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k [Música] [Música] Bom dia a todas a todos muito bem-vindos bem-vindas esse é o nosso quarto encontro do curso museus sujeitos e territórios que é uma iniciativa das cátedras capor e cátedra sustentabilidade da Unifesp eu sou André rabinovici sou junto com a professora Ilana goldstein coordenadora desse curso e também das cátedras da de uma das da sustentabilidade somos professoras da Unifesp é um curso de extensão que cinco encontros hoje é o quarto Então temos mais um encontro na segunda-feira que vem e então estamos chegando passamos da metade está sendo muito bom as falas desses encontros
todos vão ser transcritas editadas e no ano que vem nós pretendemos editar um e-book de acesso livre gratuito sobre o tema avisar nós vamos avisar quando fica pronto em nossas redes sociais e na lista de inscritos né Nós temos muitas pessoas inscritas eh nós agradecemos a presença do público tanto do público inscrito no curso quanto os ouvintes que nos assistem ao vivo e que nos assistirão depois eh essa essa aula fica gravada junto com as demais no link do canal da Unifesp é só buscar vai ficar ali para sempre tá então vocês eh podem eh
acessar mais vezes se quiser ou indicar para as pessoas possíveis interessadas eh devo agradecer aqui a equipe que tá por trás dessa Live o Mário e o Michel da área de TI e a Caroline que é Nossa produtora estão nos nos ajudando sempre agora nessa aula em específico o tema dessa aula hoje museus e territórios eh é é é uma sequência dos passados que tivemos museus indígenas museus de Periferia museus de unidades e na semana que vem museus e tradições locais todos as pessoas que estão assistindo podem fazer perguntas pelo chat nós vamos eh tentar
responder todas no final eh isso depende do tempo da quantidade de perguntas Faremos o esforço possível para poder eh responder a lista de presença é muito importante para as pessoas inscritas é um formulário do Google e o link aparece no chat eh a a a partir da metade do do evento né lá pelas 11 da da manhã ela aparecerá então vocês devem eh quando ela aparecer clicar e começar a fazer o registro da presença de vocês eh isso é necessário PR os alunos que estão inscritos tá então H nós eu vou pedir que fiquem atentos
pro chat e antes de perguntar sempre vocês podem olhar as mensagens anteriores Possivelmente as perguntas de vocês já estarão respondidas ali mas nós vamos repetindo sempre que possível Às vezes a gente não consegue fazer tudo ao mesmo tempo Principalmente quando o chat demanda muita atenção eh e tem muita gente assistindo tá eh sem mais delongas eu vou passar paraos nossos convidados nós temos hoje eh quatro convidados eh rapidamente antes vou apresentar rapidamente todos né Eh o Antônio eh Ferreira Neto do museu territorial de sapupara Guap Ceará o Juliano do mani do Museu do Samba no
Rio de Janeiro eh E hoje é o dia nacional do samba né bastante pertinente ouvi-lo Nesse dia ele também deve estar com a agenda lotada por conta disso Feliz dia do samba para todos nós temos a Sandra Maria Teixeira do Museu das remoções no Rio de Janeiro também e como debor debor debatedor desculpa Alberto Professor Alberto Ieda da Unesp também da nossa cátedra kora como disse eu sou a mediadora André rabinovici do departamento de ciências ambientais da Unifesp da cátedra sustentabilidade da Unifesp nós vamos começar eh com o Juliano do Museu do Samba Como eu
disse vou apresentá-lo um pouco mais detidamente agora e farei eu mesmo a cada fala que vier a partir de agora então o Juliano é professor de língua portuguesa e inglesa graduada em graduado em letras Mestrando em patrimônio cultura e sociedades da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro formado nas especializações em ciências humanas e sociais aplicadas e o Mundo do Trabalho em linguagem suas tecnologias e o mundo do trabalho na Universidade Federal do Piauí é pesquisador nas áreas de relações étnico-raciais estudos de Cultura memória e oralidade análise de discurso crítica mídia e movimentos sociais e
educação na área de língua e suas Tecnologias recentemente como pesquisador e membro do conselho consultivo do Museu do Samba foi colaborador da exposição a força feminina do Samba ano passado 2023 e atuou neste ano na pesquisa e exposição samba patrimônio hoje dedica-se a pesquisar sobre o samba carioca e as suas múltiplas referências culturais de modo interdisciplinar eu aviso também o Juliano por questões de trabalho eh vai fazer faz a sua fala e depois ter que se ausentar eh nós tentaremos se houver perguntas para ele eh fazê-las antes dele dele sair então é isso vocês podem
a qualquer momento fazer essas perguntas eu agradeço mais uma vez a presença de todos que nos assistem agradeço a presença especial dos nossos convidados e convidadas e passo a palavra ao Juliano cada eh expositor vai ter entre 15 e 20 minutos para falar de suas experiências suas questões e ais a gente vai perguntas queos muito obrigada juli com você a palavra fica à vontade Bom dia pessoal foi apresentado sou pesquisador do Museu do Samba e mro do conselho deliberativo do museu faço parte do museu jás [Música] como Centro Cultural cartola em 99 para 2000 com
os netos de cartol Don zica em prol da memória dele pois eles achavam que a escola de samba Estação Primeira de Mangueira na Qual o cartol foi o fundador que escolheu as cores o nome eh não estava sendo lembrado e homenageado Como devia então eles se organizaram e decidiram formar um centro cultural que preservasse e exaltasse a memória de cartola Então nesse momento a dona Zik ainda estava viva então com apoio dela os netos fizeram e fundaram o Centro Cultural cartola e Poucos Anos depois por volta de 2004 eles resolvem propor a patrimonialização das matrizes
do Samba no Rio de Janeiro tendo em vista que o samba do recôncavo Baiano já tinha sido se tornado patrimônio mundial da UNESCO e também patrimônio nacional resolveram trazer o samba carioca também a partir da demanda dos sambistas que os sambistas falaram porque o samba da Bahia foi e o samba carioca não então Eles resolveram debater o Centro Cultural Cartola tomou à frente a iniciativa se juntando com diversos pesquisadores sambistas para fazer essa esse movimento da patrimonialização um dos poucos processos de patrimonialização liderados não por técnicos mas por pesquisadores que são intrínsecos dentro desse movimento
então o museu o Centro Cultural cartol passou por três anos junto com esses pesquisadores todos desenvolvendo todas as demandas que o ifan exigia Até que em 2007 o foi titulado e dado Recon conhecimento de patrimônio cultural brasileiro as matrizes do Samba no Rio de Janeiro Samba de terreiro parte do alto e samb en redo a partir das relações de sociabilidade porque existem centenas dezenas de tipos de samba e como que se definiu a partir da seguinte perspectiva O que é o mais importante o samba não é apenas um gênero musical não é apenas um gênero
de dança mas é uma pelo ean uma forma de expressão mas como diria mestre monarco da portelense é um modo de viver então o samba ele não surge por ser um gênero musical individual mas sim pelas redes de trocas de sociabilidade Então a partir desse momento que se discutiu quais são o fundamento a justificativa que são as a rede de sociabilidade foi se estabelecendo quem são as matrizes do samba carioca que são o samba de terreiro que justamente são os sambas que no caso terreiro é a expressão que se dava antigamente as quadras né porque
a quadra foi re as o os espaços das escolas foram rebatizados de terreiro para quadras mas o samba de terreiro é justamente os sambas que os seus compositores cantavam para sua escola para sua comunidade contando Os Clássicos Da das suas escolas né Eh Um clássico da beijaflor né Deusa da passarela é um pode ser considerar um samba de terreiro da beij flor que é um samba que não é para um desfile mas é um samba que a escola se identifica assim como samba enredo é o samba que uma escola de samba produz para o sua
o seu evento principal entre aspas né que são os desfios das escolas de samba que a gente vê até os dias de hoje desde 1930 e pouco até os dias atuais as escolas vêm cantando e contando a história principalmente do Brasil por um período a história oficial e hoje seguimos contando as histórias que a história não conta como diria a mangueira Então e o partido alto são os característicos das rodas de samba né os grandes partideiros Comunidade da de Madureira Candeia monarco entre outros que são os nossos queridos Mestres da improvisação então juntou-se e decidiu-se
são esses três e 2007 conseguimos esse registro então o Centro Cultural cartol Foi decretado como o ponto de referência o centro de referência desse bem cultural são as matrizes do Samba então desde lá até os dias atuais a gente tem servido ao plano de salvaguarda que tem sido proposto desde lá de trás desde as recomendações e que se seguimos até os dias atuais pass estamos em processo de de revalidação e os técnicos até o momento sempre elogiaram o trabalho que o Centro Cultural cartola e Museu do Samba tem feito e por volta de 2014 2015
foi fundamental essa transição do nome porque foi se foi se percebendo que o Centro Cultural cartola o nome Centro Cultural Cartola já não abarcava não sustentava todo o propósito que aquele espaço exigia porque ele não era só um centro de memória do carart mas era o centro de memória do candeia de Dodô da Portela de mestre monarco de Nelson Sargento de Zé da cuica e tantos outros que são fundamentais para essa história então decidiu se transformar a o Centro Cultural carta para o museu do Samba mas sem perder os seus dois Pilar principais que é
o compromisso com os sambistas e o compromisso com a população periférica porque quando o museu do Samba ele começou ele já começou com oficinas pensando as baianas debatendo a a representação e a importância de valorização dos corpos das mulheres das facistas que eram objetificadas até hoje tem essa discussão e o Muse eu deu esse um dos primeiros passos nessa discussão de combater essa objetificação das mulheres fascistas falar da representatividade negra dentro das escolas de samba debater a importância da valorização das nossas baianas e ao longo desse período desde 2000 para cá desde 2007 principalmente para
cá o museu tem promovido atividades de Desenvolvimento Social porque ele não pensa que a as matrizes do samba é um gênero musical não é uma arte por si mesma mas são feita de pessoas é por isso que eu gosto de dizer sempre que o compromisso do Museu do Samba É com sambistas não com samba Por quê O Samba É um gênero musical que muita gente produz né quem sabe escrever uma música escreve e tal mas é o compromisso com os sambistas com aqueles que fazem essa história por muita durante o processo da história do Samba
tivemos isso tivemos o apagamento dos nossos sambistas tivemos apropriação cultural muito devido ao racismo porque o samba é negro então a história do do Brasil tem esse essa marca que foi com a capoeira que foi com todos os outros aquilo que durante muito tempo foi perseguido e eles não conseguiram destruir eles criaram o governo a indústria cultural então eles tentaram embranquecer ao máximo Então é por isso que o nosso compromisso é com os sambistas preservar a memória desses que fizeram a história do samba e o e o ema em e ao mesmo tempo o museu
ele tem esse compromisso com o desenvolvimento social porque esse sempre foi o objetivo do Samba o samba era um espaço onde as pessoas se encontravam celebravam cantavam se divertiam mas eles se reuniam pra busca da Cidadania Lembrando que no início do século do século passado era justamente uma população que estava recém liberta da da escravização e que tava na busca por cidadania porque eles foram libertos mas e os direitos que eles tinham que alcançar não tinham Então os espaços das escolas os espaços das rodas de sambas foram fundamentais e é o caso por exemplo que
se custuma dez contada tia seata que a sua casa por por um por um processo com veal com presidente venal ela Conseguiu uma autorização para que as rodas de samba fossem autorizadas dentro da casa dela a roda de samba era perseguida nas ruas mas dentro da casa dela ela conseguiu por qu e ela conseguiu també também emprego pro marido conseguiu que a polícia Ficasse na porta conseguiu emprego pro marido porque era busca pela cidadania era busca para que cada cada jovem negro cada criança negra cada família negra tivesse o seu alimento tivesse seu sustento e
tivesse o direito de sobreviver com qualidade de vida e é isso que a gente tem buscado fazer at teologias atuais seja promovendo formações desde de reforço escolar paraos nossos pequenos desde formação do pré-vestibular do nazica para que possibilite a juventude principalmente Negra periférica tenha acesso às universidades e ao mesmo tempo gerando oficinas de Agentes culturais promovendo atividades como a de Desenvolvimento Social que foram mais recentemente as e abai do Samba e foi justamente pensar atividades que deem autonomia para que eles alcancem essa cidadania que o sambista sempre sonhou em ter porque chega de ter que
todos ter que ficar suando para alcançar o mínimo que é o que todo mundo precisa paraa sobrevivência então o museu do Samba que ele fica localizado aos pés do Morro da Mangueira e tem resistido a sobreviver nesse espaço porque ele tem convicção de que está aos pés morro é fundamental como um espaço de Cultura então o Museu do Samba é isso o museu do Samba é um espaço de compromisso com os sambistas que desde 2007 para cá tem um acervo de depoimentos com com mais de 170 depoimentos contando essas histórias contando as histórias que a
história não conta que é a história que dessa população que fez o samba temos depoimento de nso sargento dodor da Portela tia neid Selminha sorriso e tantos outros que foram fundamentais para que o samba fosse o que é hoje se a gente tem noção do que é cartola se a gente tem noção de quem é Candeia se a gente tem noção de quem é Clementina se a gente tem noção de quem é grandes nomes do Samba da história é porque a gente tem feito essa luta também de exaltar e guardar a memória desses sambistas recentemente
por exemplo a tivemos o tem o a Beija Flor tá fazendo um enredo do em homenagem ao Laila tivemos a honra de receber os pesquisadores da beijaflor para eles escutarem o depoimento dele ele contando a sua história porque se a gente não registra quem vai contar porque se cria muita história a história é manipulável as pessoas gostam de inventar história sobre os outros e a Nosso propósito não é que eles sejam protagonistas da própria história que eles contem a sua própria história que não venham outros dizer o que eles queriam dizer deixa que eles contem
a sua própria história o protagonismo é deles eles que fizeram Esse trabalho eles que se eles que lutaram eles que suaram então que eles contem a sua própria história Então a gente tem esse compromisso Pilar com a memória desses sambistas de preservar e divulgar essa memória que é o que a gente tem feito inclusive Hoje a gente vai estar lançando no Museu do Samba mais um uma exposição chamada patrimônios negros que é justamente um compilado de alguns desses sambistas que prestaram depoimento pro Museu e que tão na luta que estão que contaram ou que alguns
que já partiram e que deixaram sua história marcada dentro do Museu do sambo e deixaram para que a posteridade tenha noção de quem foram essas pessoas para que seus nomes não se percam nesse apagamento que tem sido feito e hoje dia nacional do Samba É fundamental porque é isso que a gente tem feito é exaltar uma das maiores referências culturais desse país porque tem gente que acha que o samba não tem risco de desaparecer porque ele tá no carnaval mas o samba é uma luta constante sal salvaguarda é fundamental tanto que a expressão salvaguarda muito
antes do ifan usar para os patrimônios materiais como parte do seu processo Candeia já falava de salvaguarda do Samba desde 1975 quando fundou a escola de samba Quilombo da qual faço parte também então é uma luta constante nadar contra a maré de uma indústria cultural que tenta transformar tudo em dinheiro os sambistas não são dinheiro os sambistas precisam de dinheiro para se sustentar mas eles precisam também de respeito eles precisam ser valorizados pelo que eles são e pelo que eles fazem Então é isso que é o museu do Samba espero que eu tenha contado um
pouco dessa história para vocês e que eu faço o convite para que vocês tenham essa oportunidade de se interessar porque tem muita gente que tem tem pode ter receio Ah mas é na Mangueira Será que eu devo ir será que eu não devoir gente é um espaço Centro Cultural fundamental para que vocês conheçam não apenas a vertente que a indústria quer vender mas o que é os nossos sambistas os nossos como outra exposição do museu fala os nossos heróis da Liberdade os heróis da de quem faz o samba de quem fez o samba para para
inspirar aqueles que farão os sambas aqueles pequenos que estão nas escolas de samba mirin se inspirarem naqueles que fizeram essa arte ser o que ela é porque se o samba é conhecido internacionalmente não é porque foi feito simplesmente um incentivo internacional para que ele fosse samba Mas é porque teve muito sambista que suou a camisa para resistir e lutar e fazer que esse samba se mant tem até os dias atuais tentaram se apropriar acham que se apropriaram mas o samba se segue Resistindo como diria nelso Sargento o samba agoniza mas não morre porque a gente
não deixa o samba morrer Como diria o seone então eu convido vocês para que façam parte desse dessa luta visitem o museu do Samba conheçam o nosso trabalho se quem não é do rio quando tiver oportunidade venham no Rio e visitem o museu porque é fundamental vocês conhecerem essa luta conhecerem esse trabalho e ao mesmo tempo também dar esse apoio porque a gente vive por luta por sobrevivência porque não é ah a gente a gente tá com recursos financeiros porque é uma luta constante por não sermos um espaço como outros que cedem a indústria cultural
necessariamente então a gente não não tem tantos entos como Gostaríamos a gente vive de editar vive de projetos então todo o apoio é bem-vindo toda a doação é bem-vinda então visitem divulguem compartilhem porque a nossa luta é preservar essa memória que é fundamental tanto para mim para vocês para toda uma população negra carioca que é fundamental e para todo mundo para que o mundo conheça a importância dos nossos sambistas que fizer A Nossa Arte Popular ser conhecida pelo mundo inteiro salve Sâmia e feliz Dia Nacional do Samba para todas perfeito Juliano Muito obrigada que pertinente
né sua fala nesse dia ainda por cima eu acho que você na sua fala eh respondeu mas tem perguntas Talvez para realçar qual quais as ações de suporte ao Museu do Samba São ou deveria ser proporcionadas pelo governo estadual e Federal na verdade você disse eh o que precisa né mas vamos eh para essa pergunta e a seguinte é o acervo do museu é aberto para pesquisadores eh são as duas perguntas tem muitos comentários elogiando a sua fala eh e dando parabenizando e essas duas perguntas por enquanto se você puder responder antes de ter que
sair né Muito obrigada não tudo bem n então o vou vou fazer o contrário primeiro responder a do Acervo e depois respondo dos investimentos o acervo do museu é disponível ao público por enquanto não tá disponível necessariamente todo o acervo digitalizado a gente tá num processo de digitalização que eu tenho coordenado que eu assumi recentemente a coordenação da do setor de pesquisa então a gente tá num processo de digitalização estamos transferindo os os os arquivos de acervos depoimentos para porque são tem tem depoimentos de 2 horas 3 horas então são precisa de muita internet precisa
de uma H precisa de um um sistema de armazenamento enorme porque 170 depoimentos se for botar na balança tamanho de Mb e tudo mais sem contar os outros arquivos que a gente tem de documentação então a gente deixa disponível sempre ao público é a aberto é só mandar o e-mail tá lá no perf eu não lembro de cabeça Qual é o o e-mail mas tem lá no perfil do museu que a gente deixa em destar para quem quiser consultar quem quiser tirar as dúvidas em relação Ah o que que tem o que que não tem
o que que a gente pode contribuir temos um acerro de de livros de jornais de fantasias temos por exemplo roupas de Zé Paula ío Machado temos por exemplo na exposição do Samba patrimônio temos manuscrito do Cartola temos o violão do Cartola temos eh temos itens do Aluísio Machado compositor do império Então temos itens da temos o óculos da Don vilara entre outros que foram cedidos por pelos seus familiares ou pelos próprios que a gente teve oportunidade então o acero é gigantesco são milhares de itens então que é disponível ao público para quem quiser consultar como
como eu falei Laila aja fou foi lá a gente deixou aberto para eles assistirem à vontade e escutarem ele contando a sua própria história e a partir disso eles desenvolverem a sua pesquisa para construir o que a gente espera se unindo desfio e ano que vem da Veja flor e quanto ao investimento da investimento público a gente sobrevive Por às vezes a gente consegue geralmente a gente consegue às vezes uma eventa parlamentar ou outra mas o museu é um espaço é um galpão enorme que era o espaço do IBGE um antigo PR antigo PR antigo
galpão do IBGE e que o que foi cedido pelo Governo Federal então o espaço é deles e não é um prédio oficial do museu mas é um espaço cedido pelo Governo Federal então a gente precisa sempre de investimento porque por exemplo para manutenção para ter funcionários manutenção para manter ter Todo o espaço de modo geral equipamentos porque aquilo no dia a dia luz luz queima alimentação a gente precisa tá PR os nossos trabalhadores a gente tem que ceder a gente tem que manter os espaços as luzes o ar condicionado tudo para que se mantenha um
espaço que Preserve tanto o acervo quanto possa receber da forma mais apropriada os nossos visitantes então o quanto mais a gente mais incentivo receber é fundamental por isso que a gente sempre incentiva também a as pessoas doarem porque porque a gente não a gente mantém muitas coisas por editais por editais de de de instituições que promovem esses editais culturais para incentivo à cultura Então a gente tem mantido o nosso espaço na luta conseguindo um edital aqui conseguindo investimento ali mas não é um investimento acido Todo mês a gente fecha as contas Ufa fechamos Vamos pro
próximo conseguimos fechar Ufa fechamos é uma luta que a gente todo ano a gente fica não vamos vamos ligar para um Ligar para outro pede ajuda para cicano pede ajuda para fulano para tentar conseguir manter o museu abrindo mais um mês manter mais um um semestre manter mais um ano e só que a gente gostar Aria muito o nosso o nosso sonho seria que a gente não tivesse que passar por esses apertos do tempo todo era ser que o nosso espaço tivesse um investimento periódico acido que mantivesse a equipe que mantivesse toda a estrutura do
museu sem que a gente tivesse que suar a camisa tanto para manter esse espaço funcionando diariamente de terça a sábado acho que eu acho que eu respondi eu espero que respondido é muito obrigada não sei se você tem mais alguns minutos porque surgiram mais surgiram novas perguntas então Eh aqui ó do que consiste o acervo do museu vídeos objetos fotos como vocês envolvem a comunidade acho que essa é nova como vocês envolvem a comunidade na realização desse Museu eh na sequência tem eh sou Bruno Oliveira de Fortaleza eu e os demais particip antes do curso
adoraremos receber por e-mail a cartilha digital do Samba grande patrimônio nacional Se for possível nós temos o cadastro das pessoas que estão e eh alguém também perguntou se tem consulta online eh ao acervo né imagino então Eh e votos de sucesso que essa nova gestão possa conseguir financiamentos incentivos suficientes e etc né acho que a gente para por aqui eu agradeço muitas perguntas mas como o Juliano tem tempo para horário para sair ele pode responder acho que mais essas e depois ele tem o compromisso dele a gente vai passar pra próxima convidada fique à vontade
Juliano Tá vamos recapitular o o acervo a gente tá no processo de digitalização Mas pelo e-mail eh que tá lá no perfil do museu a você entrando em contato você solicita a gente vai a gente pesquisa dependendo do Acer dependendo do do item a gente eh consegue disponibilizar para que a pessoa consulte à distância tem itens que a gente vai por foto porque tem por exemplo objetos que não você não vai ter a mesmo contato que você teria fisicamente com instrumentos fantasias você não consegue ter o requin dos detalhes você não consegue sentir mas o
museu el o acervo do museu tem que eu me lembro tem essa pergunta também que foi feita eu acho que a primeira tem fotos é livro temos eh fantasias temos vinis CDs livros abri alas no caso para quem não conhece livros abri alas cedidos pela liesa há alguns anos para gente que são os livros eh base para os enredos é como eh alguns usam como uma expressão que a Bíblia dos enredos a base o fundamento de todo enredo a pesquisa acadêmica todo o o embasamento teórico se encontra nesses livros abrias que são entregues aos jadores
e que a liesa tem a liga das escolas de samba tem publicado no seu site mas que ele tem cedido fisicamente para nós para que a gente Preserve e guarde essa memória desses desses vivos abrias que são tão fundamentais porque por exemplo se você quer conhecer Ah qual foi o fundamento referencial teórico para o enredo da Viva Isabel 200 S sobre América Latina você vai pegar esse livro abri alas vai lá em 2007 o livro abralas de 2007 consultar o o o livro da vila e você vai ver lá os livros que foram consultados os
vídeos o material a descrição de cada fantasia o porquê daquela fantasia o porquê daquele carro alegórico então de modo geral Esses são os itens do Acervo e principalmente os depoimentos que são o nosso carro chefe porque como eu disse como o museu do Samba tem esse compromisso com a memória dos sambistas é fundamental que a gente tenha essa memória preservada dos nossos ter essa esse eles contando a sua própria história então tem muita gente boa muita gente que talvez vocês não conheçam mas que vocês deveriam conhecer para vocês tenham um apanhado inclusive foi bem agora
comentar isso que eu Lembrei no site do museu tem no no na no na exposição a força feminina do Samba tem 10 depoimentos de mulheres sambistas que dos depoimentos mesmo depoimento na íntegra se eu não me engano tem esse Brandão tem Russa tem Maria Moura tem eu não lembro Quais são as 10 e dentro do do do canal no YouTube do museu também Museu do Samba também tem alguns depoimentos disponibilizados não lembro quais são que estão disponibilizados no momento mas que vocês podem ver na íntegra e ter uma noção de como que são os nossos
depoimentos que o nossos depoimentos tem uma metodologia própria já tá sendo já tem uma uma metodologia consolidada desde 2009 para cá então a gente tem feito esse processo de preservação desses sambistas contando as suas hisas então fica o convite quem quiser ah quais sambistas temos na depoim eh temos registrado manda e-mail pro Museu a gente vai tá respondendo dentro do tempo que for e quem quiser visitar o Museu aí tem tal o que que pode ser pesquisado sobre isso também fica meu perfil minha rede social também aberta para quem quiser ir lá mandar mensagem que
é @julian poman no Instagram Só uso o Instagram gente não não adianta ir pelo Facebook outras redes sociais que eu não uso só o insta mesmo então de modo geral é isso então o acervo do museu é aberto ao público faz parte das nossas lutas porque a gente não quer ser um espaço de retenção de memória a gente quer um ser um espaço de divulgação dessa memória quanto mais as pessoas conhecem mais consultam mais nós ficamos satisfeitos porque o nosso trabalho tem sido bem-sucedido porque é divulgar a memória desses sambistas é fazer com que a
história dessas pessoas não se percam porque muitos sambistas A história se perdeu e os pesquisadores atuais têm feito essa luta para resgatar a memória desses sambistas mas aqueles que a gente teve oportunidade a gente tem recolhido essa memória para que ela seja preservada E que possamos consultá-la na posteridade para que as nossas crianças aqueles que virão depois tem essa oportunidade de conhecer quem fez esse samba quem fez essa história tinha mais alguma outra pergunta eu não lembro acho que não agradeço eh se tiver também agora já temos o tempo né o teu tempo e também
o tempo da das demais falas acho que você Passamos o teu contato que você colocou no chat então Imagino que as pessoas vão querer conhecer vão querer trocar ideias com você eh tem muitos elogios desejos votos de sucesso e então Imagino que eh te procurarão né tem os caminhos aqui ao longo da sua fala nós fomos divulgando também o Instagram do museu e faremos isso com os demais também aqui eh e provavelmente você vai acabar sendo procurado eh porque aqui tem pessoas muito curiosas e envolvidas com essa com com tema né em geral do de
centros culturais museus esses espos eh e Tomara que dê tudo muito certo muito obrigada pelo seu tempo sair do seu trabalho do seu dia ainda nesse dia em especial né Que deve ter mais demandas do que o normal e então muito obrigada mesmo claro que se você puder ficar mais conosco ou voltar eh ao final nós costumamos fazer as perguntas todas né no teu caso nós adiantamos mas já fica a dica também para quem tá nos assistindo colocar e colocando as dúvidas que a gente vai eh passar no final muito obrigada Juliano um excelente dia
para você obrigada também tem um ótimo dia aí fica o convite tanto para ir no meu perfil Giuliano Pani no Instagram tanto visitarem o museu do sala pelo Pelas nossas redes sociais e visitar o Museu presencialmente porque serão bem-vindos a todos porque ali não é só simplesmente a casa do sambista mas é a casa do Carioca é a casa do povo brasileiro para todos aqueles que amam e querem conhecer o samba então gente até as próximos encontros que a gente se cruzar por aí e até gente tchau tchau tchau eh muito obrigada eh na sequência
então agora eh nós vamos convidar a Sandra Sandra Maria Teixeira ela é historiadora pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro aerg é moradora da Vila Autódromo cofundadora e gestora do Museu das remoções o trabalho dela é de conclusão de curso foi intitulado tijolos da história Museu resistência em Memórias da Vila Autódromo recebeu o prêmio Darc Ribeiro na 32ª edição da Oeste sem muros ela atua como ativista social sobre a pauta do direito a moradia digna possui formação complementar e currículo com experiências nas áreas de arte e cultura artes no plural e cultura Sandra muito
obrigada por você est aqui conosco eh Tomara que a internet permita né que que você seja ouvida e E ouça aqui também as perguntas ela tava com problemas espero que dê tudo certo passo para você a fala muito obrigada eh Bom dia vocês estão me ouvindo bem primeira pergunta primeira questão para mim tô sendo ouvida Porque eu tive vários problemas técnicos aqui então eu tive que mudar de ambiente mudar vocês estão me ouvindo Sim estamos sim perfeitamente obrigada então Agradeço E torcendo aqui muito para que tudo dê certo eu tive muitos problemas técnicos meu celular
parou enfim mas é isso como já Fi apresentada né sou Sandra Maria e vou falar sobre o museu das remoções mas possível falar sobre o museu das remoções sem falar sobre a Vila Autódromo porque é na Vila Museu das remoções é um museu de território que ele é fundado em 2016 aí agora eu vou falar um Pou no processo de remoção forçada que ocorreu na Vila Autódromo então eu vou começar falando sobre a Vila essa imagem que vocês estão vendo é a imagem da Vila Autódromo antes da remoção a Vila Autódromo ela surge na década
de 60 Às Margens da lagoa de jacaré Paguá essa Lagoa aqui que vocês estão vendo no cantinho né Eh eh da foto e quando chega na déc como uma colônia de pescadores tá na década de 60 ela surge como uma colônia de pescadores Às Margens da Lagoa na década de 70 é construído ao lado da comunidade da da colônia um um o autódromo de jacaré Paguá que é essa imagem que vocês veem aí esses ampliadas esses caminhos né Isso é o autódromo por ser ao lado da da colônia e nessa época a região não ter
uma infraestrutura de transporte né urbanização Então muitos Operários que vêm para trabalhar nessa construção do autódromo muitos inclusive vivendo de outros estados do Brasil eh muitos do Nordeste principalmente então eles acabam sendo acolhidos pela colônia de pela colônia de pescadores e devido a essa dificuldade de acesso eles acabam ficando ali porque na mesma década de 70 é construído próximo ao Autódromo também ali a Vila Autódromo o Rio Centro que é um centro de convenções muito grande a própria região né a a Barra da Tijuca que era ao lado ela tá em processo de expansão Urbana
nesse período Então esse esses eh Operários acabam se fixando ali na colônia trazendo suas famílias e começando eh um processo de moradia né E aí a a a colônia começa a ter já uma uma e e aos poucos ganhando uma nova identidade né deixando de ser apenas uma colônia de pescadores Mas sendo uma comunidade de famílias pescadoras e famílias operárias nacada de 80 devido a esse processo de urbanização da região de expansão urbana da da região começa a ter muitas ameaças muitas emoções na região Então pode passar a foto eh a comunidade não a seguinte
isso essa foto ela eu sempre passo muito ela para mostrar um pouco a as características assim né que a comunidade ela tinha fotos essa foi bem antes da remoção haviam eh casas assim bem humildes e também casas já melhores porque ao longo dos anos 10 20 30 anos as famílias vão melhorando suas casas eh pode passar por favor essa era a entrada da comunidade vocês percebem que bem arborizada eh o a foto a a nossa eh eh árvore de natal feita de reciclagem que a gente tinha um trabalho assim né de preservação ambiental bem forte
pode passar por favor a isso aqui era a nossa Associação de Moradores a construída pelos moradores a próxima foto por favor aqui o parquinho pode passar das crianças ele mais próximo com as crianças já brincando nós tínhamos muitas crianças a mesa de ping-pong eh de concreto feita pelos moradores né nesses espaços aconteciam campeonatos de ping-pong era bem interessante pode passar para vocês sentirem um pouco do ambiente né da comunidade aqui era o nosso campo né n era um campo de futebol a nossa quadra e onde aconteciam campeonatos dos meninos a próxima foto vai mostrar os
campeonatos das meninas também pode passar por favor Nossa aqui é um um concurso de frases que nós promovemos de preservação do meio ambiente pode passar festas de Dia das Crianças festas de fim de ano que a gente sempre touv e pode passar isso aqui é a a comunidade isso aqui é para mostrar que assim quando chega eh a comunidade ela na década de 90 essa essa remoção que eu comentei na década de 80 ela se intensifica na região e a Vila Autódromo também começa a ser muito ameaçada por remoção porém contraditoriamente no início da década
de 90 a gente eh tem dois assentamentos feitos pela Secretaria de Habitação e outros pelo governo do estado de famílias removidas de outras comunidades da região mas ao mesmo tempo que eles assentavam famílias eles também nos ameaçavam de remoção então no início da década de 60 de 90 nós conquistamos dois títulos de concessão de uso da terra que nos dava o direito assim de habitar de morar aqui por 99 anos podendo ser prorrogáveis mas quando chega o os quando é anunciado começa a ter os Mega eventos na cidade do Rio de Janeiro Copa Pan e
principalmente quando é anunciada os jogos olímpicos essa remoção que seria na Cidade do Rio de Janeiro essa ameaça de remoção se intensifica muito e aí já no processo de luta a gente consegue a lei complementar 74 que define isso é no início da década de 2000 então define essa essa terra território da Vila Autódromo é definido como uma área de especial interesse social que são as chamadas aeis que são terras destinadas à moradia Popular pode passar por favor isso aqui eh outra coisa uma outra ação que a gente faz é porque já na década de
2000 quando a fo anunciado a a as Olimpíadas no Rio de Janeiro então o prefeito já começa um processo de negociação tentando nos convencer que ele precisava remover uma grande parte da comunidade para construção das instalações do Parque Olímpico o que hoje fica muito evidente que é uma mentira era uma mentira porque entre o Parque Olímpico e a Vila Autódromo tem um hotel de luxo de uma rede privada cinco estrelas então a assim a gente vê que na verdade não era para o Parque Olímpico né e o próprio o comitê internacional olímpico da Época a
gente entra em contato e eles respondem afirmando que não era necessário mas assim mesmo o prefeito continua insistindo e dizendo que não era possível fazer a urbanização da Vila Autódromo então Eh nós construímos o plano popular de urbanização da Vila Autódromo a partir até de uma uma provocação do prefeito que ele fala assim que não era possível mas que se a gente conseguisse fazer um projeto apresentar para ele um projeto Assinado por arquitetos engenheiros que mostrasse ser possível como nós afirmamos que era que ele urbanizar só que nós então nós procuramos a a duas universidades
públicas que a uf e a UFRJ pedimos o apoio delas elas nos apoiaram e juntos nós construímos o plano plano popular de urbanização da Vila Autódromo assim que esse plano fica pronto É anunciado na Cidade do Rio de Janeiro um um concurso de planos populares promovidos por esse banco alemão que tá escrito aí no cartaz atrás da das pessoas e E aí nós inscrevemos o nosso plano e ele é premiado ele ganha o primeiro lugar então é reconhecidamente internacionalmente que é possível fazer a urbanização da Vila Autódromo mas a mesmo o prefeito ignora totalmente e
continua avançando nas nas tentativas de de remoção pode passar por favor E aí assim nada disso nada desses nenhum desses direitos adquiridos conquistados ao longo desses anos foi suficiente para impedir a remoção porque com a a o a preparação dos Jogos Olímpicos com a a a olimpíada a realização um desses jogos no Rio de Janeiro há um investimento altíssimo financeiro e aí o Prefeito começa a fazer uma série de de manobras mesmo de investidas de pressão política psicológica E aí e e ele ele faz dois decretos de desapropriação com argumentos totalmente mentirosos né alegando que
era necessário em um para paraa construção da transolímpica que não passa na Vila aó passa ao lado depois da Avenida E e a outra era paraa construção alargamento da pista construção do BRT que também eh tem uma arquitetura que demonstra muito claramente a a mentira e a intenção né a má intenção de remoção porque ele faz ele tem eh esse essa Estação ela ele coloca a bilheteria aqui do lado do território da Vila Autódromo uma passarela com a plataforma sendo do outro lado da avenida para poder ter essa justificativa para esse decreto por ser uma
AES então aqui ele só pode eh desapropriar se for por um benefício social de uma obra pública um posto de saúde como um uma uma construção pública como essas que ele alegou mas que não era necessária e hoje fica muito Evidente a mentira e aí ele começa através desses decretos começam a ter as primeiras remoções essa foto que vocês estão vendo ela já é a já a remoção acontecendo e E aí junto com a remoção ele começa já a fazer uma série de ações de pressão psicológica né de violação de direitos por exemplo eh como
vocês estão vendo a remoção a derrubada de uma casa né a demolição ela ela tem todo um um código previsto de normas né para uma demolição então ele precisa ter um carro pipa molhando o a a a a a construção que vai ser demolida no ato da demolição por conta dessa poeira que se espalha isso não acontecia aqui não tinha nunca isso ele não interrompia o fornecimento de água de luz então quando derrubava uma casa a a a a a a comunidade uma grande parte ficava sem luz sem ar porque quebrava cano arrebentava fio os
fios ficavam pendurados energizados colocando em risco as pessoas Principalmente as crianças era uma preocupação os escombros ficavam abandonados no local durante todo process a remoção ela foi de do final de de no início de 2014 ela começa e vai até 2016 então nós tivemos esses escombros abandonados no local duranteo todo esse tempo pode passar por favor a próxima foto como vocês estão vendo os escombros abandonados e na medida que as casas vão caindo aí vão ficando muita as casas muito separadas umas das outras e e assim por separadas por escombros muitos escombros que esses escombros
eh fazia com que houvesse assim a proliferação de ratos né Eh possas de água que ficavam acumuladas e isso numa época que tinha surto na cidade de de zica beng chicungunha e eh pode passar por favor as casas que ele não podia derrubar por por estar colada com uma outra casa que ainda não havia negociado ele esburacar e aí ele fez uma outra ação paralela que Ele retirou a iluminação pública das principais ruas da comunidade Então você imagina chegar à noite em casa no seu território e ter que passar assim entrar na comunidade e passar
por long todas as ruas Até chegar na sua casa por tendo ruas escuras escombros muitos escombros casas esburacadas isso gerava já um adoecimento mental nas pessoas porque as pessoas tinham medo né de chegar à noite nesses locais e ter alguém escondido ali enfim eh E aí ele vai fazendo uma série de ações né choque de ordem que ele chamava nesse choque de ordem eram ações que ele fazia onde ele fechou todos os comércios porque fazia uma varredura e qualquer irregularidade era o fechamento de portas Então fechou os comércios da comunidade as máquinas pesadas quando passava
e derrubava uma casa não isolava uma área de segurança Então caí escombro pedaço de concreto na casa vizinha rachava casa que ainda não havia negociado pode passar por favor essa casa chegou ao o absurdo assim do da da do marido não querer negociar e a mulher querer e aí o que ele faz um dia o marido chega do trabalho e aí a casa a prefeitura havia cortado a metade da casa porque disse que era a metade da mulher que ela havia negociado e o homem ficou com a metade da casa de pé foi assim essa
hum um absurdo pode passar por favor pode pode passar isso os animais cães gatos eram abandonados porque eles as pessoas negociavam e na maioria das vezes trocavam sua casa por apartamentos do Minha Casa Minha Vida e quando as pessoas iam na hora da mudança eles comunicavam que não podiam levar os animais Então muitos animais ficavam abandonados no na comunidade nós chegamos assim ter uma situação caótica de cerca de 30 cães uma quantidade incalculável de gatos que a gente precisava ficar cuidando alimentando fazendo campanha pela internet para resolver o a questão ter a doação ter doa
adoções né pode passar nossas crianças que antes brincavam eh eh no parquinho passado a brincar em meio a escombros E aí nós tínhamos que tirar as crianças da rua né segurar assim elas tinham que passar brincar só dentro de casa porque era perigoso tinha vergalhão tinha concreto enfim era uma situação muito eh caótica muito desumana mesmo pode passar por favor as árvores que eu mostrei antes que era uma comunidade muito arborizada então eles cortaram eles desmataram cortaram mais de 400 árvores assim coisa de dois dias transformando um território Verde num território completamente cinza abafado algo
assim realmente para adoecer as pessoas pode passar o ele outra pressão psicológica outra ação que ele fez muito desumana é que ele Suspendeu a coleta ele suspendeu serviços básicos como coleta de lixo entrega de correspondência então nós ficamos com os lixos acumulando né a gente já tinha a questão do escombro com Viração de ratos e tudo mais e aí para completar ele não satisfeito ele suspende a coleta de lixo Então começou a acumular uma quantidade de lixo muito grande que quando a gente não tinha mais como estocar a gente levava fazia uma ação assim política
né de protesto que nós juntávamos todo o lixo de madrugada desejávamos na avenida principal E de manhã a gente estava lá com faixas e cartazes denunciando o que tava acontecendo pode passar por favor Isso aí foi uma outra ação que foi no dia no em junho né de 2015 que uma das casas que estavam no decreto de desapropriação a prefeitura chega aqui eh a tropa de choque da guarda municipal cerca de 7 horas da manhã acompanhada por um oficial de justiça com uma ordem de demolição da casa de remoção forçada então era uma família que
tinha um casal duas crianças de 2 e 4 anos de idade e um idoso de 73 anos e eles recebem esse comunicado de que teriam que sair imediatamente da casa as coisas seriam levadas pro depósito público e depois a família a casa ia ser derrubada e eles entrassem na justiça para ter acesso à indenização a comunidade muito impactada e e e eh eh com aquilo passa a manhã inteira negociando tentando impedir aquela ação e a a eh eh e é importante falar nesse ponto de que toda essa violência aconteceu na Vila Autódromo também tendo a
conivência do Judiciário porque essas ordens de demolições elas eram expedidas no plantão judicial 11 horas da noite o juiz assinava autorizando a demolição a acontecer 7 horas da manhã isso impedia o trabalho da Defensoria Pública de impedir aquela ação né Só que nesse dia nós conseguimos íamos impedir com os nossos corpos fazendo um cordão de isolamento humano negociando e isso durou até meio-dia quase 1 hora da tarde quando a oficial de justiça autoriza o uso da força pro cumprimento da medida e o que acontece é que a comunidade é espancada covardemente pela tropa de choque
da guarda municipal pode passar por favor a gente vai ter aí esse senhor que tá no chão acabou de ser espancado por esses homens fardados é o idoso pode passar a próxima foto o idoso que eu falei de 73 anos de idade com a cabeça aberta espancado pela tropa de choque da guarda municipal pode passar a Maria da Penha com nariz quebrado também a cara ensanguentada pode foi um dia muito doloroso para nós pode passar esse dia aí é um outro dia uma outra ação covarde da do poder público que eles chegam aqui 7 horas
da manhã isolam uma área uma rua inteira da comunidade e passam algumas horas quando eles saem que abrem pra gente permitem nossa passagem eles haviam derrubado cinco casas com tudo dentro que eles alegam que retiraram as coisas e levaram pro depósito público mas era uma grande mentira eles só retiraram coisas assim maiores como uma moto que tava na garagem uma uma uma geladeira um sofá Mas as coisas que realmente Import tavam para essas pessoas As Memórias os documentos fotografia coisas pessoais tudo soterrado foi um dia assim de grande Impacto assisti o desespero daquelas pessoas uma
das moradoras ela havia feito uma cirurgia na coluna recentemente diabética Então ela nesse dia ela havia saído para ir fazer a revisão da cirurgia e quando ela retorna ela descobre que a única coisa que ela possui é a roupa do corpo e a bolsa que está com ela ela perdeu tudo que ela tinha então assim foi um dia de extrema violência pode passar por favor eu tô tentando falar bem rápido porque são muitas fotos muitas coisas para eu poder falar o máximo possível E aí essa foto eu falo o como nós reagimos como nós o
que nós fazíamos para lutar contra toda essa violência que nos impactava que nos era imposta pelo poder público né eh nós eh promovamos sempre ações pacíficas isso aí é uma foto de Protestos nossos como coloquei que nós fechá a avenida principal mas nós sempre fazíamos ações pacíficas junto com as nossas ações no sentido de que fechá a Avenida mas nós as pessoas levavam cada um levava alguma coisa e aí a gente fechava a rua com faixas e cartazes enquanto um grupo fechava o trânsito um outro grupo ia com uma bandeja Servindo um café um bolinho
um pãozinho pros motoristas e denunciando o que estava acontecendo talvez pass parecer assim mas essa ação de ter esse café da manhã coletivo junto com a fech paralisação do trânsito isso acalmava o os motoristas eles tomavam aquele café ali ouvia a nossa denúncia então a gente tinha aquele tempo para denunciar para comunicar o que tava acontecendo pode passar por favor pode passar isso nós a outra ação que nós fazíamos nós colocávamos não para um pouquinho por favor nós colocávamos muitas faixas e cartazes nós escrevíamos denunciamos em todas as paredes que nós tínhamos na comunidade nós
passamos a escrever o que estava acontecendo Então eram a era uma ação de denúncia qualquer pessoa que chegasse no território através das paredes ela já ia lendo e já ia sabendo o que estava acontecendo toda a violência que estava acontecendo naquele território pode passar por favor nós eh produzimos eh camisetas com essa logo isso aí são adesivos nós fizemos muitos adesivos e fomos adesivando a cidade todo o ônibus que nós pegávamos isso é um ônibus e nós colocávamos esse adesivo ou qualquer lugar por onde a gente passava a gente distribuía esse adesivo e ia colando
adesivando a cidade produzimos camisetas com essa logo para denunciar então Fizemos muitas ações de denúncia né Eh pode passar por favor utilizamos também a cultura e a educação como instrumentos de luta potente então nós tivemos a presença de muitos artistas aqui nos apoiando então tínhamos grafites esse grafite ele foi algo assim maravilhoso ele ele traz assim o mundo e aí tem o o mapa no mapa tem o Brasil e a África sangrando devido a toda essa violência que nos é imposta aí né durante todos esses séculos até hoje po de passar por favor dentro dessas
ações de cultura e educação como como um instrumento de luta nós promovamos todo tipo de de ação né que nos era proposta Isso aí são eh festival é o primeiro festival ocupa Vila Autódromo porque esse movimento cultural e educativo nós colocamos começamos a chamar de movimento ocupa Vila Autódromo que tinha por finalidade ocupar o território manter o o território ocupado Oi Sandra você me ouve Eh desculpa nós já passamos mais de 10 minutos da sua PR presentação tá excelente se você puder concluir para dar então vai passando as fotos assim bem rapidinho que eu vou
chegar ao final falando tá então foram ações culturais como vocês não não pode passar vocês podem ver muitas ações culturais a marcha internacional das mulheres revitalizamos espaços como parquinho das Crianças Raquel ronique David Harvey aí e só para aí um pouquinho que aí já tá no final isso aí por favor aí o que acontece que dentro dessas ações de eh eh culturais a gente tem um apoiador que é um museólogo Tainan de Medeiros que nos propõe fazer o museu também como instrumento de luta e aí a gente Funda o museu das remoções ele traz pra
gente nos apresenta o professor Mário Chagas que é assim um que foi fundamental dentro desse processo que foi ele que nos deu toda a orientação teórica de eh eh musealização desse território né E aí a gente Funda no dia 18 de Maio de 2016 em meio aos escombros pode passar por favor o museu das remoções que é um museu de território esse essa foto mostra o dia da inauguração para aí por favor um pouquinho Essa é uma das esculturas nós fizemos sete esculturas com objetos coletados nos escombros então a inauguração do Museu das remoções acontece
no dia internacional dos museus tendo eh em meio aos escombros com muita chuva mas com Arte música poesia perna de pau como vocês viram e tendo sete esculturas espalhadas pelo território com objetos coletados dos escombros tá depois o aniversário de um ano do museu a gente comemora no Museu Histórico Nacional doando parte alguns objetos essa é a última foto pode parar que mostra nossas redes sociais então a gente comemora o segundo ano do museu no Museu Histórico Nacional doando alguns objetos coletados nos escombros da Vila Autódromo que hoje está exposto na aa de longa duração
de história contemporânea no Museu Histórico Nacional no aniversário de 2 anos a gente comemora com o nosso plano museológico e com a inauguração do nosso site no qual a gente tem um acervo digital muito amplo ali você tem a acesso a uma quantidade assim de fotos de vídeos de trabalhos acadêmicos como teses dissertações eh monografias artigos publicados filmes documentários então assim tem um material digital muito amplo E aí também a gente constrói o museu nesse segundo ano a gente cria o percurso expositivos de memória que é um percurso no território com placas que vão eh
eh sinalizando no qual a gente vai passando e vai aí a gente tem eh como é um museu de território tudo que está no território faz parte do Acervo mas a gente tem nesse acervo ainda ruínas que sobraram dessas casas removidas e que são eh muito importantes pro nosso percurso expositivo em 2023 a gente é reconhecido pelo ibran como um ponto de memória e em 2024 a gente é premiado eh pelo ibran também a gente recebe um prêmio por esse percurso expositivo de memória vou terminar me desculpa por ter passado é uma história muito longa
e eu tentei trazer os principais eh pontos aqui é isso obrigado que peço desculpa Sandra por ter esse papel chato né de interromper porque a sua fala foi maravilhosa Esse trabalho é incrível eh tem muitas muitos comentários solidar indignados a partir da sua fala eh depois a gente pode te repassar ainda não tem nenhuma pergunta específica mas a gente vai deixar De toda forma pro final né o Juliano foi uma exceção porque precisava embora então eu te agradeço muito pelo trabalho todo pelo esforço pela sua fala e peço desculpas ter que interromper mesmo eh e
eh se puder aguardar para as perguntas no final eu agradeço muito que bom que deu certo a tua internet a gente conseguiu eu te ouvi então muito obrigada Sandra eu vou convidar agora o nosso último expositor antes do Professor Alberto que vai fazer os seus comentários como debatedor mas eu convido então o Antônio Ferreira Neto que é historiador é professor da rede pública de ensino do Estado do Ceará a gente sai do Rio de Janeiro agora pro Ceará diretor educador no museu comunitário do território sapupara equipamento cultural vinculado e gerido pelo Instituto ar revoar organização
da sociedade civil de sapupara em Maranguape Ceará Antônio seja muito bem-vindo boa fala em torno de 15 a 20 minutos qualquer coisa eu aviso por aqui tá bom Fi à vontade muito obrigada pela sua presença você está sem som você precisa só ligar seu som que a gente não consegue te ouvir pronto me escutam sim perfeitamente obrigada pronto bom dia bom dia a todo mundo que está presente eh primeiramente agradecer né o convite das cátedras eh e aí para nós é uma oportunidade não é est apresentando o trabalho eh do museu comunitário do território de
sapupara não é na ideia de difusão mesmo da história e da trajetória desse Museu desse Museu comunitário eh serão apresentadas algumas fotos né No decorrer da apresentação eh mas eu gostaria de começar localizando não é eh esse distrito sapupara é um distrito do município de Maranguape né e no estado de Ceará Maranguape é um município localizado a mais ou menos 29 km de Fortaleza eh e sapupara não é eh em relação a Maranguá está aí localizada por volta de 10 15 minutos né Eh Esse museu comunitário é um equipamento cultural gelido pelo Instituto ar revoir
Instituto ar revoir é uma auto-organização da sociedade civil como foi comentado pela professora de moradores de sapupara não é o Instituto tem atividades Desde o ano de 2016 porém de forma ininterrupta não é aí eh com seu CNPJ eh se adequando às leis não é desde o ano de 2020 nós somos uma entidade eh regulamentada através de CNPJ não é e como falado o museu comunitário ele é uma das eh um dos equipamentos geridos pelo Instituto ar revoar na comunidade de sapara né então o Instituto ar revoar essa Auto organização de moradores eh Gere um
museu comunitário uma bioteca né comunitário e temos a pretensão também aí de concretizar uma escola de artes nesse nesse distrito né Eh o trabalho de pesquisa sobre memória e patrimônio eh acontece de forma ininterrupta não é falando especificamente do museu comunitário nosso trabalho acontece de forma ininterrupta Desde o ano de 2021 certo porém o nosso processo Inicial se dá junto se dá em concomitância ao surgimento do Instituto em 2016 né por meio da ocupação de uma lavanderia pública localizada aqui na comunidade de sapupara né com a finalidade de que essa ocupação de que esse espaço
ocupado eh abrigasse né o museu comunitário eh essa primeira foto apresentada é uma imagem de satélite de 2024 da comunidade sapupara a gente tem aí o perímetro urbano né porém há uma e outras localidades que fazem parte do território que não estão nesse perímetro urbano você precisa entrar não é em algumas estradas mas essas primeira imagem é o perímetro urbano de sapupara certo na fotografia de baixo se você puder passar eh descer não é no caso na fotografia de baixo na segunda e a terceira a gente tem eh a ocupação da lavanderia desse prédio não
é fizemos a ocupação desse espaço era um espaço que não tinha utilização não é eh e aí resolvemos ocupar esse espaço para que eh abrigasse o museu comunitário porém foi um espaço que foi derrubado a mando de uma família tradicional aqui da região né E aí eh acontece o nosso primeiro conflito né porque a ideia era abrigar nesse espaço o museu comunitário um museu físico não é e diante dessa derrubada do prédio nós eh em conjunto eh todos os integrantes do Instituto ar revoar né da diretoria eh principalmente são moradores da comunidade não é Então
a partir de uma demanda mesmo orgânica de dentro da organização eh resolvemos já que não tínhamos o espaço físico resolvemos eh não só a partir do entendimento né mas resolvemos transformar pensar o próprio território enquanto um Museu Vivo né enquanto um espaço de museus né enquanto Museu Vivo mesmo né então Eh Daí vem a Primeira ideia e a primeira nomenclatura a primeiro nome não é seu territorial de sapupara isso nesse primeiro momento eh já ainda em 2016 depois da ocupação da lavanderia fizemos duas oficinas Eh aí nós temos imagem a quarta imagem é a primeira
primeiro momento né de oficina aonde a gente vai eh fazer uma uma roda de memória uma roda de conversa com as trabalhadoras da lavanderia né então aqui a gente tem a presença de algumas lavadeiras algumas algumas profissionais eh que atuaram né nesse prédio enquanto tinha funcionamento pode passar as fotos né então nessa quarta imagem a gente tem uma primeira experiência e aqui nessa nessa quinta imagem a gente vê a dona neném Dona Marinha que eram duas eh foram duas profissionais nãoé da lavanderia eh e aí tivemos esse primeiro momento que nomeamos de eh memória das
águas né Foi esse momento na ideia mesmo da gente pensar sobre a a as memórias nãoé e eh a sociabilidade nesse espaço nãoé eh pode passar aí as imagens por gentileza nesse nesse meio termo até 2021 nãoé quando eh a gente vai ver aí algumas imagens da primeira oficina de inventário participativo nós fizemos uma série de Pesquisas não é eh pesquisas em acero em jornal eh na Biblioteca Nacional enfim nesse meio termo fizemos e eh atuamos na pesquisa né especificamente eh essa experiência aí diz respeito eh Há Um documentário produzido sobre um artista plástico aqui
da comunidade chamado Joaquim Tomé Pinto esse cartaz diz respeito à participação do museu comunitário né ho Museu comunitário mas na época Museu território participação do museu território na 14ª primavera dos museus Você pode passar aí a imagem também eh e aqui tivemos a exibição né do curtam metragem pra comunidade aconteceu no dia 25 Setembro eh pode passar por gentileza aqui eh aí estávamos ainda na pandemia não é então foi um trabalho produzido no período da pandemia eh e aí nesse espaço aí que vocês vem a fotografia foi o nosso espaço de discussão não é sobre
depois da exibição do documentário do Joaquim tomer Pinto né pode passar também realizamos nesse meio termo eh um seminário sobre os 200 anos da Revolta indígena em Maranguape não é eh um ponto importantíssimo da história do município de Maranguape eh aonde não faz parte da chamada história oficial não é mas nós enquanto um movimento de museologia social eh acreditamos né e fazemos a proposta de temas que eh São relegados ao ostracismo da história né então Eh esse evento eh era em alusão em comemoração não é eh em alusão à a aos 200 anos dessa revolta
indígena não é então aí foi uma aula pública com o professor João Paulo Peixoto do Instituto Federal do Piauí onde o João Paulo ele eh estuda essas revoltas indígenas do período eh do império não é pode passar e aí nós temos um cartaz oficial dessa desse seminário abaixo nós temos já em 2021 não é essa imagem de de baixo já é de 2021 nossa primeira oficina de inventário participativo realizamos duas oficinas de inventário participativa em 2021 E 2023 essas duas oficinas foram realizad com estudantes do sexto ao 9º ano de uma escola municipal aqui de
sapupara a Escola Municipal João serino Nogueira né Eh por gentileza pode passar e aí nós temos imagens de 2021 em específico não é eh para quem não conhece a metodologia creio que é muitos estão participando desse espaço de discussão né sobre museologia talvez já ten ouvido falar sobre inventário participativo que é uma metodologia utilizada por eh movimentos sociais né e movimento de museologia Comunitária eh que Visa né que tem um objetivo que a própria comunidade eh faça né a catalogação eh e escolha os seus patrimônios culturais né os patrimônios que serão eh evidenciados nesse processo
museológico né então eh em 2021 fizemos a primeira oficina pode passar nas imagens aí ainda em 2021 a produção volta instante ainda essa fotta de 2021 a produção de um mapa né um mapa da comunidade a partir da metodologia de cartografia social né aonde eh a essa produção né do mapa eh tem o objetivo de que os moradores eh os participantes da oficina né que localizem nesse mapa eh os seus locais de afeto né os seus patrimônios culturais pode passar aí é uma visita não é ao seu José Emídio rezador aqui da comunidade mais na
frente a gente vai ver umas fotografias também de entrevista com o seu José Emídio pode passar como resultado dessa primeira oficina de 2021 tivemos uma exposição eh que foi eh que foi ministrada por um artista plástica aqui da comunidade chamada Rafaela Travassos né E aí nessas próximas fotografias a gente tem as imagens dessa exposição chamada Nossa gente nosso patrimônio né evidenciando Aí nós ainda estávamos no fim da pandemia né Eh e o O objetivo dessa exposição era evidenciar que o nosso maior patrimônio né O PAT eh o principal patrimônio da comunidade são os seus moradores
né E aí elegemos cinco pessoas pode passar por gentileza Ricardo buduca uma liderança Comunitária aqui não é Ricardo morreu de covid eh 19 aí ao lado da da fotografia de Ricardo nós temos as duas filhas não é eh essa exposição ela foi gerenciada né ela foi ministrada pela Rafaela Travassos que é artista plástica com os estudantes que faziam parte da da primeira oficina não é pode passar eh Seu Manuel Seu Manuel eh ainda está entre nós graças a Deus né E aí também foi um dos homenageados aqui da comunidade né um dos nossos troncos velhos
por gentileza pode passar eh dona Raimundinha né Eh também infelizmente não já fez sua passagem né mas também era uma rezadora aqui na comunidade uma Rezadeira né Eh e dona dona eh eh Mundinha assim como todos os outros entrevistados né Sempre trouxeram eh suas contribuições nos seus relatos eh a sua ancestralidade né no objetivo mesmo de lembrar quem eh de onde vem não é eh a história dos povos de Tabatinga né Tabatinga sapupara Inclusive tem um uma uma questão sobre os nomes da comunidade não é oficialmente É sapupara mas o nome antigo era Tabatinga e
os moradores chamam a comunidade dos dois nomes nãoé Então dona Mundinha sempre Traz essa lembrança da Tabatinga nãoé pode passar aqui já essa fotografia já é do ano 2023 não é a oficina é a segunda oficina de inventário participativo eh com estudantes também da Escola João cino Nogueira essa fotografia diz respeito a uma visita não é que fizemos com eh Os estudantes no ecomuseu de Maranguape nãoé eh uma instituição parceira também que tem eh a museologia social né a museologia Comunitária como coluna vertebral da sua da sua organização e aí eh o objetivo de levar
os meninos para conhecer eh outras experiências de museus era para que a gente criasse bagagem né e repertório eh Para para que nós eh pudéssemos eh construir a nossa experiência né então pode passar Eh aí são duas alunas Gabriela e stepan que hoje já estudam na escola eh de Ensino Médio Luiz Girão né Elas estavam no momento da oficina elas estavam no ensino fundamental na Escola João cino e hoje elas já são alunas Aqui já são Minhas alunas minhas eh eh São estudantes da escola Luiz Girão não é eh e aí é uma entrevista com
seu José Emídio né o mesmo Senhor da fotografia anterior nãoé pode passar aí ainda fotografias do ano de 2023 eh aqui ao lado aparece também a companheira Taíssa nãoé que também é uma das integrantes do núcleo educativo do museu comunitário eh maioria desses estudantes também hoje estão na escola de ensino médio Luis Girão pode passar essas fotografias seguintes nelas eh eh a seguir elas já são eh do momento de eh pós oficinas de inventário participativo não é essa fotografia é da nossa da da Nossa da nossa inauguração nãoé que aconteceu no dia 3 de agosto
de 2024 talvez sejamos a experiência de museologia participante eh desse webinário né como talvez sejamos aí eu tô julgando né diante das das experiências e eh das eh eh das falas né que já vim acompanhando talvez sejamos a experiência que tenhamos o equipamento eh o equipamento Museu não é eh o equipamento físico mais recente né fomos tivemos a inauguração no dia 3 de agosto de 2024 né eh e aí pode passar e a primeira [Música] fotografia do dia 3 de agosto eh eh tínhamos né como compromisso os primeiros visitantes né Além de ajudarem a construir
a catalogação não é preenchimento de fichas entrevistas fotografias e e organização dessa catalogação não é sabíamos né tínhamos a certeza de que os primeiros visitantes da Oficina da oficina não da exposição né da primeira exposição que se chama o poder das utopias vivas falo já sobre o porquê do nome né Eh se e e eh tinham que ser os estudantes que tinham participado ativamente da construção desse inventário né e desse acero né Então essa fotografia de cima eh nós recebemos esses estudantes que eh que eram do Ensino Fundamental hoje estão na escola Luiz Girão né
então Aqui nós temos eh Michele Gabriele eh stepan ehan Laí todos esses estudantes eh uma parte né Gabriel que participaram eh dessa da das oficinas né de 2021 abaixo e as fotografias à seguintes são de visitas que eh nós estamos recebendo não é eh no museu comunitário essa imagem abaixo são de estudantes atuais estudantes da Escola João cindo Nogueira não é que eh fizeram a visita não é a exposição pode passar por gentileza aí também outra fotografia atrás vocês eh não é pendurado como a gente chama a gente consegue ver o mapa produzido na oficina
de 2021 não é toda essa exposição ela é fruto desses dois processos de inventário participativo pode [Música] passar aqui há mais uma visita de uma escola de outra no caso a escola eh de Ensino Médio salaberga uma escola de tempo integral aqui de Maranguape né pode passar esse é o nosso prédio o prédio do museu aqui nós recebemos eh uma escola infantil aqui na comunidade eh essa moça em pé se chama narla Andrade narla Andrade é psicóloga uma das educadoras também formadoras e e educadoras aqui do museu comunitário pode passar aí mais visitas de estudantes
da Escola João cino e eh da escola rural não é uma escola infantil que temos aqui também pode passar acima eh a gente tem a visita de eh de jovem aprendiz né eles fazem parte são Trabalhadores de uma empresa de uma empresa de lanjeri localizada aqui no município de Maranguape eh e aqui em cima Nós também temos narla e adelan são duas educadoras pode passar Já estamos no final da apresentação certo eh e aí são processos formativos com o núcleo educativo do museu nãoé essa formação aí com a professora Adelane é sobre acessibilidade no museu
não é uma atividade eh da 18ª primavera dos museus certo pode passar Eh aí em cima professora Adelane não é eh nos dando a oficina e abaixo foi a visita mais recente com professores de geografia do sistema Municipal de Educação aqui de de Maranguá que também nos fizeram uma visita tem algumas questões eh que eu gostaria de acrescentar para finalizar não é eh uma das do das questões não é colocadas pela organização era o fato de respondermos sobre né lembrarmos e colocarmos em questão o fato de respondermos sobre se as nossas experiências eh eh poderiam
ser nomeadas de museus nãoé eh do ponto de vista da oficialidade né E aí eu fiquei muito pensativo sobre essa questão porque é uma questão muito latente eh sobre o modo como eh a sobre a própria história do da existência do museu não é no primeiro momento nos entendíamos somente como um museu de território por conta da Fatalidade de não termos mais um espaço entre quatro paredes não é eh e aí éramos veementemente questionados se o que nós fazíamos era um museu né E aí sempre pontuamos que o que nós produzimos sempre foi museologia né
Sempre eh Sim era somos o museu porque as pessoas né e as experiências produzidas nesse território eh são o patrimônio são o próprio patrimônio não é entretanto eh compreendemos nessa trajet hisória de que a existência de um espaço também era necessário não é hoje nos compreendemos como Museu híbrido certo nós temos um espaço que está localizado na Avenida tting esse esse prédio azul que todos vê todo mundo viu Eh mas também eh entendemos que é necessário nós andar é necessário a gente andar pelo território pra gente eh ver os nossos patrimônios de perto né um
do um exemplo um dos dos patrimônios catalogados por esses estudantes foi o Rio do Meio né Rio do Meio é um rio que infelizmente hoje é um rio morto né o trabalho tem sido para tornar o rio Vivo novamente né então Eh além de ver a fotografia e a catalogação é necessário nós irmos até o Rio pra gente ver esse patrimônio de perto né inclusive salientar mais uma vez sempre que possível a necessidade de eh do entendimento desse patrimônio não como algo do passado ou algo morto mas da necessidade de reavivar esse patrimônio né para
que ele seja um patrimônio vivo né eh e aí a partir desse questionamento levantado né Eh fomos para construir a fala não é para que a gente apresentar n aqui eh tive acesso ao dicionário do Conselho internacional dos museus né o icon e o icon eh vai falar na palavra Museu não é vai eh pontuar sobre a palavra Museu antô esc Ah tá obrigada PR para finalizar porque a gente só tem mais 20 minutos Professor Ieda também pronto é que o icon né diz que a nossa experiência o que nós fazemos na realidade são museus
virtuais né e na virtualidade no sentido de que é algo que poderia ser mas não é não é então Eh gostaríamos de transformar no lugar de usar virtual nós somos um museu Virtuoso né no sentido de que a gente também eh produz museologia né eh somos um museu porque nós fazemos pesquisa nós seguimos o método né e a gente faz a difusão de memória né então Eh para finalizar é isso né Eh a partir dos questionamentos espero também eh pontar questões que talvez tenha esquecido né Eh Vou colocar aqui no bate-papo as mídias sociais para
quem ainda não conhece a experiência eh possa acompanhar de perto né tanto eh as páginas do Instituto arfar como do museu comunitário do território de sapupara certo perfeito Antônio muito obrigada parabéns pelo trabalho o Ceará como um todo é um lugar eh de de experiências muito interessantes né inclusive esse trabalho em rede desde rede cearense de museus comunitários de museus indígenas agora tem museus orgânicos tem turismo comunitário o Ceará eh tem sido uma grande referência e esse trabalho de vocês eh sensacional também muito obrigada tem muitos elogios no chat eh Nós só temos agora se
formos cumprir o nosso horário 18 minutos então eh tem duas perguntas muito pontuais mas eu vou passar então e imediatamente a palavra pro professor Alberto Ieda para ele fazer suas considerações Professor eh Professor colaborador do programa de pós-graduação em música da ECA USP corresponsável pela disciplina metodologia da pesquisa em música Ele É consultor e membro convidado da da coordenação da cátedra capor na Unifesp professor coorientador do programa de história da arte aqui na Unifesp também eh Professor aposentado do instituto de artes da UNESP eh e também estudioso das culturas populares da música no Brasil desde
a década de dos anos70 é autor de mais de 80 trabalhos publicados incluindo artigos científicos ensaios e livros tanto no Brasil e no exterior participa de entrevistas podcast e outros eh não tem como ler o currículo todo porque só tem 18 minutos né então fica aqui o principal eu agradeço muito pelo pela sua presença Professor fique eh à vontade se der pra gente e ficar em 15 minutos a gente ainda consegue responder duas perguntas que tem no chat que são muito pontuais mas eh e fazer uma rodada com os convidados para últimas considerações muito obrigada
desculpa a pressa também sim bom bom dia a todos muito obrigado pelo convite Quero iniciar parabenizando Andreia professora Elana por esse curso né que tem um grande não só da presença das pessoas que participam mas das inscrições que me deixou bastante surpreso Isso mostra que um tema como esse que aparentemente pode estar distante das pessoas pelas concepções que existem hoje a respeito de Museu e de participação social inclusão social revelam que há uma preocupação muito grande então o próprio título né museus sujeitos de território mostra Esse aspecto curatorial da professora Andreia e da Ilana que
buscando o que é que é um museu hoje né E aí eu quero lembrar também um pouquinho o aspecto histórico Talvez esse termo que o Antônio utilizou um dos nossos troncos velhos eu não sabia que essa nomenclatura se usava lá mas eu já me considero um dos troncos velhos na medida aqui até André já falou que eu estou aposentado não é mas é um prazer muito grande eh falar nesse tema e lembrar o seguinte essas falas que são que tão me tocando muito né Essa fala anterior dramática né do que é que as pessoas estão
vivendo e eles se constituem numa força Popular numa força de coesão e de fazer as suas lutas políticas as suas lutas sociais el eles revelam um aspecto de de uma grande transformação nesse aspecto nesse ideia de Museu eu gostaria de lembrar que 1936 quando o o Mário de Andrade foi convidado né pelo então ministro da educação Gustavo Capanema para escrever o ante anteprojeto do patrimônio histórico e artístico nacional no texto original dele ele já incluía né os vários aspectos que ele considerava como um patrimônio não só o chamado patrimônio histórico né mas o patrimônio o
patrimônio artístico depois quando foi constituído o Instituto do patrimônio histórico e artístico nacional com esse com essa titulação restritiva evidentemente que ele ficou linc né na busca dos dos méritos dos grandes feitos históricos sobre tudo da Elite sabe as igrejas antigas as artes de Formação erudita eh dos grandes artistas mas o Mário de Andrade já tinha colocado com muita clareza a preocupação chamada Arte Popular no qual isso que hoje chamamos né de de patrimônio étnico ou patrimônio cultural Popular ou imaterial como se utiliza hoje mais an anticamente nós utilizávamos o termo patrimônio espiritual e patrimônio
material e patrimônio histórico e agora eu vejo né com bastante satisfação essas novas concepções né Museu território como Antônio colocou hoje né Eh então todo esse histórico vai mostrando realmente o quanto esse curso tá sendo pertinente em trazer uma forma sabe de inclusão e de eh reconhecimento desses patrimônios que não estão lastreados né pelas instituições públicas isso realmente eh tem um grande mérito mas eu colocaria uma outra questão que a partir de 2003 com então Eh Ministro Gilberto Gil né no no no ministério da cultura eh e ele foi até 2008 quando se constituíram né
quando se construiu a política monial paraa cultura naquela ocasião eh foram eh Pado os chamados pontos de cultura e depois os Pontões de cultura que era uma forma de dinamizar como o próprio Gilberto Gil dizia dinamizar os saberes as energias que estavam constituídas por todo o país e que isso mereceria uma atenção mas aí eu noto que a partir de lá né quando muda sobretudo no governo anterior né toda uma política conservadora de exclusão dessas preocupações em relação à gênero em relação à Periferia né o quanto se perdeu com aquela oportunidade e talvez essas ideias
que estão sendo trazidas agora possam ser realmente uma forma de retomada daqueles pontos de Cultura só que numa perspectiva muito mais política Então eu acho que né Agradeço a todos os conferencistas de hoje e alguns que eu assisti nas segundas-feiras anteriores que me Trouxeram um maior alento da necessidade do quão fundamental é a continuidade dessas atividades que foram muito bem narrados até agora eu parabenizo a todos também então eu deixaria né como alguém preocupado com esse assunto também e fui estudar ontem projeto marinade lá de 36 e como é que aquilo verteu quando foi oficializado
excluíram aspectos como patrimônio natural que o Mário de Andrade incluiu patrimônio natural precisa ser né e a cultura popular né que foi excluído Então passou a ser um instituto né de patrimônio histórico das elites do Brasil né e agora a gente vê a o quão importante é retomar essa questão nessa perspectiva em divertida a partir Como disse Aquele colega lá do do do Museu do Samba dos protagonistas quem são esses sujeitos e museus voltados para os sujeitos dessas ações então eu proporia que de maneira mais livre a a os colegas palestrantes colocassem um pouquinho mais
do aspecto político que foi tão dramático e apresentado né na na fala anterior que eles de maneira livre ou selecionando aquilo que acha mais interessado focasse a questão de quais tipos de apoios político no sentido estrito mesmo né que todos todas as iniciativas são políticas no sentido lato senso né no sentido mais largo mas no sentido amplo específico quem é o vereador quem é o deputado né E quem era o prefeito né ou o governador que eventualmente tão promovendo algum lastro para isso aí completando também um pouquinho do comentário da professora André né do Ceará
o Ceará foi o primeiro país ou melhor o primeiro estado um dos primeiros estados que fez o um uma iniciativa de de âmbito Estadual de reconhecimento dos Mestres da cultura popular isso lá naquela época que eu comentei agora na época do do ministro Gilberto e do Juca Ferreira como secretário executivo que depois assumiu o o o ministério tá então eu acho que essa questão política estrita direta que que se comentasse um pouquinho que eu acho que é uma boa contribuição também para esse curso Muito obrigado André muito bom ouvi-lo professor Ieda muito obrigada vamos passar
eu vou aproveitar já que nós vamos passar a palavra aos nossos palestrantes eh uma das perguntas que foram feitas paraa Sandra já está contida na sua pergunta né quem era o prefeito a época e e temos uma pergunta pro Antônio como vocês chegaram a metodologia dos inventários participativos eh também h para Antônio qual ou quem foi o a principal motivação paraa criação do museu eh e como Museu territorial sapupara se mantém e como é possível consultar o seu acervo então nós temos essas perguntas e e essa essa consideração maior do do Professor Alberto eh a
gente poderia sugiro começar pela ordem das apresentações com a Sandra e o Antônio já com as palavras finais de vocês dado ao avançado da hora infelizmente que tá sendo muito bom ouvi-los todos Sandra tudo bem você começa tudo bem Vocês estão me ouvindo bem sim sim então eh o o prefeito na época era o Eduardo pais que é o atual prefeito novamente que acabou de ser reeleito inclusive né e na Cidade do Rio de Janeiro então na época ele era o prefeito ele fez eh quem quiser compreender um pouco mais a aprofundar um pouco mais
na nessa história no como isso se deu dentro da da esfera pública política né pode acessar até uma entrevista eh muito interessante que se você colocar assim no Google entrevista do Carlos Carvalho sobre a Vila Autódromo aparece logo no topo né da porque é uma ela é muito acessada E aí o Carlos Carvalho é o dono da Carvalho rosque que é um dos eh eh dos do dos eh dos das pessoas que fazem assim das construtoras o dono da de uma das construtoras que faz a parceria pública privada com a Prefeitura do Rio de Janeiro
na época né E essa parceria Ele nessa entrevista ele vai descrever todo eh eh eh de forma bastante eh com bastante descaramento eu acho Eh toda toda essa parceria que ele fez com a Prefeitura do Rio de Janeiro então ele afirma que eles investiram 2 bilhões na construção do Parque Olímpico e 1 bilhão na remoção da Vila Autódromo então para poder ter indenizações todas essas ações violentas foram financiadas pelo capital privado por essa parceria e que a intenção era transformar o território da Vila Autódromo em um grande condomínio de luxo para as pessoas nobres da
da Vitório Nobre na entrevista eh que é uma área nobre que tá tendo um investimento financeiro muito alto e não então não tem cabimento pobre querer morar forma que ele coloca entre outras tantas descaramento e então eu acho que é é bastante interessante ler porque é o próprio narrando né a o esses acordos entre o poder público e o capital privado existe um um atualmente também é importante mencionar que a existe no mundo né atualmente por onde passam os privados e as remoções acontecem são sempre em territórios que estão em processo de especulação Imobiliária então
o motivo da remoção é sempre a especulação imobiliária que utiliza os jogos olímpicos como uma justificativa falsa de uma necessidade da para remoção mas a verdade é que é a especulação imobiliária o grande eh eh motivador disso tudo e no final dos Jogos Olímpicos a gente tem é é a privatização de grandes terras públicas entende eh isso é muito triste e e isso fez com que cerca de 7 famílias fossem removidas na Vila Autódromo apenas 20 e mas a permanência dessas 20 famílias garante que a a Vila Autódromo continue sendo uma área de especial interesse
social destinada à moradia Popular então é uma grande Vitória por isso a a a resistência da Vila Autódromo ela se torna algo ao que a Sandra não sei imprensão é travou mais eu vou concluir falando oi travado o seu você vocês estão ouvindo agora sim é então é isso minha internet tá oscilando então eu vou concluir a minha fala pedindo mais uma vez desculpas a vocês e falando apenas uma coisa sobre a questão de se somos o museu ou não somos o museu então eu quero só falar sobre isso eh a a nós somos o
museu nos consideramos um museu fazemos parte da chamada nova museologia ou museologia social que é uma museologia que já existe há mais de 40 anos sem que fosse antes sem ser reconhecida pelo icon né há 40 anos atrás é fundado do Minon que é um um um um um conselho de sobre museologia social internacional que ele é fundado justamente pelo por não ter o reconhecimento do icon agora no ano passado o icon finalmente reconhece a museologia social hoje nós temos dentro do próprio icon que é o somos um conselho de museologia social Mas independente deste
reconhecimento nó nós nos consideramos sim um museu um museu de território a museologia social é uma museologia que ela é criada organizada e por grupos sociais que não se sentem contemplados dentro desses museus convencionais que só eh preservam e cuidam da história e da memória da elite dos colonizadores então cansados desse processo de invisibilidade e nós resolvemos construir cuidar preservar e contar nós mesmos a nossa história e as nossas memórias e isso é a museologia social são museus que têm os seus acervos assim como você chega no museu convencional hegemônico E você tem lá objetos
você tem a latrina do Príncipe onde ele de ficava você no museu de território da Vila Autódromo no Museu das emoções você vai ter piso de casas removidas colunas de casas partes de casas que retratam toda essa violência que sofreu esse território porque nós compreendemos o poder da memória O a importância de preservar essas memórias para que isso não seja apagado como tantas outras vezes já foi em outras remoções ao longo da história então nós resolvemos contar nós mesmos a nossa história preservar a nossa memória e cuidar dela então sim somos um museu da que
faz parte da chamada museologia social é isso minha gente Obrigada e desculpa aí pelas falhas técnicas muito muito bom te ouvir Sandra eh agradeço muito e passo pro Antônio fazer as suas considerações tem uma apareceu uma pergunta pro professor Ieda nesse interim que eu vou fazer aqui daí ele pode fechar eh se a definição do Mário não foi acatada na íntegra no seu início o senhor percebe esses movimentos pontuais dos museus comunitários etc como um meio de um possível meio de revisão eh fica para depois do Antônio aí o Senor fecha Obrigada Antônio com você
eu espero conseguir responder à perguntas não é a altura eh mas a fala de Sandra me faz lembrar o fato de que hisória icamente Isso já é sabido nos quos do Brasil de que a elite brasileira é sórdida e vingativa não é e que a todo custo tenta desde que Brasil é Brasil destruir as memórias dos pobres né dos que vem de baixo isso é um fato eh tanto eh de que surgiu um estudo recente de que pelo menos eh 33 autoridades que eh estão aí são atuantes na política brasileira tem uma relação intrínseca né
suas famílias tem uma relação intrínseca com o processo escravocrata do Brasil será que é de interesse dessas elites revirar essas memórias né e contar a história dos escravizados pelo contrário nãoé eu acho que remexer eh nessas memórias para eles é muito preocupante porque eh vai ser de conhecimento geral o fato de que eh sua história é manchada com o sangue de africanos e afro-brasileiros né então uma das motivações eh da existência do museu não é é o que Sandra também muito muito bem colocou né o fato de que não somos não fazemos parte não somos
chamados para constituir para agregar a uma museologia dita oficial não é então é a motivação principal é o fato de que não e eh eh somos deixados de lado não é na construção de da construção de uma memória não é de uma história eh com exemplo da cidade de Maranguape né então a motivação mesmo é que eh os moradores de sapupara contem a sua própria história né pesquisem sobre si e falem sobre si né Então essa é a principal motivação alguém perguntou como a gente teve acesso à metodologia de inventário participativo não é eh tivemos
acesso Através de outros movimentos sociais de museologia né Eh de museologia Comunitária né então é uma metodologia que é utilizada por esses movimentos né Eh com o objetivo mesmo de que os próprios moradores digam pontuam né pontuem O que que é o seus patrimônios éé o que ele representa como patrimônio então eh a gente teve acesso a essas metodologias eh principalmente através do da museologia da museologia indígena não é através do professor João Paulo eh e do Alexandre não é que são dois percursores aí da mologia indígena aqui no Ceará e que eh pensam né
estruturaram Essa metodologia nãoé eh o Museu se mantém através de editais né através de editais e e da força de vontade né se mantém através da força de vontade mesmo de contar a própria história né de eh eh de democratizar o acesso a ao museu mesmo né então a gente se mantém a partir eh dos editais né da secretaria de cultura do Estado do Ceará quando abrem quando abre um edital né agora com mais facilidade por conta da política nacional Audi Blan aqui da Lei Paulo Gustavo né O que o recurso tem chegado mesmo de
forma eh eh mais presente não é eh infelizmente nós não temos ainda o acervo digitalizado né o nosso acervo é físico as fichas são físicas eh eh as fotografias né são são físicas os objetos também catalogados são físicos mas nós ainda não temos um acervo digitalizado para que a gente possa disponibilizar eh para para os demais não é E aí o modo de pesquisa mesmo é vindo eh eh aqui visitar o Museu não é e conhecer o acervo do museu certo eh penso que seja isso muito obrigada Antônio Eu passo pro professor Alberto então que
vai finalizar aqui e na sequência só recados paraa aula que vem bem então eu quero eh primeiro comentar essa questão né na nossa colega Helen Rei sobre eh se o a transformação que foi feita naquele anteprojeto do mar de Andrade se ele é uma espécie de revisão sim é uma espécie de revisão e o que me agrada é que ele vem das bases ele vem do chão como a gente diss né das raízes realmente ela vem eh das Dores de quem vive é realidade e que fica né ah no ostracismo Então essas questões todas né
que que traz a realidade né é que de fato tem que mobilizar né claro que não vai se destruir o Museu Nacional o museu de Ipiranga aqui né que conta muito a história das elites Mas eles a população precisa tomar para si né a importância da sua própria história porque ela decorre desta realidade e aí do ponto de vista conceitual existe um uma experiência muito interessante que vai ao encontro do que já foi dito aí e que o Antônio comenta também o museu vivo do fandango que ocupa mais né a parte litoral do sul de
São Paulo canane Guap e o Paraná então o que que é esse Museu Vivo do fandango ele não não tem um acervo não há preocupação territorial com edifício é o estabelecimento de um circuito onde acontece essa experiência do chamado fandango que não tem a ver nada com Fandango do Nordeste mas o fandango uma espécie de dança né de com violas os fandangueiros né que tem um uma forte presença ibérica então estabelecesse um grande circuito de cinco seis localidades e que as pessoas estão lá o local de de de de convívio de pescadores de pessoas que
que plantam que fazem instrumentos musicais fazem artesanato Então ess essa ideia de Museu Vivo é que me parece bastante rico porque ele incorpora automaticamente essa preocupação dos sujeitos né e queria lembrar também eu acho que foi na na segunda anterior ou ainda a outra de uma colega aqui da da acho que de peru aqui em São Paulo que falou em museologia do afeto museologia afetiva E aí deveria ser sim uma museologia da dor também né porque essas pessoas e nossa colega da da fala anterior né da lá do Rio de Janeiro comenta essa história toda
então na medida que essas coisas vê né do chão da base do sofrimento dessas pessoas ela automaticamente incorpora ela inclui né a história necessária e somente Como disse o nosso colega lá do Samba quem faz quem pratica quem vive é que sabe qual a realidade não nós pesquisadores intelectuais que famos ficamos lá numa comunidade tanto tempo ou numa comunidade indígena Então isto para mim é muito promissor só que ele é promissor mas insuficiente eu diria aí perspectiva mais política o que nós temos visto nos últimos anos nos últimos 10 anos desse mento conservador político que
a gente vê né com eleição de nos Estados Unidos anteriormente aqui no Brasil Ali na Argentina em que essas preocupações né que os museus que os conferencistas desse curso estão trazendo elas vão ficar completamente alijadas então é fundamental que isso se m implique e Que bom que a Universidade Federal de São Paulo está propondo isto que é um momento de reflexão e Que isso fique disponível para que as pessoas tomem isso como referência como exemplo que é um museu da luta da população um museu da luta das mulheres dos negros das pessoas da Periferia Tá
bom então é sim uma revisão Helen uma uma revisão que muito me agrada porque ele mostra que há uma a possibilidade sim de que a própria ideia de Museu possa ser um dinamizador das práticas sociais só que ela precisa ser multiplicada triplicada para que a gente possa ter um Brasil ou sociedades diferentes Muito obrigado muito bom te ouvir Muito bom ouvir todos vocês muito bom ver o chat eh com Várias Vários comentários várias eh considerações perguntas está tá sendo muito bom esse curso Esse é o quarto encontro nosso a semana que vem é o último
né inclusive tá sendo mencionada eh tá mencionado o centro de memória queixadas tivemos a presença também da Camila aqui e eh é importante que eu diga que semana que vem fecharemos então Eh com chave de ouro também é tem que ser porque o curso inteiro tá sendo maravilhoso eh eu anuncio aqui a paraa aula que vem a presença da Carol Barbosa representando o museu Caiçara de Ubatuba em São Paulo o Júnior dos Santos representando os museus orgânicos de Nova Olinda e região no Cariri cearense a Ana Cristina veio do museu virtual surrupira de encantarias amazônicas
de Belém e também teremos a debatedora a Luciara Ribeiro do Sertão negro de Goiânia temos aí o Brasil eh Praticamente todo representado nessas nessa sequência de falas né claro que tem muito mais do que a gente conseguiu trazer eh nossa nossa tentativa que foi de mapear experiências muito interessantes novas e na sua maioria ainda pouco conhecidas Nós abrimos mãos de alguns casos que são muito conhecidos no Brasil né que são interessantíssimos maravilhosos mas que as pessoas de alguma forma já conhecem então aqui a gente tá buscando trazer eh essas experiências fazer torná-las mais conhecidas e
pensadas isso tudo será Coroado ao final eh no ano que vem obviamente com a transcrição dessas falas então além do YouTube dos dos eh palestrantes com alguma revisão e mais acréscimo de alguns textos que chegarão Até nós então vai ter vamos ter também um outro produto eh resultado disso sempre gratuito né Eh de universidade pública que estará acessível como nós temos esse de dados eh de pessoas inscritas que foram mais de 120 1125 pessoas inscritas nós vamos divulgar para esses e-mails que temos e nas nossas redes sociais das cátedras capor e cátedra eh sustentabilidade da
Unifesp então Eh agradeço muito aqui o apoio técnico da Caroline e toda a organização e também do eh do Michel e do Mário aqui na na no ti agradeço enormemente aqui Sandra Antônio Alberto eh e todo mundo que nos assiste e e que nos assistirá nós estamos tendo muita repercussão posterior às aulas ao vivo chegando a quase 2000 visualizações eh tem sido realmente interessante perceber o interesse por essa temática e ficamos muito felizes porque as experiências que estão vindo aqui são excepcionais eh louváveis e que a gente realmente gente tá aprendendo muito e muito obrigada
então a todo mundo e até semana que vem inclusive os palestrantes né eu vi que tivemos palestrantes aqui no chat ouvindo a taque lá do Xingu diretamente eh fiquem conosco estejam conosco é um prazer enorme e até a próxima eu muito obrigada a todo mundo um abraço um abraço
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