e nem tudo bem sofredor Iva sua professor universitário e hoje eu quero falar sobre Michel ficou eu vou explicar exatamente o que que eu pretendo fazer e no vídeo de hoje e nos próximos vídeos mas antes disso eu quero pedir para que se você não é inscrito não se esqueça de se inscrever no meu canal e ao final do vídeo Se tiver gostado deixe aí o seu like Ok então vamos lá um grupo de pesquisa me convidou para fazer uma exposição sobre a obra do cocô e o que me foi pedido é que eu pudesse
apresentar a obra do ficou de forma panorâmica ou seja pudesse mapear os principais conceitos de cada uma das três fases e também que eu então pudesse falar sobre a minha experiência de pesquisa em relação a cada uma dessas esses conceitos e fase do pensamento de cocô achei a proposta bem legal bem interessante Oi e aí enquanto eu me preparo para fazer essa exposição para o grupo eu resolvi também gravar os vídeos para para eu ir também organizando bem as coisas tá Então nesse vídeo de hoje eu quero falar sobre a primeira fase do pensamento de
Foucault a arqueologia do Saber quero falar um pouco sobre os conceitos que eu considero mais importantes é dessa fase do pensamento e focou e vou narrar também a minha experiência de pesquisa especificamente em relação a essa fase Então eu preciso primeiro lembrar você que ficou é um filósofo francês que nasceu em 1926 e morreu em 1984 tá normalmente a gente estuda focou a partir de um deslocamento que que vai se a dançando né no pensamento de um cocô e a gente chama de três fases né arqueologia do saber dos escritos iniciais a genealogia do poder
e a ética do cuidado de si que diz respeito Uma Obra em andamento é algo que o coco estava fazendo quando morreu de forma relativamente prematura em 1984 Então hoje nós vamos nos ocupar da arqueologia do saber então aquilo que está ligado principalmente usando 50/60 né que é chamada de primeira fase é do trabalho da obra é de fogo ou então vamos lá primeiro é óbvio né o primeiro conceito fundamental aqui é o que se chama de arqueologia que que ficou entendia por uma arqueologia então ficou nesse momento ele tá preocupado em fazer uma história
do saber uma história do conhecimento e tá tentando fazer uma história do conhecimento que levasse em consideração a contextualização discursiva do conhecimento Eu imagino que focou tinha como questão de fun é a seguinte porque determinados conhecimentos se consagram se tornam conhecidos ficam na superfície da história do conhecimento e por que outros conhecimentos são soterrados quer dizer significa que eles se tornam desconhecido se torna um conhecimentos anônimos então exemplificando para você entender melhor o que eu tô dizendo né se eu vou estudar o cânone da literatura brasileira eu logo identifique alguns autores muito conhecidos né Machado
de Assis José de Alencar Lima Barreto Mas é óbvio que isso não é tudo o que foi produzido em termos de literatura brasileira do século 19 no século 20 a tanto os outros autores e autoras de literatura que nós sequer Sabemos um nome o nome deles o dela né então aquele em que se colocava para o suco era isso porque alguns saberes se tornam conhecidos algumas obras alguns autores se tornam consagrados e outros anônimos né se você quiser pensar própria história da filosofia fica fácil você entendeu o que eu tô dizendo porque quando a gente
estuda por exemplo a filosofia antiga a gente destaca Sócrates Platão Aristóteles não tô ligando a genialidade a originalidade desses filósofos mas há muitos outros mesmo que que tem um sobrado apenas vestir deles a muitos outros filósofos né e certamente tanto os outros acerca dos quais a gente nem sabe que existiram Por que não restaram vestígios dele né Então essa é a questão que o focou estava preocupado e é o que ele procurava resolver através dessa palavra né o desse termo que que se e a sua forma de trabalho fazer uma arqueologia então significava entender quais
eram os processos políticos quais eram os fatores políticos que teriam feito com que determinados autores na história do conhecimento na estrada do Saber se consagrarem E por que que outros autores se tornavam anônimos desconhecidos então devia tarefa do arqueólogo no sentido aqui se engole configurado muito similar a tarefa do arqueólogo no sentido literal que que ele ia fazer ele ia entre aspas escavar a história do conhecimento do passado para poder encontrar esse saberes que foram soterrados ou seja se tornaram anônimos desconhecidos e ao mesmo tempo a partir de esquentar explicar por que determinadas formas de
conhecimento se tornaram é tão desconhecidos né então quando a gente fala para o centro da história recente na filosofia da história e não tão recente assim mas a história recente a gente sabe que ela é a história do Triunfo da filosofia Iluminista da filosofia racionalista né então nós temos lá por exemplo renecar como um grande ícone da filosofia Iluminista é óbvio que não se produziu apenas filosofia racionalista ou filosofia cartesiana né então existem autores que resistiam à esse racionalismo que fazia uma crítica ao racionalismo mas que se tornaram desconhecidos ninguém deu muita importância para ele
porque para eles porque naquele momento as pessoas estavam interessadas nessa filosofia acionar lista né é uma isso aqui hoje é isso né é contextualizar a reconstituir a cena da produção de saberes para saber porque para procurar explicar por que alguns saber e se tornam conhecidos consagrado e outros desconhecidos e vá para debaixo da terra entre aspas nesse momento também o ficou se ocupa daquilo que a gente chama de saber né que seu ficou tá aqui fundamentalmente preocupado com aquilo que a gente designar ia de saber entendido aqui como saber especializado saber acadêmico Ele tá preocupado
aqui com a filosofia Ele tá preocupado com a linguística com a Biologia não é com saberes aqui aí hoje a gente chamaria de saberes acadêmicos que são saberes especializados ficou trabalhar dentro desse período com a concepção de discurso dialogando bastante com o campo da linguística né o ficou entende um discurso como um fenômeno social né que o discurso não é discurso no sentido que a gente conhece de um ponto de vista mais lugar O Popular discurso para nós hoje é sinônimo de fala é de discursar um lugar e falar discurso aqui para o focou é
um fenômeno que pode se pode estar ligada fala nós pode tá ligado a escrita ou pode estar ligado a uma comunicação que vem por intermédio da imagem O importante que o discurso é um fenômeno linguístico um fenômeno socialmente constituído e que todo discurso sempre é proferido mundo num contexto discursivo sejam discurso se relaciona com outros discursos né então também para entender um discurso para se fazer análise do discurso é sempre fundamental você perceber como esse discurso se relaciona com outros discursos se você quiser um exemplo da atualidade né quando você tem por exemplo na cena
política brasileira um discurso uma produção discursiva de caráter conservador esse discurso conservador ele para se opõem um discurso Progressista e ele está polemizando com esse dia e progressis ta bom se você quiser pode inverter também a situação quando você fala de um discurso de esquerda de um discurso Progressista esse discurso está numa relação polêmica com um discurso o político conservador e o análise o analista do discurso precisa ser que levar em consideração essa dimensão relacional que existe entre os discursos o que remete também para noção de arquivo né às vezes e linguística se chama de
formação discursiva né a ideia de que um discurso faz parte de uma constelação de discursos que eu ficou parece que chamava isso de arquivo e que o pessoal da linguística costuma chamar de formação discursiva ou ser a uma constelação a uma pluralidade de discursos EA fundamental que a gente compreenda essa pluralidade de discursos para poder entender como é que ele funciona o que que eu fiz é o que que eu produzi de pesquisa em relação o campo temático Pinheiro é quando eu estava trabalhando no meu doutorado eu trabalhei muito com o diabo com o discurso
então primeiro o diabo ele não pode naturalmente ser estudado como um personagem empírico né Ele só pode ser estudado como fenômeno personagem um fenômeno linguístico que você qual é a associação que existe entre aquilo que se diz acerca do diabo aquilo que se proferem torno do diabo e a instrumentalidade política desse discurso né então o diabo vai aparecer no âmbito de práticas das igrejas por exemplo no meu caso eu pesquisava as igrejas neo-pentecostais né então o que importa é como o diabo é instrumentalizado enquanto discurso no âmbito das igrejas neo-pentecostais e a minha preocupação era
pensar como é que esse diabo era construído através de práticas e também da fala e também e da escrita como é que ele se configuravam como é que ele assumia a realidade a partir desse discurso Mas também como é que esse discurso em torno do diabo instrumentaliza práticas por exemplo contra outros fenômenos religiosos né então a gente sabe por exemplo que o diabo no âmbito do neopentecostalismo ele aparece como ele tá muito identificado com as religiões afro-brasileiras Então existe aí uma instrumentalidade discursiva para se combater as religiões afro-brasileiras para se combater por exemplo o catolicismo
romano ou passe combater todo aquele agente religioso que pode eventualmente ser identificado como adversário dessa denominação que eu pesquisei também a gente poderia falar em contexto discursivo das crenças e práticas do diabo fazer quando você fala do diabo neopentecostal você tá falando de uma série de polêmicas e de aproximações e distanciamentos dessa concepção do diabo hein e a outros conceitos e práticas então por exemplo o diabo no âmbito do neopentecostalismo ele se distingue por exemplo do diabo no âmbito do pentecostalismo clássico que por sua vez se distingue da Concepção do diabo no âmbito do protestantismo
tradicional Kiki Às vezes tem alguma aproximação com o catolicismo às vezes também se distingue do catolicismo romano então é é importante pensar essa constelação discursiva para gente chegar até a singularidade a especificidade do diabo no âmbito do neopentecostalismo né então em que consiste queria essa singularidade então o diabo por exemplo está identificado fundamentalmente com elementos das religiões afro-brasileiras com elementos do catolicismo romano só que eles são ressignificados né E são identificados como malignos e portanto eles precisam E combatidos também o diabo no âmbito do neopentecostalismo assumir a face daquele que bloqueia as oportunidades de abundância
e prosperidade para a vida das pessoas Portanto o diabo precisa ser batizado as pessoas precisam passar por uma vivência ritual para que o acesso à prosperidade possa se desbloqueado para ela tá bom eu espero que você tenha compreendido a minha exposição se você tiver alguma dúvida alguma questão em relação essa exposição deixa aí as suas questões as suas perguntas e eu vou procurar esclarecer tá bom numa nova sequência eu vou então continuar falando de outras fases e do pensamento e ficou até lá