Olá meus amigos e minhas amigas nós hoje vamos falar sobre um tema muito importante muito importante paraa saúde dos homens que é câncer de próstata vou contar para vocês como era quando eu comecei a Oncologia Como era a conduta nos casos de câncer de próstata as pessoas viviam pouco naquela época né uma pessoa de 60 anos era chamada de sexagenária um termo que ninguém mais usa hoje nãoé e e o câncer de próstata era feito o diagnóstico quando surgiam sintomas e os sintomas quais eram os principais a natureza quis que a uretra que sai da
bexiga e vai pelo pênis até a parte externa passe dentro da próstata provavelmente não a natureza não pensou que os homens pudessem viver tantos anos então a próstata quando cresce por tumor ou por um processo Benigno ela comprime a uretra e começa a surgir dificuldades para urinar mas esses sintomas quando são devidos a um processo Benigno tudo bem vai acontecer nada de grave mas quando são devidos a um processo maligno provavelmente esse diagnóstico já é um diagnóstico tardio o que eles faziam naquela época eles bloqueavam a produção de testosterona porque a testosterona é o hormônio
o hormônio que alimenta a próstata não é então dava hormônio feminino para esses homens a próstata diminuía muito de tamanho sempre responde ou quase sempre responde e havia um alívio dos sintomas só que esse Tratamento hormonal eh funcionava por pouco tempo e aí a doença acabava retornando e eventualmente se espalhando por outros órgãos especialmente pelo esqueleto Esse era o pan ama naquele tempo quando nós inventamos o PSA ou quando foi descrito o PSA houve uma revolução no diagnóstico precoce do câncer de próstata nós podemos hoje quando você nota as primeiras alterações do PSA podemos Aí
temos condição de fazer alguns exames que permitem diagnosticar o câncer de próstata em suas fases iniciais PS o exame de sangue é uma proteína que a próstata libera na circulação E aí quando ele aumenta você tem que olhar é câncer de próstata não pode ser que não seja mas tem que olhar com mais com mais Rigor e o fato de ter feito o PSA não não não Evita o toque retal toque retal é muito importante porque às vezes o PSA sobe isso não é câncer de próstata outras vezes o PSA fica praticamente normal mas tem
um tumor maligno dentro da próstata então aí entra o toque retal que é um exame importantíssimo e infelizmente os homens mais antigos às vezes se recusam a fazer o toque retal é uma estupidez como tantas outras que a gente faz com a própria saúde para falar de câncer de próstata nós trouxemos hoje neste bate-papo o Dr Arnaldo fazoli médico urologista que trabalha no iesp o Instituto do Câncer de do Estado de São Paulo o iesp é um dos orgulhos da Medicina Paulista e da medicina brasileira um instituto e totalmente mantido pelo Estado portanto SUS todos
os pacientes são tratados pelo SUS e todas as vezes que eu entrei no iespe para fazer gravações as pessoas os pacientes nos corredores eh elogiavam a o senhor precisa falar bem desse hospital que é uma maravilha a gente é muito bem tratado aqui prazer ter você aqui Arnaldo prazer é tdo meu tud Lembrando que Este programa tem o apoio do laboratório [Música] novarte Arnaldo vamos começar do mais simples mesmo né Essa coisa próstata aumentar com que idade começa isso geralmente tem alguns pacientes D drao que apresentam sintomas já de próstata aumentada a partir dos 40
anos né A grande maioria dos problemas relacionados à próstata são realmente como o senhor mencionou nos sexagenários né acima aí dos 60 anos na sexta década de vida mas alguns pacientes realmente apresentam sintomas antes dessa época o que eu costumo dizer pros pacientes é que o tamanho em si da própria da próstata não é necessariamente o que vai definir se ele precisa ou não de algum tratamento né como o senhor mencionou a próstata ela envolve circunferencial a uretra então todas as vezes que nós vamos urinar desde que estamos lá dentro da barriga da mãe a
nossa urina passa no meio da próstata e essa próstata ela pode aumentar de tamanho e às vezes ela aumenta de tamanho de uma forma extrínseca ela pode aumentar de tamanho somente para fora da uretra o que não causa nenhum sintoma então pra gente dar uma ideia numérica né para quem não tá acostumado com isso no dia a dia os exames medem a próstata em centmetros CIC a gente alguns exames o pessoal pode até ver em gramas a gente faz uma estimativa ali de densidade mas basicamente como se a próstata normal fosse até 25 g nós
vemos pacientes com próstatas de 100 g ou seja quatro vezes o tamanho normal que não apresentam nenhum sintoma porque essa próstata aumentou para fora ela não comprimiu o canal e muitas vezes tem pacientes com próstatas de 30 35 G que são um pouquinho aumentadas mas que já foram o suficiente para apertar o canal e trazer os sintomas de obstrução urinária vamos lembrar o peso peso normal da prosta até 25 a 30 cm cicos ou 25 a 30 G né esse é o peso normal de uma próstata mas com a idade isso tende a aumentar a
grande questão é será que esse aumento vai ser suficiente vai ser algo que vai trazer uma Perão clínica pro paciente né Então muitos pacientes vem às vezes com exames falam olha Arnaldo eu vi aqui esse exame a minha próstata tá com 60 G que que eu preciso fazer tenho que operar Fi depende como o senhor está Ah eu estou bem o senhor acorda à noite para urinar não não acordo Vamos fazer um exame avaliar como tá o esvaziamento da bexiga ver se e nós temos exames de fluxometria por exemplo para ver a força do jato
muitas vezes são pacientes que tem sim a próstata aumentada Mas isso não significa que ele precise de remédio nem de cirurgia nem de nenhum procedimento então cada caso precisa ser avaliado nós temos aí essa referência de tamanho de próstata mas não é porque a próstata aumentada que o paciente precisa ser submetido a algum procedimento existem pessoas que tem um risco mais alto de desenvolver câncer de próstata queem são elas eh o primeiro fator de risco que a gente fala é a própria idade né Então a partir dos 60 anos é a idade que a gente
vê maior frequência do c cer de próstata mas pacientes que são afrodescendentes eles têm uma tendência a terem cânceres mais precocemente cânceres mais agressivos e é uma maior porcentagem de da população afrodescendente muitos estudos têm tentado levantar outros fatores de risco né a gente sabe da história familiar que é principal né então se o pai o avô um irmão teve ou tem câncer de próstata e teve isso numa idade mais precoce a chance dessa pessoa ter um câncer de próstata é maior Então essa é a população que realmente precisa ficar atenta né E as outras
pessoas eh tem estudos tentando mostrar uma relação com sedentarismo com gordura abdominal Enfim uma série de outros fatores mas que a gente ainda não conseguiu comprovar tão fidedignamente quanto afrodescendentes idade mais avançada histórico familiar vamos lembrar só a partir de quando você começa fazer os exames para diagnóstico precoce as pessoas confundem um pouco e falam exames preventivos de câncer de pró parece que se você fizer o exame Você não vai ter câncer de próstata Sim Isso é uma um fator de confusão muito frequente né infelizmente não é assim infelizmente Então as pessoas mesmo nessas campanhas
de Novembro Azul que nós viemos fal prevenção ao câncer de próstata na verdade Infelizmente ainda não conseguimos prevenir a a manifestação do câncer de próstata o que nós conseguimos prevenir muitas vezes é a progressão do câncer de próstata né então já que o câncer de próstata vai se estabelecer aí em torno de 10 a 15% da população masculina de um modo geral isso dá um a cada seis ou sete homens o ideal é que a gente consiga descobrir esse câncer de próstata no que nós consideramos a janela de cura é aquele período em que o
câncer já se manifestou na próstata mas ele ainda não espalhou Ele ainda não foi para outros órgãos ainda não deu as ch as famosas metástases Esse é o período que nós chamamos de janela de cura do câncer de próstata então A ideia é que nós consigamos fazer esse diagnóstico logo nessa janela de cura antes do Câncer se espalhar câncer de próstata você diz o tumor das pessoas mais velhas nós temos visto hoje um aumento do número de casos de vários tipos de Câncer em pessoas mais novas câncer de mama por exemplo meninas com 30 anos
coisas que a gente não via no passado n o câncer de estômago tem acontecido isso o câncer de de colo de intestino tem acontecido um fenômeno semelhante no câncer de próstata nós temos alguns fatores que devem ser levantados né tanto a vida a cotidiana de alimentação alimentos muito industrializados a própria poluição temos tentado cada vez mais correlacionar esses fatores o próprio estess com a manifestação de doenças oncológicas né mas não podemos esquecer também que os diagnósticos são mais realizados porque o acesso aos exames está muito mais fácil também quando a gente fala em acesso fácil
aos exames parece que é muito simples nós sabemos que a realidade da população brasileira não é homogênea né então em todo o Brasil por exemplo se alguém aqui estamos no centro de São Paulo se alguém aqui quiser fazer um exame de checkup ele pode fazer isso em hospitais particulares convênios ou até nos própri pro no SUS né nós sabemos que existem postos de saúde com ótima estrutura para poder fazer isso mas isso não é uma realidade em todo país então nós vemos esses diagnósticos mais precoces em locais em que o acesso à saúde é mais
facilitado também né então tanto a os hábitos cotidianos quanto o acesso aos exames acredito que devam ser os principais fatores para esses diagnósticos mais precoces para quem está nos vendo Então vamos relembrar você não vai fazer um exame de prevenção um exame de Diagnóstico precoce num menino de 20 anos verdade não vamos a não ser que o pai dele tenha tido um câncer de próstata aos 30 a recomendação atual é a partir dos 50 anos é isso que a Sociedade Brasileira de urologia prega a partir dos 50 anos toda a população masculina deve ao menos
ir ao urologista para conversar e entender os riscos e benefícios de fazer os exames de rastreamento quando alguém que tem os fatores de risco maiores como mencionamos então histórico familar ou afrodescendentes essas pessoas devem começar a partir dos 45 anos a única exceção a isso são realmente os pacientes cujo pai avô ou tio tiveram um câncer de próstata tem idade muito precoce então alguém por exemplo que teve um câncer de próstata com 50 anos de idade que pode acontecer o filho dessa pessoa deve iniciar o rastreamento 10 Anos Antes do diagnóstico dessa pessoa então aos
40 anos de idade fugindo um pouco da regra como são muitos números eu acho que acaba confundindo grande parte das pessoas a idade que todo mundo deve ter na cabeça é 50 anos a partir dos 50 anos a gente faz esse rastreamento É talvez você tem um caso na família caso próximo que às vezes fala ah meu bisavô teve câncer de próstata aos 80 anos tudo bem um dia a gente tem essas coisas mesmo e mas se você tem um caso próximo seu pai teve câncer de próximo aí vale a pena ouvir um urologista para
te organizar como você vai fazer se fazer um planejamento né do do controle das doenças né então acho que isso é importante Nessa idade então 50 anos paraa população geral se por algum motivo teve alguém ali próximo que teve câncer de próstata 45 escuta aralo você falou de eh que cada seis a Sete Homens um vai ter câncer de próstata explica um pouquinho melhor isso são estatísticas né Dr draus nós sabemos que a população só bom só no Brasil Os dados que nós temos mais fidedignos são do INCA né E são estimados mais de 70.000
novos casos ao ano no Brasil esses dados eles são bastante compatíveis com os dados encontrados nos Estados Unidos Por exemplo e as taxas que temos é por volta disso entre 10 e 15 ou 16% de toda a população vai manifestar o câncer de próstata da população masculina isso aumenta pros pacientes que TM o histórico familiar por exemplo como falamos e diminui para quem não tem nenhum mas de um modo geral a população é de 11 a 15 16% isso que vai ter o câncer de próstata Mas isso não significa que esse câncer de próstata vai
trazer algum problema para essa pessoa muitas vezes o câncer de próstata tá lá na próstata a pessoa nem sabe ela morre de alguma outra coisa e somente num numa autópsia por exemplo que vai descobrir quando descobre né então é preciso saber que nem todo câncer de próstata mata né e as taxas que nós temos é por volta de 3% de mortalidade né do câncer de próstata então pensando aí 11% da população 11 a 15% tem câncer de próstata e 2 A 3% tem o óbito por conta do câncer de próstata né é difícil falar que
é uma taxa Alta ou uma taxa baixa né quando você fala em população parece que é baixo exato mas na hora que você pensa que aquilo é pode ser em você ou em algum familiar seu alguém próximo seu que um câncer de próstata cujo diagnóstico poderia ter sido fácil e poderia ter sido tratado ali dentro daquela janela de cura de modo a evitar um óbito por câncer de próstata sem dúvida a gente pensa nesse rastreamento Agora você vê Veja como nós som nós homens somos muito relaxados né as mulheres TM um risco de ter câncer
de mama muito aumentado Claro mas ainda assim esse risco de uma mulher ter câncer de mama é mais baixo do que o risco de um homem ter câncer de próstata e as mulheres chega aos 40 anos vão lá fazer mamografia um exame chato que comprime a Mama elas vão regular mente todos os anos não reclamam com marido não reclamam e os homens não vão n acho que a gente a gente acha que nós somos um sexo forte né E na verdade é muito pelo contrário né mas talvez seja a minha impressão Dr draus mas me
parece que isso está mudando é óbvio que isso tem muito é muito fruto de campanhas Como que o senhor fez ao longo de toda a sua vida e ainda faz campanhas de disseminação de de conhecimento mesmo na área médica né E nós vemos que a população tem interesse nisso né Eh há muitos anos eu eu eu já dou aulas palestras sobre Novembro Azul e me chamava Mita atenção porque as empresas muitas vezes chamavam para dar palestras e o público era feminino né eu tava indo lá falar sobre câncer de próstata e para mulheres mas eu
não me importava com isso e eu via que elas tinham muito interesse esse e os homens evitavam e eu percebi em alguns tipos de empresas indústrias eh os homens ficavam Ah não vem um urologista aí eu não quero participar senão aquela questão do sexo frágil como o senhor mencionou né mas eu vi que isso foi mudando a palestra foi mudando a a plateia das palestras foi mudando e hoje já chega Quase 50% que eu fico muito feliz e vejo que realmente os tabus os medos Eles foram deixados de lado sempre tem uma brincadeirinha não passa
uma palestra de Novembro Azul sem alguém fazer uma brincadeira um comentário o que atualmente eu já tô vendo com bons olhos eu vejo que eles estão se sentindo livres para para comentar sobre isso e não é infrequente que um ou outro que está ali assistindo a palestra levante a mão e faça um depoimento do que passou então tem muitos que falar olha eu tive um câncer de próstata fiz a cirurgia estou muito bem ou não né mas levanta esse assunto sem tanto Tabu e na hora que uma pessoa levanta e abre o jogo né e
e abre essa porta muitos vão perguntar Ah você teve câncer Como foi como não foi e aí o que era o que começa com a palestra com slides vira uma conversa vira um bate-papo e quebra-se o gelo e a gente consegue conversar abertamente a sequência disso é que os homens procurem atendimento e procurem fazer rastreamento diagnóstico precoce e disseminem a informação Então eu tenho visto com muito bons olhos nos últimos anos anos uma mudança nesse nesse Panorama você estava falando de fazer palestras e havia predominância das mulheres ho sim no nessas palestras final dos anos
90 saiu um artigo no Journal of urology eu não lembro em que universidade ele foi conduzido mas tinha um número muito grande de pacientes eles pegaram os doentes que em que o diagnóstico tinha sido feito precocemente para fazer o diagnóstico precoce esse doente sem sentir nada foi procurar o urologista para fazer o exame qu dizer o que motivou Você a vir fazer esse exame em fase tão tão precoce um exame de rotina não é sim e 71 por eu guardei o número era para por causa de uma mulher sim ou a esposa ou a filha
ou a mãe quer dizer vai fazer o exame é tanto fal Sim sim eu costumo conversar com os pacientes sempre que chega um paciente primeira consulta no consultório eu falo olha primeira consulta Nós temos duas modalidades de primeira consulta aquela que eu chamo de apagar incêndio que é o paciente que vem porque urinou sangue ou porque tá com muita dor em algum lugar ou porque fez um exame que veio alterado e ele ficou preocupado esse paciente eu tenho que jogar em cima daquilo e acalmar as ansiedades e trazer respostas e a outra modalidade é consulta
de rotina e esse costumeiramente é Vim porque a minha mulher me mandou ou porque o meu cardiologista me mandou ou porque o meu chefe me mandou Porque isso é uma questão também né Tem muitas empresas que exigem atualmente que seus empregados façam exames de rotina né até pra própria empresa saber como tá a saúde do do do seu empregado e muitas vezes poder auxiliá-lo no tratamento uma vez que a empresa tem interesse naquele Funcionário é um funcionário bom que a empresa quer manter ali com ela né ela quer que ele esteja da melhor forma de
saúde possível né então muitas vezes a gente vê isso as próprias as empresas exigindo um exame periódico né dos seus funcionários e isso muitas vezes traz diagnósticos precoces em pacientes assintomáticos laudo vamos pegar um caso típico para discutir o problema que vocês lidam com ele todos os dias você pega um homem de 60 anos nenhum sintoma urinário perfeito levando a vida dele normal Vai lá vai fazer o exame eh para diagnóstico precoce faz o PSA subiu não tá mais na faixa em que se encontrava antes faz o toque retal você encontra um pequeno nódulo na
próstata na dúvida da repete o PSA para ver se tá tudo bem se repete confirma que ele subiu mesmo a partir daí Qual é a sequência o senhor me trouxe dois fatores que levam a suspeita de um câncer de próstata Lembrando que suspeita e diagnóstico são coisas bem diferentes quando nós temos um diagnóstico confirmado é que nós temos certeza ou mais próximo da certeza de que aquilo realmente é um câncer de próstata o pé se é alterado e o toque retal alterado mesmo que seja Pequeno São indícios de que nós podemos ter ali um câncer
de próstata naquela próstata então na suspeita hoje em dia ainda é necessário fazer uma biópsia da próstata a biópsia nada mais é do que a retirada de alguns fragmentos ali da próstata Eu costumo dizer pros pacientes que a biópsia é como uma pescaria com arpão não é uma pescaria em que a gente coloca a varinha e fica esperando o peixe vir e o arpão Tem que acertar exatamente ali e por isso podemos a biópsia não é tão precisa porque muitas vezes pode haver um tumor maligno da próstata crescendo ali o biópsia não pegar pequenininho pequenininho
né O que é bom né se a gente for pensar ah sinal que era muito pequeno mas podemos ter uma biópsia que é o famoso falso negativo né com o covid as pessoas acabaram se habituando com o falso positivo e falso negativo né que eram termos que a gente usava na medicina mas que a população não médica não utilizava tanto mas a biópsia ela pode sim ser um falso negativo né então a gente pode eventualmente ter um tumor maligno muito pequeno numa próstata com grande volume tira-se ali 6 8 12 pedacinhos da próstata pode acontecer
de não vir o tumor isso é um algo preocupante porque o paciente vai ter um diagnóstico dizendo que ele não tem câncer de próstata quando na verdade ele fica tranquilo e na verdade ele tá lá então uma coisa que a gente tem conseguido fazer com certa frequência é na suspeita do câncer de próstata muitas vezes conseguimos fazer uma ressonância magnética volto a falar a ressonância magnética não é um exame que tá tão fácil acesso no Brasil de um modo geral mas em muitas regiões a ressonância magnética já é uma realidade as pessoas têm acesso sim
e a ressonância pode ajudar a aumentar essa suspeita ou até diminuir essa suspeita do câncer de próstata uma coisa que vale a gente sempre lembrar é que o PSA aumentado ele não significa que a pessoa tenha um câncer de próstata significa que a pessoa tem algum problema na próstata porque é só a próstata que produz o PSA Então se o PSA subiu o problema tá na próstata não foi um encravada não foi rinite sin foi um problema na próstata e nós temos três possíveis problemas na próstata que fazem o PSA subir o câncer de próstata
que é o que mais preocupa o aumento Benigno né que chamamos de hiperplasia prostática benigna e as inflamações da próstata de um modo geral que são as prostatites e todos aqueles fatores que as pessoas mencionam então andar a cavalo andar de bicicleta andar de moto fazer exercício físico colher o exame de PSA depois de atividade sexual isso tudo entra no pacotinho da prostatite então muitas vezes nós vemos pacientes que não leem ali nos Laboratórios tem uma guia de orientações de Ah você vai colher o seu PSA então evite isso aquilo aquilo outro aquilo outro e
muitas vezes a gente pede pro paciente repetir o exame ele e não lê de novo né então é muito frequente na hora que eu chego o PS falou o senhor tomou esses cuidados mencionados aqui eh ah puxa Nossa não vi então o paciente Teve relação sexual no dia anterior ali na véspera a coleta do exame é alguém que anda de moto ou de bicicleta no dia a dia a cavalo ou a cavalo e muitas vezes o PSA tá aumentado por conta disso então sempre vale a pena a gente fazer uma higiene do PSA que eu
menciono Então vamos entender Será que essa próstata está aumentada e não tem nenhum nenhum indício maior de uma neoplasia maligna Será que o PS aumentou dessa pessoa na mesma proporção que o volume da próstata dela aumentou nos últimos anos Isso são indícios de que eventualmente a gente tá falando de um aumento Benigno da próstata e da mesma forma o câncer de próstata e o aumento Benigno eles não costumam dar sintomas repentinamente TS vezes o paciente tá muito bem e ele fala olha o meu ps aumentou junto com uma alteração instantânea al de um dia pro
outro piorou muito os sintomas urinários ele passou a ter que urinar à noite uma coisa que não acontecia a gente começa a pensar numa prostatite Então vale a pena a gente entender Exatamente esse cenário e se realmente estivermos com essa suspeita do câncer de próstata Aí sim passar por uma biópsia de próstata Se possível com uma ressonância magnética antes da biópsia para facilitar a o diagnóstico Então vamos imaginar que você fez esse diagnóstico ele é realmente precoce tumor está restrito à próstata tá fez vários exames tá só lá e aí nós temos uma discussão complicada
pro tratamento complicado porque são os resultados são muito bons né sim e fica às vezes difícil escolher qual deles se adapta melhor aquela pessoa é muito importante depois que nós temos o resultado da biópsia de próstata e explicar pros pacientes que o resultado não vem verde ou vermelho né não é que vem câncer de próstata sim ou não ele vem a além de câncer de próstata sim ou não ele vem uma escala de gravidade do câncer de próstata para quem tem algum familiar algum conhecido ou seja algum paciente com câncer de próstata e já viu
um laudo de biópsia de próstata vem escrito ali o que nós chamamos de grau de gison ou iup são graus numa escala de agressividade e essa escala de agressividade a gente usa junto com o valor do PSA e dados do toque ou da ressonância para classificar esse câncer de próstata num câncer de próstata de alto risco de baixo risco ou de risco intermediário O que é esse risco né Eu costumo dizer que é o risco da pessoa ter problemas com esse câncer de próstata seja por progressão local né do Câncer crescer ali dentro da próstata
e acometer os órgãos adjacentes ou de uma progressão à distância as metástases então um câncer de alto risco Como o próprio nome diz tem uma AL alta chance da pessoa se prejudicar um câncer que costuma ter um crescimento mais agressivo mais rápido e que precisa de um tratamento mais efetivo é muito diferente de um câncer de próstata de baixo risco ou de uma classificação mais recente que utilizamos que é o câncer de próstata de muito baixo risco que são graus de gison mais baixos psas mais baixos e que temos visto que são cânceres que dificilmente
vão progredir tanto localmente quanto a distância o nosso tratamento para essas diferenças entre o câncer de próstata deve ser diferente também muitas vezes nós temos um laudo de biópsia falando que aquele paciente tem um câncer de próstata ou seja tem um tumor maligno e o meu trabalho é o inverso é explicar pro paciente que aquele câncer é de muito baixo risco e que seria melhor até se ele não fizesse nada se ele não fizesse cirurgia nem radioterapia porque a chance daquele câncer trazer algum problema para ele ao longo long da vida dele Beira o zero
mas nós não temos como dar garantias disso então nós temos que fazer o que chamamos de vigilância ativa ou seja é um câncer que dentre os dados que nós temos ele é maligno ele tá dentro da classificação de tumores malignos mas que a chance dele trazer problemas para aquele paciente são tão baixas que é melhor a gente manter o acompanhamento para esse paciente do que correr o risco dele ter um efeito colateral de um tratamento seja ele qual for Então esse paciente tem câncer de próstata assim como o outro do Câncer de alto risco mas
os tratamentos devem ser muito diferentes o câncer de alto risco Sim esse precisa ser tratado e o quanto antes porque ele tem uma velocidade de progressão muito maior esse câncer de alto risco ele pode sim dar metástase e grandes problemas para esse paciente num curto espaço de tempo então o tratamento que deve ser feito ele deve ser baseado muito no grau de agressividade do câncer e nesses casos mais agressivas Quais são as opções que nós temos estamos falando da doença localizada na próstata não deu metá perfeito nas doenças localizadas ou seja o câncer tá somente
na próstata o tratamento deve ser localizado também as pessoas perguntar Ah mas não tem que fazer quimioterapia não tem que fazer outras muitas vezes paraa doença localizada não porque a quimioterapia é um tratamento sistêmico né um tratamento que vai acometer o corpo inteiro na verdade vai tratar o corpo inteiro e se o câncer tá só na próstata Não há necessidade de fazer um tratamento dessa forma então Existem algumas modalidad de tratamento local dentre eles a cirurgia com a remoção completa da próstata e das vesículas seminais que são duas bolsinhas Onde fica acumulado semem antes da
ejaculação bem anexas ali à próstata deve ser retirado como um todo por se o câncer tá somente ali dentro na hora que a gente tira aquilo o câncer foi retirado em sua totalidade então nós estamos aproveitando essa janela de cura o câncer tá lá a gente tirou aquela região o câncer tá resolvido é óbvio que precisamos manter acompanhamento para ver se não volta esse câncer que é uma coisa que pode acontecer a outra modalidade que existe pro tratamento localizado é a radioterapia né em que doses de radiação são direcionadas ali pra próstata com o intuito
de matar esse câncer ali na próstata da mesma forma podem ter efeitos colaterais de tanto de um quanto de outro tratamento mas de ambos Têm umas taxas de curas muito boas né então a gente tá aproveitando essa janela de cura para que a pessoa fique isenta ou mais próximo disso da possibilidade desse câncer se espalhar para outros órgãos existem outros tratamentos como rifo a própria brac terapia mas que não tem sido muito utilizados atualmente até porque eles podem trazer efeitos colaterais e as taxas de cur cura não são tão elevadas o que tem muito bem
estabelecido é a radioterapia e a cirurgia com a remoção completa e aí a gente vai ter que analisar para cada paciente qual se enquadra melhor pras expectativas dele pro tipo de tumor dele porque os dois t tem tem efeitos colaterais tem benefícios e prejuízos pra saúde dois exatamente uma das coisas já que a gente tava falando de próstatas aumentadas né a própria radioterapia para pacientes que tem a próstata aumentada ela passa a não ser uma boa opção né então se o paciente já tem sintomas obstrutivos se ele já tem uma dificuldade para urinar porque a
próstata tá apertando a oreta a radioterapia tende a piorar esses sintomas então a gente acaba guardando a radioterapia para pacientes com próstatas menores né que não t sintomas obstrutivos e enquanto próstatas que já são aumentadas que já trazem problemas pro paciente a nossa tendência é mais para cirurgia outra dúvida que aparece sempre esses casos que são cirúrgicos que se aumenta muito a complexidade sei quanto detalhe a radioterapia é uma discussão cirurgia é outra então eu optei pela cirurgia aí vem que cirurgia cirurgia céu aberto essa que eu faço vocês fazem uma incisão e e retira
a próxima cirurgia laparoscópica coloca um laparoscópio aparelho duas Ases tal tira próxima cirurgia robótica como é que você orientaria as pessoas nesse tipo de situação querem operar já resolver qual qual tipo de cirurg A cirurgia é uma excelente opção e eu digo que ela é uma excelente opção hoje em dia nós vemos relatos de pacientes que foram operados muitos anos atrás em que a cirurgia de próstata era catastrófica né com muita morbidade e dá para entender o porquê a próstata ela fica numa região muito difícil de acesso né ela tá bem no meio dos nossos
ossos aqui do quadril tanto que até pra gente fazer o o toque da próstata nós temos que fazer por via transretal mas a cirurgia nós não podemos fazer por via transretal então nós temos que fazer a cirurgia por via abdominal acessar como se fosse lá dentro dos ostes então uma comparação que eu falo pros pacientes é como se aqui nós estamos com uma mesa entre nós como se eu tivesse que amarrar o seu sapato agora tá no meio de uma região de difícil acesso então para eu acessar o seu sapato seria muito mais fácil eu
entrasse embaixo da mesa e fosse ali é isso que o robô traz pra gente de precisão ele consegue entrar bem embaixo dos ossos do quadril bem naquele miolinho e chegar muito próximo da Próstata é a grande vantagem e a grande dificuldade que se tinha na cirurgia céu aberto era que não se conhecia tão bé essa anatomia ali da próstata Então eu tinha que fazer uma incisão abdominal e dar um jeito de enxergar ali embaixo do osso para conseguir retirar a próstata uma coisa que precisa ficar muito clara é que não ter próstata não significa que
o paciente vai ter problemas com mixão né ou seja para urinar e nem de disfunção sexual a próstata não serve para segurar a urina nem pra gente ter relações sexuais a função da Próstata é produzir o líquido que nutre os espermatozóides ali até o seu caminho ao óvulo então a próstata é um órgão do sistema reprodutivo que não tem relação Direta com a parte sexual ou miconal no entanto ao redor da próstata estão estruturas muito nobres que tem essa função então o tratamento da próstata Pode sim afetar essas estruturas seja o próprio reto já que
a gente faz o toque retal a próstata tá apoiada no reto Então temos que tomar muito cuidado com o reto com os nervos que levam ao pênis conseguir fazer ereção com o músculo que é o esfincter que faz a gente conseguir segurar a urina tudo isso tem a próstata bem ali no meio então a a remoção da próstata ou a irradiação da próstata faz com que eventualmente esses tecidos ao redor sejam danificados e por isso que quanto mais precisão a gente consegue para fazer esse procedimento melhor então A ideia é ter mais precisão e por
isso a tecnologia tem ajudado muito e a cirurgia robótica tem um grande papel nisso hoje em dia em realmente ajudar remover a próstata sem danificar Ou pelo menos causando o mínimo de dano possível aos tecidos dos adjacentes Então hoje em dia ser possível a cirurgia robótica Ela traz benefícios com relação aos outros procedimentos a a questão só é que o robô não opera sozinho né o robô é um instrumento então é como um carro não adianta eu dar um carro de Fórmula 1 para uma pessoa que não tem muitos conhecimentos dirigir se eu pegar um
carro de Fórmula 1 aqui e sair aqui na na avenida na frente for até a minha casa Provavelmente o risco de eu me acidentar é muito grande né então não adianta ter o equipamento a gente precisa ter alguém que saiba manuseá-lo Então o que muitos cirurgiões professores nossos da época da faculdade faziam com a cirurgia Beta era uma coisa esplêndida né mas que levou-se muitos anos para conseguir chegar nesse grau de expertise e o robô trouxe pra gente uma velocidade Talvez um acesso até por conseguir enxergar melhor as estruturas de conseguir fazer essa cirurgia com
muito mais destreza com muito mais precisão Então hoje em dia para mim por exemplo eu não faço mais cirurgia aberta inclusive no próprio SUS né que nós estávamos comentando no Cesp nós temos um robô lá no SUS no no Cesp nós não conseguimos infelizmente verba para conseguir operar todos os pacientes do iesp com o robô mas o robô tá sendo utilizado semanalmente pelo menos dois ou três casos de câncer de próstata nós operamos com o robô no iesp no SUS vamos pegar o os casos que evoluem mal que são do doente que demorou muito para
fazer o diagnóstico e aí aparece já com metástases ósseas e eventualmente met em outros órgãos Ou aquele que operou passou um tempo às vezes anos né Muito bem e de repente a doença recidiva Quais são as opções nesses pacientes para esses pacientes nós sempre temos que analisar exames que chamamos de estadiamento os exames de estadiamento eles vão trazer uma lei ura pra gente de onde e do volume de tumor que esse paciente ainda tem no corpo dele então nós vimos muito isso durante a pandemia né eram pacientes que sempre fizeram exames de rotina e por
conta da pandemia ficaram aí três 4 C anos sem fazer nenhum exame e quando voltaram o câncer já não só apareceu como progrediu né então nós viemos muito isso nesse retorno pós pandemia E aí nós temos que analisar caso a AC caso existem casos em que mesmo tendo metástase se o diagnóstico for uma metástase muito pequenininha próxima da próstata ainda dá para pensar em fazer algum tratamento de resgate local isso com o intuito de evitar a progressão do Câncer ali na região Mas temos que pensar dependendo desse estadiamento se foram estágio mais avançado Às vezes
o tratamento local não traz benefício e traz prejuízo né então nós temos que analisar os tratamentos sistêmicos que são por exemplo a hormônio terapia como o senhor mencionou no começo a questão do bloqueio da testosterona né a castração que pode ser feita através da própria remoção cirúrgica dos testículos né em que a testosterona do paciente cai a zero e cai na hora né é impressionante É impressionante como medicações né então desde injeções até comprimidos que fazem com que e a produção ou a identificação da testosterona pela próstata e pelo câncer de próstata diminua a quase
zero de modo que isso dizemos enxuga né e segura ali a progressão do câncer de próstata e existem outros tratamentos né que são os novos antiandrogênicos que a gente utiliza hoje em dia para tentar segurar esse câncer de próstata por via hormonal por via hormonal o grande ponto que a gente tem que lembrar é que na hora que estamos falando de uma doença localizada nós estamos o nosso foco é a cura do câncer é eliminar todas as células de câncer desse paciente na hora que o câncer progrediu deu metástase se espalhou nós não pensamos mais
em cura necessariamente mas Nós pensamos em controle e hoje em dia com as medicações Infelizmente são medicações caras que não estão acessíveis a toda a população mas são medicações que aumentam muito a sobrevida dos pacientes e com qualidade né são medicamentos que têm alguns efeitos colaterais e que cada vez mais os novos remédios vêm com Menos efeitos colaterais Mantendo a sua eficácia mas que ainda trazem alguns efeitos colaterais e para quem já acompanhou pacientes que morreram mesmo com por câncer de próstata não com câncer de próstata mas por causa do câncer de próstata as metástases
são muito desagradáveis ah as metástases do câncer de próstata costumam ser pro os ossos né pro esqueleto Então são Dores como fraturas mesmo ou até de limitação de movimento se as metástases forem na coluna pode comprimir a medula e eventualmente a pessoa para de caminhar não consegue se movimentar muitas vezes nós vemos eh O entorno de pacientes que tiveram e que faleceram por câncer de próstata os familiares amigos eles são a população que tomam mais cuidado e mais disseminam a informação porque que viram que o óbito a morte pelo câncer de próstata não é um
liga desliga né é um óbito muito difícil muito sofrido e o que a gente quer evitar é exatamente isso né a gente não quer evitar que o câncer aumente um pouquinho ali na próstata por isso é passível de tratamento o que a gente quer evitar são as metástases a gente quer evitar o sofrimento dos pacientes por conta de uma doença que tem ali uma janela de cura facilmente acessível e você diz que esses novos medicamentos vamos chamar isso uma nova abordagem no tratamento do câncer de próstata melhor a qualidade de vida fácil de entender se
você consegue uma remissão da doença tem que melhorar mesmo e aumenta a sobrevida aumenta Quanto dias meses anos normalmente meses a gente ainda não consegue muito aumento mas cada vez isso tem aumentado mais de qualquer forma mesmo com o uso dessas novas medicações o bloqueio da testosterona ainda se faz faz necessário e o bloqueio da testosterona traz efeitos colaterais pros pacientes desde perda de massa muscular até eventualmente depressão ondas de calor né então são medicamentos que conforme nós associamos medicamentos associamos também efeitos colaterais né então são medicamentos que devem ser muito utilizados de forma muito
cautelosa né mas que tem cada vez mais aumentado a sobrevida aí dos pacientes com qualidade esse que é o grande ponto e pra gente encerrar Arnaldo como é que você enxerga o futuro os próximos anos do tratamento do câncer de próstata eu vejo que estamos indo para um equilíbrio né nós tivemos aí em 2011 2012 nos Estados Unidos um movimento contrário ao rastreamento do câncer de próstata né Isso dá para entender porque como mencionamos aqui muitas vezes é feito um diagnóstico de um câncer de próstata que não vai matar aquele doente que não vai trazer
nenhum problema para aquele paciente então seria melhor Em algumas situações foros pensar que nem houvesse sido feito esse diagnóstico pensando nisso que em 2011 e 2012 nos Estados Unidos fizeram um anúncio de ó Então para de fazer PSA e toque retal para todo mundo que assim a gente Evita o overdiagnosis né então a gente evita que seja diagnosticado um câncer que não precise de tratamento o que se viu nos anos subsequentes foi o aparecimento de cânceres muito agressivos e que perderam ali aquela janela de cura o que eu tô vendo é que me parece que
estamos indo para um equilíbrio não necessariamente fazer exame em todo mundo mas também não deixar de fazê-lo e isso deve ser analisado caso a caso o problema que eu vejo não é fazer um diagnóstico de um câncer de próstata que não precise de tratamento o importante é o que você vai fazer na hora que você tem esse diagnóstico então eles falam Ah é melhor evitar fazer um diagnóstico de um câncer de baixa agressividade Eu discordo disso eu acho que é importante sim fazer o diagnóstico mas não tratar se for o caso e acompanhar e evitar
que ele progrida então eu acho que a gente tá caminhando nesse para esse equilíbrio e sobre a questão dos tabus né da população masculina Eu também vejo com muito bons olhos essa evolução então como eu falei iniciativas como essa que a gente tá fazendo aqui de bate-papo que tem um alto alcance a população vai colocando na cabeça das pessoas essa questão puxa com 50 anos ou eventualmente um pouco antes eu preciso fazer uma investigação precisa fazer exames de rotina e se for o caso de fazer um exame com toque retal que faça de uma forma
bem tranquilo o que eu costumo dizer pros pacientes também foi ninguém vai amarrar um paciente fal Ah nós vamos fazer o toque retal nós vamos coler muito pelo contrário né Isso deve partir do próprio paciente né nosso tempo tá chegando no final você conseguir queria resumir que um dos problemas maiores do tratamento do câncer de próstata é a impotência sexual O que que a gente pode oferecer para esses pacientes com a tecnologia de hoje o que sabemos é que a impotência sexual depois do tratamento do câncer de próstata é decorrente ou do bloqueio da testosterona
né então para casos mais avançados então bloquear a testosterona traz uma queda da libido do desejo sexual e consequentemente da função sexual e o tratamento localizado seja ele a cirurgia ou a radioterapia coloca em cheque os nervos que levam a ereção então quanto maior a nossa precisão para evitar o acometimento desses nervos seja através do próprio câncer ou através do próprio tratamento quanto mais precoce for esse diagnóstico menor a chance de tá cometendo esses nervos então A ideia é fazer o diagnóstico o mais cedo possível e ter acesso à tecnologia que te traga maior precisão
na preservação desses nervos Mas tirando o câncer como um todo então A ideia é conversar com o urologista ou com o clínico geral cardiologista sobre os riscos e benefícios como estamos falando aqui para esse paciente de fazer o rastreamento uma vez levantada alguma suspeita por câncer de próstata sim ir atrás fazer a biópsia descobrir se é ou não um câncer de próstata e Qual o grau de agressividade e uma vez diagnosticado um câncer de próstata que mereça tratamento que precise de tratamento mas que ainda esteja localizado que o faça o quanto antes para diminuir ao
máximos efeitos colaterais desse tratamento Arnaldo eu faria ainda umas 30 perguntas para você a eu responderia todas com muito prazer é infelizmente nós chegamos no final muito obrigado vi eu agradeço nós conversamos com o Dr Arnaldo fazioli o Arnaldo é médico do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo e CESPE que fica ali na D e e falou com a gente sobre câncer de próstata deu uma ideia muito boa dos problemas que estão relacionados com essa doença que hoje felizmente nós curamos a maioria dos casos esse podcast faz parte de um grupo nós temos
mais de 100 gravados veja também o porqu dói o saúde Cabu e outras histórias todos eles estão disponíveis no YouTube e nos principais agregadores Muito obrigado e muito obrigado a você Eu que agradeço o espaço sempre à disposição