Então, essa formação é pensada para vocês que exercem o ministério de evangelização. Esse ministério de evangelização ou evangelismo é um dos mais importantes que nós podemos ter em nossa paróquia porque é um ministério que procura alcançar aqueles que estão perdidos, aqueles que precisam ser salvos, aqueles que precisam conhecer a Deus. A gente conhece, ao longo da tradição da Igreja, muitas histórias de evangelistas de fogo, homens que foram capazes de incendiar o mundo, por exemplo, São Francisco Xavier, que não se deteve nas Índias, depois foi para o Japão e, por fim, quando chegou à China, morreu.
Ou, por exemplo, santos como a Madre Teresa de Calcutá e outras pessoas que são exemplos para nós todos. Eu tenho aqui, por exemplo, um testemunho do padre Emiliano Tardif, um grande evangelista, especialmente no final do século XX. Ele tinha um ministério de milagres muito grande.
Ele conta, neste relato, que esteve doente e ficou tuberculoso. Durante um período de internação, ele recebeu a visita de alguns leigos de um grupo de oração carismática que rezaram por sua recuperação. Ele conta que, de modo inesperado, sentiu-se curado, e os médicos depois confirmaram.
A partir daí, ele começou a orar pelos doentes, e as pessoas iam sendo curadas e iam vindo por causa dos testemunhos de curas físicas. Mas não apenas isso, como o centro da pregação do padre Tardif era o anúncio de Jesus Cristo como Senhor, mas Jesus Cristo vivo. A frase dele era "Jesus está vivo!
" E aí os milagres começam a se multiplicar, as pessoas se convertiam; os milagres, na verdade, estavam em função da conversão. Um outro testemunho é o do padre Flores, que era companheiro do padre Emiliano Tardif. Ele conta que começou um grupo de evangelismo na Cidade do México, num bairro muito violento, e as autoridades ficaram contra, justamente porque era muito arriscado ir ali.
Então ele insistiu em anunciar o Kerigma, pregar o núcleo do evangelho, e o que aconteceu foi que muitos jovens e muitos que estavam envolvidos nas gangues se converteram. Depois que ouviram sobre tudo isso, a vida deles mudou; foi um pequeno Pentecostes que aconteceu ali. Bom, eu poderia contar mais histórias, mas essas são suficientes.
O que precisamos introjetar em nós mesmos para cumprir o nosso encargo de evangelizadores, de evangelistas, são os dois textos clássicos que falam do assunto: Mateus, capítulo 28, versículo 19, e Marcos, capítulo 16, versículo 15, que são os textos da grande comissão, quando Jesus disse: "Ide e anunciando o evangelho a toda criatura; fazei de todos os povos discípulos meus. " Em São Marcos, "Ide por todo mundo e pregai o evangelho a toda criatura. " E, depois, o Senhor ainda conclui: "Estes sinais acompanharão os que crerem: imporão as mãos sobre os doentes, e estes ficarão curados; expulsarão demônios em meu nome", etc.
Ou seja, a grande comissão não é uma opção para nós; ela é uma ordem, assim como Jesus deu muitos preceitos para que nós seguíssemos, e os apóstolos também. Por exemplo, Jesus diz: "Os antigos diziam: não matarás; eu, porém, vos digo: quem odiar o seu irmão será réu de morte. " Ele deu muitos preceitos, mas esse preceito, o preceito de evangelizar, tem a mesma força, a mesma intensidade que todos os demais preceitos que Ele nos deu.
Ou seja, um batizado é alguém que precisa cumprir a grande comissão; ele precisa evangelizar, e ele tem que evangelizar de um modo emergencial. É urgente a evangelização, porque vejam, é uma boa notícia desde que ela não chegue depois que você morreu. Porque quando você descobre o evangelho só depois que morreu, você já está condenado.
Nós precisamos anunciar essa boa notícia enquanto é tempo. Exatamente como nós dizemos, às vezes, em algumas pregações: "Lembra que você vai morrer! Lembra que você tem os seus dias contados!
Lembra que a morte pode chegar a qualquer momento! " Isso deveria gritar no nosso coração. Ao vermos, por exemplo, uma multidão de jovens em uma balada, né?
Eles vão morrer! Quem pregou para eles? Eles vão se perder, e quem é que foi lá pregar para eles a boa notícia?
Então, veja, nós precisamos fazer todo o trabalho ministerial que temos aqui com a mesma intensidade com que um evangelista vai pregar na praça. Então, os métodos de evangelismo variam muito: existe o seminário de vida no Espírito Santo, existe a experiência de oração, um retiro, existe o anúncio do Kerigma feito por livro, existe o anúncio do Kerigma feito também por filmes, como no Alfa, existem outros anúncios feitos, por exemplo, no evangelismo direto, em que as pessoas abordam, assim, no meio da rua e começam a conversar e vão anunciando Jesus para essas pessoas. Independentemente de qual é o método de evangelismo que se use, nós precisamos evangelizar.
Nós temos que ter esse incômodo no coração, sabendo que quando anunciamos o evangelho, é a graça de Deus que está atuando em nós. Quando São Paulo diz em Romanos 1:16: "Não me envergonho do evangelho, porque ele é o poder de Deus para a salvação daquele que crê", o que ele está nos mostrando é que, quando anunciamos o evangelho para a conversão do perdido, o próprio anúncio do evangelho é carregado de um poder sobrenatural, porque é Deus mesmo que certifica a verdade do que aconteceu com Cristo para nossa salvação. Por isso, quem evangeliza não tem que se preocupar muito; ele é um pregoeiro, ele é um arauto, ele é um noticiador, ele dá notícia, e a graça de Deus faz o resto.
Porque o evangelho é o poder de Deus para a salvação daquele que crê. Portanto, por exemplo, quando a gente. .
. Lê aquele livro "A Cruz e o Punhal". Não sei se já leram, é um clássico de um evangelista americano chamado David Wilkerson.
Ele não é católico, é evangélico, mas o livro é muito bonito. Ele conta a conversão miraculosa do chefe de uma gangue perigosa de Nova York. O evangelista foi lá e, se eu não me engano, na verdade, ele não foi de propósito; ele foi meio por acaso.
Depois aconteceu a conversão do Nick Cruz, que era o chefe do tráfico. Tem um testemunho do próprio Nick Cruz no YouTube que é muito impactante. O poder que o evangelho tem de transformar é real, e como nós precisamos nos tornar conscientes.
Quando São Paulo diz em Romanos 5:11, aliás, Efésios 5:11, que a uns ele concedeu serem apóstolos, outros evangelistas, outros pastores, outros mestres e outros profetas, são os cinco ministérios ali de Efésios. Quando nós entendemos que o serviço de evangelista é um encargo de Deus, nós vamos evangelizar. Eu posso estar numa fé fraca, eu posso estar em uma situação qualquer.
Eu me lembro que uma vez eu estava numa festa de casamento de um médico, e estavam lá vários médicos amigos. Um deles tinha uma vida desregrada, já estava um pouco bêbado, e chegou perto de mim, começando a me fazer aquelas perguntas incômodas: "Por que a Igreja proíbe isso? ", "Por que a Igreja é contra aquilo?
", "Por que a Igreja não sei o quê? " Aí eu virei para ele e falei assim: "Olha, você vai morrer. E onde você vai passar a eternidade?
Você vai para o céu ou para o inferno? " Ele tomou um choque. Comecei, a partir daí, a pregar para ele na conversa, falando: "Olha, veja bem, você tem algum pecado?
" Ele respondeu: "Ah, tenho, eu tenho muitos pecados. " Então, quem tem pecado vai para onde? Vai para o céu ou vai para o inferno?
Vai para o inferno. Eu também tenho muitos pecados, e, no entanto, o que vai me impedir de ir para o inferno é porque Jesus pagou na cruz pelos meus pecados; ele morreu no meu lugar. Você precisa de um Salvador.
Você reconhece que precisa de um Salvador? Você reconhece que precisa se arrepender e que Jesus te salve e que Jesus leve o resto da sua vida? Fiz uma oração com ele ali e pronto, o querigma estava pregado com a simplicidade de uma conversa.
Nós não podemos perder ocasiões. Nós temos que ser pessoas que estão com as antenas sempre ligadas para anunciar o querigma. Isso é muito importante.
Nós temos uma geração de católicos que, eu digo o seguinte: eles não se converteram; eles passaram a frequentar a Igreja e a obedecer aos mandamentos. Mas isso é diferente de se converter, porque a natureza deles continua sendo aquela natureza perversa, etc. O que faltou?
Faltou o evangelho, porque quem transforma o homem é o evangelho, essa boa notícia. Na verdade, quem transforma o homem é o poder de Deus através da boa notícia. Então, por exemplo, o que faz uma pessoa ser escrupulosa?
Ficar olhando para si, ah, fica com medo de pecar, com medo dos mandamentos, etc. Nós temos que detestar o pecado, mas a nossa tônica não tem que ser essa. A nossa tônica tem que ser a nossa fé em Cristo, o nosso amor por Cristo, o nosso relacionamento com ele, a nossa vida de oração, a nossa vida espiritual.
Só que uma pessoa que não entendeu ainda que Jesus Cristo está vivo, está aqui e ele está agindo em nós, e que quem me santifica é ele, não sou eu. Eu não atrapalho; eu coopero. Eu tenho que ser sensível ao que ele me inspira, mas que me santifica é ele, ou seja, que é sobre ele, não é sobre mim.
A pessoa é um pagão, um perfeito pagão, mas que recebe os sacramentos, que procura viver a moral católica, etc. , mas com a mente embotada. E, hoje em dia, ser católico virou um pouco culto, né?
Então, parece que há um movimento de pessoas que estão se tornando católicas, mas, nesse catolicismo, eu diria que é um pouco forçado, um catolicismo culto. Não se converteram necessariamente. Então vejam, Jesus quando subiu ao céu, ele disse aos apóstolos - é o texto de Atos 1:8 - "Recebereis o Espírito Santo e sereis revestidos de poder.
" A mesma coisa ele diz em Lucas 24, antes de subir aos céus. Ou seja, você não consegue ser evangelista se você não tiver o fogo do Espírito Santo queimando no teu coração, porque senão tudo se torna uma obra humana. Parece que é uma obra de propaganda.
Então, a gente vai fazendo um marketing, uma propaganda, e as pessoas vão, digamos assim, comprando a nossa marca. Mas não é isso. Isso não é evangelismo.
Evangelizar significa estar possuído por um fogo. A escritura diz que Elias ardia de zelo pela glória do Senhor. O que significa, nesse contexto, ardir de zelo pela glória do Senhor?
Nesse contexto, significa: eu não posso deixar que o sangue de Cristo produza menos fruto do que aquilo que ele pode produzir. Eu quero que mais pessoas se convertam, porque eu quero uma glória de Deus muito mais expressiva. Eu tenho fome, eu tenho sede de que a glória de Deus seja cada vez mais manifesta.
E para isso, eu sou sensível ao Espírito Santo e eu sou possuído por esse desejo de pregar, esse desejo de levar a boa nova para todos aqueles que a desconhecem. Então, esse fogo deve queimar no nosso coração. Por exemplo, quando nós estamos passando na frente de uma escola e tem aquele monte de.
. . Estudantes ali na frente, uns outros bebendo, outros tirando charro, olhar para aquela pequena multidão.
Diz: "Meu Deus, se eles fossem teus! Esse é o fogo, é o fogo, é um fogo zeloso; isso é queimar, dizer pela glória de Deus. " E a chave para que a unção do Espírito Santo possa agir em nós, na obra do evangelismo, é a compaixão.
Mateus 9:36: "Jesus teve grande compaixão deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor. " Já expliquei várias vezes aqui na igreja que essa palavra grega, "splagchnizomai", tem a ver com uma coisa visceral, uma espécie de revolver-se às tripas. É uma compaixão, ou seja, é uma perturbação de amor e de misericórdia que nos faz, de algum modo, receber a misericórdia que Deus tem por aqueles perdidos.
Ou seja, o verdadeiro trabalho de evangelização é movido por amor, não por obrigação, nem muito menos por orgulho ou por marketing; é por amor. Se não houver no meu coração um amor por aquelas pessoas que estão ali e que estão indo para o inferno, eles vão se condenar porque não conheceram a maravilhosa graça que nos foi dada pelo nosso Salvador. Eles vão morrer sem saber da coisa mais extraordinária de todas: que Deus mandou seu Filho para fazer uma coisa linda por nós, para morrer em nosso lugar.
Eles vão morrer sem saber disso. Como é possível que nosso coração não sinta compaixão, né? É interessante, por exemplo, como algumas pessoas são capazes de ter um olhar julgador.
Então, por exemplo, vêem uma pessoa que se desviou, postando fotos sensuais na praia, e aí a pessoa já começa a julgar: "Você viu? Olha que não sei o quê! " Alguém que tem zelo, que arde de zelo pela glória de Deus, tem um sentimento completamente diferente.
Ele fica com compaixão, ele tem vontade, é como uma mãe; ele tem vontade de pegar no colo, pegar a mamadeira do evangelho e colocar na boca dele, e de batalhar pela salvação dele. Isso é muito mais do que simplesmente ensinar uma doutrina. Claro que a catequese sucede a evangelização e ela é muitíssimo importante, porque senão nós não temos a estrutura da Fé estabelecida em nossa mente.
Mas isso aqui é tocar no desígnio eterno de Deus, cooperar com a obra divina de mudar a eternidade das pessoas. Ou seja, esse homem, essa mulher vão agora mudar de rota; estavam indo para o abismo, agora vão para o paraíso. Essa compaixão deve produzir em nós uma fome que se manifesta na oração de intercessão.
Interceder não é outra coisa senão você se colocar entre uma pessoa e Deus; e, assim como Abraão ficou lá argumentando com Deus: "Olha se tiverem 50 pessoas, e 45, e 40, e 35, e 30, e 20", etc. , né? Eu estava intercedendo pela cidade de Sodoma.
Nós temos que batalhar na oração pela conversão dos perdidos. Vejam, eu dizia antes que a gente deve passar, por exemplo, por uma escola cheia de alunos ali na porta, e aquilo causar em nós um "splagchnizomai", um movimento de compaixão. Meu Deus, como é possível?
Qual é o movimento consequente disso? Para quem tem uma visão sobrenatural, ele vai transformar isso em oração. Ele vai pegar aquela situação e rogar: "Por favor, manda alguém para pregar, ajuda a abrir as portas, traz salvação para essas pessoas, faz com que eles conheçam o evangelho!
" Isso é urgente, é a coisa mais urgente que existe! Não há nada mais urgente do que isso, isso é o mais importante; não há nada mais importante do que isso. Ou seja, a oração intercessória é um encargo de todos nós.
Nós temos que ganhar essas almas primeiro pela oração. Eu li há um tempo atrás a história de um intercessor que ia às cruzadas de evangelização uma semana antes. Chegava na cidade, alugava um quarto e lá permanecia em jejum, em oração, clamando dia e noite pelos frutos daquele trabalho.
E muitas pessoas se convertiam, quantas se convertiam mais pela oração dele do que pela pregação do evangelizador. Nós temos que orar. Essa oração tem que estar em uma dependência total de Deus, como, por exemplo, São Vicente Ferrer, que foi um dos maiores evangelistas da Igreja.
Ele subia para o estrado para pregar em uma dependência tão radical de Deus que era como se ele fosse uma pluma sendo levada pelo vento, mas como alguém que tem o coração queimando e diz: "Deus, por favor, converte essas pessoas! Eu não posso tocar no coração delas, não sou eu que toco no coração delas; quem toca no coração delas é o Senhor. Só o Senhor pode dar uma graça que ilumine o coração dessas pessoas para que elas entendam isso.
Não é uma obra minha, eu dependo do Senhor totalmente, absolutamente. Porque senão nós rebaixamos o chamado. " Os grandes pregadores sempre foram assim.
Eu me lembro do padre Lacordaire, da Ordem Dominicana, que antes de subir ao púlpito para pregar, sempre se ajoelhava aos pés do púlpito e rezava um rosário completo. Aí perguntavam: "Mas por que você faz isso? " Ele dizia: "É a minha última fusão do sangue de Jesus e do Espírito Santo, estou me encharcando para poder derramar aquilo sobre as pessoas.
" Então veja, essas são as condições para que um trabalho de evangelismo seja eficaz sobrenaturalmente. Repito: não nos interessa produzir nenhum tipo de falsa conversão como nós vemos em muitos lugares, né? As pessoas vêm mais atraídas pela cultura, pela música, porque, digamos assim, por status, etc.
, vão mais por isso do que propriamente porque foram atropeladas por um caminhão chamado evangelho que as deixou completamente mortas e elas sabem que já não têm nada a ver mais com elas. A ver, somente com a obra de Cristo, e que nós todos somos apenas instrumentos que estamos abrindo a boca e deixando a graça de Deus agir; ou seja, nós precisamos, no fundo, produzir pela graça de Deus. É Deus quem faz uma transformação verdadeira na alma das pessoas.
É tão simples perceber quando alguém não entendeu o evangelho: ele ainda está falando, ele gira sobre o ego. Ele gira como alguém que diz assim: "Vem, escuta a pregação, eu vou lá, anuncio o querigma". Aí a pessoa fala: "Não, mas eu já sabia".
Quer dizer, não é uma questão de saber com a cabeça. É por isso que o São Paulo diz: "Crendo com o coração que se alcança a justiça e professando a fé com a boca que se obtém a salvação", está em Romanos 10, porque não é simplesmente uma informação. A graça entrou e te derrubou, como Cristo derrubou Paulo no caminho de Damasco.
Quer dizer, eu entendo que um homem só, que é o próprio Deus encarnado, é o meu salvador, é o meu Senhor. Eu tenho que viver a vida inteira dependendo dele, porque ele vai ser o meu juiz. O homem só vai julgar o mundo todo no final dos tempos, e ele é o juiz dos vivos e dos mortos.
Então, é ele que é o centro. Qualquer coisa que eu fizer, estou de bom, que eu esteja fazendo, eu estou fazendo movido pela graça dele. Eu dependo dele para tudo.
Só aí existe o verdadeiro ismo, quando a força do evangelho entra e a pessoa percebe que ela sabia, mas ela não sacou; ela sabia, mas esse saber era um saber meramente intelectual. Não é um saber de quem experimentou, né? É como alguém que conhece, por exemplo, uma siriguela pela foto.
Ela até sabe o que é uma siriguela, porque viu pela foto, mas ela nunca comeu; ele não teve esse encontro. E é isso que nós precisamos pedir cada vez mais: que aconteça para que haja conversões autênticas, ou seja, transformações. É o que chamamos de Novo Nascimento.
A Igreja diz que hoje nós temos que evangelizar os batizados; é o que se chama de nova evangelização, né? Por quê? Porque eles foram batizados, mas a graça do batismo está incubada lá.
A graça do batismo não se manifestou; ele prendeu justamente porque ele não sabe crer, não sabe; para ele, a fé talvez seja apenas uma vaga adesão a que Deus existe, etc. Ele não entende, não entende o que é fé de verdade. Então, nós pregamos para essas pessoas para que elas se convertam, mas notem: tudo isso é uma obra sobrenatural, não é uma coisa humana.
Então, se eu sou uma pessoa que sou possuído pelo fogo, pela compaixão que se transforma em oração, em súplica, em queixa, em uma espécie de contínuo murmurar diante de Deus, né? "Senhor, transforma, Senhor, converte, Senhor, muda. Só o Senhor pode fazer isso; ninguém pode.
Nós dependemos completamente do Senhor. Só o Senhor pode manifestar a sua graça. " Se nós não fizermos isso, se nós não formos assim, melhor do que fazer, porque não se trata de fazer, se trata de ser.
Se nós não formos assim, as pessoas vão vir aqui, por exemplo, numa sessão de Alfa, vão assistir a um filme, vão ter ideias interessantes e vão embora, fazer uma discussão de equipe, etc. , e elas vão passar pelo evangelho como um pato que nada sobre a água. Chegou do outro lado, ele sacode um pouquinho as asinhas e está seco, porque as penas são impermeáveis à água.
Vai ser isso. Então, vamos pedir mesmo a Deus que acenda o fogo do zelo em nós e, ao mesmo tempo, que esse fogo se transforme em compaixão e que nós clamemos a Deus na oração por todo esse trabalho de evangelismo; ou seja, pedirmos mesmo e recebermos de Deus a capacitação para poder evangelizar com intensidade, uma evangelização que seja obra da graça. Às vezes eu vi pessoas na igreja organizando missões populares, né?
Então, o que que é? Você chama o pessoal, organiza, faz um trabalho de organização, leva o pessoal, manda o pessoal de casa em casa; as pessoas vão lá, fazem uma oração, respondem os questionários, tal, voltam, beleza. Para que que.
. . ?
Espera aí, não é isso. Evangelização tem que queimar, é que nem o fogo, né? Chegar aqui.
. . Lembro que o nosso prefeito antigo foi queimado na fogueira, né?
Você olha para uma pessoa que foi tostada na fogueira e fala: "Uau! O que que aconteceu com você? " Ela fala: "Não foi o fogo.
" Né? O fogo destrói tudo. Pois é, o evangelho é esse fogo, e ele tem que entrar arrasando.
Só que isso só vai acontecer se nós formos verdadeiramente evangelistas; ou seja, se nós estivermos possuídos pelo fogo, pela compaixão, por uma queixa contínua diante de Deus que nos faça não perder nenhuma oportunidade para anunciar o evangelho para todo aquele que chega perto de nós. O evangelho, nós sabemos, não é uma coisa vaga; é a informação clara de que Deus amou o homem incondicionalmente. O homem pecou, preferiu o pecado, precisa de um Salvador.
Esse Salvador veio, nós temos que crer nele e receber o seu espírito para que ele nos santifique, para que tenhamos uma vida nova. Se nós formos fiéis a esse núcleo, que nunca vai envelhecer, nunca vai chegar um momento em que nós já tenhamos superado isso. "Ah, cheguei, superei o querigma; agora estou sei lá em que mística.
" Não, tem isso não. Eu dependo de Jesus a vida toda, para sempre, para tudo. A minha vida consiste numa união contínua com ele, numa comunhão.
Permanente, como o Senhor! Vejam que é esse trabalho de levar o evangelho para as pessoas; ele é a ponta de lança da Igreja. Deveria ser, pelo menos, para chegar até onde realmente ninguém chega.
Vamos pedir a Deus que Ele nos confirme e nos use nesse lindo trabalho de evangelização, que é, na verdade, a fecundidade mesma do sangue de Jesus Cristo.