Lelia Gonzalez - Racismo e sexismo na cultura brasileira

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mariadu
Vídeo-aula gravada para o curso de Introdução a Ciência Política - ICP Unificada, oferecido pelo IPO...
Video Transcript:
E aí gente tudo bom Eu sou Maria Eduarda Dantas eu sou parte da equipe de CP unificada desses mestre e hoje eu tô com a super tarefa de apresentar para vocês o texto racismo sexismo na cultura brasileira de lélia González grande mulher amorosa guerreira uma mulher livre totalmente livre política que produzia ativamente e diariamente que conseguia comunicar com todas e com todos ativista que incomodava e grande amor de grande fé é isso sua mãe eu sou Atraia dona do ouro é uma mulher à frente do seu tempo ela quebrou paradigma da sociedade brasileira que dizia
que no Brasil não tinha racismo porque o negro sabia onde era o seu lugar ela resolveu sair do lugar [Música] gente eu coloquei esse vídeo porque de verdade não consegui pensar em um jeito melhor do que começar a aula de hoje sobre lélia González do que essa e é também difícil tá pensar no jeito melhor de começar um texto sobre gênero e Raça no Brasil do que com essa história que lélia conta na abertura de racismo sexismo na cultura brasileira né que chama como é que a gente fica então nessa historinha curta né ela conta
uma situação de um lançamento de um livro né organizado por brancos por pessoas brancas falando de racismo Relações raciais no Brasil Então mostra aí os brancos se coloca no lugar de quem vai ensinar para um negro que é que é o racismo então nessa história acaba tendo um conflito ali no final quando alguém do movimento negro uma mulher né questiona a tal dessa tal dessa festa esse lançamento e o silenciamento que tava rolando ali naquele local a não permitir que negros e negros falassem sobre a sua própria realidade Contasse a sua própria história né agora
o que eu quero chamar atenção aqui com esse texto acho que para além dos debates que a gente tem hoje em dia mesmo né sobre lugar de fala que é uma discussão que ela já tava trazendo anos e anos atrás é a própria forma como lélia Conta essa história né o registro que ela usa as palavras ali escolhidas catimbar quisumba zuada uma ironia super afiada que mostra a subversão também linguística estética desse desse texto né e isso já conta um bocado sobre quem era Léia González sobre abrangência profundidade da crítica que ela tá essa parte
da análise das relações de gênero e Raça aqui no Brasil então ó no texto que a gente tá trabalhando hoje tem vários exemplos do que lélia González chamava de preto gays ou seja o português falado no Brasil e que se forma né se constitui a partir da influência de diversas línguas africanas especialmente as línguas do tronco bato Então veja Preto gays a mestre caladina a mestre caninidade Esses são todos os termos que aparecem no texto de hoje que são exemplos muito potentes da criatividade da riqueza conceitual da diversidade também de referências que Lelê Gonzales utilizava
né E essas inovações conceituais que ela propõe né Tem uma razão de ser né ele tava mostrando com isso né que a linguagem é epistêmica epistêmica de epistemologia de episteme Isso significa que a linguagem o modo como a gente conhece o modo como a gente entende a realidade né E por consequência disso na linguagem estão escritas também relações de poder lélia já estava falando aí do racismo que estava presente nos conceitos nas teorias e nas classificações que a gente usa aqui na academia até hoje né algo que por exemplo é um animal que hanno que
é um autor decolonial iria decader mais tarde né Depois de Lellis chamar de colonialidade do Saber isso tudo tem a ver assim também com a formação de lélia né em filosofia em História ela foi naquela época ali né nos anos 70 é uma das poucas mulheres negras que ocupavam esse espaço na academia participou também bem ativamente da organização do movimento negro do Brasil por meio por exemplo da fundação do mmu que é o movimento negro Unificado que começou aqui em 78 e ela teve envolvido também diversos movimentos culturais de valorização da cultura e das religiões
de matriz africana no Brasil né ela fala com muita admiração por exemplo do primeiro afro bloco afro do Brasil que foi lei fundado em 74 Então ela é também teve envolvida na luta pela redemocratização aqui no Brasil participou também da política institucional né foi inclusive membro concorreu eleições pelo PT e pelo PDT hoje lélia é reconhecida como expoente do feminismo negro dentro e fora do Brasil e eu queria mostrar para vocês o que que é a geladeira e falou dela quando teve aqui no Brasil em 2019 [Aplausos] [Aplausos] [Música] e tem um negócio gente que
é que achar que o que lélia tava produzindo tava escrevendo só importante para quem é mulher ou para quem é negro ou para quem é uma mulher negra é um equívoco tremendo lélia é uma autora que está ainda inserida em várias debates amplos abrangentes e muito importante como própria formação do Brasil né a experiência do capitalismo aqui na periferia né na modernidade fora dos centros a questão da colonialidade de saber denunciar e identificar apontar como o que a gente produz consciência e na academia reproduz essas desigualdades sociais estruturadas e aí necessariamente o racismo sexismo né
nossa ideia noção o limite da nossa democracia o que a gente acha que a justiça né E tem como a gente tem matiza desigualdade na nossa sociedade e a própria ideal ali né do pan-africanismo e todo movimento de descolonização que tava rolando ali nos anos 70 quando ela tava escrevendo né então acho que o que eu queria falar que dizer que é muito importante que é a crítica de lá ele é um contraponto fundamental ao que esses grandes intérpretes né do Brasil estavam dizendo né como o Gilberto Freire O Sérgio Buarque de Holanda e Caio
Prado Júnior né lélia de centro esse debate que eles estavam tendo ali né de uma narrativa assim endógena que busca por uma especificidade um autenticidade brasileira e tá pondo esse processo de formação Nacional num quadro mais amplo de estruturação da nossa sociedade da sociedade moderna como a sociedade capitalista e que foi e continua sendo né marcada e constituída por um processo de colonialismo e de escravidão tem uma crítica também assim forte importante as teorias de justiça social de desigualdades né então falando do racismo falando da situação e da experiência da mulher negra lélia evidencia que
não é só a partir da classe que se estruturam desigualdade social né mas que a divisão capitalista ali do trabalho né se diz da obra também é uma divisão racial em uma divisão sexual do trabalho na qual de mulheres negras se reservam em lugares sociais e as funções com menos prestígio com menos valor e isso já dá para entender também porque que ela é tão importante para a gente entender a nossa democracia e os seus limites né então o ideal de igualdade formal que é colocado né como fundamento aí da democracia como a própria história
da democracia na modernidade que a gente narra ainda até hoje como dessas grandes revoluções liberar do século 18 tinha ali como seu outro lado né seu contraponto a colonialidade e a escravidão Mas ó lélia sincero em todos esses debates a partir de uma chave de análise específica que é das relações de gênero e Raça aqui no Brasil né então ela toma a mulher negra como ponto de partida é uma perspectiva né um método analítico que hoje a gente chamaria de interseccionalidade né o termo cunhado tenho certeza que você já ouviram mas um termo que foi
cunhado no final dos anos 80 né pela Kimberly creamshall e essa ideia de intersexualidade significa que a experiência da mulher negra não é um simples somatório uma adição das opressões das desigualdades que mulheres brancas sofrem junto com o que homens negros sofrem né as mulheres negras sofrem sim com o sexismo e com o racismo né mas isso as afeta de modo específico de um modo de formas com dinâmicas que só podem ser enxergadas quando a gente tira a mulher negra da margem e colocar ela no centro da análise né tratando de sistemas vai imobilizar a
discussões que são relevantes para a história para filosofia para crítica cultural para economia para ciência política e por aí vai né separei para vocês um trechinho que lá ele fala sobre a representação da mulher negra no áudio visual Olha aí a mulher negra no cinema na televisão um teatro existe uma dificuldade uma diferença Claro que existe claro uma diferença bastante forte né que reproduz tranquilamente né as desigualdades raciais e sexuais assistentes na sociedade brasileira das quais a me ouvir a mulher negra é o grande foco tá é nela que se concentram essa esses dois tipos
de igualdade sem contar com a desigualdade de classe desigualdade social né e o que a gente vai perceber é que na nossa sociedade quer dizer as classificações sociais o caso racial sexual entrando aí também fazem essa mulher negra este este ser assim não é que é o que objeto de dos mais sérios estereótipos na nossa sociedade esse texto que a gente tá trabalhando hoje especificamente lélia se afasta de análises mas assim socioeconômicas das relações de gênero e Raça né em vez disso ela constrói um argumento com base na psicanálise e notem né para quem aí
já leu o texto antes da aula que ela usa conceitos como recalque degeneração neurose castração o nome do pai objeto parcial que são todos conceitos assim psicanálise da psicanálise né E principalmente de Lacan lacranianos né e o que eu queria destacar que é importante a gente a gente aprender a partir dessa abordagem psicanalítica em leds são esses dois aspectos né primeiro é que aí tá uma ideia de que é subjetividade são a construção Então você pense no que a gente acha que é mais particular que é mais íntimo que é mais privado nosso Nossa identidade
nossos preferências o que quem e como a gente ama tudo isso é construído e tá atravessado por processos sociais e consequentemente por desigualdade como racismo como sexismo e o segundo ponto também é muito importante é que esse é um pensamento que está afundado na idade de extinção na ideia de diferença e não de identidade falar o que isso significa é assim gente é o contrário de uma lógica de um tipo de raciocínio um pensamento fundado na identidade em que tem ali um objeto ou uma ideia né o eu ou outro o pensamento essa tipo de
lógica esse tipo de raciocínio fundado na diferença na distinção funciona a partir de pares de coisas Opostas mas que só existem a partir da distinção a partir desse traço então para pensar por exemplo o processo de formação dessa subjetividade né não existe um eu anterior um eu prévio ao outro sujeito só se constrói só se constitui diante dessa alteridade é a partir desse choque que eles passam a existir né tanto eu quanto o outro então a relação que a gente chama de mutuamente constitutiva Então o que importa aqui porque a chave aqui é se traça
essa Fronteira né que é porosa que é cheia de zonas é cinzenta né então é esse choque essa Fronteira essa distinção é que a chave para pensar essa relação mais do que aquilo que ela tá pretensamente né separando esses pares vão como tá dizendo né sempre existir assim intenção e uma relação dialética em uma negociação que é o que lá lhe chama no momento do texto até de Jogo de Cintura então em lélia Essa é uma das chaves para a gente entender o racismo e como ele se constitui não só na psique do Brasileiro né
do sujeito ali brasileiro mas na própria estruturação das relações sociais das Relações raciais no Brasil para lélia o argumento dela né que o racismo é um sintoma da neurose cultural brasileira Isso significa que o eu do Brasil se constitui a partir desse choque com esse que é tido como outro né elemento africano da nossa cultura e a partir dessa tentativa de apagamento dessa supressão de uma degeneração desse outro né do seu não reconhecimento consciente com parte integrante dessa identidade Parece que ficou difícil eu separei também para vocês um vídeo de Jaqueline Conceição que é uma
antropóloga social fundadora do coletivo de GG que fala também um pouco melhor que eu assim desse aspecto da obra de lélia vê aí porque a gente não superou a escravidão porque não há segundo lélia espaços de discussão de discussão sobre a escravidão sobre seu Impacto sócio-histórico seu Impacto econômico sou Impacto cultural Então essa estrutura patriarcal se mantém se reproduz a partir disso que ela chama de uma neurose cultural que horas aparece de forma objetiva na estrutura de poder então O Extermínio da população negra o encaixamento e massa da população negra o desemprego em massa da
população negra a gente tem que pensar que até 1996 o acesso da população negra a escolarização não era Universal ela passa a ser Universal quando a educação básica passa a ser Universal até se perder da população negra não tinha acesso à educação que é um direito fundamental básico Então todo essa estrutura que é o que ela chama de racismo estrutural se reafirma por essa por essa neurose cultural que tá dentro das relações entre as pessoas Então há um poder socialmente dado ao homem branco que não é social de questionado Ou pelo menos até o período
da Lela não era tão questionado como é hoje e essas dinâmicas essas duas relações objetiva dentro de uma política de funcionamento da sociedade brasileira que não é dita porque nunca houve segregação formalmente legalizada mas é dentro das práticas institucionais pensado e repensada cotidianamente e criando cada vez mais modelos e formas de que se mantenha por outro lado é uma formação a um processo de formação do indivíduo baseado nesse Desejo Proibido e eu acho brilhante essa análise que ela faz um Desejo Proibido sobre o corpo da mulher negra marcado pelo esse lugar do racismo é importante
que a gente olhe para pensar essa dinâmica do racismo por esses dois lugares porque o aspecto mais difícil do racismo no Brasil é justamente aquele que não é dito é justamente aquele que não tá objetivado E é esse o desafio que está colocado como é que essa dinâmica que tá na psique na subjetividade dos indivíduos que faz parte da formação dos indivíduos homens e mulheres negros e brancos das diversas identidades orientações sexuais como ele pode ser superado e ser repensado então a gente Resumindo simplificando um bocado o argumento de lá ele tem esses três passos
fundamentais tá em primeiro lugar que o racismo no Brasil é um sintoma de uma neurose ou seja de uma relação problemática do eu com um outro que advém dessas tentativas de apamento da rejeição e da supressão das marcas da africanidade como algo parte do eu né parte da nossa Constituição da nossa formação quanto país o segundo passo é que a especificidade do racismo no Brasil é a de que ele não é explícito e eu tô falando isso por exclusivamente no sentido de que ao contrário de outros países a gente não chegou a ter leis institucionalizando
o racismo né então ele vem se expressar pela sua ausência e por aquilo que não é dito ela inclusive chega a dizer mensagem que o Brasil é o país em que se tem vergonha do racismo se tem preconceito contra o racismo mas ninguém é racista e todo mundo acha que é muito natural que o lugar ocupado pelos negros e pelas negras na sociedade sejam sempre os piores e o terceiro e Fundamental passo é que lélia dá é o dia apontar para que essa ausência esse lugar não nomeado esse vazio vai ser preenchido por alguma coisa
né Por mitos por construções culturais que no nosso caso é um mito da democracia racial a ideia de que não existe racismo aqui no Brasil para lélia o momento de maior atualização simbólica do mito da democracia racial vai se dar no carnaval e o carnaval aí como o intestício né com parênteses um momento aí de suspensão da história em que uma subversão da ordem estabelecida é permitida então é no carnaval que a gente vai exaltar que a gente vai valorizar que a gente vai celebrar com uma coisa Nossa uma coisa aí comum tudo aquilo que
no resto do ano todinho é rejeitado é desprezado e suprimido para mostrar isso separei um trecho de um documentário chamado ori que fala um pouco dessa inversão do carnaval veja só alegria [Música] então a lélia recupera aqui conceito que é Diego eliano que é o da dialética entre o mestre e escravo né entre o senhor escravo que simplificando para a gente entender o argumento aqui de lélia basicamente a ideia de que no momento em que ocorre essa inversão Ou seja quando o escravo ocupa lugar do mestre ele ocupa lugar de rei ocupa lugar de senhor
que essa relação se confirma É aí também que os brancos mostram que conhecem e que reconhecem muito bem aquilo que passam o resto do ano todinho suprimindo e rejeitando né então é nesse sentido que a gente fala aqui que é o momento da exceção que confirma a regra é importante dizer que isso não deve ser confundido né com assim romantização do carnaval como a Utopia de igualdade lá ele tá apontando também para apropriação da Negra né Por parte da branquitude dos brancos da sua espetacularização da sua monetização na idade globelezaificação da mulher negra mas isso
aí né não é um jogo de soma Zero Isso também não tira do carnaval Esse aspecto de ser sim com certeza é uma expressão de resistência né que lá levar apontar muito bem É nas festas afro-brasileiras né nos blocos afro do carnaval no Ilê aê nos afoxé nos maracatus E por aí vai mas se o carnaval esse momento da exceção que confirmam a regra onde é que a gente vai encontrar o exemplo da subversão da regra né Quais são os exemplos que subvertem essa narrativa passiva e assimilacionista da africanidade no Brasil né da América unidade
a gente pode pensar pelo menos em dois exemplos né um primeiro e muito importante é o dos quilombos e queria deixar vocês um minutinho com Beatriz Nascimento da escravidão nós vamos ver é atuação do negro brasileiro como um homem participante de uma sociedade embora negando às vezes ele mesmo o seu a sua origem racial quando cheguei na universidade a coisa que mais me chocava era o eterno estudo sobre o escravo como se nós tivéssemos existido dentro da Nação como mão de obra escrava como mão de obra para fazenda e para mineração agora o outro exemplo
que lélia vai explorar nesse texto né a partir da análise que ela desenvolve com essa base psicanalítica é o da mucama a palavra no campo por exemplo vendo kimbundo a másia Escrava tá nos dicionários concubina escrava que era amante do seu senhor mas o tempo passou e todo mundo jogou essa definição para baixo do tapete ficou só escrava Negra moça e de estimação escolhida para auxiliar nos serviços caseiros acompanhar pessoas da família e por vezes ama de leite mas as mucamas continuam aí com sua malemolência perturbadora na exaltação mítica da mulata não entre parênteses no
carnaval então para lélia é a mucama nessa figura da mucama que vai tencionar aquelas distinções fundamentais que sustentam o racismo enquanto neurose no Brasil isso porque ela combina em si né em uma só pessoa esses dois lados da distinção que são os pares né consciência e memória O que é expresso e o que é suprimido e o que é permitido e o que é proibido a doméstica né e a mulata como atribuições de mesmo sujeito né da mulher negra no Brasil Então essas fronteiras ficam aí bugada né Entra em curto circuito por assim dizer e
o que vai inverter essa distinção fundamental é para lélia né pensar na função de mãe que essa mulher exerce né a mãe preta e o papel dela é subversivo e é importante lélia né pelo menos por três motivos em primeiro lugar porque em preta que vai ser a função de fato de mãe na estrutura psíquica social do Brasil e sendo a mãe de fato ela vai exercer aquela função de mãe que aparece por exemplo em Freud né que todo mundo sabe né do complexo né do objeto de desejo mas ao mesmo tempo de do desejo
que tá proibido né que precisa ser suprimido mas ela também é mãe não só nesse sentido aí metafórico mas no sentido também bem concreto de historicamente né tradicionalmente ter sido reservado as mulheres negras a função do cuidado né a função de Educar e de criar as crianças brancas e por meio dessa tarefa ela foi capaz de transmitir valores é crenças linguagens né elementos aí da cultura africana né que é o exemplo que ele ali atrás desde o começo aí do preto e em terceiro lugar que é porque é por meio dela que a africanidade então
entra e se enraiza como um elemento constitutivo da identidade brasileira né embora Siga sendo sempre negada então na palavra de leve é a mãe preta que dá uma rasteira na lógica na consciência europeizante daqui do Brasil então gente para resumir a aula de hoje aqui em cinco pontos principais eu digo que em primeiro lugar lélia Gonzales está chamando atenção da gente para o papel da mulher negra na formação do Brasil né para também a centralidade dessa mulher para a gente pensar na nossa democracia e nos limites dessa democracia Leia também mostra como racismo é algo
construtivo e estruturante da nossa sociedade que o racismo aqui no Brasil racismo brasileiro se dá por degeneração por supressão né e é um sintoma de algo maior problema mais amplo que é o da supressão da negação da nossa mefecanidade né vem daí o mito da democracia racial né vem preencher esse vazio e por fim ela aponta também para necessidade a gente Expandir tencionar os limite da Academia das instituições brancas europeias antes da própria linguagem para poder dessas ausências então a figura fundente do Brasil para leléa não é nenhum personagem histórico e o grande exemplo de
resistência e de maior consequência política é cultural social para a gente não vende nenhum político nenhuma liderança de nenhuma figura isolada né o personagem que lélia é lege é essa Mãe Preta aqui são várias né E que fundaram o Brasil de um espaço a partir de um campo discursivo que é considerado para todos os efeitos privado né eminentemente privados para fazer um link aqui com a nossa última aula então eu vou ficando por aqui tá bom gente valeu todo mundo que acompanhou aqui até o final eu espero que vocês tenham curtido a aula e curtido
conhecer um pouco mais sobre lélia González
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