[Música] aqui vamos ver Agora sim boa noite sejam bem-vindos estão me ouvindo bem-vindos ao clube do livro Depois dessa breve folga aí que eu dei para vocês vamos falar hoje sobre espectro da esquizofrenia e outros transtornos psicóticos quero dar boa noite aí para todo mundo que tá chegando muitos aí estão falando que hoje a primeira vez que vão acompanhar ao vivo né Que legal sejam bem-vindos Já tava com saudades das lives né Danilo dá uma folguinha para você isso já sentem falta né tô vendo aí o pessoal também da mentoria né tem também encontro né
hoje na sexta-feira pessoal da mentoria intenso a gente se vê na terça a gente se vê na quinta nas aulas adicionais no clube do livro também assim vamos né que bom temos aqui Quem mais está por aí Polly presente Danilo já falei a Juliana de Portugal tá aí ficando acordada né forte o William bem-vindo ao Nosso Clube de membros né incentivando o canal aí muito obrigada muito legal essa participação aí também a Josi Alice Renata a Grazi Isaías tá por aí também Cristina Jaíne a Josi a Amanda Ana boa noite para Nanda também Lari minhas
veteranas é aqui o pessoal faz mentoria 1 faz mentoria dois três faz Clube do livro José Carlos também tá aí deu um oi com a mãozinha Pri também né Ju legal gente agora que eu já fiz a chamada né quero convidá-los a assistir essa aula então sobre espectro da esquizofrenia e outros transtornos psicóticos até o final vamos falar da descrição Clínica sim né conforme o dsm Traz essa é a proposta do clube do livro mas nós vamos parar por aí não né Por quê Porque vocês sabem que aqui não tem miséria de conteúdo não tem
miséria de acesso também então quem tá chegando agora saibam que os vídeos do clube do livro eles ficam disponíveis no canal sem limite de tempo para acesso né então você pode ver com calma caso você não consiga ver ao vivo você pode pode assistir aí com tranquilidade na sequência inclusive deixando suas dúvidas no comentário tô sempre de olho ali para ver a interação que vocês deixam curtindo né gente quem chegou aí puder já dar um like isso ajuda bastante a dar relevância para o vídeo a distribuir o conteúdo também então a ideia do clube do
livro É sim estudarmos a psicopatologia descritiva né que Como o próprio nome diz descreve categoriza os transtornos mentais já discutimos bastante ali né sobre este modelo psicopatológico as suas limitações mas também a sua utilidade e nesta noite né neste encontro vamos falar sobre este transtorno que muitas vezes causa né um certo impacto tanto na população de forma geral quanto nos profissionais que vão trabalhar por serem considerados quadros desafiadores Entretanto a melhor forma de lidar com esses quadros começa pela capacitação então conhecer bem as descrições clínicas destes transtornos e também construir um raciocínio Clínico acerca do
plano de tratamento para estes pacientes é fundamental Então hoje nós vamos falar sim da parte da psicopatologia descritiva desses transtornos semiologia Então vamos estudar os sinais e sintomas mas também quero adentrar né introduzir aspectos da intervenção com vocês ok então é uma aula muito especial com vídeo e quem vocês puderem né outros colegas estudantes porque vocês não vão encontrar esse conteúdo aí de graça por aí né o pessoal aí cobra bem caro para ter menos até do que esse conteúdo que eu vou dar hoje e eu tenho a alegria de poder compartilhar com vocês aí
de forma gratuita para que vocês possam de fato estudar se capacitar e estar melhor preparados se acontecer de vocês atenderem um paciente com essas características né muita expectativa para esta aula quero conhecer um pouco mais sobre a esquizofrenia e o sei dessa expectativa e sei que ela é não é só sua Mônica porque normalmente né Eu posso até perguntar para vocês aí qual é a perspectiva o contato que você estiveram com prático né com este diagnóstico com pacientes que apresentam este diagnóstico e eu imagino que boa parte de vocês vai me trazer informação que o
que vocês tiveram de conhecimento para além da teoria provavelmente foi no contato com algum filme vendo a descrição de algum personagem eventualmente algum estágio né que vocês fizeram aqueles que tiveram a oportunidade mas grande parte da população e traz consigo a imagem daquele paciente com agravado né com a fase ativa do seus sintomas positivos negativos com a desorganização do seu discurso com a manifestação de delírios e alucinações e colocam como sinônimo no seu entendimento que paciente diagnosticado com esquizofrenia é igual a este perfil que eu acabei de descrever entretanto hoje já quero convidá-los a primeira
entendimento para que vocês possam rever É exatamente esse de compreender que é a classificação se trata de um espectro da esquizofrenia e os outros transtornos psicóticos então só pelo nome do capítulo a gente já observa que existe uma gama de possibilidades de manifestações sintomáticas dentro desta classe certo então nós vamos falar aqui eu vou percorrer com vocês a esquizofrenia com mais ênfase né mas também vou trazer para vocês os outros transtornos Porque é importante que vocês se habituem a ouvir a conhecer os nomes a saber que eles existem né e que eles não são a
mesma coisa né do que a esquizofrenia que existem suas particularidades e que nós precisamos estar atentos a isso certo então esse primeiro convite é justamente para que vocês entendam que a esquizofrenia se trata de um espectro né Nós vamos nos aprofundar mais neste conhecimento aí entendendo as particularidades desta manifestação sintomática E deste transtorno né bom então é primeira coisa né como nós estamos falando aqui o espectro da esquizofrenia e outros transtornos psicóticos nós precisamos entender porque esses transtornos estão Unidos aqui neste mesmo capítulo que o que que fundamento o que que eles têm em comum
para estarem na mesma classificação neste manual diagnóstico nós vamos entender então que estes transtornos eles são deixa eu compartilhar aqui com vocês aí eles são definidos por anormalidades em um ou mais dos cinco domínios a seguir então esse cinco domínios eu quero convidá-los até o final da aula para vocês terem decorado essa listinha aqui Quais são os cinco domínios que Claro em manifestações diferentes de intensidade nem diferentes conjuntos de manifestações sintomáticas mas esses esses cinco domínios aqui são os denominadores comuns aí que Inter relacionam esses transtornos né para que eles estejam classificados neste mesmo Capítulo
Ok então vamos conhecer Quais são esses cinco domínios e nós vamos falar sobre cada um deles Porque é importante que você faça a distinção sobre eles tenham os conceitos muito claros porque só assim você vai conseguir identificar lá na prática tá então primeiro delírios segundo alucinações terceiro pensamento desorganizado pelo discurso desorganizado quarto comportamento motor grosseiramente desorganizado ou anormal incluindo a catatonia e sintomas negativos tá então esses são os cinco domínios que eu quero convidá-los a memorizá-los porque nós vamos precisar ter isso muito fresco né na nossa memória e nosso conhecimento para identificarmos na prática vamos
descrever um pouquinho mais cada um deles então primeiro temos Os Delírios Os Delírios aqui quem é da mentoria já teve aí uma aula específica né sobre a o exame do Estado mental nós estamos estudando as funções psíquicas e as suas alterações então para quem é da mentoria vocês vão ver aqui que a medida que nós fomos estudando os transtornos vocês vão identificar comigo as alterações das funções psíquicas que são características de cada um destes transtornos por isso que é importante nós conhecermos Quais são as funções psíquicas e as suas alterações Aqui nós temos a descrição
dos delírios que é uma alteração do pensamento né da função psíquica do pensamento então Os Delírios são crenças fixas não passíveis de mudança a luz de evidências conflitantes que podem incluir e se manifestar com uma série de temas diferentes entre eles os mais frequentes temas persecutórios temas de referência somático religioso e de grandeza Esses são os temas que Os Delírios mais comumente se manifestam e eles também tem algumas características bastante peculiares a globalidade é uma delas ou seja o quanto o fluxo da consciência né a forma de pensar do paciente é controlado por esta por
esta crença então a globalidade o quanto este esta crença fixa predomina em relação a sua consciência segundo a característica é a convicção o grau de certeza de que a crença é verdadeira então para que uma criança seja fixa ela tem uma dose importante de convicção significância o quão importante é a crença no sistema de significados deste paciente Esse é um ponto bem importante para a gente a tentar principalmente depois lá na frente nas intervenções vocês vão ver porque o conteúdo desses delírios também podem nos apontar para o quão importante significativo aquela temática pode ser no
repertório do paciente e a inflexibilidade né que é aí o absolutismo na certeza ou seja além de ter certeza ela é inflexível então isso difere o Delírio das crianças não delirantes né então quando elas são rígidas são são consistentes mas nós ganhamos a possibilidade de trabalhar a flexibilidade dessas crenças é por isso que nós trabalhamos a reestruturação cognitiva né então com crianças não delirantes a gente tem essa possibilidade de trabalhar em relação a Esse aspecto da flexibilidade diferente do Delírio né que ela tem a essa característica de avaliarmos o quão impenetrável a crença é em
relação a lógica o quanto a lógica consegue permear esta crença né a razão e e vidências contrárias Ok então Delírio é uma alteração do pensamento que pode ter essas temáticas aqui ok vão decorando Tem coisas que são decoreba né que é importante você entender o raciocínio mas que se você memoriza facilita bastante tá segundo domínio que a característica do espectro da esquizofrenia e dos outros transtornos psicóticos são as alucinações as alucinações elas são experiências semelhantes à percepção mas que elas ocorrem sem o estímulo externo Ok então a sensação é semelhante como se o estímulo existisse
entretanto não existe aí Ana Como assim fiquei confusa é uma experiência vivida Clara com toda força e impacto da percepção mas o estímulo causador desta vivência não existe então no espectro da esquizofrenia e dos outros transtornos psicóticos Alucinação mais frequente é auditiva Então como se caracteriza então não existe efetivamente o estímulo então a voz Entretanto a experiência do paciente de ouvir esta voz ela é vivida ela é Clara e ela Traz essa força né E esse Impacto de uma percepção normal assim como vocês estão me ouvindo aqui certo essas alucinações elas devem acontecer num contexto
sem alterações sensórias né então como assim aquelas alucinações que porventura aconteçam quando nós estamos começando adormecer né Às vezes você tá começando adormecer a tua consciência já começou ali a ter um rebaixamento E aí você tem uma percepção e também na fase final do sono né quando você está para despertar ali ao acordar essas experiências elas são consideradas normais Ok então para ser considerado Alucinação uma experiência a de Alucinação o sensório deve estar sem alteração Então eu estou desperta aqui né sem efeito de substâncias e ainda assim eu tenho esta percepção esta experiência semelhante a
uma percepção Ok então a Alucinação é uma alteração dá senso percepção certo enquanto o Delírio é uma alteração do pensamento Alucinação é uma alteração da função psíquica da sensor Terceira Dimensão que caracterizam esses transtornos é a desorganização do pensamento a desorganização do pensamento ela normalmente é inferida a partir do discurso do indivíduo Então como é que nós avaliamos a organização ou a desorganização do pensamento a partir do discurso deste paciente algumas alterações que podem se manifestar dentro desses quadros O primeiro é chamado descarrelamento ou afrochamento das associações onde o paciente pode mudar de um tópico
a outro né então tem um descarrilamento não segue uma sequência coerente outra alteração pode ser a tangencialidade onde as respostas elas em relação às perguntas feitas ou ela não tem relação nenhuma ou ela passa né ali de forma oblíqua um ponto em comum ali só mas não é coerente exatamente com a resposta então a tangencialidade também pode ser uma alteração dessa organização do pensamento né em caso a isso em casos Mais agravados pode acontecer né Desse discurso está tão desorganizado que ele pode ser chegar a ser quase incompreensível que é aquela salada de palavras né
então às vezes nem dentro da mesma frase as palavras fazem sentido Lembrando que esta desorganização do pensamento quando ela acontece de forma pontual leve né Ela é corriqueira ela é considerada comum inespecífica quem nunca né gente deu uma perdida no pensamento na forma de responder enfim entretanto quando se toma se apresenta suficientemente grave ao ponto de prejudicar de forma substancial a comunicação efetiva Então ela é considerada um sintoma efetivamente então sempre aquela noção de clareza né da disfuncionalidade do prejuízo da manifestação dos sintomas Ok outro ponto a ser observado também é o contexto linguístico de
cada paciente então você vai observar que tem pacientes por exemplo aqui no contexto do Brasil né Tem regiões que a fala é mais arrastada ou usam ternos que você pode desconhecer E você acha que aquilo tá fora do contexto mas quando Na verdade é um desconhecimento de expressões regionalistas por exemplo né ou aquela família tem um padrão de comunicação bastante específico então o DC me traz esse alerta para sempre observarmos o contexto linguístico do paciente ao fazermos essa avaliação da desorganização do pensamento tá e outro ponto importante de observar é que pode acontecer uma desorganização
menos grave menos grave durante períodos prodômicos ou residuais Como assim Ana então vejam existe a fase ativa né dos sintomas e depois a gente vai ver a característica da esquizofrenia né mas essa desorganização do pensamento ela pode acontecer naquele período que antecede a fase ativa dos sintomas né uma manifestação mais leve então ele começa a ficar com o pensamento mais desorganizado de uma forma mais leve antes dessa manifestação sintomática ou depois do episódio né então de forma residual aí e por vezes até se prolongando um pouco mais tá então pode acontecer também uma variação da
intensidade desses sintomas ok Agora sim né o próximo domínio é o comportamento motor então falamos de pensamento falamos de Senso percepção falamos aqui anteriormente né da desorganização do pensamento e o comportamento motor agora desorganizado ou anormal incluindo catatonia então aquele basicamente classifica o comportamento em comportamento motor grosseiramente desorganizado né que pode se observar o comportamento por vezes mas pueril mais tolo ou mais agitado uma agitação imprevisível né Principalmente de dirigida a objetivos então por exemplo dentro de atividades cotidianas o paciente não consegue concluí-las e nesse curso ele apresenta comportamentos desorganizados grosseiramente desorganizados que acabam prejudicando
a execução desta atividade cotidiana né E que impacta diretamente na funcionalidade deste paciente e o segundo grupo de comportamentos que também adentra aqui é o do comportamento catatônico que é a redução acentuada na forma do paciente reagir ao ambiente então diminui a reação do paciente ao ambiente e pode variar né tendo características como por exemplo de resistência à instruções manutenção de postura rígida inapropriada ou bizarra até a falta total de respostas verbais ou motoras OK outra característica em comum incluem movimentos estereotipados repetidos olhar fixo caretas mutismo e Eco da fala é inespecífico e pode ocorrer
em outros transtornos mentais tá a gente vai ver esse ponto mas assim gente não existe um sintoma que seja exclusivo da esquizofrenia então a apresentou é isso esquizofrenia apresentou Delírio Ah deve ser esquizofrenia só pode ser esquizofrenia não tem nenhum sintoma que seja exclusivamente deste quadro e a última último domínio aí de sintomas que são comuns a esses transtornos descritos no capítulo que estamos estudando é o de sintomas negativos e eles também tem duas características importantes aqui o primeiro é a expressão emocional diminuída então por isso que é sintoma negativo né a partir de uma
manifestação emocional ele passa a ter menos diminuída inclui reduções Na expressão de Emoções pelo rosto no contato Visual na entonação da fala nos movimentos das mãos então fica mais limitado também diminuído né da cabeça da face os quais normalmente conferem ênfase né quando a gente se comunica se expressa emocionalmente existe um conjunto e nos sintomas negativos existe a redução dessa expressão e a avalia também é uma alteração da função psíquica né da conação da vontade do impulso que a redução em atividades motivadas Auto iniciadas Ou seja que ele tem a iniciativa de dar início e
com uma finalidade a pessoa pode ficar sentada por longos períodos né então ela não sente vontade de fazer de cumpridas atividades os seus compromissos ou de interagir né então é uma alteração desta função psíquica e pouco interesse até mesmo de participar de atividades que faziam parte da sua rotina né atividades profissionais atividades sociais então sintomas negativos tem essas características ok O que mais que apresenta os sintomas negativos sintomas negativos ainda apresenta diminuição na produção do discurso então a alogia né uma diminuição na produção do discurso anedonia que a capacidade reduzida de perceber prazer diante de
estímulos positivos e que antes por vezes promoviam prazer satisfação para este paciente e falta de sociabilidade imagina né um paciente que está apresentando avalia anedonia diminuição da expressão emocional a sociabilidade também acaba sendo impactada Agora sim tendo terminado cinco domínios aí quero trazer para vocês a descrição Quais são os transtornos que estão descritos aqui neste capítulo E aí eu já vou mostrar para vocês Quais são as particularidades destes outros transtornos né que compõem além da esquizofrenia para que vocês observem então vejam que tendo esses cinco domínios aqui né como pontos que fundamentam estes transtornos vocês
vão observar que cada um deles é como se fosse uma combinação peculiar destes domínios destes sintomas né então cada um desses transtornos ou vai predominar mais um menos outro ou também vai ter a alteração no tempo né todo o critério diagnóstico que a gente observa no dsm vai ter a descrição ali dos sintomas e o tempo dessa manifestação a forma que este sintoma se apresenta então vocês vão observar Que nestes outros transtornos aqui descritos cada um deles é uma combinação ou destes critérios aqui desses sintomas que nós vimos agora dos domínios e com uma particularidade
também do tempo tá então vamos lá vamos observar que o primeiro deles é o transtorno da personalidade esquizotípica então nós sabemos que quando falamos de transtorno da personalidade nós temos a manifestação crônica dos sintomas né então é aquele paciente que observa que aqueles sintomas fazem parte do jeito dele funcionar né é diferente do paciente que passa a ter Insight que a família começa a falar de tal data para cá começou a apresentar isso antes era de tal forma e agora está assim né então em transtornos da personalidade existe essa cronicidade da manifestação sintomática quais são
os sintomas característicos então clinicamente aqui déficits sociais e interpessoais reduzida capacidade para relacionamentos íntimos além de dist orções cognitivas ou perceptivas né então tem distorção de pensamento distorção perceptiva também e comportamento excêntrico Ok então dentro dessa forma né que o transtorno da personalidade se apresenta tá o transtorno delirante tem presença de delírios esse é fácil de memorizar né mas alucinações não são proeminentes ok transtorno Psicótico breve destaca-se aí a brevidade né da duração dos sintomas então presença de sintomas psicóticos delírios ou alucinações ou desorganização do Discurso ou desorganização do comportamento então vocês observaram ali que
tem o ou e a duração é durando de um dia a um mês por isso que ele é breve certo transtorno esquizofrenia fome aqui nós também temos uma particularidade onde os sintomas tem duração de pelo menos um mês mas de menos de seis meses ok e os sintomas pelo menos dois sintomas positivos ou um sintoma positivo e desorganização do pensamento ou sintomas negativos Ok então é esta combinação de sintomas por um período menor do que seis meses temos a esquizofrenia que nós vamos daqui a pouquinho aprofundar Então eu só citei aqui porque ele está nessa
sequência né e o transtorno esquizo afetivo com um subtipos ali do tipo bipolar e o tipo depressivo no transtorno esquizoafetivo existe a ocorrência de sintomas a da esquizofrenia vocês vão ver que os sintomas a da esquizofrenia são aqueles cinco que nós acabamos de ver né o delírios alucinações a alteração do comportamento grosseiramente manifestado também o sintomas negativos né então são os cinco domínios ali que nós vimos agora concomitante a Episódio depressivo maníaco e alucinações e delírio por pelo menos duas semanas tá então nós vamos ter essa manifestação do dos sintomas do critério a ali com
a alteração né os episódios marcantes ali da alteração do humor certo por pelo menos duas semanas na ausência do episódio depressivo Mania certo e temos outros transtornos ali que se referem a outras condições né que que normalmente os transtornos se classificam também então o transtorno Psicótico induzido por substância devido a outra condição médica a catetonia associada a outro transtorno mental então como eu falei a catatonia e assim como os outros transtornos eles não são exclusivos da esquizofrenia então quando o outro transtorno apresentar a catatonia existe ali um especificador né para você incluir no diagnóstico que
é exatamente esse catatonia associada a outros transtorno mental transtorno catatônico devido a outra condição médica né então tem quando advém de um transforma mental e de outra condição médica também catatonia não especificada e outro transtorno do espectro da esquizofrenia e outros transtornos especificados e o esquizofrenia e outro transtorno quando ele não é especificado né ali a gente são os dois critérios que os dois esses dois últimos quando a gente atribui ou não Por qual motivo ele não fechou o diagnóstico principal né para a esquizofrenia ali ou algum outro transtorno tá então essa são essa é
a descrição dos transtornos contidos neste capítulo e claro eu vou aprofundar com vocês aqui a esquizofrenia e a primeira questão que eu já pontuei com vocês e quero revisar são essas aqui primeiro é que nenhum sintoma é específico da esquizofrenia sinônimo né então não associem apresentou Delírio é esquizofrenia apresentou a Alucinação é esquizofrenia apresentou a catetonia é esquizofrenia tá Outro ponto também a partir desta compreensão a gente sabe que a esquizofrenia vai ser um conjunto de sinais e sintomas Associados a um Funcionamento social ou profissional prejudicado Então ela é um conjunto certo muito cuidado com
esse com essa ansiedade né diagnóstica e de associar um sintoma uma característica ao diagnóstico do transtorno e o outro ponto que foi o que eu comecei a aula falando é justamente a compreensão de que existe variações substanciais na maior parte das características porque as esquizofrenia é considerada uma síndrome Clínica heterogênea então existem diferentes manifestações Pode ser que pacientes apresentem mais delírios menos delírios mais alucinações menos alucinações sintomas negativos mais intensos menos intensos a própria duração também a própria resposta ao tratamento também é individual Então tem um clareza sobre isso aquele perfil que nós temos muitas
vezes estigmatizado né dos filmes que nós vemos não é a única descrição de pacientes que tem o diagnóstico da esquizofrenia Ok porque ele é um espectro certo quando nós compreendemos isso temos clareza fica mais fácil de entender que também a intervenção ela precisa respeitar esta forma individualizada Então nós vamos adaptar a manifestação daquele paciente que está na nossa frente certo então por mais que tenhamos ali as estratégias que norteiam o tratamento né que podem nortear que são as mais indicadas nós vamos ali individualizar o plano de tratamento para cada paciente tá eu gosto de enfatizar
isso para que vocês não caiam nessa armadilha de querer tratar todos os pacientes ai como é que o paciente com esquizofrenia alguém tem um material para dar para o paciente de esquizofrenia sim mas como é a manifestação da esquizofrenia deste paciente né então muito cuidado os critérios diagnósticos Então veja que ele já descreve aqui no critério a o sim as cinco dimensões que nós vimos agora tem Lírios alucinações pensamento desorganizado comportamento motor grosseiramente desorganizado e sintomas negativos quando é que fecha diagnóstico para esquizofrenia então precisa ter dois ou mais desses sintomas aqui desses itens aqui
entretanto um deles precisa ser ou o número 1 ou o número 2 ou o número 3 tá então são dois ou mais e um desses dois ou mais precisa ou se Delírio Alucinação ou pensamento e o discurso desorganizado ok então nós não vamos ter um paciente com diagnóstico de esquizofrenia que só apresenta o 4 e o cinco por exemplo né comportamento motor grosseiramente desorganizado sintomas negativos não vamos ter porque precisa ter pelo menos um desses três primeiros sintomas descritos aqui ok então essa é a primeira compreensão diagnóstica que nós temos que ter do transtorno da
esquizofrenia o segundo critério né o critério B é o da funcionalidade precisa Observar se né um nível abaixo do alcançado nas áreas das relações interpessoais do trabalho do funcionamento deste paciente a partir do aparecimento desta perturbação desses sintomas né então a disfuncionalidade o prejuízo no funcionamento precisa aparecer tá o critério ser uma água né gente o critério ser é a apresentação contínua desses sinais de perturbação né então vejam manifestações isoladas desses sintomas eles não se caracterizam um transtorno de nenhum transtorno né Aqui Acontece da mesma forma então esse período de seis meses que é descrito
né então ele precisa ter nesse período de seis meses pelo menos um mês com manifestação ativa desses sintomas pode ser menos de um mês pode se houve uma intervenção e o paciente teve uma resposta efetiva entretanto observa-se né que nesse período de seis meses pode existir né conta acaba contando dentro dos seis meses o período de manifestação residual ou prodômica do paciente então Aqueles sintomas que Eu mencionei né que às vezes eu começam mais atenuados então por exemplo um pensamento desorganizado de uma forma mais leve ali ou residual depois né da fase ativa ele também
conta Neste período de seis meses ok durante esses períodos prodômicos ou residuais os sinais da perturbação podem ser manifestados apenas por sintomas negativos ou por dois ou mais listados tá então pode existir de uma forma mais atenuada a presença desse dessas desses mesmos grupos de sintomas Então são crianças um pouco mais esquisitas experiências perceptivas em comum né então observa-se uma disfuncionalidade ainda menor né mas alteração está presente certo no critério de aqui ele diferencia então a esquizofrenia do transtorno esquizoafetivo ou transtorno bipolar né quanto a manifestação da alteração de humor ali em conjunto com o
período ativo da doença e o critério eif né eles falam sobre a os efeitos fisiológicos então a perturbação sintomática não pode ser atribuída a efeitos fisiológicos e também é importante observar que se na história né do paciente ele apresenta o transtorno do espectro autista ou de outro transtorno iniciado na infância o diagnóstico adicional da esquizofrenia vai ser realizado somente se de fato delírios ou alucinações proeminentes além dos demais sintomas exigidos aqui nos critérios da esquizofrenia também se apresentam por pelo menos um mês ou menos se for feito uma intervenção e o paciente responda bem né
então o que que ele tá querendo dizer que não basta um sintoma que a princípio a característica da esquizofrenia para se adicionar este diagnóstico a um paciente que tem de base aí né uma forma primária o transtorno do espectro autista ou algum outro transtorno de comunicação né então o que esses critério nos dizem sobre o cuidado para nós avaliarmos todos os critérios o tempo de manifestação né e nunca caracterizar de uma forma isolada né que aquele sintoma é significado né sinônimo Assim como nós falamos lá do autismo é que estereotipia não é sinônimo de autismo
aqui nesse esquizofrenia também catatonia não é sinônimo Assim como Alucinação não são sinônimos de esquizofrenia tá E às vezes essa é a compreensão do senso comum e muitas vezes chega para nós uma manifestação sintomática acompanhado de uma angústia imensa por vezes do paciente ou do familiar imaginando que o diagnóstico será fechado né então nós temos que ter muita clareza e por isso que eu destaco bastante aqui com vocês tá a prevalência 0,3 a 0,7% entretanto pode existir uma variação até de cinco vezes em metanálises que foram realizadas nos Estados Unidos né norte-americanas de levantamentos representativos
a proporção entre sexo também tem algumas amostras né aqui que apontam algumas características Então veja a ênfase em sintomas negativos e duração maior do transtorno e essa duração maior do transtorno é associada a pior prognóstico né Tem taxas mais elevadas no sexo masculino tá então sim com preto predominância dos sintomas negativos e duração maior do transtorno predominância no sexo masculino ao passo que nos dois sexos possibilita a inclusão de mais mais sintomas de humor e apresentações Breves isso não quer dizer que todo homem vai ter esta manifestação de sintomas negativos com o com o curso
longo né também pode ter essa outra forma de apresentação e nas mulheres também tá desenvolvimento e curso Então a gente observa né Isso é característica aqui que os sintomas Começam a surgir costumam né costumam surgir no fim da adolescência entre o fim da adolescência e meado dos 30 anos é raro apresentar na adolescência antes né antes da adolescência a idade de pico do início do primeiro episódio Psicótico é entre o início e a metade da faixa dos 20 anos então ali entre 20 25 anos para o sexo masculino e fim dos 20 anos para o
feminino o início ele pode ser abrupto ou insidioso né mais lento mais gradativo Metade das pessoas queixa se desse sintomas depressivos Então veja metade começa a observar né os sintomas depressivos e a idade precoce de início é tradicionalmente vista como preditor de pior diagnóstico [Música] Associação de pensamentos ou comportamentos suicida Então essa é uma categoria né que foi incluída aqui na versão revisada do dsm-5 e que eu quis trazer para vocês porque é muito importante observarmos esta temática da segurança em pacientes com este transtorno então cerca de 5 a 6% dos indivíduos com esquizofrenia morrem
por suicídio então nos de 20% inicial né tentam suicídio em uma ou mais ocasiões e muitos muito mais né um percentual ainda maior tem ideações Suicidas é importante o comportamento suicida vejam ele nem sempre está associado a intencionalidade porque ele pode acontecer como resposta a um comando das alucinações isso é importante observar fatores de risco associados que aumentam aí a possibilidade né sintomas depressivos desesperança desemprego né condições sociais de risco o período após o episódio Psicótico ou a alta hospitalar número de internações psiquiátricas proximidade do início da doença e idade avançada no início da doença
isso são fatores de risco que podem aumentar a associação com pensamentos ou comportamento suicídio comorbidade aqui eu quero destacar então o uso de substâncias né que tem taxas altas né altas taxas de comorbidade também é sabido que transtornos de ansiedade são cada vez mais reconhecidos a proporção de toque transtorno de pânico também é elevado em indivíduos com esquizofrenia em comparação à população geral e transtornos da personalidade esquizotípica ou paranoide podem algumas vezes anteceder o início da esquizofrenia Outro ponto importante a observarmos na avaliação e na intervenção e que sabe-se que a expectativa de vida reduzida
indivíduos com esquizofrenia se dá em razão de condições médicas associadas então ganho de peso diabetes síndrome metabólica doenças cardiovasculares pulmonares são mais comuns na esquizofrenia do que na população geral veja que muitas dessas doenças dessas condições clínicas elas podem ter os seus fatores de risco minimizados né a partir dos próprios hábitos do paciente então também é um ponto a ser avaliado investigado e trabalhado também Com estes pacientes certo então trabalhamos aqui a caracterização descritiva do transtorno da esquizofrenia destacando essas características tá agora eu quero comentar com vocês os aspectos da intervenção Com estes pacientes certo
a Ana na mentoria a gente vai ver exatamente a mesma coisa não na mentoria nós vamos mais fundo aqui na parte da intervenção também né então quis trazer uma aula completa hoje para vocês mas na mentoria a gente vai ainda mais a fundo Então vale a pena assistir a aula de lá também ok objetivos gerais da TCC no espectro da esquizofrenia então o objetivo Gerais né Lembrando que a gente depois faz a individualização do plano de tratamento para cada paciente sempre sempre sempre sempre começaremos né pela psicoeducação esse paciente pode ser psicoducado em relação aí
identificação de sintomas para o drones aqueles sintomas que antecedem ali a fase ativa esse paciente pode começar a reconhecer psicoeducação também sobre a adesão ao tratamento psicofarmacológico né implementar estratégias para manutenção desse tratamento assim como psicoeducação por vezes Claro a depender da condição do paciente né lembrem é individualizado então também vai se adaptar ao contexto de cada paciente psicoeducação referente ao diagnóstico ao próprio tratamento a TCC né Então tudo isso nós podemos incluir aqui na psicoeducação outro objetivo treino de habilidades sociais sabemos que é recorrente que esses pacientes tenham déficits importantes de habilidades sociais então
trabalharemos para a melhora do padrão das suas interações Outro ponto também é reestruturação cognitiva manejo de pensamentos e crenças disfuncionais e esse ponto aqui tem características que são bem peculiares aqui da esquizofrenia Porque como nós vimos né Nós vamos lidar ali com alterações importantes do pensamentos inclusive delirantes né pensamento desorganizado então também existem especificidades aqui nessa intervenção tá intervenção em demais repercussões então aqui os pacientes eles podem apresentar outras necessidades vinculadas Claro ao quadro que somos adaptar né então se é um paciente que tem mais ênfase nos seus sintomas negativos ali depressivos sintomas ansiosos também
vamos Podemos trabalhar resolução de problemas visando adequação do tratamento ao indivíduo e também manutenção da rotina e hábitos desejáveis como nós vimos isso pode contribuir né para um padrão de melhor de condições clínicas de base que vão oferecer melhor qualidade aí para o paciente certo o que que o back descreveu então em relação ao tratamento da esquizofrenia né ele pontuou aqui três princípios gerais O primeiro é abordagem orientada a recuperação nós sabemos né que a CTR ela foi estruturalmente descrita a partir de estudos com pacientes do transtorno da esquizofrenia Outro ponto também técnicas cognitivas para
delírios e alucinações e o terceiro Pilar adaptar a formulação com base na sintomatologia no histórico e no funcionamento neurocognitivo né então o beck colocou como Pilar esta adaptação justamente por ser um espectro né então a eficácia do tratamento Depende muito do nosso raciocínio Clínico a fim de avaliar a condição deste paciente e adaptar o tratamento conforme a necessidade a recuperação da esquizofrenia foi descrita como um processo contínuo de controlar sintomas e estabelecer um senso de propósito esse ponto aqui eu acho muito legal que ele é a ênfase né da terapia cognitiva orientada a recuperação Quando
você vai então mapear e trazer vida novamente ao senso de propósito deste paciente tá já vamos falar um pouquinho mais de CTR também falando então um pouquinho sobre algumas estratégias né sobre a compreensão de intervenção em relação ao delírio né como é que a gente pode intervir então começamos sim pela psicoeducação compartilhar a concentração cognitiva das dificuldades e quando nós falamos compartilhar a concentração não é você pegar o diagrama e mostrar para o paciente aquele tanto de anotações lá que você fez no diagrama né quando a gente fala em psico educar sobre o modelo cognitivo
nós estamos falando em você adaptar também esse processo a compreensão dele então a medida que você vai treinando paciente né a conhecer o modelo cognitivo este funcionamento ali dentro do quadro dele dentro dessas dificuldades você pode personalizar de acordo com o ritmo com as características de cada paciente ok Outro ponto também é normalizar crenças delirantes Como assim normalizar eu vou analisar não de forma nenhuma quando nós fazemos a psicoeducação sobre os níveis de cognição e o paciente entende que ter pensamentos com conteúdos por vezes desconectados da realidade é algo que pode acontecer com né todo
mundo com um grande parte aí das pessoas entretanto nós sabemos que o que faz a diferença é exatamente aquelas características né o quão Global o quão convicto o quão inflexível o quão impermeável esta crença é a crença se caracteriza como um Delírio quando ela é fixa impermeável cheia de convicção Então por ter especificamente apenas ter o pensamento com conteúdo delirante não necessariamente né pode ser sinônimo de um transtorno Claro que não Entretanto é disfuncionalidade advém justamente dessas características então normalizar é justamente entender isso é que não é o fato de ter este pensamento que está
relacionado ao sofrimento advindo desse quadro tá na sequência acabei falando já um pouquinho a família familiarizar o paciente ao modelo cognitivo e principalmente ele entender a inter-relação entre os elementos né do modelo cognitivo e relacionado com as interpretações delirantes então o modelo cognitivo não fala que é a interpretação que nós fazemos que está inter-relacionada com as nossas reações imagina se essa interpretação é delirante certamente as reações poderão ser mais intensas mais disfuncionais né vinculadas a este conteúdo do elerante quando o paciente começa a entender Opa Então aquela minha emoção tão angustiante né Ela é uma
reação a esta minha interpretação então a medida que nós podemos trabalhar com estes elementos Possivelmente ele terá benefícios também nas suas emoções nos seus comportamentos também né porque tudo isso está inter-relacionado tá Outro ponto também aplicar abordagens cognitivas e comportamentais aqui eu quero destacar gente para que vocês tenham muita atenção quando nós falamos né de trabalhar o Delírio que é uma alteração do pensamento lembrem que a o Delírio ela é uma crença fixa Então nós não vamos trabalhar no sentido de confrontar né conflitar com a realidade com aquele aspecto que desmente né questiona o Delírio
nós vamos trabalhar com evidências em favor das crenças delirantes então o paciente ele nós vamos trabalhar com ele evidências que o paciente Vá detalhando para nós mais sobre este Delírio né E existe então esta compreensão de que é possível que este paciente passe a observarem Em algum momento né que ele não chegou a alcançar né o pensamento dele o Delírio dele não alcançou toda esta riqueza de detalhes de respostas que nós estamos propondo para que ele pense então ao compreender isso que talvez esse pensamento não seja tão detalhista tão grande assim é possível que ele
comece a perceber né que que tem a compreensão de que aquele pensamento não é tão grande assim então arriscado assim tão perigoso assim né Então esse é um trabalho que nós fazemos não de forma a conflitar mas de forma a favorecer né a busca por evidências que comprovem né que que comprova que você é filho do Michael Jackson né como é que como é que foi a vida com a infância e por vezes o paciente pode ali verificar que faltam elementos né para evidências em favor desta crença tá construir crenças alternativas né então se você
percebe que é uma paciente que não tá sendo efetivo esse trabalho de trabalho de fazer evidências em favor você pode construir crianças alternativas né é que outra possibilidade também é possível veja que você não vai conflitar diretamente você vai buscar uma outra alternativa né focar em crenças nucleares Não delirantes essa é uma estratégia bem interessante né porque aí nós saímos um pouco ali do foco psicopatológico e aí entra um pouco essa compreensão da CTR né para verificar o que mais que outras crianças esse paciente tem né que são mais funcionais que são mais flexíveis e
que experiências o paciente tem a respeito dessas outras crenças não deleirantes e por vezes essa esse desdobramento né das crianças não delegantes podem inclusive ser pontos de segurança né de funcionamento para este paciente então nós fortalecemos crenças que não são delirantes tá consolidamos crianças alternativas usar experimentos comportamentais também pode ser bastante efetivo e prevenção e manejo de Recaídas então a medida que o paciente for aprendendo a lidar com as suas crenças é importante que ele esteja preparado né para ter ferramentas de manejo caso elas venham a acontecer novamente estratégias de intervenção para alucinações aqui algumas
reflexões sobre isso né então o paciente é incentivado a se distanciar das vozes e a questionar as afirmações incorretas que as vozes fazem Então nós vamos observar o que que o paciente discorda daquela voz né então assim tem algum ponto que ele trouxe e que ele responde Não mas eu não posso não mas eu não quero fazer isso Não Mas isso não é assim ele fala mas não é assim então você vê que tem uma afirmação que o paciente não concorda né E aí nós podemos trabalhar então ok então você não concorda como é que
nós podemos trabalhar então isso que você concorda isso que você quer fazer né então por exemplo a voz tá dizendo para eu bater no meu filho né sacudir ele não mas eu não quero isso é conflitante para o paciente então como é que nós vamos for o que qual que é o posicionamento do paciente que ele concorda a relação com esta criança né ele quer proteger ele ele não concorda com o comando Então nós vamos fortalecer esta relação como é a relação com o filho como é a rotina com este filho o que que ela
sente né Quais são as emoções ali que estão premiados o que que eles gostam de fazer vamos programar ações juntos né a fim de fortalecer esse vínculo OK assim a repercussão dessas ações pode ser este distanciamento da voz porque aí a minha relação nesse exemplo como meu filho vai estar tão vivida tão Clara para mim que quando eu tiver uma voz de comando é possível que aquela voz faça menos sentido para mim né não só uma mãe péssima né olha aqui né então este distanciamento das vozes é visado A partir dessa estratégia tá crenças delirantes
e disfuncionais sobre a voz são evocadas e questionada por meio de experimentos comportamentais Então veja Nós não precisamos trabalhar especificamente a voz né o confrontar a voz nós vamos ver o que que o paciente pensa sobre essa voz então por exemplo assim por vezes pensar se eu não obedecer vai acontecer tal coisa ou esta voz não me dê eu não consigo fazer nada que a voz não mande né eu tenho que fazer tudo que a voz tá mandando Então por meio de experimentos comportamentais nós Podemos propor para o paciente né é questionar estes comandos Então
veja a gente não vai fazer apenas um trabalho cognitivo de reflexão sobre essa voz nós vamos propor por meio de experimentos comportamentais vivências experiências que o resultado delas questionem essa voz Este comando o paciente começa a perceber que tem controle sobre a voz e aí quando ele começa a perceber isso enfraquece grande parte da estrutura cognitiva que sustenta as reações emocionais então por exemplo o back dá um exemplo disso lá no livro da CTR né uma paciente que tinha muitas alucinações auditivas o dia todo né Ela vivia em função daqueles comandos que falavam que é
ninguém gostava dela que ela Ninguém queria ficar perto dela porque ela era feia ela era fedida ela era doente né E que ninguém ia sentir falta dela então ela tinha uma tendência a se isolar e se isolar e se isolar Porque ela foi obedecendo aquela voz ela foi criando convicções crenças a respeito daquela voz né quando as estratégias da CTR começaram a ser aplicadas com essa paciente e ela começou a ter um repertório maior de atividades também para fazer e de cognições acerca dessas atividades O livro conta né que é o final do dia um
dos terapeutas falou assim olha você ouviu alguma vez a voz durante o dia e a paciente falou percebeu que não que ela ficou tão envolvida naquelas atividades ali em toda a estrutura das intervenções propostas que a voz não tinha tido o mesmo controle que tinha antes e aí o terapeuta aproveitou Olha você tinha me contado que você nunca mais tinha ficado sem ouvir a voz que você só obedecia aquela voz e veja você passou um dia todo sem a necessidade de obedecer né o comando da voz e você sequer a ouviu quando o paciente começa
a perceber então que ela já não é mais tão submissa a esta voz né que ele já não exerce tanto controle assim é uma via né Para nós trabalharmos o enfraquecimento dessas crenças dessa estrutura cognitiva que pode fundamentar esta relação com as alucinações crenças desadaptativas e não delirantes como as que resultam em um sentido de inutilidade e impotência então como eu falei para além da voz por vezes o paciente vai fortalecendo crenças desadaptativas a respeito desta condição Então nesse exemplo que eu dei né ela se via como doente como alguém que não merecia contato social
que ninguém queria perto então são crenças que a paciente vai tendo a respeito dela mesmo então nós podemos pegar veja eu não vou trabalhar com a voz especificamente eu vou pegar estas crenças desde adaptativas e trabalhar com elas né A medida que o paciente vai se percebendo mais sociável que as pessoas querem estar próximas dela que ela pode ter algum senso ali de utilidade né fica mais fácil dela observar esse distanciamento com a Alucinação tá sintomas negativos aqui a gente tem mais familiaridade né com o tratamento de sintomas negativos então aqui entra muito as intervenções
da CTR né então desenvolver recursos e interesse por atividades significativas orientar pacientes a determinar Que tipo de fatores o levam a desenvolver estratégias de enfrentamento abordar baixas expectativas de prazer né então assim o paciente por vezes ele nem vai tendo clareza do quão disfuncional o estado dele chegou né então quando o paciente começa a ter clareza que puxa Olha só né Eu já não tenho mais expectativa de ter prazer em determinada atividade o que que isso significa significa que eu tô muito doente e aí imagina né a compreensão de que você tá muito doente que
o quadro é muito grave que você nunca mais vai ficar curado tudo isso então são aspectos né são fatores que podem levar o paciente a permanecer nesse quadro mais disfuncional e então por outro lado nós vamos estimular o verificar que estratégias de enfrentamento podem ser desenvolvidas a respeito dessas crenças desses comportamentos que estão Associados aos sintomas negativos e aí nós podemos com psicoeducação com reestruturação cognitiva e experimentos comportamentais também tá e quero finalizar então a aula de hoje trazendo um Panorama sobre a estrutura da CTR eu vi que o pessoal perguntou aí o que que
é CTR é a terapia cognitida cognitiva orientada para a recuperação e recuperação do que cargas da água que o beck QR recuperar recuperar o modo adaptativo do paciente então a Grosso moda compreensão da CTR é Ok o paciente está em quadros desafiadores a CDR foi pensada para esses quadros desafiadores né Então temos esse quadro psicopatológico a CTR vai trabalhar no sentido de recuperar o que mais tem aí nesse repertório desse paciente além do Estado psicopatológico potencialidades áreas de interesse pontos fortes aspirações valores tudo aquilo que com o agravar do quadro a cronicidade do quadro Vai
sendo pedida vai sendo deixada em maior ou menor grau né o paciente vai abandonando então a recuperação primeira coisa quando a gente fala em CTR entender que Visa recuperar o modo adaptativo deste paciente então o foco não é o quadro psicopatológico É por isso que ela é Trans diagnóstica CTR é tangegnóstico porque ela não depende do diagnóstico porque ela vai verificar o que mais tem neste repertório do paciente para nós ativarmos e este modo adaptativo então predominar ficar ativo o maior tempo possível para este paciente E qual é o meio de se fazer isso que
a CTR propõe vou aqui passar rapidamente para vocês entenderem Então a primeira coisa é acessar imagina então pacientes né em dentro do espectro da esquizofrenia que por vezes estão cronicamente né Por anos dentro desse quadro Quantas coisas já foram deixadas interesses habilidades potencialidades foram deixadas de lado aspirações né coisas importantes para esse paciente então a primeira coisa é acessar é fazer esse rastreio do que mais esse paciente tem no repertório dele depois de acessar de identificar nós vamos o que essa terra tem uns temas uns termos né bem próprios assim um deles é o energizar
o energizar tem a ver com dar vida de novo né deixar a energia Pensa num cabo né chegar até essas potencialidades que até então estavam adormecidas ali mortas né então chegar vida de novo nisso Ou seja que aquilo que antes fazia sentido para o paciente e deixou de fazer que volte a fazer sentido né que ganhe vida de novo que ganha espaço para ele então nós começamos a ativar este paciente essas duas primeiras etapas tem a função de conexão então nós vamos conectar novamente o paciente com as suas potencialidades com as suas áreas de interesse
com aquilo que de fato ficou em segundo plano né sufocado muitas vezes pelo quadro psicopatológico tá na sequência vem a parte do desenvolver é aqui que nós vamos ajudar o paciente a criar estratégias né a observar qual objetivo disso assim nós vamos criar estratégia para vivenciar isso tudo de novo porque o que que significa ativo nisso a que vai me motivar ativar tudo isso novamente né então nós ajudamos o paciente a trabalhar o significado dessas potencialidades então vejam para além de atividades de recreação a CTR não é recreação não é só ali atividade ai vamos
fazer uma caminhada com o paciente Ah vamos fazer uma pintura vamos fazer argila não é apenas isso né Às vezes eu já vi comentários até meio pejorativos a respeito da CTF porque ah você tem só a gente dá nos atividades lá psicóloga fica de recreacionista não é isso a ideia de desenvolver as potencialidades do paciente é justamente para que ele tenha clareza sobre o que é significativo para ele como é que ele pode traçar um caminho para viver novamente isso que é significativo e mais que isso possa ser costurado com as crenças que até então
estavam permeadas ali pelo modo desadaptativo não é e a medida que ele vai então exercendo Essas atividades significativas fica mais fácil também de flexibilizar as crianças Então essa etapa aqui Visa incitar esperança no paciente Olha nós vamos fazer isso porque isso é importante né ele vai chegando a essa conclusão a próxima etapa é o realizar então são as ações positivas né E aqui então é a vivência daquilo que foi planejado que foi desenvolvido que foi conectado com os valores do paciente aqui é muito interessante que a CTR associa né as ações positivas ao senso de
propósito então a CTR tem uma compreensão de que o senso de propósito se dá na ação daquilo que é significativo então é na prática cotidiana daqui isso a gente pode tomar para a gente mesmo ai porque o senso de propósito é a prática cotidia daquilo que te leva para o que é significativo para você que vai te deixando vai te conduzindo no trilho daquilo que é importante dos teus valores é cada tijolinho né que você vai construindo cotidianamente Então são essas ações positivas que visam realizar o senso de propósito e por último né Depois que
ele já tá vivenciando isso nós precisamos trabalhar o fortalecimento e essa etapa do fortalecimento fala justamente sobre a prevenção de Recaídas porque pode ser que este paciente tem ali ativado o seu modo adaptativo entretanto Em algum momento este sintoma pode vir a se manifestar assim como pode acontecer com qualquer um de nós né termos ali obstáculos empecilhos dificuldades ao longo do nosso caminho então quando a gente trabalha o fortalecimento nós estamos preparando este paciente para ser mais resiliente frente aos desafios né então como nós fazemos deveríamos fazer né nós fazemos né todo mundo faz com
todos os nossos pacientes que é prepará-los para que eles tenham autonomia estejam mais bem preparados para que eles possam levar né Para Além da alta mais recursos mais efetividade em relação às suas dificuldades Ok então esta é a estrutura mais básica da CTR que o back formulou aí junto com os demais pesquisadores para trabalhar pacientes desafiadores entre eles Claro os pacientes do transtorno do espectro né da esquizofrenia ok E aí gente espero que tenha sido útil para vocês deixa eu ver aqui vocês já foram conversando aqui né O Marcelo também foi respondendo vocês Espero que
tenha sido útil para vocês a ideia foi justamente trazer essa compreensão sobre a descrição Clínica dos transtornos e também né porque a gente vai além introduzir essa noção a respeito das intervenções Com estes pacientes certo deixem o like compartilhem aí mandem nos grupos da faculdade né dos colegas aí que estão em formação enfim conta para eles que a gente tá tendo o clube do livro que é de graça que fica aberto no YouTube que ele não vai precisar pagar aí milhares de reais para aprender esse conteúdo né que todos serão bem-vindos aqui no canal certo
semana que vem na próxima sexta-feira teremos mais um episódio Eu espero vocês lá tá bom obrigada gente agradeço aí os recadinhos que vocês estão deixando na no chat o Éder colocou overdose de Ana e Marcel obrigado mas por hoje chega tá bom né como eu digo na mentoria vamos descansar porque essa semana foi puxada né Muito obrigada por acompanhar aqui também gente beijo para todo mundo obrigada e até a próxima tchau