[Música] muito bem meus caros sejam todos bem-vindos vamos dar continuidade então o nosso curso de catecismo tradicional e agora finalmente saindo do longo ciclo dos sacramentos que acabamos dando um grupo grande de aulas para o entendimento da doutrina da igreja a respeito dos sete sacramentos agora passado essa fase dessas manifestações do Poder de Deus desses sete sacramentos nós vamos nos ocupar justamente da vida pública do culto ou seja da liturgia a certamente parte fundamental da vida da igreja de grande importância ela precisa ser estudada também com um devido cuidado da mesma forma como nós estudamos
os sacramentos E hoje vamos ter a nossa aula como uma forma de introdução a esse tema tão importante que muitas vezes é completamente ignorado pela maioria dos católicos do que é uma coisa litúrgica ou não litúrgica não é então o que que vem a ser liturgia né Toda vez que nós começamos um tema importante nós nos atermos ao à definição que a igreja dá que pode parecer simples mas toda definição ela tende a ser simples mas nós vamos nos aprofundar no real significado da liturgia é o conjunto de regras estabelecidas pela igreja em todas as
coisas que dizem respeito ao culto público né é a primeira coisa que aparece para nós essa questão do culto público né a definição de culto é interessante né o culto verdadeiro mesmo as antigas os antigos sacrifícios da da da Lei natural eh era sempre envolvendo um agente público que tornava pública uma ação de oferecimento à divindade daquilo que era melhor logo o culto era um ato de destruição derramamento de sangue só quando há essa ação você pode chamar situação de culto é claro que a igreja possui um culto público por excelência que é a Santa
Missa mas quando nós tratamos de liturgia essa palavra vai abranger muito mais a vida da igreja do que tão somente o culto por excelência que é a Santa Missa a Santa Missa estará presente também no culto público com os seus objetos com as suas formas mas há outros aspectos desse culto público que precisam ser destacados no nosso estudo e é por isso que ele é tão detalhado pois bem antes de nós começarmos é importante nós sabermos a origem do nome liturgia né que vem do grego que significa serviço público por isso que eu fiz questão
de dizer mesmo Os cultos antigos antes do culto verdadeiro era como que uma prestação de um serviço a público e não deixa de ser também mesmo na lei nova porque a função do sacerdote é tornar público o único sacrifício verdadeiro mas em torno desse sacrifício existe uma série de ações associadas a ele que também são consideradas ações litúrgicas tá bom correr da aula nós vamos perceber que o culto público ele vai ser sistematizado pela igreja através de livros tá a coisa vai ser realizada nos primeiros séculos tudo muito ainda dentro de um campo da oralidade
daquilo que os apóstolos ensinavam aquilo que os apóstolos desenvolviam Mas vai chegar o momento em que a igreja vai codificar isso escrever formatar o culto para que de um momento em diante ele não fosse mais modificado nós vamos tentar entender esse processo no passar no correr da nossa aula pois bem [Música] eh aonde nós podemos ver Essas manifestações de culto público em vários momentos da sagrada escritura no livro dos macabeus por exemplo nós vamos observar o momento em que se faz um sacrifício para as almas dos Soldados nós podemos poder ver também isso em Êxodo
31 no evangelho mesmo de São Lucas isso aparece com muita clareza a presença de uma realização de uma liturgia então liturgia significa serviço público a igreja pega um nome que já era usado na antiguidade para simbolizar ou significar vamos dizer assim esse serviço público e transfere esse nome liturgia para as ações de culto da igreja tá essa transferência do nome a igreja vai fazer em várias coisas inclusive uma das acusações que fazem contra ela nasce desse ato dela e nós vamos tentar explicar isso na aula de hoje tá muito bem atualmente tudo que a igreja
tem de liturgia vai chegar para nós através de uma congregação que é chamada Congregação dos ritos essa Congregação dos ritos foi fundada no século X 1588 por quê Porque justamente no século X é que a igreja vai começar a dar formatação final da liturgia que é mostrada historicamente no gigantesco importantíssimo Concílio de Trento né então é tudo por essa época todas as form ações litúrgicas da igreja vão acontecer durante o século XV 16 e dali em diante a coisa vai ficar meio que fechada pronta estabelecida tá é a partir daí que começa e há a
criação no século X da Congregação dos ritos que é responsável pelo estabelecimento dos mesmos né então o Papa CTO quto para zelar pela liturgia ele vai criar essa congregação Por que zelar pela liturgia nós vamos entender por historicamente né Nós vamos ver que os apóstolos que quando se espalharam pelo mundo e se estabeleceram em diversas regiões do planeta eles levaram de uma liturgia de uma base litúrgica vamos dizer assim que eles aprenderam de nosso Senhor e aplicaram aos costumes desses povos onde eles se estabeleceram então nos primeiros séculos havia uma certa liberdade de criação de
ritos naquilo que não era essencial aquilo que que era essencial nós vamos perceber que em cada rito criado eles têm uma semelhança quase imutável tá hoje nós vamos inclusive falar dos diversos ritos que existem na igreja então esses Apóstolos foram de alguma maneira formatando um rito um exemplo clássico é o rito de São Marcos que vai ser estabelecido no Egito né a gente só pensa Egito em dois sentidos né ou os faraós da antiguidade ou islamismo não o Egito e de Faraó já não existe há muito tempo né o Egito faraônico né Depois de de
Alexandre Magno o Egito já nunca mais foi a mesmo como no passado né depois então com a proximidade da do triunvirato Romano Júlio César Marco Antônio o o o Egito mudou a cara completamente e se converteu ao cristianismo com a pregação de São Marcos né São Marcos desenvolveu um rito ali que depois foi aperfeiçoado mais adiante que é justamente o rito copta nós vamos ver isso mais adiante né Eh se nós pegarmos o rito copta você vai ver que ele tem algumas características regionais porém a estrutura do rito é a mesma de todos os outros
ritos da igreja isso que é importante e nos primeiros séculos esses ritos de fato foram se formando né em várias partes da do mundo aonde esses Apóstolos iam levando a revelação e a e a a formatação da igreja pois bem todo o o a liturgia ela diz respeito a algo a uma estrutura material por exemplo roupas prédios eh orações gestos cantos símbolos tudo isso vai compor o que a igreja vai chamar de litúrgico ou não litúrgico tá então tudo está relacionado por exemplo a certos locais a certas ações a certo canto a certa língua a
certo eh a certa ação envolvendo sempre coisas materiais por quê Porque como o culto ele precisa ser público ele precisa ser visível tá então tudo no cul é uma amostra da divindade que está ali sendo cultuada pelo sacerdote ou pela ação da igreja então sempre terá um campo visível ou seja objetos locais palavras tudo que envolve aquilo que pode ser observado isso é muito importante da gente entender para a gente depois con como que esse culto deve ser pois muito bem eh qual é a utilidade da liturgia tem duas utilidades a liturgia Primeiro ela tem
que promover a dignidade do culto Opa essa palavra dignidade aqui ela aparece com muita importância por quê Porque na hora em que eu tiver fazendo o ato litúrgico ele tem que está revestido da dignidade própria daquele que vai ser cultuado isso não não posso por exemplo oferecer a Deus algo bizarro algo disforme algo eh eh como é que eu vou como é que eu vou dizer algo que seja eh desprezível a Deus eu tenho que oferecer sempre o melhor possível isso é uma regra litúrgica que a igreja sempre se destacou a Deus se dá sempre
o melhor possível Ou seja a dignidade do culto ela tem que estar resguardada na hora de escolher os objetos de culto outra finalidade outra utilidade da liturgia é alimentar a piedade eu dou a dignidade ao culto e esse culto tem que me dar de alguma maneira um alimento à minha piedade O que que significa isso eu preciso ao ver o culto ao estar presente é o ato litúrgico eu tenho que me mover a virtude da Piedade essa virtude da Piedade que é fazer com que a minha alma Busque o criador vendo os atos que são
realizados por aqueles que representam ele então tem essa finalidade tá a ela ela precisa alimentar em nós a piedade portanto um ato litúrgico que se afastasse de uma piedade ele não ele tem que ser rechaçado você não pode dar dar a culto algo que não remeta a alma a uma elevação tudo no culto Divino na liturgia ele precisa elevar o indivíduo e não rebaix é importante a gente saber isso para depois a gente entender o que que a igreja vai fazer por exemplo nos objetos litúrgicos né pois bem esse ato essa liturgia sempre tem que
ter como uma espécie de fundamento a devolução a Deus daquilo que Deus nos deu Deus nos deu tudo a vida a alma o corpo tudo que nós temos a nossa inteligência Então os atos litúrgicos eles sempre estão dentro de gestos palavras movimentos do corpo em concordância com o que nós temos dentro de nós não pode haver uma hipocrisia né Assim como é que eu vou dizer o culto exterior ele representa a vida interior então quanto mais Sublime for a vida interior esse culto essa liturgia ela vai ser Sublime como interior daqueles que a que aquele
que a concebeu e também tão Sublime quanto aquele que ela é o ela procura cultuar como divindade isso é muito importante curioso que isso tá presente até mesmo na religião natural antes da Revelação nós voltarmos no tempo aí num Egito antigo né já que a gente está falando de Egito nós voltarmos ao culto dos Deuses pagãos no Egito eles faziam aqueles Deuses lá antropos mórficos da melhor forma possível com o que havia de melhor com o que havia de mais mais Eh requintado vamos dizer assim essa questão de de dar dignidade ao que é maior
do que nós já está presente na religião natural muito mais deve estar presente na religião revelada porque agora se trata do verdadeiro Deus então se eu cultuava um monte de jacarés no Nilo e dava dignidade aquilo quanto mais eu vou dar ao Deus verdadeiro criador de todas as coisas tá então a gente precisa sempre entender essa lógica da liturgia né pois bem e aí quando a gente munido dessa realidade a gente tem que entender que na liturgia Tem que haver pompa quando a gente ouve essa palavra pompa imediatamente a gente vai se remeter a aquelas
cortes francesas né do século 1 18 x com o luxo a pompa Pois é aquele mundo materialista ali que os senhores muitas vezes conhecem nas escolas nos livros eles de fato roubaram um pouco para eles da pompa litúrgica Mas o culto Divino ele tem que ter essa pompa né A vida da nobreza não precisa que ter essa pompa acabava tendo porque eles alcançavam lá uma dignidade na sociedade e fazendo uma associação Olha nós somos dignos disso mas na verdade quem verdadeiramente é digno disso tudo é Deus nosso senhor Então o culto ele tem que ter
pompa o que queo significa para Deus deve se dar o melhor que existe sempre é o melhor de mais qualidade de mais valor de maior grandeza de maior Raridade tudo para Deus deve ser assim né então a pompa ela está presente nós não podemos olhar a pompa como sendo algo eh uma palavra que imediatamente se remete a algo pejorativo não a pompa na liturgia é necessária tá só nisso a gente já vê a importância de durante um ato litúrgico o embelezamento a grandeza das coisas eh se tornar como o parte do mesmo ato pois bem
existem na liturgia existe na liturgia duas categorias de ritos toda a liturgia ela é composta de ritos são ritos que a igreja considera sagrados esses ritos senhores eles podem ser de dois tipos ritos essenciais e ritos secundários por exemplo sacramento do batismo a matéria e a forma do Sacramento elas são essenciais não pode sofrer nenhum tipo de mudança agora os ritos acessórios do Sacramento Eles vieram depois são secundários no entanto com o passaros séculos a igreja foi colocando esses ritos em torno do Sacramento e meio que estabelecendo eles como Olha isso aqui é perfeitamente apropriado
e com os séculos de experimento daquilo a igreja foi transformando esses ritos secundários em partes do rito essencial Tá mas tem sempre essa diferenciação rito essencial e rito secundário é o rito paralelo não significa que esses ritos que não são essenciais eles são desprezíveis tá de forma nenhuma a igreja Com passar dos séculos Vai formatar isso diz olha para um o sacramento do batismo que eu usei como exemplo ser realizado ele precisa dessa estrutura em torno dele e a igreja estabelece isso como algo que vai ser firmado e sacramentado nos rituais que vão prescrever os
atos litúrgicos tá então os ritos todos os ritos da igreja vão possuir essa duas características tá pois bem a igreja no no começo dos séculos ela é acusada por muitos muitos dos seus críticos de trazer atos do paganismo ritos do paganismo para dentro do cristianismo essa acusação é geral s só que o indivíduo tá observando a coisa de uma forma equivocada a igreja vai usar inclusive algumas nomenclaturas usadas no paganismo e vai cristianizar aquilo Porque era bom era bem feito e agora isso vai ser feito à moda Cristã algum problema nisso algum tipo de de
de vamos dizer assim desmerecimento da coisa Sagrada não então isso vai acontecer nos primeiros séculos ah por exemplo o nome liturgia tinha origem pagã agora liturgia tem o sentido Cristão a igreja vai cristianizar o que o paganismo tinha de bom mas por nós olhamos o paganismo só só por aquela ótica da decadência mas existiam coisas que eram feitas por exemplo pelos gregos pelos Romanos que era bem feita funcionava Então se funcionava eu posso utilizar isso aqui só que da forma Cristã eu não tô trazendo eh divindades e ritos do paganismo para paganização que a igreja
sempre teve tá não é nada relacionado às acusações que ela sofre de depois de determinado século ter incorporado à práticas cristãs ritos pagãos que seriam litúrgicos não é uma visão equivocada tá eh a igreja então Com passar dos séculos ela vai formatando essas liturgias nas diversas regiões aonde os apóstolos foram se fixando né então o exemplo que eu dei antes aqui do São Marcos vai acontecer com São Pedro em Roma vai formar o chamado rito de São Pedro e São Paulo esse rito de São Pedro e São Paulo era a missa Romana dos primeiros séculos
que foi aos poucos sendo eh acrescida de de de ritos secundários que vão fazer parte da missa chamada missa de rito Romano São Gregório Magno vai dar uma formatação muito própria à missa Romana de sempre né quando esse rito Romano passar pela idade média ele vai receber alguns floreamento medieval uns acréscimos de orações mas a estrutura é a mesma da missa de São Pedro e São Paulo a missa de São Gregório Magno a missa é a mesma missa só que elas foram recebendo flamentos durante o passar dos séculos quando chega no período do Concílio de
Trento em especial após o Concílio com o Papa São Pio V que que são Pio V vai fazer ele vai tirar os flamentos medievais e deixar a missa pura como era no São no tempo de São Pedro e São Paulo é como se ele dissesse assim olha a vamos vamos manter a missa num formato que seja um formato original concebido pelos Apóstolos São Pedro e São Paulo em Roma daí nasceu famoso documento a bula coprim tempor né que eu até trouxe aqui na qual o Papa São Pio V ele vai formatar a missa para que
ela nunca mais recebesse nenhum tipo de floreamento como aconteceu na na Idade Média por exemplo né a a parte da missa que trata do kiri né que é o momento em de em que e a igreja pede a Deus que tenha piedade senhor tende piedade Deus tende piedade senhor Jesus Cristo tende piedade de nós é o kiri esse kiri na na Idade Média ele era intercalado com as orações como se fossem súplicas no meio daqueles pedidos essas súplicas foram floreamento medieval que são Pio V falou não não isso aqui não isso aqui isso aqui não
tinha na missa de São Pedro de São Paulo né a missa de São Pedro de São Paulo era só o quiri mesmo né Então vamos manter o kiral então ele foi formatando ele foi enxugando a missa desses oramentos medievais para manter a estrutura original da missa né quando isso ficou pronto ele estabeleceu essa essa essa esse documento essa Encíclica para dizer olha agora nós temos a missa pura simples e para que isso nunca mais aconteça ela não pode mais ser mudada em hipótese nenhuma é justamente o o conteúdo da bula coprim tempor que eu recomendo
que que todos Leiam para saber o quanto a igreja foi zelosa de guardar o rito da missa isso eu só citei o exemplo de Roma mas nós não podemos esquecer dos orientais a igreja oriental Ah mas existem então outros outros outras missas não a missa é a mesma tá não existem várias missas Só há uma missa não tem duas missas Diferentes né a missa é a missa mas os ritos da missa eles vão variar conforme essas igrejas regionais que foram sendo estabelecidas na antiguidade principalmente no Oriente E algumas no ocidente também já já nós vamos
ver quais são elas né E aí como é que se deu essa história esses ritos foram sendo estabelecidos por Apóstolos por sucessores de Apóstolos nessas Nessas cidades E se nós observarmos Elas têm Praticamente em matéria de estrutura a mesma coisa o que muda são as regionalidades do rito tanto que o próprio São Pio V quando vai fazer essa formatação essa formatação final da missa ele leva em consideração todos os ritos que tivessem mais de 200 anos que isso significa todos os ritos de regiões do mundo que tivessem mais de 200 anos de existência e Tinha
alguns que tinham 10000 Anos 10000 1000 anos 800 anos os ritos que tivessem esse pelo menos 200 anos de existência eles poderiam continuar sendo feitos na regiões Aonde eles se estabeleceram e os ritos orientais que daqui a pouco nós vamos ver quais são eles mantinham podiam ser feitos sem o menor problema pelas igrejas orientais e no ocidente o ocidente também desenvolveu ritos próprios os dois exemplos nós vamos ver daqui a pouco dentre outros é a missa no rito o rito de Milão né que é a chamada o rito ambrosiano de Santo Ambrósio né Nós vamos
ver também como exemplo o o rito o rito moçárabe que praticamente desapareceu Mas ainda é feito numa cidade da Espanha né tão somente ela como exemplo né então o o o Papa São Pio V falou não todos essas missas com mais todos esses ritos perdão com mais de 200 anos eles podem ser mantidos agora ritos que foram criados menos de 18 anos de 200 anos para cá estão proibidos não pode haviam ritos novos haviam e por exemplo Se nós formos por exemplo na região da França tinham surgido vários novos ritos espalhados Ali pela França que
não tinham 100 anos de existência 80 anos de existência esses ritos foram completamente proibidos pela igreja a igreja só Manteve definiu protegeu e guardou os ritos que tinham pelo menos 200 anos de existência Esse foi o o o critério usado por São Pio V para proteger a liturgia de qualquer tipo de modificação futura né então a gente tem que lembrar sempre isso a missa é uma só os ritos é que são diferentes tá muito bem e aí como eu falei com vocês da questão do Oriente né quantos ritos orientais existem são sete ritos orientais principais
sete ritos orientais né E quais seriam então esses ritos orientais vamos primeiro pro Oriente para depois nós irmos pro ocidente né Eh eh pois bem o primeiro rito oriental é o mais famoso de todos é o rito de São João Crisóstomo esse rito de São João Crisóstomo ele é usado principalmente em Jerusalém Antioquia e entre os eslavos vocês sabem que os eslavos né ucranianos Russos né todos os povos cristãos dessa região eles não adotam o rito Romano eles usam o rito de São João Crisóstomo na forma eslava tem diferença tem por exemplo o rito são
de São João Crisóstomo de Jerusalém ele tem características litúrgicas próprias o rito de São João Crisóstomo da Ucrânia possui características rituais próprios exemplo vocês vão ver que é tudo um detalhe e também interessante a gente saber quando que esse detalhe vem descrito na igreja se nós entrarmos numa igreja oriental do rito de São João Crisóstomo nós vamos perceber que o altar moror Ele é separado por um grande muro ou uma grande área de cortinas chamada de iconostase Então tá lá rito de São João Crisóstomo o altar o altar m e a nave dos fiéis separado
por uma iconostase O que que é uma iconostase é um lugar que há uma grande quantidade de ícones normalmente é um ícone de São João Batista um ícone de Nossa Senhora um ícone de Nosso Senhor um ícone da Última Ceia e Ali há uma divisória daqui para dentro só os sacerdotes e religiosos podem entrar daqui para fora os fiéis no rito de Jerusalém que não é os laav essa separação nas portas é feita com cortinas nos ritos eslavos é uma porta mesmo fechada trancada e na hora que o padre vai consagrar a hóstia e o
o o eles trancam tudo os fiéis não vem a consagração é secreto eles só ouvem o o a oração do padre depois que o padre consagra aí ele abre as portas e mostra aos fiéis nosso senhor já consagrado tá isso aí é uma caracteristic Zinha pequena do rito só para vocês verem a diferença vocês o por exemplo no no rito de São João Crisóstomo eslavo tem as portas no rito de São João Crisóstomo de Jerusalém São as cortinas essa que é a diferença básica coisas pequenas Tá mas que marcam o que o rito de São
João Crisóstomo que é o primeiro rito que eu citei como rito oriental Isso aí é um rito do oriente o ocidente não adota esse rito eu vou encontrar igrejas com esse rito no ocidente sim como missão por exemplo aqui no Rio de Janeiro tem uma comunidade Maronita e os maronitas assistem a missa do rito de São João Crisóstomo Mas eles estão aqui na condição de atender aquela comunidade de maronitas porque no ocidente não é um rito do ocidente é um rito do oriente tá o segundo rito é a chamada liturgia de São Tiago essa liturgia
de São Tiago também composta pelo pelo Apóstolo né faz parte também dos antigos ritos orientais o terceiro rito é a liturgia copta aquela que eu dei como exemplo que é a de São Marcos né atribuída a São Marcos e continuada depois pelos seus sucessores esse rito cpta já é bem diferente do rito de São João Crisóstomo vocês terem uma ideia o rito de copta ele tem uma quantidade muito grande de leituras né os ritos orientais TM duas leituras três leituras eh eu no rito CTA você vai ter lá pelo menos umas quatro leituras até cinco
leituras dependendo do dia então torna um rito assim um tanto grande né eles têm toda uma estrutura Eles já não t iconostase no rito CTA você já não vai encontrar as cortinas nem as portas nem as paredes mas vão encontrar outras características próprias por exemplo o padre quando entra no Altar ele tem que entrar descalço ele tem que tirar o sapato tem um monte de de coisas que vemm definidas numa coisa que a Igreja Chama de rubrica que que é rubrica rubrica são escritos vermelhos por isso que chama rubrica tá rubrica significa Terra Vermelha a
rubrica é uma orientação inha que vem no meio dos livros litúrgicos dando uma orientação para como o padre deve proceder Então essas rubriques elas podem mudar né Por exemplo Ah o padre ajoelha três vezes três gen flexões um exemplo tá eh aí o Papa entendeu que não não precisa de três basta uma aí essas rubriques da missa essas coisas podem mudar assim sofrer algum tipo de transformação mas a tendência da igreja é sempre chegar ao modelo definitivo para que não fique precisando mudar absolutamente nada tá eh a quarta liturgia oriental é a liturgia de São
Basílio que são das igrejas siríaca Síria é a liturgia de São Basílio São Basílio Magno foi um dos grandes bispos né da antiguidade oriental e ele formatou também um tipo de liturgia própria liturgia de São Basílio vai ter suas características próprias no oriente a outra a quinta é a liturgia Armênia os armênios têm um rito próprio e curiosamente os armênios possui uma formatação litúrgica muito semelhante a o rito Romano mas é outro rito não é o rito romano é o rito armênio tá o sexto rito é liturgia dos nestorianos apesar da do nome tá associado
a uma heresia eles não não são eles tinham um rito próprio que era chamada o rito nestoriano e por fim a liturgia dos maronitas ou da igreja do Líbano os cristãos do Líbano eles são os cristãos maronitas e possui um rito próprio daquela região aprovado pela igreja então esses são os sete ritos né que que orientais que a igreja possui há também os ritos presentes na na Índia o rito malabar o rito malan mas todos esses ritos são derivados desses que eu citei para vocês esses sete ritos do oriente que eu acabei de citar pros
senhores eles deram origem a outros ritos que na verdade são eles mesmos só que mudados de formas regionais tá não há uma mudança de rito os ritos são só esse sete ritos orientais agora vem a hora dos ritos ocidentais né a gente pensa que só existe o rito Romano não não existe só o rito Romano o rito romano é o maior de todos é o principal é o rito da cidade que é chefe da igreja né principal estabelecido no mundo inteiro Então vem a liturgia Romana que é chamada liturgia de São Pedro ou rito de
São Pedro e São Paulo que até o século V mais ou menos ele vai ter uma formatação própria e com o Papa são gelásio o Papa são gelásio vai começar a o processo de codificação olha até aqui a coisa era feito na base da oralidade e do costume não agora não agora nós vamos fazer realmente rituais para proteger a missa de São Pedro e São Paulo São Gregório Magnum no século Vi vai também favorecer uma uma proteção a esse rito e dar algumas características próprias a ele e aí chega após São Gregório Magno a figura
que vai realmente fechar a questão da missa é São Pio V na já falada bula coprim mon tempor aonde ele vai tirar todos os floreamento do acidente não você tem na Diocese de Milão como eu falei o rito ambrosiano que vem lá do tempo de Santo ambros ele é muito diferente do rito Romano Não não é mas ele tem características próprias né rubricas eu volto a falar das rubricas as rubriques do rito ambrosiano é diferente das rúbricas do rito Romano mas a estrutura é praticamente a mesma E se nós olharmos mesmo as igrejas orientais vocês
vão perceber que apesar de ter as regionalidades aprovadas pelo Papa a estrutura da missa é a mesma tá outro rito também que eu já falei é o mossar esse rito mossar era o rito mais difundido na Espanha ele foi diminuindo diminuindo sendo substituído pelo rito Romano até só existir praticamente hoje na cidade de Toledo né Toledo ainda guarda o rito moçárabe dentro das suas das suas características litúrgicas há também o rito galicano que também é do ocidente o rito galicano é o rito próprio da região da Gália ou seja atual França né havia um rito
próprio ali naquela região que tinh suas rubricas próprias e era um rito que nasceu no ocidente por isso o rito ocidental essa missa gicana ela já se aproxima bastante das rubricas do oriente porque ali eles estavam muito próximos da influência do oriente e por conta disso o rito acabou tendo características muito semelhantes aos ritos orientais tá e logo em seguida você diante disso eu poderia citar também o rito lionês o rito glagolítico que era da região da da da antiga yugoslávia tá todos eles têm uma estrutura que nasce desses de todos esses ritos que eu
citei para os senhores tá repetindo a missa é a mesma o rito é que é diferente isso forma um conjunto litúrgico da igreja que vai ter o seu desfecho final no nas decisões pós Concílio de Trento e no governo do Papa São Pio V ali o Papa vai decretar todos esses ritos aqui eles vão permanecer esses outros aqui mais recentes serão abolidos da vida da igreja tá eu poderia até citar outros exemplos por exemplo Portugal a Cidade de Braga por exemplo tinha o famoso rito Bracarense e até o século XV 16 1 era o rito
predominante só com a proeminência de Lisboa e Lisboa já vai tomar corpo em relação à Braga o rito Romano começa a incorporar o e fazer desaparecer o rito JAC arense e hoje eu acho que se ele existe ele existe só na Diocese de Braga e mesmo assim tendência é que ele um dia cabe e dê lugar ao rito Romano o fato é que também era um exemplo de um rito do ocidente tá então esse é o panorama né Parece até um pouco confuso mas não não é confuso vocês vão perceber que a estrutura dessa essas
missas elas são todas baseadas no mesmo esqueleto de missa introdução o kirali o glória vai ter tudo isso o Ofertório o cânon as partes finais tudo isso vai estar presente em todos esses ritos que Eu mencionei aos senhores só que com as suas regionalidades e com a devida aprovação da santa igreja no caso aprovação do Papa e depois de São Pio V foi formatado então se eu tenho uma formatação eu tenho livros litúrgicos Ah então existem livros litúrgicos sim a igreja possui seus livros litúrgicos que é a codificação de todas essas normas do culto Quais
são os livros litúrgicos da igreja primeiro deles é o Missal né Não podia ser diferente o outro livro é o breviário nós vamos ver o que é cada um deles o terceiro livro O Ritual o o livro ritual do pontifical o outro o cerimoniário dos bispos e o último dos livros o martirológio romano Esses são os livros sagrados da igreja tá os livros chamados livros sagrados considerados sagrados vamos analisar o primeiro né o Missal o Missal encerra todas as orações das missas necessárias para celebração das missas e que o padre vai usar durante o ano
inteiro então o Missal ele é o principal dos livros litúrgicos né eu tô falando do Missal de Altar mesmo né do padre para seguir as missas que deve ser celebrada conforme o calendário da igreja né então na antiguidade eh não havia um Missal compilado cada parte da missa estava mais ou menos separado num livro e é justamente a partir mais ou menos do século X é que os Papas vão juntar tudo no Missal aí vai vir leitura epístola eh e e todas as partes da missa com compilados num único Missal que é o primeiro dos
livros sagrados o segundo livro sagrado litúrgico é o breviário o breviário é o livro que deve ser rezado diariamente por todos aqueles que vão receber ordens sagradas ou possuem prerrogativas reconhecidas pela igreja como com dignidade para isso caso dos religiosos vocês vão fazer eles vão fazer um uma uma uma série de orações diárias como se fosse um culto Divino de Deus acompanhando sempre as orações e Cantos e leituras do breviário que não tem nada a ver com o Missal o breviário é outro livro sagrado o terceiro livro sagrado é o o ritual esse ritual contém
todos os ritos para a administração dos sacramentos Então vou lá vou fazer um batismo vou pegar Missal não vou pegar o breviário não eu vou pegar o qu o ritual que é um terceiro livro esse ritual vai trazer todos os sacramentos como que eu ten que fazer como que o padre vai proceder o livro vai dizendo tudo direitinho e informando o padre para que não haja problema o quarto livro é o pontifical pelo nome já tá dizendo são as funções do bispo é tudo que o Bispo precisa realizar Tem coisas que são específicas do bispo
né então o o o pontifical é um livro sagrado que traz todas as instruções para as atividades realizadas pelo bispo o outro livro Olha aí parece que é o mesmo livro mas não é o cerimonial dos bispos então tem o pontifical e tem o cerimonial dos bispos mas qual a diferença o cerimonial dos bispos é um livro que vai trazer todo o rito das missas que o Bispo vai participar então o padre vai saber fazer porque a presença do bispo numa missa ela muda completamente a liturgia em alguns pontos então esse livro vai trazer a
forma como toda todo o corpo de do clero que vai participar daquela celebração vai agir na a presença do bispo numa missa celebrada numa Catedral Por exemplo que vai ter algumas diferenças né Depois disso nós temos então o martirológio romano que que é é o o último livro sagrado da igreja o martirológio era era o local onde havin escrito o quê o nome dos Mártires por isso martirológio né mas depois a igreja passou a transformar ele num livro Aonde vem todos os Santos do ano em que a igreja precisa Celebrar precisa realizar as missas de
acordo com as festas dos Santos é como se trouxesse o elenco de todos os santos que a igreja vai venerar é o é o é o martirológio romano Fala martirológio Romano mas traz o nome de de Santos de todas as as regiões né então isso Fecha os principais livros litúrgicos da igreja não são os únicos tá mas esses são os principais livros litúrgicos da igreja falta algum bom podemos mencionar também outros que são considerados como livros sagrados meio que Paralelos né que livros são esses né Por exemplo eh oos chamados compêndios dos fiéis que que
são compêndios dos fiéis são orações que os fiéis podem fazer como por exemplo eh livros de horas litúrgicas aonde os fiéis podem rezar conforme a ordem que a igreja estabeleceu são livros de orações próprias que os fiéis podem utilizar e por fim nós temos aí o gradual que que é o gradual o gradual é uma coletânia de cantos da missa todos os cantos que V podem ser usados na missa serão descritos no gradual e por fim O anono que traz o elenco separadamente de todas as antífonas das missas que serão celebradas durante o ano tá
são livros Paralelos à liturgia que são considerados também livros litúrgicos né mas os cinco livros sagrados são esses que Eu mencionei anteriormente todo esse conjunto de coisas que nós vimos hoje é o grande aparato litúrgico da igreja só que dentro de cada uma dessas funções de cada um desses ritos vocês têm objetos locais orações específicas movimentos específicos línguas específicas que deverão ser usadas cada um desses ritos vai ter a sua língua Sagrada ali estabelecida e isso vai sendo nós vamos entrando nesses estudos conforme as nossas aulas vão vindo mas introdutor o que a gente precisa
entender é que tudo isso faz parte do conjunto do culto público da igreja tá E mesmo tendo sete ritos orientais um tantos outros ritos ocidentais é a mesma missa só que guardando essas regionalidades que a igreja a partir de certo momento vai proteger para que o rito permaneça com suas características de dignidade suas características de pompa suas características que levam a alma à Piedade todos os ritos que nós vamos estudar a partir das nossas próximas aulas Vocês verão que terão o intuito de elevar os indivíduos a Deus pela grandeza pela beleza pela pompa e pela
dignidade perfeito senhores até aqui tudo bem então chegamos no momento de dúvidas esclarecimentos na Polônia Eles seguem o rito Romano Romano Romano Polônia rito Romano Polônia apesar de ser um país oriental né vamos dizer assim né muito próximo do oriente a Polônia ela ela ela tem uma um laço muito grande com o ocidente curiosamente né agora por exemplo se a gente for ali pra Hungria pra Bulgária Vocês já vão ver que os ritos ali já tem toda a influência do oriente n a Grécia então a Grécia né a Grécia é é toda rito é o
rito da Grécia é o rito de São João Crisóstomo né então o o ali o Oriente já meio que e estabeleceu as bases do cristianismo é a mesma coisa Rússia Ucrânia e bielorrússia esses países todos os ritos orientais eles triunfaram né com os dois missionários né que foram para para Kev né são Cirilo e são metódio né eram dois irmãos um era monge o outro era Bispo o papa de Roma manda os dois para lá para quê para converter o povo rus né E só que esses dois que vão para lá eles são de rito
de São João Crisóstomo foram Missionários do Papa de rito oriental e quando chegaram lá eles estabeleceram a liturgia de São João Crisóstomo nessa forma eslava que eu narrei para vocês a diferença tá uma coisa também só pra gente ilustrar o rito de São João Crisóstomo ele não usa imagens esculpidas todas as imagens São pintadas tá é a tradição deles foi por causa da grande luta que eles travaram contra os iconoclastas que queriam destruir os ícones né então a igreja deles é repleta de ícones não é 1 2 3 não é 50 né não tem um
pedaço da parede de uma igreja oriental que não tem alguma imagem de alguma coisa eles botam a igreja repleta de imagem para tudo quanto é canto mais do que a igreja romana a igreja romana já privilegia bastante as imagens esculpidas né Já os ritos orientais são os ícones né eles têm uma arte uma escola própria para representar os santos nessa iconografia e as igrejas ortodoxas Senor Papa Sim eles mantiveram o rito a liturgia é a mesma é a mesma também só que eles eles têm os sacramentos válidos porém ilícitos né mas o rito é igualzinho
se o senhor for assistir uma missa numa igreja católica oriental e numa igreja ortodoxa do oriente é a mesma coisa né A diferença é que não vai haver a citação do Papa né porque no caso eles vão botar o nome do Patriarca da igreja né oriental mas o o rito é o mesmo exatamente o mesmo E aí meu caro alguma dúvida Tudo tranquilo sim rito melquita é São João Crisóstomo é a igreja oriental católica né porque tem os ortodoxos então para não confundir católicos e ortodoxos eles são chamados de melitas né esses melitas são os
católicos orientais então é missa católica perfeita Igreja Católica né só que em rito de São João Crisóstomo Ok então pois não onde entra a problemática dos ritos ou qualquer rito criado eh após o o conselho de Olha depois da bula comprim mon tempore é tá proibido criação de qualquer rito que não fossem esses prescritos pela igreja né os ritos eles não podem não pode se fazer novos ritos por isso que são Pio V se preocupou tanto em avaliar o que de fato era um rito genuinamente nascido de uma tradição Apostólica ou que foi um rito
inventado depois para atender interesses pessoais ou interesses regionais posteriores então isso tudo foi avaliado com muito cuidado e o Papa olha acabou não tem 200 anos de existência não pode mais ser usado como rito pra igreja os ritos agora são esses por isso que o papel da coprim mon tempor é fundamental pra gente entender essa essa essa essa proibição Mas por que que a igreja fez isso para que o rito verdadeiramente católico fosse resguardado como tal perfeito senhores então eu agradeço a todos e vamos então fazer uma oração pra gente encerrar o nosso auxílio está
no [Música]