Hoje em dia, as pessoas sentem que precisam preencher seus cronogramas e agendas por completo, fazendo tudo que conseguem para expandir seus horizontes e melhorar as suas vidas. Criamos a crença de que devemos ser sempre produtivos e que qualquer coisa que fuja dessa característica deve ser evitada. Nesta era de abundâncias, sentimos como se precisássemos fazer de tudo.
Porém, esta atitude vai de encontro com um fato adverso: não é possível fazer de tudo! Não podemos ser especialistas em todos os campos da vida, não podemos ter todos os brinquedos e eletrônicos, nem mesmo podemos vivenciar todas as experiências possíveis no mundo. E não só isso, mesmo se conseguíssemos fazer e ter de tudo, não existe garantia nenhuma de que seríamos mais felizes e realizados.
Na verdade, nossos armários estão cada vez mais lotados de lixo que nunca vamos usar, nossas agendas e rotinas estão cheias de tarefas que nem mesmo iremos executar, e os nossos dias estão repletos de experiências que nem faremos questão de nos lembrar. Ao invés disso, deveríamos focar no que realmente precisamos fazer, pensar no que é essencial para a nossa felicidade e bem-estar, e eliminar tudo aquilo que apenas tira nossa energia vital e que consome nosso tempo de maneira desnecessária. Este é o Essencialismo, a disciplinada busca por menos.
Parte 1 Para não se afundar em atividades desnecessárias, você precisa adotar o princípio do Essencialismo. Nossas vidas são tão abarrotadas com tarefas e responsabilidades que temos dificuldade de identificar quais delas são realmente importantes, em outras palavras, essenciais. Mesmo se nós selecionássemos todas aquelas que consideramos prioridades ainda assim ficaríamos de mãos cheias.
A sobrecarga de tarefas atrapalha a nossa produtividade. Mas, com a técnica do Essencialismo, conseguimos estabelecer corretamente nossas prioridades. O Essencialismo foca, principalmente em quatro pontos principais: 1.
Fazer menos, mas fazer melhor. O primeiro pilar do Essencialismo é a contínua identificação do que é menos importante em nossas vidas para que possamos eliminar tais coisas e dedicar nossa energia e tempo para o que realmente importa. 2.
Rejeitar a noção de que devemos conquistar tudo e escolher caminhos específicos para que possamos nos destacar. O Essencialismo não trata de fazer pequenos progressos em diversas áreas, mas sim escolher qual caminho iremos percorrer para atingir o melhor resultado naquilo que realmente importa. 3.
Constantemente questionar-se e atualizar os planos. O processo de decidir o que vale a pena e o que deve ser deixado de lado é contínuo. O Essencialista está sempre decidindo se aquilo que está fazendo realmente vale seu tempo e energia ou se deveria investi-lo numa área mais produtiva.
4. Finalmente, uma vez que estas atividades vitais forem separadas das diversas outras triviais, o Essencialista não perde tempo para dar início às suas tarefas. Embora possa parecer fácil, a maioria de nós não consegue executar estes passos.
Nas próximas partes deste resumo, você vai descobrir o que separa os verdadeiros Essencialistas das outras pessoas. Parte 2 Se ficarmos sobrecarregados pelas nossas tarefas, nós perderemos nossa capacidade de fazer escolhas por nós mesmos. Você costuma falar “eu preciso” ao invés de “eu escolho” ou “eu quero”?
Se sim, então você está percorrendo o caminho não essencial. Muitas pessoas perdem o controle da habilidade de fazer escolhas por terem aprendido a serem impotentes, isto é, estarem tão acostumados a ter tantas coisas para fazer que passam a adotar uma posição passiva em relação a própria vida. Para explicar isto melhor, aqui vai um exemplo: o termo “aprender a ser impotente” origina-se de experimentos em cachorros.
No experimento, os cachorros recebiam choques elétricos. A alguns deles foi dado uma alavanca que faria com que os choques parassem, outros receberam uma alavanca similar que não fazia nada e o ultimo grupo não recebia qualquer tipo de choque. Depois disto, todos os cachorros foram colocados numa grande caixa dividida em dois: metade dela dava choques e a outra metade não fazia nada.
Todos os cachorros do experimento anterior que conseguiam parar os choques com a alavanca ou os que não haviam recebido qualquer choque conseguiram escapar nessa nova etapa e foram para o lado que não dava choques. Aqueles cujas alavancas não faziam nada, porém, aceitaram o punimento e não sairam da zona de choque. Em outras palavras: eles se tornaram impotentes.
Se desistirmos do nosso poder de escolha, estamos essencialmente dando permissão para que os outros escolham por nós. Quando as pessoas pensam que seus esforços são inúteis, elas tendem a responder de duas maneiras: Elas desistem completamente ou se tornam extremamente ativas, aceitando todas as oportunidades apresentadas a elas. Num primeiro momento, suas atividades podem indicar que elas não desenvolveram a impotência.
Porém, estas pessoas não estão realmente desempenhando seu poder de escolha da melhor maneira possível, na verdade, elas estão simplesmente aceitando e fazendo de tudo. Aqueles que dão as cartas e fazem as escolhas, por outro lado, são os que realmente tem poder. Parte 3 Abrace a ideia do “menos, porém melhor” e entenda que abrir mão de coisas é parte inerente da vida.
Se pudesse voltar no tempo e ficar rico investindo em uma empresa, qual você escolheria? Microsoft? Apple?
Facebook? Por mais que o sucesso dessas empresas possa fazer com que pareçam uma escolha óbvia para alguns, o maior retorno nos seus investimentos viria, na verdade, da Southwest Airlines. A Southwest Airlines demonstrou um incrível sucesso simplesmente por se focar em um dos pilares do Essencialismo: fazer apenas atividades vitais, porém com excelência.
Ao invés de oferecer diversas escolhas a seus clientes, como assentos de primeira classe, refeições e reservas de assentos, a Southwest concentrou-se apenas uma coisa: levar pessoas de um ponto A a um ponto B, e pronto – sem requinte necessário. Eles perceberam que se tentassem fazer de tudo, acabariam inevitavelmente falhando. Porém, ao focarem em fazer apenas algumas coisas com excelência, como levar passageiros aos seus destinos, eles se tornaram muito bem-sucedidos.
Adotar esta posição significa estar disposto e capaz de ceder, o que pode ser muito difícil. Embora possa parecer simples eliminar tarefas não importantes e manter apenas as essenciais, na prática, acabamos sempre tentando nos convencer de que conseguimos fazer tudo. Por exemplo, quando o sucesso da Southwest se tornou óbvio, a Continental Airlines decidiu imitar a estratégia.
No entanto, ao invés de cortar tarefas até chegar nas essenciais, a empresa acabou erroneamente decidindo que conseguiriam fazer de tudo. Sua solução foi seguir com suas linhas aéreas tradicionais e criar uma marca separada, a Continental Lite, para oferecer serviços mais baratos. No entanto, as ineficiências operacionais causadas por tentar seguir as duas estratégias fazia com que a Continental Lite não fosse competitiva.
No fim, por não conseguirem eliminar o que não fosse essencial e focar no que fosse vital, a empresa teve um prejuízo de milhões de dólares. Agora que você tem uma boa ideia do quão longe é posível ir pelo caminho do Essencialismo, verá o que você pode fazer para achar este caminho novamente. Parte 4 Afastar-se para ter uma visão geral da sua situação ajudará a determinar o que é vital e o que é apenas trivial.
Hoje em dia, quase ninguém tem tempo para estar entediado. As tecnologias modernas como nossos smartphones nos dão acesso à comunicação e entretenimento de todos os tipos a qualquer momento. E, como ninguém gosta de ficar entediado, isso soa como uma boa coisa.
No entanto, o tédio pode ser bom para você. Um período de tempo em que você não tem nada para fazer pode lhe dar a oportunidade de pensar claramente no que deve ser feito e no que é realmente essencial em sua vida. Para ter certeza de que terá este tempo, separe um momento de pausa no seu cronograma diário para conseguir fugir: vá para os seus pensamentos.
Criar uma pausa na sua agenda para pensar sobre sua vida – quais as opções, problemas ou desafios que enfrenta – ajuda a mentalizar o que é essencial e o que não é. Na verdade, algumas das mentes mais brilhantes da humanidade, como Newton e Einstein, usavam esta técnica. Ambos se confinavam em um momento de completa solidão para escapar do mundo, assim permitindo que tivessem tempo para pensar em suas teorias revolucionárias.
Vários dos mais bem-sucedidos CEOs de hoje em dia fazem o mesmo, marcam em seu calendário algumas horas de “espaço em branco” todos os dias para pensar. No entanto, escapar não é apenas uma maneira de isolar tarefas vitais do restante; você também pode usar essa técnica para garantir o foco na visão geral. Pessoas se prendem tanto nas tarefas pequenas do dia-a-dia que perdem a noção do porque estarem fazendo determinadas coisas.
Para se manter focado no que é mais importante, o Essencialismo nos ensina a sempre nos concentrarmos no quadro geral. Um método para isso é manter um diário, mas ao invés de escrever todas as nossas experiencias, force-se a escrever a menor quantidade possível delas. Isso irá exigir que você pense muito bem em tudo que fez e que filtre apenas aquilo que for essencial.
E quando ler novamente seu diário, você terá uma visão geral do que realmente importa no seu dia. Parte 5 Divirta-se para fazer sua criatividade fluir. Não se esqueça que dar um tempo a si mesmo para descansar é parte fundamental do processo.
Infelizmente, nós adultos temos a tendência a separar completamente o ato de trabalhar e de brincar, determinando que brincar é algo trivial e improdutivo, que serve apenas para entretenimento e que não nos ajuda a atingir nossos objetivos. Em outras palavras: é uma perda de tempo. O Essencialista, no entanto, reconhece que brincar é uma ferramenta vital para a inspiração.
Se quiser descobrir o que é vital na sua vida, você pode usar as brincadeiras para libertar a sua mente e estimular o seu lado criativo. Brincar serve a este propósito pois: • Nos ajuda a desenvolver novas conexões entre ideias que jamais seriam colocadas juntas; • É um antídoto para o estresse, que é um dos principais fatores da improdutividade; • Nos ajuda a priorizar e analisar tarefas. Vemos a importância de brincar refletidas na cultura de algumas empresas como o Twitter, a Pixar e o Google, que promovem esta atividade fazendo coisas como aulas de comédia improvisada ou decorando o escritório com um dinossauro gigante ou diversas estatuetas da série de filmes Star Wars.
Por que eles fazem isso? Porque eles sabem que empregados felizes, relaxados e divertidos são empregados inspirados e produtivos. Mesmo sabendo como brincar é importante, nunca deve ser priorizado sobre o descanso e o sono.
Os não-Essencialistas enxergam o ato de dormir da mesma maneira que enxergar o ato de brincar – um luxo, um gasto de horas potencialmente produtivas. Esta abordagem está completamente errada, já que o sono aumenta sua habilidade de pensar, de conectar ideias e maximiza a sua produtividade durante as horas que está acordado. Uma hora de sono, na verdade, resulta em varias horas de alta produtividade no dia seguinte.
Na verdade, estudos mostram que ficar 24 horas acordado ou ter uma média semanal de 4 a 5 horas de sono por noite equivale a uma redução de 30% nas suas habilidades cognitivas – o que é altamente improdutivo. Parte 6 Seja firme e impiedoso ao cortar tarefas que não são essenciais. Frequentemente, caímos na armadilha de achar que todas as nossas tarefas e responsabilidades são vitais para nossa existência.
Você provavelmente já vivenciou algo parecido quando estava reorganizando seu armário para doar ou se livrar de algumas roupas: você começa com a mentalidade de “se eu nunca uso, tem que ir embora”, e mesmo assim, logo depois, você se pega fazendo concessões e dizendo coisas para si, como: “eu sei que nunca vou usar esta camiseta, mas ela já era especial e um dia eu posso sentir fala dela”. Então você mantem aquela peça, e mais outra, e mais outra. .
. E, por fim, seu armário continua lotado como sempre. Mas como podemos evitar esta armadilha?
A melhor maneira para isso é a seguinte: seja impiedoso com seus critérios. Uma maneira de fazer isto é adotar a “regra dos 90%”. Comece determinando qual o critério mais importante para a sua tomada de decisão.
Por exemplo, se está limpando ou reorganizando seu armário, o critério pode ser “Eu vou usar isto de novo? ” Depois, dê uma nota de 0 e 100. Com a regra dos 90%, tudo que estiver abaixo de 90 (mesmo sendo um 89) é considerado como 0 - E portanto, deve ser descartado.
Outro método é determinar que “se não é um sim óbvio, então é obviamente um não”. Uma maneira simples de por esta regra em prática é listar pelo menos três critérios mínimos que algo precisa ter para que seja mantido. Assim, quando tiver que fazer escolhas, você deve passar cada item pelo processo desses três critérios mínimos para realmente decidir se aquilo deve ser mantido ou se deve ser descartado.
Você pode aplicar o mesmo método em suas atividades, tarefas e metas. Se não for um “sim” óbvio, então é um “não” muito claro. Agir desta maneira vai ajudar a impedir que coisas triviais continuem tomando tanto tempo em sua rotina.
Parte 7 Diga “Não” às tarefas triviais e planeje cuidadosamente todas as tarefas essenciais. Então, o que você deve fazer uma vez que você tenha feito uma lista de tudo que precisa ser deixado de lado, isso é, tudo que não é essencial em sua vida e seus sonhos? É relativamente fácil se livrar de uma camiseta que nunca mais vai usar, mas as decisões se tornam cada vez mais difíceis, principalmente quando outras pessoas estão envolvidas.
Nós costumamos ter evitar dizer “não”, pois ficamos sem jeito e sentimos medo de desapontar as outras pessoas, além de ficarmos apreensivos ao negar e poder ferir nossa relação com alguém. No entanto, devemos dizer “não” diversas vezes e reservar o “sim” apenas para assuntos que realmente importam. Para fazer isso, você precisará separar a “decisão” da “relação”.
A dor de dizer “não” pode causar um desconforto por alguns minutos, por pensar em ter desapontado alguém ou por pensar em ter deixando de viver certa experiência, porém, se você disser “sim”, o arrependimento pode ser maior e durar muito mais tempo. Lembre-se: falhar em dizer “não” para coisas que não são vitais pode levar você a perder as oportunidades que realmente importam e que fazem a diferença em sua vida. Uma vez que tenha adquirido a coragem e a habilidade para dizer “não” para aquilo que não é essencial, você poderá focar em planejar as tarefas realmente vitais, aquelas que sobraram e que fazem diferença em sua vida.
Seja claro quanto aos seus objetivos, tendo sempre uma coisa em mente: um objetivo único que, ao mesmo tempo, seja inspirador e seja concreto. Imagine, por exemplo, que seu objetivo seja acabar com a fome no mundo. Embora este realmente seja um objetivo inspirador não é nem um pouco concreto.
Tentar atingir um objetivo desta magnitude será excessivamente difícil por conta de sua falta de clareza. Agora, considere este objetivo: construir 150 casas acessíveis, ecologicamente corretas e resistentes a tempestades para famílias em situação de extrema pobreza. Além de extremamente inspirador, este objetivo também é específico e concreto.
Em outras palavras, ele é possível. Uma maneira de garantir que seu objetivo é claro é perguntando a si mesmo: “Como saberei que cheguei no meu objetivo? ” Se você conseguir responder a este questionamento de forma clara, então terá certeza de que o que está fazendo é possível.
Parte 8 Pare de executar tarefas desnecessárias, se afastando de fracassos e estabelecendo limites. Você já se pegou fazendo algo que sabia que era perda de tempo simplesmente porque se comprometeu em fazê-lo? Muitas pessoas tem a Predisposição ao Desperdício.
A Predisposição ao Desperdício é a tendência de continuar investindo dinheiro, tempo, esforço e/ou energia em algo que já se sabe ser um total desperdício de recursos. Infelizmente, torna-se cada vez mais difícil se desapegar a cada pequeno investimento que fazemos, enquanto que, simultaneamente, o potencial da perda torna-se cada vez maior. Para ilustrar este fato, considere o espetacular fracasso do jato Concorde.
Embora tenha sido um feito incrível da engenharia, seus altos custos tornaram o avião não lucrativo e fadado ao fracasso comercial. Mesmo assim, os governos franceses e britânicos demonstraram a Predisposição ao Desperdício e continuaram investindo recursos nele por quatro décadas, mesmo sabendo que a maior parte de seu dinheiro jamais seria recuperado. Você pode facilmente evitar esta armadilha desenvolvendo a coragem de admitir seus erros e falhas e esforçando-se para se desapegar.
Se algo claramente não vai funcionar então não tenha medo de admitir e abandonar o barco. Não é porque você deu início a algo que você deva terminá-lo. Você precisa compreender que, às vezes, a atitude mais sábia é saber dizer “adeus”, principalmente quando algo não é essencial.
Além disso, é possível evitar este cenário estabelecendo limites claros. Enquanto um Não-Essencialista vê limites como restrições desnecessárias, para os Essencialistas, os limites são, na verdade, fatos libertadores. Imagine, por exemplo, o pátio de uma escola em uma rua movimentada: nesta escola, as crianças só são permitidas a brincar em uma pequena área do pátio próxima ao prédio principal, e os professores precisam sempre ficar de olho para que elas não se aproximem da rua.
Mas e se instalassem uma cerca que claramente demarcasse onde as crianças poderiam brincar livremente? Desta forma, os professores poderiam usar melhor seu tempo, já que provavelmente não precisariam estar tão preocupados com a hipótese de as crianças irem para perto do trânsito, podendo ser deixadas completamente livres. Limites não existem para restringir, mas sim, para tornar sua vida mais fácil e agradável.
Por exemplo, você poderia considerar estabelecer limites claros entre “família” e “trabalho”. Se seus filhos não podem entrar em seu escritório, então o trabalho não deveria ser poder entrar em casa. Parte 9 Manter o mais importante requer que você elimine o que apenas atrasa sua vida e que você sempre planeje tudo cuidadosamente.
Uma vez que tenha se comprometido aos princípios do Essencialismo, é hora de iniciar a última etapa: a execução. Tornar-se um Essencialista requer que você identifique o que está apenas lhe atrasando e, então, elimine-o, ao invés de encontrar uma maneira de encaixar aquilo em sua rotina e de fazer de qualquer jeito. Por exemplo, imagine que você é o Líder dos Escoteiros, de um grupo de escoteiros, e precisa levar suas tropas para acampar antes do anoitecer.
Para ser justo, cada escoteiro carrega provisões iguais em suas mochilas. Porém, você encontra um problema: alguns dos escoteiros são muito mais rápidos que outros, fazendo assim com que o grupo se separe e as crianças do grupo de trás tenham a chance de se perder. Sua primeira solução (não essencial) é fazer paradas frequentes para que os que ficaram para trás consigam se aproximar do resto do grupo.
Depois, você tenta colocar as crianças de trás na frente, para que todos andem no mesmo ritmo, porém isso faz com que todos andem mais devagar. Finalmente, você enxerga a solução do Essencialista: tirar um pouco do peso das mochilas das crianças mais lentas e colocar nas mochilas das mais rápidas. Utilizando os princípios do Essencialismo na sua maneira de pensar você solucionou seu problema!
Além disso, você pode prevenir obstáculos desnecessários se antecipando e planejando. Um dos nossos maiores erros é acreditar que nossos planos sairão exatamente da maneira que pensamos. Um Essencialista, no entanto, não pensa desta forma.
Ao invés disso, ele presume que as coisas podem dar errado ou que elas podem desviar do trajeto original, e por isso, ele se antecipa e assume as prevenções necessárias. O que quer que você faça, seja levar seus filhos à escola ou fazer uma apresentação no trabalho, sempre adicione 50% a mais no tempo que você espera que aquela atividade irá consumir. Essa é uma maneira segura de planejar o seu dia.
Assim, mesmo que as coisas dêem errado, sempre haverá tempo para corrigir algum problema no caminho, ou, caso tudo dê certo, você terá tempo extra para dedicas às atividades essenciais. Parte 10 Um Essencialista foca em si mesmo, em sua rotina e nas etapas de seus processos. Se alguma vez você já conquistou algo de maneira fácil, talvez você tenha sentido como se houvesse experimentado a famosa sorte de principiante.
Na maior parte das vezes, porém, não vai ser tão fácil assim. Na vida, construir o sucesso significa adicionar pequenas melhorias, continuamente, à uma conquista anterior. Pequenas vitorias criam impulso, que por sua vez dão confiança para o sucesso contínuo.
Além disso, permitem que você se mantenha nos trilhos, dando a oportunidade de saber se está seguindo na direção correta. Embora possa parecer frustrante ineficaz dar pequenos passos, lembre-se que o acúmulo desses pequeno passos pode gerar consequências extremamente impactantes. Pegue o departamento de polícia de Richmond, Canada, como exemplo.
Por anos eles tentaram reduzir a taxa de reincidência de crimes com medidas radicais, como leis mais rigorosas e punições mais pesadas, com poucos resultados. Então, decidiram por reformar totalmente seu sistema tomando pequenas medidas para a prevenção de crimes: Quando a polícia avistava jovens fazendo atitudes corretas, como jogar o lixo no lixo e não nas ruas, os oficiais davam uma pequena recompensa aos jovens, como ingressos para o cinema. Estas medidas mantiveram os jovens fora das ruas e, depois de uma década desta política, a taxa de reincidência caiu de 60% para apenas 8%.
Mas não importa a sua abordagem, contanto que você se mantenha firme à ela, criando uma rotina. Rotinas criam hábitos, tornando coisas difíceis em fáceis com o passar do tempo. Dessa forma, é prudente criar uma rotina que se alinhe aos seus objetivos.
Por exemplo, o treinador do campeão olímpico de natação, Michael Phelps, o fez seguir uma rotina de treinos. Sempre antes de dormir e assim que acordasse, Phelps deveria imaginar um vídeo em câmera lenta de como seria a prova de natação perfeita. Phelps, então, tinha o dever de recriar a imagem mental durante o treino.
De tanto fazer isso, quando as olimpíadas chegaram, Phelps já havia internalizado suas imagens mentais, transformando suas tarefas rotineiras em hábitos fortes e positivos, que o deram uma grande vantagem e permitiram que ele conquistasse diversas medalhas. Resumo final Embora não pareça, apenas uma pequena parcela das tarefas que realizamos diariamente são realmente vitais para nossos sonhos e para o nosso bem-estar, e todo o resto é, na verdade, desnecessário. Ao focarmos nestes poucos atos essenciais e ao aprendendo a fazer mais com menos, poderemos ter uma vida muito mais produtiva, plena e satisfatória.
Ao invés de constantemente adicionar mais e mais responsabilidades e de adquirir cada vez mais posses materiais, tente pensar em maneiras de se livrar deles. Quanto mais trivial for o que conseguir eliminar de sua rotina, melhor você se tornará naquilo que restar: as coisas que realmente importam.