receber essas essas intervenções externas dos Estados Unidos porque nós fomos convencidos a partir de uma série de estereótipos de imagens criadas pelos Estados Unidos e pela Europa especialmente que nos fazem acreditar que pedir Falta aquele lugar precisa de uma intervenção World Chef amarelada gente porque o Jordão longos 6 Chester everything we can to game and your means of trading Stop de que foram mechas que elas dizem take my soul sings AM a questão é a maior que Nicolas respostas a mãe ligou lá esteja samewada questions to the power back to treat people
and the end World Hunger runway Collection costas administrar installation and rockers a Melody Will turn turn to download listen to the World War II e não consegue perceber que existe em um efeito de poder quando eu crio um determinado estereótipo só para organizar a cabeça de vocês toda vez que estou falando de esteriótipo eu estou falando de imagens pré-concebidas generalizações sobre determinada realidade que frequentemente surgem do senso comum todos os daquilo que você ouviu falar Ah eu acho que é sim ou seja não surge de uma análise mais profunda sobre a realidade mas que acaba
orientando nossa visão de mundo em relação a determinados indivíduos determinados grupos para a gente pegar o último exemplo e eu finalmente voltar para ativar manda eu gostaria de lembrar por exemplo da forma com que nós falamos sobre os nossos indígenas no Brasil quando a gente comemora o Dia do Índio por exemplo lá na escolinha com a tia Judite tia Margarete né lá na segunda série A gente não aprende que existem centenas de etnias em o Brasil tá Ou seja que a gente centenas de Cultura diferente que hoje por exemplo são mais de 300 mais de
200 línguas diferentes faladas por Esses povos que a gente junta tudo num Balaio só e fala o índio brasileiro como se eu pudesse simplesmente pegar todos e etnias e colocar nessa imagem que eu crio tá nas escolas na televisão nas novelas enfim imagens que não são propagadas mas que não condizem com a realidade efetiva daquele indígena eu estou falando de um estereótipo que é criado e quer passado de geração a geração que as vezes não tem nada a ver com a forma com que determinado que determinada etnia vive Mas aglomeram vamos todos os indígenas brasileiros
de todas as etnias possíveis por exemplo acremaq Tupinambá né os bororos eu junto todos eles e fala com e considerando a por exemplo a diversidade de etnias indígenas que existem tá e mais do que isso eu atribuo essa imagem que eu construir mentalmente uma série de características tá que não necessariamente vão condizer com aquelas pessoas são que frequentemente depois com outra que ela conta aquela cultura visto assim como essa essas coisas todas mas é o contrário do que diziam e geralmente é o branco que ataca para pegar a terra pegar minério essas coisas todas e
aí a gente chega finalmente achei uma banda ashima manda as ideias que ela vai trazer na palestra o perigo de uma história única ela está diretamente associada a essas críticas que a gente encontra eu posso colonialismo tá só para vocês conhecerem um pouquinho de quem é este mamada cima Amanda é uma escritora nigeriana Que Tem se tornado cada vez mais célebre pelo mundo tanto pelos seus livros como é o caso Deste aqui Hibisco roxo' que a sua primeiro romance lançado em 2003 E este aqui chamado americana ar são dois aí dos livros mais famosos dela
quanto o suas palestras Então as suas palestras aí pelo Youtube tem milhões de visualizações e talvez uma das mais famosas seja justamente esta intitulado o perigo de uma história única a hora que a gente já sabe o que é pós-colonialismo fica muito fácil da gente entender o que que é que ela chama de história única acho uma outra história de vida muito interessante tá gente ela nasce na Nigéria estuda na Nigéria mas quando ela está na graduação fazendo faculdade ela consegue uma bolsa de estudos e vai mudar vai morar nos Estados Unidos na Filadélfia e
ao chegar nos Estados Unidos que ela tem uma colega de quarto ela começa a perceber que as ideias que as colegas que a colega de quarto dela tem sobre o continente Africano são ideias muito equivocadas são ideias que não condizem com quem ela realmente era como uma cidadã nigeriana então por exemplo a colega dela achava muito estranho que ela gostasse de ouvir por exemplo música pop porque a colega dela dos Estados Unidos olhava para ela uma ligeria Ana Negra e pensava bom se ela veio da as e ela deve ouvir músicas tribais tambores coisas desse
tipo que as críticas recentes Rush call my Rainbow music aulas quando seu livro e disso Pointer Gol nós pedir isso mas se formará no segundo exemplo que ela vai dar é que ela percebe que os professores e que as pessoas que estão ali na universidade convivendo com ela incluindo a própria colega de quarto olha para ela com um certo olhar de pena de comparecimento Por que bom se ela veio da África África um continente pobre cheio de fome cheia de miséria de doenças de guerras né Então na verdade ela dia está super feliz e aliviada
detalhe nos Estados Unidos porque ela está fugindo de todas essas desgraças que os estadunidenses as pessoas que conviviam com ela na universidade tinham certeza que era o que resume o que era a África o continente tá ficando por inteiro e também e a Nigéria que ela para de onde ela veio o outro shopping News triste Rafael Surf even before she some rare photos watch me as an African usa can do it nice and willing to see é mais um mercado single featuring África assim Ghost War Catástrofe e uma aula ela percebe por exemplo que o
professor dela toda vez que falava de qualquer região da África esperava que ela soubesse responder então às vezes o próximo tava falando sobre um país lá que ela nunca tinha visitado que ela não conhecia que ela não conhecia a história que afinal cada país dentro da África e cada etnia dentro da África tem sua própria história mas todos olhavam para ela como se ela fosse capaz de oferecer respostas sobre o continente Africano por inteiro e isso de ló que o fato também de quem imagem que os estadunidenses têm sobre a África é de casca uma
coisa só como se fosse constituísse o povo só a nascer do sol é isso daqui ué site nos seguir adiante falhas África oi Brenda eu acho leva África queima o tipo de Santo de Minas a mãe terreninho nossa em abap select na mídia Então ela percebe a força desse discurso que se construiu sobre a África dentro lá dos Estados Unidos e é isso que ela tá chamando de história única é uma história que é narrada somente a partir de uma perspectiva nesse caso ela tá falando dessa perspectiva que os estadunidenses têm sobre o continente Africano
e essa versão dos Estados Unidos sobre o continente africano é uma versão que não condiz com aquilo que eu sou é uma versão que é incompleta que só fala das coisas ruins e não fala de nada de bom que tenha um continente africano é uma versão que importanto não condiz com a realidade tal qual ela é que não valoriza a diversidade dos povos que então quando ela tá falando de história a única diz que elas estão falando e como que esse a propagar a gente ela vai falar muito da grande imprensa ela Inclusive tem uma
frase que tem um trecho da palestra que é muito famoso e que ela fala o seguinte e faz chronoknight anime online usar fica pronto OK lá image is Within Africa we place of beautiful landscape with Animals and handbook please things would I love it is unable to speak for themselves and with black and white forno e ela vai mostrar que a gente que essa história única não é conseguiu somente em relação por exemplo aos africanos ela vai mostrar lá por exemplo como os Estados Unidos veem os mexicanos FS aí vê se atende esse telefone da
Grécia e por isso Clementino ganhou essa daqui scams and the world be doing about emission and of Happiness in America an immigration biquíni synonymous with my knees and That's What Crisis in the healthiest estamos niquim across-the-board hábil resto do body surfing a minha mãe Buckingham Londres Inglaterra hard-working people great work of the disease in the Market is Lucky in love with my best Feelings Will Rise Again I love well much time release tabs we must the media coverage maxicam terra de Camões and my mind up Jackson emigrante Olá Harry Potter se você conseguir o Max
cansa na nossa vida mochilas myself é óbvio também que essa construção não é feita somente dentro da grande imprensa é passada de geração a geração de boca-a-boca é construída dentro das próprias da própria mitologia dentro da própria Sociologia na forma com que da forma com que são feitas pesquisas aí sobre Esses povos Então veja que boa parte dos antropólogos ainda que frequentemente haja um esforço de evitar a hierarquiza São entre as culturas frequentemente pra tão os africanos do continente africano os asiáticos como essa figura meio exótica meio distante meio inferiorizada meio selvagem Veja a quantidade
de imagens que a própria antropologia ajuda reproduzir não para aí uma das partes também que vocês devem se lembrar dessa palestra this tô vendo a literatura quando ela morava ali Gere que ela adorava lei que ela queria ler livros e consumir vários tipos de história ela conta que todas as histórias que chegavam até ela era uma história de mulheres brancas um lugar frio comendo maçã debaixo de uma árvore que não tem nada a ver com a realidade dela não faz um sequer se implantava maçãs onde as pessoas todas tinham Pele Negra e não pele branca
com umas mocinhas das histórias Então as histórias que foram sendo construídas para ela a ideia de sobre o que é bonito o que é belo o que é desenvolvido o que é desejável foi construído a partir de padrões eu não penso e não a parte de padrões africanos Então dentro da própria África foi se construindo ali também uma única ideia de desenvolvimento uma única ideia sobre Qual é a melhor forma de gramas de se desenvolver enfim e aí então a conclusão da ela é uma história única que só mostra um lado da história nesse caso
o lado dos estadunidenses né é isso ela fala contando da a perspectiva de vida dela uma história que só mostra um lado gera estereótipos negativos e o problema dos esteriótipos ela vai dizer não é que os estereótipos sejam mentirosos necessariamente de fato pode é ele pode ter traços reais de fato a África sofre com a série desses problemas que aparecem nos estereótipos como a questão da Fome porém ela vai falar os estereótipos edição incompletes ele não mostra a riqueza de uma realidade ela que ele não mostra tudo o que acontece naquele lugar nesse momento A
Crítica da chimamanda adichie é rigorosamente dente que a crítica dos pós-colonialismos que é todo esse discurso esses estereótipos negativos que se constrói sobre a África tem um efeito de poder de dominação a partir do momento em que eu posso contar uma história é sobre um determinado povo determinada cultura eu não apenas estou criando esteriótipos mas eu de tenho todo poder sobre como Aquela Cultura vai ser tratada dali para frente então esses discursos lembrando etnocêntricos porque coloco sempre as grandes potências europeias e estadunidenses no centro né como centro de referência do mundo esses estereótipos tem efeito
de poder eles podem ser utilizados para justificar a dominação de um povo sobre outro basta você lembrar aí da teoria do evolucionismo cultural para você pensar sobre isso e esses discursos aprisiono determinados povos e uma realidade que não é propriamente a realidade deles lembre aí por exemplo do exemplo que eu dei dessa desse esteriótipo do indígena Brasileiro né então é disso Esses são os perigos né vai dizer ela de uma história única Será que essa história que nós conhecemos sobre a África sobre nós mesmos sobre o Oriente sobre os povos indígenas sobre as várias etnias
africanas Será que essa história que nós conhecemos É de fato uma história real é uma história que condiz com os fatos é uma história que consegue dar conta de toda a diversidade desses povos a refletir basta pensar como a gente estuda a história do Brasil a gente aprende que o Brasil foi descoberto porque tinha gente aqui com história alguns desses povos com a história de 2.000 anos os Guarani hoje se se atesta que tinha quatro mil anos digamos assim de a compreensão desse como povos Veja a partir do momento então na água história dessa forma
contando que os portugueses descobriram o Brasil e não as várias etnias indígenas que habitavam como o caso dos Tupinambá que habitavam ali justamente aquela região litorânea eu estou falando para É como se eu tivesse reproduzir na ideia de que a história que vale o que realmente é a gente tem que levar em consideração são os europeus e não os indígenas e não os africanos percebe então fiquem com essa reflexão aí será que essas histórias todas que nós ouvimos sobre os vários lugares do mundo são as histórias reais são histórias verdadeiras são histórias confiáveis e essa
então a provocação caspa Amanda traz para gente né É ela quer mostrar que as formas de contar a história frequentemente trazem consigo a marca me chama de Nicole e dizer fosse bolsa toca sem Golf talking about fala der eu vou aí vou olha que tem que tem que bater passo Já resolveu o Micaele isso não livros que Facilite sabe Grace está na nossa óleo e que é um dos idiomas falados na Nigéria significa ser maior que o outro ser maior que o outro mas já vimos é a base do que nós chamamos de etnocentrismo Então
se questionem até que ponto as histórias que a gente está contando por aí são histórias Fi dedinhos confiáveis e até que ponto essas histórias Na verdade era simplesmente reproduzem a ideia de que alguns países são mais desenvolvidos que algumas culturas são mais civilizados e de que outros países devem ser civilizados precisam de ser de receber uma internet e para poder sair e aí da selvageria o da Barbalho
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