Aula 18 - Controle da Força Muscular

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Fisio Ex - Prof. Alvaro Reischak de Oliveira
Aula sobre os mecanismos de controle da força muscular e suas relações com o exercício
Video Transcript:
[Música] Olá Essa é nossa aula sobre controle da força muscular nela iremos discutir as vias de controle tanto mecânicos quanto neurais de controle da força vamos a ela para começarmos a discutir os mecanismos de controle da força musc é fundamental que lembremos de hw Huxley na década de 50 enquanto trabalhava com fibras musculares e descrevia o mecanismo que até hoje é conhecido como teoria das pontes cruzadas Andrew Huxley demonstrou outros aspectos importantes do controle da força muscular um dos elementos importantes é a relação força comprimento muscular ou famosa curva força comprimento ora Ele demonstrou que
ao alterar o Comim de sarcômeros ele mudava o grau de tensão que esses sarcômeros eram capazes de gerar notem que havia um comprimento ideal e da ordem então de 2 micrômetros ou alguma coisa próximo disso no espaço n gerado pelo pelo estiramento do sarcômeros e quando esse esse esse espaço diminuía diminuía a força de contração no momento em que aumentava além desses valores também havia uma diminuição da força de contração notem que o comprimento ideal da ordem de 2 micrômetros ele está mais ou menos aqui ora aqui há a possibilidade concreta de haver interação actomiosina
e dessa forma geração de Pontes cruzadas que por sua vez gerariam força adequadamente num nível máximo no momento em que eu encurto demais esse sarcômero o que acontece eu tenho uma uma sobreposição de filamento fino e filamento espesso de forma tal que eu consigo pouca força por outro lado se eu estiro demais como acontece nesses níveis aqui eu tenho uma pequena chance de interação actomiosina e dessa forma também pouca força Ora como é que eu traduzo esse conceito que foi identificado em fibras musculares isoladas num laboratório de biofísica lá na década de 50 com dados
atuais por exemplo analisando esta posição essa uma posição próxima do ideal para geração de força numa condição de agachamento ora posição essa completamente diferente dessa o que temos aqui no primeiro exemplo voltemos Eu tenho um comprimento de sarcômero e portanto de quadríceps ideal para geração de força no momento em que eu agacho demais eu aumento demais essa flexão de joelho e de quadril como aparece aqui eu tenho um estiramento exiv de quadríceps O que leva a uma menor capacidade de geração de força Alguém poderia se perguntar mas Álvaro esse cara esse atleta é um atleta
de al erofil ismo com uma carga bastante elevada aqui em cima Então por que que ele assume essa posição ao invés da posição anterior Por esta razão aqui notem aqui uma sequência de um arremesso é o nome desse movimento que é típico do alteril ismo né Lembrando que no alteril Existem duas provas o arremesso e o desenvolvimento aqui é o arremesso aonde o peso vai direto do chão para a posição mais alta ou seja acima da cabeça do Atleta mas eu quero que vocês notem uma coisa h o peso está inicialmente no solo e ele
é projetado para cima pela ação fundamentalmente das pernas e do tronco e ele atinge uma posição máxima ou seja um um um nível máximo a partir desse arremesso que é esse nível aqui notem que quando ele atinge o ponto mais alto o atleta simplesmente gira essa barra aqui ela permite esse giro de forma a se colocar embaixo a abaixo dessa barra nessa posição que vocês estão vendo aqui ora mas então por que se essa posição não é ideal paraa geração de força Por que que ele não sobe mais a barra a este nível ora porque
nesse caso nós precisaríamos uma força absurda ele teria que jogar essa barra teria que arremessar essa barra ainda mais alto para conseguir um ângulo de joelho próximo de digamos 90º isso é pouco provável Então se se se eh prefere que o atleta atinja essa posição de forma que ele não jogue o peso tão alto eh mesmo sabendo que nessa posição existe um prejuízo mecânico pelo alto grau de estiramento das fibras musculares e aí então o atleta sobe a partir dessa posição como vocês podem ver atingindo então a posição eh final e eh Considerando o arremesso
válido então é uma digamos assim uma opção mecânica e de certa forma uma opção também neuromuscular e e metabólica realmente a força necessária para jogar nesse nível é maior do que nesse nível Então se faz o giro e a partir daí se compensa h a desvantagem mecânica que existe aqui em termos de fibras musculares mas realmente se nós tivéssemos um ângulo mais alto a força seria maior pois bem e que outro mecanismo de controle de força nós temos o mecanismo relacionado à velocidade daí simbolizado por esse atleta de beisebol arremessando essa bola que é um
implemento relativamente pequeno em alta velocidade como é que esse mecanismo se comporta dessa forma notem que quanto maior for a força estou falando agora de contração concêntrica quanto maior for a força menor será a velocidade Então eu tenho um eixo de velocidade e eu tenho um eixo de força quanto maior for a força menor será a velocidade portanto naquele caso do Atleta de beisebol ele tem que arremessar uma bola que tem uma massa bastante pequena e aí então com baixa carga com baixa força ele consegue uma alta velocidade ao contrário se ele tivesse que arremessar
ou levantar um implemento com uma força muito grande ele obrigatório ente baixaria a velocidade essa relação tem rel eh tem eh uma explicação por meio das relações que as pontes cruzadas eh exercem eh com os filamentos quanto mais veloz for o movimento menos formação de Pontes cruzadas eu terei por outro lado quanto mais lento for o movimento mais formação de Pontes cruzadas eu terei isso quer dizer que eu terei mais força então ao contrário do que normalmente se pensa quanto maior for a força menor será a velocidade e vice-versa pois bem esse é o segundo
mecanismo então de controle de força o terceiro mecanismo tem relação especificamente com questões eh de ativação neuromuscular como é que eu Controlo a ativação eh nesse sistema pois bem imaginemos que nós queiramos fazer uma força de contração bastante baixa da ordem de digamos 20% da minha contração voluntária máxima nesse caso eu gerare uma frequência de disparos portanto um recrutamento uma frequência de disparo da ordem de 10 a 15 potenciais de ação por segundo nesse caso eu estarei recrutando fundamentalmente fundamentalmente fibras do tipo um recrutando apenas fibras tipo um eu gerare uma baixa força de contração
da ordem quem sabe de 20% não mas agora eu quero trabalhar com digamos 50% da contração voluntária máxima nesse caso eu sou obrigado a aumentar a frequência de disparo para 20 25 ou mesmo 30 potenciais de ação por segundo gerando nesse caso a o recrutamento das fibras 1 e também das fibras 2 A gerando então uma força da ordem de 50% E se nós desejarmos trabalhar com 80% nesse caso eu sou obrigado a aumentar a frequência de ativação para 35 40 ou mesmo 45 potenciais de ação por segundo o que irá recrutar também a fibra
2B e nesse caso gerar uma força de contração de 80 90 ou mesmo 100% o que que isso mostra que quanto maior for o percentual da contração máxima mais fibras musculares eu recruto e por quê Porque eu passo a ativar esses músculos com frequências ainda maiores dessa forma é perfeitamente possível que eu Execute uma contração eh recrutando apenas as fibras lentas no caso eu estarei trabalhando a cerca de 20% 30% da minha contração voluntária máxima por outro lado quando eu estou trabalhando em contrações elevadas de intensidade elevada eu estarei recrutando todas as células musculares as
lentas e as velozes pois bem esse é o mecanismo então de controle por via do recrutamento por via da ativação neuromuscular Tais resultados são aplicáveis em equipamentos de eletroestimulação muscular que são úteis por exemplo em situações de reabilitação muitas vezes em hospitais em indivíduos acamados que precisam fazer ativação elétrica muscular justamente pela incapacidade de se exercitarem eles não conseguem se exercitar eles não podem muito às vezes exercitar mas nesses casos se pode usar um equipamento de eletroestimulação em frequências selecionadas de forma a ativar a musculatura e a partir daí de certa forma simular uma condição
de exercício melhorando o processo de recuperação desses pacientes pois bem quais são as mensagens finais dessa aula em primeiro lugar a força depende do comprimento muscular de acordo com a relação força comprimento descrita por Huxley lá na década de 50 a força também depende da velocidade de execução do movimento quanto mais veloz menor será a força produzida e finalmente a força depende da frequência de ativação muscular quanto maior for a frequência de ativação pelo motoneurônio mais fibras eu irei recrutar e dessa forma mais força eu irei produzir pois bem com isso encerramos o nosso módulo
de fisiologia neuromuscular a seguir iremos iniciar o módulo de fisiologia endócrina aplicada ao exercício até lá [Música]
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