eu sou pedagogo fiz minha formação toda aqui na PUC de São Paulo sou paulista do interior gostei de receber o convite né Professora Sofia para vir estar aqui conversando com vocês que já trabalhei aqui na Rede Pública de São Paulo durante uns uns uns 8 anos e depois em seguida fui morar em Goiânia e lá fui ficando então sou um Paulista misturado com Goiano não é estão vendo aí o título da nossa conversa práticas de ensino no no mundo em mudança e ensinando a pensar pelos conteúdos considerando os motivos dos alunos e os contextos socioculturais
e institucionais da aprendizagem verão que ao longo da minha da minha exposição eu vou tratar primeiro uma visão de conjunto sobre que que é esse mundo de mudanç que é um tema Imagino muito conhecido dos colegas mas de qualquer maneira eu acho bom ter um ponto de partida não é pra gente falar depois de questões de didática e ensino porque realmente essas transformações que são econômicas que são sociis que são políticas que são culturais elas sem dúvida afetam poderosamente o nosso tral em sala de aula é sempre desconfortável uma pessoa aqui na frente né como
eu tô Professor como vocês desconfortável do sentido de que eu não conheço a sua realidade tenho meus meus meus meus irmãos parentes que atuam em escolas públicas aqui e escolas privadas também aqui de São Paulo Então eu tenho notícias assim como como sou daqui acompanho regularmente né a o desenvolvimento das políticas públicas aqui do Estado de São Paulo né eu vou vou trabalhar aqui algo que diz ao que está escrito aí no quadro no no slide né ensinando a pensar pelos conteúdos mas levando em conta os motivos dos alunos os motivos dos alunos são são
locais são são específicos não é são são peculiares a uma dada realidade né basicamente esse tema que está aí no slide diz respeito a duas coisas que eu vou est desenvolvendo ao longo da minha exposição O primeiro é o seguinte a minha o mote o mote principal deste dessa conversa nossa diz assim o modo de ligar pedagogicamente com algo depende do modo de lidar epistemologicamente com algo levando em conta as características dos alunos e o contexto sociocultural e institucional então lidar pedagogicamente didaticamente com algo é lidar epistemologicamente com algo então eu eu gostaria de tá
demonstrando a vocês a importância da relação entre a didática e a a epistemologia das disciplinas que vocês lecionam ou seja entender que a dimensão didática do ensino de uma disciplina é a junção de uma dimensão epistemológica e de uma dimensão psicológica que é o que diz respeito aos motivos dos alunos nestes anos todos que vocês Imagino que alguns de vocês sabem que eu que eu sou um investigador de didática tem um livro de didática não é então ao longo desses anos de de pesquisador um bocado de anos 30 anos pelo menos eu cheguei à conclusão
de que há quatro requisitos absolutamente indispensáveis pra gente ser professor professora não é e esses requisitos na minha maneira de ver do que eu pude sintetizar na minha cabeça é o seguinte para você ensinar matemática a João você precisa quatro coisas saber matemática saber ensinar matemática entendendo que ensinar matemática é como é que eu ajudo o João a pensar e a atuar matematicamente terceiro os motivos do João Isto é a relação que o João tem a com o Saber chamado matemática não é quer dizer as características de personalidade do João e o contexto sociocultural e
institucional em que João vive e como é que esse contexto influi na sua aprendizagem e como é que esse contexto pode ser melhorado modificado para melhorar também as aprendizagens vamos ver se o tempo que eu tenho me permite tratar com vocês estes cinco pontos aqui né primeiramente alguns traços desse mundo em mudança em segundo lugar o dissenso geral sobre objetivos e funções da escola hoje E apesar disso duas propostas progressistas que eu acho interessantes de serem trabalhadas a minha aposta dizer estou aqui lhes oferecendo um entendimento do que Deva ser escola neste mundo em mudança
e e do final por fim na segunda parte eu gostaria de me dedicar ao a frente a essas características desse mundo em mudança frente a escola que Eu presumo ser a escola necessária né nesse contexto eu gostaria de falar um pouquinho sobre a didática naquele sentido que eu havia mencionado a didática como sintetizando o epistemológico e o psicológico e por fim caracterizar essa didática que é na verdade o título do que eu estou me propondo a conversar pouquinho eh com vocês não é muito bem o que que a gente podia est falando a a eh
sobre esse tema de traços de o mundo e mudança não é frente aí a vocês que provavelmente Tem trabalhado já bastante eh com essas características né então eh inevitavelmente a gente tem que est falando da globalização Econômica eh social e política não é esta ideia da da internacionalização do capital e dos mercados as mudanças nos processo de produção as regras eh do mercado não acho que não vou nem me deter Nessas questões não é eh apenas destacando a a a a Total importância destes deste fenômeno do nosso deste nosso mundo em mudança não é os
avanços científicos e tecnológicos eh que nós eh eh dizemos assim para caracterizar esta sociedade que muitos chamam de pós-moderna pós-industrial não é e entendendo aqui que essa que a que a os avanços científicos e tecnológicos Associados às políticas neoliberais eh compõe o quadro da da globalização Econômica com efeitos consideráveis sobre as escolas e sobre o nosso trabalho né os avanços científicos e tecnológicos que compõe Então esta chamada sociedade eh tecnológica que precisamente aquilo que o os o o o cientista social chamado Alen diz que nós vivemos hoje no mundo contemporâneo não é a passagem da
sociedade Industrial paraa sociedade informacional e na sociedade Industrial predominando a produção de objetos materiais coisas e na sociedade informacional a produção e difusão de bens culturais Ou seja a informação ao ponto deen dizer que a informação é a alma da globalização é o que nos leva a a dizer que os meninos vão ao McDonald não comer um um pão com carne Mas vão comer uma um signo né um signo uma marca não é quer dizer essa ideia então de que todos nós de alguma de alguma forma estamos afetados eh por essas mudanças não é implicando
então eh eh eh a difusão maciça da informação mudanças na produção circulação e consumo de cultura e que chega então no fim das contas ao que nós chamamos aqui de de de uma globalização cultural uma universalização de gostos de alimentação hábitos de consumo e enfim de de modelos de vida social e que acabam trazendo Então vamos dizer assim específicas e peculiares mudanças culturais e que eu queria destacar um pouquinho né mas antes de falar das mudanças eh culturais é necessário falar do de uma característica da política do nosso do nosso tempo presente né que é
estee aumento do individualismo e da e a redução do peso da política da ação pública e da ação coletiva na solução de problemas humanos de problemas coletivos de problemas sociis não é e e basta ver hoje a grande notícia não é aí na imprensa no rádio na televisão não é esta O que foi votado no Congresso ontem não é e que tá dando uma fafada nado e que mostrando falta de seriedade dos nossos políticos justificando até em parte não é esta descrença não é que que de alguma forma nós temos nas nossas na nossa representatividade
política enfim essas mudanas no âmbito da da da cultura social relativização de valores e práticas Morais não é e que eu queria est conversando com vocês um pouquinho mas apenas para para levantar alguns temas que eu acho que são eh cruciais não é eh que todo este mundo todas essas esses traços do mundo contemporâneo na na prática Quando nós vamos tá entendendo Os alunos não é as as as reações dos alunos as práticas as resistências dos alunos não é no fim das contas esse contexto complexo que é o mundo contemporâneo acaba se projetando nisso que
eu estou chamando de mudanças no âmbito da cultura dos modos de viver cotidianos não é então esse individualismo Consumista não é que tem sido tratado por vários autores por exemplo lipovetsky não é eh que essa ideia da Juventude uma ideia muito forte na juventude mas acaba sendo forte também no nosso próprio comportamento de adultos né Essa Ideia de viver oo presente do consumo Imediato do hedonismo e do do relativismo ético não é a ideia do do do edonismo se expressa não só no consumo né Mas elas se expressam nas nas relações sociais não é eu
tenho falado PR os alunos e lá da da da minha universidade e eles acham divertido né que essa característica que a juventude tem hoje do ficar tem a ver com a com isto de de o o o a juventude vai na balada e ali começando 2as da manhã não é aí pelas 3 4 o dá uma química no rapaz e na moça não é aí começa o processo do ficar não é E aí a combinação Inicial é assim eu te consumo e você me consome e nós chegamos vamos para casa amanhã acabou né ou ficar
né é típicamente né uma um um um um indicativo de como é que o individualismo Consumista se se se se manifesta no dia a dia das relações sociais Dei apenas um exemplo disto né Vamos falar aqui do tema da propaganda eh estimulando fortemente o desejo de consumir não é e e aqui valendo como dizem alguns autores como é forte o o o o o apelo à comodidade não é o Além do apelo à Aventura ao sucesso ao sexo ao prestígio a fama quer dizer eh é tudo é tudo muito fácil né o que Vai resultar
eh em em em alguns traços eh muito característicos dos nossos Alunos hoje eh e eu acho que valendo isto para classe alta classe média e e classe baixa não é que é esta Esta esta ideia este modo de comportar da juventude que é a lei do mínimo esforço né se você associar isto ao que diz um autor italiano chamado diovan Sartori que diz que a grande transformação no mundo da comunicação e da educação é a transformação do homo sapiens produzido pela cultura escrita no homo videns não é e na qual a a palavra é destronada
pela imagem acho que esta percepção do do do do pesquisador italiano é uma é uma percepção extremamente Sutil né quer dizer que que como nós sabemos o homo sapiens se caracteriza pela capacidade pela sua capacidade simbólica pela capacidade de imaginação não é nós estamos nos comunicando aqui hoje eu aqui provisoriamente como palestrante vocês enquanto professores nas suas salas de aula né quer dizer somos todos homo sapiens eh à medida que nos comunicamos pela linguagem nos utilizamos de de de signos de significados não é e por isso nós podemos também pensar imaginar coisas não é enquanto
no homo videns eh predomina o ver sobre o falar a imagem sobre sobre sobre a escrita ou seja eh algo algo e eh extremamente presente no nosso cotidiano e presente nas nossas salas de aula exatamente que a primazia da imagem põe em segundo plano a leitura escrita e isso traz imensas consequências para nosso trabalho né Eh Creio que não é novidade pros colegas aqui que estão me ouvindo não é que os a a meninada não lê não gosta de ler a não ser que vocês sejam muito bons Imagino que muitos de vocês sejam muito bons
e que haja uma estrutura numa na escola que vocês trabalham né Mas no geral do do ensino fundamental à universidade não é quer dizer a dificuldade que os professores têm cada vez mais de fazer os alunos lerem de de trabalharem e e a a a todo momento que você pede uma tarefa os alunos se queixam ah professora Bá né então Este quadro da que eu estou chamando aqui do individualismo Consumista associado às mídias não é associado à propaganda não é eh tem produzido Então essa essa característica crucial pro nosso trabalho é que as mídias a
especialmente a TV a internet eles estão mudando o modo de funcionar a intelig a inteligência da meninada não é quer dizer eh eh afetam o modo pelos quais os jovens aprendem é algo que me me me chamou muita atenção nos últimos anos não é é é precisamente essa ideia e vamos dizer considerando eu aqui um um para lado do 60 não é eh e a juventude quer dizer há uma mudança efetiva nos processos internos de aprendizagem dos alunos né eu me sento no meu computador não é e eu tenho que desligar a música eu tenho
que fechar a porta eu não dou conta de de de de lidar com vários estímulos ao mesmo tempo se eu começo a ouvir música Aí eu já não sei se eu vou ficar no texto né do computador ou se eu vou ficar ouvindo a música quer dizer eh a meninada não vocês sabem que a meninada lida de uma maneira tranquila com vários estímulos ao mesmo tempo não é quer dizer as mães hoje as mães hoje reclamam meu filho você tá estudando química na televisão não é ou com o fone de ouvido né É isso mesmo
né a mãe tá perdendo tempo de tá chamando atenção por quê Porque o menino tá estudando química ouvindo o uma música no fone de ouvido ou com a televisão ligada não é quer dizer digamos assim eh é bom que a meninada tenha essa competência de lidar com vários som cor imagem movimento ao mesmo lidar com vários estímulos ao mesmo tempo claro que é bom né eu lá tô mexa a cabeça mistura tudo na cabeça meninada dá conta de lidar com vários estímulos ao mesmo tempo né e resolver problemas e tudo mais né agora qual é
a profundidade deste desta apreensão Claro é tudo fragmentado eu falo que é um tipo de de de saber em mosaico né tudo tudo separadinho né que é o fragmento né de maneira que que isso eu aprendi esse esses dias aprendi Esses dias não é acho que é um desses autores aí canclini um deles aí que que fala assim bom eh nós estamos na era da substituição do do homo sapiens pelo homo videns e agora pelo homo zapiens né sabe de e zapar zapi né homo zapiens eu achei legal essa essa comparação né também não posso
deixar de lhes lembrar porque é só lembrar mesmo que os colegas certamente estão aí todos de antena ligada com com a cultura juvenil não é que não é só cultura juvenil mas é essa cultura da superficialidade da da leviandade não é que nós vemos e que aí diretamente na televisão os programas de auditório reality show né eu tenho aqui acho que eu tenho aqui aqui para mostrar para vocês este essa charge né é o Chico caruzo seim faz tempo já que saiu essa charge essa charge né mas eu acho brilhante né de zapeando né tá
zapeando o bumbum da moça né quer dizer isto é BBB Brasil né e e eu gosto de mostrar essas imagens para professores que trabalham com educação infantil com com a primeira fase do do Ensino Fundamental não é e eu também posso dizer a vocês a gente sabe lidar com isto né dizer os pedagogos talvez não saibam mas os psicólogos da aprendizagem Será que sabem né quer dizer como é que é o que que significa esta esta sexualização precoce né Eu acho que é isto pode se chamar uma sexualização precoce né quer dizer Bom eu acho
que também é importante tá tá tá mencionando aqui o que eu já falei um pouco né Essa coisa do do do uso simbólico quer dizer a o signo os signos é que prevalecem em relação às coisas por isso que o torren Tá certo de dizer que nós vivemos numa sociedade da informação e que a informação é a alma da globalização S precisamente Porque hoje a juventude e nós todos de alguma forma o que consumimos são símbolos né são marcas aparências né Quer dizer vocês sabem que não é a qualidade da mercadoria que conta mas a
a aparência e de alguma forma isso tudo tem a ver com uma homogeneização eh dos modos de pensar e agir enfim Tô traçando um quadro muito geral e sobre esses vários temas que que de alguma maneira vocês estão eh habituados a a lidar com eles né Eh esta imagem tem a ver com com esta essa ideia de que as mídias as mídias acabam respondendo pela formação da idade juvenil não é faltou aqui assim esse tema da mudança nos paradigmas do conhecimento e tendência a basear a racionalidade apenas na informação inevitável dizer que conhecimento e informação
andam juntos eles se necessitam mas eles não são a mesma coisa OK quer dizer a informação é bruta A informação é fria não é e sem o conhecimento não é eh eh é é é praticamente é muito difícil a gente ter um um um uma formação intelectual crítica não é para para para fazer precisamente não é a A Crítica da informação não é vou passar para diante não não preciso dizer a vocês então da da relevância da suma relevância eu diria não é de a gente tá considerando esses traços que fic a cultura juvenil ou
alguns colegas preferem chamar as culturas juvenis não é essa quer dizer eh essas várias formas eh representações hábitos comportamentos compartilhados pelo jovem e que caracterizam e orientam suas relações com outros grupos sociais não é e bem assim que que por exemplo não é não sou eu que digo mas é é mundialmente sabido não é e tenho lido textos especialmente da Espanha da França não é mas nós não precisávamos ir paraa Espanha e e a França não é para estar nos perguntando em que grau A escola está eh em que grau A escola está ligada no
tema da separação entre a cultura acadêmica que acontece na escola e as culturas juvenis não é em que grau há uma separação uma divisão entre a cultura acadêmica que se passa na escola e as culturas juvenis então com isto eh Se a gente fosse fazer uma correspondência né fatores econômicos fatores políticos fatores culturais eh fatores éticos nós eh iríamos dentro de uma de uma visão bem pedagógica né uma visão assim bem bem no sentido do do do do que que é o nosso a o nosso trabalho de educadores né quer dizer como é que nós
nos confrontamos com esses traços de um mundo em mudança não é tudo aqui é muito Óbvio mas exatamente por ser Óbvio nãoé a necessidade de uma formação geral de uma Formação Cultural e científica associada a uma preparação tecnológica não é impossível de de de descartar a a importância do do domínio e uso crítico das tecnologias da informação e da comunicação não é um segundo um segundo requisito e eu vou mostrar que é por aí que a escola precisaria estar indo n não é exatamente o desenvolvimento de capacidades cognitivas e operativas ou seja ensinar a pensar
ampliar as possibilidades de um desenvolvimento mental de um desenvolvimento cognitivo que amplie a capacidade de reflexividade dos nossos alunos não é por outro lado a atenção à subjetividade e as diferenças não é eh como eu dizia no começo para você pro João aprender matemática O professor precisa saber a matemática precisa saber como é que o aluno aprende a operar mentalmente com a matemática mas saber os motivos do João quer dizer eh eh eh eh Quais são as características individuais de personalidade do João para lidar com a matemática e aí entra então o tema muito forte
eu não sei em que grau vocês vocês sentem isto percebem ISO na sua prática do trabalho mas é algo que nós não podemos eh escapar não é a a atenção à subjetividade e as peculiaridades individuais e sociais e culturais dos nossos alunos a formação paraa cidadania crítica mas hoje muito mais recheada de elementos não apenas políticos Como foram como foi por exemplo na minha juventude não é da do dos ideais que nós sempre proclamamos do sujeito histórico do sujeito transformador da realidade não é esta consciência política formação do senso crítico que todos nós muitos de
nós de alguma forma investiu fortemente nisto né ao ponto de a gente tá falando de uma que que é uma pedagogia crítica não é e Mas hoje nós temos que realmente abrir mais esse leque e apanhando aí temas como a sustentabilidade o consumo e claro incluindo ainda a a formação política e algo crucial que eu imagino que os colegas concordam comigo a formação em valores e atitudes que é um problema não Só do professor na sala de aula mas é um problema da instituição as práticas determinam nossas formas de comportamento né então apareceu eu já
fui diretor de escola anos e anos da minha vida não é E aí hoje eu tenho uma uma sensibilidade para dizer que não é só na sala de aula que os meninos aprendem os alunos aprendem muito na escola o contexto da escola então hoje eu falo contexto sociocultural e e institucional não é que é o modo como funciona a escola como afetando as aprendizagens e os motivos dos alunos por outro lado inevitável a gente tá tá pensando eh e esta é uma visão minha e e não sei não não não posso imaginar se vocês compartilham
ou não não é mas na minha na minha cabeça no meu entendimento não é a estamos frente a um quadro Sombrio da escola não é eu estou aqui conversando com vocês das escolas privadas alguns das escolas públicas não é e tenho clareza de que vivemos momentos muito sombrios em relação à escola não é e com com todas as contradições e eu tentaria apontar algumas dessas contradições aqui né a deterioração e ineficácia em relação aos seus objetivos e formas de funcionamento não é isto para mim é gritante na escola pública não é a separação entre a
cultura acadêmica e a cultura jovem ou a cultura juvenil ou as culturas juvenis melhor dizendo né e as consequências disto nãoé a recusa dos jovens de valores convencionais esforço estudo trabalho pessoal sacrifício temperança persistência não é quantos de nós aqui não é eu estudei aqui na PUC minha graduação e depois fiz o mestá doutorado mas falo da graduação o quanto nós fomos formados na cultura do esforço né quantos colegas meus da aqui da da puc na antiga Faculdade de Filosofia de São Bento né vidda do interior Eu morei em pensão 4 anos da minha vida
comendo Olha aí economizando dando um duro para chegar onde a gente chegou não é enfim são são traços que eh que que quer dizer eh e além do que ninguém é que é professor professora escapou disto né porque se a gente quisesse outra coisa iríamos para Outra profissão né ninguém herdou fortunas né familiares aqui né quer dizer que hoje é é é é terrível né Eu tenho meus netos aqui moram aqui em São Paulo né E como todos os netos né Eh adoram eh Power hangers o homem-aranha o Batman não é E aí nós temos
um um sitinho aqui no no lá em Angatuba aqui 250 Km daqui E aí vamos lá às vezes passar aí umas férias Porque para mim é difícil est aí vindo em outro período E aí então lá tem um sobe desce para descer lá no Riachinho tem que subir descer aí eu digo pro meu neto Pedro Vamos com o vovô vamos subir montanha descer não é assim a gente vai dar uma uma uma uma Suada né Aí ele diz ah vovô acho que não é isso aqui não é é assim mesmo é assim mesmo né É
assim mesmo eu acho que é uma batalha que nós já perdemos viu Eh mudar né esta esses traços né que nos constituíram como pessoas criativas e pessoas inventivas pessoas esforçadas pessoas que lutaram né quer dizer hoje o consum individualista não é Ou melhor o individualismo Consumista não é e ataca até até as pessoas do nosso da nossa intimidade né quer dizer pouca coisa a mãe diz não né mãe e pai né Imaginem os filhotes aí das das das das suas escolas privadas nãoé e bem vamos lá mais um pouquinho ah bem outro outra questão Cruci
que nos que nos pressiona imensamente é a crise do papel socializador da escola quer dizer eh hoje em dia não é a escola deixou de ser o único lugar de legitimação e do saber hoje há uma multiplicidade de saberes que circulam numa infinidade de canais de lugares não é E com isso até a autoridade da professora e do professor acabam ficando abaladas né E que é um fenômeno a mim me parece dramático tanto nas escolas privadas quanto nas escolas públicas não é quer dizer eh em frente ao a à professora o professor sentam-se eh alunos
Eh vamos dizer eh empapados de outros saberes que eles outras linguagens que vão circulando na sociedade ainda que sejam saberes que eu chamo mosaico saberes fragmentar ados né Eh em pedaços né e quer dizer os alunos são informados mas a informação deles não tem o conhecimento que junta não é quer dizer então essa desconexão entre o mundo do professor e o mundo dos alunos não é tem provocado até atitudes Opostas hora de autoritarismo que é uma reação a perda de autoridade eu tenho ouvido relatos bastante bastante sérios aqui de São Paulo de escolas públicas que
estão resolvendo retornar inteiramente ao padrão tradicional convencional autoritário não é enquanto que outros professores preferem me perdoem a palavra mais frouxidão né de de de tolerância de de permissividade em relação aos alunos né enfim a concorrência com outros espaços o descaso das elites dirigentes com investimentos no sistema de ensino não é que é gritante né gritante valendo para todo o Brasil eu tenho uma um desgosto muito grande de que a política educacional do governo Lula nos 8 anos de de de de de de gestão não mudou uma linha sequer da política neoliberal do FHC então
aqui É um descaso das elites entes em Goiânia não é estamos com professores do ensino municipal em greve não é eh porque a Prefeitura não quer pagar o piso salarial que é uma porcaria não é r$ 24 não é mas a greve e e vocês também tiveram a sua greve aqui no no no começo do ano e que também não reverteu em benefícios concretos para PR paraa categoria E por fim o descenso dos educadores legisladores pesquisadores em relação aos objetivos e funções da escola e eu queria conversar um pouquinho isto com vocês não é eu
acho que no nosso país hoje nós vivemos um profundo decenso né sobre objetivo da escola tá há objetivos da escola para todo tipo de gosto não é e e salvo se vocês estão em instituições e Geralmente as privadas não é que tem um padrão tem um perfil não é e este perfil é é de certa forma eh eh não digo imposto mas é um é um é um perfil definido não é o que já é diferente em relação à escola pública em que o patrão tá tão longe né que aí se permitem que os que
que que a que a que a sociedade tenha uma infinidade de objetivos pra escola né eu vou trazer um pouquinho dessa desse dessa pesquisa que eu venho fazendo e e e ver como é que isto ressoa aí no seu no seu trabalho bem estão vendo aí um dos pedaços do drama da escola né as inquietudes dos professores por um lado né exigia mais do aluno mais exigência na avaliação exigir mais dos professores mais conteúdo mais autoridade mais disciplina que eu que eu estaria chamando então uma ética da intervenção nãoé uma ética mais poderosamente eh de
de de de uma estrutura mais estabelecida ou nós vamos curvar a vara pro outro lado não é mais amor aos alunos mais democracia na escola mais clima de interação eh eh é muito interessante a gente a gente constatar eu não sei se os colegas da escola pública concordariam com de dizer que o sistema público está aqui deste lado não é e os professores querem estar deste lado né mas o sistema público eu digo lastimavelmente porque nada você vergar as coisas de um lado pro outro como diz o savian a teoria da curvatura da vara não
é eh nunca presta nunca dá certo né mas mas a minha o meu entendimento e eu tô dizendo isto porque eu tô estudando esta esta questão que a uma das minhas pesquisas no momento se chama a deterioração da escola pública eu eu estou me perguntando quando por a escola pública começou a desandar e eu já identifiquei que a escola pública começou a desandar nos anos 90 começo dos anos 90 e até tem um Marco deste deste deste processo de deterioração que é a chamada conferência internacional educação para todos em na Tailândia na cidade de Jon
tien não é que eu acho que foi esta conferência E a chamada declaração educação para todos não é foi lá que começou algo que eu estou chamando a a uma escola que abandonou a o princípio do conhecimento em favor do princípio do acolhimento social eu não sei se vocês me entendem Porque isto levado ao extremo nós vamos chegar para uma escola do acolhimento social a declaração de JN tien educação para todos Olha aí o nome bonito sensibiliza né No entanto adotam uma concepção de aprendizagem tão Ampla tão ampliada não é que desfoca da aprendizagem efetiva
que é aprender a pensar através dos conteúdos não é para uma ideia de aprendizagem eh como aqueles conhecimentos mínimos básicos para sobrevivência não é o capitalismo através do Banco Mundial estabeleceu pros países chamados em eh emergentes não é uma política de escola de de de de de para pobre escola pobre não é e para a escola pobre não precisa professor que ganha grande coisa não é não posso esticar este raciocínio porque eu queria não posso deixar de entrar no nas questões mais cruciais que eu queria tá levantando né Eu estou falando de um descenso não
é geral na sociedade brasileira sobre objetivos e funções da escola não é e aqui nós podíamos est apontando cinco tipos de escola não é o que tá em branco é o que eu chamaria de uma visão mais Progressista e o que está em amarelo são as as as versões mais convencionais de escola né quer dizer você tem em primeiro lugar a escola tradicional está em aspas não é e há razões para que esse termo esteja em aspas salvo exceções não é a escola pública Brasileira é eminentemente uma escola que funciona sobre os parâmetros da pedagogia
tradicional mas tradicional entre aspas porque trata--se de uma deterioração da legítima pedagogia tradicional é uma escola é uma pedagogia tradicional deteriorada não é quer dizer salvo exceções porque eu acredito que haja escolas a escolas privadas eh especialmente confissao tenham ainda uma um vínculo mais forte com aquela legítima pedagogia tradicional eh eh assentada no no na na na na pedagogia jesuítica na pedagogia de herber não é a escola dos sistemas de ensino apostilado eh é uma é uma das degradações mais importantes dos últimos anos não é e que São Paulo você tem empresas não é em
São Paulo acho que Ach São Paulo Rio Curitiba Belo Horizonte né que são empresas não é eh fortemente estruturadas que estão ganhando dinheiro com os tais sistemas de ensino não é Aliás elas se chamam sistemas de ensino e É incrível o poder que é esse modelo de de funcionamento que o estado de São Paulo também lastimavelmente adotou não é bem os três modelos convencionais e os dois modelos progressistas de alguma maneira reproduz este este esta aporia né reproduzem esta oposição né de um lado a escola comeniana e do outro lado a escola para socialidade e
convivência que eu já chamei de escola eh baseada no princípio do acolhimento social né E a escola baseada no princípio do acolhimento social veio precisamente pela crítica a chamada escola tradicional que é muito conteudista que é muito autoritária que reprova tá tudo mais não é então essa escola já não funciona mais essa escola já não não atende as as as demandas e exigências do mundo contemporâneo vamos atrás de um outro tipo de escola e Eis que o Banco Mundial opta para os sistemas públicos a escola para a socialidade e a convivência porque eu não conheço
nenhuma escola privada que esteja sentada nessa ideia do do do do do princípio da da socialidade e convivência não é eh não sei se eu se eu precisaria explicitar ess estas duas posições não é quer dizer na na na verdade você teria uma escola por um lado baseada na na na ideia de uma Formação Cultural e científica portanto uma escola baseada nos nos conteúdos dos processos do pensar e uma outra escola eh baseada na ideia de que a escola é o lugar da Convivência da socialidade não é como lá em Goiânia a escola típica da
socialidade e a escola do chamado EJA que os colegas da escola pública sabem muito bem o que é não é Em que em que o o colegas nossos pesquisadores né dizem não gente escola noturna meninada trabalha o dia todo vem cansado então deixa rolar eles vêm à escola para encontrar as pessoas para poder ter um um um descanso até um até um certo lazer então Eh assim os os alunos da do EJA lá em Goiânia do do sistema público eles podem sair da sala para fumar não é para se não tá gostando da aula sai
não é isto é a escola da socialidade e da convivência né bem comênio acho que os colegas hão de se Recordar não é dos seus cursos eh de de Formação não é comenio foi um pedagogo Fantástico não é do século X não é e e bem eu não posso esticar muito a história do comênio não é eu tenho um colega Professor Gilberto Luiz Alves que é também um paulista que foi embora pro Mato Grosso do Sul e que tem uma uma tese muitíssimo interessante né que é que é isso que está escrito aí né que
a escola tradicional que eu coloquei entre aspas é é a escola criada conforme as práticas de de organização manufatureira da produção do século X é muitíssimo Interessante não é porque o o pro Gilberto a escola Brasileira hoje especialmente isso que eu chamei de tradicional não é ela se explica pela escola de proposta por comênio né quer dizer o trabalho didático na escola comeniana foi estruturado conforme as práticas de organização da fábrica do século X que se baseia na divisão do trabalho na organização do ensino em Passos hierarquizados eh eh por meio de uma tecnologia básica
eu vou acentuar e por meio de uma tecnologia básica o livro didático aí o Gilberto diz e de certa forma eh Diferentemente do do mais convencional da da da quando nós identificamos a pedagogia tradicional que as pessoas dizem não a pedagogia é tradicional porque ela é magistrocentrismo professor é uma tecnologia o livro didático a pensar não é e com isto O trabalho do professor foi submetido historicamente ao livro didático não é eh que é o Saber resumido não é e que então para ele a forma de organização do ensino eh eh a forma típica de
organização trabalho didático hoje ainda é a forma comeniana se o não de toda maneira não é eh é fato que que a pedagogia tradicional persiste eu diria em 90% eh das nossas escolas não é só que eu acho que o o o contraponto da pedagogia tradicional não pode ser a escola para socialidade e a convivência porque isso não presta Isto é esse tipo de escola veio para atender demandas de democracia mas Mas ela é antidemocrática na minha maneira de entender não é dois modelos progressistas de escola não é a escola baseada na na na na
na formação por meio de situações experienciais que eu tô chamando de pedagogia da socialidade E a escola como lugar de formação humana pela cultura e pela ciência não é que que que a primeira postura não é ela é muito ligada a tendências muito fortes no pensamento pós-moderno como vocês sabem né quer dizer essa essa esta este peso que colegas da nossa colegas do campo da Educação do campo do currículo né Eh dizem da importância dos componentes culturais do mundo contemporâneo e com isso então o tema da da diferença não é quer dizer a ideia do
multiculturalismo não é a ideia da interculturalidade não é e que acaba então dando um peso considerável para uma escola baseada na convivência na diferença na socialidade enquanto esta outra visão não é aposta na centralidade do conhecimento e na formação dos processos mentais não é eh então é claro tô criticando as duas curvaturas da vara não é para um lado e pro outro então qual é a minha nãoé já está pintando aí na cabeça de vocês não é então eu tenho o meu entendimento não é dentro da da da minha pesquisa não é a partir e
de de de três autores aliás quatro autores com os quais eu trabalho Há uns há uns 8 10 anos não é vigotski leontiev davidof davidof que é um é um é da terceira geração dessa chamada escola de vigotski e algum e uma uma autora do da uma autora dinamarquesa não é e que tenta fazer uma boa síntese do trabalho de investigação desses autores da chamada teoria histórico-cultural que é a teoria que eu sigo e que no meu entender estão por detrás desses pontos que eu estou aqui dizendo como sendo minhas crenças não é então a
minha a minha aposta não é é de que a a a a pedagogia está diretamente associada ao desenvolvimento cognitivo do desenvolvimento mental quer dizer o ensino é a forma privilegiada não é visando promover e ampliar o desenvolvimento mental democracia na escola é você possibilitar as melhores condições de apropriação da cultura e da ciência como condição paraa ampliação do desenvolvimento mental sendo que o ensino é o fator básico para para esta promoção né de maneira que o nuclear da escola da minha maneira de ver é assegurar o processo mental do conhecimento eu diria aos colegas assim
a minha maneira de ver é de que a centralidade da escola é o conhecimento mas não o conhecimento em si mas o procedimento mental do conhecimento o processo mental do conhecimento que eu vou detalhar isto eh mais à frente né E que então mas a a além disto ou junto com isto é crucial termos o entendimento de que a escola trabalha com sujeitos concretos com alunos reais então Eh eu quero levar em conta este lado que se chama diferença vida cotidiana os motivos dos alunos a relação do aluno com o Saber etc não é Se
vocês fizerem uma uma síntese na sua cabeça e isto isto diz respeito ao que eu dizia no início né o o o mundo do didático é o mundo é um é um mundo que associa o a dimensão epist olgica e a dimensão psicológica tal como eu estou tentando mostrar né ou seja então que Resumindo isto né assim a minha ideia é de que as escolas tê por por função tem por papel não é eh a promoção das capacidades intelectuais dos alunos através dos conteúdos não é e nesse tido que is que é o forte do
que eu queria tá tá dizendo a vocês hoje né Eh quer dizer que que assim vamos rapidinho uma rememoração Né desde comênio que eu havia mencionado a vocês não é Eh Ou talvez vamos atrasar um pouco no tempo vamos pegar lá na Pedagogia da Escolástica a pedagogia medieval pedagogia atomista não é de São Tomás de Aquino não é Eh vamos dizer que desde século XI a pedagogia vem trazendo consigo duas orientações que frequentemente se separam não é uma é a ideia de que o o o papel do ensino está ligado aos ao aspecto material do
ensino ou seja ao conteúdo conteúdo enquanto informação não é que seria este este modelo isso não tem nada a ver com escola tradicional porque o outro modelo que eu vou falar também tem a ver com escola tradicional né então a a o ensino baseado no aspecto material não é diz respeito ao ensino cuja função é é assegurar o acesso ao conteúdo o acesso direto ao conteúdo não é um pouco assim que o professor fala o aluno escuta memoriza e reproduz não é do outro lado você tem o aspecto formal do ensino não é neste outro
lado nesta outra curvatura não é da vara como a gente podia dizer nós temos então a ideia de um ensino centrado nos processos mentais o ensino não centrado no acesso direto ao conteúdo mas centrado no modo de aquisição do conteúdo de toda maneira é é perfeitamente compatível com este raciocínio dizer que uma centra-se no resultado outra centra-se no processo ou nos processos não é a história da pedagogia é uma história incessante destas duas tendências né uma para lá outra para cá não é com algumas tentativas de juntar as duas não é eu estou eu entendendo
que isso está enraizado na teoria de vigotsky e e alguns dos seus seguidores não é eu defendo a ideia de que estes dois entendimentos né o aspecto material e o aspecto formal jamais se separam não é jamais você separa conteúdo de processos e processos de conteúdos não é eu não tenho capacidades intelectuais cognitivas desvinculadas do conteúdo para saber que capacidades intelectuais eu vou desenvolver nos meus alunos de ciências eu preciso saber quais são os procedimentos lógicos e investigativos do campo científico com o qual nós estamos trabalhando não é Ou seja o centro do conhecimento são
os conteúdos mas não os conteúdos em si mas o os o processo mental do conhecimento que está contido na disciplina que você ensina não é a minha proposta de didática não é cujo termo básico chama-se mediação não é dizer assim a didática a didática o ensino se define por ser uma mediação através dos objetivos conteúdos métodos etc não é eh eles medeiam o quê medeiam a relação cognitiva eh do aluno com a matéria quer dizer eu estou aqui dando um peso igual ao ensino e e à aprendizagem quer dizer a minha capacidade docente hoje aqui
com vocês pode ser perfeitamente avaliada se eu eh se se se eu estiver dando conta de mediar a relação cognitiva da sua cabeça com o tema que foi trazido aqui pela palestra é um pouco como seus alunos saem pelo Corredor daá da escola diz assim não a nossa essa Professora Sofia é 10 hein gente ó cara olha eu eu entendi tudo que ela falou né olha que eu a a a eh amarrei na minha cabeça Essa essas essas ideias aí e tal né de de biologia porque ela é é da professora de biologia quer dizer
a Professora Sofia eh está sendo vista pelos alunos como uma uma ótima mediadora ela tem sido capaz de mediar a relação cognitiva do aluno com a matéria mas eu posso dizer isso de um jeito aqui tá muito muito muito muito simples a a relação do professor e eh do saber e do aluno não é que é o famoso triângulo didático né mas a ideia básica que eu tava querendo trazer para vocês como ponto de partida Não é disso que eu estou chamando do objetivo da escola não é o desenvolvimento de processos mentais a formação de
ações mentais a formação de capacidades mentais por meio dos conteúdos que você ensina não é E aí a ideia é eh deste deste gráfico não é é a ideia de que você tem aí a a o o o sujeito objeto não é e que tem aí um a a o o o o retângulo chamado mediação cognitiva que é algo extremamente simples e é algo extremamente e corriqueiro né quer dizer a seguinte a mediação cognitiva é o que está ocorrendo neste momento na sua cabeça não é quer dizer você entrou aqui hoje não é veio aqui
da na da Borges Lagoa não é no simpo não é E você tem na sua cabeça neste momento esquemas mentais estruturas cognitivas opiniões ideias experiências não é eh eh que você eh traz com você não é e que eu vamos chamar aqui de dispositivos internos da dentro da sua mente não é que estão mediando a compreensão do que eu estou dizendo aqui aqui não é quer dizer os seus alunos evidentemente são portadores de uma mediação cognitiva A ideia é muito forte por quê A ideia é forte porque eh se eu se eu estiver aqui na
minha aqui entre vocês digamos assim pessoas eh que tem alguma formação mais acentuada na pedagogia não é eh estão com com referências da sua mente muito mais eh úteis para poder estar compreendendo a minha conversa colegas de outras áreas que que não tem um traquejo um manejo de de de de ideias de conceitos ligados à à pedagogia didática podem estar eh com alguma algum algumas restrição não é é porque a sua mediação cognitiva não está mediando não é ah você para poder est se apropriando daquilo que que o que o que o palestrante está falando
né O que que eu Qual é a a a tese que eu defendo né ensino Professor a professor não é faz a mediação didática da mediação cognitiva isto isto define Explicita o papel de uma professora de um professor não é e dizendo isso em outras palavras a mediação cognitiva é o processo de mediação que liga o aprendiz a objeto de conhecimento e isto é variável de cabeça para cabeça de prática para prática não é os colegas que estão vindo aqui são portadores de de de de certos entendimentos sobre o trabalho de de docência e também
tem as suas práticas assim como os alunos os jovens que estão com vocês nas suas escolas também são portadores de uma relação com o saber não é quer dizer Este é necessariamente o lado que eu chamo p psicológico não é do do do processo de aprendizagem né e a mediação didática é uma intervenção de natureza didática com a finalidade de ajudar o aluno a dar sentido ao objeto de conhecimento e aqui que eu vou queria recorrer ao ao meu ao meu ao meu inspirador chamado vigotsky né que que tem toda uma uma uma teorização não
é desta ideia de que você tem uma atividade interna você tem funções sociais externas uma sociogênese um coletivo não é que dispõe de um conjunto de de de saberes científicos de de de de pautas culturais não é que que são que são aqueles saberes constituídos ao longo da história da humanidade envolvendo a ação múltipla de de de de de de de muitos autores de muitos pesquisadores e tudo mais não é Essas funções mentais convertem-se em funções pessoais não é o o o vigot que uso a expressão né uma relação primeiramente é inter psicológica interpessoal e
que se converte numa relação intrapessoal não é esta relação intrapessoal significa a reconstrução do significado mais o sentido que cada um um atribui né quer dizer a ideia de que de que de que quando os seus alunos internalizam o conhecimento não é é quando o significado que é sempre social é sempre convencionado se se mistura se junta com o sentido que é pessoal e que tem a ver com a relação do aluno com o saber e isso se converte então em dispositivos internos e que se transformam a partir daí em reguladores da da conduta produze
uma autorregulação eh do nosso comportamento né enfim Esta é a ideia do do do vigotski e que tem a ver com esta com essa ideia que eu tava desenvolvendo aqui de que o grande mérito de uma professora de um professor não é é dar conta de que seus alunos atribuam sentido aquilo que ele está trazendo paraa situação do docente nas suas se das disciplinas com as quais vocês trabalham né do que eu estou tentando dizer principalmente nessas últimas palavras agora né é que para vigotski e para davidov a atividade de aprendizagem atividade de aprendizagem se
caracteriza pelo conteúdo mas entendendo que nos conteúdos estão contidos os as ações mentais necessárias a serem desenvolvidas nos alunos não é de maneira que nesse sentido a atividade de aprendizagem se se é identificada como sendo esta íntima conexão entre o conteúdo e as capacidades intelectuais conexas a esse conteúdo a ideia que eu que eu gosto de de de de de explicitar é de que ao estudar um conteúdo os alunos vão formando ações mentais mas essas ações mentais são aqueles procedimentos Lógico investigativos que estão eh historicamente contidos não é no processo no desenvolvimento de Constituição dos
objetos de conhecimento eu quero dizer que se o objetivo do ensino é desenvolver capacidades mentais dos alunos ou capacidades cognitivas não é mas que essas capacidades cognitivas estão contidas no próprio conteúdo não tem não tem eh eu eu eh acho que uma dificuldade de est entendendo isto porque eh ao longo do processo de Constituição de um objeto de conhecimento os cientistas e aqueles que lidam com esse saber foram eh desenvolvendo procedimentos lógicos e investigativos não é Ou métodos de pesquisa não é que foram levando à Constituição de um objeto de estudo deixa dar um exemplo
que pode facilitar né A questão da geografia Não é vamos dizer que que Ao ensinar uma uma ciência a ciência geográfica não é eu eu começo por Identificar qual é o objeto de estudo que define a geografia não é qual é o nuclear do conhecimento geográfico Qual é o nuclear do fato geográfico hoje em dia hoje em dia se se os quando os geógrafos buscam sintetizar numa formulação Qual é o objeto de investigação da geografia eles dirão o seguinte é o espaço físico enquanto constituo histórica social e culturalmente ou dizendo isso de um outro jeito
o objeto do geográfico é a constituição histórica social e cultural do espaço físico em outras palavras é como como é que ao longo do desenvolvimento histórico não é eh o espaço social vai se constituindo pela prática humana ora colegas que que eu quero dizer não é para se chegar a este objeto para se chegar a este conceito nuclear do geográfico não é foi necessário a aplicação de procedimentos investigativos e lógicos próprios do campo geográfico não é e isto significa então que que todo objeto a se constitui não é eh a partir de procedimentos Lógico investigativos
o que que é ensinar ajudar os alunos a Se apropriarem desses processos lógico e investigativos na forma de ações mentais eu quero dizer com isto que que no caso que de assimilar um um conteúdo é assimilar o conceito nuclear desse conteúdo quer dizer o modo geral o modo científico geral eh de operar com esse conteúdo não é e nesse modo geral estão as capacidades cognitivas a formar não é por isso é que eu digo assim a boa professora de geografia é aquele é aquela cujos alunos saem da sua aula pensando raciocinando investigando e atuando com
o modo próprio de pensar investigar e atuar da geografia a boa professora de química é aquela professora cujos alunos saem da sua sala pensando raciocinando investigando e atuando com o modo próprio de da química não é então Eh eu quero dizer então que esta proposta didática diz assim que na aprendizagem de um conteúdo importa muito mais o domínio dos procedimentos lógicos e investigativos desse conteúdo do que o domínio do conteúdo formal eu não estou desprezando o conteúdo eu estou captando no conteúdo o movimento o movimento o desenvolvimento científico que está por detrás de um processo
de Constituição de um determinado conteúdo ora esse domínio dos procedimentos lógicos e investigativos eu chamo de conceitos conceitos então não não não são as definições os conceitos vão para muito mais além da definição não é quer dizer eh na verdade não é eh eu formo conceitos quando eu ajudo os meus alunos a internalizar métodos e estratégias gerais da ciência ensinada olha aqui o nuclear da atividade de aprendizagem é formar o pensamento desenvolver capacidades mentais através do conteúdo e como se formma Tais capacidades por meio de conceitos mas o que são os conceitos procedimentos mentais para
deduzir relações particulares de uma relação geral abstrata e nesse sentido então ensinar eh é intervir na formação e desenvolvimento das ações mentais dos sujeitos que não é outra coisa sen não formar conceitos mas sem entender conceito como definição um conceito na na realidade é uma ferramenta mental que eu formo na minha cabeça a partir dos procedimentos e e estratégias investigativas da ciência que eu ensino não é e que então o conceito Na verdade tem quase uma uma caracterização prática a ideia de ferramenta Mental para lidar com as várias situações né quer dizer na geografia na
geografia essa ideia de que o o nuclear do geográfico é a constituição histórica social e cultural do espaço físico não é nome genérico disso que eu acabei de falar da geografia chama-se paisagem não é então à medida que os alunos vão compreendendo através de uma infinidade de tarefas não é isto que o geográfico é aquilo é o espaço físico constituído historicamente socialmente E culturalmente isto é uma relação geral um princípio geral a partir do qual eu vou possibilitar os alunos a aplicar isto geral a situações eh particulares de maneira que quando eu digo assim ensinar
é desenvolver capacidades cognitivas através dos conteúdos quando eu falo capacidades cognitivas é a mesma coisa de formar ações mentais é a mesma coisa de formar conceitos com a ideia de que o conceito é um procedimento Mental é um procedimento mental não é para extrair relações particulares de uma relação geral abstrata O que que a gente pode mais fazer aqui aqui do lado esquerdo o conhecimento empírico é o é por onde nós chegamos a definição e aqui do lado direito o conhecimento teórico-científico que é isso que eu estou tentando mostrar como sendo eh um ensino que
que acentua o conhecimento teórico-científico entender tendo conhecimento teórico científico como como ações mentais como conceitos e nós podemos então dizer que aprender é adquirir um modo geral de ação mental Isto é um procedimento mental de aplicar um conceito geral para situações particulares Isso se chama conhecimento científico ou pensar e operar com conceitos eh este gráfico é um é extremamente é extremamente simples e todo gráfico limita bastante não é a teoria Mas ele nos ajuda eh a compreender esta essa relação que eu estou tentando lhes lhes passar não é você tem de um lado os conhecimentos
e do outro lado as ações mentais se os colegas estão compreendendo a minha fala ou se eu estou sendo capaz de fazer a mediação didática da mediação cognitiva não é eh eh este gráfico mostra o seguinte eu estou dizendo né que estudar ao estudar um conteúdo os alunos vão formando ações mentais conexas a esses conteúdos e as ações mentais conexas a esses conteúdos são encontrados nos procedimentos lógicos e investigativos da ciência com a qual você trabalha ao mesmo tempo que forma ações mentais os alunos vão eh tendo maior facilidade para se apropriar dos conteúdos não
é de maneira que nós teríamos aqui nesse gráfico neste primeiro quadrante aqui embaixo no um a c você tem assim um uma um um professor uma professora que tem pouco conteúdo e poucas ações mentais ele nem atribui peso aos conteúdos e nem atribui peso às ações mentais não é ele é fraco nas duas coisas não é então é um professor digamos assim inútil né se você não mas é mesmo né se ele não sabe conteúdo e se ele não sabe lidar com os processos investigativos da ciência que ele ensina não é Uai como diz lá
lá em Goiás oai né você tem lá em cima na na vertical um professor uma professora muito boa bom no conteúdo Não é ele é claro ele tem uma lógica na no seu raciocínio ele é capaz de de de explicitar até a relação entre conceitos mas ele não não é bom em ajudar os alunos a irem formando ações mentais na sua cabeça que vão favorecer a mediação cognitiva dos seus alunos não é quer dizer eh ele Claro tem há de ter resultados satisfatórios e tal né mas não é ainda um uma uma professora um professor
que que que fariam esta este nuclear da atividade de aprendizagem que é você desenvolver ações mentais não é do outro lado aqui na na horizontal Você tem uma professora um professor que é excelente para desenvolver ações mentais mas ele é frágil em conectar o conteúdo a essas ações mentais é o caso típico de um professor que põe seus alunos no laboratório de química ou de física e deixa rolar os alunos estão aprendendo eh de certa forma eh ações mentais sim com certeza não é estão aprendendo eh procedimentos investigativos e isto é um caminho interessante e
útil para formar o conhecimento teórico científico Isto é os conceitos sim mas ele perde a ocasião de tá associando o conteúdo aos procedimentos investigativos por quê Porque como eu digo não há separação entre a o o acesso ao conteúdo e o modo de acessar esse conteúdo ou em outras palavras não pode haver separação entre os conteúdos e os processos mentais boa parte na minha maneira de ver do insucesso da proposta piagetiana do do chamado construtivismo está ligado a isto não é está ligado ao entendimento de que piag faz pouco caso da experiência cultural e científica
acumulada como se você pudesse est formando ações mentais dissociados dos conteúdos vou só ler a primeira os conhecimentos o primeiro parágrafo os conhecimentos de o indivíduo e suas ações mentais formam uma unidade segundo rubinstein os conhecimentos não surgem dissociados da atividade cognitiva do sujeito e não existem sem referência a ele não é aí segue a a frase dizendo que eh o o conhecimento por um lado é o resultado não é quando eu vou ensinar eh eh eh física di assim todo metal aquecido de lata eu não preciso botar o menino interminavelmente num processo de descoberta
não é quer dizer o conhecimento está produzido não é então a a a a a ideia que eu que eu que eu que eu que eu passo é que que a historinha do professor de biologia que estava aflito lá n lá na na minha universidade ele er meu meu colega lá da universidade e ele não tinha um problema de pesquisa porque o professor de Federal tem 20 horas de de aula e 20 horas de pesquisa ele tem que ter seu projeto de pesquisa e ele estava super angustiado porque ele não tinha um projeto cava a
cabeça estava nervoso perdeu a fome nãoé e tava assim num num ponto de estourar né aí um dia ele tava na na cozinha Tomando café levantou a cabeça e viu em cima da geladeira um prato com bananas e em torno das bananas uns insetos rodeando ali né Ah descobri meu problema de pesquisa né deu uma suspirada né vou estudar o comportamento o organismo das drosófilas como é que elas funcionam o que que porque que ela tá na banana que que a banana que puxa elas elas que puxa a banana como como esse minúsculo inseto como
é que ele opera internamente e fez o seu projeto pôs o seu plano em desenvolvimento não é de pesquisa e então 1 ano e meio 2 anos passou por um processo de investigação não é um processo de investigação E para isso ele usou procedimentos lógicos e investigativos para chegar a uma a uma conclusão né terminou o seu trabalho produziu o seu relatório de pesquisa não é o seu o seu trabalhos eh foi depois consultado por autores de livros didáticos que puseram o conteúdo deste dessa pesquisa nos livros didáticos né e ou seja o o resultado
do processo investigativo do meu amigo biólogo não é constituiu-se num saber sistematizado a respeito das drosófilas acabou a história agora eu digo né primeiro o processo de ensino começa onde termina o processo de investigação ninguém inventa a roda o processo de ensino começa quando termina o processo de investigação mas segundo ao ensinar biologia aos meus alunos eu professor professora tenho que ter em mente que na cabeça dos meus alunos está se passando um processo investigativo extremamente semelhante àquele que se passou na cabeça do meu amigo cientista de tal maneira que que o bom ensino está
associado a ao entendimento de que o o bom professor é aquele que ajuda o aluno a internalizar ações mentais que estão com tidas nos processos investigativos dos cientista se eu pudesse dizer isso para vocês através aqui de um exemplo né quein que que que é aprender educação física pensar e atuar com o movimento corporal entendendo que movimento corporal é o conceito nuclear da Educação Física em outras palavras aprender educação física é interiorizar o modo de pensar e agir corporalmente assim como eu posso dizer que aprender matemática é interiorizar o modo de pensar e agir matemático
matematicamente né sendo assim eh ensinar a educação física e ajudar o aluno a captar o percurso da investigação sobre o movimento corporal e descobrir o caminho metodológico pelo qual os alunos interiora interiorizam esse percurso para que aprendam a raciocinar e agir autonom em relação às suas práticas corporais bem fechar Então esta segunda parte voltando então ao que eu havia declarado no início da minha da minha exposição né o modo de trabalhar pedagogicamente com algo depende do modo de trabalhar epistemologicamente com algo considerando as condições físicas cognitivas afetivas do aluno e o contexto sociocultural em que
ocorre a aprendizagem né aqui eu então disso eu deduzo que o centro do didático está numa numa numa adequada combinação entre o epistemológico e o psicológico psicológico também que está decorrente do do do contexto sociocultural com isso eu posso lhes dizer que o problema didático o problema didático não se resume aos métodos de ensino há uma ideia demasiadamente simplista não é de que e ter didática é dominar métodos de ensino não é eu entendo que é algo muito mais complexo por quê para você chegar aos métodos de ensino são necessários outros três tipos de métodos
eu digo necessários são pressupostos não é a ideia de que primeiro o o um professor uma professora precisam ter uma uma um um mínimo conhecimento do método Geral do processo do conhecimento os colegas sabem muito bem que que que nós todos operamos epistemologicamente mesmo mesmo sem saber não é quer dizer nós temos um uma um uma postura eh eh eh positivista ou fenomenológica ou dialética ou estruturalista ou seja como é que a gente lida conscientemente ou não esta relação do sujeito que conhece e de objeto a ser conhecido de onde resulta um saber organizado né
eu preciso também para falar em método de ensino conhecer os métodos da cognição que são os processos internos da aprendizagem as formas de aprendizagem do aluno se for verdade a ideia de que de que a a a o começo de qualquer didática é a mediação cognitiva que está na cabeça do aluno então eu não posso deixar de entender que eu tenho aqui um problema ligado à psicologia da aprendizagem e do desenvolvimento humano mas isto também só não basta é preciso que eu tenha um domínio dos métodos particulares das ciências que servem de base a investigação
e constituição do campo científico não é quer dizer depois disso tudo eu posso finalmente est falando em métodos de ensino de maneira que aprender Teoricamente ou seja aprender por conceitos de modo que os conceitos se transformem em ferramentas mentais para lidar com problemas dilemas e casos particulares eh a partir de uma relação geral então aprender Teoricamente é captar as relações Gerais básicas que dão organização a uma área do conteúdo é aprender a fazer Abstrações para formar uma célula dos conceitos chave para fazer generalizações conceituais e aplicá-las a problemas específicos para isso eu preciso captar o
caminho já percorrido pelo pensamento científico como forma de interiorização de conceitos e aquisição de métodos e estratégias cognitivas ou seja dominar o modo geral pelo qual o objeto de ensino é construído na ciência que eu estou trabalhando e ensinar ou aprender Teoricamente aluno a interiorizar os modos de pensar raciocinar investigar e de atuar da ciência ensinada de de não posso não vou ter tempo de falar dos motivos lastimavelmente que eu gostaria de estar falando né Eu apenas diria que que Ao formular o plano de ensino de uma disciplina de uma de uma de um campo
de conhecimento nós teríamos quatro requisitos análise do conteúdo A análise dos motivos dos alunos as metodologias ativas e o contexto sociocultural não é a ideia de ações mentais de cada Campo científico Isto vai mudar Conforme você ensine física química matemática etc né quer dizer associar ações mentais com os conteúdos no plano de ensino a primeira tarefa dentro desta dessas dessa teoria é é a análise do conteúdo a primeira tarefa a a a a realizar na na preparação de um plano de ensino é é análise do conteúdo que seria assim Eu apenas vou ler ent ficar
as relações Gerais básicas que dão suporte ao conteúdo fazer um zoom até que você chegue aquilo que é um conceito nuclear Onde estão contidas as operações mentais básicas que o aluno vai desenvolver identificar os conceitos básicos mapas conceituais os conceitos desse caso como ferramentas mentais para deduzir relações particulares de uma relação geral abstrata que foi colocado no item um propor tarefas de aprendizagem que essa relação geral aparece em problemas específicos em casos particulares aí a a trabalhar com problemas é algo extremamente útil e o objetivo disso tudo é o domínio do modo geral pelo qual
o objeto é construído implicando modo de atividades anteriores eh aplicados à investigação dos conceitos a serem interiorizados de modo que uma boa análise do conteúdo favorece o formular tarefas de aprendizagem para os alunos com com suficiente atrativo para canalisar os motivos do aluno para o conteúdo Porque nessa teoria não é entendendo que entendendo que a atividade interna de aprendizagem passa por estes por esta por este conjunto de de de ações internas não é quer dizer na na na realidade não é eh eh se necessidades se as necessidades levam a motivos e os motivos levam a
a a objeto não é o objeto neste caso na minha maneira de ver tem que ser o conteúdo Ok ah os colegas os colegas professoras professores vieram aqui hoje de de vários lugares né para para essa palestra não é os motivos são aquelas razões que nós damos a nós mesmos para fazer e pensar aquilo que fazemos aquilo que pensamos né os motivos é aquilo que te é aquilo que a professora de manhã se levanta às 6:30 7 horas lá em Goiânia essa hora que a gente levanta né que o sol já tá alto né assim
ô é é pois é é aí a professora olha do espelho com escovando dente di assim oh meu Deus que saco aqueles meninos ó não aguento mais né tal meu Deus né motivos da professora Down né ou a professora tá lá peitando o cabelo e tal Oh que legal hoje eu vou entrar vou na sala Nossa dia aquela tarefinha PR as crianças tô louca para saber que como é que elas fizeram né motivos né ap Quer dizer vocês também têm seus motivos que os trouxeram até aqui hoje movidos por alguma necessidade que só você sabe
qual é não é quer dizer o objeto do seu dos seus motivos é estar aqui assistindo uma palestra não é e é isso que mobilizou você a estar aqui não é quer dizer na no meu entendimento quando nós estamos falando aqui desta conexão entre a análise do conteúdo e os motivos dos alunos né eu estou querendo dizer assim como pedagogo né fácil de dizer difícil de fazer mas o qual é o o nosso desafio é que esse objeto seja o conteúdo porque do conteúdo Eu Vou extrair as ações mentais etc etc etc me perdoem o
ocupar demasiado o seu tempo aqui vamos conversar um pouquinho Ok como disseminar essa forma estruturada que o Senhor nos apresentou né como disseminar isso de uma forma rápida toda essa estrutura apresentada e o equilíbrio inclusive da curva também né esse equilíbrio da curva é para os professores para que isso a gente agilize e eh também essa disseminação na escola e tentar Minimizar esse quadro Sombrio da escola que o Senhor nos apresentou como é seu nome Professor Augusto Augusto Eu costumo dizer que que na na na formação de professores eh pro Ensino Fundamental há muita pedagogia
e pouco conteúdo né e pros professores da segunda fase do ensino fundamental da sexta em diante não é generalizando claro que há exceções muito conteúdo pouca pedagogia ou seja do ponto de vista do do que eu estou falando aqui não é nós estamos cometendo dois equívocos no processo formativo e remetendo aqui o que eu falava aqui da relação entre a didática e a epistemologia quer dizer professoras da das séries iniciais não têm a mínima noção a bom perdão que vocês estão aqui não é mas do geral do geral nas escolas públicas nos cursos de Formação
que eu conheço na minha cidade não é e alguns aqui assim eh a dimensão epistemológica nos cursos de formação de professores está ausente ou seja você estudou 4 anos de Letras Não é e Eis que você se encontra ensinando português na sexta série tá e você estudou 4 anos de letras e por suposto Você domina o conteúdo e os procedimentos investigativos desse conteúdo portanto você está preparado com com o básico para poder lidar epistemologicamente com o campo científico com o qual você tua não é a professora das séries iniciais não é e eu acabo de
fazer uma pesquisa no meu estado São São 44 cursos de pedagogia no meu estado e se a quem quiser eu mando pela internet o a o o resultado da minha pesquisa não é nesses cursos de de pedagogia a chamada pedagogia que é para formar professores de de de de educação infantil seg o primeira a quarta não é não se ensina os conteúdos você vai ensinar letras português paraas crianças de sexta série e você domina por suposto a o a o o a língua portuguesa e as práticas investigativas da língua portuguesa por onde estão contidas as
ações mentais para você lidar com a língua portuguesa e com as crianças né com os alunos né A professora de anos iniciais que ensina simultaneamente português matemática história geografia não tem uma hora sequer de conteúdo nesses cursos isto é uma coisa dramática eu não entendo como meus colegas da minha área do campo da Educação não é e que trabalham com ess toda essa coisa de de formação de professores esse essa entidade que se chamam fop por exemplo como é que como é que não descobriram este furo fant na formação de professores né então Professor Augusto
então Augusto a eu estou pondo aqui não é e aqui tenho trabalhado isto lá na pós-graduação na minha pesquisa não é quer dizer que talvez Um dos problemas cruciais na formação de professores seja exatamente a ligação entre a didática e e e a olia das disciplinas não é porque senão nós não formamos sujeito não formamos conceitos não formamos alunos que disponham do do do chamado eh eh eh conhecimento teórico científico que é exatamente a a partir do que ele vai usar a o conhecimento como ferramenta Mental para lidar com situações concretas da realidade né Quer
dizer então que eu estou colocando além de outras questões que eu coloquei aqui que que que são limites extremamente sérios tudo que eu trouxe aqui no começo pra gente não tá dizendo que que a solução tá na pedagogia não a solução não tá só na pedagogia Mas se há um lugar onde a gente pode estar pensando em algum caminho é na formação de professores vocês que que ensinam na sexta série por exemplo não é depois que eu que eu me dei conta desse resultado da minha pesquisa eu eu eu eu passei a ser muito mais
solidário com vocês né como é que você vai ensinar na sexta série eh Língua Portuguesa ou vai ensinar ciências se as sua se as crianças estão vindo lá de trás sem praticamente um um um conhecimento sólido não é as crianças chegam sem saber ler e escrever não é então você professor professora e eu sei muito bem porque o que eu sou também já trabalhei já Como eu disse você já fui diretor de escola um bocaro de anos de escola de menino né Eh assim eh você você tá ensinando ciências Tá ensinando matemática aí você chega
na sala na sexta série sétima série de gente esses meninos não sabem nada que que eu vou fazer gente eu tinha que recuperar este pessoal porque sem o como é que é matemática tem pré-requisitos mas eles não tem pré-requisitos que que eu faço né vou voltar pro programa da da lá da da da primeira série segunda série não é Ou vou tocar para quem dá conta mas e quem não dá conta aí dependendo você fala ah gente mas eu não tô ganhando para fazer recuperação deses menino né quer dizer agora eles estão mandando promover automaticamente
ah Seja o que Deus quiser triste tristíssimo eu trabalho há 40 anos nessa tarefa aqui não é eu sou professor desde 21 anos de idade né quando eu saí da da Universidade né quer dizer e hoje eu vejo entristecido né que que que essas questões muito concretas não é quer dizer como é que uma professora da da primeira a quinta série E aí agora aumentaram para 5 anos num quadro desse pior Bora pior o problema gostaria de ouvi-lo falar sobre eu não sei se é uma modernidade eh sobre a interdisciplinaridade escolas que estão fazendo algumas
experiências de derrubar a parede da sala de aula que a princípio é encantador né tirar os alunos de quatro paredes fica todo mundo no mesmo espaço para trabalhar com problemas ok ok Professora Sofia Vejam uma coisa Vocês são de escola privada vão me V me entender muito bem não é o MEC está fazendo um exame nacional que se chama Enem Ok pois esse Enem se você for estudar as bases dele né as bases filosóficas epistemológicas né O que o o que vai ser dito lá tem Sofia muito a ver com o que eu disse aqui
não é eles o MEC eh por meio de uma equipe técnica não é eh até sofisticada não é eh está entendendo que eh não só o vestibular como todo o ensino médio devem basear o ensino na formação de capacidades mentais e não o meramente a memorização de conteúdos não é isto é o Enem não é eu até tinha aqui não dá tempo de mostrar a vocês uma uma matriz dizendo isto O que que o que que o Enem se propõe e em boa parte é aquilo que eu talvez eh eh eh epistemologicamente diferente do que
eu falei aqui não é mas muito próximo né do assim pelo menos no no varejo né não nado eh no entanto não é é só ver aí a a imprensa ver a veja as revistas né os donos de cursinho estão chamando especialistas para para ensinar os seus próprios professores como é que você mecaniza nos alunos responder às questões do Enem não é o que vejam então que que esta miséria de um de um de um país não é que acha que que você pode mudar a realidade mediante uma lei não é mediante uma uma uma
imposição de cima não é de uma de um modo de um modo muito parecido com com com o que eu estou dizendo professora eh Há o problema da interdisciplinaridade reforma do ensino médio não é por decreto instituiu a interdisciplinaridade não é quer dizer eh e a interdisciplinaridade cai de paraquedas né Eh como se nós pudéssemos assegurar a formação do pensamento da reflexividade eh dos alunos não é eh simplesmente você você dissolvendo o disciplinar para criar algo algo nebuloso não é algo algo assim fluido né como é a a a o o interdisciplinar não é que
é uma uma reprodução do que muitos lugares do Brasil se fez através do ensino por projetos não é quer dizer na na na a a reforma educativa brasileira feita entre 90 e 94 pelo no governo FHC não é foi uma reforma copiada da reforma espanhola não é e na reforma espanhola eh a o o o conteúdo os conteúdos são tratados na forma de projetos não é um pouco de trazer o modelo de de e de um discípulo dele chamado kill Patrick né Eh para você construir um currículo na base de projetos e desse modo você
assegura a interdis planaridade não é eu vou dizer a minha opinião eu não não não sou favorável a isto porque isto é artificial não é e porque não existe o interdisciplinar sem o disciplinar quer dizer a interdisciplina na minha maneira de ver tem o seu suporte na disciplina quer dizer trata--se então se você quer pensar com um com com um pensamento ampliado não é trata-se de você eh pensar eh eh a a explicitação do objeto de de cada Campo científico simultaneamente com a a expansão das suas fronteiras não é de maneira a você fazer então
agora a partir do disciplinar o interdisciplinar não é porque do jeito que está est imposto de cima não é quer dizer é você é você eh quer dizer é achar que da mesma maneira que tem gente que acha que a tecnologia Educacional é a grande solução pros problemas da educação Até o Ministro da Educação acha isso né a gente tem a colegas achando que o moderno o avançado né É você dissolver a estrutura disciplinar não é e substituir e e colocar em cima dela um interdisciplinar como eu digo eh nebuloso né o interdisciplinar a palavra
que eu usei artificial artificial Toda vez que você tenta o interdisciplinar fora do do disciplinar você cria uma estrutura artificial não é e que não tem solidez não é eh então Professor minha opinião é esta não é está aí não é o o eu continuo achando continuo achando que que isso tudo vem lá de uma chamada conferência internacional educação para todos Jon Tailândia lá comeou essais de qu dizer a escola tradicional já era a escola tradicional reprova a escola tradicional é autoritária abaixo a escola tradicional Vamos fazer uma escola leve principalmente a escola para pobre
porque olha não tem em Goiânia não tem uma escola que trabalha com ciclos de escolarização não tem uma escola que tem promoção automática e não tem uma escola de ensino médio que adotou para valer o modelo interdisciplinar então é tudo para escola pública escola pobre para pobre né