hoje 2008 assistimos a uma crise econômica em escala global deflagrada pela irresponsabilidade dos bancos estadunidense com efeitos imediatos na europa os estados nacionais em ter viram para salvar os bancos e estabilizar o sistema financeiro nos anos seguintes a retórica da crise foi recorrente nas decisões que cortaram garantias e direitos das populações mais expostas a estabilidade mas as mesmas autoridades perdoaram dívidas de grandes empresas e mantiveram regalias de classes já privilegiados e desde 2011 uma série de mobilizações tomou as ruas e praças das grandes cidades por todo mundo da praça taksin na turquia 15 anos espanhol
o soco pai o nome de bui os coletes amarelos franceses os estudantes secundaristas e a greve geral de 2017 no brasil que mais recentemente foi o estudante lemos até hoje as democracias capitalistas passam por uma crise de representação porque governantes garantem o bom funcionamento do big business e lançam os donos das políticas de austeridade somente sobre os ombros dos cidadãos comuns fica evidente que as autoridades governam para um por cento sem levar em consideração as necessidades urgentes dos outros 99% um ponto em comum entre esses protestos ea indignação com as saídas para a crise econômica
o outro ponto em comum é seu caráter urbano não por acaso foram chamados de movimentos das praças por paulo gribaudo desse da o elder ferrari e compreendidos na chave dos espaços híbridos entre as redes e as ruas os sociólogos e cientistas políticos espanhóis não por acaso termo ocupação que vem da tradição dos movimentos pelo direito à terra se tu não conceito-chave para muitas outras manifestações que por exemplo o pau na escola uma ocupação haiti skate 77 a noção de direito à cidade volta os debates públicos por meio dessas reivindicações que tem a cidade olha como
pauta mas também como palco com esse retorno do direito à cidade é preciso retomar o autor que criou o termo uma relief in e aí é uma febre se formou em filosofia pela sorbonne 1920 desde os anos 40 ele faz estudo sociológico sobre o mundo rural em especial na região dos pirineus na frança nos anos 60 de passa analisar as cidades novas e os grandes conjuntos habitacionais construídos no segundo pós-guerra fica evidente que a urbanização se dá no nível nunca antes visto na europa e fere o direito à cidade serve tanto para tratar de um
diagnóstico de época quando como uma ideia a chave para uma posta aí umas patoria de transformação radical da sociedade nesse sentido direito à cidade traz consigo conteúdo tópicos mais uma utopia concreta ele tá fazendo uma análise do tempo presente uma crítica da modernidade pulei serve entende a sociedade a partir da cidade nós temos dele urbano é uma mediação privilegiada para compreender a sociedade como um todo isso tem que ser posto de saída para não termos uma visão reducionista da resposta dele que é o direito à cidade e por isso que eu vou citar a estrutura
social oi gente na cidade é aí que ela se torna sensível e aí que significa uma ordem inversamente à cidade um pedaço do conjunto social revela porque as contém incorpora na matéria sensível as instituições as ideologias brunet febre a industrialização não é suficiente para compreender o modelo de desenvolvimento do wi-fi state police have mostra que a urbanização ganha um outro grau de importância ele vai adiante ele mostra que as classes dominantes com sua força sobre o poder público moldam o espaço urbano que ele se interessa e é rentável no qual cidadãos comuns da classe trabalhadora
são lançados para longe para fora da vista vivem sobre segregação isolamento daquilo que a cidade tem de precioso isso ficou evidente com a reforma de osman na paris do século 19 mas também com as cidades novas francesas construídas no segundo pós-guerra funcionalismo da arquitetura modernista civil para reforçar essa segregação que o cotidiano fragmentando a vida urbana em zonas monofuncionais como se a vida fosse uma máquina dividisse as funções e as camadas sociais mas o lefevre é um autor que sabe pensar contradições fenômeno urbano que é uma obra coletiva traz consigo pior e o melhor da
civilização moderna e outro de outro modo trás bloqueios e possibilidades do ponto de vista das possibilidades uma sociedade urbana pode ser a sociedade da democracia efetiva concreta de alta densidade em que os avanços técnicos são colocados para suprir necessidades sociais um regime de abundância coletiva na expressão dele se trata de um uso ótimo das técnicas ainda possibilidade uma outra experiência de liberdade gozo que a reapropriação desse espaço rico de encontros e trocas no mercantis mas um espaço favorável ao pleno desenvolvimento do sujeito com certeza a gente vai fazer outros vídeos sobre esse conteúdo tópicos do
direito à cidade esses elementos tornam e pensam radical da sociedade isso é uma transformação social desde as raízes do cotidiano urbano e nesse sentido eu vou citar o direito à cidade não pode ser concebido como um simples direito de visita o retorno às cidades tradicionais só pode ser formulado como direito à vida urbana transformada renovado mas pelo de febre essa virada qualitativa não se dá por uma decisão do poder público o a boa vontade dos urbanistas isso se dá num tempo intensificado em que cidadãos insurge tem contém deixam de reproduzir seu cotidiano e decidem que
viver desse modo não é mais suportável por isso que o direito à cidade é seguido de outro texto a revolução urbana é disso que se trata uma transformação radical nas formas de viver juntos e de gozar um horizonte emancipatório de libertação thriller ferve dois exemplos desses momentos de ruptura não são a comuna de paris e março e ele destino um livro para cada um desses momentos históricos e e aí e aí e no brasil o livro direito à cidade foi publicada a primeira vez já em 69 pela editora discursos pulei foi lido em ciclos estudiosos
de marcos em são paulo no rio de janeiro mas também em santa catarina no rio grande do sul já havia intelectuais se voltando essa produção o direito à cidade também grosso um caldo de demandas pelo acesso à terra que era forte no brasil dos anos 80 era uma luta presente nos movimentos da via campesina mas também na igreja católica das comunidades eclesiais de base nas periferias urbanas um diálogo com esses movimentos a urbanista erminia maricato destacavam no artigo de 85 eu vou citar e a cidadania prevê o direito não apenas a terra mas a cidade
com seu modo de vida com seus melhoramentos com suas oportunidades de emprego de lazer e de organização política terra urbana diante desse raciocínio significa até a organizada para maricato direito à cidade poderia ser um elemento aglutinador das diversas lutas urbanas daquele momento assim como a busca por uma bandeira geral isso é a da reforma urbana o direito à cidade vai ser fundamental para os atores envolvidos no movimento pela reforma urbana que culmina na constituição de 88 e no estatuto da cidade de 2001 nesse contexto tais lutas se centraram nos avanços legais e estruturas participativas institucionais
por razões diversas nos anos 2000 o direito à cidade perde sua potência ao se tornar política estatal o enriquecimento explosão do termo se deu com as manifestações de junho de 2013 e seus dias seguintes cujo estopim e foi a alta da tarifa do transporte público quando ficou evidente que uma cidade só existe para quem pode se movimentar por ela aqueles dias significar hão de modo contraditório uma abertura e um encorajamento de diversas forças sociais os ânimos insurgentes transbordo da pauta da mobilidade para juventudes heterogêneas para aqueles que visam ocupar os espaços públicos os espaços verdes
bem como aqueles que lutam pelo acesso à terra urbanizada em 2014 ganharam as cenas mobilizações questionavam a necessidade das obras da copa denunciavam a violência de algumas remoções e ainda o aumento especulativo do valor dos imóveis por isso que diziam copa sem povo tô na rua de novo em 2015/2016 estudantes secundaristas ocuparam cerca de mil escolas pelo país também pararam ruas avenidas e espaços públicos de grande visibilidade vale lembrar dessa passagem que mostra o repertório urbano dos protestos se a retomada do espaço urbano e como objetivo dos protestos contra tarifa também se realiza como método
na prática dos manifestantes que ocupam as ruas determinando diretamente seus fluxos e seus usos nesse processo as pessoas assumem coletivamente as regras da organização e seu próprio cotidiano essa passagem vem um texto do movimento passe livre mas vale para qualquer um desses protestos que eu mencionei anteriormente movimento de praças e cidades rebeldes não termina por aí novamente contra as políticas de austeridade como cidadãos comuns e tendo a cidade como palco e repertório de ação em 2019 eclodiram os coletes amarelos na frança e mais recentemente a juventude chilena em 2020 o cenário nacional e internacional esta
mais regressiva um conflitos acirradas e contradições gritantes o direito à cidade por sua vez permanece como ideia-força e também potência para as demandas por transformação desse mundo altamente urbanizado é uma ferramenta para com a realidade e também transformá-la ao entrar por um movimento que reivindica o direito à cidade seja ele de moradia o pro mobilidade as pessoas se dão conta que de fato as cidades atuais sobre o marco das democracias capitalistas são feitas apenas para quem pode pagar por elas e quem não pode tem que se virar vai morar e se deslocar com der isso
não é culpa delas mas um traço da urbanização desigual excludente segregadora com esse mente essas mulheres de homens têm noção de que não se trata de derrota ou falta de mérito pessoal mas um problema histórico e coletivo que a placa gerações e gerações e a saída também só pode ser coletiva por isso que se juntam para lutar por outro modelo de organização a luta por transformar a cidade é uma luta para mudar a sociedade o modo de viver juntos e como dizem os jovens só a luta muda a vida é é nesse canal a gente
vai falar de cultura urbana aqui em vive nas cidades uma cidade ao mesmo tempo que se incomoda com elas estão sobretudo para quem deseja transformá-las esse canal é para aquelas e aqueles que gostam de ver a rua nas praças e pagues mais do que lugares fechados e condicionados é para quem vê a cidade como lugar de identificação dos estímulos e interações é para quem quer espaço aberto desconfia de muros enfim é para quem não vê com bons olhos o exclusivo e diferenciado mas prefere-se no comum e se você gostou desse vídeo dá um like se
inscreve no canal manda para quem você acha que vai gostar aí deixa também uma sugestão de outro conteúdo que você gostaria de ver aqui quem sou eu eu sou o kaoru colosso arquiteto e urbanista bacharel em filosofia pela unicamp mestre e doutor em filosofia pela usp atualmente sou professora na universidade federal de santa catarina a gente se vê por aqui então ele abraça