Indígenas de Minas: Vozes e Faces | A luta histórica dos povos originários

aqui em Minas tem índio isso aí né assim como no Brasil todo [Música] dizer que em Minas não tem Dino É falta mesmo de conhecimento e de buscar entender que a gente tá espalhado por todo por todo o Brasil né inclusive no nosso estado tem 19 povos indígenas né que já são reconhecidos é muitos deles são povos que tem passado por uma série de enfrentamentos né para conseguir ter uma escola diferenciada ter seus territórios e tem também buscado essa visibilidade né para levar para as pessoas informação para próprias pessoas quebrar esses preconceitos que tem contra

Esses povos roupa que eu não sou indígena o sangue na veia tem a Alma Minha Alma indígena meu pensamento é de indígena minha luta de indígena que Minas Gerais tem indígena assim [Música] em 1728 foi delimitado o território chacreab aonde abranger aqui as margens dos rios pelo Açu e tacarambi e o Rio São Francisco só que a partir daí esse território foram sendo invadidos por fazendeiros né nos anos 60 o nosso povo eles começaram a lutar para retomar esse território né que já era nosso só que aí começou os conflitos [Música] Além da Terra nós

precisamos da água porque o nosso território Hoje ele só tem uma nascente e sendo que nós tem o Rio São Francisco limitando com território Chacrinha bar então é aonde que a gente tá nessa reivindicação [Música] de 2006 para cá foi uma luta muito grande pela sobrevivência aqui no território porque aqui é um norte de Minas Gerais aqui ela é difícil quase não chove a gente plantar as roças Mas a gente não ganha as roça tem vez que ganha tem vez que não ganha então a gente a sofrer isso aqui foi muito grande para permaneça Nossa

que no território mas como nós somos raízes dessa terra nós não damos um passo fora daqui Resistindo todas as discriminação [Música] O Guerreiro um lutador um batalhador porque nós também lutamos que essa terra em 97 que nós retomamos [Música] [Música] [Música] e guerreiro então ele tem história entendeu meus filhos é histórico que são os avós bisavós Tudo crenac somos cremaq Então se a gente deixar essa história morrer Como que você vai provar e você vai saber de onde você veio então você tem que ter sua raiz você tem que saber da sua história um território

do nosso povo onde a minha mãe nasceu desceu com as outras com seus filhos onde meus avós apesar de tanto sofrimento tanta luta né mas é uma sensação muito boa né saber que nós estamos aqui né a luta foi Grande [Música] [Aplausos] [Música] nós somos mais carinho né o nome do varumouri né [Música] [Aplausos] [Música] aqui nós morava no município de Ladainha é aldeia Verde porque tem terra também mas não tem espaço né porque só tem mata fechado né e morro também né não tem Terra plana né Tem Terra plana mas é pouco nós não

tem como fazer a nossa a nossa roça também por isso que nós o coração aumenta mais a nossa território não aumenta né por isso que nós saiu metade né maioria quase maioria nessa ilha aí nós estamos procurando a terra e nós conseguiu esse território aqui né porque esse território é do povo mais cair até passado é nosso território Grande [Música] da Terra para a gente não é só uma terra a água para nós não é só uma água a árvore não é só uma árvore Então ela tem toda uma matéria e eles destruíram isso nos

nossos povos e a gente está aqui hoje reivindicando algo que é nosso por direito que há 523 anos já foi tirado do nosso povo [Música] mas também a minha comunidade ela foi impactada no dia 25/01/2019 pelo crime da Vale onde eu e várias famílias né 60 famílias moravam as mais do Rio Paraopeba entre São Joaquim de Bicas e Brumadinho comunidade é essa que pertence ao povo pataxó e patachou Rain a nossa comunidade chegou ao local em 2017 os povos indígenas que aqui estão nessa terra eles não são invasores de nada e também não somos índios

da Vale nós pataxó e plataforma estamos filho de seu pai que é o Deus da água com essa 13 milhões de cubos de rejeito que a Vale destruiu fauna Flora e também destruiu o nosso Deus seu pai porque nesse momento eu estou falando de espiritualidade [Música] já moramos várias áreas e de Belo Horizonte minha periferias e viemos para essa terra agora e estamos ali território trabalho de ser dela a gente já sofreu muita opressão muita opressão mesmo por eles Drone eles vindo armado para nos tirar Mas a gente não saiu disse para eles assim vamos

virar cerco dessa terra mas aqui a gente não sai nós só queremos uma terra para ter o direito de existir Para nós viver e dar continuidade a nossa Cultura [Música] onde a gente tava enfrentando uma luta pela mineradora vale e até hoje estamos enfrentando e sendo perseguido sendo interditado aqui de chegar alimento né chegar água para nossas crianças sempre nossos Encantados nos orientando foi onde nós chegou nesse território aqui nós já plantemos 2.500 mudas já fizemos todas as nossas casas dessas 17 família implantado uma escola diferenciada hoje aqui na comunidade né aonde o próprio parente

pode dar aula ao seu parente aqui que o nosso projeto de vida é um projeto de sustentabilidade não projeto de destruição nós estamos preservando no meio ambiente e preservando a vida e tem uma maior honra de falar que aqui já nasceu o primeiro indígena que é meu filho que se chama filho da luta [Música] na minha eu também não ligo tirou tudo que eu tinha eu já não tinha nada é a sensação da gente voltar aqui né aqui na margem do rio doce é uma sensação boa né como eu disse uma sensação boa e outra

no mesmo instante é uma sensação ruim né porque as pessoas são boas que a gente quando chega aqui na margem do rio a gente [Música] vê o Rio né [Música] como a gente traz aquela recordação quando quando o rio não tá poluído né que a gente aqui A gente podia nadar as crianças da gente também né que nem eu falei para você que eu já morei aqui perto né do da margem do rio agora eu moro numa retirada um pouco aí Aqui aonde que nós lavava a louça nós lavava roupa buscava água levar para beber

para tudo né então boa é essa que a gente tem essa lembra boa né e a sensação ruim de chegar aqui né não poder nem tocar na água né [Música] um ano né E a gente não podia fazer nada fala nada [Música] [Música] minha infância né eu podia hoje ser outra pessoa né eles tentaram aniquilar os treinar aqui e essas pessoas que estão viva hoje são mutiladas mutiladas psicologicamente [Música] e desconfiam da vida [Música] dólar de letras trocos Marco G acha cali deixa artesanato aí estão aprendendo os alunos gostam que nós não pode perder cultura

tem que aprender mais caçar e sim na pesca as mulheres vão também eu escreve e fala é esse bicho faz isso faz isso com isso aí vai aprender primeiras perguntas que saía Quando Você entrava na escola era quem descobriu o Brasil né e é Obrigatoriamente nós era obrigado a dizer que foi Pedro Álvares Cabral né a gente sempre procura ensinar os nossos alunos que não foi Cabral que descobriu o Brasil Quem descobriu o Brasil foi nós [Música]