Divertida Mente | Christian Dunker | Desejo em Cena

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Christian Dunker
Divertida Mente | Christian Dunker | Desejo em Cena No #DesejoEmCena especial de hoje, Divertida Me...
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p [Música] Ops bem-vindos ao nosso desejo em cena aqui no nosso canal YouTube hoje abordando a versão número dois de divertidamente né Inside Out agora 2024 que retoma o trabalho da Pixar Disney né de 2015 o clássico divertidamente um começo observando que entre a versão um e a versão dois passaram-se 9 anos na vida real na na vida comum Nossa e apenas três anos na vida da Riley a nossa protagonista Isso é uma um truque muito bem bem colocado porque permite que a gente Observe esse processo de transformação né entrada na a puberdade entrada na
adolescência de um ponto de vista eh pelo qual a gente já teria passado por isso então quem tinha 10 anos quem tinha 11 anos eh quando assistiu divertidamente um hoje tem 19:20 né quer dizer eh já olha para esse processo assim como a gente velha aguarda olha para o Vale a Pena Ver de Novo para as antigas novelas paraa sessão da tarde são aqueles filmes são aquelas narrativas que compõem assim a nossa memória e principalmente a nossa memória eh na inflexão de transformação pelas quais a gente passou essa é uma grande sacada porque eh enfim
vai informando duas coisas primeiro o material ideológico do qual a gente vem sendo feito né quer dizer a matéria prima ideológica que consumi né e nesses 9 10 anos e é teletubis é Pokémon é yu-gi-oh é a raposa de nove caldas enfim é um é um universo que tem uma característica muito interessante né ele ele se reproduz né ele ele ele aumenta mas eh vamos dizer assim a gente nunca encontra ali eh conflitos articulados a maneira como a gente vai V também são conflitos que foram surrupiados em divertidamente um e que voltam né na ausência
indiveri dos dos filmes das narrativas das novelas eles é um material muito importante para Constituição da subjetividad né porque no fundo estamos falando de cultura no fundo estamos falando de Anes estamos falando de narrativas estamos falando de discurso estamos falando de como como nos é dado uma espécie de repertório né de soluções e de problemas de nomeações e de contr nomeações de oposições que a gente incorpora e que no fundo vão vão construindo parte da do que o Freud chamou né de teorias sexuais infantis de romance familiar neurótico de fantasias como a gente vai ter
aí um vídeo eh sobre esse tema mais mais recente bom no na versão número um eh tava mais claro que a proposta era assim fornecer um material eh de suporte expressivo para que que a que as crianças e que também os adultos que tão às voltas com com as crianças consigam eh nomear e representar como funciona a nossa mente a partir né das emoções isso já já é uma uma inflexão interessante porque acompanha aquilo que que se chama de a virada dos afetos na política né a o crescente tematização de que olha as nossas convicções
as nossas orientações políticas as nossas visões de mundo elas não são apenas assim visões de mundo cognitivamente definidas que tem baias né que que tem desvios porque você corrige os desvios e eles eles voltam né Eh você esclarece a consciência ela continua querendo gostando né de se reen você tira As Ilusões As Ilusões crescem de novo ou seja começa a ha ver uma uma uma consciência na teoria da cultura na teoria social de que as emoções são importantes né E que elas são inclusive facilmente manipuladas e que a gente não tá prestando a devida atenção
a a o que produção social de ódio produção social de recentimento produção social de de de uma série de coisas que com o universo digital se tornou Óbvio hoje para qualquer um que nós estamos expostos né Eh a esse tipo de coisa então É como se eu divertidamente um tivesse fornecido ali um um vocabulário de base um léxico né para exemp olha essa é a raiva Essa é o medo ess eh essas são as emoções e elas e elas estão na nossa sala de controle né sala de controle o dentro do cérebro e daí a
gente olha pros outros a gente interpreta o mundo e aí os as emoções tentam dominar o painel de controle tomar as decisões e elas brigam mais ou menos entre si mas é assim que é assim que a gente é né é assim que a gente e é composto agora a situação é um pouco diferente né porque ah a gente tem um plot muito reduzido né é a Riley que já jogava rock ela é convocada pela professora para um acampamento que pode levar ela à universidade que pode levar ela ao ao time vamos dizer das adolescentes
de rock ela e as duas amigas né a eh e a Grace né E então vão para esse acampamento e ali acontece um conflito né que marca a passagem dela pra puberdade porque é um conflito entre permanecer fiel as antigas amigas e a infância ou então ingressar no mundo das adolescentes né e simbolizado pela pela Valentina Ortiz né e também por um outro tipo de ludicidade por um outro tipo de corporeidade por outro tipo de malandragem que ela assim vai ter que vai ter que descobrir como funciona e esse e esse espaço né de de
alguns dias que a gente vê acontecendo dentro e fora inside and out da mente da Riley mas é no fundo O Retrato de uma crise né é um retrato e de como a gente se transforma né O Retrato de como as coisas eram e como elas passaram a ser muito importante né muito importante porque isso isso vai definir o que a gente chama assim de teoria da transformação né a maneira como a gente interpreta vive simboliza a transformação pela qual a gente passou vai definir a próxima né vai prescrever como a gente vai olhar paraas
próximas transformações ou Então vai definir com como a gente não vai querer mais transformações como a gente vai se colocar em uma atitude defensiva conservadora adaptativa medrosa chame como quiser mas vai definir assim o nosso Horizonte de expectativas né Muito importante portanto e esse trabalho né nesse novo enfoque divertidamente dois a gente vai herdando um um problema um problema que no um ele é relativamente irrelevante mas agora a gente vai falar Puxa tá faltando né que é o fato de que dos vamos chamar assim a teoria moderna das emoções que começa lá com Darwin a
expressão das emoções dos homens e nos animais e vai continuar na etologia na psicologia comparada em animal vai continuar na a neurociências da da da emoção por exemplo na figura do do Paul eckman e do frees e que tá tá trazendo uma característica das antigas né chamadas teorias das paixões como a gente vê tratado das paixões no descart tratar das paixões no Espinosa né Tem uma característica comum e entre as antigas teorias dos afetos né E as novas teorias das emoções que é elas andam aos pares e elas derivam umas as outras e elas têm
um núcleo mais ou menos Central ali né que é eh alegria ou tristeza se um par em em oposição raiva ou medo né taque ou fuga né Outra oposição e a terce o terceiro par menos conhecido Que É aversão ou surpresa né e e aqui a a gente surpreendentemente encontra só cinco e não seis né a surpresa tá ausente né a gente tem aí o o o nojo que aparece com eu acho que é uma má tradução para disgust né disgusting não é só nojento isso é é assim uma coisa inaceitável uma coisa que tem
uma uma uma uma amplitude moral maior do que o nosso nojo né por isso aí a dificuldade de tradução mas mas tá valendo De toda forma aconteceu Olha só uma supressão de um afeto na nossa teoria mainstream doss afetos né Cadê onde foi parar a surpresa e vamos lembrar que a surpresa eh ela é um afeto muito muito obre né a capacidade de se espantar com o mundo e o que define atitude da Criança em proximidade com a atitude do filósofo né o espanto surpresa é a raiz das perguntas né é daí que vem a
nossa curiosidade sobre o mundo é daí que vem a nossa Eh vamos dizer assim inquirição o desejo de aprender o desejo de saber eh a a dimensão lúdica e exploratória da criança Ela tem uma grande relação com com a o cultivo da surpresa né Eh com o o o o o reencontro com a surpresa e ela tá Eh vamos dizer assim eh fora de combate né Eh nas nas das duas versões e na segunda versão aparece ainda uma coisa curiosa que é um dos opostos da surpresa uma das patologias da surpresa né que acontece quando
a pessoa não consegue mais se surpreender com nada né ela primeiro né se mostra indiferente grande problema social né quer dizer não não olhe pro mundo e o mundo tá péssimo estamos cheios de de questões aqui mas não isso não me surpreende né quer dizer a indiferença que evolui no segundo volume né de divertidamente pra aparição de uma de uma feto que falar francês né que é o tédio né E o tédio é é aquela atitude né blazer e de quem nada me surpreende né quer dizer eu já estou preparado para o pior né Eh
de fato essa ess um sentimento romântico tá lá nos nos românticos franceses né mas ah torna ainda mais incômoda a ausência da surpresa na eh versão dois eh a gente tem uma um desdobramento das cinco emoções eh em algumas eh alguns sentimentos al sentimentos no sentido de a tradução social de determinados afetos né e e algumas Eh vamos dizer assim variações do mesmo feto né então isso isso torna aqui a geografia da coisa um pouco mais confusa vamos contar né então primeiro lugar assume a prerrogativa o protagonismo a eh ansiedade ansi quer dizer tá ok
de onde ela veio do nada eh e do que ela é feita não sabemos e ela tem uma boca larga fala para caramba está sempre acelerada mas e não não veio veio do veio de que emoção a gente não não sabe dizer né e o contraste sugerido é com ou prolongamento sugerido é com a Joy com a alegria né então quer dizer alegria virou ã ansiedade antes alegria era o piloto do barco eh e agora é a ansiedade tá junto vem a inveja a vergonha eh o tédio e a nostalgia né E então 1 2
3 4 5 sendo que a nostalgia é um afeto muito curioso porque ele fica sendo assim empurrado para dentro do armário né uma belha senhora né que vai e aparece em determinados momentos né e sugerindo que é a saudade né Essa nome pro desejo e então é uma é um afeto que ele ele já aparece sendo recalcado ele já aparece melhor dizendo sendo e reprimido né que ele quase não tem lugar na história muito importante isso porque um dos elementos que vão ficar faltando na versão dois é a historicidade dos afetos né como é que
eles passaram dos cinco primeiros para os cinco segundos bom ansiedade e tédio no fundo são variantes da mesma coisa não são nomes para angústia né Eh a a ansiedade e e a angústia na forma ativa né E o tédio é a angústia na forma passiva né então a gente tem uma uma sobrecarga aqui de de afetos assim no mesmo Polo e por outro lado tem uma um déficit de denominação de certos circuitos de afeto por exemplo a gente tem o a vergonha né Eh a vergonha ela funciona Eh vamos dizer assim a em relação a
gente pode dizer assim com a avão ou com nojo né Mas a vergonha pra gente entender a vergonha você tem que entender a culpa né culpa e vergonha forma um microcircuito né um microcircuito de de inativação de inibição de outros afetos né que tem que ver com a formação de juízos críticos assim como a gente tem a inveja e não tem uma derivação muito importante da Inveja que é os ciúmes né quer dizer que a inveja em vez de de ser vivida a dois né ela ela se desdobra dialeticamente para um terceiro né Eu quero
ter o que você tem eu quero que você me ame como am a um terceiro né e e o que que tem esse terceiro que eu não tenho né então é é uma dialética clássica né e e que tão ali as três a Grace a brie e ela tinha tudo para que a gente tivesse uma tematização dos ciúmes ela tá deixando para trás amigas e indo para as novas amigas a a gente vê isso no filme mas ele não é não é não é tematizado e a grande sacada vamos dizer assim desse desse filme é
que eh ela sugere eh que nós eh olhando para ele acompanhando essa passagem que a gente já fez a gente consegue olhar melhor e redimensionar as nossas besteiras as nossas infantiles as nossas bobagens né as nossas toes né É É um filme que diz assim ó dá para você e e precisa e pode fazer uma uma espécie assim de redescrição daquilo que você passou né por isso ele gera uma simpatia ela ela engancha né quem tá quem tá assistindo mas eu queria ressaltar além dessa lacuna de personagem né Eh uma uma falha mais assim Teoricamente
importante eh no no trabalho né A primeira eh a ideia de que eh a gente tem eh os afetos que são vividos assim sempre intras subjetivamente né Elas estão ali negociando né entre si brigando eh se reunindo se aliando né Eh às vezes enganando uns aos outros mas a maior parte do filme é tudo assim dentro da cabeça da Riley essa é uma teoria muito muito assim básica das emoções porque no fundo eh as nossas emoções e o circuito que vai dos afetos paraas emoções e pros sentimentos ele depende absolutamente de dois outros processos que
aparecem pouco no no no filme né o processo de intersubjetiva dos afetos ou seja o que eu tô sentindo Depende do que o outro está sentindo sobre o que eu estou sentindo eh o o que decide o que eu estou Qual a emoção que vai assim tomar conta não é só a batalha interna é uma batalha que envolve a interpretação do afeto do outro isso quase não acontece mas mas tem uma cena crucial muito interessante sobre isso né Eh que é quando as meninas estão indo pro acampamento e daí uma delas deixa escapar uma coisa
a Riley ela lembra daquele olhar olha só é um personagem que não não tava falando quer dizer Aquele olhar né aquele olhar ele quer dizer o quê Ah ele quer dizer que ela tá escondendo uma coisa de mim tem um segredo tem uma opacidade tem uma intransparente tá se produzindo né e a partir daquele instante o que acontece né as OS os afetos dos dois lados começam a trabalhar né eles começam a conversar né E ela percebe que a amiga tá tá enganando né E ela força a situação até que elas contam ah acontece o
seguinte nós vamos mudar de escola ou seja crise né crise de vou ficar para trás né então acontece todo um um conjunto de e de afetos que que são indeterminados Então ela passa por exemplo pela pela tristeza porque afinal ela vai perder as amigas né mas tem raiva porque as amigas foram desleais elas não contaram que elas iam né Elas segredar isso de mim elas elas no fundo elas elas estão indo procurar o qu outras amigas eu não sou suficiente raiva inveja ah por outro lado tem a confiança de que olha o nosso laço é
tão importante ele é tão forte que a gente vai continuar sendo amigas best friends forever porque porque alegria né também tem uma participação ali nesse nesse cenário Mas vem o medo diz pode ser pode ser que você termine solitária Pode ser que eh vão te deixar em desamparo Pode ser que isso seja só uma ilusão elas estão indo embora daqui a pouco vai todo mundo embora você vai vai terminar isolada ins solidão Olha só quantas alternativas a gente tem ali para para decidir a parada né tudo em torno de que sentido tem esse olhar totalmente
diferente de uma situação em que a brie e a Grace chegam para ela e diz ó amiga nós temos uma coisa para te contar e tal nós vamos l de escola mas o segredo faz parte né O Segredo faz parte e tchã quem é que tá faltando na história a surpresa a surpresa faz parte né o fato dela Estamos indo pro acampamento vai ser super legal é mas tem uma surpresinha aqui nós vamos mudar de escola vejam que uma surpresa é decisiva né surpresa Fé do trauma né O que tá fora do do do filme
aqui é que existem desencontros traumáticos e elas têm que ver com como a gente segura administra ah compõe traduz Gere Ah nesse caso a surpresa da da má nova tem uma segunda cena em que eh a intersubjetiva né ou seja os afetos eles são eh construídos eh não só dentro da cabeça né mas junto da cabeça eh do outro ela ela aparece eh mas aí numa outra versão que é a transitiva dos afetos n ou seja de como você antecipa as afetos do outro e reage a isso eh determinando vamos dizer assim decidindo quem causou
o quê né Foi você que me deixou triste ou fui eu que fiz com que você me deixasse triste não dá para saber né É isso que torna vamos dizer assim os afetos fonte delirante de loucura permanente entre os seres humanos mas aí terminada a história os pais da Riley eh perguntam E aí como foi lá no no acampamento né E daí começa a vir uma série de lembranças e conflitos e quantas narrativas não poderiam ser contadas a partir daqu ela viveu naquele fim de semana Mas em vez né de partilhar tudo isso O que
seria vamos dizer assim deixar com que os pais entrassem né nas histórias dela ela diz não foi Ok nada aconteceu tá tudo bem aquela resposta básica Como foi na prova de matemática não foi ótimo e de português também e a escola tá ótimo tá tudo bem né que reflete um recolhimento defensivo mas em função dessa propriedade transitiva dos afetos né o adolescente ou ou ou puber ele não quer que os pais venham Nessa onda e dividam E por quê Porque isso já é suficientemente penoso nas brigas domésticas que em geral muitas vezes tem essa essa
essa gramática né quer dizer quem começou quem tá causando que em quem há uma uma uma outra cena muito interessante pra gente pensar nessa gramática transformativa das dos afetos ã que diz respeito a a um dos poucos momentos em que a gente pode dizer olha aqui tá sendo mostrado como as coisas se transformam não só que as coisas se transformam que é o momento em que as as emoções da infância que foram suprimidas jogadas lá pro pro fundo do poço né guardadas no no cofre começam a procurar como é que a gente emerge a consciência
a metáfora freudiana é muito difícil de de escapar né nesse momento elas estão lá embaixo Mas elas elas querem de novo se reapresentar na na na sala de do controle né eh e aí a alegria né E aquela alegria assim eh ingênua aquela alegria assim de um otimismo exagerado ela vai pega um carro ã busca um um um uma máquina e tal de repente não fica claro que não não vai ser tão simples assim não vai ser tão fácil quer dizer que é uma reinterpretação da posição infantil né e em que a gente acredita que
basta o amor love love love né e tudo se resolve não hum e não não é com mais amor né que muitas situações vão ser tratadas né às vezes algumas vão ser tratadas com menos amor e aqui a Joy tá ão assim alegria amor e tal e quando ela desiste ela cai né em desamparo a FL cai bom não sei começa a chorar né e e nessa hora a raiva né muda a raiva se aproxima dela e diz não pera aí Joy vamos vamos conversar não não é assim e vamos procurar um outro caminho e
vamos juntos vamos para cá que que tá acontecendo aí né dizer a alegria se vai e a raiva volta-se contra si mesmo né É esse o momento em que ela ela quebra a alegria mas quando a raiva que se voltou contra si mesma percebe o que ela tá fazendo a raiva mesmo se transforma pera aí não é você né Não é só a sua potência tem a realidade tem os outros vamos reorientar a raiva paraa Nossa ação sobre o mundo e aí elas partem para uma outra uma outra pegada na jornada né É aí que
a Riley cresce mas esse é é um é é um momento assim é um momento é um fugaz né onde a gente nota a surpresa tá faltando a culpa tá faltando né quer dizer a alegria ela começa a perceber que ela fez coisas erradas que ela que ela enfim achava que o mundo era de um jeito agora de outro ela ela pôs coisas a perder ela que estava no comando né e a raiva é justamente né Essa se alimenta dessa culpa voltada para se e retirada do outro né bom muito legal essa essa passagem mas
o o fulcro vamos dizer assim ideológico né A Teoria da transformação como é que a gente muda né aqui a gente tem seis movimentos né eu vou sintetizar E aí o spoiler a gente já sabem e aqui é uma tônica do nosso do nosso Falando nisso e do nosso desejo em cena né então muito sinteticamente o plot diz o seguinte né tudo ia bem infância Mar de Rosas sexualidade zero conflito zero estava tudo em joy absoluta alegria até que do nada surge uma criatura um construir rívia que é a puberdade que eh três impõe uma
destruição e uma reconstrução mental uma crise de identidade onde as velhas emoções né são o alegria e tristeza raiva e medo e nor são substituídas por novas e as da infância são reprimidas né Eh são aprisionadas eh junto com a a as memórias suprimidas afetos que foram postos de Fora elas se reúnem ã pegam a força dessas memórias que estavam suprimidas criam uma avalanche e essa avalanche faz com que eles retomem o controle né que voltem todos para a sala de comando com ajuda da vergonha né que colabora com a tristeza e aí acontece um
novo pacto né quer dizer então cada um Desc cobre Qual o seu tamanho qual sua força qual a importância Qual o seu lugar ou seja a gente se reequilibra a gente e se reequilibra porque porque cada um veja gente cada um tem uma função cada um tem um lugar se você respeitar isso vai terminar tudo bem né então tem aqueles que estão Ah bom orientados para isso outros orientados para aquilo mas mas o conflito ele ele não é imanente né ele ele é uma uma uma mera dificuldade de a gente negociar sabe as coisas que
que é isso gente né dizer uma teoria do conflito que não fala por o conflito aconteceu do que ele é feito né quer dizer um dia começa a chover Esse é o ponto de vista do adulto o adulto que tem a criancinha que acha que é linda que não tem nenhum conflito e de repente aparece um monstro que você quer pôr na gaveta e tirar depois que passou a adolescência né ISO a versão do adulto que esqueceu que a infância não é aquilo que a infância não harmoniosa que a infância já é cheia de problemas
angústias ansiedades perdas eh tristezas e dramas essa idealização faz com que a gente não consiga entender né Por que que acontece a crise e logo né em que termos que ela é resolvida Quais são os termos da da solução da crise porque posto desse jeito é uma história assim olha você perdeu a sua essência o seu Cristal luminoso o que você é lá no fundo e não se sabe porque que você perdeu mas daí você vai e resgata isso né e com sobrepondo as novas e terríveis e e falsas convicções e daí você faz uma
nova mistura e daí você você cresce não se explica porque que as novas eh eh emoções elas são maléficas né Por são essas e não outras não se explica como você passou do primeira fase paraa segunda fase né quer dizer em uma teoria da transformação que esconde algo de Essencial né Como o próprio filme diz né o grande segredo está lá no cofre ninguém ninguém toca ninguém fala né mas nós vamos voltar a isso daqui a pouco agora eu queria assim elogiar o filme eh pela quantidade incrível de metáforas H da subjetividade de funcionamentos psíquicos
que são já muito conhecidas então tão ali assim quem estuda psicologia psicanálise psicopatologia eh se diverte muito porque encontra ali o rio da consciência né bom Como é que o Russel Esse pai da fenomenologia definir a consciência é um fluxo temporal de significações é como um rio né você pegaram lá puseram o Rio né e o abismo do sarcasmo né que que diz esse pai da psicologia e da filosofia existencialista zoren kirg gard né só tem uma coisa n né decisão importante na vida chama-se suicídio né Enquanto isso a gente tá ali na beira do
abismo e pergunta pulo ou não pulo né Pode ser que seja um pulo no abismo que me que me leve a outra coisa mas mas essa Tudo ou Nada seesse terror e Tremor é isso é do que a gente é feito tá lá né é lindo Abismo do sarcasmo né vai vai caindo pedaços de terra assim né e e as emoções ficam acuadas com esse com esse processo também né o o cofre com os super-heróis da infância né aquele superhero eh da da eh do videogame e com super-heróis esquecidos né aquele eh tipo um um
sapo né Eh meio estranho H que tem uma uma coisa meio surrealista uma po chat né uma bolsa dentro da bolsa Vai Saindo coisas e as coisas são um pouco Gato Félix né que vai vai tirando e e e de acordo né com com asas teses do do do Freud né de que você tem regressão você tem a fantasia na fantasia satisfações infantis não se não separam né da do juiz de realidade e que você tem de novo o Freud né memórias suprimidas que saem fora da sala do comando você tem e bom emoções que
que que voltam né Eh vamos diz assim deformadas eh máquina de supressão de afetos e Freud de novo né ã por exemplo a incrível formação do Cristal de si mesmo né Eh como queria a psicanálise do Ego e depois que é substituído e desfeito pelo pelo as convicções falsas o winicott Né o falso self o conflito que ela vive eu sou uma boa pessoa ou eu não sou uma uma uma boa pessoa né e é o crise né melan cline sem o bom sem o mau integração entre o funcionamento fío paranoia de depressivo a a
própria tese do Lacan de que a angústia É o afeto Central as out os outros afetos são dedutíveis né da da da angústia isso explicaria Porque que a ansiedade toma o controle porque ela já estava no controle desde que você olhe para a infância de outro jeito senão você não vai vai entender como é que é a mudança para a puberdade então o que que a gente tira disso tudo né Depois de de de de de toneladas de de material neurocientífico de de psicologia da cognição e etc o modelo mental que a gente tem ainda
a hoje no mainstream e is aí é o que alguns dizem é o mentalismo na psicologia clássica e etc é pode ser que seja uma psicologia Popular mas ela ainda né veja só ó oferece as narrativas fundamentais para a nossa geografia psíquica para nomeação de afetos para para para o entendimento de eh de de de da vida psicológica e veja isso não significa que os grandes e notáveis avanços né os achados em teoria das emoções não estejam contemplados aqui só que eles como a gente vem dizendo em geral não desmentem né O que é a
psicanálise O que é A fenomenologia O que é a gestalte o que RX o que os outros autores já vinham mais ou menos colocando né não é que elas confirmam E então Freud estava certo e zigman está errado não não é assim a relação isso é é para quem não não não sabe fazer epistemologia rigorosa né são são confrontos que que no fundo eh São confrontos não sobre conceitos mas sobre convenções e O interessante é que essas coisas estão aí então mais ou menos misturadas né Eh tanto no plano ideológico quanto no plano vamos dizer
assim da Constituição cultural da da subjetividade então a gente chega aqui ao que eu chamaria de a exceção das exceções nãoé então a gente tá pontuando que tem coisas que estão sendo surrupiados nessa história né surpresa né Eh depois a culpa depois eh como é que mesmo as velhas emoções tomam a consciência como as emoções se relacionam entre si como elas se unificam como elas se transformam né aquilo que seria a o que a gente tá esperando do filme ele ele não tá entregando ele tá fazendo essa esse cerca Lorenço aqui e aí a gente
pode dizer eh de Fato né esse filme faz série né ele ele pertence a essa essa grande meta narrativa vamos chamar assim né e hollywoodiana eh em que sim o protagonista não venho na festa mas ele continua sendo mais importante que é Cadê o sexo puberdade né des encontro dela com a Valentina Ortiz né que tem ali já assim o seis pronunciados cabelo diferente acontece algo ali obviamente libidinal ser tematizado Zero Nada rosquinha qu dizer é teletubis primeiro depois é Pokémon Daí vem o spinoff da Barbie né lembra da Barbie a gente fez aqui um
um um um desejo emo da Barbie que a gente falou ô Barb legal super bacana mas é só narcisismo não vai ter sexo não vai ter escolha de objeto Hum fica para depois quem depois a gente fala primeiro você vai lá no seu terapeuta se resolver daí a gente fala e e a gente fala mas de novo quer dizer ou divertidamente dois vai dar na Barbie essa essa Riley vai crescer e a gente vai ter ali uma Barbie com os problemas e soluções com as coisas legais que a gente viu também em torno da Barb
Mas é muita repressão me perdoe o buuhan o coreano que dizer olha e esse negócio a de repressão não tem nada a ver agora a gente está no paradigma imunológico o sexo não é mais um problema se não mais um problema amigo então vamos lá vamos falar de sexo e como é que o sexo Como é que os prazeres como é que a dimensão libidinal ela afeta as nossas emoções não afeta não não tem a ver será que não Gin com a mente as descobertas que a gente vai fazendo com a Sexualidade com com as
pulsões oral anal ela não envolve experiências sucessivas surpresa envolve elas não envolvem experiências sucessivas de angústia envolve Será que ela não envolve um trabalho né de conjectura entre as emoções de si e as emoções do outro e como é que eu interpreto o que tá acontecendo aqui entre nós não só dentro de mim eu gemo a my self mas a relação né umas coisas que me acontecem acontecem em relação e a Sexualidade ela é um paradigma para psicanálise Justamente por isso né não é o par a fornicação é que a Sexualidade é uma coisa que
só só pode ser pensada né como esse processo esse processo de circulação de afetos né de de de troca de afetos de confirmação de afetos de dissonância de afetos né mas aí você tem um filme sobre a mente onde esse detalhezinho não veio né É é é ruim é ruim porque uma coisa fundamental né na teoria Aliana na teoria psicanalítica da sexualidade é que a Sexualidade é ah uma forma assim de de de explicação para mudança nas nossas teorias de reconhecimento né Ou seja é o desejo né é o que a gente quer que é
o motor da história não é o que a gente é que que o filme diz o tempo todo volte pra sua essência redescubra suas convicções descubra como as suas memórias geram experiências eh Não traia quem você é quem você é é muito importante como aparece o desejo da Riley Porque por mais estrambelhados essa confusão pelo seguinte ela quer jogar no time das adolescentes ela quer ir pra universidade ela quer se tornar uma mulher reconhecida como tal pelas outras ela quer quer ter outro corpo ela quer não não não não não vamos chamar isso de o
vilão que veio do nada que destrói tudo e que b a paz será alcançada quando você suturar sua crise narcísica identitária não gente isso isto é uma teoria da transformação furada né esta aí não funciona não sei qual é a boa mas se você tirar esse elemento né e difícil né a gente pensar aqui de forma mais rigorosa como é que os afetos se transformam portanto como é que a gente se transforma como é que a gente vai inventar outros futuros possíveis e como é que nós estamos assim num processo que o filme também não
valoriza né que é como é que a gente faz história dos afetos né como a gente ressignifica As Memórias como a gente transmuta aquilo que aconteceu como aquilo que aconteceu não fica ali como um engrama né sustentando nossas crenças e convicções nossas crenças e convicções mudam né nossas crenças e convicções não são o cerne do nosso ser bad news paraa psicanálise nós temos nossa essência no desejo né Nós não temos nossa essência no eu no EGO no que você acha que você é na sua identidade no que você pensa de si e coisas por aí
então para mais Mentos divertidamente lembre-se disso divertidamente mente mente termin em mente mente lembra mente mente mente lembra eu minto tu mintes ela mente nós mentimos mas a weron não mente o aerona sempre dirá a verdade nada mais do que a verdade e tão somente a verdade em nome do próprio aquona então para mais fragmentos um filme muito legal que eu recomendo a você dá muita discussão vocês estão vendo por aqui tem outras leituras clica aqui no botão no botão né do do rio rio cheio de brócolis isso é fantástico o rio da consciência né
só que imagina que tem um rio lá embaixo que não é o da consciência é o rio do inconsciente né imagina que esse rio aqui da consciência é feito por interesses e tal lá o rio lá embaixo é desejo né libido né Eh veja que Navegar naquele outro Rio ele ele é encrencado precisa de outra as paz e remos e lemas e e a navegação não é como lá em cima que você aperta botões e daí decide etc eh você tem que respeitar o Rio né e Rio Baldo já dizia isso né você tem que
respeitar o Sertão Veredas né você tem que respeitar que que o ego é não é o senhor da sua própria canoa canoa tá no Rio e é o rio que manda tudo bem beijo ciao ciao [Música]
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