"D Quixote", de Cervantes

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Carlos Nougué Tomismo
Minha tradução está esgotadíssima; mas procure-se outra, que a obra merece ser lida.
Video Transcript:
Em 2005, foi-me encomendada a tradução do livro "Um Depois Explico Isto", de Miguel de Cervantes. Sairia pela Editora Record e, em comemoração ao centenário do Multicenter, sei lá. Há muitas.
. . Há muitos ao multicentros do lançamento da edição prensada de "Don Quixote".
Na época, eu morava no Uruguai, e, no meio da tradução, houve um problema imenso em Montevidéu. Eu morava em um balneário de Montevidéu e, com a chegada de um tufão de cerca de 190 km/h, nossa casa ficou inabitável. Não havia luz, e estávamos com o nosso filho, que tinha um ano de idade.
A temperatura estava cerca de 0 graus, então não tínhamos como aquecer a casa, não tínhamos nada. Fomos acolhidos em uma capela da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, e ali ficamos. Pois bem, ali mesmo, nessas condições, sem aquecimento, com 0 grau e com um bebê chorando, foi que eu terminei.
. . fiz mais da metade da tradução de "Don Quixote" nessas condições.
Bom, a tradução parece que ficou boa; ela é uma edição crítica. O que quero dizer é que é repleta de notas de rodapé porque, claro, se trata de uma escrita de 400 anos atrás, já defasada em relação ao espanhol atual. Então, é difícil.
Como eu tentei, na tradução, mimetizar o estilo de época e o estilo próprio de Cervantes, assim como uma edição crítica, uma edição hoje de "Don Quixote" em espanhol deve ser uma edição crítica. Assim, sua tradução ao português teve de ser uma tradução crítica. Havia mais de 500 notas de rodapé.
Bem, é um livro árduo, naturalmente, mas auxiliado por edições críticas atuais muito boas. E foi encomendado pela Real Academia Espanhola e pelo Instituto Cervantes. Terminei no prazo, e, apesar das condições, creio que ficou uma boa tradução.
A tradução concorreu ao prêmio Jabuti de tradução. Eu já havia ganhado um prêmio antes, né? Bem antes já havia ganhado um prêmio Jabuti, fiquei entre os 10 finalistas, e ganhou alguém que mereceu mesmo, né?
Foi o tradutor das "100 Noites de Fato". Traduzir do árabe é muito mais difícil do que traduzir o espanhol, mesmo o espanhol antigo, porque é uma língua muito mais distinta da nossa e tal. Bem, fiz a tradução, vazei o texto em português em algo semelhante à linguagem de um Padre Antônio Vieira, que era mais ou menos coetâneo, um pouco depois, né?
De Miguel de Cervantes. E tá aí. Bom, este livro se esgotou pela Record, passaram-se os direitos para a Abril, que o republicou em dois volumes de capa dura.
Também se esgotou e nunca mais ninguém publicou. Eu mesmo não tinha um exemplar até que um aluno meu, generosamente, me enviou de presente. Fiquei muito agradecido.
É um livro pela edição da Record. Bem, hoje eu vi, no outro dia, digo, há alguns meses, eu vi um anúncio no Mercado Livre vendendo a minha tradução, né? A edição da minha tradução da Record por R$ 2.
000,00, ou seja, valorizou-se como um objeto raro de colecionista. Mas o que importa é que "Don Quixote", propriamente dito, é o livro Um. O livro Um era o "Don Quixote", era o livro escrito por Miguel de Cervantes.
Já explicarei sua característica, sua natureza, etc. No entanto, um plagiador escreveu a continuação do livro como se fosse ele, Miguel de Cervantes. Então, Cervantes teve de escrever o livro dois para que o personagem principal, "Don Quixote", morresse ao final dele e assim não houvesse mais possibilidade de plágio nem nada semelhante.
Ele escreveu. . .
A vida de Cervantes foi atribulada; ele era pobre, né? Sempre às voltas com dívidas, mas lutou na Batalha de Lepanto contra os turcos, nas tropas de João de Áustria, ou seja, nas tropas católicas convocadas por São Pio V. Lutou na vitoriosa Batalha de Lepanto contra os turcos, mas levou um tiro de arcabuz na mão, e sua mão ficou deformada.
Praticamente, perdeu a mão, por isso era chamado de "o Manco de Lepanto". "Manco" para nós é aquele que manca, né? Em espanhol, "manco" é aquele a quem falta uma das mãos.
Então, ele, "Manco de Lepanto", foi herói na batalha e ia ganhar o posto de capitão, e se dirigia em navio para receber o novo posto quando foi aprisionado pelos muçulmanos, pelos mouros, e preso em uma prisão de Argel. Ali ficou, creio, 10 anos preso, muito tempo como escravo, até que alguma ordem religiosa conseguiu pagar seu resgate. Ele voltou para a Espanha e, ao voltar para a Espanha, foi preso por dívida, porque na época quem devia ia preso.
E ele escreveu na prisão boa parte do "Don Quixote", tá? Às vezes, em papel de embrulhar pão, papel de pão, né? Era assim que ele escrevia "Don Quixote".
Sempre intercalado por momentos trágicos na sua vida, ele acabou a vida muito pobre, muito doente, e se recolheu a um. . .
né? E ali faleceu nesse mosteiro. Bem, então, esses quiprocós da vida de Cervantes se refletem no livro, né?
Por exemplo, ao final de certo capítulo, está Sancho Pança chorando porque lhe haviam roubado o burrico. No exato capítulo seguinte, já está Sancho Pança montado no burrico outra vez, sem nenhuma explicação. É claro que isso é um erro de continuidade, e há vários no livro.
Na época da tradução, eu pensei: não há outro jeito, há que manter os erros de continuidade em português, explicando-os. Já que é. .
. Uma tradução comentada explicando-os em rodapé. Bem, mas o que eu gostaria de dizer é falar é do caráter deste livro.
Todos sabemos que Don Quixote não dá para todos os gostos. Os marxistas vêem nele luta de classes, né? Até Chico Buarque traduziu uma canção, "Sonhar Mais Um Sonho Impossível", que viu isso é da peça "Don Quixote", mas na voz de Chico Buarque ganhou uma conotação de esquerda.
Bem, outros interpretam-no freudiano ou jungiano, né? Enfim, para todos os gostos. E, na verdade, é muito simples.
A, a sim. E ainda tem, agora, do lado de cá, né, o grande historiador Rubén Calderón Buchet e outros bons católicos, bons autores, né, que dizem que Don Quixote é uma crítica à Idade Média, à cavalaria da Idade Média vista do ângulo renascentista. Bem, da tavenia, volto a ter que discordar, não só dos marxistas, freudianos e quejandos, mas também do grande Rubén Calderón e de outros católicos que pensam assim.
A história é muito simples. O motivo é muito simples: Cervantes não quis ironizar, não quis mostrar luta de classes, não quis denunciar a Inquisição, não quis, não quis criticar a cavalaria, não quis criticar, ironizar a Idade Média. Nada disso.
Ele quis ironizar e ironizou as novelas de cavalaria, as novelas de cavalaria que começam na Idade Média e prosseguem no outono da Idade Média, século XV e até no XVI prosseguem. São um produto um pouco de certo ambiente gnóstico medieval. É o ciclo bretão?
Começa pelo ciclo bretão, né? Há o ciclo também de Carlos Magno, etc. , mas tem muitos dignos aí no meio, né?
A busca do Santo Graal, né? Amores adúlteros, né? Geneviève e, enfim, há muito de gnóstico e de amor cortês, que era algo nunca muito bem visto pela Igreja na Idade Média, porque o amor cortês implicava, não raro, o adultério.
Porque o amor cortês, as canções de amor cortês, eram cantadas pelos cantadores para damas da nobreza casadas, bem. E então veio deste ambiente. E o traço destas novelas é o exagero de um só golpe.
O cavaleiro é um golpe de través, como se diz. Assim, ó, mata mil adversários, mil inimigos. Além do mais, a figura do cavaleiro andante não houve na Idade Média.
Não houve. Havia ordens de cavalaria, né? Mas não o cavaleiro andante que sai pelo mundo a defender órfãos, viúvas e pobres.
Não, isso não houve. Isso é parte da literatura novelesca de cavalaria. E, realmente, em muitos casos, essas novelas beiram o ridículo, né?
Além de serem escritas em um estilo pomposo, né? De frases intermináveis, repletas de subordinações e beirando o intrincado, né? E, em alguns casos, o incompreensível.
É isso, exatamente isso, o que vai ironizar Cervantes em seu livro. Ele já começa mostrando um Hidalgo, Fidalgo, né? Que era assim chamado: Hidalgo, o nobre pobre que não podia ser cavaleiro.
Depois, o mostra querendo ser cavaleiro andante, que nunca existiu, porque de tanto ler as novelas de cavalaria, se lhe secou o juízo. Ele perdeu o juízo. Tanto lê essas novelas que nem Aristóteles, de canto, seria capaz de desentranhar seu sentido.
O livro é irônico do início ao fim ou quase. Já matei um pouco o que digo, né? Então o personagem é ridículo.
Tudo é ridículo ali. Tudo, em um lugar da Mancha, de cujo nome não quero lembrar, não consigo lembrar. E, chiquera, é assim.
A máquina não quer funcionar, de cujo nome não quero lembrar, né? Vivía um fidalgo dos de lanceiro, ou seja, em lança, a lança parada, não podia fazer nada. Lance, lanceiro.
A darga antiga, Rossinante, é o cavalo Rossinante, magro e cão, bom corredor, é o galgo corredor, bom. E depois vai, começa a falar da comida que ele come. Come comidas pobres, comidas de pobre.
É um nobre decadente que não pode ser cavaleiro. Não podia ser cavaleiro nem na Idade Média nem no Renascimento. E nunca houve cavaleiro andante.
Então, trata-se de uma ironia da novela de cavalaria. Mas, como sói ocorrer com os escritores, Miguel de Cervantes se enamora de seu personagem, que é encantador. Então, no meio do livro, muitas vezes, ele se mostra até filósofo, com uma alta filosofia política, com um alto entendimento da arte, etc.
, etc. , de verdade, de verdade. Mas o contrapeso para sua falta de juízo, né, é o bom senso rústico de Sancho Pança, né?
Que é ser o escudeiro, né? E, eh, ele se enamora, claro, é um personagem fascinante, mas o final é ele voltando enjaulado como um louco. E se segue no livro uma série de poemas irônicos a respeito de Don Quixote.
Bem, mas como ele se apaixona por ele quando escreve o segundo livro, quanto ele sem juízo, no final, no leito de morte, tendo uma morte cristã católica, ele, enfim, reconhece que não é Don Quixote, que não é um cavaleiro, e morre cristão. É um final bonito, né? Sério, né?
Não é exatamente uma literatura picaresca, porque a literatura picaresca espanhola ou inglesa, Tom Jones, né? Berry Lyndon, eh, também na Itália, eh, na Catalunha, eh, a literatura picaresca, nela, o personagem principal, o protagonista, é um mau caráter. Eu, particularmente, não gosto, eh, embora goste de Bar Limón, mas, eh, ora, Don Quixote é louco, mas não mau caráter.
Ao contrário, é um excelente caráter. Então, não é novela picaresca. É coisa única.
E realmente está correto quem diz que Don Quixote fundou o romance moderno. É verdade, é verdade, ele funda o romance moderno. Eu até digo que ele funda e nunca mais foi ultrapassado no romance moderno.
É uma obra máxima, com todos os seus defeitos, ou melhor, seus. . .
Defeitos chegam a lhe dar um charme, um encanto, é um encanto, suas desigualdades, suas quebras de continuidade, é um encanto. Tudo ali é um encanto, né? Talvez as passagens dele, meio amorosas, pastoris, já me acho meio piegas, mas no meio dessa obra enorme, né?
Essa pieguice meio que se perde, e ponto. É sensacional como esquecer o embate entre ele e os Moinhos de Vento? Impossível, né?
Ou o diálogo entre Dom Quixote e Sancho Pança, né? Sancho Pança é. .
. Dom Quixote põe como elmo, como capacete, um urinol, chamava-se Bacio, né? E Sancho Pança, realista, diz: "Mas senhor, vai pôr um Bacio, um urinol, na cabeça?
" Um Bacio, eh? Ele diz: "Não! Isto é um elmo!
O outro não é um Bacio, é um elmo! " Até que se irrita: "É um bacimo! " Pronto, e continuou com o elmo, com o Bacio urinol na cabeça, né?
Bem, pode ser um urinol, pode ser um sei lá, algo que os barbeiros usavam. Enfim, parece-me que era mais para urinol, mas tá, isto não importa muito, porque a palavra fica a mesma, entenda-se como se queira, como quiser, então, né? É isso, não se queira encontrar cavalo e chifre em cabeça de cavalo, entendeu?
Não, não há nada disso, né? Vejamos o livro pelo que ele é, né? Desfrutem pelo que ele é, e sua ironia é muito.
. . é muitíssimo.
. . é mais que justificada, porque as novelas de cavalaria.
. . não me venham dizer que as novelas de cavalaria são.
. . Herança da Idade Média.
São da Idade Média, mas de um dos seus aspectos mais negativos. Claro, não todas! Há uma cena em que o inquisidor vai ver no livro, né?
Vai ver que livros há que jogar na fogueira e quais os livros que se devem deixar. Alguns ele deixa, né? Os que ele deixa são certamente aqueles de que o próprio, que é Servantes, mas gostava.
Então, nem tudo é porcaria. Nem tudo é exagero total. Há algumas obras fantásticas, ainda que egressas de certo ambiente um pouco gnóstico.
Bem, é justificador. É muito engraçado. O problema para desfrutar do livro é entender o que ele tá dizendo, porque são coisas muito antigas, né?
Daí a necessidade de uma tradução crítica com notas de rodapé, tendo as. . .
desfrutamos muito mais. Repito que hoje, quando revejo a tradução, não gosto de uma ou de outra coisa que eu fiz, mas de uma maneira geral, parece-me bem, né? Hoje eram 2005.
Eu, sem acesso à internet, sem nada, já havia internet, já, já havia, sem acesso a nada, né? Por causa do Tufão, né? Eu fiz meio às escuras.
Então, uma ou outra coisa, eu poderia ter feito melhor se eu tivesse hoje a facilidade, como tenho hoje, a facilidade de acesso à informação na internet. Não tive problema nenhum. E não é que haja erro, não há erro ali, mas poderia estar esta ou aquela coisa mais precisa.
Mas são coisas que me parecem minoritárias. Se eu fosse dar uma nota à minha tradução, a esta tradução, eu daria uma nota 8,5, coisa assim. Então, é isso.
Infelizmente, está esgotado. Gostaria, muitos me pedem, gostaria eu de poder oferecê-los, não, não posso. Só tenho um exemplar, dado com carinho.
Às vezes fico tentado a vendê-lo por R$ 2. 000, mas não vou fazê-lo. Guardo com carinho como lembrança de um momento especial da minha vida.
E é isso. É um livro fantástico. Assim, uma boa tradução é a que saiu concomitantemente à minha, é a da editora 34, se não me engano, de Sérgio Molina.
Tá? É uma boa tradução, né? Eu não faria muitas coisas que ele faz e ele, certamente, não faria muitas coisas que eu fiz, mas é uma boa tradução, é uma tradução digna.
Enquanto a tradução primeira dos Castilhos, né? Dos Castilhos, dos irmãos Castilho, que é bem escrita, eles eram grandes escritores, no entanto, é muito traidora do sentido do livro, né? E não passa, todas as nuances, longe de passar, não recomendo.
Há outras que são terríveis, por exemplo. Um personagem diz, o narrador: "Ele era surdo, surdo com ceta, z", ou seja, ele era canhoto. E a tradução está como "surdo", né?
Surdo em espanhol é "sordo" com "s". "Surdo" com "z" é canhoto, tá? E a coisa é pior, porque o canhoto aí se referia ao demônio, tá?
A referência de sempre do canhoto ao demônio. Bom, e então, recomendo de Sérgio Molina. Não parece que já houve outras traduções posteriores a estas, a minha e a de Molina, que foram de 2005, mas eu não as conheço.
Então, não posso dizer que são boas ou não, não posso dizer nada. Recomendo de Sérgio Molina, se é que se encontra ainda também, né? Porque, dado o tempo, a indústria do livro é como a indústria dos CDs, né?
Ela é voraz, ela lança, lança, depois não lança mais, e ficamos a ver navios. Então, é essa que eu recomendo. Tá?
Além do mais, Sérgio Molina traduziu os dois livros, eu só traduzi o primeiro. Tá? A edição foi pelo Quarto Centenário, acho que foi o Quarto Centenário, né?
Foi o Quarto Centenário, exatamente, comemoração do Quarto Centenário da edição PRS do Dom Quixote, do que depois se tornaria seu livro. É isso. Muito obrigado.
Foi um vídeo mais informal, mas eu acatei aqui o pedido de algum seguidor, um seguidor que no comentário pediu que eu falasse de Dom Quixote. Aqui está. Tá?
Até o próximo vídeo, é. . .
o próximo vídeo em que falarei de literatura será de uma obra-prima: "O Médico e o Monstro", de Stevenson. É uma obra-prima, e como pretendo mostrar. .
. O sentido dele, Dr Jack e Mr Hyde, né? Não é nada do que se diz: o homem, com suas duas tendências ao bem e ao mal, isso tem interpretação moderna tão estapafúrdia como as interpretações marxistas ou freudianas de Don Kott.
Muito obrigado! Até o próximo vídeo. Não sei se o próximo será o sobre o médico e o monstro, mas o próximo sobre literatura, sim, será sobre esta obra-prima pequenininha.
Nem chega a ser um romance, é uma novela de Stevenson, Robert Stevenson. Grande abraço, fiquem com Deus e até o próximo vídeo!
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