Sobre a cidade e o urbano | Ana Fani Alessandri Carlos

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GESP Grupo de Geografia Urbana Crítica Radical
Aula ministrada no curso de extensão "Henri Lefebvre e a Problemática Urbana", em agosto de 2018.
Video Transcript:
E aí [Música] E aí e o Que Nós pensamos para esse curso hoje é que ele seria um convite à reflexão não é quando a gente pensa em reflexão e imediatamente nossos colocamos diante de um tempo que eu tempo lento porque não existe reflexão não tempo que é um tempo rápido mas que é o tempo da velocidade imposta pelo pragmatismo que nos envolve então A ideia é pensar a partir da obra de uma refere o Guilherme é exatamente um pouco do que eu vou discutir ao longo da minha aula ele tem uma atualidade uma importância
muito grande para pensar o mundo que nós vivemos em 1970 ele já estava sinalizando em alguma direção que se coloca hoje como absolutamente Central para pensar o mundo do Século 21 o mundo do Século 21 é um mundo Urbano É aquele da sociedade Urbana o movimento que produz o mundo Urbano ele vem acompanhado de uma centralidade da importância do espaço enquanto produção do espaço Então o que o leque vai apontar os seus livros é a importância não é dessas transformações que nós estamos viver particularmente através dos anos 70 não é e essa e essas mudanças
que se realizam a partir dos anos 70 do século passado elas explicam exatamente o que nós estamos vivendo agora e que eu pretendo desenvolver um pouco na minha da minha na minha aula não é então esse convite à reflexão significa aqui em uma semana nós vamos poder dar conta de toda da imensa obra no Rio e febre mas que nós vamos trazer ao longo dessa semana como foi possível e pincelando aqui ali um caminho e um pensamento a construção de um pensamento do que ilumina a Cidade Urbana é possível fazer 1 corr a adolescência a
partir do momento em que o filósofo que ele é série começa a pensar Urbano a cidade e o espaço quando na obra dele esses três momentos não é nesses três essa Tríade começa a se construir não é aí a preocupação dele em relação à pesquisa sobre a cidade eo Urbano né a compreensão do lefevre sobre a cidade Urbano se localiza no momento em que o pensamento se abre para aquilo que é um novo e o que é o novo que tá colocando o novo para o pesquisador ele significa que quando a prática nos coloca diante
de outra coisa diante do novo não é ele vem acompanhado da necessidade de construção de conceitos que deem conta desse novo que está se constituindo que é exatamente o que o lefevre está se propondo né esse pensamento e a construído ele se apoia e eu vou ler uma ideia do legado que eu acho bastante potente bastante forte que a seguinte eu creio na capacidade do pensamento teórico ou conceitual e não se manter nos limites do modo de produção como totalidade e transgredir pelo pensamento talvez pela imaginação alguns de seus limites e de abrir havia da
ruptura real aqui nós já estamos diante de uma primeira noção que absolutamente Central novas letras que é pensar totalidade e de uma totalidade que aberta de uma totalidade que se move e da relação entre a teoria EA prática mas a a construção de um pensamento teórico que explore e explique a realidade que nós estamos vivendo é absolutamente Central vocês como eu sabem perfeitamente que nós estamos vivendo um momento de extremo preconceito contra o pensamento teórico pensamento teórico tem sido banalizado pensamento teórico tem sido um bocado de lado não é porque diante de uma universidade de
uma política acadêmica cada vez mais voltava ao produtivismo não há tempo de reflexão portanto não há tempo de construção de um pensamento teórico produto de um tempo lento que diz triste a realidade e que compreenda não é a Oh que fundamento essa desigualdade Então o que o recebe está colocando é a necessidade dessa construção teórica dessa compreensão sobre a realidade e essa compreensão da realidade significa que o seguinte óleo durante muito tempo a obra do recebe EA obra do Max desculpe a obra do Max foi lida do ponto de vista do modo de produção do
ponto de vista uma leitura economista que tomava um modo de produção na sua totalidade que pensava o mundo da mercadoria numa numa totalidade e fechada em si o que a obra do levante propõe é um abertura o modo de produção não conste a qualidade e o mundo da mercadoria por mais que ela se ponha como a totalidade Ela não é uma totalidade fechada ela contempla aquilo que rompe na articulação entre teoria e prática que outro outra situação importante do debate do lefevre a teoria explica a prática mas é na prática que se encontram as condições
as possibilidades e romper não é com aquilo que está posto Nas condições de degradação na vida cotidiana más condições de de alienação O que significa dizer que a teoria EA prática estão e são completamente indissociáveis e o movimento que transforma a realidade que nós estamos viver passa pela exigência de compreendê-la e essa compreensão ajuda a desvendar a prática a produzir um projeto que transforma essa prática e nesse sentido é uma prática que se coloca possibilidade de mudança não é é na realidade nós estamos atualizando alguma coisa que ele é nova né o cheiro expliquei uma
obra absolutamente fantástica sobre as questões que nós vamos presenciar e com vamos viver principalmente no século 19 no século no século 20 com na segunda metade do século 20 com desenvolvimento do mundo da mercadoria ele localiza a uma prática a possibilidade das transformações no Júlio César ele vai escrever que o escravo tem em suas mãos os meios de cancelar o próprio cativeiro não é mas para fugir daquilo que impede a produção do humano lá que impede a realização das possibilidades é preciso compreender isso com a ser absolutamente Central não é na obra na obra do
River é um bom então nós estamos diante de uma situação teórica crítica o conhecimento se encontra esfacelado fragmentado e especializado as especializações dividem as disciplinas não é a disciplina e cada disciplina já é uma uma Divisão das ciências humanas e essas disciplinas têm e a se dividir ao máximo e o problema dessa divisão é que cada as L cada fragmento dela se constitui se totaliza se constitui enquanto tonalidades e o que acontece que esse excesso de fragmentação acaba produzindo a ignorância especialização traz a ignorância então a situação que nós encontramos hoje é disse de degradação
do pensamento ou do pensamento que explica o mundo o pragmatismo que invade a universidade que faz com que o tempo da reflexão seja cada vez é mas destituído de importância é um momento em que também nós estamos vivendo o estreitamento do pensamento crítico não é o pensamento crítico é hoje absolutamente residual na nossa universidade não é a crítica não tem mais lugar na universidade porque nós estamos diante da necessidade de que o currículo Lattes passa a centralizar a vida acadêmica e nessa centralidade ele nos impõe a todos a produção da produção pela produção sem que
necessariamente essa produção tem algum conteúdo não é do ponto de vista da minha exposição eu vou trabalhar com 6 temas não é seis partes do da aula a primeira eu vou discutir aberta a filosofia como movimento da crítica do lefevre evidentemente Urbano como problemático O que significa essa problemática Urbana como é que urbanus II é anunciado na obra do refere como é que ele aparece como preocupação na obra do e febre e o quarto item é urbano transcendente a cidade o leque trabalha com dois conceitos onde cidade Urbano não são as mesmas a mesma coisa
não são sinônimos e urbano transcende a cidade e a noção de Urbano Urbano espera aparece como sociedade Urbano seu conteúdo é a sociedade Urbana os novos conteúdos da organização e finalmente o direito à cidade que aparece como um projeto que coroa a ideia de que seu pato de um pensamento que se move criticamente tentando analisar o mundo esse mundo que aparece como a realidade aberta não é contraditória em movimento ele propõe aquilo que nega as condições nas quais a realidade se encontra subsumida a lógica do Capital Então nesse sentido o direito à cidade ele se
contrapõe ele é o outro dessa realidade que se fixa com uma possibilidade sempre acentuada da reprodução das relações sociais sobre o capitalismo como reprodução da lógica capitalismo Então essa Esses são os elementos os que eu vou sinteticamente desenvolver lá para vocês o convite à reflexão na realidade é Um Desafio Esses são os elementos que do meu ponto de vista presentão é para vocês a cidade Urbano constitutiva da problemática na obra do Leifert né então como eu já sinalizei para vocês a atualidade do Leifert vem discutível e a exatamente o que nós é durante essa semana
tentar mostrar para vocês né o lefevre uma altura Interessante não é ele é interessante Em que sentido ele é interessante no sentido que ele nos desafia o tempo todo a pensar junto com ele não é ele é interessante na medida em que quando nós lemos parece que ele tá escrevendo agora no século 21 não é isso isso é bastante interessante ele nos ajuda a pensar esse momento que nós estamos vivendo né e É nesse mundo que nós estamos vivendo ele tem potência explicativa para nos ajudar a entender três questões importantes em primeiro lugar o fato
de que o capital financeiro ganha expressão reproduzidos se através da reprodução do espaço anunciando a produção do espaço com um segundo setor da economia ele faz isso no livro a revolução urbana de 1970 ou publicado em 1970 o segundo momento é quando o leite ferve constrói a ideia de cotidiano não é que se reforça como hoje o lugar da reprodução e um terceiro momento Urbano se apresenta como a realidade e como uma virtualidade então Urbano aparece como Horizonte O tópico a obra dele é febre segunda minha leitura trabalha com uma Tríade cotidiano Urbano produção do
espaço espaço o produção do espaço a produção do espaço sendo terceiro termo que junto o diario Urbano porque tanto cotidiano conta urbanos se realiza na produção do espaço então no meu ponto de vista obra do Leifert pode ser lido através dessa triste Ah mas isso como eu estou dizendo para você cada um nós estamos apresentando uma leitura possível da obra numa refere a obra do ele é serve ela aparece como um pensamento que se esforça para entender o mundo em transformação negado pela modernidade não é trata-se de compreender e isso é absolutamente Central o modo
característico da vida social Essa é a questão que coloca por e ferve o novo essa ideia absolutamente Central para o autor do que está em movimento requer uma teoria e o que ele faz esse novo para ele é exatamente constitutivo do urbano né que aparece com uma problemática é esse Urbano que introduz o morro e que permite pensar o movimento do mundo e convém lembrar que a obra de Marques e insiste né na ideia de que a razão mas se da práxis o trabalho a organização do trabalho a produção A reflexão inerentes à atividade criadora
considerada em sua amplitude não é um cooler vai transformar se der do Marcos informando que a práxis é o lugar do nascimento dos conceitos daí a ideia que eu acabei de dizer para vocês que ele pensa e ele tenta desvendar essa vida social não é que se coloca como no centro da atenção dele então o lefevre constrói uma compreensão articulando de modo indissociável teoria e prática realidade e virtualidade apontando o caminho da construção do movimento real através da dialética entre o método progressivo-regressivo a transmissão Esse é um outro é importante da Leitura que eu faço
Leifert normalmente as pessoas estão preocupadas na pesquisa com o método progressivo e regressivo outros estão preocupados com a transmissão o grande problema da obra do Leifert é que as pessoas abrem a obra e usa uma obra de acordo com uma leitura que me convém então método progressivo-regressivo e o meta apenas o que são aparece como duas coisas completamente isoladas né cada uma delas como procedimento metodológico o que eu estou dizendo para vocês é que e o que também e o movimento do meu pensamento vai ajudar a esclarecer para vocês é que esses dois esses dois
movimentos do método são indissociáveis é impossível pensar a realidade progressiva e regressiva sem a França opção é exatamente na articulação Entre esses dois momentos do método que o movimento do pensamento que pensa realidade que pensa realiza o Antônio bom então o que eu estou sinalizando para vocês até agora que eu estou apontando a importância do Leifert E aí nós estamos diante de um paradoxo o quanto mais unifev aparece como o autor capaz de nos ajudar a pensar o século 21 mas ele se baliza e mais ele aparece o outro do que ele realmente é então
o que que nós somos assistindo hoje na obra o modo como o leped tem sido trazido para as reflexões sobre o Humano que é o sobre a cidade Urbano que o que está em tela nesse momento é exatamente o outro da sua obra nós podemos dizer que a obra do Leifert é quase um Manifesto contra a sistematização do pensamento contra a instrumentalização do pensamento contra a modernização do pensamento construção de modelos a partir da obra dele e não é a ignorância do fato de que a obra dele vem acompanhado de uma profunda crítica ao estado
e as políticas do Estado de uma profunda crítica sobre as ciências parcelares e o esmagamento do conhecimento e a sua instrumentalização e elas modelos do planejamento a obra não recebe a outro disso tudo e e o que nós estamos assistindo no mundo de hoje na academia né É exatamente o fato de que o lefevre é trazido exatamente como modelo para se planejar a cidade em crise então na medida quanto mais ele é lido mas ele é banalizado e mais o que se lê sobre ele o que se diz que ele falou é o outro do
que ele falou o Max então nós estamos assistindo Essa realidade que é trágica não é ler um autor do jeito contrário do que ele é da realidade do que acontece com o Guilherme hoje é exatamente o que aconteceu com o Max o Max também foi modernizado o Max também for eu me lembro nos anos 80 o Delfim Netto disse o seguinte que é obra do Max e o capital podia ser traduzido em 5 equações quer me entender nada né mas ele concluiu em cinco eu posso hoje nós resolver um problema mas o que nós temos
assistido hoje Só Para sinalizar o último ponto da minha apresentação eo direito à cidade que o processo Tom O que é um projeto tópico se transforma em política pública se Se Produza um mapa chega-se até produzir o mapa nós já vimos isso não puro não é uma o numa mesa sobre o effeve uma um professor que se dizem febre não escreve montam mapa e diz a senhora Belo a ser através da perspectiva de fenda já parou planejada nesse tipo ele foi um mapa sobre é de Belo Horizonte e pronto produziu um planejamento que a resolver
o problema de Belo Horizonte né achando que ele estava trazendo o pensamento do DF para pensar cidade quando ajudado tá fazendo outro ele tava instrumentalizando o pensamento deve através de dizer olha ele é febre ele estava justificando o planejamento que nada faria a lei de manter o status cor né nós vivemos um momento em que o Lampedusa também é muito atual né ele escreveu uma ideia interessante no e leopardo gattopardo e quem diz assim é preciso mudar alguma coisa pelo menos a imagem para dizer que nada mudou e o que nós estamos assistindo Exatamente isso
não é o recebe acaba sendo usado como um autor que ajuda a pessoal nós nós do somos o pessoal que quer criar empreendedorismo Urbano sua professora a trabalhar na sexta-feira elas são produzidos outra coisa ele fere Nossa ajuda a dizer Olha nosso pensamento no pensamento do status cores não é mas o que nós estamos fazendo produzindo uma ideologia não é então em nome do lefevre A Utopia se banaliza o extremo ou até quase desaparecer né na ideia do direito à cidade como política pública certamente os livros do Leifert não são de fácil compreensão no momento
em que o tempo lento da reflexão Tem se tornado impossível ou quase na academia onde a leitura ligeiro e superficial tem a métrica como orientação e não a compreensão do mundo a tarefa portanto que a tarefa que o gesp vem se propondo a quase duas décadas não é é exatamente aquela de tentar compreender o mundo que nós que nós vivemos analisando criticamente da raiz daquilo que move o mundo e a raiz daquilo que explica não é essa situação de as frases que nós vivemos Não é Febe isso é ainda mais é interessante ele faz uma
crítica violenta a urbanismo e planejamento Urbano o e urbanistas e os planejadores usam lefevre para fundamentar os seus trabalhos então é uma situação absolutamente surreal É surreal então e a obra se vocês Se nós formos pensar Pelo menos eu no final da minha exposição vou passar para vocês a bibliografia que nós estamos usando o curso mas pelo menos podemos citar os dois mais conhecidos que é o direito à cidade revolução urbana ele é os dois livros se se baseia numa profunda violenta crítica ao organismo ao ato de se planejar a cidade isso é absolutamente Central
o mar segunda é a crítica que vai acompanhar essas duas obras tá em Toda obra dele mas vai acompanhar principalmente essas duas é uma profunda critica a ciência parceladas e aqui nós estamos todos nós diante de uma grande contradição entre si nós todos vamos analisar Urbano e compreender Urbano que que se constitui como uma totalidade social aberta contraditória mas como a totalidade como é que nós vamos trabalhar com essa totalidade tendo como ponto de partida o fato de que cada um de nós vai fazer a leitura a partir de uma disciplina que tem como condição
já ser uma ciência parcelar né então grande desafio é como é que cada um de nós a partir da nossa disciplina não é analisar o mundo na sua analisar esses Urbano na sua totalidade e esse é o nosso grande desafio mas o fundamental é te essa contradição entre a situação disciplinar EA realidade com uma questão a ser pensada uma questão que o e essa pesquisa então portanto nenhuma disciplina vai fornecer a chave da compreensão desse Urbano posso adiantar para vocês que esta contradição pode se resolver o lefevre vai resolver através da Filosofia mas que nós
resolvemos o tentamos através do método dialético mas que esse movimento que ele ferve usa e que tem a totalidade como orientação e hoje eu vou falar disso daqui a pouquinho né então a é o fato de trabalharmos a partir de uma disciplina torna o ato crítico absolutamente Central né é a crítica como o ato de conhecer que orienta o modo como nós vamos conhecer né que nos que nos coloca os desafios eu perdi meu relógio é e a briga porque senão eu falo até amanhã o BOL bom então partindo para esse primeiro primeiro. o que
eu quero trabalhar é a ideia da neta da meta a filosofia Oi e aí é uma questão interessante porque algumas pessoas querem que o recebe seja sociólogo da status com a sociologia agora é incoerente querer que ele seja sociólogo se ele tá criticando se você parcelar e o e a visão da disciplina a disciplina deve se propõe e ele é um filósofo e todo debate que acompanha a obra dele sobre a meta Filosofia é um debate de filósofos porque só através da filosofia e prefere é possível pensar no mundo né e pensar na totalidade desse
mundo então o que que nós temos nesse primeiro. O que nós temos esse primeiro ponto é que o recado e constrói a sua reflexão sobre o século 20 tendo como ponto importante da sua fundamentação a obra do Max na sua atualidade né febre prolongada obra de Max O que quer dizer que ele não vai tomar a obra de Max como pronto e acabado ele a obra do Max como modelo e vai tomar a obra de Max naquilo que é possível prolongá-la O Max tá escrevendo no século 19 vai ficar escrevendo no século 20 Aliás a
sua vida quase que acompanha o século 20 inteiro né nesse momento sobre a cidade eo Urbano o que ele tá é a partir dos anos 60 Então tá vivenciando uma regra diferente e no entanto o que ele vai dizer que a a obra do Max tem potencialidade para ajudar ela pensar o século 20 fundamentalmente esse período dos anos 60 céu aonde aparece no trabalho dele a Cidade Urbana né porque porque ele toma essa obra na sua potência na sua tendência mas no movimento das categorias de análise que o ajuda a pensar no mundo é a
minha leitura mas quando eu li É o Max com o professor Martins no curso que levou 18 anos não é e que construiu a minha leitura sobre o Max na nos grundrisse se eu tive uma obsessão pela categoria de reprodução né E como é que o Max trabalhava a categoria reprodução e o que nós percebemos na obra do lefevre é que a categoria reprodução tem a mesma centralidade para pensar o século 20 que a reprodução tinha para o Max na obra por exemplo dos grundrisses mas a reprodução ela não se colocava como uma categoria o
solta a obra do Max 60 também a minha leitura sobre a obra do Max não é noção de produção o conceito de produção é absolutamente central e deste conceito de produção se desdobra do reprodução o que isso significa significa pensar Quais são os conteúdos da noção de produção para ela se desdobravam na reprodução Então esse movimento possa ser absolutamente importante então este debate do recebe o que atravessa e vocês vão perceber em várias obras mulheres o direito à cidade revolução urbana um pensamento Tornado mundo sobrevivência do capitalismo a meta filosofia em todo ele vai fazer
uma pausa para discutir bom aqui ganha centralidade ou não são de produção Tá bom então já vou falar sobre Então o que acontece então acontece que o que o Leandro vai fazer prolongar a obra do Max nesse prolongamento é que eu digo para vocês o que é possível ler né na obra dele o fato de que ele é um filósofo né mas o seu trabalho a partir da filosofia se realiza com uma crítica à filosofia ele não tá falando de qualquer filosofia sua crise que ilumina alguns aspectos importantes e primeiro lugar não é a em
seu desenvolvimento a filosofia se prende a uma esfera que e se afasta do mundo real nós estamos diante eu le service estava diante do fato das sistematizações filosóficas da produção dos sistemas filosóficos o e neste momento na medida em que a filosofia se consumir enquanto o sistema filosófico ela se irrita e Cia né ela se estruturava EA realização da filosofia possa pela obra do Max lhe escapava então a o desafio do lefevre como filósofo era superar a filosofia enquanto o sistema superar a filosofia que se proclamava como uma totalidade definida e a camada excluindo o
que a própria filosofia chamava de mundo Extra filosófico bom então unifev ao fazer uma crítica filosofia clássica ele colocava em xeque a sistematização das idéias não é que se situavam um plano das ideias e que portanto ignorava os aspectos da prática daquela prática social que o sinalizava agora então na conta a partir da obra do Mar que o método dialético vai revelar uma análise profunda da prática então este movimento da obra do Max que permite o recebe construiu uma crítica à filosofia sistematizada a filosofia a camada filosofia fechar na nela própria e o que o
recebe vai dizer que a filosofia deixou essa prática de lado e nesse movimento de deixar de lado ela deixou de lado todo mundo que ela própria chamou de racional o que que é o que é o lugar aonde se encontra a explicação do mundo é uma parte significativa desse debate e observe vai realizar na obra sobre a vida cotidiana que ele vai dizer que o cotidiano é o lugar aonde é possível estabelecer essa relação dialética entre teoria e prática e o cotidiano é a é o irracional é o mundo não filosófico que ficou fora da
análise da filosofia então a crítica a filosofia vai levar a s essa não a superação da própria filosofia e essa superação e envolve a dialética entre o Mundo Chamado de filosófico e o mundo esta filosófico da vida cotidiana do cotidiano da música da arte não é que tem papel esse importante tem papel importante na obra adolescente que ficou fora Oi então para de febre é preciso superar a sistematizar suas expectativas para confrontar a filosofia com o mundo não filosófico procurando simultaneamente ir além do que ele vai chamar de alienação filosófica e da alienação do mundo
não filosófico porque que os dois são alienações porque a filosofia se realisa lá fora da prática EA prática fora de filosofia 1 Oi mãe então havia um rompimento desses dois dessa dialética produzido uma ideologia tanto na filosofia quanto dar mais na prática da filosofia permite a lei febre superar os problemas postos pela ciência parcelar não é na medida em que essa filosofia vai atentar para falar uma totalidade que já não é mais uma totalidade sistematizada então que ele serve vai propor é um desvio da filosofia ou melhor uma superação da filosofia a noção de superação
na obra do lefever uma uma um conceito da maior importância porque superar significa para ele e levar no no outro patamar que é o que nós vamos ver daqui a pouquinho e levar ou superar a noção de produção pela reprodução significa dizer que o que é superado se mantém na dialética entre a sua própria superação não é então ai eu disse operação ela mantém aquilo que existe e levando no segundo no segundo plano Então olha que ele vai tentar definir a unidade entre o racional eo real que é o que eu tava colocando e e
daí questionando os conceitos e introduzindo outros não é daí era que eu tava dizendo para vocês dessa relação entre teoria e prática o estudo da atividade criadora né vai conduzir e ao debate sobre a ideia de produção e de reprodução que na medida em que o lecev coloca a acento acento iluminar prática ele está iluminando a prática como a realidade social portanto criadora não é e é por isso que a noção de produção que ele traz o Max passa a ser importante para compreender a realidade em transformação né o estudo da vida cotidiana Como eu
disse para vocês ela oferece um ponto de encontro para ciências parcelares ela mostra o lugar dos conflitos entre o racional eo irracional né na sociedade em nossa época ela determina o lugar é que se formulam os conceitos né aco cotidiano passa a ser este lugar da realidade o conceito de cotidianidade que vocês também deve ser ouvido que ele provém da filosofia Oi e ele não pode ser compreendido sem ela ele designa o não filosófico para e pela filosofia através da Filosofia mas o pensamento só pode se elevar né através e por meio da crítica filosofia
então conceito de cotidiano idade não vem do cotidiano nem reflete o cotidiano eles Prime antes de tudo a transformação do cotidiano vista como possível e nome da filosofia e também não aproveite uma filosofia isolada ele nasce da filosofia e deste mundo que se coloca como totalidade e nos livros do lefebvre sobre a cidade particularmente o direito à cidade a revolução urbana aparece uma crítica a esse próprio movimento que tende a se isolar e a se autonomizar o debate sobre a cidade sobre o cotidiano se desdobra do meu ponto de vista se for que eu sinalizei
agora para vocês na categoria de produção desenvolvida para o Mack a produção e Max adquire um sentido vigoroso ela não se traduz não se reduz a fabricação de produtos apesar de não jogar fora essa ideia né a relação entre produção Me desculpe a o conceito de produção aparece e Numa articulação entre o sentido estrito e o sentido lato do termo não sei que reagem dialeticamente no strito Sensu a produção é produção de produtos é produção de objetos é isso Max trabalha ao discutido ao construir o debate sobre a mercadoria e o seu mundo da mercadoria
não é portanto essa produção se desdobra o tempo todo mas é um sentido lato no sentido lato da produção era se encontra com a filosofia ea ea ea produção não é não se reduz mais a coisa não se reduz mais a produção de produtos ela é uma relação histórica e nessa relação histórica esse produto essa produção produz o homem é o desafio é o desafio é pensar portanto essa promoção no sentido da produção da condição de humano a do homem que não é só necessidade mas do homem que contemplam desejo é o desafio é perceber
e analisar como é que esses conceitos vão se realizando num outro patamar e daí a dialética entre a produção strito Sensu e Lato Sensu a obra do Max permite formular metodologicamente as contradições do mundo Oi e o debate sobre a produção EA contradição entre o lato escrito o senso não é ele se coloca nesse movimento e a e é possível sintetizar Não é esse movimento do método em quatro elementos que eu coloquei aqui em primeiro lugar a reflexão de do lei fere a ponta e eu já sinalizei estou insistindo na articulação indissociável da teoria da
prática as obras do de febre reclamam o revelam a construção de um pensamento que diz vem do mundo moderno né nas suas transformações no modo como contínuo processo de produção de coisas e de produção do homem se realiza transformados e em segundo lugar e a relação indissociável entre o real eo possível oi e daí a parte de paradigmática frase com a qual o Lê serve inicia a revolução urbana ele vai dizer o seguinte a realidade Urbana Urbano é empate Real em parte virtual da Urbano ele nem é uma realidade pronto acabaram nem é uma uma
virtualidade ele é uma dialética entre as duas coisas ele é real e Ele é virtual é esse debate entre o que é real e virtual que nos aponta o método da transacção a transacção pensa esse movimento do Real na direção dos possíveis e esse movimento é absolutamente central do método para justificar o fato de que o direito à cidade não pode ser uma política pública mas ele é uma Utopia é o movimento do método que leva a construção do direito à cidade com o projeto tópico e esse movimento está aqui se eu não entendo o
movimento eu hoje totaliza o direito à cidade com política pública então o terceiro portanto não é é preciso reintroduzir a ciência na práxis E aí o papel da ciência absolutamente importante e aqui nesse movimento entre o real eo possível é que o serve no método apenas opção vai construir o projeto do possível e impossível a este movimento do pensamento que o de febre vai chamar de pensamento ação o terceiro elemento é o prolongamento do pensamento de Max atualizando autor pia né o prolongamento por exemplo do debate sobre a produção ilumina para o século 20 com
papel da reprodução pulei fazer o sítio no período da industrialização até os anos 70 e 60 vivimos o momento da produção que estava o mundo associado ao desenvolvimento e ao crescimento da indústria a partir dos anos 60 nós estamos vivendo um momento da reprodução que o momento da sociedade da construção da sociedade Urbana que eu já vou explicar para vocês então e o que nessa prolongamento da obra do Marcos então o par dialético produção reprodução e é importante a relação teoria e prática importante a relação da virtualidade do projeto que aparecem Marques é importante porque
ele recebe vai construir este prolongamento do Max através da construção dos movimentos do método progressivo-regressivo e do método da transmissão então de macs ele vai preservar três elementos o Global a ideia de global né que na realidade a ideia de totalidade Em algum momento no livro o estado no Volume 4 do livro estado do Marques e do lefevre que ele vai dizer o seguinte a totalidade neste momento a obra O deletar é do final dos anos 70 ele é a totalidade agora ele assume a cara a face da mundialidade a crítica então primeiro elemento Global
segundo Element a crítica A negatividade tem um papel importante né e a ideia de projeto que inclui a crítica utópica um projeto de ação né uma análise que não se separa do possível e impossível né E que estimula o pensamento em direção a São todos os três elementos aparecem como Central no desdobramento e no prolongamento da obra do mais e a neste momento se com pronta ao confronto entre filosofia prática se esses parcelares né daí vai nascer a teoria social né é um projeto que Visa a totalidade social nessa articulação aonde o econômico e o
político ele se reúne através da crítica mas o pensamento crítico intera proliferam positivo por exemplo mundo a técnica desenvolvido não é ele envolve o irracional que ele envolve vive no né e ele envolve é uma totalidade dinâmica Mas então esse movimento encontra ele está voltado para o social num dos momentos do debate sobre a noção de cotidiano le service afirmar o olhar através do cotidiano né que é possível super água Economy que o político é atravessa a noção do cotidiano que se ilumina o plano do Social bom então o que prefere vai dizer que a
necessidade da América filosofia se situa além do Social a lei do político ele quer dizer além da crítica radical do Social e o político e introduzindo novos conceitos então na realidade quando ele entrou dos novos conceitos cotidiano Urbano EA produção do espaço É ele é ele é a realização desse movimento meta filosófico na realidade desvendando a realidade esse novo da realidade o quarto elemento é o que eu acabei de assinar lá para vocês que a noção de totalidade até a e a concepção de totalidade da sociedade ela une a sociedade humana e o homem Ele
é um quadro de referência a totalidade do sinalizando para vocês a relação entre a teoria EA prática e o que ele vai dizer é que a pontualidade e ela elaborada não contato com o concreto não é é isso os conceitos nascer da prática né E essa totalidade a concepção de totalidade ela da sociedade humana e do homem é dessa totalidade que ele tá falando ela tem o uso teórico e o uso prático né o que ele quer dizer com teórico com teórico ele quer dizer que E aí de novo aquele nosso desafio das ciências das
cestas parcelares a totalidade deve ser necessariamente uma orientação do método não é ele vai assim ai ia de conceitos mais algum conceito passa a ser Central que a conceito de totalidade porque ele universaliza teoria sem totalidade não a proliferar pensamento teórico e sem a totalidade eu vou explicar lamenta fragmentação de especialização ao risco da produção do dogmatismo e a noção tem e suas exigências ela tela para um pensamento ação que foi que os finalizei para vocês agora e ela orienta a investigação Então ela da universalidade ao processo e o ato de conhecer então ponto de
vista da prática a totalidade do ponto de vista da prática ela é para a sociedade um quadro de referência absolutamente central a totalidade cito o grupo Sem uma representação II sobre a totalidade social ao qual pertencemos nós não nos situamos nessa atualidade sem uma participação na totalidade social não há o grupo social não tem o estatuto de certeza é porque é um grupo social se situa numa totalidade a cotidianidade por exemplo não existiria Democracia para o de febre sem emoção totalidade porque ela citou o grupo ela da identidade para o grupo não é ela ela
propõe a exigência da totalidade proponho uma efetiva participação então sem exigência de totalidade tanto a teoria como a prática acabam sismo e ganhando acabam produzindo do batismo acabam produzindo ideologias então portanto a noção de totalidade e superando os cisões dispersões divisões passa a ser um ato inicial do a pesquisa é o que ele vai chamar de à vontade de totalidade né Então esse é o quarto momento ao qual me referi a como um movimento de método e o segundo. É urbano como como problemática não é só serve usa uma Tríade não é sobre a problemática
a relação da uma problemática a temática com o conceito ele produz uma Tríade com essas três com essas três situações a problemática e não é problema não é porque o que a gente vê é problemática igual problema a problemática por recebe o sentido do que é problemática ele fere é a sistematização de problemas não de um conhecimento adquirido é um modo característico da vida social na atualidade em seus horizontes e possibilidades e a problemática ela se formular ia na reunião na articulação teoria e prática colocando no centro a unidade do pensamento e do real da
forma e do conteúdo então podemos dizer que para ler serve uma problemática é um conjunto de problemas que se articulam apresentando esse presente e apontando para o novo o novo é o que centraliza o que dá sentido a noção de problemática Portanto ele tá falando é problemática Urbana Urbano é um gorro ele tá no horizonte é aquilo que se morre é a dialética entre o que existe e se move numa direção futura de novo a sociedade Urbana em parte real e parte virtual Essa é constitute a ideia é constitutiva da problemática Urbana ela é envolve
uma contradição a persistência e transformação O que é reveladora da ação da sociedade O que é novo requer um conceito que o explique que o splicit desvendando e localizando no plano da prática real essa como totalidade aberta então a problemática constrói-se sempre a partir de novas questões assim amplia-se e aprofunda-se e mostra novas articulações apresentando as determinações do momento histórico atual aquilo que determina a vida social a resposta é o cotidiano ele determina sua vida social a modernidade e se constitui anunciando uma nova problemática e a problemática Urbana O que é para ali febre de
ordem espacial o Nemo eu disse para vocês que o espaço passa a ser central e essa problemática se formula na prática e pode ser descrita e vários livros por exemplo da arquitetura do urbanismo da vida cotidiana dos percursos não é urbano como Horizonte revelam a universalidade do fenômeno bem como a sua orientação Qual é a sua orientação a Constituição de uma sociedade que é Urbana O que quer dizer mais ou vivemos o mundo humano porque é a população urbana hoje tem ultrapassar a população rural nós vemos uma sociedade urbana porque os valores porque essa sociedade
a sua loja se constitui enquanto sociedade Urbano bom então é esse Urbano relé vela uma prática nova e essa prática nova do urbano é Global ela é Mundial tanto histórica como social com sua problemática Qual é a problemática do Urban é ser espacial seu conteúdo a ser espacial não é produzido novas relações não é encontrado um novo Esse é o desafio unifev cito o novo nesse plano complexo não é através do regressivo-progressivo o que que é o novo em relação ao que era o passado o que se nou revela do que é como é que
ele transcende o que é ele como é que ele se projeta para o outro para outra coisa não é Então olha que vai apontar a construção de uma sociedade que é Urbana com o marca do nosso tempo ao mesmo tempo que anuncia o projeto de realização do futuro dessa sociedade então esse Marco e esse é o passado que se lê na no regressivo e o futuro que se lê na transacção estão encontram no presente um nódulo de articulação é o método comporta assim o movimento do presente para o passado e do presente para o futuro
e seu processo de transformação e o presente se define como um momento crítico nós vamos encontrar urbano no momento crítico Urbano surge da crise onde ela vai dizer seguir é engraçado falar não falava engraçado ele não usa mas ele vó como falar que existe hoje uma crise Urbana Se Urbano nasce da crise vai então fica complicado dizer que nós vamos aqueles urbanas Urbano por ele próprio nasceu de uma crise tá preciso estabelecer de crise não são os falamos então presença e definir como momento crítico Urbano o anuncio uma crise um momento de ruptura anunciado pelo
processo de implosão e explosão da cidade que é datada ela é produto da industrialização ela marca um momento da produção no momento do processo de produção é o método dialético concebe a história como totalidade a práxis como cotidiana é o método liga e articula os conceitos e ele avança na direção de pensar esse novo Oi e essa problemática da qual eu estou falando para vocês uma crítica radical rompe na obra lefevre Ana com a tradição cartesiana penso logo existo e o que isso tem a ver com o que nós estamos pensando hoje isso é muito
importante penso logo existe essa ideia do que significa dizer o seguinte que entre o pensamento e o certo ele se confunde pensamento é igual a ser que a mesma coisa e traduzido para o momento que nós somos devedores a realidade é igual pensamento na realidade a prática é igual teoria elas não se distinguem não se relaciona elas são a mesma coisa um exemplo prático disso da pesquisa urbana é dizer que os movimentos sociais se são portadores da Verdade e quando nós dizemos que os movimentos sociais são portadores da Verdade significa dizer que eles são portadores
do conhecimento sobre o mundo bom Então nesse sentido o conflito jamais se transforma e se pode ser lido como contradição porque entre o conflito EA compreensão do conflito e daquilo que explícito o conflito que a contradição não se realiza então por exemplo os movimentos sociais e parte deles a discutir o direito à cidade mas ao mesmo tempo discutir a função social da propriedade o direito à cidade é o outro da propriedade ele requer com o fim da propriedade o fim da propriedade só pode ser posto como movimento que ao analisar os conflitos que movem o
mundo encontram aquilo que explicam esses conflitos eles vivem a privação total e essa privação tem sua seu ponto de fundamento naquilo que fundamenta e se desdobra se realizando o tempo todo sobre o capitalismo a concentração da propriedade privada da riqueza nas mãos de uma classe social que orientam as políticas públicas que produzem a cidade o Mack então a e a mediações entre o ser e o pensamento eles não são a mesma coisa os movimentos sociais são a consciência dessa contradição a consciência da desigualdade EA voz que vai mover o projeto de futuro mas não elimina
o ato teórico que produz uma compreensão sobre o mundo um pensamento que descobre não é então o conhecimento tem um duplo estatuto ele tem um estatuto social Isto é eles se voltam para a compreensão da práxis e ele é teórico e ele se volta para a compreensão para elaboração de uma crítica radical deste mundo que nós vivemos atravessa da Moção como eu já disse para vocês totalidade E aí nos permite pensar que o Max não previu que as relações capitalistas EA burguesia como classe social sobreviveriam ao afundamento do capitalismo da livre concorrência ele concebia a
elasticidade EA capacidade de habitação de adaptação dessas dessas relações uma vez que a modalidade Inclusive a usar o termo modalidade e esboçou um outro momento Então significa dizer o seguinte Ball aonde e como o processo de reprodução continua se realizando superando suas crises de acumulação e não passagem do século 19 para o século 20 é possível perceber o modo como a modernidade o sentido da modernidade vai moldar e transformar radicalmente o mundo é possível dizer alguns até dizem eu entre elas que ela aqui a modernidade tem um lugar e uma data de surgimento ela surgiu
em Paris ela surgiu na segunda metade do século 19 ela aparece com modelo er que a primeira pessoa a usar o termo modernidade e ela se gesta exatamente no momento de profunda transformação da cidade de Paris on e o que acontecia nesse momento nesse momento a cidade de Paris explodia e era preciso normatizar aquele espaço era preciso abrir o espaço era preciso acabar com qualquer possibilidade dos espaços fechados passíveis de se criarem as barricadas que poderiam convulsionar aparição o que o osso mano o prefeito fez foi exatamente através de um projeto de planejar o espaço
abrir para a cidade neste momento que é que o poeta encontra ele encontra uma cidade que ele é estranha ele encontra uma cidade cujo período e lapso de transformação deixou mudou e de sentido o que antes demorava gerações para se transformar passou se transformar rapidamente o que nós vemos hoje é que cada vez mais o lapso de tempo da transformação urbana é menor cada vez mais a cidade se transforma rapidamente o processo de transformação da cidade ele é autofágico ele vai se destruindo era e não é mais não é É disso que é esse o
movimento da modernidade e a gente vai ver isso na obra de arte suave isso na música e depois vai ver na pintura e depois vai ver isso no plano da se e começa a la poesia mas não é só esse momento da segunda metade do século 2019 Desculpe é um momento de grande comoção é o momento desse estabelecimento da modernidade e ela se estabelece isso é absolutamente Central É porque ela se estabelece com um momento de abstração a modernidade nos impõe a todos o movimento de abstração que o Max trabalhou que o recebe vai aprofundar
por séculos para o século 20 nós vivemos essa abstração nós vivemos a perda de todos os referenciais vindos da história os referenciais vindos da história sedimenta vão produziam a identidade que sustenta a memória não é esse novo que vai aparecer é o novo que vai destruir esses referenciais não é bom então a problemática Urbana ela vai aparecer esse novo como a construção da sociedade Urbana vai aparecer nesse movimento nesse processo de transformação em direção a este novo que se estabelece este novo vai colocar novas contradições dentre elas daqui a pouco vou falar sobre o tecido
Urbano dentre elas ela vai criar a produção a contradição entre o que é centro que é periferia a implosão e explosão da cidade nos encaminha a construção de uma nova contradição o espaço o que é contradição centro-periferia não é que supera a contradição Cidade Campo contradição cidade de Campo Verde da história se constitui através da história esse referencial se perde a partir de agora a produção a contradição que vai mediar o processo de produção é essa relação contraditória entre o que é o centro que a periferia e o que é importante é que este momento
revela algo absolutamente Central e aqui vai se esboçar a realidade Urbana ela vai definir uma época Essa realidade Urbana esse novo não é que o lecev a ponta situa uma ruptura No processo histórico e essa ruptura do processo histórico significa dizer que é uma passagem da historicidade a espacialidade e a história deixou de dar os elementos referenciais para a sociedade e agora elas veem do espaço esse movimento é Central A um movimento de passagem à modernidade propõe esse movimento não é daí a ideia do poder e das transformações da Paris do modo como se os
referenciais vão afundando né vão se explodindo bom então esse movimento da espacialidade para a historicidade para especialidade produz um movimento do método e a dialetica do tempo dá lugar a dialética do espaço o nosso movimento da realidade da espacialidade da historicidade espacialidade e regar o movimento da dialética da hidrelétrica do tempo para dialética do espaço bom então a problemática vai se construir com essas novas questões a modernidade anuncia a problemática Urbana né que é de ordem espacial esse espaço que passa a ter centralidade no movimento do pensamento Urbano como Horizonte revela a universalidade do fenômeno
bem como a sua orientação e o fato de que a problemática Urbana a ponto conteúdo da realização na vida Uma nova prática Global não é se revela agora a encontrar portanto novo levo lecev a encontrar não é esses movimentos e esses processos de ruptura não é é aqui vão anunciar Urbano como problemática a a b eu fui à frente é a ideia agora é tens a então Urbano e se revela no movimento contraditório do processo da história como novo ele coloca lá os problemas para o pesquisador e portanto que o refere-se de para como é
que ele a pergunta que muitos fizeram para ele é porque você um filósofo vai estudar Urbana ele tava estudando a vida cotidiana o primeiro volume tá data de 1949 aonde cotidiano ainda não estava produzido mas que cujos traços era possível perceber a um movimento na coleção dos quatro livros que eles querem sobre a vida cotidiana bom então se a vida e-social se transforma não é o filósofo que que pensa filosofia articulado o no chamado mundo esta filosófico se vê diante de novos problemas E aí então portanto Urbano A Cidade Urbana aparece vai preocupação na obra
do Leifert com uma determinação do pensamento porque a realidade se transformava em algumas entrevistas do lefevre são bastante interessantes ele deu uma uma entrevista nos anos 80 para revista vilão para a lenda A Lenda estabilizam para a Lele e a maioria da geografia Francesa e perguntaram o Óbvio para ele vocês para quem ler o letal nem me crise também pergunto para ele a mesma coisa porque é que você foi discutir Urbano mas o levita palavra lele a a resposta é mais interessante porque ele quis mostrar para o joga ele tava em confronto com coxa forma
que se dizia comunista ele queria brigar com força pode ser ó eu vou responder essa pergunta sendo marxista a inspeção a expressão é o Marxismo não é que a gente pode traduzir por como marxista vez assim olha aqui e nós estamos diante da criação do dar o da tarde é uma expressão né de até o que quer dizer notar o dá pra é uma delegação interministerial do da organização do território deles assim o nascimento dos da tá na França sinalizou na seguinte a direção à prática espacial agora precisa ser planejada e o da tá surgiu
para planejar essa realidade então ponto de partida ele disse assim para analisar Urbano não foi nem a geografia Cláudia tá discutindo com jovem EA geografia nem a sociologia e nem a filosofia é um ponto de partida foi a nova prática social e política o que ele estava presenciando serão Max ele vai dizer assim o método de análise parte da prática social e a o conhecimento não é uma série de suposições de postulados ou afirmações dogmática antes de tudo o que se passa que ele vai dizer Olha eu tô eu moro numa ré que era o
centro da Cidade francesa aqui aonde tá o bobo e e uma grande parte da das que não gostam urbanas que acabam com tudo que destruiu aquilo valorizou espaço trouxe outras pessoas para lá né e ele também Coitado era de morrer ex e ao lado da cidade onde ele vivia né acessar vão se construindo as cidades novas francesas E ele disse assim eu subi amor na caixa d'água para ver a cidade e como eu sou filósofo ninguém me achava louco porque o filósofo faz essas coisas mesmo sente observa elas assim eu não tem que dar explicação
para tudo aquilo que eu tava vendo Então o dinheiro de uma nova prática o novo conceito tinha que surgir Urbano suja exatamente no Nascimento o processo e vai ser a senhora os anos 60 que é quando ele começa a falar sobre a cidade a evolução Urbana foi publicada esquecer em 70 o direito à cidade foi publicado em 68 Portanto o o sei que não prata esqueci do o conto os tecnocratas que foi publicado antes disso também nos anos 60 então em nos anos 60 e o universo da obra do recebe vai vai trazer a cidade
pela sua reflexão né os anos 70 ele vai dizer assim tem algo de extraordinário a revolução fracassou nós tivemos duas guerras a Segunda Guerra provocou uma Sacre algo se passou na Rússia não é mas que acabou o stalinismo a evolução política fracassou na União Soviética a reconstrução da Europa terminou com dinheiro americano você sabe disso né até você havia um vazio em seguida o aparecimento de uma nova a guria social os tecnocratas daí aquele livro Os tecnólogos contra os tecnocratas o mundo da mercadoria continua ele tornou-se Mundial como mercado mundial a instauração posterior do capitalismo
industrial o mercado mundial ganha uma força enorme e pesa sobre os países socialistas e por outro lado existe uma verdadeira revolução tecnológica não é assim a toda uma revira-volta mas a ideologia oculta essa reviravolta ele vai dizer a ideologia que vai ocultar essa reviravolta o estruturalismo e vocês também vão encontrar ao longo de Toda obra do recebe uma profunda critica os estudar lista que é um tipo de falsa consciência desconhecimento do que se passa ele vai ser o seguinte Olha isso tudo é acompanhado de um acelerado processo de industrialização que produziu uma urbanização e essa
industrialização que produziu uma urbanização fez a cidade explodir e o centro implodir então portanto é um processo crítico e se do que o Ele tá trabalhando ele vai dizer assim antes e o capitalismo se apoderou da Agricultura a reforma agrária Mas a partir dos anos 60 a cidade histórica começa a ser reproduzida começa a ser remodo lada e outras novas Produções urbanas aparecem né Aí ele cita exatamente a explosão da cidade histórica Fares como cidade histórica explodiu o deixou dizer perdeu o sentido quando a gente anda pelas cidades turísticas o que a gente vê um
grande calça calçadão não importa em que país da Europa você está todos os causadores são iguais todos trazem as mesmas lojas ver todos é tudo igual e aí como é que é a vida cotidiana tudo aquilo que existia do pequeno comércio que reunir não existe mais e ele se destrói como em São Paulo começa o se destrói nas no nos bairros e processo de transformação né e o leque vai ser seguido de bom aí nesse momento o espaço e urbano são fenômenos novos para o Marxismo porque o Marxismo e os investigadores Marques estavam preocupados e
discutir a produção e me discutiram um da mercadoria e discutir como é que essa produção se realizava e não deixar o âmbito do no processo de produção ele diz assim não quer dizer que essas pessoas estivessem erradas e ele vai se teste deciframento e o castells e o preto e série nenhum geógrafo dos sociólogos ele vai assim não quer dizer que eles estejam errados mas quer dizer que o que eles estão falando é insuficiente a renda da terra é importante mas ela é insuficiente para revelar o mundo que nós estamos vivendo né então daí a
ideia de que é preciso pensar em quais são os novos conceitos e como é que ele ia pensar essa realidade que segundo ele aparecia e se estabelecia com uma brutalidade incrível era uma brutalidade o processo de explosão da cidade era uma brutalidade o que ele vai chamar de instauração do cotidiano hum hum mas comprou da história o que existia era a vida cotidiana o cotidiano é um produto da história do movimento do processo de produção né então a então ele disse o seguinte então o espaço começou a ser tratado em grandes dimensões o que o
da tá Fazia era organizar França é Mas se a gente lembrar do que o os geógrafos falavam e escreviam nesses anos 60 e 70 França o rosto é entre eles era pensar o seguinte olha Paris guarda uma imensa concentração de tudo no território no de território francês então é preciso rearranjar o espaço e eles construíram as metas conforme equilibradas E aí foi construída para descentralizar a a a riqueza EA concentração tudo em Paris eles criaram várias metrópoles me lembro de Lyon Lila e bordou criar alguma estrada para tentar ou então o que acontece o seguinte
o planejamento toma o espaço e começa a trabalhar esse processo então a modalidade vai produzido um espaço que é funcional bom então é um processo de refuncionalização do espaço Então vamos moderno se define pelo processo de abstração isso é central da o debate sobre a cidade envolve o debate sobre a produção da da abstração e a cidade passa a ser ameaçada pelo urbanismo racional pelo planejamento do espaço não é essa é uma ameaça na cidade ele vai dizer o habitar é obra e ele se transforma a outra coisa não vou entrar nisso porque o tema
que o professor Rafael vai trabalhar com vocês então na segunda metade do século 20 né a cidade histórica se transforma se expande e vai incorporar novos espaços usamos 70 apontam para uma mudança no sentido da história não se reconhece mais os traços da historicidade pois as histórias particulares se realizam a o seio do Mundial que se anuncia o mundial passa a ser o ponto de partida eo ponto de chegada não é ele acentua o possível e não real usamos 70 são os anos Aonde ele está produzindo o livro a produção do espaço o urbano então
ele vai aparecer Enquanto essa realidade que se assina com esse processo Global com essa mundialização anunciada então Urbano não se define como a morfologia Urbana ou não se define como a cidade mais urbanos se define como uma sociedade com novos com novos conteúdos né e ele disse que esse processo de Constituição do urbano vai encontrar no plano da cidade né o fato de que a produção do espaço vai colocar em choque e não é o valor de uso e valor de troca a cidade historicamente se constitui como obra da civilização civilizatória como obra da humanidade
portanto enquanto uso o capitalismo vai tornar este uso em valor de uso na dialética contraditória do valor de troca Então se planeja cidade visando a realização do processo de reprodução do processo de acumulação com a modernidade aparece nessa direção processo de industrialização ao destruir a cidade implantou a lógica da reprodução do capital a essa lógica sim planta de cima para baixo Oi e o conflito não pode ser evitado aqui é o conflito entre a cidade pensada enquanto uso e a cidade pensava encontrá-los de troca esse conflito inevitável e o conflito entre a permanência EA transformação
total e esse outro conflito também importante e fundamentalmente o conflito entre forças homogeneizantes e forças diferenciadas com isso ele quer dizer que a forças produtoras desse mundo dessa realidade na realidade alianças políticas que produzem o espaço como homogêneo o espaço sobre a lógica do capital e as forças diferenciadoras as forças sociais em luta contra essa produção hegemônica do espaço sobre a loja do Capital então não Urbano esses confrontos se realizam né é eu Urbano é o lugar né deste confronto por isso é que o conflito não pode ser evitado bom então Portanto o espaço começa
a se colocar com uma questão importante E aí se anuncia o ponto crítico o estado crítico e esse estado crítico que se anuncia é o momento de ruptura que eu finalizei para vocês agora há pouco que é o fato de que do ponto de vista metodológico a obra do Mar durante febre e eu acho que o chave do meu ponto de vista de novo a minha leitura a chave para discutir esse movimento é o capítulo 1 do direito à cidade o capítulo do direito à cidade cidalisa na direção de que a o trabalho dele o
debate dele sobre Urbano se realiza através do que eu tô chamando metodologicamente de uma inversão o que que eu tô querendo dizer com essa coisa da inversão e do ponto de vista da inversão O que significa é o seguinte e o processo de industrialização ao se desenvolver produziu um processo de urbanização esse processo de urbanização destruiu a cidade construiu uma outra coisa a cidade industrial e nesse sentido a cidade industrial foi induzida pelo processo de industrialização então precisa discutir nos anos 70 Era exatamente isso como é que o processo de industrialização havia produzido uma urbanização
o que mulher vai fazer e inverter o seu você vai dizer o seguinte olha e no movimento do método do quantitativo que se torna qualitativo é possível pensar aqui o processo de industrialização produziu o mundo da mercadoria já assinalado por Marques o século 19 esse mundo da mercadoria se expandiu e o processo portanto saiu do âmbito do do processo de produção ele saiu da indústria para tomar a cidade incorporou a cidade ao processo de reprodução e se neste momento está quantidade mudou a qualidade do processo e esta urbanização que era induzida pela indústria se tornou
indutora de uma outra realidade da Constituição de uma sociedade Urbana Então o que acontece nesse momento a na XIII FL inverter os termos porque porque ele tá trabalhando com uma realidade que empate real empate virtual e essa realidade era empate o produto da industrialização e impacta ela estava sinalizando para outra coisa o mundo que era Urbano então do ponto de vista do método é possível e eu analisando como a realização de uma inversão isso tá minha leitura fundamentalmente no primeiro Capítulo do direito à cidade que eu acho que é o capítulo Central para pensar o
que tá como é que ele vai dizer chamar análise está melhor mais claro o momento que eu esqueci agora qual é que Capítulo da revolução urbana bom então o que que nossa eu vou tentar explicar essa confusão bom então quê que nós temos Urbano portanto nasce desse momento crítico em que a industrialização tomou a cidade e produzir outra coisa produziu uma uma industrialização produziu uma cidade industrial né destruir os nós o laço a cidade histórica para produzir uma outra coisa não é centralizou comércio e Indústria de um outro a indústria tá lá fora da cidade
centralizou o dinheiro os bancos de um outro jeito então a sociedade Industrial que vai implicar numa urbanização faz com que a problemática se desloc o dom da industrialização geradora da urbanização para a problemática Urbana Ok Deu para entender então ela tá fazendo ele tá fazendo esse deslocamento a era Industrial tô sem dois séculos não é muitos conteúdos enormes mudanças trouxe contradições mas ela produziu a explosão da cidade o portal por Urbano passa de designar não mais a vida na cidade tá aí a separação dos conceitos mas ele passa a designar aquilo que surge da esposa
bom então hoje em dia se usa o termo inclusão a explosão para qualquer para qualquer coisa não o termo a noção de implosão e explosão ela diz respeito ao momento histórico crítico de produção de uma cidade industrial de uma organização né que foram Sociedade do céu decorrente do movimento industrialização Hoje não tem mais inclusao explosão cidade já explodiu essa realidade já tá posta hoje é outra coisa né então o que que você nós temos um Urbano né esse Urbano moderno ele suja exatamente urbanos se define neste momento né e é você definido esse momento é
que ele vai dizer que ele se define a crise então revolução urbana é uma mudança radical analisada principalmente na segunda metade do século e aqui aparece como o dever dessa sociedade ela também é o devia a sociedade Urbana bom então a problemática Urbana se desloca e modifica profundamente a problemática saída da industrialização constituindo portanto um salto qualitativo Então ela se abra em direção a outra coisa né então que nós temos aqui esse salto qualitativo é o salto qualitativo nas Forças produtivas né até então nós estamos diante de uma produção clássica de mercadorias o fogo já
mesa cadeira a partir de agora o desenvolvimento das forças produtivas começa a produzir o espaço começa a produzir da cidade então para o Max para o Marxismo o espaço não era uma preocupação porque como eu já disse para vocês eles tavam voltado ao mercado de trabalho a outra lá o processo de trabalho presos aquela ideia sistematizada de modo de produção é então que o leque ela vai dizer aqui portanto aquela produção capitalista gerou um fenômeno de reprodução daí a ideia de desse movimento que vai da produção para reprodução Então o que nós temos é que
neste momento a uma subversão né dos termos a serem analisados que o espaço ganhou centralidade e se você e esse espaço ele não é mas não veio da história esse espaço foi produzido pelo movimento de impulsão explosão a Inês se momento né o cotidiano Urbano espaço começam a se acione na Marise né bom então esse movimento da eu já nem sei mais onde eu tô aqui não montou o que voltar eu não sei como é que não acho que assim então esse movimento de inclusão o explosão é do meu ponto de vista propõe essa inversão
de que eu estava falando para vocês agora né o movimento de transformação da industrialização quem não é mais induzida pela indústria Mas pelo próprio Urbano Então essa intenção enxergar ela pelo método dialético o mar e essa inversão não é ela ela passa ele está associado ao movimento de reprodução do Capital a industrialização e urbanização faz a cidade explodir a cidade perde os laços com época anterior ela perde o sentido de as pessoas perde o sentido de pertencimento a cidade passa povoada de signos não as símbolos os símbolos tem um conteúdo histórico o signus dá ordens
não é a cidade é cheia de signos beba coca-cola compre um Volkswagen Não não é mais Volkswagen é compra sei lá um carro qualquer aqui ó Tá certo compre Vá ao cinema assista tal coisa os verbos são todos no imperativo a cidade é ela nos dá ordens não é a periferia se e a periferia Explode a um crescimento real do tecido Urbano né o tecido Urbano helices praia né o tecido Urbano se prolifere e o tecido com o tecido Urbano né aparecem novas ordens né a vida social se vai se transformando e mais um modo
de vida segundo le service Utah na escrita nos anos 70 comporta o sistema de objetos urbanos né que acontece nessa extensão e constatava extensão tecido Urbano objetos urbanos água eletricidade gasolina carro televisão imobiliário serviços novos e com tempo um sistema de valores lazer costumes modos de vida na cidade não é e também novas preocupações com a segurança exigência de previsão contra o futuro não é tudo isso é uma racionalidade de fundida pela cidade então portanto um novo sistema de valores né com adoção das modas de um novo costume de novas preocupações novas representações então termo
Urbano designaria um pro um exemplo a onde se desenvolve a modernidade EA cotidianidade no mundo moderno né Então essa produção vai ampliar o domínio da mercadoria não é estendendo o seu poder para todo o território e não dando e redefinindo as relações sociais desse modo Urbano assento Aria o território é inundado redefinido por essa por essa nova lógica ele aceitou Aria produção do cotidiano não é que fugiria do trivial e ganharíamos sentido do contexto da reprodução é no cotidiano que a reprodução do Capital acontece é no espaço que é que a reprodução acontece e esse
espaço vai ser tanto quanto o cotidiano tratado com muito cuidado porque ele é o lugar dessa nova representação Não é esse novo esse novo Urbano apareceria como resultado do mundo das mercadorias como um programa do capitalismo como uma organização da vida cotidiana tornava cotidiana pelo desenvolvimento da sociedade do consumo nesse modo o capitalismo no curso da sua realização da sua reprodução ele se transforma e transforma o mundo ao seu redor né ou produz o seu mundo né e produz o cotidiano e nós estamos nesse cotidiano o e portanto a análise do cotidiano também revela uma
relação espaço-tempo o espaço invadido pela racionalidade do trabalho né desculpe o tempo invadido pela racionalidade trabalho cotidiano construído pela racionalidade do trabalho a expansão do processo de reprodução tomando todos os momentos da vida não é então portanto essa esse movimento de explosão explosão e implosão e explosão da cidade produziriam seria um elo momento central da Constituição desse novo momento né dessa inflexão né que nós estamos vivendo então é desse movimento da industrialização que produz a organização da organização que produz um novo momento da organização é que é esse processo de articulação entre produção e produção
se realizam não é num outro patamar né então o processo de reprodução o século 20 na segunda metade do século 20 se propõe e aparece na sua orientação de sociedade Urbana daí a e a formulação na revolução urbana da hipótese estratégica dos 100 porcento de urbanização né ele vai dizer o seguinte Olha o que tá como possível para Essa sociedade aquela que se transforme e sociedade completamente Urbana né como ele tá trabalhando com atraso opção ele tem hipótese console hipóteses estratégicas E aí pode estratégica eu que sinaliza para o futuro então o que tá apontando
para o futuro neste momento a construção de uma sociedade urbana é isso que tá no horizonte da cidade que tá da cidade que tá explodindo né então é o capitalismo se realizando reproduzir em duas que ela só sociais muito a lei da reprodução da mercadoria da mercadoria caso o mesmo não é bom então já falei demais eu achei que eu tinha pouca coisa mas eu tenho muita coisa então vou tentar resumir o bom então esse novo não é que é o que que importa nesse momento é exatamente o futuro e Essa sociedade e quando sociedade
Urbana não é a Então essa sociedade nascida da industrialização aparece como negativo portanto a cidade industrial como negativa na cidade história e é a cidade da da da da superação da industrialização aparece como negativo desse outro momento né não quer dizer que esse momento seja linearidades mas é um momentos possíveis dessa transformação o que aparece como um novo conteúdo organização né sair do processo de industrialização é o fato de que a e esse processo com qual nos deparamos hoje aqui aparece na realidade que ganha concretude é e que se domina denomina como a sociedade pós-industrial
na realidade encobre a ideia de que se trata de uma outra coisa que não é pós indústria mas que foi engendrado pela indústria num salto gigantesco entre a industrialização que produzir a urbanização que surge da industrialização e a urbanização que surge como superação da organização induzida pela indústria não é então ele vai dizer o seguinte Olha esse nesse novo momento né Nós temos uma nova produção e aqui neste movimento é que a produção do espaço ganha centralidade né E que a produção de espaço aparece como terceiro termo da relação entre cotidiano e urbano se trata
da produção do cotidiano e de um modo de e agora a produção espacial revela o cotidiano e urbano se revelam na produção espacial então novo conteúdo deste Urbano é o fato de que isso está posto a Anna revolução no livro a revolução urbana e olhar vai ter o seguinte a parte está mais desenvolvida na obra dele nos volumes do estado e vai ser o sítio a partir de agora a produção clássica do modo de produção capitalista da produção de mercadorias é superada ele vai ser se não quer dizer que a indústria perdeu o sentido não
quer dizer que não Se Produza mais cadeiras mas quer dizer que agora se produz para uma outra coisa agora se produz o espaço né então é nesse movimento que o espaço aparece como segundo setor da economia o espaço passa a ser o setor produtivo de como então quando a gente pensa hoje como é que o capital financeiro se realiza uma parte dele desconectada e autonomizado do processo de produção está girando no mercado está sendo especulado mas a outra parte está sendo aplicada e portanto essa aplicação se dá na produção do espaço lá então as renovações
urbanas são a ponta moderna desse processo né então portanto nesses novos conteúdos da e da urbanização está uma sociedade que deixou de ser Industrial que superou é Industrial não é e que agora está voltada para um novo para a produção de uma sociedade que é Urbana para um cotidiano que se instala de forma cada vez mais mas violento não é que impondo o cotidiano como reprodução e nós vivemos todos esse processo de reprodução mas não é um momento em que nós nos deparamos com o fato de que a cidade que era definida e que tinha
por conteúdo a centralidade se entra numa dialética entra centralidade a dispersão né a sua cidade explodida ela ela vai se transformando então é preciso portanto nós temos como Desafio em contra é o novo nessa cidade e agora se pode ser lido e é como eu leio na passagem da hegemonia do capital e do seu para o capital financeiro mas é esse movimento que propõe um novo processo um novo momento da produção né bom então como eu já disse para vocês o que que nós temos no movimento entre teoria e prática no movimento entre realidade virtualidade
a sociedade Urbana se coloca nesta fase a sociedade Urbana empate Real em parte virtual o que que ela contempla na sua vida qualidade ela contempla na sua virtualidade a possibilidade da superação das contradições que impedem humano de se realizar e por exemplo o que impede humano de se realizar a Vitória o que o recebe chama da vitória do valor de trocas o valor de uso a cidade produzida sob a lógica da reprodução da lógica da acumulação do Capital por quê Porque ela se impõe ao uso e ela sim pô E como privação da vida ela
se impor como privação do ano bom então portanto e o que aparece como Possibilidade é aquilo que superam essas contradições entre aquilo que impede esse humano de ser usar aquilo que aparece como o outro do Mano aquilo que aparece como A negação do humano na compra a partir do que o Leifert vai dizer que existe um movimento de produção de um novo humanismo de como é que esse homem pode se realizar Quais são os atos Quais são as aos atos que levam essa realização e quais são as barreiras que impedem a sua realização o BC
Urbano ele se move pelas contradições as contas missões do processo de produção do espaço vão aparecer como contradições que vão estar no fundamento daquilo que aparece no banco como conflito o que nós temos hoje é os movimentos sociais explodindo Urbano e sinalizando na direção que esse urbanos se faz ou se realiza hoje como lugar da não vida né com um lugar para a privação como lugar do não Urbano como lugar vai expulsão na vida na cidade como a degradação da vida não é e aqui tudo aqui com o cotidiano como mundo de margens como cotidiano
como como a possibilidade de realização dos processos de reprodução quando eu falo em cotidiano e vida cotidiana eu vou esclarecer Talvez isso fica uma fique complicado é possível levar uma mulher fev há uma separação entre o sentido da vida cotidiana e o que é o cotidiano como cotidiano é claro que ele vai dizer a tese dele um debate sobre cotidiano é o seguinte ele vai ser o seguinte Olha o cotidiano o que existe é a vida cotidiana e o modo como o ciclo da vida o tempo cíclico da natureza vai criando essa vida cotidiana nas
relação entre os momentos de lazer os momentos do trabalho momento da vida privada num único espaço articulável a partir do momento em que todo o processo de reprodução a vida privada a vida do trabalho a vida do lazer não é da mamãe que cada momento desta vida for invadido pelo mundo da mercadoria e subsumida sua lógica e essa vida cotidiana Assis boa e o que nós temos é a produção de um cotidiano traz o sítio não precisamos mais de armas porque o cotidiano de armas para dizer olha consuma isso aquilo né Vamos a reorganizar a
vida e função do processo de produção toda a menina que o cotidiano essa história de cima para baixo e não precisa mais de armas porque o cotidiano produziu uma outra cabeça o cotidiano produz uma Norma o cotidiano produz uma moda e nós somos invadidos por essa lógica do cotidiano e toda a nossa vida gira em torno disso ela aparece como repetição ela aparece como distribuição de tarefas mas o cotidiano nada mais é do que o lugar aonde a o mundo da mercadoria começa a se realizar então cada ato da nossa vida passa pelo universo do
mundo da minha casa cada ato não aquilo que se choca o processo Então se de um lado existe o cotidiano como o maior para a produção da história uma produção do desenvolvimento do processo de reprodução subsumindo todos os momentos da vida a mercadoria e nós temos aquilo que se bate Contra esse processo mas o que se bate aquilo que tem conflito porque por exemplo mundo capitalista reprodução produziu turismo com mercadoria não é produzir os pacotes turísticos e as pessoas que têm consciência diz assim não eu não vou entrar no universo tudo isso que eu sei
que isso daí é uma Mercado Livre então vou fazer turismo Ecológico sob o turismo Ecológico com uma outra cara é a mesma coisa é a mesma lógica do Turismo escancaradamente mercadoria Ah tá certo bom então o que se confronta aí essa reprodução é ação que questiona o processo de reprodução não é é o seu outro é um negativo desse processo né então o que acontece Aqui Esta instauração do cotidiano instauração do urbanos e o processo de produção do espaço eles vêm acompanhado e ele se realizam através do processo de produção do espaço através das contradições
do espaço então portanto os acessos aos usos do espaço vem acompanhado do acesso ao mercado então o outro disso é A negação dos fundamentos que produzem essa reprodução Então o que nós temos é que portanto nesta nessa realidade subsumida ao processo de produção nessa realidade normatizada né nesse mundo de opressão que nós vivemos que é o uso da mercadoria a mercadoria não e há sempre alguma coisa que foge e o que foge é exatamente aquilo que aparece com um conflito questionando o mundo a mercadoria questionando a lógica do processo de produção do ponto de vista
do que é o Central que a produção o novo que a produção da sociedade urbana o direito à cidade ele é aparece como uma mediação o direito à cidade ele aparece como um questionamento dessa lógica de Olha que não existe direito à cidade porque tudo está subsumido a mercadoria então é preciso produzir a cidade dentro de uma outra lógica aquela que não é analógica lá na troca do mercado da realização do valor de troca e do lucro mas que seja a realização da vida urbana na cidade essa realização da vida urbana na cidade passa pela
construção de um A Júlia vai chamar de produção de uma sociedade Urbana como outro do que ela é hoje então o direito à cidade ele apaga e seria exatamente como outro disso o outro do valor de troca por tanto uso o o uso da propriedade portanto como o reino da população o osso da Necessidade portanto como o reino do desejo então o direito à cidade seria uma um projeto utópico E realizável no momento de hoje mas que compondo o projeto do possível e impossível não é impossível hoje mais sinalizando orientando a construção de um projeto
de transformação desta sociedade que nós temos aqui então o direito à cidade faz parte de um projeto utópico de cunho e conteúdo revolucionário e quando ele vira política pública eles ideologia Isa então na obra adolescente o direito à cidade tal qual proposto e construído na hora do lefevre é um projeto revolucionário e o próprio e nesse sentido o direito à cidade e projeta um pensamento ação para o futuro uma sociedade Urbana outra e no plano teórico ele propõe um outro processo que faz uma crítica ao planejamento uma crítica política do estado uma crítica o capital
e o bem sair de diz o seguinte que é preciso pensar numa outra civilização aqui acima do Capital que questiona o capital porque nós vivemos um processo civilizatório por dentro do capital e nada se projeta fora desse projeto capitalista bom então aí só esteja capitalista ela vai longe e é preciso criar uma estratégia que a que a que se confronte a ela uma das estratégias evidentes da produção do capitalismo EA produção do que observa chamado o campo cego o campo cego é tudo aquilo que nos impede de ver essa realidade enxergava as suas contradições no
campo cego por exemplo pessoal direito à cidade como política pública é o que o recebe está propondo para finalizar é a construção de um projeto possível impossível portanto através do projeto possível impossível que surge no movimento da transacção ele tá prolongando a Utopia do Max que aparece no mar como tendência e ele suja exatamente no momento em que pensa o projeto para o futuro um projeto tópico e que vai encontrar algumas das obras né como um projeto político não é o projeto poético lecev coloca a práxis como o vento importante da prática e da realização
do humano mas ele disse que tem algo né que a essa prática se liga um outro momento que o momento da poiesis que ele vai pegar dos gregos que a ideia de que a poética é o modo pela qual é possível se ver a cidade então quer dizer o seguinte que o ato criativo do homem que se apropria a cidade e que a produz como obra humana constituiria um projeto político maçã política e essa poética ela superaria práxis essa poética significaria pensar um projeto que permitiria a repensar o habitava o modo como se habilita a
cidade como um ato criativo como um ato em que o homem se encontra com a cidade e como ato que a que se contraponha ao mundo da abstração que nós vivemos hoje bom então portanto a revolução urbana não é a ideia de revolução urbana como uma realidade uma virtualidade como um projeto não é que contempla o que ajuda a pensar o mundo moderno aparece com uma atualidade hoje importante da obra do lhe serve que eu tentei mostrar aqui para vocês o
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